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Métodos Alternativos de Desinfecção da Água

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MÉTODOS ALTERNATIVOS DE DESINFECÇÃO DA ÁGUA
Professora: Ivete Vasconcelos Lopes Ferreira
Equipe: Eduarda Abreu Vanderlei de Souza Silva
 José Ricardo Paulino Tenório
 Maria Eduarda Borba dos Santos
 Rubens Miguel Arana Leite
 Samira Nascimento dos Santos
ÁGUA E DOENÇAS
ASPECTOS GERAIS DAS DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA
	A possibilidade de contrair doenças pela água foi há muito inferida pelo homem. Registros sobre medidas objetivando a melhoria da qualidade de água remontam a 2000 a.C. 
Posteriormente, há menções efetuadas na antiga Grécia por Hipócrates, nas quais se reporta à importância da correta definição dos mananciais de abastecimento como forma de preservar a saúde da população.
	A inexistência de sistemas de coleta de águas residuárias fomentou desde tempos remotos a associação da água como veículo na disseminação de diversas enfermidades. Durante os períodos chuvosos, a lixiviação dos solos acarretava o carreamento de fezes humanas aos corpos d'água, consolidando a associação entre a turbidez e a perspectiva de transmissão de várias moléstias. Tais motivos estéticos provavelmente tornaram a filtração e, principalmente, a decantação as formas mais antigas de tratamento da água para consumo humano, objetivando apenas a remoção de partículas suspensas e do odor.
PRINCIPAIS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
As moléstias relacionadas à água dividem-se em quatro grupos que dependem de como ocorre a transmissão. As doenças de veiculação hídrica, propriamente ditas, constituem o grupo no qual o agente patogênico é ingerido junto com a água. Relacionam-se também com a água as doenças passíveis de ser transmitidas durante as atividades de higiene pessoal, no contato com água contaminada, e as moléstias cujo vetor apresenta parte de seu ciclo desenvolvido no ambiente aquático.
Na Tabela 1, são apresentadas as principais doenças de veiculação hídrica e os respectivos agentes etiológicos, sintomas usuais e fontes de contaminação. 
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	Doença	Agente etiológico	Sintomas	Fontes de contaminação
	Febres tifóide e paratifóide	Salmonella typhi
Salmonella paratyphi A e B	Febre elevada, diarréia	 
Fezes humanas
	Disenteria bacilar	Shigella dysenteriae	Diarréia	Fezes humanas
	Disenteria amebiana	 
Entamoeba histolytica	Diarréia, abscessos no fígado e intestino delgado	 
Fezes humanas
	Cólera	Vibrio cholerae	Diarréia e desidratação	Fezes humanas e águas costeiras
	 
Giardíase	 
Giardia lamblia	Diarréia, náusea, indigestão, flatulência	Fezes humanas e de animais
	Hepatite A e B	Vírus da hepatite A e B	Febre, icterícia	Fezes humanas
	Poliomielite*	Vírus da poliomielite	Paralisia	Fezes humanas
	 
Criptosporidiose	 
Cryptosporidium parvum, Cryptosporidium muris	Diarréia, anorexia, dor intestinal, náusea, indigestão, flatulência	 
Fezes humanas e de animais
	 
Gastroenterite	Escherichia coli, Campylobacter jejuni, Yersinia enterocolitica, Aeromonas hydrophila, Rotavírus e outros vírus entéricos	 
Diarréia	 
Fezes humanas
Tabela 1 – Principais Doenças de Veiculação Hídrica
Fonte: Neves (l988), Von Sperling (l995), Cohn et aZ. (l999).
A QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA E A PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
A prevalência das doenças de veiculação hídrica, notadamente na América Latina, África e Ásia, constitui um forte indicativo da fragilidade dos sistemas públicos de saneamento. Tal fragilidade materializa-se na ausência de redes coletoras de esgotos e, principalmente, na qualidade da água distribuída à população, quando os sistemas de abastecimento se fazem presentes. A conjunção desses fatos concorre, embora não isoladamente, para a manutenção dos índices de mortalidade infantil do Brasil entre os mais elevados do continente.
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A Figura 1 apresenta uma comparação entre os índices de mortalidade infantil e os porcentuais da população atendida por redes de distribuição e com fácil acesso à água em alguns países americanos.
Figura 1 - Relação entre a cobertura por redes de distribuição de água e a mortalidade infantil em alguns países da América
A Figura 2 apresenta os índices de mortalidade infantil e os porcentuais da população atendida por redes de coletoras de esgotos de alguns estados brasileiros.
Figura 2 - Relação entre os índices de mortalidade infantil e de cobertura por redes de esgotos de alguns estados brasileiros
RESISTÊNCIA DOS MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS NO AMBIENTE E A AÇÃO DOS DESINFECTANTES
A desinfecção constitui-se na etapa do tratamento cuja função principal consiste na inativação dos microrganismos patogênicos, realizada por intermédio de agentes físicos e/ou químicos. Ainda que nas demais etapas da potabilização haja redução no número de microrganismos agregados às partículas coloidais, esse propósito não consiste no objetivo principal dos demais processos e operações unitárias usuais no tratamento das águas de abastecimento.
A ação dos desinfetantes sobre os microrganismos pode se dar sob três mecanismos diversos (Stanier et aL., l963):
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Destruição ou danificação da organização estrutural da célula – o desinfetante atua sobre os constituintes da parede celular, que são destruídos ou danificados, gerando disfunções na ação da membrana semipermeável. O desinfetante age, ainda, combinando-se com ácidos ribonucléicos, no interior do núcleo ou do citoplasma;
Interferência no nível energético do metabolismo – ocorre pela inativação de enzimas, competição com substratos de enzimas etc.;
Interferência na biossíntese e crescimento devido à combinação de vários mecanismos, como a síntese de proteínas, ácidos nucléicos, coenzimas ou células estruturais.
	No tratamento de água, os dois tipos preponderantes de mecanismos de desinfecção são a oxidação, com posterior ruptura da parede celular, e a difusão no interior das células, com consequente interferência na atividade celular. Assim, a capacidade para oxidar moléculas biológicas e a capacidade de difusão, através da parede celular, são pré-requisitos essenciais para qualquer agente desinfetante ser considerado eficiente.
De uma maneira simplificada, podem ser destacados os fatores a seguir relacionados como intervenientes na eficiência de um sistema de desinfecção:
Características do Desinfetante: os mecanismos de ação e as propriedades relacionadas à interação do desinfetante com as características físico-químicas e microbiológicas da água;
Dose do Desinfetante e Tempo de Contato: com base na qualidade final desejada e na porcentagem de inativação de determinados microrganismos, existem relações empíricas que equilibram a dose e o tempo de contato necessários;
Características da Água: em relação às características físicas, a turbidez desempenha papel preponderante na eficiência da desinfecção, promovendo efeito escudo sobre os microrganismos, protegendo-os da ação do desinfetante;
Características dos Microrganismos: a resistência relativa dos microrganismos ao desinfetante é dependente da espécie, da forma – encistada ou não – e da concentração dos mesmos na massa líquida.
PRESENÇA DE PROTOZOÁRIOS E VÍRUS EM ÁGUAS DE ABASTECIMENTO
A forma como os protozoários se apresenta na natureza, como cistos e oocistos, explica sua prevalência em distintos tipos de ambiente e, principalmente, a significativa maior resistência à ação do cloro, cujo mecanismo predominante de inativação consiste na ruptura da parede celular do microrganismo.
A Giardia lamblia é a espécie de protozoário mais frequentemente encontrada nas águas naturais passíveis de ser empregadas para abastecimento público. 
Em relação a outro gênero de protozoário, das quatro espécies conhecidas, duas relacionam-se com os mamíferos: Cryptosporidium parvun e Cryptosporidium muris.
Finalmente, também integra o quadro dos protozoários passíveis de causar alguma doença de veiculação hídrica a Entamoeba histolytica.
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A presença de vírus nas águas de abastecimento refere-se predominantemente aos denominados vírus entéricos, infectantes usuais do trato intestinal dos animais de sangue quente, embora outras espécies de etiologiaaté então desconhecida possam também transmitir doenças pela água. Esses microrganismos, como parasitas estritos, caracterizam-se pela total dependência de um hospedeiro para reprodução e multiplicação. Mais de cem tipos de vírus entéricos são conhecidos e significativa parcela dos mesmos é frequente em águas superficiais e subterrâneas.
A remoção de vírus no tratamento atinge o ápice na própria desinfecção, para águas com baixa turbidez. Pesquisa realizada com voluntários pela Academia Nacional de Ciência (NAS) dos Estados Unidos concluiu que uma dosagem de cloro capaz de conferir concentração residual mínima de 0,4 mg/L e tempo de contato de 30 min. assegura a plena inativação dos vírus (Dezuane, l99l).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DANIEL, L.A; Métodos Alternativos de Desinfecção da Água. 1.ed. São Carlos, 2001. Disponível em: < http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/historico-de-programas/prosab/LuizDaniel.pdf >

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