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DINÂMICA DAS PLACAS TECTÔNICAS TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL GEOGRAFIA - SLIDE 010 PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO INTRODUÇÃO A camada mais externa da Terra (litosfera) é dividida em doze placas principais, embora exista uma série de outras menores, que realizam três tipos de movimentos: de convergência, de divergência e tangencial. As placas são criadas em áreas de separação e recicladas nos locais onde convergem. Ao longo do tempo geológico, os continentes encravados na litosfera deslocam-se, juntamente com as placas em movimento. Algumas placas recebem as denominações dos continentes que elas contêm, porém, em nenhum caso a placa é semelhante ao continente. INTRODUÇÃO Ao longo de muitos anos, diversos estudiosos desenvolveram teorias que buscavam explicar a formação de montanhas, os terremotos, o vulcanismo e outros processos formadores de feições geológicas na superfície do planeta. No entanto, até a descoberta da Tectônica de Placas, nenhuma teoria conseguia, de maneira isolada, explicar de forma coerente a variedade de processos geológicos. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Em 1915, a partir de estudos geológicos, Alfred Wegener (meteorologista alemão) foi o primeiro estudioso a afirmar que, ao contrário do que se pensava, a Terra não era estática. Wegener partiu da hipótese de que seria possível agrupar todos os continentes, já que, pela observação de um planisfério, é possível perceber que as massas continentais se ajustam como um grande quebra-cabeça. Com a f inal idade de comprovar a existência desse supercontinente, denominado Pangeia (do grego ‘todas as terras’), Wegener fundamentou sua hipótese em diversos dados: TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Dados paleológicos: Semelhanças de fauna e de ora antigas em regiões hoje separadas por oceanos. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Dados geológicos: Wegener argumentava que algumas cadeias montanhosas, que se encontravam bruscamente interrompidas, como seria o caso de cadeias na Argentina e na África do Sul, adquiriam perfeita continuidade quando se juntavam à América e à África. Entretanto, o argumento geológico mais forte apresentado por Wegener está relacionado com o empilhamento estratigráfico de rochas que ocorre no nordeste da Índia, na Antártida, no sudeste da América do Sul, no leste da África e na Austrália, que possuem idades entre 300 e 135 milhões de anos. Essa sucessão de rochas (chamada de sequência Gondwana) é resultante de processos tectônicos e deposicionais semelhantes. Por estar distribuída em diferentes áreas, reforça a ideia da junção dos continentes no Hemisfério Sul, em épocas anteriores a 135 milhões de anos. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Dados paleontoclimáticos: Existência de climas idênticos, que ocorrem simultaneamente, e em diferentes zonas, como é o caso das glaciações encontradas na América do Sul, no sul da África, na Índia e na Austrália. Para Wegener, se os continentes ocupam posições diferentes na superfície da Terra, a distribuição das zonas climáticas deve ter mudado no passado, sendo essa mudança diferente em cada continente. As glaciações permocarboníferas mostraram que os continentes do Hemisfério Sul e a Índia estavam unidos sobre a região Antártica e, depois, deslocaram-se para outras direções. Antigos recifes de algas coralíneas, datados do Paleozoico Inferior, foram achados no Círculo Polar Ártico, sendo que esses corais são característicos do Equador, o que favorece a conclusão de que, no Paleozóico Inferior, o Equador passava por essas regiões. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Com base nesses dados, Wegener formulou a Teoria da Deriva Continental, segundo a qual, há milhões de anos, a Terra estava ligada a um supercontinente – a Pangeia – rodeado por um enorme oceano chamado Tétis. Wegener sugeriu que esse supercontinente teria se fraturado e os fragmentos constituíram os continentes que hoje existem. Embora estivesse certo em afirmar que os continentes se afastavam por deriva, o meteorologista não conseguiu explicar o que provocava o movimento e a fragmentação da Pangeia. Devido aos poucos recursos tecnológicos da época (1912), essa pergunta não foi respondida, e a Teoria da Deriva Continental acabou sendo esquecida e até ridicularizada. PANGEIA TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL A resposta à indagação não solucionada por Alfred Wegener começou a se delinear quando os cientistas perceberam que as correntes de convecção do manto poderiam promover a movimentação das placas, ocasionando a formação de uma nova crosta oceânica em razão do processo de expansão do assoalho oceânico. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL As evidências concretas quanto à existência de uma força capaz de movimentar as placas começaram a surgir como resultado da intensa exploração do fundo dos oceanos, após a Segunda Guerra Mundial. A partir do mapeamento da dorsal mesoatlântica, foi possível a descoberta de um profundo vale na forma de fenda, que se estendia ao longo do centro da dorsal. Durante esse período, os geólogos descobriram que a maioria dos terremotos ocorridos no Atlântico tinha como área geradora justamente as proximidades desse vale, indicando que essas áreas eram tectonicamente ativas. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Em meados da década de 1960, Harry Hess e Robert Dietz propuseram que a crosta era separada ao longo das fendas ou riftes nas dorsais e que um novo assoalho oceânico era formado a partir da ascensão do magma, proveniente do interior da Terra, nas áreas que margeiam as fendas. Em 1965, Jonh Tuzo Wilson descreveu, pela primeira vez, a tectônica no globo terrestre, utilizando termos que remetiam a placas rígidas se movendo sobre a superfície da terra. Por conseguinte, foram caracterizados três tipos básicos de limites, em que as placas convergiam, divergiam e deslizavam. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LUCCI, Elian Alabi [et.al]. Território e Sociedade no mundo globalizado. Volume 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. MACEDO, Mara Rubinger [et.al] Geografia. Volume 1 e 2. São Paulo: Editora Bernoulli
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