Buscar

aula 1- Políticas públicas de atenção à saúde da mulher

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Políticas públicas de atenção à saúde da mulher
Profa. Esther Ricci
Por que saúde da mulher?
Por que as mulheres merecem atenção para si?
As mulheres no Brasil representam hoje 51,4% da população, isto é, são 103,5 milhões e destas 37,3% são responsáveis pelo sustento das famílias.
São as principais usuárias do SUS (Ministério da Saúde, 2008)
As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem com mais frequência, segundo dados do IBGE/2011, que revelam a crescente participação das mulheres nos indicadores da economia e no sustento de famílias. 
A inserção das mulheres no mundo do trabalho é importante para seu crescimento pessoal, emocional, intelectual, social, político e cidadão. (BRASIL, 2017, p. 05-06)
 Histórico da Saúde da Mulher no bRasil
A saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada às demandas relativas à gravidez e ao parto. 
Os programas materno-infantis, das décadas de 30, 50 e 70, tinham uma visão restrita sobre a mulher, baseada no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares. 
SURGE O PAISM
PAISM- Programa Atenção Integral a Saúde da Mulher
Elaborado pelo Ministério da Saúde em 1983, publicado em 1984
Esse programa incorporou o ideário feminista para a atenção à saúde da mulher, com ênfase em aspectos da saúde reprodutiva, mas com propostas de ações dirigidas à atenção integral da população feminina, nas suas necessidades prioritárias, significando uma ruptura com o modelo de atenção materno-infantil até então desenvolvido.
 Principais demandas de serviços
Contracepção
Pré-natal 
Parto e pós-parto
Queixas ginecológicas (vaginais, menstruais – “ginecologia geral”)
Envelhecimento / menopausa
Prevenção de cânceres de colo de útero e mama
Procedimentos estéticos / cirurgia cosmética
Sexualidade
Doenças comuns aos “humanos em geral”
PAISM- Programa Atenção Integral a Saúde da Mulher
PNAISM- Política Nacional Atenção Integral a Saúde da Mulher
Política Nacional DE Atenção INTEGRAL
À SAÚDE DA MULHER (PNAISM)
2004  Ministério da Saúde cria o PNAISM ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação.
Documento de 80 páginas  disponível: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf
Objetivos do documento:
Promoção da saúde como princípio norteador, busca consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e no combate à violência doméstica e sexual. 
Prevenção e o tratamento de mulheres vivendo com HIV/aids e as portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico. 
Amplia as ações para grupos historicamente excluídos das políticas públicas, nas suas especificidades e necessidades.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL
À SAÚDE DA MULHER 
Dividido em 6 eixos prioritários: 
1. FORTALECIMENTO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
2. ATENÇÃO OBSTÉTRICA
3. ATENÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS
4. ATENÇÃO ONCOLÓGICA
5. ATENÇÃO GINECOLÓGICA E CLIMATÉRIO
6. POPULAÇÕES ESPECÍFICAS E VULNERABILIZADAS
1) FORTALECIMENTO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
No Brasil: queda da taxa de fecundidade: a taxa de crescimento populacional 1,4% ao ano 1970 5,8 filhos por mulher 
 2000 2,3 filhos por mulher
55% das mulheres não planejam a gravidez*
Nas adolescentes, esse percentual é ainda maior, 66,6%*
Apenas 33% das mulheres utilizam contraceptivos**
* Fonte: Nascer no Brasil, 2014
** Fonte: PNAUM,2014
1) FORTALECIMENTO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
No Brasil, a maior concentração dos casos de Aids entre mulheres está na faixa etária de 25 e 39 anos
Corresponde a 49,4% do total de casos registrados de 1980 a junho de 2016
Queda de 36% da taxa de transmissão vertical do HIV, nos últimos 6 anos
Em 2015, foram notificados 33.365 casos de sífilis em gestantes
1) FORTALECIMENTO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Avanços a partir de (2016):
Ampliação da faixa etária de vacina de HPV, de 9 a 26 anos.
Ampliação de testes rápidos de HIV e Sífilis
Lançamento da agenda de Ações Estratégicas para a Redução de Sífilis .
1) FORTALECIMENTO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Desafios a ser superados: 
Ações educativas e preventivas para ISTs
Luta contra preconceitos
Acesso a qualidade e quantidade de serviços qualificados
2) ATENÇÃO OBSTÉTRICA
1,8 milhões de partos são realizados no SUS por ano,
 Morte materna por causas evitáveis é um desafio a ser superado, 
180 mil curetagens realizadas ao ano,
 Aborto é uma das principais causas de morte materna no país.
2) ATENÇÃO OBSTÉTRICA
2) ATENÇÃO OBSTÉTRICA
2) ATENÇÃO OBSTÉTRICA
Tipos de partos no Brasil:
3) ATENÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS
 Em 2015, foram registrados 45.460 estupros no país (Fonte: Anuário de Segurança Pública, 2016)  estima-se 12 milhões de pessoas por ano.
 A violência sexual é considerada grave violação de direitos humanos. As evidências científicas mostram incidência elevada entre as mulheres, com impactos severos para a saúde sexual, reprodutiva e psicológica.
 229 Serviços de Referência para Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual
3) ATENÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS
3) ATENÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS
4) ATENÇÃO ONCOLÓGICA
Câncer de mama* é o mais comum entre mulheres Em 2016, foram mais de 57 mil novos casos no Brasil. 
Câncer colorretal* Em 2016, o Inca estimou o surgimento de mais de 17 mil novos casos de câncer de cólon e reto em mulheres no Brasil. Este tipo de tumor está ligado a fatores genéticos e hábitos de vida como obesidade, sedentarismo e fatores associados à dieta (alto consumo de carnes vermelhas e carnes processadas; pouca ingestão de frutas, legumes e verduras) 
Câncer de colo de útero* é o terceiro mais comum No Brasil, cerca de 16 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero por ano.
Câncer de pulmão* Segundo o Inca, estima-se que o Brasil tenha registrado cerca de 10 mil casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmões entre as mulheres, em 2016. Considerado um dos tipos de câncer mais agressivo, é também o mais fácil de ser evitado, pois o principal fator de risco para a doença é o tabagismo.
* Fonte: Oswaldo Cruz
5) ATENÇÃO GINECOLÓGICA E CLIMATÉRIO 
Ministério da Saúde (2008)Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa doc. 192 págs.
disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio_menopausa.pdf
O climatério é definido pela OMS como uma fase biológica da vida que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade.
De acordo com estimativas do DATASUS, em 2007, 32% das mulheres no Brasil estão na faixa etária em que ocorre o climatério.
São necessárias medidas preventivas e promotoras da saúde, que incluem estímulo ao autocuidado e a adoção de hábitos de vida saudáveis, que influenciam a qualidade de vida e o bem-estar das mulheres nesta fase.
5) ATENÇÃO GINECOLÓGICA E CLIMATÉRIO 
6) POPULAÇÕES ESPECÍFICAS E VULNERABILIZADAS
População Negra Implantação do quesito raça/cor em todos os sistemas de informação do SUS 2007 Publicação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra doc. de 60 págs.
Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra.pdf
População LGBT Inclusão dos campos nome social, orientação sexual e identidade de gênero na Ficha de Notificação de Violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) Processo Transexualizador no SUS, instituído em 2008  Até 2017, 400 procedimentos hospitalares e 18.241 mil ambulatoriais6) POPULAÇÕES ESPECÍFICAS E VULNERABILIZADAS
População em Situação de Rua 2017 doc. 19 págs. para orientar profissionais da área da saúde voltado para álcool e drogas.
Disponível: http://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2017/01/nt-MS-MDS-mulheres-sit-rua.pdf
População indígena: Para a saúde da mulher e da criança indígenas sobram promessas e faltam soluções. 
2016: Reduzir em 20% as mortes de bebês e crianças indígenas com até cinco anos de idade; ampliar para 90% as gestantes com acesso ao pré-natal; investigar ao menos 80% dos óbitos materno-infantil fetal; fortalecer e ampliar a assistência impactando nos óbitos evitáveis, causados, por exemplo, por doenças respiratórias, parasitárias e nutricionais; entregar Unidades Básicas de Saúde Fluviais que atenderão ribeirinhos de municípios nos estados do Amazonas e Pará 
Desafios para a Saúde Pública no Brasil
Baixos investimentos: apesar de atualmente, o SUS cobrir cerca de 75% da população brasileira.
Doenças alarmantes: coronavírus, dengue, sarampo, febre amarela etc.
Falta de profissionais na saúde pública: baixos salários e condições ruins de trabalho 
Superlotação nos hospitais
Infraestrutura defasada
Tecnologia de baixa qualidade: com o baixo investimento na saúde pública, a tecnologia de ponta não pode ser experimentada pela população — esses benefícios só são aplicáveis à clínica privada
as Fases da vida da mulher: Atenção específica em Saúde para cada fase
Na vida da mulher há marcos concretos e objetivos que sinalizam diferentes fases, tais como a menarca, a gestação, ou a última menstruação. São episódios marcantes para seu corpo e sua história de vida, que em cada cultura recebem significado diverso.
as Fases da vida da mulher
Adolescência (10 a 19 anos)
É caracterizada pelo início do período fértil
Fase de grandes modificações físicas, psicológicas e fisiológicas. 
Requer mais energia e nutrientes. 
Nesse período, as mulheres estão suscetíveis a deficiências como: anemia, avitaminoses, fadiga e baixo rendimento escolar.
Importância da atividade física e do sono.
as Fases da vida da mulher
Fase adulta (20 a 40 anos)
Nessa fase, os sintomas da TPM estão mais evidentes. 
Há maior preocupação com a estética, manutenção de peso e retardo do envelhecimento. 
É um momento importante para a adoção de hábitos alimentares saudáveis, reduzindo os riscos de doenças, como por exemplo: diabetes e câncer de mama. 
Período fértil propício para a gestação. 
Constipação é uma das principais queixas das mulheres. 
Importância da atividade física e do sono.
as Fases da vida da mulher
Fase adulta pré-menopausa (40 a 55 anos)
É uma fase de intensas mudanças físicas, psicológicas e musculares. Mudanças na auto-imagem.
A menstruação torna-se irregular e os sintomas da menopausa começam a aparecer.
Tendência ao ganho de peso e à perda de massa muscular
Importância da atividade física e do sono.
as Fases da vida da mulher
Fase adulta pós-menopausa (acima de 55 anos)
Período em que ocorre redução do estrogênio endógeno, o que intensifica os sintomas da menopausa. 
Há perda de massa magra e óssea intensa, o que aumenta o risco de osteoporose. 
Também há aumento dos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos, o que representa risco para doenças cardiovasculares. 
A constipação se intensifica nesse período. 
A fase é de risco para outras doenças como câncer de mama, cólon e diabetes.
Importância da atividade física e do sono.

Outros materiais