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Mestrado em Tecnologia Ambiental
 Projeto de Gestão do Ambiente Urbano
Indicadores de qualidade do ambiente urbano e Propostas de Planeamento e Gestão
Ana Caroline Royer
Leonardo Almeida Delgado
Lucas D’avila
Maria Thais Vertonha
Orientado por
Professor Artur Gonçalves
Bragança, 2019
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	OBJETIVOS	4
3.	INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE URBANA	4
4.	ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO E GESTÃO URBANA	26
4.1. PLANO DE URBANIZAÇÃO	26
4.2. OUTROS PLANOS E PROJETOS	28
5.	IDENTIFICAÇÃO DE PROPOSTAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO DO AMBIENTE URBANO	29
6.	CONCLUSÃO	31
7.	REFERÊNCIAS	31
1. Introdução
O ambiente urbano é sinônimo de complexidade, e uma vez má gerenciados, levam ao surgimento de vários problemas que influenciam diretamente na qualidade do ambiente e de vida da população. Ultimamente vem surgindo estratégias de desenvolvimento que abordem questões como gerenciamento do crescimento, redução do tráfego, melhoria dos transportes, qualidade do ar, gestão de energia, de recursos hídricos e resíduos, encaminhando para o desenvolvimento sustentável. Uma delas é o Novo Urbanismo, que busca criar comunidades que sejam habitáveis, tranquilas e sustentáveis, ao mesmo tempo que a qualidade de vida é elevada. 
O Novo Urbanismo traz dez princípios que podem ser aplicados em projetos de diferentes escalas, são eles: cidade feita a pé; Conectividade; Uso misto e diversidade (Complexidade); Mistura de alojamentos; Qualidade na arquitetura e no desenho urbano; Estrutura dos bairros tradicionais; Aumento da densidade; Transportes Verdes; Sustentabilidade; Qualidade de Vida (NEW URBANISM, 2019).
Dentro do princípio de Sustentabilidade, a Agência de Ecologia Urbana de Barcelona (2010) traz em seu plano que o principal objetivo de tornar uma cidade mais sustentável é aplicar modelos que substituam o intenso consumo de recursos e sua dependência à bens externos, de forma que seja alcançada a autonomia de recursos locais, pela multifuncionalidade, a mobilidade, a acessibilidade e ao uso de transporte alternativo. 
Nesse contexto, os indicadores urbanos de sustentabilidade são uma ferramenta por meio da qual é possível acompanhar e avaliar o estado e a tendência que uma cidade possui ao modelo de cidade sustentável. Assim, esse instrumento permite orientar futuros processos de desenvolvimento urbano, planos de urbanização, directores, de zoneamento, de pormenor, entre outros. Os indicadores são, portanto, além de guias de orientação, uma ferramenta de avaliação da conformidade de objetivos mínimos e parâmetros desejáveis (AGENCIA DE ECOLOGÍA URBANA DE BARCELONA, 2010). 
Nessa linha, o plano diretor municipal é desenvolvido e concretizado a partir do plano de urbanização, esse plano também dita o uso e ocupação do solo e o seu aproveitamento de forma correta, dessa forma, fornece o quadro de referência para a aplicação de políticas urbanas e define a localização das infraestruturas e dos equipamentos coletivos principais. Contudo, o plano de urbanização pode abranger qualquer área do território do município incluindo no perímetro urbano e outras áreas do território municipal que possam ser destinadas para usos e funções urbanas (CCDRC, 2016).
O plano de urbanização visa melhorar a qualidade do ambiente nas cidades. O desenvolvimento de estratégias e políticas urbanas começam a ser já uma prática corrente a nível europeu e também mundial. Contudo os planos ainda apresentam algumas fragilidades em algumas áreas, como por exemplo a de infraestruturas, em que ainda há um longo caminho a percorrer e é preciso continuar sempre a melhorar e por em prática medidas previstas e necessárias para o cumprimento dos objetivos (ROCHA, 2009). 
2. Objetivos
· Interpretar os principais fatores que afetam a sustentabilidade e a qualidade do ambiente urbano, com base em indicadores;
· Interpretar Planos e Projetos para o espaço de análise.
· Desenvolver e apresentar um conjunto de propostas para a melhoria da qualidade do ambiente urbano. 
3. INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE URBANA
Os principais elementos de pressão sobre o ambiente urbano estão associados ao transporte, gestão de energia, gestão de recursos hídricos, gestão de resíduos, qualidade do ar, ruído e áreas verdes. Ao se aplicar os modelos de cidades sustentáveis para a melhoria e solução destes e de outros problemas, a quantificação do desenvolvimento sustentável se torna importante e ao mesmo tempo um tanto crítica, ao passo que exige a integração de fatores econômicos, sociais e ambientais, de forma a garantir o avanço econômico, respeitando a equidade social e protegendo o meio ambiente. Dessa maneira, o desenvolvimento de indicadores para medir o progresso em direção à sustentabilidade nas cidades é essencial (DONATIELLO, 2001).
Os indicadores de sustentabilidade urbana têm como função a simplificação, a quantificação e a comunicação e auxiliam em uma melhor compreensão dos problemas urbanos e suas causas, uma vez que são uma interpretação empírica da realidade. De acordo com o Gabinete de estúdios y estadísticas, as funções e finalidades dos indicadores englobam:
· A representação das condições e dos processos urbanos complexos de uma maneira simplificada afim de sensibilizar o público dos problemas existentes;
· Facilitar o estudo científico dos componentes urbanos e sua compreensão e relação com a situação atual;
· Permitir comparações nacionais e internacionais entre cidades e suas partes;
· Servir de base de informação para tomadas de decisões;
· Dar uma noção das ações dos setores públicos e privados;
· Facilitar a participação dos habitantes;
· Auxiliar na identificação e diagnóstico de tendências recentes que se manifestam nas cidades;
· Simplificar a definição do segmento de novas políticas públicas;
· Ajudar na antecipação do que poderá se passar dentro das cidades e na elaboração de políticas prospectivas;
· Promover a compreensão dos objetivos estabelecidos e a execução das políticas.
A utilização de um conjunto de indicadores, denominado sistema de indicadores, permite avaliar o ambiente a partir de seus múltiplos aspectos, fator relevante na avaliação do desenvolvimento sustentável (Bell e Morse, 2008). Portanto, como enfatizado por Bellen (2005), um sistema de avaliação adequado deve envolver um conjunto de indicadores que, embora analisados separadamente, apontem para conclusões acerca da sustentabilidade.
Alguns critérios podem ser utilizados a fim de assegurar que estes atendam a requisitos mínimos que garantam a eficácia de sua aplicação, como os critérios levantados por Gomes et al. (2000), Ramos et al. (2004) e Direção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia (2015) (Quadro 1).
Quadro 1. Critérios para escolha de indicadores baseados em Gomes et al. (2000), Ramos et al. (2004) e Direção Geral do Ambiente da Comissão Europeia (2015).
	INDICADOR: Número de Habitantes por Ecoponto
	DESCRIÇÃO
	Definição
Quantidade de Habitantes por Ecopontos 
	
	Objetivo
Este indicador permite avaliar a quantidade de ecopontos que está disponível e acessível à população para a destinação dos resíduos por ela segregados. 
	
	Relevância para sustentabilidade e qualidade ambiental urbana
Os resíduos sólidos urbanos gerados possuem alto potencial de impactar o meio ambiente, especialmente na água, no ar e no solo. Associam-se as características de geração os fatores sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos. As ações de manejo dos resíduos sólidos seguem a seguinte hierarquia: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final adequada dos rejeitos. Uma das principais metas das políticas de gestão de resíduos é a promoção da reciclagem e a redução do volume de resíduos, por meio da implantação de estratégias de gestão que minimizem a geração, maximizem a reutilização e a reciclagem, melhorem as instalações de tratamento de resíduos e alternativas de disposição final.
A reciclagem é o resultado de uma série de atividades, em que materiais que se tornariam lixo são desviados,coletados, separados e processados para serem utilizados como matéria-prima, na manufatura de novos produtos. Como vantagens, podemos citar a redução da poluição do ar, da água e do solo, economia de energia, criação de novos negócios e mercados para os produtos reciclados, geração de empregos diretos e indiretos, redução do volume de resíduos depositados em aterros, economia de matérias-primas, protegendo recursos naturais e uma melhor qualidade de vida das populações. 
Ao optar por um programa de reciclagem, o município toma uma decisão estratégica em relação ao processo de separação de materiais. A coleta seletiva é uma delas, e consiste na separação dos resíduos na fonte pelo gerador (população), com posterior coleta dos materiais separados.
 O sistema de coleta seletiva adotado em Bragança são os Ecopontos ou Pontos de Entrega Voluntária, com a instalação de contêineres ou recipientes em locais públicos, de forma que os habitantes, voluntariamente, façam o descarte dos materiais por eles separados em suas residências, de modo que eles possam ser reciclados em seguida. Os ecopontos possuem cores diferenciadas, sendo azul para papel e cartão (Papelão), verde para vidro (Vidrão) e amarelo para plástico e metal (Embalão). A informação relativa ao número de habitantes por ecoponto é um bom indicador da qualidade do serviço prestado e de avaliação de desempenho do Sistema, assim como a distância aos ecopontos mais próximos e a frequência de recolha.
	
	Documentos de referência
Portaria n.º 186/2007 – Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
	
	Indicadores Relacionados
Geração per capita de Resíduos; Distância entre ecopontos; frequência de recolha de resíduos sólidos urbanos.
	METODOLOGIA
	Descrição
Esse indicador traduz a informação relativa ao número de habitantes por ecoponto existente, reflete a qualidade do sistema, a acessibilidade à população e a qualidade do serviço prestado.
	
	Parâmetro de
Cálculo
	Fórmula de cálculo
	
	
	
	
	
	Unidade(s) de cálculo
	
	
	(1) Habitantes/ecoponto
	(2) 
	
	Fonte de dados 
A Resíduos do Nordeste (2019) é responsável pela gestão da recolha seletiva em Bragança. Em sua área de abrangência, o sistema possui no total 616 ecopontos instalados. Em sua homepage, no sítio http://www.residuosdonordeste.pt/recolhaSelectiva/, está disponível um arquivo em formato kmz que pode ser aberto no Google Earth, por meio do qual é possível visualizar a localização geográfica dos ecopontos dos concelhos e seus respectivos raios de abrangência (200m em torno de cada ecoponto). Os dados, contudo, datam do ano de 2015 e não estão, portanto, atualizados. O número de habitantes da Zona de estudo foi obtido de trabalhos anteriores. 
	
	Parâmetros de referência
A portaria n.º187/2007 do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional verificou que a maioria dos sistemas de ecopontos possui relações de ecoponto/habitante entre 1/302 habitantes até 1/1021 habitantes, sendo a média nacional de 502 habitantes por ecoponto. O PERSU II – Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos estabelece como referência que exista 1 ecoponto a cada 500 habitantes. O Instituto Regulador de Águas e Resíduos define que a distância máxima entre os ecopontos é de 200 m.
	
	Referência dos valores
1 ecoponto a cada 500 habitantes (PERSU II);
Média nacional: 502 habitantes por ecoponto (Portaria n.º187/2007);
200m de distância entre ecopontos (IRAR).
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	
Número de ecopontos na Zona 5: 13
Número de habitantes da Zona 5: 4.338 habitantes
Número de habitantes por ecoponto: 333,69 habitantes por ecoponto
	DISCUSSÃO
	
O resultado do indicador existente na Zona 5 é de 334 habitantes por ecoponto. Dessa forma, está em conformidade com a legislação vigente e a recomendação estabelecida, de 500 habitantes por ecoponto. Além disso, o resultado está melhor que a média nacional de 502 habitantes/ecoponto. 
Observa-se no mapa que existem desatualizações. No Bairro Quinta do Rei, o mais recente, vê-se que não há nenhum ecoponto próximo a população, contudo, em visita realizada no local, constatou-se a presença de um ecoponto no Bairro Quinta do Rei. Dessa forma, o número de habitantes por ecoponto aumenta para 309 habitantes por ecoponto. 
	INDICADOR: Frequência de Coleta de Resíduos Sólidos
	DESCRIÇÃO
	Definição
Indica a frequência, ou seja, o número de dias de semana na qual é realizada a coleta dos resíduos sólidos urbanos da cidade de Bragança.
	
	Objetivo
Este indicador permite avaliar a periodicidade com a qual os resíduos sólidos urbanos são coletados. 
	
	Relevância para sustentabilidade e qualidade ambiental urbana
Os resíduos sólidos urbanos gerados possuem alto potencial de impactar o meio ambiente, especialmente na água, no ar e no solo. Associam-se as características de geração os fatores sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos. Quanto maior a população urbana, maior a geração per capita. Nas épocas especiais (Natal, Páscoa, etc.) também existente tendência a uma maior geração de resíduos. As chuvas aumentam o teor de umidade dos resíduos, que favorece a sua decomposição. Dessa forma, a frequência com a qual os resíduos são coletados é um parâmetro importante para o dimensionamento do sistema, além de servir de base de cálculo para a tarifa e evitar problemas como o transbordo, o mau cheiro e a proliferação de vetores, por exemplo.
	
	Documentos de referência
Portaria n.º 186/2007 – Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
	
	Indicadores Relacionados
Geração per capita de Resíduos; Distância entre ecopontos; Número de habitantes por ecoponto
	METODOLOGIA
	Descrição
Esse indicador traz a informação relativa à frequência, ou seja, ao número de vezes por semana com a qual os resíduos sólidos urbanos são coletados. Ele reflete a qualidade do sistema e do serviço prestado.
	
	Parâmetro de
Cálculo
	Fórmula de cálculo
	
	
	Não há necessidade de efetuar cálculos
	
	
	Unidade(s) de cálculo
	
	
	(1) Vezes/semana
	(2) 
	
	Fonte de dados 
A Câmara Municipal de Bragança disponibiliza em seu endereço online (https://www.cm-braganca.pt/frontoffice/pages/151?site_help_link_category_id=23) na área de perguntas frequentes os dias e horários de recolha do lixo.
	
	Parâmetros de referência
	Fluxo de resíduos
	Áreas Urbanas Complexas (centros históricos e áreas com elevada densidade populacional)
	Standard (áreas com baixa densidade populacional)
	Indiferenciado
	2 vezes/semana
	1 vez/semana
	1 vez a cada 15 dias
	Orgânicos
	3 vezes/semana
	3 vezes/semana
	2 vezes/semana
	Papel
	2 vezes/semana
	1 vez/semana
	1 vez a cada 15 dias
	Vidro, plástico, metal
	3 vezes/semana
	2 vezes/semana
	1 vez/semana
	Verdes
	1 vez/semana
	1 vez/semana
	1 vez/semana
	
	Referência dos valores
ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, 2017.
Contarina, SPA. Presentazione per sito. Junho 2016
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	Apresentação dos resultados
A recolha dos resíduos é de responsabilidade da empresa Resíduos Nordeste, e é realizada de segunda a sábado, 6 dias na semana, no horário das 20h00 às 02h40.
	DISCUSSÃO
	
A frequência de recolha dos resíduos para a cidade de Bragança é praticamente 2 a 3 vezes mais frequente do que o valor recomendado. O fato da coleta ser realizada todos os dias da semana, com exceção do domingo, é um excelente resultado, uma vez que reduz eventuais efeitos de transbordo e mau cheiro. O horário ideal para a coleta é aquela no qual exista menos trânsito nas vias, que facilite e agilize o trabalho de recolha dos resíduos. Contudo, o horário atual de recolha de resíduos pode ser um fator gerador de incômodo a população, sobretudo após a meia-noite, pois pressupõe-se que no período noturno as pessoas estão a descansar em suas residências.
	INDICADOR: Gestão de Energia
	DESCRIÇÃO
	Definição
Quantidade de energia consumida por ano, no concelho de Bragança.
	
	Objetivo
Este indicador nos permite avaliaro consumo anual de energia, podendo nos mostrar quais políticas aplicadas foram efetivas para a redução do consumo.
	
	Relevância para sustentabilidade e qualidade ambiental urbana
Este indicador auxilia na visualização da importância de alternativas renováveis na matriz energética, mostrando resultados de planos de ação de eficiência energética.
Racionalizar quer dizer tornar racional ou mais eficiente. Segundo Saidel et al. (2005), eficiência energética é um conceito generalizado que se refere às medidas a serem implementadas ou já implementadas, bem como os resultados alcançados decorrentes da melhor utilização da energia. Portanto, racionalizar o uso da energia elétrica é fator extremamente importante nos dias de hoje, uma vez que ao não usarmos de maneira racional ou mais eficiente este insumo, estamos simplesmente desperdiçando um potencial que poderia estar beneficiando outras áreas.
	
	Documentos de referência
Página online do município de Bragança sobre gestão de energia do concelho de Bragança.
	
	Indicadores Relacionados
Produção total de energia, consumo mensal de energia, matriz energética.
	METODOLOGIA
	Descrição
O Consumo anual de energia elétrica é um indicador descritivo, ou seja, caracteriza a situação de eficiência energética sem procurar justificativa para as causas ou desvios.
	
	Parâmetro de
Cálculo
	Fórmula de cálculo
	
	
	Dados já computados no site da câmara municipal de Bragança.
	
	
	Unidade(s) de cálculo
	
	
	(1) Kwh
	(2) ano
	
	Fonte de dados 
Base de dados da empresa de distribuição de energia.
	
	Referência dos valores
Custo da eletricidade em escolas, em 2012: 61.938,64 euros.
Custo da eletricidade com edifícios de baixa tensão, em 2012: 132.769,28 euros.
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	
	DISUSSÃO
	
Iniciou-se no ano de 2010, uma campanha progressiva de substituição dos semáforos convencionais existentes na cidade por semáforos com tecnologia a Leds O horizonte da reconversão total dos semáforos da cidade para esta nova tecnologia foi o ano de 2014.
Nota-se uma redução significativa no consumo elétrico do ano de 2010 para 2011.
Cientes da importância da poupança de energia e da necessidade de uma política energética concertada para o município, foi executado o “Plano de Acão para a Eficiência Energética do Município de Bragança”. Este documento define as possíveis ações a desenvolver pelo município nas áreas das energias renováveis e na eficiência energética, com indicação das prioridades. Iniciou-se em 2011, a aplicação de algumas dessas medidas, nomeadamente a instalação de molas de fecho automáticos nas portas dos equipamentos municipais e colocação de baterias de condensadores em alguns equipamentos para compensar a energia reativa fortemente penalizadora na fatura de eletricidade.
	INDICADOR: Espaços Verdes Urbanos
	DESCRIÇÃO
	Definição
Área de espaço verde urbano por habitante.
	
	Objetivo
Este indicador nos permite avaliar a área disponível de espaço verde urbano por habitante do município de Bragança, podendo ser verificado se o valor está dentro do recomendado pela OMS (12 m²/hab).
	
	Relevância para sustentabilidade e qualidade ambiental urbana
Ao implantar espaços verdes no ambiente urbano os benefícios sobressaem-se aos problemas que eles trazem. Dentro do âmbito ambiental, esses locais podem contribuir para a melhora da qualidade do ar, do conforto térmico, auxiliam na regulação climática, manutenção do ciclo hidrológico, biodiversidade, atenuação de ruídos e dos riscos ambientais. Na esfera social, o principal efeito positivo é a interação social que espaços promovem, possibilitando o desenvolvimento de atividades físicas, de lazer e recreação, melhorando a saúde física e mental das pessoas que frequentam. A educação ambiental também pode ser promovida por esses locais (CM- BRAGANÇA, 2008).
	
	Indicadores Relacionados
Frequência de uso dos espaços verdes, distância de acesso ao espaço verde.
	METODOLOGIA
	Descrição
Em 1998, Bragança possuía uma área de 28.653 m² de área verde, dez anos depois passou a possuir 241.510 m², valor que permite proporcionar 10,6 m² de espaço verde por habitante (CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA, 2008).
Este valor não é o mesmo encontrado na zona 5, a Tabela 1 apresenta os valores da área total da zona e da área de espaços verdes disponíveis.
	
	Parâmetro de
Cálculo
	Fórmula de cálculo
	
	
	
	
	
	Unidade(s) de cálculo
	
	
	(1) M²
	(2) habitantes
	
	Fonte de dados 
Dados fornecidos pelo docente.
	
	Parâmetros de referência
De acordo com De Arruda et al. (2013), o valor recomendado pela OMS é de 12 m² de área verde por habitante da zona urbana.
	
	Referência dos valores
DE ARRUDA, L. E. V.; SILVEIRA, P.R. S.; VALE, H. S. M.; DA SILVA, P. C. M. índice de área verde e de cobertura vegetal no perímetro urbano central do município de Mossoró, RN. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, RN, v. 8, n. 2, p. 13-17, 2013.
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	
Tabela 1 – Representativo da área de espaços verdes urbanos relativa a área total da zona 5.
	Parâmetro
	Porcentagem (%)
	Área total 
	1718465,35 m²
	100
	Área ocupada por espaços verdes urbanos 
	26718 m²
	1,55
	População da zona 5
	4338 hab
	-
Fonte: Autoria própria (2018).
	DISCUSSO
	
Com os valores apresentados na tabela 1, é possível afirmar que a zona 5 possui 6,16m² de espaço verde urbano por habitante.
A distância do meio urbano até os locais onde se encontram os espaços verdes equipados influencia diretamente na frequência com que os habitantes irão usufruir destes espaços.
	INDICADOR: Material particulado (PM2,5)
	DESCRIÇÃO
	Definição
Gama diversificada de poluentes em estado líquido ou sólido da qual encontra-se em suspensão no ar ambiente e apresente diâmetro igual ou inferior 2,5 µm. Em sua maior parte proveniente da combustão incompleta de combustíveis fosseis e biomassa.
	
	Objetivo
Este indicador tem por objetivo determinar a qualidade do ar atmosférico, da qual é essencial para a qualidade de vida das pessoas.
	
	Princípios de sustentabilidade de Bairro associados
A preservação do ar atmosférico é essencial para a qualidade de vida das pessoas. Neste contexto, controlar a emissão de material particulado torna-se extremamente importante, uma vez devido ao seu tamanho reduzido, estas partículas podem ser inaladas, carregando poluentes para os alvéolos pulmonares, causando danos ao sistema respiratório e cardiovascular. A queima de biomassa lenhosa para aquecimento tem grande influência nas emissões de material particulado, portanto, torna-se extremamente importante o controle destas emissões, principalmente no inverno e em locais com elevada densidade populacional.
Qualidade do ar atmosférico; Prevenção de doenças; Incremento da qualidade de vida.
	
	Documentos de referência
Dantas et al. (2017); WHO (2005).
	
	Indicadores Relacionados
Densidade populacional; Qualidade do ar; 
	METODOLOGIA
	Descrição
O método de medição envolve um amostrador de ar ambiente com vazão constante, onde as partículas amostradas são separadas em diferentes faixas de tamanho.
	
	
Parâmetro de Cálculo
	Fórmula de cálculo
A concentração de material particulado se da pela massa total de partículas dividido pelo volume de ar amostrado. O resultado é então expresso como concentração de material particulado em microgramas por metro cúbico de ar. 
	
	
	Unidade de cálculo
· μg/m3
	
	Fonte de dados
Levantamento no terreno
	
	Parâmetros de referência
-
	
	Referência dos valores
25 µg.m3
Valor de referência de curto prazo para proteção da saúde humana, segundo o Decreto-lei n. º102/2010 de 23 de setembro.
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	
Distribuição espacial das concentrações de PM2,5 na cidade de Bragança.
	DISCUSSÃO
	
A figura à esquerda apresenta os padrões espaciais das concentrações de PM2,5 para o período noturno, onde pode ser observado que na parte norte e nordeste da cidade as concentrações são mais elevadas do que as prevalecentes na parte sul. As concentrações ilustradas definem um padrão que sugereconcentrações mais elevadas em regiões com elevada densidade populacional, e desta forma com maior potencial para queima de lenha.
Os resultados ilustrados na figura da direita referem-se as regiões onde o valor de referência 25 (µg.m3) de exposição mínima foi ultrapassado. Este resultado demonstra que uma importante extensão da parte norte da cidade é vulnerável do ponto de vista da qualidade do ar, o que pode implicar um risco elevado a saúde humana, devido à prevalência de níveis elevados de material particulado de baixa granulometria durante um período considerável do ano.
	INDICADOR: Distância entre paragens do autocarro
	DESCRIÇÃO
	Definição
Distância percorrida dos autocarros por número de paragens durante o trajeto.
	
	Objetivo
Este indicador permite avaliar a distância média de paragens do autocarro durante toda a distância percorrida durante todo o percurso.
	
	Relevância para sustentabilidade e qualidade ambiental urbana
O período de um autocarro numa paragem, tem um impacto relevante se levar em consideração uma grande escala de autocarros, no qual, quanto mais tempo esses autocarros ficarem parados, mais dióxido de carbono é gerado (CO2) e quanto menos tempo, menos CO2 é emitido na atmosfera. Esse período de imobilização de um autocarro numa paragem depende de alguns fatores, que são: Volume de passageiros a embarcar; dimensão do autocarro; método de pagamento dos títulos de transporte e espaçamento entre paragens.
Para o espaçamento entre paragens, quanto menor for o número de paragens, mais passageiros acumulados em um ponto terá e, portanto, mais tempo terá que ficar esperando que todos embarquem no autocarro. Por um outro lado, quanto maior for o número de paragens, menos passageiros terá em cada paragem e, portanto, o tempo de imobilização do autocarro será menor, contudo a velocidade média do autocarro durante o trajeto será menor.
As paragens constituem um elemento fundamental da rede de transportes, pois é a partir delas que os passageiros têm acesso ao sistema de transportes. Em princípio a densidade das paragens deve corresponder a um valor de aproximadamente 2 a 3 paragens por quilómetro. Limitada por uma linha que representa o lugar geométrico dos pontos que distam à paragem de um tempo próximo de 5 minutos (cerca de 300 metros entre cada paragem).
	
	Documentos de referência
DELGADO, Maria C.; BOTELHO, Isabel S.; REIS, José M. Dimensionamento de vias dedicadas ao transporte público rodoviário de passageiros. Divisão de Infraestrutura de Transportes. Lisboa, 2005. Disponível em: <http://www.imt-ip.pt/sites/IMTT/Portugues/Planeamento/Documents/DimensionamentoTP_dgtt.pdf>. Acessado em: 07 de jan. 2019.
COSTA, Américo H. P. Manual do planeamento de acessibilidades e transportes: Transportes públicos. Comissão e Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Porto, 2008. Acessado em: <http://www.estgv.ipv.pt/PaginasPessoais/vasconcelos/Documentos/ManualdeAcessibilidades/ManuaisCCDRNmiolo_AF/13TransPub_AF.pdf>. Disponível em: 07 de jan. 2019.
	
	Indicadores Relacionados
Número de paragens com cobertura; Tempo de espera na paragem; Período de imobilização numa paragem.
	METODOLOGIA
	Descrição
Esse indicador reflete distância entre as paragens que tem durante todo o percurso do autocarro, verificando a qualidade do sistema de transporte urbano.
	
	Parâmetro de
Cálculo
	Fórmula de cálculo
	
	
	
	
	
	Unidade(s) de cálculo
	
	
	(1) metros/paragem
	(2) 
	
	Fonte de dados 
Pode-se obter no site do município de Bragança todos os horários do Sistema de Transportes Urbanos de Bragança – STUB, no qual encontra-se também todas as paradas que são realizadas. Com o auxílio do Google Earth Pro é possível traçar a rota dos autocarros rurais e urbanos e obter um valor aproximado do percurso em quilómetros.
	
	Parâmetros de referência
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, sugere em seu manual um espaçamento médio de 300 metros entre paragens.
	
	Referência dos valores
BRAGANÇA, Município. STUB-Serviço de Transportes Urbanos de Bragança. Disponível em: <https://www.cm-braganca.pt/pages/114>. Acessado em: 07 de jan. de 2019.
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	
Linha Urbana 1 – Verde: 320 metros;
Linha Urbana 2 – Amarela: 462 metros;
Linha Urbana 3 – Vermelha: 333 metros;
Linha Azul: 205 metros.
Linha Rural 1 – Laranja: 500 metros;
Linha Rural 2 – Roxa: 820 metros;
Linha Rural 3 – Verde Escuro: 468 metros;
Linha Rural 4 – Rosa: 696 metros;
Linha Rural 5 – Mostarda: 1034 metros;
Linha Rural 6 – Verde Claro: 679 metros;
Linha Rural 7 – Vermelha: 1042 metros.
	DISCUSSÃO
	
As distâncias entre as paragens das linhas urbanas são as que mais se aproximam do indicado no Manual do Planeamento de Acessibilidade e Transportes, que é 300 metros. Principalmente a linha verde e vermelha. Para a linha amarela seria interessante adicionar em torno de mais 9 paragens para que o valor ficasse o mais próximo de 300 metros, contudo, a linha amarela acaba sendo mais rápida devido a velocidade média do autocarro aumentar durante o trajeto. Entretanto, a linha azul se destaca muito com 205 metros em cada paragem, além de que os autocarros usados nessa linha serem elétricos e as paradas somente são feitas ao sinal dos passageiros, portanto não existem paragens fixas, podendo assim o autocarro parar em qualquer momento durante o trajeto.
Já nas linhas rurais os valores aumentam de maneira relevante, sendo que na linha vermelha que faz o trajeto Bragança-Portelo, existe entre cada paragem 1042 metros de distância e na linha mostarda, trajeto Bragança-Rio de Onor 1034 metros entre paragens, as outras linhas apresentam distâncias de paragens entre 468 e 820 metros. Isso se deve ao fato dos percursos serem mais distantes e da densidade demográfica ser pequena nas zonas rurais, portanto as paragens acabam sendo em pontos mais estratégicos para o embarque e desembarque dos passageiros, evitando a imobilização do autocarro e agilizando a viagem.
	INDICADOR: Número de Linhas e Comprimento da Rede
	DESCRIÇÃO
	Definição
Quantas linhas rurais e urbanas estão disponíveis para a população e quais os comprimentos delas.
	
	Objetivo
Garantir bons níveis de serviço, de função de acesso e cobertura espacial de Bragança..
	
	Relevância para sustentabilidade e qualidade ambiental urbana
O princípio da sustentabilidade determina que as soluções de transporte adoptadas tenham em conta a necessidade de usar com moderação os recursos naturais (e especialmente de energias não-renováveis), promovendo um desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras poderem responder às suas próprias necessidades.
A caracterização espacial das corridas, compreende a sua identificação através da respectiva origem e destino, bem como o seu traçado e extensão total. A localização das paragens e terminais também são elementos que devem ser conhecidos, para que assim não haja sobreposição de linhas e desperdício de combustível e perca de tempo durante o trajeto. 
	
	Documentos de referência
COSTA, Américo H. P. Manual do planeamento de acessibilidades e transportes: Transportes públicos. Comissão e Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Porto, 2008. Acessado em: <http://www.estgv.ipv.pt/PaginasPessoais/vasconcelos/Documentos/ManualdeAcessibilidades/ManuaisCCDRNmiolo_AF/13TransPub_AF.pdf>. Disponível em: 07 de jan. 2019.
	
	Indicadores Relacionados
Quantidade de linhas sobrepostas; Distância total de sobreposição de linhas.
	METODOLOGIA
	Descrição
Para a obtenção da quantidade de linhas e do tamanho que cada uma tem, foi necessário consultar no site do Município de Bragança as linhas disponibilizadas pelo o Serviços de Transportes Urbanos de Bragança – STUB e a partir dessa informação traçar as rotas dessas linhas para que fosse capaz de verificar o tamanho total das linhas urbanas e rural. As rotas foram traçadas no Google Earth Pro, onde é possível obter a distância de cada linha.
	
	Parâmetro de
Cálculo
	Fórmula de cálculoUnidade(s) de cálculo
	
	
	(1) km
	(2) 
	
	Referência dos valores
BRAGANÇA, Município. STUB-Serviço de Transportes Urbanos de Bragança. Disponível em: <https://www.cm-braganca.pt/pages/114>. Acessado em: 07 de jan. de 2019.
	
	Parâmetros de referência
Não existe um parâmetro fixo, entretanto as linhas são construídas normalmente de forma radial-Centrica.
	
	Referência dos valores
-
	APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
	
Linha Urbana 1 – Verde: 8 km;
Linha Urbana 2 – Amarela: 12,1 km;
Linha Urbana 3 – Vermelha: 10 km;
Linha Azul: 3,9 km.
Linha Rural 1 – Laranja: 17 km;
Linha Rural 2 – Roxa: 23,8 km;
Linha Rural 3 – Verde Escuro: 15,9 km;
Linha Rural 4 – Rosa: 16,7 km;
Linha Rural 5 – Mostarda: 30 km;
Linha Rural 6 – Verde Claro: 19 km;
Linha Rural 7 – Vermelha: 25 km.
	DISCUSSÃO
	É possível notar que existem 4 linhas urbanas e elas acabam sendo sempre com um padrão circular que se estende somente na malha urbana de Bragança, as linhas em conjunto apresentam um total de 34 km de distância em conjunto.
Em contrapartida, são 7 linhas rurais que se estendem dentro do Conselho de Bragança num formato radial-cêntrico, se distribuindo de dentro para fora em várias direções, ou seja, do centro da cidade para as aldeias mais distantes do Conselho. Logo, as linhas totalizam 147,4 km de distância em conjunto.
Ao total são 11 linhas com mais de 180 km de comprimento dentro da malha urbana de Bragança e quase todas as direções do Conselho de Bragança.
4. ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO E GESTÃO URBANA
4.1. Plano de urbanização
O Plano de Urbanização concretiza para uma determinada área do território municipal, a política de ordenamento do território e de urbanismo, fornecendo o quadro de referência para aplicação das políticas urbanas e definindo a estrutura urbana, o regime de usos do solo e os critérios de transformação do território. O Plano de Urbanização estabelece: 
a. A definição e caracterização da área de intervenção, identificando os valores culturais e naturais a proteger;
b. A concepção geral da organização urbana;
c. A definição do zoneamento para localização das diversas funções urbanas;
d. A adequação do perímetro urbano definido no PDM;
e. O traçado e o dimensionamento das redes de infraestruturas gerais que estruturam o território, fixando os respectivos espaços-canal;
f. Os critérios de localização e de inserção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos de utilização colectiva;
g. As condições de aplicação dos instrumentos da política de solos e de política urbana e à reconversão urbanística de áreas urbanas degradadas;
h. Os indicadores e os parâmetros urbanísticos aplicáveis a cada uma das categorias e subcategorias de espaços;
i. A delimitação e os objetivos das unidades e subunidades operativas de planeamento e gestão e a estruturação das acções de perequação compensatória;
j. A identificação dos sistemas de execução do plano.
De acordo com o zoneamento realizado no plano de urbanização da cidade de Bragança, Figura 1, a zona 5 que encontra-se na região norte da malha urbana é dividida em 6 bairros. O bairro do Campelo apresenta-se em uma área que no zoneamento apresenta-se em sua maior parte como zona verde equipada no plano, e na realidade ela acaba cumprindo com o que foi estabelecido, pode-se observar nessa região um cemitério e uma ciclovia, que são nada menos tipos de ocupação destinados a áreas de equipamentos, além de escassas residências unifamiliares. 
Figura 1 – Mapa de zoneamento da cidade de Bragança.
Fonte: Plano de Urbanização de Bragança (2008).
Contudo, nos bairros Mãe d’Água, do Sol, de Vale de Álvaro e da Estação encontram-se no plano como zonas de expansão de alta e média densidade, além de pequenas áreas destinadas para zonas de equipamentos, e observando minuciosamente, verifica-se que os bairros apresentam um modelo de casas unifamiliares, edifícios plurifamiliares e mistos e áreas de equipamentos como a estação rodoviária de mercarodias, a Intermarché, o reservatório Mãe d’água, a Igreja e Centro Paroquial do Santo Condestável, além de monumentos, portanto está de acordo com o zoneamento, prevalecendo o respeito das áreas que foram delimitadas para tal finalidade.
Entretanto, o bairro Quinta do Rei, que apresenta modelos de residências plurifamiliar, sendo esses edifícios novos e com muitos pisos, apresenta-se sobre uma zona verde de enquadramento e zona para equipamento, não obedecendo o zoneamento realizado no plano. Ressalta-se que, alguns dos edifícios ainda estão no processo final de construção, o que demonstra que o bairro foi formado a poucos anos.
4.2. Outros planos e projetos 	
 Além do Plano Director e do Plano de Urbanização municipal, foram encontrados para o município o Plano Verde de Bragança, realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança, que acompanha o livro Espaços Verdes de Bragança (2008) e que reúne os espaços verdes presentes nos corredores verdes, alamedas e avenidas, espaços ligados ao tráfego, envolventes e logradouros, espaços residenciais, bosques, parques e jardins públicos. Nessa oportunidade foram definidos novos projetos visando a procura da melhoria da qualidade urbanística e ambiental e consequentemente do bem-estar da população. São eles o projecto Porta-Norte, o Brigantia EcoPark – Parque de Ciência e Tecnologia e o Circuito de Manutenção de Santa Apolônia. Até o presente momento, dois deles já foram implantados e, tendo em consideração as análises desenvolvidas, pode-se dizer que existe preocupação acerca do tema, assim como existe a possibilidade de implantações de novos projectos relacionados à áreas verdes do município, inclusive na Zona 5, que apresenta carência destes espaços.
Outro plano encontrado foi o Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) das Terras de Trás-os-Montes, no qual, é desenvolvido o PAMUS para o território da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, levando sempre em consideração as melhores orientações nacionais e europeias em matéria do planejamento e gestão da mobilidade e dos transportes. Sendo assim, os municípios devem ter um plano de mobilidade urbana sustentável ligado a uma estratégia a longo prazo e esse plano deve ser usado como instrumento que estabelece estratégias globais de intervenção em matéria de organização das acessibilidades e gestão de mobilidade, definindo um conjunto de ações e medidas que contribuam para a implementação e promoção de um modelo de mobilidade mais sustentável, sempre compatível com o desenvolvimento econômico e indutor de uma maior coesão social.
5. IDENTIFICAÇÃO DE PROPOSTAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO DO AMBIENTE URBANO
Em relação ao elemento de pressão resíduos sólidos, constatou-se que na zona de estudo 5, o número de ecopontos está adequado, contudo, a sua distribuição poderia ser melhorada. Existem regiões isoladas de ecopontos em sua proximidade, o que leva as pessoas a percorrerem distâncias superiores à recomendação de 200 m. Assim, uma das propostas relacionadas a essa área seria a revisão e possível realocação ou até mesmo a inserção de novos contentores e ecopontos, de forma a resolver o problema da acessibilidade das pessoas a esses locais de destinação de resíduos para a coleta seletiva.
Sistema de iluminação pública sustentável:
Ao longo da última década tem vindo a decorrer uma reflexão sobre a evolução das políticas públicas na direção da sustentabilidade urbana. A busca por fontes sustentáveis com mínimo impacto ambiental tornou-se assunto importante devido à crise climática global. O futuro do planeta depende de escolhas e medidas ambientalmente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis, bem como eficiência no uso de recursos naturais e novas soluções energéticas.
Diante desta premissa, a sustentabilidade é uma orientação que faz parte dos planos da Europa no período de programação 2014-2020, assumindo o desenvolvimento urbano sustentável como uma das suas prioridades. O objetivo deste plano é que ‘’a União Europeia se torne uma economia inteligente, sustentável e inclusiva.”(Ministério do meio ambiente, 2015).
Tendo em conta que uma proporção cada vez maior da população portuguesa vive em áreas urbanas, as cidades encontram-se numa posição privilegiada para contribuir para o desenvolvimento sustentável, que está, portanto, inexoravelmente dependente do desenvolvimento urbano sustentável.
Neste contexto, mudanças no ambiente urbano podem contribuir para o alcance destas metas sustentáveis. Uma sugestão aplicada a Zona 5 seria a substituição de parte do sistema de iluminação pública por um sistema de geração elétrica híbrida, por meio de painéis solares e aerogeradores eólicos, sendo esta a fonte de energia para a alimentação energética de lâmpadas LED, a categoria de lâmpada mais eficiente disponível no mercado. A energia gerada poderá ser armazenada em baterias no-break para iluminação no período noturno, e o excedente gerado poderá ser destinado a rede de distribuição de energia municipal, funcionando como um pequena central de geração de energia elétrica.
Apesar da iluminação pública representar uma pequena parcela na matriz energética, medidas simples como estas auxiliam a complementar um conjunto de ações que podem ser aplicadas a outras áreas, e que quando somadas representam um valor significativo na matriz energética. Portanto, medidas como essa buscam incentivar o uso de energias renováveis, de modo econômico, sustentável e responsável, além disso diminuir as emissões de carbono, contribuindo com outras medidas que visam alcançar o desenvolvimento urbano sustentável.
Inserção de área verde Urbana Equipada.
Outra proposta para melhorar o planejamento do ambiente urbano seria a inserção de novas áreas verdes equipadas. A zona 5, possui carência deste tipo de área disponível. A Organização Mundial da Saúde recomenda em média 12m²/habitante de espaços verdes urbanos, a zona em questão possui 6,16m²/habitante. Vale ressaltar a importância da distância de acesso da população até estes espaços, indica-se que seja uma distância de até 500m, para facilitar o acesso e o uso destas áreas equipadas.
6. CONCLUSÃO
A análise de indicadores ambientais do espaço urbano é fundamental, pois através dela é possível identificar áreas que necessitam de maior atenção, áreas com usos inadequados e que devem ser adotadas práticas de conservação, áreas com potencial para outros usos, possíveis áreas destinadas a espaços verdes, consumo energético, mobilidade urbana, gestão de resíduos sólidos, qualidade do ar, entre outras. Essa análise através de indicadores é essencial para a tomada de decisões relativas ao planeamento do espaço urbano.
A construção e análise de indicadores ambientais, nos permite avaliar a sustentabilidade municipal, avaliando se há um padrão de desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
Os indicadores podem influenciar diretamente na gestão pública do município. Os indicadores representam ferramentas importantes para a tomada de decisões e para o empoderamento da população na busca por melhores condições de vida. Sua utilização é uma forma de quantificar os resultados de ações de governo para, juntamente com análises subjetivas e políticas, compor um método de avaliação global da gestão.
7. REFERÊNCIAS
AGENCIA DE ECOLOGÍA URBANA DE BARCELONA. Plan de Indicadores de Sostenibilidad Urbana de Vitoria-Gasteiz.Barcelona: Bcn, 2010. 477 p.
Arrobas, M., Perreira, E., (2009). Relatório do Plano verde da cidade de Bragança. Biblioteca digital do IPB.
CÂMARA MUNICIPAL. Perguntas Frequentes. 2019. Disponível em: <https://www.cm-braganca.pt/frontoffice/pages/151?site_help_link_category_id=23>. Acesso em: 11 jan. 2019.
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro – CCRDC. Plano de Urbanização. 2016. Disponível em: <http://www.ccdrc.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=695&Itemid=159>. Acessado em: 09 de jan de 2019.
Contarina, SPA. Presentazione per sito. Junho 2016
DANTAS, L.; AZEVEDO, J. C.; FELICIANO, M.; O impacto da queima doméstica de biomassa lenhosa nos níveis de PM2,5 na cidade de Bragança, Portugal. 2017. Disponível em: <https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/14633>. Acesso em: 12 jan. 2019.
DONATIELLO, Gabriella. Environmental sustainability indicators in urban areas: an italian experience. Eurostat: Statistical Comission and Economic Commission for Europe, Otawa, Canada, v. 1, n. 16, p.1-15, out. 2001.
ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Guia técnico de implementação de sistemas PAY-AS-YOU-TRHOW (PAYT). 2017.
Gomes, M. L., Marcelino, M. M., & Espada, M. da G. (2000). Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável.
NEW URBANISM (Eua). Principles of Urbanism: Creating Livable Sustainable Communities. 2019. Disponível em: <http://www.newurbanism.org/newurbanism/principles.html>. Acesso em: 09 jan. 2019.
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RESÍDUOS DO NORDESTE (Portugal). Recolha Seletiva. 2019. Disponível em: <http://www.residuosdonordeste.pt/recolhaSelectiva/>. Acesso em: 09 jan. 2019.
Rocha, Ana Vanessa P. N. Ambiente e Políticas: Indicadores de Avaliação da Qualidade do Ambiente Urbano em Ponta Delgada. Dissertação para obtenção do grau de mestre em Engenharia do Ambiente. Universidade Técnica de Lisboa, 2009. Disponível em: <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395139185546/Tese_Vanessa.pdf>. Acesso em: 09 de jan. de 2019.
Rok, A., Kuhn, S., & ICLEI European Secretariat. (2012). Local Sustainability 2012: Taking Stock and Moving Forward. Global Review. In ICLEI - Local Governments for Sustainability (pp. 58–73). Freiburg/Alemanha: ICLEI - Local Governments for Sustainability.
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