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Fichamento de História dos saberes psicológicos

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
Aluno: 
R.A.: 
Semestre: 
Turno: 
Professor: 
MASSIMI, M. História dos Saberes Psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016. (Capítulo 6 – Eixo estruturante A construção do arcabouço conceitual dos saberes psicológicos no âmbito dos conhecimentos: a mente e o corpo segundo Descartes e as raízes conceituais da Psicologia Moderna, pg. 333 – 342). 
Síntese
Trata-se da filosofia de René Descartes, quanto ao racionalismo e as raízes conceituais da psicologia moderna; sua posição quanto à necessidade de um novo método de conhecimento para alcançar a certeza; as regras para a busca da Verdade; a autonomia do pensamento e a separação entre mente e corpo; o mecanismo como modelo para conhecer o corpo humano e o mundo material e biológico; e também artigos que discutem sobre as paixões e a questão do determinismo da natureza humana. 
Principais ideias
O objetivo de Descartes é reafirmar a razão como instrumento da busca da verdade. 
Ele propõe as seguintes regras para o novo método de uso da razão e a busca da Verdade: acolher, como verdadeiro, somente o que é evidente; o uso da análise (dividir o problema em partes para solucioná-lo); síntese (ordenar os pensamentos do mais simples até ao mais complexo) e, controlar o percurso do raciocínio. 
Estas regras não buscam alcançar o universal, mas o mais simples.
O fundamento das regras é a dúvida metódica. Através alcançou a certeza fundamental: "PENSO, LOGO EXISTO". 
Ou seja, para pensar que tudo era falso era necessário que ele fosse alguma coisa e isso, nenhum dos céticos conseguia refutar, tomando esta verdade como o primeiro princípio da filosofia que ele estava buscando.
Sobre a autonomia do pensamento e a distinção entre mente-corpo, Descartes afirma que, examinando o que ele era, podendo imaginar a ausência do corpo e do mundo, mas notando a impossibilidade de imaginar a ausência de si, concluiu que era uma substancia cuja essência e natureza é pensar e que para pensar, não depende de um corpo, um mundo, um lugar, nem de coisas materiais; referindo a si como alma e separando completamente do corpo. 
Para Descartes o pensamento é a consciência, e a consciência compreende a vontade, o intelecto, a imaginação, os sentidos. 
Também se aprofunda no significado de conhecer a si mesmo, confessando que apesar de ter consciência de sua existência, ainda não a conhece por inteiro, podendo confundir-se com outra coisa e então, se equivocar no conhecimento que mais sustenta: “EU SOU, EU EXISTO”. 
A partir da certeza fundamental, é possível conhecer: A realidade, Deus (é o garante das nossas capacidades de conhecimento) e o mundo (uma máquina composta de matéria e movimento). 
Descartes compara o corpo humano como uma máquina, os órgãos internos com as peças dessa máquina, e o homem, criador da máquina, com Deus. 
O homem sendo composto pelo corpo e pela mente, a comunicação entre as duas substâncias diferentes se dá pela glândula pineal. Também propõe a hipótese de que a sede principal da alma esteja na glândula pineal, que se encontra no centro do cérebro, espalhando ao corpo inteiro por meio dos espíritos, dos nervos e do sangue. 
O conceito cartesiano de homem está na origem da psicologia moderna. Descartes substituiu o conceito dualista de homem como composto de mente e corpo quando alegou que, sabendo existir e por existir, define-se ser pensante, e tendo o pensar como única função. Mesmo estando ligado a um corpo, conclui que u (sua mente), existe independentemente do seu corpo. 
Para ele, a divisão mente-corpo fundamenta a tese da imortalidade da alma. Também estabelece a diferença substancial entre mente e corpo: por poder imaginar absolutamente qualquer coisa material sendo dividida, conclui que o corpo é divisível, a mente é indivisível. 
Ele modifica também a definição de homem enquanto animal racional, alegando não poder separar o pensamento do eu.
Das paixões no geral e o ocasionalmente de toda a natureza do homem, Descartes definiu como sendo uma ação do corpo sobre a alma.
Que calor e movimento dos membros procedem do corpo, e os pensamentos, da alma. 
Explica como as impressões dos objetos se unem a glândula pineal e também de como esses objetos manifestam paixões distintas no corpo.
Citações
"Percebi logo que, querendo eu pensar desse modo que tudo é falso, era necessário que eu, que o pensava, fosse alguma coisa; e observando que esta verdade: 'eu penso, logo sou', era tão firme e segura que as mais extravagantes suposições dos 56 cépticos não são capazes de comovê-la, julguei que poderia recebê-la sem escrúpulo, como o primeiro princípio da filosofia que andava procurando” (IV parte do Discurso do Método)
"Que sou pois? uma coisa que pensa. Que é uma coisa que pensa? é uma coisa que duvida, entende, concebe, afirma, nega, quer, não quer e também imagina e sente." (Meditationes de prima philosophia, II parte)
"Arquimedes, para levantar a terra e transportá-la a outro lugar, só pedia um ponto de apoio firme e imóvel; eu também terei direito a conceber grandes esperanças se tiver a sorte de encontrar uma só coisa que seja certa e indubitável (...) Havendo pensado e examinado cuidadosamente tudo, há que concluir por último e ter por constante, a proposição seguinte: 'eu sou, eu existo', é necessariamente verdadeira, enquanto a estou pronunciando ou concebendo em meu espírito. Porém, eu, que estou certo de que sou, não conheço ainda com suficiente clareza quem sou; de sorte que daqui por diante devo ter muito cuidado de não confundir, por imprudência, alguma outra coisa comigo, e de não me equivocar neste conhecimento, que sustento ser mais certo e evidente que todos os que tive anteriormente." (J. Marias, 1975, pp. 178-9)
"Se houvesse máquinas que tivessem órgãos e figura externa de um mono ou de outro animal qualquer desprovido de razão, não haveria meio algum que nos permitisse conhecer que não são em tudo de natureza igual a esses animais." (Discurso do método, in: Marias, 1975, p. 181)
"uma estátua ou máquina de terra que Deus forma expressamente para fazê-la o mais semelhante a nós quanto possível, de sorte que não só lhe dá por fora a cor e a figura de todos 57 nossos membros, como ainda põe dentro todas as peças que se requerem para que ande, coma, respire, e enfim, imite todas aquelas nossas funções que se podem imaginar procedentes da matéria e só dependentes da disposição dos órgãos. Vemos relógio, fontes artificiais, moinhos e outras máquinas semelhantes que, embora estando feitas só por homens, não deixam de ter a faculdade de se moverem por si mesmas de vários modos diversos, dir-vos-ei que quando Deus une uma alma racional a esta máquina, como pretendo dizer-vos mais adiante, dar lhe-á sua sede principal no cérebro e a fará de tal natureza que, segundo os diversos modos como se abram, por meio dos nervos, as entradas dos poros que há na superfície interior do cérebro, terá diferentes sentimentos."(Lib. I, 1-2, III, 28, in: Marias, 1975, pp. 184-5)
"Visto que sei por certo que existo e, não obstante, não advirto que a minha natureza ou a minha essência lhe convenha necessariamente outra coisa, mas que eu sou algo que pensa, concebo muito bem que minha essência consiste somente em ser algo que pensa, ou ser uma substância cuja essência ou natureza toda é só pensar. 
E mesmo que, por acaso, ou melhor, certamente, como direi depois, eu tenha um corpo ao qual estou estreitamente unido, no entanto, visto que por um lado tenho uma ideia clara e distinta de mim mesmo, segundo a qual sou só algo que pensa e não extenso e, por outro lado, tenho uma ideia distinta do corpo, segundo a qual este é uma coisa extensa, que não pensa, torna-se claro que u, isto é , minha mente, pela qual sou o que sou, é inteira e verdadeiramente distinta do meu corpo, podendo ser e existir sem o corpo." (Meditationes de prima philosophia, VI)
"Quando considero o espírito, isto é, a mim mesmo, enquanto sou apenas uma coisa que pensa, não posso distinguir em mim partes, mas pelocontrário conheço e concebo muito claramente que sou uma coisa absolutamente uma e inteira" (in Marias, p. 183) 
“Não posso imaginar nenhuma coisa corporal ou extensa, por pequena que seja, que meu pensamento não desfaça em pedaços ou que meu espírito não divida facilimamente em várias partes, e, por conseguinte, a conheça como divisível.” (in Marias, p. 183)
Bibliografia
MASSIMI, M. História dos Saberes Psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016. (Capítulo 6 – Eixo estruturante A construção do arcabouço conceitual dos saberes psicológicos no âmbito dos conhecimentos: a mente e o corpo segundo Descartes e as raízes conceituais da Psicologia Moderna, pg. 333 –

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