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Avaliação dos Sistemas de Infraestrutura de Saneamento de Conjuntos

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Avaliação dos Sistemas de Infraestrutura de Saneamento de Conjuntos 
Habitacionais em Rio Branco, Estado do Acre 
RESUMO 
 Esta pesquisa objetiva a avaliação dos sistemas de infraestrutura de saneamento 
de conjuntos habitacionais em Rio Branco - Acre. Esta etapa avalia o sistema público de 
abastecimento de água nos Bairros Morada do Sol, Bairro 15, Cidade do Povo, Rui 
Lino, Valdemar Maciel, Mascarenhas de Moraes, Tangará e Castelo Branco. A 
metodologia utilizada consiste em busca documental em órgãos públicos, visitas “in 
loco” e entrevistas com moradores. Observou-se que o órgão público responsável pelo 
abastecimento público de água, Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento 
(DEPASA), não atende satisfatoriamente toda população investigada; no entanto, a 
maioria da população faz uso da água distribuída pelo DEPASA. Há uma parcela da 
população que utiliza poços, sem controle da qualidade da água consumida. A parcela 
da população que utiliza água diretamente do DEPASA, considera de razoável a bom, o 
serviço público. Recomenda-se um maior controle e acompanhamento, por parte do 
DEPASA, buscando aumentar a qualidade do sistema de abastecimento de água; além 
de vistorias sistemáticas nos poços, para fins de verificação da qualidade da água 
consumida pela população. 
 
Palavras-chave: Saneamento básico, Abastecimento de água, Qualidade do Sistema de 
Distribuição de água. 
 
ABSTRATC 
 This research aims to evaluate of Sanitation Infrastructure System in Rio Branco 
– Acre. This stage evaluates the public system of water supply in the following 
neighborhoods Morada do Sol, Bairro 15, Cidade do Povo, Rui Lino, Valdemar Maciel, 
Mascarenhas de Moraes, Tangará and Castelo Branco. The methodology used in this 
research is documental search in the public agencies, visits “in loco” and interviews 
with residents. It was observed that the responsible public agency by the water supply, 
Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA), not satisfactorily 
meet all the studied population. However, the most part of the population uses the 
DEPASA water coming. There is a little part of the population that uses water well, 
with anyone quality control of the consumed water. The population’s part that uses 
directly the DEPASA water coming, considers reasonable to good the public service. It 
is recommended a bigger control and accompaniment, by DEPASA, seeking to increase 
the quality of the water supply system; and periodic inspections on water wells to check 
the quality of water consumed by the population. 
 
Key-words: Basic Sanitation; Water Supply; Quality of the Distribution System 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
 Os conjuntos habitacionais, constituindo-se áreas de ocupação planejada, constituído 
por um "conjunto de elementos além da unidade propriamente dita, supondo a existência de 
infraestrutura urbana (redes de água e esgoto, iluminação pública, drenagem pluvial, 
pavimentação, redes de informação, etc) e serviços urbanos (transporte, saúde, educação, 
coleta de lixo, lazer, cultura, etc.) (BARON, 2011). 
 A definição básica de saneamento seria: “O conjunto de obras e medidas, que visa 
preservar ou até mesmo modificar as condições do ambiente com a finalidade de prevenir 
doenças e promover a saúde (MENEZES, 1984). 
 Nesse contexto abordado podemos destacar o abastecimento de água. Com o 
crescimento demográfico urbano, gerou a necessidade de se estabelecer uma infra-estrutura 
que garantisse a distribuição e a salubridade da água potável. 
Abastecimento de Água potável: abrange as atividades, infraestrutura e instalações 
necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações 
prediais e respectivos instrumentos de medição (LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 
2007. Presidência da República). 
Captada nos mananciais, levada para estações de tratamento e distribuída por vários 
reservatórios, a água é fornecida à população pela rede pública de abastecimento. 
Sistema de abastecimento d’água é o serviço público constituído de um conjunto de 
sistemas hidráulicas e instalações responsável pelo suprimento de água para atendimento das 
necessidades da população de uma comunidade (Filho, 201-). 
A água de abastecimento público tem de ser potável, na qual é, aquela que pode ser 
consumida pelo Homem, sem ameaça para a sua saúde. Esta água são captadas em mananciais 
e tratada até chegar nas valores ideais de qualidade de consumo, esse tratamento já considera 
a perda de qualidade que a água tem até chegar no consumidor, essa perda ocorre na 
transporte, assim como no armazenamento em depósitos. 
Desta forma, com os conceitos estabelecidos, a pesquisa tem por objetivo obter 
informações gerais do município de Rio Branco - AC e especificamente do Bairros Morada 
do Sol, Bairro 15, Cidade do Povo, Rui Lino, Valdemar Maciel, Mascarenhas de Moraes, 
Tangará e Castelo Branco relacionadas ao Sistema de abastecimento de água, fazendo, 
consequentemente, o diagnóstico. 
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Esses conjuntos habitacionais foram construídos pela COHAB/AC, com para atenuar 
o déficit habitacional do estado. Dentre estes a Cidade do Povo é maior conjunto e o maior 
novo entre os estudados, Valdemar Maciel também é uns dos conjuntos mais recente na 
cidade, todos os demais já tem muitos anos, tendo mudado muito suas características desde 
suas construções. 
 
 
Figura 1: Bairros estudados 
FONTE: COHAB-AC 
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2. OBJETIVO 
 
2.2. Objetivo Geral: 
 
 Avaliar as condições do sistema de abastecimento dos conjuntos: Morada do Sol, 
Bairro 15, Cidade do Povo, Rui Lino, Valdemar Maciel, Mascarenhas de Moraes, 
Tangará e Castelo Branco. 
 
2.2. Objetivos Específicos: 
 
 Saber a origem da água consumida pelas residências: se é proveniente de poço ou do 
Sistema de Abastecimento Público. 
 
 Verificar as condições de oferta de água potável nos conjuntos habitacionais; 
 Abrangência do fornecimento de água do sistema público de abastecimento; 
 Conhecer a satisfação da população que utilizam o sistema de abastecimento 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 A coleta de dados foi efetuada através de pesquisa documental e pesquisa de campo, 
baseando-se nos seguintes procedimentos: 
 
3.1 Pesquisa Documental 
 Levantamento de dados cadastrais dos conjuntos habitacionais. Foram levantadas 
informações junto aos órgãos públicos vinculado ao abastecimento de água. 
 Os órgãos públicos pesquisados: Companhia de Habitação do Estado do Acre 
(COHAB-AC, Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento do Acre (DEPASA) e 
Secretaria de Desenvolvimento Urbano. 
 Entrevistas com técnicos da: Companhia de Habitação do Estado do Acre (COHAB-
AC) e Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento do Acre (DEPASA). 
 
3.2 Pesquisa de Campo 
 Para o levantamento das condições de abastecimento de água em que vive a 
população dos conjuntos habitacionais estudados, utilizou-se questionário nos domicílios 
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locais da área em estudo, objetivando a obtenção de informação referente ao abastecimento de 
água, existentes no local. 
 
3.3 Análise de Dados: 
 Para o tratamento dos dados coletados, foram feitas análises qualitativa e quantitativa. 
 Os dados primários, obtidos junto aos moradores dos conjuntos habitacionais, serão 
analisados qualitativa e quantitativamente; enquanto que as informações obtidas junto aos 
órgãos envolvidos terão tratamento qualitativo. 
 A análise dos dados obtidos na pesquisa e a avaliação serão apresentadas por meio de 
quadros. Esses quadros serão analisados por amostragem e será colocada em evidência a real 
situação vivenciada pelos moradores dessa área de estudo. 
 
 
4. RESULTADOS e DISCUSSÃO 
 
 A água fornecida pelo setor público aos conjuntos habitacionais são de origem 
superficiais, no caso o manancial utilizado é o do Rio Acre, tem-se duas Estações de 
Tratamento de Água na cidade de RioBranco ETA 1 e ETA 2. A ETA 1 tem capacidade de 
tratamento de 600 litros por segundo, enquanto a ETA 2 tem capacidade de 1000 litros por 
segundo. 
 Sobre o sistema de abastecimento é feito de forma direta para as residências próximas 
as estações de tratamento ou é usado reservatórios em pontos estratégicos da cidade para 
depois a água ser distribuída para a população. 
 O fornecimento é feito em dias alternados em todos conjuntos estudados e de forma 
intermitente. 
 No bairro Tucumã encontra-se um reservatório com capacidade de 500 mil litros no 
reservatório semi enterrado, e de 300 mil litros no reservatório elevado. Esse reservatório é 
responsável por distribuir água tanto para o bairro Tucumã quanto para o bairro Rui Lino. 
 No Castelo Branco encontra-se outro reservatório que é responsável por abastecer 
diversos bairros da região, inclusive o próprio bairro onde ele está situado e o conjunto 
Mascarenhas de Moraes. 
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 O abastecimento de água pode ocorrer de três maneiras: Sistema público (DEPASA), 
poço ou até por meio da compra de terceiros, no Quadro I nos mostra a origem da água nos 
bairros estudados que se utilizam para beber. 
Quadro 1 -Origem de abastecimento de água dos bairros Estudados que se utlizam para beber 
Bairro Origem da água Bebe a água 
 Poço Depasa Poço e Depasa Sim Não 
Valdemar Maciel 0% 100% 0% 40% 60% 
Castelo Branco 0% 100% 0% 15% 85% 
Mascarenhas 0% 100% 0% 10% 90% 
Cidade do Povo 0% 100% 0% 81% 19% 
Morada do Sol 55% 30% 15% 20% 80% 
Rui Lino 35% 55% 10% 20% 80% 
Tangará 21% 71% 8% 8% 92% 
Bairro 15 60% 40% 0% 20% 80% 
 
 Podemos ver que em 4 bairros dos 8 estudados utilizam apenas o Sistema Público de 
Abastecimento como forma de abastecimento, dentre estes temos o conjunto Castelo Branco, 
Mascarenhas de Moraes, Valdermar Maciel e a Cidade do Povo, sendo estes dois últimos, os 
conjuntos habitacionais mais recentes. Morada do Sol e Bairro 15 apresentam os maiores 
números quanto ao uso de poços, com 55% e 60% respectivamente. 
 Temos a Cidade do Povo com o maior índice de pessoas que bebem água fornecida 
pelo Sistema Público com 81%, muitos moradores alegaram beber pela falta re recursos para 
comprar água mineral. Neste conjunto não foi encontrado poços. 
 Valdermar Maciel com 40% foi o conjunto com o segundo maior número referente a 
beber a água. Nos dois outros bairros em que verificou-se que todos os moradores 
entrevistados utilizam o DEPASA, o Castelo Branco e Mascarenhas apenas 15% e 10% 
bebem a água respectivamente. 
 Morada do Sol onde apresenta 55% de utilização de poços, 20% bebem a água seja do 
poço ou do DEPASA, os moradores alegaram realizar tratamento e alguns já realizaram testes 
sobre a qualidade dos poços. 
 Sobre a quantidade da água e o fornecimento recebido pelas residências tem pressão 
suficiente para subir no resevatório elevado, temos os número no Quadro 2. 
 
 
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Quadro 2 - Quantidade e Pressão da água fornecida pelo DEPASA. 
Bairro Quantidade Suficiente Pressão Suficiente 
 Sim Não Sim Não As Vezes 
Valdemar Maciel 100% 0% 95% 0% 5% 
Castelo Branco 90% 10% 75% 15% 10% 
Mascarenhas 95% 5% 90% 5% 5% 
Cidade do Povo 85% 15% 96% 0% 4% 
Morada do Sol 78% 22% 22% 78% 0% 
Rui Lino 38% 62% 42% 33% 25% 
Tangará 79% 21% 41% 30% 29% 
Bairro 15 88% 12% 38% 62% 0% 
 
 Dentre os bairros estudados que recebem água do DEPASA todos os moradores do 
Conjunto Valdemar Maciel alegaram receber água em quantidade suficiente. Outros bairros 
que apresentaram bons números quanto a quantidade, foram Bairro 15, Castelo Branco e 
Mascarenhas com 88%, 90% e 95% repectivamente. Enquanto o conjunto Rui Lino 
apresentou o menor índice com apenas 38%, muitos moradores desse bairro reclamam do 
tempo de fornecimento, além da frequência que não está sendo satisfátória. 
 Já em referência se a água chega nas residências com pressão suficiente para subir no 
reservatório superior, os conjuntos Valdemar Maciel, Cidade do Povo e Mascarenhas 
apresentam números acima de 90%, enquanto o Morada do Sol apenas 22% das residências, 
Rui Lino, Tangará e Bairro 15 estão com valores abaixo de 50%. Nas residências onde a 
pressão não é suficiente é necessário o uso do sistema Moto-Bomba para elevar a água ao 
resevatório superior, ocasionado aumento de custos para os usuários. 
 Quando perguntados sobre se existe desperdício por parte dos vizinhos ou se existe 
pontos ontem existem vazamentos com frenquência no bairros, temos os dados no Quadro 3. 
 Quadro 3 - Desperdício de água dos bairros Estudados 
Bairro Desperdício 
 Sim Não 
Valdemar Maciel 59% 41% 
Castelo Branco 41% 59% 
Mascarenhas 29% 71% 
Cidade do Povo 54% 46% 
Morada do Sol 28% 72% 
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 Continuação Quadro 3. 
Bairro Desperdício 
 Sim Não 
Rui Lino 35% 65% 
Tangará 42% 58% 
Bairro 15 27% 73% 
 
 De acordo com o Quadro 3, na Cidade do Povo com 54% e Valdemar Maciel com 
59% apresentaram os maiores números quanto ao desperdício segundo os questionários, de 
fato nesses dois conjuntos foram os locais onde visivelmente nas visitas mais apresentaram 
vazamentos nos terrenos das residências. Um dos fatores que pode-se notar foi que as caixas, 
que não eram elevadas, não possuírem bóias. Morada do Sol e Bairro 15 têm os menores 
números com 28% e 27% respectivamente. 
 Nas vistorias dos bairros, não foram avistados pontos nas ruas em que houvesse 
vazamentos rotineiros, alguns locais foram citados pelos moradores, porém segundo os 
próprios, logo são solucionados pelo órgão responsável pelo abastecimento. 
 Em relação a qualidade da água fornecida pelo DEPASA, temos o Quadro 4. 
 Quadro 4 - Qualidade sa água dos fornecida aos bairros Estudados. 
Bairro Qualidade da água 
 Boa Razoável Ruim 
Valdemar Maciel 70% 25% 5% 
Castelo Branco 55% 55% 0% 
Mascarenhas 50% 50% 0% 
Cidade do Povo 81% 19% 0% 
Morada do Sol 33% 56% 11% 
Rui Lino 46% 46% 8% 
Tangará 68% 27% 5% 
Bairro 15 75% 25% 0% 
 
 Rui Lino e Morada do Sol apresentaram os números mais baixos quanto a qualidade 
da água com apenas 46% e 33% respectivamente, enquanto Cidade do Povo se dispõe com o 
maior grau de satisfação quanto a qualidade. 
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 Todos os bairros estudados, é notório a dificuldade dos moradores em limpar os 
reservatórios elevados, poucas residências alegaram a limpar com frequência mais rotineira, 
esse fato é um dos grandes causadores dá má qualidade da água. 
 Quando perguntado aos moradores sobre a qualidade do serviço prestado pelo Sistema 
Público, obteve-se os dados do Quadro 5. 
 Quadro 5 - Sasitifação da qualidade do Sistema Público 
Bairro Qualidade do Sistema 
 Bom Razoável Ruim 
Valdemar Maciel 75% 20% 5% 
Castelo Branco 80% 20% 0% 
Mascarenhas 80% 20% 0% 
Cidade do Povo 88% 12% 0% 
Morada do Sol 33% 67% 0% 
Rui Lino 15% 62% 23% 
Tangará 58% 37% 5% 
Bairro 15 68% 32% 0% 
Média Total 62% 34% 4% 
 
 Cidade do Povo apresentou a maior satisfação sobre a qualidade do Sistema com 88%, 
como vimos 100% das casas no bairro utilizam apenas o DEPASA, dentre os conjuntos com a 
mais baixa avaliação temos o conjunto Rui Lino, com apenas 15% dos entrevistados 
avaliando como bom e 23% avaliando como ruim. O Conjunto Morada do Sol também 
apresenta baixos número, com índice de satisfação de apenas 33%. 
 Em média contando todos os bairros 62% avaliaram como bom o Sistema Público e 
34% como razoável e apenas 4% como ruim. 
 Dos conjuntos habitacionais estudados, tivemos Mascarenhas de Moraes, Cidade do 
Povo, Castelo Branco e Valdemar Maciel com todas as residências entrevistas com apenas o 
Sistema Público de abastecimento. Nesses conjuntos, a satisfação dos moradores que utilizam 
serviço públicoé em média boa ou razoável. 
 Tanto água da rede pública como dos poços são utilizadas apenas para o uso 
doméstico na maioria das casas. É importante ressaltar a necessidade do tratamento e análise 
da água oriunda dos poços, assim como respeitar as normas técnicas quando for fazê-los. 
 Vimos que abastecimento público é realizado de forma intermitente e em dias 
alternados. Conforme a bibliografia e técnicos entrevistados, o fornecimento ideal deveria ser 
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de forma contínua para que as residências não precisassem armazenar água, facilitando a 
distribuição. 
 Outro problema enfrentado por alguns moradores é a respeito da água da rede pública 
não chegar ao reservatório superior, principalmente o conjunto Morada do Sol e Bairro 15, 
justamente os bairros onde o Sistema público abrange menos residências, isso faz com as 
pessoas utilizem um reservatório alternativo como o sistema motor-bomba, encarecendo o 
uso da água. 
 Rui Lino que apresentou os menores dados sobre a qualidade do Sistema Público com 
apenas 15% considerando boa, para esse conjunto deve haver estudos mais aprofundados, 
pois existe um reservatório próximo ao bairro responsável por abastecer o conjunto, o que 
facilitaria no fornecimento, segundo o técnico responsável pelo reservatório, o abastecimento 
é intercalado com o bairro Tucumã, conjunto vizinho ao Rui Lino. Em estudos anteriores 
sobre o bairro Tucumã, o mesmo também não obteve altos índices de satisfação. 
 Como Valdermar Maciel e Cidade do Povo são os conjuntos com 100% das 
residências com abastecimento público e que apresentaram maiores índices de desperdício, 
seria importante haver campanhas de conscientização nesses conjuntos e distribuição 
exigência do uso de válvulas de boias para os reservatórios. 
 
5. CONCLUSÃO 
 A partir dos resultados, constata-se que os sistemas de abastecimento de água nos 
conjuntos habitacionais investigados apresentam razoáveis condições de funcionamento. 
 O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA), órgão público 
responsável pelo abastecimento de água à população, não atende 100% da população 
investigada. A maioria da população estudada utiliza a água do DEPASA e considera de 
razoável a bom o serviço público de abastecimento. O não uso, pela população, da água 
fornecida pelo DEPASA pode decorrer da desconfiança de sua qualidade ou do menor custo e 
comodidade que a água do poço pode oferecer. 
 O DEPASA deve realizar manutenção sistemática das instalações de distribuição de 
água para prevenir e combater o desperdício de água; assim como verificar se a pressão 
mínima disponível atende à legislação. Também é necessário um maior controle e 
acompanhamento da abrangência e cobertura do serviço de distribuição de água, buscando 
aumentar a capacidade de oferta de água potável; e realizar análises periódicas para 
verificação da qualidade da água dos poços utilizados pela população. 
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6. REFERÊNCIAS 
AZEVEDO NETTO, J. M. e BOTELHO, Manoel H. Campos. Manual de saneamento de 
cidades e edificações. São Paulo: Ed. PINI. Reimpressão 1995. 
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Presidência da República. 
 
BESSA, Gideão Alves. Avaliação dos Sistemas de Infraestrutura de Saneamento de 
Conjuntos Habitacionais em Rio Branco - AC- Parte I. PIBIC-2014/2016. Rio Branco-
Acre. 2015. 
 
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, FUNASA. Manual de Saneamento. 3º ed. Brasília, 
2004. 
 
FILHO, Carlos Fernades de Medeios. Abastecimento de água. Universidade de Campina 
Grande - UFCG. Campina Grande-PB. [201-] 
GOMES, H.P. Sistemas de Abastecimento de Água. 3ª ed. Universitária UFPB, 2009. 
HÉLLER, L. e PÁDUA, V.L (Org.) Abastecimento de água para consumo humano. 
Volume 1. 2ª ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010. 
HÉLLER, L. e PÁDUA, V.L (Org.) Abastecimento de água para consumo humano. 
Volume 2. 2ª ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010. 
MENEZES, L. C. C. Considerações sobre saneamento básico, saúde pública e qualidade 
de vida. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v.23, 1984. 
PERISSINOTTO BARON, Cristina Maria. A produção da habitação e os conjuntos 
habitacionais dos institutos de aposentadorias e pensões - IAPs. Faculdade de Ciências e 
Tecnologia – Campus de Presidente Prudente. São Paulo-2011. 
Vários Autores. Diagnóstico do sistema de saneamento básico do bairro vila nova no 
município de conceição do araguaia-pa. Disponível em: 
www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2011/IX-002.pdf. Acesso em: 20 de Outubro de 2015.

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