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Professor: João Antunes Universidade Federal de Juiz de Fora Departamento de Farmácia – GV O que é farmacologia? CONCEITO: FARMACO LOGIA Pharmakon logos droga, fármaco, medicamento estudo Farmacologia: é o estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos. (Rang e Dale) é o estudo de substâncias que interagem com os sistemas vivos através de processos químicos, especialmente pela ligação a moléculas reguladoras e a ativação ou inibição dos processos corporais normais. (Katzung) DEFINIÇÃO 1: o estudo do mecanismo de ação de drogas no organismo (Farmacodinâmica) DEFINIÇÃO 2: o estudo daquilo que o organismo faz com as drogas (Farmacocinética) DEFINIÇÃO 3: o estudo do uso e aplicação de drogas em humanos (Farmacologia clínica) (Farmacologia terapêutica) (Farmacoepidemiologia) Farmacologia geral FARMACOLOGIA Farmacologia clínica Farmacologia terapêutica Farmacoepidemiologia Farmacologia de sistemas Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso central Sistema músculo-esquelético Sistema cardiovascular Sistema trato gastrointestinal FarmacodinâmicaFarmacocinética Administração Metabolização Absorção Excreção Distribuição Cinética Aplicada Básica Interação droga-receptor 100 mg (100.000 g) [2,01 x 1020 moléculas] 90% ligada a proteínas plasmáticas (perda de 90 mg) 10 mg [2,01 x 1019 moléculas] Órgão alvo – 1% (perda de 9,9 mg) 0,1 mg [2,01 x 1017 moléculas] Água celular – 90% (perda de 90 g) 0,01 mg (10 g) [2,01 x 1016 moléculas] Proteína de interesse – 1% (perda de 9.9 g) 0,0001 mg (0,1 g) [2,01 x 1014 moléculas] Número de Avogadro: 0,23 x1023 moléculas/g-mole Peso molecular médio: 300 Evidências 1. Muitas drogas e hormônios atuam em concentrações bastante reduzidas. 2. As respostas produzidas mostram um limiar e um efeito “teto” 3. As ações de drogas podem ser seletivamente antagonizadas. 4. Pequenas alterações na estrutura e agonistas e antagonistas resultam em mudanças de atividade e seletividade. Importância 1. São os principais determinantes das relações dose-efeito 2. São responsáveis pela seletividade de ação de uma droga. 3. São o ponto de interação de antagonistas. O QUE É UM RECEPTOR? Definição de um receptor “Um receptor é uma proteína (ou associação de proteínas) que reconhece ligantes endógenos (agonistas) que podem ativar a proteína para mediar eventos celulares. O receptor pode ter múltiplos sítios de ligação dentro da macromolécula, e pode estar localizado na membrana plasmática, no citosol, na membrana de uma organela ou no núcleo. A transdução de um sinal mediada pelo receptor em resposta à ativação por um agonista é um conceito chave, que diferencia receptores com um papel de sinalização de meros sítios de ligação” - Definição da IUPHAR O QUE É UM RECEPTOR? Definição de um receptor “Um receptor é uma proteína (ou associação de proteínas) que reconhece ligantes endógenos (agonistas) que podem ativar a proteína para mediar eventos celulares. O receptor pode ter múltiplos sítios de ligação dentro da macromolécula, e pode estar localizado na membrana plasmática, no citosol, na membrana de uma organela ou no núcleo. A transdução de um sinal mediada pelo receptor em resposta à ativação por um agonista é um conceito chave, que diferencia receptores com um papel de sinalização de meros sítios de ligação” - Definição da IUPHAR O receptor é o sítio de competição para agonistas e antagonistas (RECONHECIMENTO) e o veículo para a transmissão do estímulo da interação com agonista para a célula (TRANSDUÇÃO) para produzir uma resposta fisiológica. J.N. Langley Definição de um receptor Qualquer componente da célula ou organismo que interage com uma droga e, como conseqüência, inicia uma cadeia de eventos bioquímicos que resulta no(s) efeito(s) farmacológico(s) ou fisiológico(s) observado(s) Reconhecimento Transdução Efeito Qual a diferença mínima necessária de atividade biológica para definir um novo receptor? Como lidar com o surgimento de novos receptores através da clonagem, etc.? E o caso de receptores “silenciosos” (sem transdução)? Exemplos: 1) Receptores de captação de catecolaminas 2) Receptores de clearance para ANP E a questão de sítios de ligação sem função fisiológica conhecida? J.N. Langley (1852-1925) Estudou a interação entre: 1. Nicotina e curare na neurotransmissão 2. Pilocarpina e atropina na transmissão autonômica “Nós podemos, creio eu, sem muita temeridade, supor que existe alguma substância ou substâncias nas terminações nervosas ou [salivares] células da glândula com que ambos atropina e pilocarpina são capazes de formar compostos. Com base neste pressuposto, então, os compostos atropina ou pilocarpina são formados de acordo com alguma lei de que sua massa relativa e afinidade química com a substância são fatores"(J.Physiol.1: 339,1878). [Massa ≈ concentração]. J.N. Langley (1852-1925) “Uma vez que no estado normal, tanto a nicotina quanto o Curari podem abolir o efeito da estimulação do nervo, mas não impedem a contração por estimulação direta do músculo ou por uma injeção mais adequada de nicotina, pode ser inferido que nem o veneno nem o impulso nervoso diretamente sobre a substância contrátil do músculo, mas em alguma substância acessória. Uma vez que esta substância acessória é o destinatário de estímulos que ele transfere para o material contrátil, podemos falar dele como uma substância receptiva do músculo "(J. Physiol 33: 374, 1904; 39:. 235, 1909).. Estabeleceu o termo antagonismo mútuo [ao mesmo tempo que Luchsinger (1877)] e enfatizou alguns fatores capazes de influenciar este fenômeno (dose, fluxo sangüíneo, etc). John Newport Langley (1852 – 1925) Paul Ehrlich (1854 – 1915) Paul Ehrlich (1854-1915) Estudou a seletividade na química e na medicina 1. O acúmulo/distribuição diferenciada do chumbo. 2. A coloração de tecidos/células por corantes, Ex. acidófilo, basófilo, neutrófilo, etc. 3. Interações antígeno-anticorpo: “teoria de cadeias laterais” de haptóforos e toxófilos e grupos -NH2/-SH (para captação de nutrientes) na superfície celular. 4. Química medicinal: tratamento da sífilis usando arsênicos, Ex. salvarsan. “Quando os venenos e os órgãos sensíveis a eles não entram em contato, ou quando a sensibilidade dos órgãos não existe, não pode haver nenhuma ação .... Os grupos de distribuição da toxina eu chamo "grupo haptophore" e a correspondente químicas em órgãos do protoplasma do "receptor" .... ações tóxicas só podem ocorrer quando os receptores estão equipados para ancorar as toxinas. "(Collected Papers, vol. III, quimioterapia). Ligante (L) + Receptor (R) ===> Efeito A.V. Hill (?) (Langmuir, 1916) 1.Estudou: (a) interações droga-tecido (b) interações oxigênio-hemoglobina/mioglobina 2.Examinou as interações L + R A.J. Clark (1885-1941) 1.Estudou a relação LR ==> effect 2.Desenvolveu a teoria de ocupação para a interação droga- receptor baseada nas observações de Hill 3.Principais postulados: a. A lei de ação de massas se aplica a interações droga- receptor b. O tecido responde de forma linear à ocupação do receptor; esta relação poderia ser 1:1, e.g. x - y, 2x - 2y, etc. J.H. Gaddum (1926, 1937, 1957) Criou a primeira definiçãoformal do antagonismo competitivo. H.H. Dale (1875-1968) - Contribuições importantes para farmacologia do sistema nervoso autônomo. - Contrário à idéia de receptores como entidades definidas. H.O. Schild (1949, 1957), Arunlakshana & Schild (1959) Introduziu um método para caracterizar receptores usando antagonistas: desenvolveu o “Schild plot” e o conceito de pA2 como uma medida da potência de antagonistas. https://en.wikipedia.org/wiki/Schild_regression Sir John Henry Gaddum (1900 – 1965) E.J. Ariens (1954, 1964); E.J. Ariens & Van Rossum J.M. Desenvolveu o conceito de dualistas (agonistas parciais) e da atividade intrínseca para descrever diferenças entre agonistas onde: 1. atividade intrínseca = properiedade do agonista que determina o poder do estímulo farmacológico causado pela ocupação do receptor. 2. atividade intrínseca () = Resposta máxima do agonista teste Resposta máxima do agonista pleno Agonista pleno, =1; Agonista parcial, 0<<1; Antagonista, = 0 R.P. Stephenson (1956) Estendeu e ampliou as idéias do Ariens, introduzindo o conceito de eficácia (e) 1. Estímulo 2. Resposta R.F. Furchgott (1954, 1966, 1972), Nickerson (1956, 1957) Introduziram a idéia de receptor reserva e descreveram uma maneira de determinar/quantificar isso. W.D.M. Paton (1961) Propôs a teoria da velocidade para a interação droga-receptor W.D.M. Paton & H.P. Rang (1965) Introduziram a técnica de binding usando radioligantes B. Katz & S. Thesleff (1957); J. Del Castillo & B. Katz (1957); J. Monod, Wyman, J.P. Changeux (1965) Propuseram a teoria/modelo de alosterismo para a interação droga-receptor R.E. Gosselin (1977) Propôs a teoria da inativação de receptores A. De Lean et al. (1980) Propuseram o modelo do complexo ternário para GPCRs J.W. Black & P. Leff (1983) Propuseram o modelo operacional para a interação droga-receptor T. Costa & A. Hertz (1989) Descreveram a existência de receptores constitutivos e o agonismo inverso (envolve ~85% dos antagonistas competitivos) P. Samama et al. (1993) Propuseram o modelo estendido do complexo ternário (modelo de dois estados) para GPCRs T. Kenakin (1995) Propôs a idéia de agonismo proteano para GPCRs J.M. Weiss et al. (1996) Propuseram o modelo cúbico do complexo ternário para GPCRs H.O. Onaran & T. Costa (1997); H.O. Onaran et al. (2000) Propuseram o modelo probabilístico para GPCRs Modelo de ocupação (Clark) [Ligante (L) + Receptor (R) => Efeito] Atividade intrínseca e dualistas (Ariens) Eficácia (Stephenson) Eficácia intrínseca (Furchgott) A existência de um sítio de ligação (Langley/Ehrlich) Estudos de binding (Paton e Rang) Conceitos de antagonismo quantitativo (Gaddum/ Schild e Arlunkashana) Modelo de velocidade (Paton) Modelo de inativação dos receptores (Gosselin) Reserva de receptores (Furchgott/Nickerson) M odelo alostérico (Katz/MWC) Modelo do complexo ternário (De Lean et al.) Modelo operacional (Black e Leff) Modelo estendido do complexo ternário (Samama et al.) Modelo cúbico do complexo ternário (Weiss et al.) Receptores constitutivos e agonismo inverso (Costa e Hertz) Modelo probabilístico (Onaran et al.) Sir Henry Dale (1875-1968) Otto Loewi (1873-1961) Experimentos do Otto Loewi 1. Identificação da liberação de vagus-stoff (acetilcolina) 2. Identificação da liberação do accelerans-stoff (adrenalina) AS DUAS AÇÕES DA ACETILCOLINA Experimento de Dale em gato anestesiado e descerebrado Queda de pressão Q ueda de pressão e bradicardia (1) Estimulação dos gânglios simpáticos e taquicardia (2) Liberação de ADR da glândula suprarenal 1 2 Efeito nicotínicoEfeito muscarínico Raymond Ahlquist (1914-1983) 1948 Classificação de receptores Earl W. Sutherland (1915-1974) Descoberta de AMPc e GMPc (1950-1960) Introduziu o termo “segundo mensageiro” Ferid Murad Joel Hardman Paul Greengard (1925- ??) Vias de sinalização intracelular (1960-1970) Identificou vias de sinalização envolvendo proteína quinase A e fosforlização em tecido nervoso Martin Rodbell (1925-1998) Descoberta de proteínas G (1970-1980) Introduziu o termo “transdução de sinal” Alfred G. Gilman (1941-1998) Robert Furchgott (1916 - ) Descoberta do óxido nítrico (1960-1980) Importância do óxido nítrico na sinalização inter- e intracelular Ferid Murad (1936 - ) Louis Ignarro (1941 - ) Sir James Black (1924-?) Desenvolvimento de antagonistas: propranolol e cimetidina (1950-1970) Sune Bergström (1916-2004) Descoberta de prostaglandinas e desenvolvimento da aspirina (1970-1980) Bengt Samuelsson (1934-??) Sir John R. Vane (1927-2004) Definindo alguns termos: DROGA: substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária; Toda substância capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada com ou sem a intenção de benefício do organismo receptor. DROGA com efeito benéfico recebe o nome de MEDICAMENTO. MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Formas farmacêuticas: Aspecto físico que adota um medicamento para ser administrado ou aplicado. Definindo alguns termos: FÁRMACO: definido como sendo toda substância de estrutura química definida, capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, em benefício do organismo receptor. Ex.: Cannabis sativa (maconha) droga ∆9-tetraidrocanabinol fármaco REMÉDIO: é qualquer substância ou recurso (ex. radioterapia, caminhada, etc.) usado para combater uma moléstia. A FARMACOLOGIA médica estuda principalmente a droga- medicamento → com seus efeitos benéficos e desejáveis, mas também a possível toxicidade. A droga com efeito maléfico para o sistema vivo é um TÓXICO e seu estudo é realizado pela TOXICOLOGIA. Efeito adverso ou Reação adversa ≠ Efeito colateral Efeito benéfico Efeito maléfico DROGA + Sistema biológico FARMACOTERAPIA DIAGNÓSTICO PREVENÇÃO DE DOENÇAS TOXICOLOGIA A diferença entre um remédio e um veneno está só na dosagem”. (Paracelso – Médico e físico do séc. XVI) REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS (RAM) ou EFEITO ADVERSO: É qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica (OMS). EFEITO COLATERAL: É um efeito diferente daquele considerado como principal pelo fármaco, podendo ser benéfico ou indiferente, e não necessariamente adverso, indesejável. Ex.: amnésia anterógrada durante administração de benzodiazepínicos ou sedação durante utilização de anti-histamínicos. Interação entre fármaco e corpo Interação entre droga e corpo Ações da droga sobre o corpo são denominados processos FARMACODINÂMICOS. Farmacodinâmica: ESTUDA O QUE A DROGA FAZ COM O CORPO, ou seja, os mecanismos de interação e de ação das drogas sobre o organismo. Ações do corpo sobre a droga são denominados processos FARMACOCINÉTICOS. Farmacocinética: ESTUDA O QUE O ORGANISMO FAZ COM A DROGA, ou seja, como o organismo processa a droga, compreendendo seu movimento (cinética) dentro do corpo. Circulação sistêmica Depósito Receptores Absorção Distribuição Metabolização FARMACOCINÉTICA Administração absorção Distribuição Biotransformação Excreção FARMACODINÂMICA D + R DR INTERAÇÃO ENTRE DROGA E RECEPTOR EFEITO Fármaco Excreção Alvos das drogas Mecanismo de ação Efeitos desencadeados Farmacocinética FarmacodinâmicaQ uais são os alvos dos fármacos? Fármaco B Fárm aco A Fármaco C PRINCÍPIOS FARMACODINÂMICOS Há quatro principais proteínas reguladoras que normalmente atuam como alvos farmacológicos primários: •Receptores fisiológicos •Enzimas •Moléculas carreadoras (transportadoras) •Canais iônicos Outros: proteínas estruturais, DNA, sais de cálcio, etc. Ao nível molecular, a ligação de drogas à “substância receptora” é apenas a primeira, de uma complexa sequência de etapas que irá desencadear o efeito terapêutico. Fárm aco A Proteínas: - Receptores fisiológicos Ex.: receptores adrenérgicos (adrenalina) e de opióides (Morfina). - Canais Iônicos Ex.: Canais de sódio (anestésicos locais) e canais de cálcio (Nifedipina). - Enzimas Ex.: Ciclooxigenase (AINES) e Enzima Conversora de Angiotensina (Captopril). - Moléculas transportadoras Ex.: Recaptação de noradrenalina (antidepressivos). - Proteínas estruturais Ex.: Tubulina (Colchicina). Alvos para a ação dos Fármacos Os receptores fisiológicos em farmacologia constituem moléculas proteicas, cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles. Ex.: a adrenalina age sobre o coração, ligando-se a β- adrenoceptor, que atua como um sítio de reconhecimento para adrenalina e outras catecolaminas. Quando adrenalina se liga ao receptor, inicia-se uma série de reações. Nenhum fármaco é completamente específico em sua ação. Em muitos casos, ao aumentar a dose de um fármaco, a substância pode afetar outros alvos além de seu alvo principal, e esse fato pode levar ao aparecimento de reações adversas. Propranolol R edução da Força e Frequência do coração Reduz a Pressão Arterial Receptor β-adrenérgico Efeito terapêutico Broncoconstrição Broncoespasmo (uso não indicado a paciente asmático) Reação adversa Referências Bibliográficas 1. Olson, J.M. Farmacologia Clínica, 3a ed. Editora Artmed, Porto Alegre, 2009, 188p. 2. Goodman & Gilman, As Bases da Farmacológicas da Terapêutica, McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda. 2006. 3. GOLAN, David E. e col. Princípios de Farmacologia. A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia, Guanabara Koogan, 3ª edição, 2009 4. Katzung, B.G. Farmacologia Básica e Clínica, Editora Guanabara Koogan, 10a edição, 2010. 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