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Eixo ego- self
Da mesma forma que o ego é centro da consciência, Jung vai postular que existe um centro de tudo que encontra-se para nós no inconsciente, denominado de Self (si mesmo).Self é o centro do complexo do ego, é o centro do inconsciente, é o centro de tudo e é também tudo. É o arquétipo da totalidade.
Na primeira metade da vida, ocorre a fase de identificação e afastamento do Self e na segunda fase da vida se dá o retorno ao Self. 
No nascimento o ego está inteiramente identificado com Self e apartir de então inicia seu percurso de distanciamento do Self.
O Self sendo tudo, quando ego se identifica com algo se distancia do Self. A primeira identificação do ego é com os tipos psicológicos, em seguida se identifica com o corpo e depois com o nome. Posterior a isso identifica-se com o gênero. Quando ego se identifica com um gênero, no inconsciente fica o gênero oposto, por conta da função compensatória do inconsciente (enantiodromia). Por exemplo, quando ego se identifica com o masculino, no inconsciente estará o feminino (Anima) e ao contrário também, quando ego se identifica com feminino, no inconsciente estará o masculino (Animus). Os conteúdos de anima e animus são o complemento de nossa percepção consciente de nós mesmos como masculinos e femininos, algo que é fortemente influenciado por valores culturais e papéis definidos pela sociedade. O Self possui todos os gêneros, quando ego se identifica com um gênero ele está diminuindo a sua identificação com Self.
 Ainda no eixo Self, o ego se identifica com as ideias sobre bem ou mal, por exemplo, ao se identificar com o bem, o mal vai para o inconsciente e formam uma sombra. Perceber a Sombra como expressão do mal é da maior importância para que seus conteúdos simbólicos sejam devidamente identificados, elaborados e resgatados de suas fixações e reintegrados no caminho da normalidade e do Bem.
A sombra é nosso material psíquico inconsciente. Nela pode estar aquilo que consideramos errado em nós, mas também nossas potencialidades ainda não reconhecidas, como a nossa função inferior.
No processo de individuação todos nós precisamos olhar para nossos aspectos sombrios. 
Seguindo no eixo Self, o ego se identifica com as formas as quais nos apresentamos no social ou no trabalho (Persona). Uma das problemáticas da Persona é inadequação e outra problemática é quando a máscara cola.
Todo esse material: anima, animus, sombra, persona, são materiais coletivos, são arquétipos. Quando somos expostos a esses materiais do inconsciente, corremos alguns riscos, entre eles: a inflação do ego, onde o individuo reivindica para si as virtudes do inconsciente coletivo; ou a impotência do ego, a pessoa se sente sem controle e sucumbe a aspectos irracionais do inconsciente coletivo e impulsos negativos.
Um dos perigos da identificação com o Self, é que o individuo se torna aquele que sabe tudo, um verdadeiro guru, aquele que traz a verdade única. Essas pessoas tendem a acreditar que se tornaram divinos, santos e perfeitos, e assim perdem contato com sua humanidade, tendo neles também um lado bastante diabólico. Devemos então nos lembrar de que a individuação não visa a perfeição, mas a totalidade. A realização do Self na vida humana e não a identificação com ele.
As exigências do Self vão nos mostrar nosso papel na sociedade, a nossa vocação, onde podemos exercer nossa individualidade para o bem estar pessoal e da sociedade.

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