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Como se preparar para 
 CONCURSOS PÚBLICOS COM ALTO RENDIMENTO 
 Prepare-se com estratégia, eficiência e racionalidade 
 Rogerio Neiva 
 
 
 1 
O CANDIDATO E O EMPREENDEDOR 
No mês julho de 2010, houve um final de semana no qual ocorreram dois eventos 
aparentemente bastante distintos em Brasília, uma cidade considerada por muitos a capital 
dos concursos públicos, percepção talvez influenciada pela expressiva quantidade de 
servidores públicos em sua população economicamente ativa e pelo fato de abrigar órgãos de 
cúpula dos Poderes da República. Os eventos foram a Feira do Empreendedor, organizada pelo 
Sebrae, e a Feira do Candidato, a qual contou com a sua primeira edição. A aparente distinção 
decorre do fato de que buscar uma carreira pública, por meio da aprovação no concurso, é 
tido como uma opção de vida profissional completamente distinta da estruturação de uma 
empresa, principalmente pelo aspecto da estabilidade. 
No entanto, apesar da aparente distinção, existem inúmeras semelhanças entre o candidato e 
o empreendedor. 
O primeiro aspecto fundamental é que tanto o empreendedor, na definição do seu plano de 
negócios, quanto o candidato, na organização da sua preparação para o concurso, devem ter a 
preocupação com a estruturação de um planejamento estratégico e tático. 
Segundo os professores da USP Adalberto Fishmann e Martinho Isnard, “Planejamento 
Estratégico é uma técnica administrativa que estabelece o propósito de direção que a 
organização deverá seguir (…) Planejamento Tático é um planejamento predominantemente 
quantitativo, abrangendo decisões administrativas e operações e visando à eficiência da 
organização”1. Portanto, enquanto pensar estrategicamente envolve aspectos decisórios, as 
definições no plano tático correspondem a elementos operacionais. 
Neste sentido, se por um lado, o empreendedor ao definir seu plano estratégico deve refletir 
sobre aspectos como público-alvo (target), nichos de mercado e posicionamento, por outro 
lado, ainda no plano estratégico, o candidato deve ter a preocupação com a definição de 
objetivo, em termos de qual concurso pretende alcançar a aprovação, bem como programa de 
estudos, consistindo no conjunto de matérias e conteúdos que devem ser enfrentados ao 
longo do processo de preparação. 
Já no plano tácito, enquanto o empreendedor deve se preocupar com aspectos como definição 
de preço, produtos, publicidade e canais de distribuição, o candidato deve definir por quais 
fontes de estudo irá enfrentar os conteúdos que compõem o seu programa, quais matérias 
deve estudar a cada momento do dia e a cada dia da sua semana (grade de horários e 
matérias), bem como em quais locais irá estudar. 
 
 
1 Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Atlas, 1991. p. 25 
 Como se preparar para 
 CONCURSOS PÚBLICOS COM ALTO RENDIMENTO 
 Prepare-se com estratégia, eficiência e racionalidade 
 Rogerio Neiva 
 
 
 2 
O empreendedor tradicional tem como uma de suas preocupações fundamentais conquistar 
seu potencial cliente, de modo a assegurar a venda dos produtos ou serviços ofertados. Já o 
candidato deve ter a preocupação de “conquistar” o examinador, por meio da disponibilidade 
das informações solicitadas no momento da prova, de modo a alcançar a pontuação necessária 
à aprovação. Dessa maneira, enquanto o empreendedor irá se preocupar com as técnicas de 
vendas que serão implementadas, o candidato deve se preocupar com as técnicas de estudos 
que serão adotadas, procurando avaliar os processos de aprendizagem que sejam mais 
eficientes e assegurem a disponibilidade da informação apropriada no momento da prova. 
O empreendedor, ao estruturar sua empresa, deve ter claro qual missão pretende 
desempenhar, a partir da identificação da necessidade que intenciona atender, bem como 
contar com a definição dos valores da empresa e da visão com a qual pretende trabalhar. O 
candidato, da mesma forma, deve ter a clareza de qual papel almeja realizar ao alcançar a 
titularidade do cargo público pretendido (missão), devendo compreender também quais 
valores considera relevantes e determinaram tal definição, bem como visualizar a forma que 
pretende ser visto pelas pessoas à sua volta e pela sociedade (visão). 
O empreendedor deve ter a preocupação com aspectos emocionais relevantes, tais como a 
motivação e a crença no alcance dos seus objetivos. O consultor César Sousa, uma das maiores 
referências do país na área de empreendedorismo, ao comentar a compreensão de diversos 
líderes empresariais de êxito acerca do mencionado tema, afirma que “Eles compartilham a 
crença de que sonhar é essencial para se manter motivados. Apontam a capacidade de sonhar, 
aliada ao desejo e à determinação por resultados, como a força motriz do sucesso 
empresarial”2. 
Da mesma maneira, o candidato deve ter a firme convicção da vialibilidade do alcance da 
aprovação, bem como monitorar e trabalhar suas condições motivacionais. Tais preocupações 
são fundamentais para o processo de aprendizagem e implementação do esforço ao longo da 
preparação. 
Portanto, os candidatos que se preparam para o concurso de forma estratégica, eficiente, 
racional e pautada na lógica do alto rendimento, na realidade, também são empreendedores. 
São empreendedores da busca de um cargo público por meio da aprovação no concurso, ou 
seja, levam adiante um empreendimento de natureza cognitiva-intelectual. E este espírito de 
empreendedorismo que o candidato carrega já ao longo do processo de preparação tem uma 
importância significativa para o desempenho de suas futuras funções públicas e do 
atendimento às demandas da população, de maneira comprometida, estratégica, eficiente e 
racional. 
 
 
2 Você é do tamanho de seus sonhos. São Paulo: Gente, 2003. p. 39-40. 
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NÃO SEJA REFÉM DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL!!! 
O Banco Central publicou recentemente o edital do concurso público para o cargo de 
Procurador, e o Mistério Público do Maranhão, também recentemente, publicou edital do 
concurso de Promotor de Justiça. Ambas as provas serão daqui a 48 dias, ou seja, menos de 2 
meses. Estes fatos confirmam o quanto é ineficiente a atitude de esperar a publicação do 
edital para iniciar o processo de preparação. 
Conforme venho sustentando, um dos pilares fundamentais de uma preparação voltada ao 
alcance de resultados e pautada na lógica do alto rendimento consiste na montagem do 
planejamento. 
Neste sentido, adotando uma das construções desenvolvidas pelo técnico Bernardinho, autor 
do livro Transformando suor em ouro, o qual faz parte das referências bibliográficas 
trabalhadas no livro (Como se preparar para Concursos Públicos com Alto Rendimento, Ed 
Método), da mesma forma que um atleta de alto rendimento começa a se preparar para a 
olimpíada seguinte quando termina a anterior, não podendo iniciar seus treinos em momento 
próximo às eliminatórias, o candidato ao concurso não pode aguardar a publicação do edital 
para iniciar sua preparação. A publicação do edital está para o candidato assim como as 
eliminatórias estão para o atleta de alto rendimento. Se for aguardar este momento para 
iniciar sua preparação, dificilmente irá alcançar a aprovação. 
E se não podemos ficar reféns do Edital, como se preparar? Daí entra a proposta metodológica 
e de planejamento sustentada no livro. O candidato, na montagem doseu plano de 
preparação, deve ter como primeira preocupação a definição de um objetivo, o que independe 
de edital. No livro também são trabalhos alguns conceitos importantes sobre como definir um 
objetivo, considerando inclusive construções da psicologia do trabalho. 
O concurso público deve ser encarado como uma meta de médio ou longo prazo. Além disso, é 
preciso compreender que concursos ocorrem com frequência, qualquer que seja o cargo, pois 
na medida em que a sociedade avança, em termos de demandas, necessidades e mesmo 
arrecadação de tributos, a máquina pública cresce. Por outro lado, existe também o fenômeno 
das aposentadorias, as quais implicam na necessidade de ocupação dos cargos antes ocupados 
pelos servidores em inatividade. 
Os fatos envolvendo os recentes concursos para os cargos de Procurador do Bacen e Promotor 
de Justiça do MP do Maranhão reforçam a presente compreensão. Entre a publicação dos 
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editais e a data da primeira prova não decorreram mais de dois meses, tempo extremamente 
limitado para uma preparação adequada. 
Pensar a preparação de forma estratégica e promover a sua execução de maneira eficiente e 
racional exige a montagem de um planejamento, independente da publicação do Edital. E para 
contribuir com a implementação desta ideia, o Tuctor desempenha um papel muito 
importante, na medida em que gera estimativas e previsões de prazos e da conclusão do plano 
de estudos. 
Portanto, caros(as) candidatos(as), não sejam reféns dos editais, mas do seu objetivo e do 
planejamento da sua preparação. 
Sucesso! 
 
UMA DECISÃO ESTRATÉGICA NA VIDA DO CANDIDATO A CONCURSOS PÚBLICOS 
Tenho recebido algumas perguntas de candidatos, leitores do Blog e usuários do Tuctor, com a 
dúvida sobre a decisão a ser tomada diante de situação na qual almejam um concurso que 
exige uma longa trajetória de preparação ou depende de algum requisito temporal a ser 
cumprido, mas teriam interesse, num prazo mais curto, na busca da aprovação num concurso 
que não dependa do referido requisito temporal ou não exija um tempo tão expressivo de 
preparação. 
Esta mesma dúvida atinge candidatos que ainda estão cursando determinada graduação, mas 
pretendem alcançar uma carreira que dependa da conclusão daquele curso superior. 
Pois bem, conforme tenho sustentado, é fundamental pensar a preparação de forma 
estratégica e tática. As questões estratégicas se situam no plano decisório, em termos de 
objetivo a ser definido e programa (matérias e conteúdos correspondentes) a ser enfrentado. 
Já os aspectos táticos da preparação envolvem a implementação do planejamento 
estabelecido, ou seja, estão no plano do como trilhar o caminho traçado. 
Assim, enquanto a definição de objetivo, em termos de carreira pública almejada, faz parte 
dos aspectos estratégicos, as técnicas de estudo adotadas fazem parte do universo de 
elementos táticos. O fundamental é que o candidato compreenda as variáveis envolvidas no 
referido processo, tenha a clareza da relação custo-benefício de cada opção realizada e 
procure agir de maneira eficiente e racional, no sentido de otimizar a implementação de suas 
energias e esforços cognitivos, com a finalidade de viabilizar, da forma mais rápida possível, a 
sonhada aprovação. 
Nos posts do meu Blog que fazem parte da pauta “Relato de Êxito” percebem-se muitos 
conselhos dos candidatos de sucesso, em relação aos equívocos que consideram ter cometido, 
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os quais normalmente são acompanhados da visão de que se não tivessem agido daquela 
maneira teriam conquistado a aprovação num espaço de tempo menor. 
Dessa forma, considero que os candidatos que se encontram na situação ora abordada contam 
com algumas possibilidades: 
1a – Estruturar um plano de estudos focado exclusivamente num concurso considerado mais 
acessível, tal como de nível médio – por exemplo, para carreiras como de Técnico do Judiciário 
ou do Executivo, o qual, comparado ao objetivo maior, seria um concurso do tipo “escada”, ou 
algum outro cargo que cumpra esse papel. Posteriormente, tendo atingido esta meta, o 
candidato montaria um novo plano de estudos, voltado à preparação para o concurso que 
corresponda ao seu objetivo principal; 
2a – Estabelecer um plano de estudos focado exclusivamente no concurso meta-principal, mas 
ao longo da preparação preste outros – que seriam os concursos “escada”, sem se desviar do 
plano principal. Sendo aprovado, assuma e continue implementando esse mesmo plano, 
voltado à busca da aprovação no concurso meta-principal; 
3a – Construir um caminho intermediário, de modo que procure, mesmo trabalhando com o 
planejamento do concurso meta-principal, promover pequenos desvios, no sentido de incluir 
no planejamento matérias e conteúdos inerentes ao concurso “escada”, de modo a tentar 
melhorar as condições de aprovação neste certame. Ou seja, a estrutura principal do programa 
a ser enfrentado corresponde ao concurso meta-principal, mas o referido plano de estudos 
sofre pequenas alterações em função do objetivo intermediário. 
Naturalmente, é possível que o candidato vislumbre outras possibilidades além dessas. Mas o 
fundamental é que entenda dois aspectos de grande relevância: 
1º – A decisão é sua! Não tenho como dizer o que deve fazer. Não sou dono da verdade, nem 
guru de concursos. Além do mais, quem vai pagar o preço e desfrutar das glórias é você, só 
você! 
2º – Esta decisão deve ser pautada por uma lógica de busca de eficiência. Ou seja, o que se 
deve avaliar é o seguinte: qual opção é mais eficiente, principalmente diante das minhas 
condições? Isto é, se o candidato for um pai de família que pretende sair da iniciativa privada o 
mais rápido possível, talvez a 1ª opção seja mais adequada. Mas se o candidato não se 
enquadra na referida situação e dispõe de condições de se manter por algum tempo 
exclusivamente por conta dos estudos, talvez a 2ª ou 3ª opções possam ser mais pertinentes. 
Pode ser ainda que, mesmo se enquadrando na segunda situação, o candidato considere que a 
experiência profissional de uma carreira tida por intermediária seja importante e resolva 
adotar a 1ª opção. 
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Particularmente, quando fui aprovado para Procurador de Estado, havia feito a 3ª opção. 
Estava focado na preparação para o concurso da Magistratura, mas, diante do concurso de 
Procurador, promovi um pequeno desvio no plano original, de modo a incluir no meu 
planejamento algumas matérias e conteúdos que não eram do programa da Magistratura, mas 
eram importantes para Procurador, tal como a parte especial do Direito Tributário e Legislação 
estadual. 
Olhando para trás, considero que foi uma decisão adequada e eficiente. 
Adotando a referida lógica, o candidato deve desenvolver uma avaliação séria e profunda, de 
modo a compreender sua situação, suas condições para o empreendimento cognitivo do 
concurso e suas expectativas. 
Mas o fundamental mesmo é que você procure agir de forma estratégica, principalmente se 
está iniciando sua trajetória na preparação para o concurso público, e, com isso, busque 
empreender suas energias de forma eficiente e racional, viabilizando as condições necessárias 
aenxergar, o mais rápido possível, o seu nome na lista de aprovados. 
Bons estudos e sucesso na busca da aprovação! 
 
 
PREPARAÇÃO DO CANDIDATO DE ALTO RENDIMENTO: TEORIA GERAL DO TUCTOR (1ª Lição) 
Este post traz uma das primeiras lições de um conjunto de ideias que compõe a Teoria Geral 
do Tuctor. Conceitualmente, uma teoria geral envolve a abordagem de um objeto de estudo, a 
partir de conceitos centrais e periféricos, voltada à compreensão e descrição lógica de 
determinados fenômenos. 
No caso da Teoria Geral do Tuctor, a presente construção consiste numa reunião de conceitos, 
cientificamente desenvolvidos e empiricamente concebidos e aplicados, direcionados ao 
estudo, compreensão e gestão do processo de preparação para o concurso público ou algum 
exame oficial. Trata-se da cartilha do Candidato de Alto Rendimento, ou seja, aquele candidato 
que empreende a sua preparação com planejamento, estratégia, eficiência e racionalidade. 
Destaco, desde já, que publicarei no Blog outros textos voltados à apresentação da Teoria 
Geral do Tuctor, enquanto proposta metodológica descritiva da postura do Candidato de Alto 
Rendimento. 
Considerando o objetivo do presente texto, o qual envolve uma primeira lição importante do 
conjunto que compõe a TGT (Teoria Geral do Tuctor), uma noção inicial fundamental envolve a 
compreensão da importância do tempo na preparação para o concurso público. Segundo 
alguns estudiosos da gestão de projetos, o tempo consiste numa das variáveis mais 
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importantes. Conforme aponta a maioria das pesquisas sobre o tema, mais de 50% dos 
projetos não são concluídos no prazo, o que decorre de uma inadequada gestão do tempo, 
podendo gerar graves consequências. 
No caso do concurso público, gerenciar o tempo de forma inadequada tende a implicar na não 
conclusão do planejamento da preparação no prazo inicialmente previsto. O Sistema Tuctor, 
enquanto uma ferramenta única e inédita, conta com funcionalidades que indicam ao 
candidato-usuário uma estimativa de data de conclusão do seu plano de estudos, caso 
desenvolva a execução conforme os parâmetros com os quais se comprometeu. O sistema 
também conta com uma funcionalidade que permite ao usuário alterar a data de conclusão 
pretendida, sendo que, a partir da nova pretensão, é indicado o que precisa ser modificado 
para tanto. 
Recentemente, estava dando aula para uma turma de Procurador Federal. Era precisamente o 
dia 22 de janeiro deste ano de 2010. O edital do concurso havia sido publicado no dia 19 de 
janeiro, tendo a prova inicialmente marcada, de forma não esperada e surpreendente, para o 
dia 13 de março. Ou seja, faltavam precisos 49 dias até a prova. 
Daí perguntei aos alunos o que iriam fazer até lá, isto é, como iriam estudar. Alguns tinham 
definido o que estudariam, mas outros não. Alguns fariam revisão, outros iriam estudar o que 
ainda não tinham enfrentado, considerando o conjunto de matérias e conteúdos previstos no 
edital. Então, para este último grupo, fiz a seguinte pergunta: mas é viável a conclusão do 
conjunto de matérias e conteúdos que pretendem estudar? Vocês conseguirão concluir estes 
estudos? Afinal, faltavam menos de 2 meses até a prova. 
E se fosse cobrado na prova um tema que foi não estudado em virtude do esgotamento do 
tempo? E se este mesmo assunto cobrado e não estudado fosse determinante para o não 
alcance da pontuação necessária à aprovação? No caso, entendo que poderíamos afirmar que 
a causa da reprovação teria sido a inadequada gestão do tempo voltado à preparação. Ou seja, 
que aqueles candidatos deixariam de se tornar Procuradores Federais pela falta de gestão do 
tempo. 
Esta compreensão demonstra a importância da adequada gestão do processo de preparação, 
bem como de uma ferramenta que auxilie o candidato neste sentido. Portanto, tão importante 
quanto a gestão da eficiência do processo de apropriação da informação, ou seja, da 
aprendizagem, é a gestão do tempo. 
Conforme venho sustentando nos textos voltados à abordagem da estratégia de realização de 
provas, diante de uma prova, temos inicialmente duas possibilidades igualmente distribuídas, 
sendo 50% para cada: ou se estudou o conhecimento objeto da questão, ou não se estudou. 
Diante da primeira hipótese, desdobramos a situação em outras duas possibilidades 
igualmente distribuídas: ou se lembra ou não se lembra. Assim, em tese, para que o candidato 
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tenha a disponibilidade da informação solicitada, o primeiro requisito é que tenha estudado, 
isto é, se submetido a um processo de apropriação intelectual. 
E para que o candidato estude todos os conhecimentos e informações passíveis de serem 
solicitados no momento da prova, é fundamental que promova uma adequada gestão do 
tempo e da execução do seu planejamento de estudos. 
Gerir o tempo não consiste apenas em organizar cronogramas, tarefas e horários. Gestão do 
tempo consiste na estruturação de um minucioso e detalhado plano de estudos, bem como no 
monitoramento da sua execução. 
Vale lembrar que o objetivo de qualquer preparação é ter a disponibilidade do conjunto de 
informações e conhecimentos passíveis de serem solicitados no momento da prova. Conforme 
esta lógica, o referido objetivo precisa ser encarado como um empreendimento de natureza 
cognitiva e intelectual. 
E neste empreendimento, a meta primária deve consistir na conclusão do programa previsto 
no edital. Vale destacar que o programa consiste num dos elementos estratégicos do 
planejamento da preparação. Assim, enquanto estratégia, o candidato pode até não ter como 
meta a conclusão de todo o programa do edital. Trata-se de uma opção estratégica do 
candidato, a qual deve ser pensada e avaliada, envolvendo a lógica do programa seletivo. 
Mas independente da opção estratégica quanto aos contornos do programa, este deverá ser 
estabelecido e estar presente no planejamento da preparação. Além de estabelecido, deve-se 
ter como objetivo a conclusão do seu estudo. 
Para tanto, ou seja, para o alcance da finalidade de conclusão do estudo do programa, é 
preciso estruturar um plano, monitorar a sua execução, de modo a promover a adequada 
gestão do tempo, bem como considerar algumas compreensões fundamentais: 
1º – é preciso analisar a viabilidade da conclusão do plano de estudos estabelecido. Esta 
avaliação deve ser realizada com o fim de apurar as condições efetivas de conclusão até a data 
da prova, levando em conta os seguintes fatores: data da prova, condições do candidato 
(horas de estudo por semana) e programa (fontes de estudo, matérias, conteúdos e tempo por 
unidade de estudos). O Sistema Tuctor desenvolve a mensuração de todas essas variáveis; 
2º – não sendo viável, é preciso trabalhar com os seguintes elementos: 
– aumento da quantidade de horas de estudo por semana; 
– rever as fontes de estudo, de modo a diminuir a quantidade de unidades de estudos ou o 
tempo por unidades de estudos; 
– ser seletivo em relação ao objeto do programa, ou seja, eliminar matérias ou conteúdos; 
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3º – é preciso monitorar a execução do plano de estudos, de modo a avaliar 
permanentemente se será viável a conclusão no momentoadequado, ou seja, se os 
indicadores de desempenho apresentados pelo Tuctor estão conforme os indicadores de 
metas de desempenho, também apresentados pelo sistema. 
Outro aspecto de grande relevância, principalmente para os usuários do Sistema Tuctor, 
envolve duas preocupações fundamentais. A primeira consiste em saber mensurar bem o 
tempo por unidade de estudo, preocupação de enorme importância para a adequada e precisa 
montagem do plano de estudos. Outra preocupação consiste em dispor de alguma margem de 
segurança, inclusive para contar com algum tempo voltado às revisões. 
Não obstante todas as considerações traçadas, o fundamental mesmo é que o candidato 
consiga concluir o seu plano de estudos. Conforme esta lógica, o que tende a ser inadequado é 
chegar à data da prova sem terminar o que foi planejado. 
Tendo concluído o planejamento da preparação e ante a eficiência do processo cognitivo, sem 
dúvida alguma, o candidato viabilizará todas as condições para ser aprovado. 
Sucesso e bons estudos! 
 
ESTUDO ESTRATÉGICO, SISTEMATIZADO, EFICIENTE E RACIONAL: A Postura do Candidato de 
Alto Rendimento (2ª Lição da Teoria Geral do Tuctor) 
O presente texto tem por objetivo a abordagem da preparação de alto rendimento, por meio 
da adoção de um estudo estratégico, sistematizado, eficiente e racional. Trata-se de mais uma 
lição que compõe a Teoria Geral do Tuctor. 
Vale lembrar, por um lado, que a postura do candidato de alto rendimento envolve a ideia de 
um processo de preparação para o concurso público pautada pela adoção de um adequado 
planejamento de estudos, bem como dispondo de mecanismos que permitam o seu 
monitoramento e controle. Assim, envolve uma lógica bastante semelhante à existente no 
esporte de alto rendimento. Cabe destacar que o referido campo da ação humana conta com 
várias semelhanças com a busca da aprovação no concurso público, não apenas quanto ao 
processo, mas principalmente em relação ao alcance de resultados. 
Por outro lado, conforme trabalhado no texto anterior sobre o tema, a Teoria Geral do Tuctor 
consiste na reunião de conceitos, cientificamente desenvolvidos e empiricamente concebidos 
e aplicados, direcionados ao estudo, compreensão e gestão do processo de preparação para o 
concurso público, pautada na noção do alto rendimento, contando com planejamento, 
monitoramento, controle, estratégia, eficiência e racionalidade. 
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Neste sentido, uma das primeiras premissas fundamentais consiste na compreensão da 
preparação enquanto um empreendimento de natureza cognitiva e intelectual. Assim, é 
fundamental que o candidato tenha a preocupação com aspectos estratégicos e táticos. 
Segundo os professores Adalberto Fishmann e Martinho Isnard, “planejamento estratégico é 
uma técnica administrativa que estabelece o propósito de direção que a organização deverá 
seguir (…) planejamento tático é um planejamento predominantemente quantitativo, 
abrangendo decisões administrativas e operações e visando à eficiência da organização”3. 
Portanto, enquanto pensar estrategicamente envolve aspectos decisórios fundamentais e 
relevantes, as definições no plano tático correspondem aos elementos operacionais voltados à 
implementação do plano concebido no âmbito estratégico. 
Avançando na referida compreensão, os aspectos estratégicos da preparação correspondem a 
elementos como definição de objetivo, em termos de concurso ou concursos almejados, bem 
como a definição de programa. 
O programa, por sua vez, consiste no conjunto de matérias e conteúdos – correspondentes a 
estas matérias, que serão estudados pelo candidato. Considerando tais premissas, é 
fundamental que o candidato, ao estruturar o seu planejamento de estudos, conte com a 
clareza e a definição de qual será o seu programa. 
Trata-se de uma questão estratégica que deve ser assumida pelo candidato, em termos de 
viabilidade, riscos, custos, vantagens e desvantagens. Ou seja, é preciso que o candidato faça 
tal opção de forma consciente, bem como compreendendo o seu sentido. Cada opção 
relacionada com o presente elemento estratégico tem um preço. E o candidato precisa 
compreender o tamanho deste preço. 
Toda preparação deve ser norteada por um objetivo principal. Qual o principal objetivo de 
qualquer preparação para o concurso público? A resposta a essa pergunta pressupõe o 
enfrentamento de outra pergunta anterior. Trata-se de entender o que é preciso para passar 
no concurso. Para passar no concurso, é preciso atender à pontuação necessária, considerando 
os parâmetros do edital. E o que é preciso para o alcance da referida pontuação? Dispor dos 
conhecimentos e informações solicitados por meio das questões apresentadas. 
Portanto, na realidade, qualquer preparação para o concurso conta com uma finalidade 
mediata e outra imediata. A finalidade mediata, ou seja, o fim maior, consiste na aprovação. Já 
a finalidade imediata, a qual viabilizará o fim maior, consiste na disponibilidade do conjunto de 
informações e conhecimentos solicitados no momento da prova. E para tanto, é preciso passar 
por um processo de apropriação destas informações. 
 
3 Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Atlas, 1991. p. 25. 
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Mas outra questão de grande relevância é: quais informações deverão ser submetidas a este 
processo de apropriação intelectual por meio dos estudos? Qual deverá ser o objeto de estudo 
do candidato? Aí entra a questão estratégica. 
Para o alcance da resposta, conto com uma tese muito clara em relação ao presente assunto. 
Entendo que é fundamental que o candidato efetivamente esgote o programa previsto no 
edital, ao menos por algum dos processos cognitivos passíveis de adoção. 
Aliás, a presente proposta metodológica envolve o desenvolvimento da preparação em duas 
etapas. A primeira deve ser voltada ao esgotamento do estudo do programa previsto no edital, 
adotando-se como processo cognitivo o estudo bibliográfico. 
Saliento que se trata apenas de uma proposta metodológica, considerando as várias 
possibilidades passíveis de adoção. Assim, defendo a tese de que é preciso estudar todo o 
programa previsto no edital. 
No entanto, considero que a referida postura pode ser incorporada ou não. Exatamente por 
isto, trata-se de uma questão estratégica a ser enfrentada pelo candidato. 
Pode ser que o candidato entenda que a referida atitude seja ineficiente ou mesmo inviável. 
Quanto ao último aspecto, destaco que a inviabilidade consiste numa preocupação de enorme 
relevância a ser considerada. Pode ser que a execução do seu plano de estudos, 
principalmente diante da provável data da prova, seja inviável. E muitos candidatos sequer 
têm consciência disto. 
Neste sentido, o Sistema Tuctor tem como uma de suas funcionalidades exatamente mostrar 
para o candidato uma estimativa de tempo de conclusão do seu plano, considerando as 
variáveis inseridas pelo usuário no sistema. A partir da referida informação, diante da provável 
data da prova, pode ser que constate a inviabilidade da conclusão do planejamento 
estabelecido. 
E assim, o candidato teria que reconhecer que não há condições de levar adiante aquele plano 
de estudos inicialmente estruturado. Ante o referido reconhecimento, um dos caminhos seria 
a alteração do programa, de modo a excluir alguns conteúdos correspondentes a 
determinadas matérias. Tal atitude, por sua vez,consiste numa decisão estratégica, a qual 
precisa ser avaliada pelo candidato. 
Avançando no mesmo raciocínio, um dos caminhos que podem ser adotados envolve o 
levantamento dos conteúdos (correspondentes a cada matéria) que vem contando com mais 
peso nas provas. Ou seja, em vez de o candidato fazer uma opção estratégica pelo programa 
por completo, faz uma opção considerando as últimas provas. 
Contudo, é preciso que se tenha algum cuidado com tais escolhas seletivas, pois existem 
concursos que exigem pontuação mínima por matéria específica. Por exemplo, no último 
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concurso da Receita Federal, realizado em 2009, a pontuação mínima correspondia a 40% da 
pontuação máxima. 
Mas, inegavelmente, este é um caminho. 
Diante de todas as considerações apresentadas, em termos conclusivos, a primeira ideia 
fundamental é de que o candidato tenha consciência do sentido de sua decisão quanto à 
definição do programa. A partir daí, também é preciso que compreenda os critérios que pode 
adotar para estabelecer a referida definição, dentre os quais a viabilidade, indiscutivelmente, 
não pode ser ignorada. É preciso que tome sua decisão, entendendo o seu sentido e tendo a 
clareza da opção que fez. 
Com tais preocupações e cuidados, seguramente, o candidato adotará meios para viabilizar 
uma preparação de alto rendimento, bem como criará condições fundamentais para que seu 
nome esteja na lista dos candidatos aprovados. 
Boas escolhas, bons estudos e sucesso! 
 
 
A PREPARAÇÃO PARA O CONCURSO, O PRINCÍPIO DE PARETO E O CANDIDATO DE ALTO 
RENDIMENTO: 4ª Lição da Teoria Geral do Tuctor 
Qual a relação entre o Princípio de Pareto e a preparação para o concurso público? Resposta: a 
busca e a preocupação com a otimização de esforços empreendidos e recursos implementados 
por parte do candidato! Trata-se de uma atitude inerente à postura do candidato de alto 
rendimento. 
O italiano Vilfredo Pareto foi um dos clássicos das construções da ciência econômica da Idade 
Moderna. Criador da ideia de que geralmente 80% dos esforços são responsáveis por 20% de 
resultados, o autor desenvolveu pesquisas empíricas em diversas frentes, como, por exemplo, 
em relação a pêras no pomar. Tais ideias influenciaram conceitos como a noção de utilidade 
marginal, o qual consiste em fonte de explicação das trajetórias ascendentes e descendentes 
de otimização de recursos produtivos e esforços implementados, conceito este inclusive 
atualmente adotado na explicação da curva de aprendizagem (o que será tema de um post 
futuro). 
Assim, Pareto foi responsável pela ideia hoje popularizada do 80/20, ou seja, 80% dos esforços 
determinam 20% dos resultados. 
Mas como isso se aplica à preparação para o concurso público? 
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A primeira noção fundamental é de que o candidato deve ter como objetivo fugir da lógica do 
80/20, tendo como meta buscar o 20/80. Ainda que se trate de uma utopia, a proposta é que 
seja encarada como um princípio programático, de modo a procurar sempre otimizar os 
esforços empreendidos. 
Dessa maneira, não seria eficiente estudar determinadas matérias e conteúdos, para se 
preparar para determinados concursos públicos, com livros densos e analíticos, os quais 
demandam tempo elevado e mobilização intelectual-cognitiva expressiva, a fim de realizar 
uma prova objetiva, de uma matéria jurídica, por exemplo, que tem como conteúdo-objeto a 
letra da lei. Da mesma forma, não seria eficiente gastar tempo estudando por um resumo 
muito superficial ou mesmo pela legislação seca, para fazer uma prova que cobra conceitos 
complexos e problemas não passíves de solução apenas com esta modalidade de estudo. 
Exemplos práticos das referidas situações narradas seriam, respectivamente, estudar Direito 
Constitucional pelo livro do Ministro Gilmar Mendes para fazer a prova de Técnico do MPU, e 
estudar a mesma matéria por um resumo ou apostila superficiais e totalmente sintéticos para 
fazer a prova de Procurador da República ou de Consultor Legislativo. Em ambas as situações, 
considerando os objetivos, haveria falta de otimização de tempo e esforços. 
Vale lembrar que, do ponto de vista psicopedagógico, temos basicamente dois modelos de 
provas, quais sejam, o conceitual-conteudista e o operatório. O primeiro cobra dos candidatos 
apenas conteúdos, sem exigir o desenvolvimento de raciocínios mais complexos, ao passo que 
o segundo envolve a resolução de problemas. Naturalmente que também podemos ter 
modelos híbridos. 
Mas faço tal afirmação porque a lógica de otimização de esforços também pode exigir do 
candidato a consideração do modelo de prova, avaliando a tradição do órgão quanto à 
instituição responsável pelo concurso, bem como a concepção geralmente adotada por esta 
instituição. 
Neste sentido, não tenho dúvida em afirmar que o Sistema Tuctor pode proporcionar uma 
significativa contribuição ao candidato, na perspectiva de buscar a otimização de seus 
esforços. Primeiramente, um aspecto fundamental é que se trata de um mecanismo de 
sistematização e planificação do processo de preparação, desenvolvido não apenas a partir de 
elementos empíricos, mas também conceituais, inclusive com a adoção de construções 
cientificamente concebidas. Assim, obviamente que a mencionada sistematização e 
racionalização do referido processo, até por uma questão lógica, tende a colaborar com a 
otimização de esforços, aliás, como ocorre com qualquer objetivo semelhante. Não precisamos 
dizer o que acontece, por exemplo, ao se tentar construir uma casa sem qualquer 
planejamento, monitoramento e controle. 
Mas além da referida ideia, outro aspecto relevante consiste no papel desempenhado pelos 
indicadores de metas e metas de desempenho. Com isso, ainda na fase da montagem do 
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plano, o candidato pode visualizar, de forma clara, efetiva, racional e quantitativa, o quanto 
estará investindo em cada matéria, considerando inclusive a sua importância no processo de 
preparação. 
Vale lembrar que a importância da matéria pode decorrer da quantidade de questões passíveis 
de cobrança na prova, do peso atribuído a estas questões ou do nível de dificuldade, 
considerando a tradição daquele determinado concurso público. Por exemplo, num concurso 
de carreira policial, Direito Processual Penal e Direito Penal tendem a ter uma importância 
razoável, comparativamente com algumas outras matérias. Da mesma forma, num concurso 
de carreira fiscal, Direito Tributário e Administrativo também tendem a ter a mesma 
importância. Naturalmente que o edital será o balizador da referida compreensão. 
Além dos indicadores de metas e metas de desempenho, o Sistema Tuctor também pode 
colaborar com a compreensão da preparação para o concurso sob a ótima do Princípio de 
Pareto, no sentido da busca de otimização, por meio dos indicadores de desempenho. Ou seja, 
não apenas o candidato pode avaliar o seu plano sob a referida lógica antes do início da sua 
execução, mas também fazer ajustes ao longo da implementação. Obviamente que isto se 
relaciona com a necessidade de monitoramento e controle do processo de preparação para o 
concurso público, preocupação esta muitas vezes ignoradapelos candidatos. 
Outra colaboração proporcionada pelo sistema consiste na ferramenta da Grade Horária 
Inteligente, a qual sugere e auxilia o candidato na alocação das matérias mais relevantes ou 
difíceis nos momentos de maior potencial de disposição intelectual e física. No caso, também 
se trata de típica aplicação do Princípio de Pareto ao processo de preparação para o concurso 
público. 
Porém, independente de todas as ponderações mais concretas e específicas, a grande lição 
que podemos extrair a partir do primado proposto por Vilfredo Pareto, aplicando-o ao objetivo 
da busca da aprovação no concurso pretendido, é de que o candidato deve estar sempre 
atento e preocupado com a eficiência e a otimização de seus esforços, não apenas no 
momento inicial de estruturação do seu plano, mas inclusive ao longo da execução. 
Enquanto candidato, sempre fui impulsionado e tomado pela referida preocupação. Estava a 
todo momento procurando avaliar e mensurar de alguma maneira a eficiência de cada atitude 
adotada, seja quanto ao processo cognitivo, quanto às fontes de estudos ou quanto à 
ocupação do tempo. Principalmente pela necessidade de, a partir de determinado momento 
no curso do processo de preparação, assumindo o cargo de Procurador de Estado e ainda 
buscando a aprovação no concurso de Juiz, ter sido obrigado a conciliar as demandas, 
responsabilidades e cobranças decorrentes da atividade profissional, com o tempo disponível 
para os estudos. Seguramente tais atitudes e preocupações influenciaram o trabalho de 
orientação e pesquisa sobre o tema da preparação para concursos, o qual desenvolvo 
atualmente. 
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E hoje percebo que muitos candidatos também estão atentos a essa preocupação. Não tenho 
dúvida de que esses candidatos estão no caminho natural e lógico da conquista da aprovação. 
Estão no caminho da preparação de alto rendimento. Seguramente, também estão a alguns 
passos adiante daqueles que sequer contam com a percepção da importância do presente 
tema. 
Bons estudos, boa otimização de esforços e sucesso na busca da aprovação! 
 
QUANTAS HORAS DEVO ESTUDAR PARA CONQUISTAR A APROVAÇÃO? (3a Lição da Teoria 
Geral do Tuctor – Preparação de Alto Rendimento) 
Recentemente, estava navegando pela Internet e me deparei com essa pergunta. Não apenas 
me chamou atenção – apesar da falta de ineditismo do contato com tal questionamento, o 
qual, com certa frequência, ouço em palestras, aulas e entrevistas, mas também me 
submeteu, de forma diversa do ocorrido em outras ocasiões, a um curioso processo de 
reflexão. 
Não tenho dúvida de que se trata de uma indagação presente na cabeça de muitos candidatos. 
Muitas vezes chega a se tornar uma angústia. 
Acredito que o motivo de tudo isso decorre do fato de que a identificação de quantas horas de 
estudo são necessárias torna mais concreto o caminho para a conquista do cargo público 
pretendido. Ou seja, seguramente, se sei quantas horas preciso estudar, em tese, ao menos 
me sinto mais tranquilo, por contar com alguma ação mais concreta acerca do que devo fazer 
para conquistar o cargo pretendido. Mas tal definição tende não apenas a tornar mais 
concreto o caminho, como também ajudar a mensurar parte do custo pessoal que será pago. 
Assim, torna-se mais fácil a identificação do “mas qual é o sacrifício que eu preciso fazer?” 
Muito bem, se há a intenção e a pretensão de encontrar uma resposta, a primeira 
compreensão que se deve avaliar consiste no universo temporal considerado. Isto é, quantas 
horas por dia, por semana, por mês, por ano, ou até ser aprovado? 
Outra frente de análise trata-se do sentido do “devo estudar”. Ou seja, trata-se do quanto 
posso estudar, do quanto quero e gostaria de estudar, do quanto estou disposto a estudar ou 
do quanto efetivamente preciso estudar? 
Dessa forma, podemos pensar em quantas horas preciso estudar por dia ou por semana, mas 
chegar à conclusão de que não posso estudar tal quantitativo de horas. No caso, seriam 
necessários alguns ajustes na execução da preparação para o concurso público. Porém, 
independente do caminho que se faça para realizar tais ajustes, bem como onde se chegue a 
partir destes mesmos ajustes, uma questão fundamental é como se chegou à conclusão de que 
aquelas horas por semanas correspondem ao quantitativo considerado necessário. 
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Isto é, como se responde à pergunta: mas, afinal, quantas horas devo estudar? 
Essas considerações iniciais são fundamentais. E todas têm a sua importância e o seu sentido. 
Mas vamos considerar que nosso objetivo consiste na identificação de quantas horas 
efetivamente preciso estudar. 
Neste sentido, se a intenção consiste em saber quantas horas são necessárias ao longo do 
processo de preparação, ou seja, se vamos adotar uma perspectiva mais ampla, algumas 
variáveis são fundamentais: 1ª) qual é o meu objeto de estudo, ou seja, o que vou estudar?; 
2ª) qual a natureza das fontes de estudos que vou utilizar?; e 3ª) qual processo cognitivo que 
irei adotar? 
Se vou estudar todo o programa do concurso pretendido (objeto de estudo), por meio de um 
estudo puramente bibliográfico (fonte de estudo), desenvolvendo leituras associadas à 
elaboração de resumos (processo cognitivo), levarei determinado tempo. Se estudar apenas 
metade do programa previsto no edital, por meio de aulas na web e apenas as assistindo, 
seguramente, o tempo será outro. 
Nesses termos, vamos imaginar que encontramos a solução para saber quantas horas devo 
estudar ao longo da preparação. No livro que lancei recentemente pela Editora Método (Como 
se preparar para Concursos Públicos com Alto Rendimento), sustento, com base em estimativas 
empíricas, que concursos para carreiras como da Magistratura ou do Ministério Público 
(Promotor de Justiça ou Procurador da República) levam cerca de mil horas. Também tenho 
estimativas que indicam quantitativos de horas totais para concursos de nível médio e para o 
Exame da OAB. 
O festejado escritor Malcolm Gladwel, em seu livro Fora de Série: Outliers, sustenta que, para 
se tornar um expert em diversos campos da ação humana, são necessárias 10 mil horas. 
Assim, considerando as estimativas que apresentei sobre a preparação para o concurso 
público, os leitores poderiam perguntar: “mas como cheguei a este resultado?” 
Mesmo que diga agora como cheguei e os leitores, a partir daí, saibam identificar a resposta 
para o seu processo de preparação, uma dúvida ainda permaneceria: “mas quantas horas devo 
estudar por dia ou por semana?” 
Enfim, para não cansar, não angustiar, bem como não instigar ainda mais a curiosidade, 
inicialmente, posso afirmar que, num primeiro momento, as minhas estimativas de horas para 
o concurso da Magistratura e do MP vieram da experiência que vivenciei, bem como de alunos 
que tive a oportunidade de acompanhar e orientar. Registro que minha carreira de candidato 
terminou em 2002, ao ter passado no concurso de Juiz, sendo que estou atuando como 
professor, exclusivamente em cursos preparatórios, desde 2004. 
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Mas independente da apuração por meio desse processo mais empírico e rudimentar, hoje 
conto com estimativas levantadaspor meio de processos muitos mais precisos e até 
científicos. E como obtenho isso? Resposta: por meio de uma fórmula metodológica que 
funciona no Sistema Tuctor. 
O Tuctor consiste numa ferramenta única e inédita que responde exatamente à pergunta 
formulada inicialmente. O sistema indica para o usuário não apenas quantas horas serão 
precisas no total, mas também quantas horas devem ser estudadas por semana. 
 
O sistema mostra esse quantitativo de metas de horas semanais no geral e por matérias. 
Também indica para o usuário uma perspectiva de data de conclusão. 
Porém, e se, considerando a data da prova, o candidato precisa concluir seus estudos antes da 
data estimada? O Tuctor mostra quantas horas a mais de estudo são necessárias por semana. 
E se o candidato não pode estudar o quantitativo de horas sugerido? Daí é preciso mudar 
algumas das três variáveis antes apontadas, ou seja, o objeto de estudo (programa), a fonte de 
estudo ou o processo cognitivo. 
Enfim, em vez de buscar chutes empíricos, muitas vezes imprecisos e precários, o candidato 
hoje tem à sua disposição uma ferramenta que gera estimativas e mensurações, voltadas à 
busca da resposta à pergunta que está na cabeça de muitos. 
A preocupação com a apuração dessa variável, inegavelmente, é de grande importância para 
uma preparação de alto rendimento, estratégica, eficiente e racional. Assim, tendo o referido 
cuidado, você dará passos fundamentais para a conquista da aprovação. 
Boas horas de estudos e sucesso! 
 
RELATÓRIO DO PROJETO CONCURSÓRIO 
Candidata: Helga Oliveira 
Cargo pretendido: Bibliotecária do Senado Federal/STF 
Objetivo do relatório: Análise e subsídios para a montagem do planejamento 
Antes de mais nada, registro que as orientações apresentadas por meio do presente texto 
envolvem tão somente proposta de considerações a serem avaliadas. Assim, na linha da 
metodologia com a qual venho trabalhando e sustentando, trata-se de ponderações e 
sugestões voltadas à montagem do planejamento da preparação para o concurso pretendido. 
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Nesses termos, na conformidade do planejamento que começamos a estruturar no nosso 
último encontro, a partir dos elementos e definições estratégicas consideradas, estabelecemos 
o seguinte conjunto de matérias: 
I – GRUPO DAS MATÉRIAS GERAIS 
Constitucional 
Administrativo 
Português 
Língua estrangeira 
II – GRUPO DAS MATÉRIAS ESPECÍFICAS 
II.1 – Matérias Básicas/ Prejudiciais/Anteriores/Primárias: 
Planejamento e serviços de informação 
Indexação 
Catalogação 
Classificação bibliográfica 
Formação e desenvolvimento de coleções 
Normalização 
Gestão do conhecimento 
Noções de arquivologia 
 
II.2 – Matérias Complementares/Específicas/Posteriores/Secundárias: 
Armazenamento e recuperação de material bibliográfico 
Linguagens documentárias 
Serviços de referência 
Serviços de alerta e disseminação da informação 
Estudo e perfil do usuário 
Marketing 
Informação para biblioteca 
Gestão do conhecimento 
Ética Profissional 
Biblioteca digital 
Índices, desenvolvimento e gestão de coleções 
Computação 
Documentação e informação 
 
Portanto, segundo o referido levantamento, existem no total 25 matérias para estudar. Destas, 
4 não são específicas da área de formação, sendo que 21 são específicas. 
Assim, montar uma grade semanal de estudos com 25 matérias pode ser algo inviável. Por 
outro lado, segundo foi esclarecido, algumas matérias contam com um caráter mais básico e 
prejudicial, ou seja, envolvem conhecimentos que contam com o sentido de antecedente 
lógico e conceitual. 
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Diante deste cenário, a ideia seria criar grupos de matérias vinculadas, ou seja, algumas 
matérias poderiam ser agrupadas, de modo a viabilizar a grade semanal, passando a ser 
estudadas em sequência. 
Quanto às Específicas, naturalmente e logicamente, as básicas determinam os grupos e devem 
ser as primeiras a ser estudadas, daí porque as considerei como primárias. 
Quanto às Gerais, uma primeira ideia seria arbitrariamente vincular português e língua 
estrangeira. Também seria conveniente fazer o mesmo com Constitucional e Administrativo, 
elegendo Constitucional como a primária-antecessora e Administrativo como a secundária-
sucessora. 
Para vincular as específicas, seria importante levar em consideração os critérios abaixo 
explicitados, sem prejuízo de outros que se entenda como adequados, em termos cognitivos e 
por uma lógica de eficiência. A presente proposta envolve considerar esses critérios de forma 
ordenada, ou seja, levando-os em consideração na ordem proposta, de modo que 
primeiramente considera-se o primeiro critério, para depois considerar o segundo, terceiro e 
quarto na sequência. São eles: 
1º – antecedente lógico direto: ou seja, se ocorrer de determinada matéria específica e 
secundária necessariamente exigir o estudo de certa matéria básica/primária. Por exemplo, no 
caso do Direito, Teoria Geral do Direito Penal e Parte Especial do Direito Penal; 
2º – relação de afinidade e semelhança: se houver alguma matéria básica que tenha qualquer 
tipo de semelhança com alguma específica. No caso do Direito, caberia considerar essa relação 
entre Direito Constitucional e Administrativo. Outro exemplo seria Contabilidade Gerencial e 
Administração Financeira e Orçamentária; 
3º – equilíbrio de extensão da matéria, em termos de volume de conteúdo ou quantidade de 
páginas: caso perceba que determinada matéria básica tem conteúdo muito extenso se 
comparada com outra, o ideal seria agrupar com a mais extensa uma matéria secundária de 
menor extensão; 
4º – aleatório: não conseguindo vincular com base nos critérios anteriores, passa-se ao 
aleatório. 
 
Feitos os referidos esclarecimentos, deve-se fazer isto na seguinte sequência: 
1º – definir as fontes de estudo bibliográficas para cada matéria; já resolvermos as de 
Constitucional e Administrativo; 
2º – criar os grupos de matérias que serão vinculadas e fazer as relações. 
 Como se preparar para 
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 Rogerio Neiva 
 
 
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Com isso pronto, o passo seguinte será identificar as matérias conforme a sua percepção de 
dificuldade e de importância. A importância não deve ser uma avaliação subjetiva, mas uma 
apreciação objetiva de pesos de questões geralmente previstos nos editais, bem como 
quantidade de questões normalmente cobradas. 
Assim, montei uma planilha para lhe ajudar nisso, que vai a seguir: 
MATÉRIAS Importante Difícil 
Constitucional 
Administrativo 
Português 
Língua estrangeira 
Planejamento e serviços de informação 
Indexação 
Catalogação 
Classificação Bibliográfica 
Formação e desenvolvimento de coleções 
Normalização 
Gestão do conhecimento 
Noções de arquivologia 
Armazenamento e recuperação de material 
bibliográfico 
 
Linguagens documentárias 
Serviços de referência 
Serviços de alerta e disseminação da informação 
Estudo e perfil do usuário 
Marketing 
Informação para biblioteca??? 
Gestão do conhecimento 
Ética Profissional 
Biblioteca Digital 
Índices, desenvolvimento e gestão 
de coleções 
 
Comutação??? 
Documentação e informação 
 
Com esses passos, passamos à última fase da estruturação do planejamento, já montando-ono Tuctor, e a partir daí, minha cara, a bola está com você e o cronômetro comigo! 
Rogério Neiva 
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 Rogerio Neiva 
 
 
 21
 
II – COMPLEMENTO (desenvolvido a partir das dúvidas apresentadas): 
Oi, Rogério, 
Estou aqui quebrando a cabeça tentando colocar os assuntos em ordem (+ bibliografia), mas 
estou com TANTAS dúvidas!! 
Exemplo: 
1) Existe número máximo de grupos? 
2) Ou a quantidade de grupos vai variar conforme o tamanho de cada grupo? 
3) Os grupos precisam ter o mesmo número de níveis ou depende mais da importância e do 
tamanho do material? 
4) Um amigo (o tal que foi aprovado em biblioteconomia no Senado recentemente) me passou 
uma bibliografia dele para provas do Cespe, e alguns assuntos possuem mais de uma 
bibliografia. Reconheço muitos desses títulos e muitos são complementares. Como deixar uma 
ou outra bibliografia de fora? É como se para estudar Constitucional fosse necessário ler o livro 
do Holthe e a Constituição Federal, entende? 
São realmente muitos assuntos e se eu for criar muitos grupos significa que só os verei uma 
vez por semana. 
Olá, Helga, 
Vamos às respostas: 
1) Existe número máximo de grupos? Não. Não há regra. A questão é: qual seria o limite 
razoável de matéria por semana? Como a proposta é trabalhar com estes ciclos semanais, o 
que inclusive determinará os indicadores de metas de desempenho e de desempenho no 
Tuctor, o que se precisa avaliar é quantas matérias seria possível para administrar o estudo 
concomitante e por semana. Na verdade, a proposta que apresentei envolve um modelo 
híbrido entre o estudo concomitante-simultâneo de matérias e o estudo modular-sucessivo. 
Daí porque montei a sistematização que apresentei. O objetivo foi permitir um plano de 
estudos administrável e executável dentro desta lógica semanal. Isso naturalmente também 
depende do tempo disponível por semana, ou seja, de quantas janelas na semana existem na 
sua grade de horários. Um candidado que tem cinco janelas não pode ter a mesma postura de 
um que tem vinte. Concluindo, o que você precisa avaliar é o que seria razoável. 
2) Ou a quantidade de grupos vai variar conforme o tamanho de cada grupo? Considero que 
a resposta a esta pergunta está relacionada com a primeira. Obviamente que o tamanho do 
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 Rogerio Neiva 
 
 
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grupo, o que se reflete no volume de informações e conhecimentos, o que se relaciona com a 
quantidade de matérias, conteúdos e fontes adotadas, tem importância para o tratamento a 
ser dado ao grupo. Aliás, registro que o referido volume de conhecimento, quantitativamente 
e matematicamente, será identificado no Tuctor, de forma totalmente lógica e racional. Mas, 
concluindo, o tamanho do grupo é importante. De qualquer forma, saberemos o tamanho real 
do grupo ao montar o plano no Tuctor, o qual inclusive irá dizer quantas horas devem ser 
dedicadas por semana. 
3) Os grupos precisam ter o mesmo número de níveis ou depende mais da importância e do 
tamanho do material? De fato, seria interessante que matérias de mesmo grau de 
importância deveriam estar no mesmo grupo. E digo isto, que vai ficar mais claro depois, por 
conta do que vai ocorrer quando formos montar a grade. 
4) Um amigo me passou uma bibliografia dele para provas do Cespe, e alguns assuntos 
possuem mais de uma bibliografia. Reconheço muitos desses títulos e muitos são 
complementares. Como deixar uma ou outra bibliografia de fora? É como se para estudar 
Constitucional fosse necessário ler um livro de determinado autor específico e a Constituição 
Federal, entende? Assim, sugiro sermos pragmáticos! Vamos definir uma fonte de estudos por 
matéria e depois supriremos as eventuais deficiências existentes nas fontes bibliográficas 
eleitas. Obviamente que é preciso que essa fonte proporcione o menor número e nível de 
deficiência possível. 
 
COMO FAZER UMA ANÁLISE ESTRATÉGICA DO EDITAL DO CONCURSO PÚBLICO 
Logo após a publicação do edital do concurso público para Analista da Receita Federal, o que 
ocorreu no segundo semestre de 2009, fui procurado pelo Portal G1, em função de uma 
matéria que se pretendia escrever sobre o mencionado certame. Mas havia um desafio 
colocado: o de apresentar considerações e dicas que fossem além daquelas informações 
básicas e elementares normalmente colocadas para os candidatos. A partir dessa provocação, 
comecei a desenvolver o que denominei “uma análise estratégica do edital”, tendo tal 
exercício me inspirado a elaborar o presente texto. Portanto, a intenção é provocar o leitor a 
ter essa mesma compreensão em relação a qualquer concurso que venha a prestar. Porém, 
adotarei como modelo o caso do concurso de Analista da Receita Federal, objeto da análise 
mencionada. 
A primeira preocupação que deve ter o candidato consiste na compreensão estratégica e 
tática da preparação para o concurso. Os aspectos estratégicos se inserem no plano decisório, 
envolvendo elementos como a definição de objetivo e programa, o qual corresponde ao 
conjunto de matérias e conteúdos que devem ser estudados pelo candidato. Já os aspectos 
táticos estão no plano da implementação do planejamento estratégico, envolvendo elementos 
 Como se preparar para 
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 Rogerio Neiva 
 
 
 23
como o levantamento do tempo disponibilizado, a montagem da grade de matérias e as 
técnicas e fontes de estudo a serem adotadas. 
A partir dessas premissas, o candidato deve procurar desenvolver uma compreensão 
estratégica do edital. No caso específico do concurso de Analista da Receita Federal, a primeira 
atitude consiste na compreensão de que restariam quase dois meses até a data da prova. A 
partir dessa noção, o candidato deve avaliar o quantitativo de horas disponíveis por semana 
até o mencionado momento final da preparação. 
Assim, é possível a estruturação de três modalidades de planejamento: um voltado à revisão 
do programa; outro voltado ao suprimento de deficiências em relação aos conteúdos de 
domínio limitado ou inexistente; por fim, haveria ainda uma terceira possibilidade, de modo a 
contemplar os dois objetivos de maneira conjugada. 
Naturalmente que a referida definição se encontra no plano estratégico-decisório. Tal decisão 
pressupõe a avaliação de variáveis como o tempo disponível até a data da prova e a trajetória 
de preparação realizada até o momento. Para o candidato que já esgotou o conteúdo 
programático e dispõe de 30 horas por semana, seria lógico e racional a montagem de um 
planejamento de revisão, podendo ainda contar com o suprimento de pontos deficientes. Já o 
candidato que esgotou parte do programa e dispõe de 10 horas por semana talvez fosse mais 
racional e eficiente focar, de maneira exclusiva, em matérias e conteúdos necessários ao 
esgotamento do programa. 
Estabelecido este primeiro objetivo, o candidato deve procurar estruturar o seu plano de 
estudos. Neste sentido, deveria definir as matérias e os conteúdos a serem estudados, bem 
como as fontes correspondentes. Podemos tomar como fontes o estudo bibliográfico, 
envolvendo apostilas e livros – de caráter mais analítico ou sintético –, os exercícios, a 
legislação seca e as aulas (presenciais ou web). 
Tais definições, ou seja, o objetivo do planejamento, estabelecido no âmbito estratégico-
decisório, e as fontesde estudos, no âmbito do plano tático, devem ser analisadas de forma 
sistêmica. Por exemplo, se o candidato pretende fazer uma revisão e suprir limitações de 
conteúdos apenas por livros analíticos, os quais contem com uma grande quantidade de 
páginas e demandem um tempo por páginas significativo, dificilmente conseguirá concluir seu 
plano. 
Já para a definição das fontes de estudos inerentes a cada matéria, desenvolvendo uma 
análise estratégica e racional do edital, o candidato deve considerar, com bastante cuidado e 
atenção, aspectos como a importância das matérias. Esse nível de importância será 
determinado pela quantidade de questões e pelo peso atribuído a elas. Assim, considerando o 
edital de Analista da Receita Federal, constata-se o seguinte: 
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– Português, Constitucional/Administrativo e Tributário/Previdenciário permitem o alcance, 
isoladamente, de até 40 pontos e exigem, também isoladamente, o mínimo de 16 pontos; 
– Raciocínio lógico, Contabilidade geral, Direito/Comércio internacional, AFO e Administração 
Geral permitem o alcance, isoladamente, de até 20 pontos e exigem, também isoladamente, o 
mínimo de 8 pontos; 
– Língua estrangeira permite o alcance de até 10 pontos e exige o mínimo de 4 pontos. 
Considerando as referidas constatações, o candidato deve primeiramente apurar, em relação a 
cada matéria, se estudou o conteúdo, de forma total ou parcial, bem como deve avaliar o 
domínio do conteúdo eventualmente estudado. Os conteúdos que o candidato estudou e 
domina não podem ser tratados da mesma forma que os conteúdos que sequer foram 
estudados. 
Diante das mencionadas compreensões, além da definição do que será estudado, o candidato 
precisa estabelecer as fontes de estudo voltadas a cada matéria, ou seja, se irá desenvolver 
seus estudos por meio de livros, apostilas, exercícios, lei seca ou aulas. Cada fonte de estudo 
tende a demandar determinado tempo e proporcionar certo nível de eficiência de 
aprendizagem e disponibilidade da informação, sob uma lógica de custo-benefício. Isto é, 
geralmente, a eficácia da apropriação do conteúdo tende a ser proporcional ao tempo 
demandado. 
Dessa maneira, conforme venho sustentando, manuais sintéticos demandam um tempo 
menor e tendem a proporcionar uma aprendizagem de menor eficácia, ao passo que manuais 
mais analíticos demandam um tempo maior e tendem a proporcionar uma aprendizagem mais 
eficaz. No entanto, no caso específico de Analista da Receita Federal, talvez não seja viável a 
adoção de manuais de caráter analítico. 
O candidato também deve estar atento às matérias passíveis de cobrança na prova 
dissertativa. No caso, estas correspondem a Constitucional, Administrativo, Tributário, 
Previdenciário, Direito e Comércio Internacional e Administração. Essa preocupação se traduz 
na necessidade de que o candidato tenha conteúdo e domínio da matéria, dispondo da 
capacidade de construção de fundamentos para o enfrentamento da questão. 
Por fim, além de todas as atitudes apontadas, é preciso refletir e avaliar a viabilidade da 
execução do plano de estudos estabelecido. O candidato precisa ter a noção clara das 
condições de concluir o seu planejamento da preparação. Neste sentido, o Sistema Tuctor, ao 
contar com mecanismos de mensuração de estimativa de conclusão do plano de estudos, 
mostra a viabilidade ou não da sua conclusão, conforme as condições estabelecidas pelo 
candidato. 
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Com isso, tendo a compreensão estratégica e tática da preparação, e implementando o seu 
planejamento, o candidato estará adotando atitudes fundamentais que irão colaborar com a 
visualização do seu nome na lista de aprovados. 
Bons estudos e sucesso!!! 
 
 
VALE A PENA FAZER UM CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS? 
O que você acha de fazer um curso preparatório? É eficiente investir tempo e outros recursos 
num curso preparatório? Você tem a compreensão do papel do curso preparatório e da 
importância que irá desempenhar no seu processo de preparação para o concurso público? 
Não é incomum que muitos candidatos tenham dúvidas sobre a conveniência de ingressar 
num curso preparatório. 
Enquanto professor, percebo em sala de aula e nos pátios dos cursinhos muitos candidatos 
que buscam o curso preparatório por não saberem como estudar ou por onde começar. 
Existem também aqueles que se matriculam em função da publicação do edital do concurso 
público. 
Este último comportamento é manifestado pelos candidatos que considero integrantes do 
grupo que denomino “reféns do edital”, os quais também se enquadram no perfil daquile 
grupo que venho qualificando como “candidatos micro-ondas”. Ou seja, se mobilizam apenas 
em função da publicação de editais, encaram a preparação para o concurso como uma meta 
de curto prazo e estão sempre em busca de soluções milagrosas e fáceis para aprovação. 
Lamentavelmente, a dinâmica das grades dos cursos preparatórios é bastante influenciada 
pelo referido comportamento. E digo lamentavelmente tanto pelo candidato quanto pela 
instituição do curso preparatório. 
Para uma conclusão e avaliação adequada, voltada à busca de uma decisão eficiente, a 
primeira premissa fundamental consiste na compreensão sobre o próprio processo de 
preparação para o concurso público. Assim, é preciso encarar a preparação enquanto um 
empreendimento de natureza cognitiva e intelectual. 
E isso significa desenvolver um processo de estudos e implementação de esforços de modo 
estratégico, eficiente e racional. Trata-se da postura inerente ao que denomino de “Candidato 
de Alto Rendimento”. Ou seja, é preciso que o candidato conte com um planejamento, 
estruturado a partir de elementos estratégicos e táticos. Os primeiros consistem em aspectos 
fundamentais estabelecidos no âmbito decisório, ao passo que os elementos táticos envolvem 
os meios de implementação do planejamento firmado no âmbito estratégico. 
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Portanto, a decisão acerca da conveniência de frequentar um curso preparatório para 
concursos, enquanto atitude maximizadora de esforços voltados à busca da aprovação, 
pressupõe a compreensão dos elementos apontados. 
Mas para o desenvolvimento do referido processo decisório, também é de grande importância 
que o candidato compreenda os possíveis modelos e formatos de cursos preparatórios 
existentes atualmente. A identificação dos referidos modelos pode ser realizada a partir da 
sistematização de alguns critérios: 
1 – quanto ao sistema de transmissão da informação: 
– cursos presenciais: trata-se do modelo tradicional, no qual a informação é transmitida 
presencialmente pelo professor no ambiente de sala de aula, a qual é ocupada também 
presencialmente pelos alunos. No referido modelo, as aulas contam com horário e local 
definidos; 
– cursos satelitários: há uma ocupação de sala de aula presencialmente pelos alunos, porém, o 
professor transmite a informação por meio de equipamentos audiovisuais, os quais são 
assistidos pelos alunos. Ou seja, há um equipamento que apresenta a aula do professor, a qual 
pode estar sendo transmitida ao vivo ou ter sido gravada em outro momento. Neste modelo, 
da mesma maneira que ocorre com o curso presencial,as aulas contam com horário e local 
definidos; 
– cursos web: o presente modelo, de forma semelhante ao satelitário, não conta com a 
presença física do professor. Por outro lado, também não há a ocupação coletiva de espaço 
físico por parte de alunos, inexistindo ainda a definição de local e horário para o contato com a 
informação a ser transmitida. Ou seja, o aluno assiste de onde bem entende, no momento em 
que considerar mais adequado, precisando apenas de um computador e de conexão de 
Internet. 
2 – quanto ao conteúdo: 
– genérico: envolve um conjunto amplo de matérias e conteúdos, definidos conforme o edital 
do concurso, ou tendo um caráter mais genérico stritu sensu, correspondendo a um programa 
que possa ser cobrado em vários concursos; 
– por matérias ou modular: neste caso o aluno tem contato apenas com as matérias 
especificamente contratadas. 
3 – quanto à abordagem do conteúdo: 
– conceitual/teórico: as informações são desenvolvidas com uma abordagem conceitual, 
seguindo uma sequência lógica e cadenciada da matéria; 
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– resolução de exercícios: os conteúdos são desenvolvidos de forma a solucionar os exercícios, 
não havendo necessariamente uma sequência lógica de conteúdos, vez que esta é 
determinada pelos exercícios. 
Diante dessas possibilidades, é preciso que o candidato desenvolva um diagnóstico de suas 
condições e contexto, procurando identificar não apenas a conveniência do curso 
preparatório, como também o modelo mais eficiente, diante da realidade levantada. 
Não há dúvida de que numa análise comparativa entre o curso preparatório e o estudo 
bibliográfico existem diferenças significativas, principalmente em termos de processos 
cognitivos mobilizados. Isto é, a apropriação da informação ao estudar numa biblioteca tende 
a não ser a mesma ocorrida ao estar numa sala de aula assistindo ao professor. 
Segundo um dos modelos de compreensão da aprendizagem, aplicável à preparação para 
concursos públicos, o referido processo se desenvolve em quatro etapas, quais sejam: input, 
cognição, output e retroalimentação. A primeira (input) consiste no contato com a informação, 
a segunda (cognição) envolve a compreensão da informação, já a terceira (output) 
corresponde à exteriorização da informação, sendo que a última (retroalimentação) consiste 
na reiteração do contato com o objeto da aprendizagem. 
Assim, se o aluno entra na sala de aula e ouve o professor falar, mas não se esforça para 
entender, significa que a primeira etapa foi alcançada, mas não se chegou à segunda. Por 
outro lado, se anota o que o professor diz, mas não entende o sentido da explicação, 
teoricamente, foi para a terceira etapa sem passar pela segunda, o que tende a significar 
ineficiência no processo de apropriação da informação. 
Independente dessas ponderações, o fundamental é que o candidato ao concurso público 
avalie qual processo cognitivo considera mais eficiente, em termos de apropriação das 
informações e disponibilidade destas no momento da prova. Vale destacar que este, ou seja, 
disponibilidade das informações solicitadas no momento da prova, consiste no objetivo de 
qualquer preparação para concurso público. 
Outro aspecto relevante consiste no papel que o curso preparatório irá desempenhar. 
Conforme venho sustentando, a metodologia da preparação para o concurso público deve ser 
estruturada em torno de duas etapas. Uma primeira seria voltada a um processo de 
apropriação primária, envolvendo a construção dos pilares cognitivos fundamentais, isto é, 
consiste naquilo que normalmente é chamado de conhecimento-base. Já a outra seria voltada 
à manutenção e ao aperfeiçoamento das informações apropriadas na primeira fase. 
Neste sentido, em termos táticos, a proposta é de que a primeira etapa seja desenvolvida por 
meio do estudo bibliográfico. Já a segunda fase, considero comportar a realização de cursos 
preparatórios. 
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No entanto, algumas matérias contam com dificuldades para o estudo bibliográfico 
individualizado. Por exemplo, ao estudar matemática financeira e estatística na pós-graduação 
que desenvolvi em Administração Financeira, me convenci de que não teria condições de me 
apropriar dos referidos conteúdos de maneira individualizada. Talvez isso decorra do fato de a 
minha graduação ter sido na área do Direito, bem como em função da natureza abstrata e 
totalmente operatória da referida matéria. 
Mas o fundamental é que o candidato procure refletir sobre o seu processo de preparação, 
suas condições e os possíveis modelos e papéis que podem ser exercidos pelo curso 
preparatório, de modo a tomar uma decisão eficiente. Eficiente e consciente. 
Não tenho dúvida de que o curso preparatório possui o seu papel e a sua importância. Mas 
também não tenho dúvida de que não é a solução para todos os problemas. Não tenho dúvida 
de que não é a fórmula do sucesso que vá garantir a aprovação. 
Em certa ocasião vi um ex-colega professor afirmar que dizia aos alunos para saírem da sala de 
aula e irem para a biblioteca, pois só assim passariam no concurso público. Algum tempo 
depois, esse mesmo ex-colega se tornou um empresário de cursos preparatórios, tendo eu 
ministrado aulas durante certo período na sua instituição. Ao me apresentar para uma turma, 
assisti esse mesmo ex-colega, na minha frente, afirmar aos alunos para não irem para a 
biblioteca e ficarem “aprendendo de verdade na sala de aula”. 
Não obstante a falta de coerência – e talvez até de ética, não considero que estivesse correto 
nem quando assumiu o primeiro personagem, tampouco quando assumiu o segundo. 
O que não é correto é o candidato buscar o curso preparatório por não saber como se 
planejar, como estudar ou pelo fato de ter sido publicado um edital. O fundamental é que o 
candidato, assumindo a atitude do “Candidato de Alto Rendimento”, tenha uma compreensão 
estratégica e tome uma decisão eficiente e racional. E, com isso, dê passos de grande 
importância para que possa visualizar o seu nome na lista dos aprovados. 
Bons estudos, boa decisão, boas aulas e sucesso na busca da aprovação!!! 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO LOCAL DE ESTUDO E O CENSO DAS BIBLIOTECAS 
No âmbito do processo de preparação para o concurso público, a definição do local de estudo 
consiste num elemento que deve compor o planejamento tático-operacional do candidato, 
contando com importância significativa. Daí se impõe a seguinte pergunta: você já definiu os 
locais em que vai desenvolver seus estudos? Se responder “sim”, provavelmente a resposta 
seguinte é de que esse lugar corresponde à biblioteca ou à sua residência. Para alguns também 
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pode ocorrer de ser um espaço de caráter mais profissional, no qual se tenha condições 
mínimas de estudo, tal como um escritório. 
Recentemente, o Ministério da Cultura divulgou o censo sobre as bibliotecas no Brasil. Dentre 
os diversos dados que chamaram a atenção da sociedade, houve um que me despertou um 
particular interesse. Segundo a pesquisa, Brasília conta com a segunda população do país que 
mais frequenta bibliotecas. E, diante do dado apresentado, as autoridades locais já tinham um 
outro dado curioso: mais da metade

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