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Redação modelo: O politicamente correto em questão no Brasil

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Tema: O politicamente correto em questão no Brasil
Em 2005, no Brasil, foi elaborada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos a cartilha do Politicamente Correto – um manual que listava expressões consideradas pejorativas, preconceituosas e que deveriam ser evitadas. Na época, a cartilha teve repercussão desfavorável, recebendo várias críticas da imprensa e da sociedade pelo seu conteúdo. Hoje, a questão do politicamente correto ainda é alvo de discussões divergentes, em razão da sua factual necessidade e importância frente a diferentes âmbitos sociais. Nessa perspectiva, deve-se analisar os fatores envolvidos na inercial problemática.
De fato, a expansão de políticas conservadoras e de posturas radicais dificulta a discussão acerca da vulnerabilidade social dos segmentos marginalizados da sociedade. Na luta dessas minorias, o politicamente correto representa uma ruptura com discursos antigos e enraizados, que muitas vezes foram normalizados e suscitaram na formação de estereótipos negativos e discriminatórios como, a saber, a expressão “traveco”, referindo-se a transexuais. Logo, a representatividade desses grupos é fundamental, pois instiga a efetivação e defesa de mecanismos de tolerância e inclusão.
Outrossim, a conduta do politicamente correto é vista, por vezes, como uma inflexibilidade da liberdade de expressão. Segundo a ética utilitarista, o caráter ético é formado a partir do dialogo racional de ideias diferentes. Nesse contexto, o cerceamento de “normas de conduta” restringiria o debate aberto e sem censura a respeito de uma miríade de assuntos. É indubitável, desse modo, a importância da liberdade de expressão e de pensamento para a prática de discussões racionais e pacíficas, que integrem a conscientização sobre a tolerância e respeito mútuos.
Para que haja um equilíbrio entre a ideologia do que é “correto” e a expressão de ideias e concepções, medidas devem ser adotadas. Para isso, compete ao Ministério dos Direitos Humanos, por meio de canais gratuitos de atendimento, prestar serviços de apoio e denúncia ás pessoas que sofreram ofensas injustas à dignidade, com o intuito de impulsionar a representatividade das minorias e analisar de maneira coerente os casos. Ademais, é fundamental que o Governo Federal, por meio da mídia, crie campanhas que demonstrem a diferença entre liberdade de expressão e imoralidade, para que haja maior conscientização acerca de opiniões ofensivas. Dessa maneira será possível alcançar, gradativamente, uma sociedade mais justa e ética.

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