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Caderno de Dicas

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ÍNDICE 
1. DICAS DE ÉTICA PROFISSIONAL - ARTHUR 
TRIGUEIROS ......................................................................................... 6 
2. DICAS DE FILOSOFIA DO DIREITO - ALESSANDRO 
SANCHEZ .............................................................................................. 8 
3. DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL - NATHALIA 
MASSON ................................................................................................ 9 
4. DICAS DE DIREITOS HUMANOS - FABIANO MELO ......... 13 
5. DICAS DE DIREITO INTERNACIONAL - ROBERTO 
CAPARROZ ......................................................................................... 16 
6. DICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO - ALESSANDRO 
SPILBORGHS ..................................................................................... 17 
7. DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO - ALEXANDRE 
MAZZA.................................................................................................. 20 
8. DICAS DE DIREITO AMBIENTAL - FABIANO MELO ......... 21 
9. DICAS DE DIREITO CIVIL - JOÃO AGUIRRE ...................... 23 
10. DICAS DE ECA - JOÃO AGUIRRE ..................................... 25 
 
 
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11. DICAS DE DIREITO DO CONSUMIDOR - JOÃO 
AGUIRRE ............................................................................................. 27 
12. DICAS DE DIREITO EMPRESARIAL - ALESSANDRO 
SANCHEZ ............................................................................................ 28 
13. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL - RENATO 
MONTANS ........................................................................................... 30 
14. DICAS DE DIREITO PENAL - CRISTIANO RODRIGUES
 33 
15. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL - NESTOR 
TÁVORA ............................................................................................... 35 
16. DICAS DE DIREITO DO TRABALHO - ANDRÉ PAES .... 37 
17. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHO - 
ANDRÉ PAES ..................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. DICAS DE ÉTICA PROFISSIONAL - Arthur 
Trigueiros 
 
1 - A postulação na Justiça do Trabalho (art. 791, CLT – jus 
postulandi), como regra, dispensa a intervenção de advogado, 
ressalvada a interposição de recursos de competência do TST e a 
propositura de ações rescisória, cautelar e mandados de segurança 
(vide Súmula 425, TST). 
 
2 - Os atos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de 
invalidade, deverão ser visados por advogados. No entanto, 
dispensa-se o visto de advogado nos atos constitutivos de 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
 
3 - A inscrição principal do advogado será obtida perante o Conselho 
Seccional em que estabelecer seu domicílio profissional. Já a 
inscrição suplementar somente será exigida em caso de 
habitualidade (mais de 5 causas por ano). Entende-se por causa 
toda intervenção judicial em ações distintas. 
 
4 - A identidade profissional do estagiário de direito na área da 
advocacia profissional tem duração máxima de 3 (três) anos, não 
podendo ser prorrogada, consoante dispõe o art. 35 do Regulamento 
Geral. 
 
5 - Os atos irregularmente praticados por estagiário geram 
responsabilidade para o advogado, que responderá disciplinarmente 
pelos excessos cometidos por aquele. 
 
6 - O prazo máximo para que um advogado postule sem procuração, 
em caso de urgência, em nome do cliente, é de 15 (quinze) dias, 
cabendo prorrogação, uma vez, por igual período. 
 
 
 
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7 - O substabelecimento sem reserva de poderes, como é causa de 
extinção do mandato judicial, exige que o advogado substabelecente 
dê prévio e inequívoco conhecimento de tal ato ao seu cliente, sob 
pena de ficar caracterizado abandono da causa. 
 
8 - O advogado tem o direito de consultar autos de investigações de 
qualquer natureza, em qualquer instituição responsável por conduzir 
a investigação, estejam eles findos ou em andamento, ainda que 
conclusos à autoridade, independentemente de procuração. Esta 
somente será necessária em caso de a investigação tramitar em 
sigilo. 
 
9 - Antes de transitar em julgado a sentença condenatória, é direito 
do advogado ficar recolhido em Sala de Estado Maior (não confunda 
com cela especial!), ou, à sua falta, prisão domiciliar. A prerrogativa 
vale apenas antes do trânsito em julgado! 
 
10 - É direito do advogado ingressar em qualquer assembleia ou 
reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante 
a qual este deve comparecer, desde que munido de procuração com 
poderes especiais. 
 
11 - É direito do advogado dirigir-se diretamente aos magistrados nas 
salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de 
chegada. 
 
12 - A aquisição da personalidade jurídica da sociedade de 
advogados decorre do registro de seu ato constitutivo perante a 
OAB, mais precisamente, perante o Conselho Seccional em cuja 
base territorial estiver a sede. 
 
13 - Uma vez constituída a filial de uma sociedade de advogados, 
que somente poderá ser em Conselho Seccional distinto, os sócios 
ou o titular da sociedade individual se obrigam à inscrição 
suplementar, independentemente do número de causas existentes. 
 
 
 
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14 - A representação dos advogados empregados em matéria 
trabalhista (acordos ou convenções coletivas, ou dissídios 
coletivos) compete ao Sindicato de advogados, ou, à falta dele, à 
Federação ou Confederação de advogados. Não cabe à OAB, 
portanto, representar a categoria profissional em comento 
(advogados empregados). 
 
15 - Nem todo membro do Poder Judiciário é incompatível (art. 28, 
II, do Estatuto da OAB). O STF, no julgamento da ADI 1.127, afastou 
a incompatibilidade dos juízes eleitorais e seus suplentes ocupantes 
de vagas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e TREs (Tribunais 
Regionais Eleitorais), desde que sejam oriundos da classe de 
advogados (arts. 119, II e 120, III, ambos da CF/88). 
2. DICAS DE FILOSOFIA DO DIREITO - Alessandro 
Sanchez 
 
 
1 - Hermenêutica Jurídica estuda a Interpretação, enquanto a 
Interpretação busca o sentido e alcance da norma. 
 
2 - A Lei é apenas texto e dá as indicações básicas, o INTÉRPRETE 
precisa dizer o sentido e o alcance de aplicação da norma, o 
Intérprete pode ser o próprio autor da lei, o doutrinador ou mesmo o 
Juiz. 
 
3 - As principais escolas de estudo da Interpretação, portanto, 
escolas HERMENÊUTICAS são: Exegese, Histórico-Evolutiva e 
Livre Criação. 
 
4 - Escola da EXEGESE indica que o intérprete precisa se limitar a 
descrever o que na lei, não pode criar nada, a parte positiva dessa 
escola é que o JUIZ deve aplicar a Interpretação sem muitas 
variações. 
 
 
 
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5 - A Escola HISTÓRICO-EVOLUTIVA (Savigny) é no sentido da 
Interpretação tomando a lei como ponto de partida e adaptando o 
contexto atual, esta escola manda o Juiz aplicar a lei conforme a 
 
realidade em que vivemos, no contexto histórico presente. 
 
6 - Escola da LIVRE CRIAÇÃO DO DIREITO permite ao Juiz ampla 
liberdade para interpretar extrapolando os limites do texto legal. 
 
7 - A Arte por nós estudada sempre depende de um INTÉRPRETE 
para indicar o significado do texto, o seu alcance e limites, gosto de 
dizer que não há aplicação do direito, pois o direito não pode ser 
aplicado por si só, o Juiz aplica a INTERPRETAÇÃO DO DIREITO. 
 
8 - A Nossa LINDB - Lei de Introdução ao Direito Brasileiro manda o 
Juiz aplicar a conforme os fins sociais, aplicar a lei conforme os fins 
sociais significa adaptar o texto ao contexto histórico em que vivem.9 - A INTERPRETAÇÃO busca dar o sentido e alcance da lei, já a 
INTEGRAÇÃO busca suprir as lacunas. Os critérios de 
INTEGRAÇÃO também estão na LINDB e são os Costumes, 
Princípios Gerais do Direito, Analogia e Equidade. 
 
10 - Alguns dizem que a prova será apenas temática, mas é possível 
que também seja autoral, perguntando os autores das teses jus 
filosóficas, é necessário dar atenção a figuras como KELSEN, 
REALE, RAWLS, PERELMAN e etc. 
 
11 - Estudem bastante os temas CONCEITO DE DIREITO, 
JUSTIÇA, HERMENÊUTICA, INTERPRETAÇÃO e INTEGRAÇÃO. 
3. DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL - Nathalia 
Masson 
 
1 - Os legitimados para propor no STF as 4 ações do controle 
concentrado (ADI, ADC, ADO e ADPF) são os MESMOS! *São 
 
 
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legitimados para propor ADI, ADC, ADO e ADPF no STF: 4 
autoridades (Presidente da República, Governadores de Estado, 
Governador do DF e PGR), 4 Mesas (Mesa do Senado Federal, 
Mesa da Câmara dos Deputados, Mesas das Assembleias 
Legislativas e Mesa da Câmara Legislativa do DF), 4 entidades 
(Conselho Federal da OAB, Partido Político com representação no 
Congresso Nacional, confederação sindical e entidade de classe de 
âmbito nacional).*Os legitimados que estão grifados são os 
especiais, isto é, os que precisam demonstrar pertinência temática; 
os que não estão grifados são os universais, que não precisam 
demonstrar a pertinência temática, pois o interesse é presumido. *A 
legitimidade ativa do Partido Político é aferida no momento da 
propositura da ação. Se houver perda superveniente de 
representação parlamentar no Congresso Nacional, isso não 
desqualificará o Partido a permanecer no polo ativo da relação 
processual. 
 
2 - A decisão de mérito em ADI tem efeito vinculante, erga omnes e, 
em regra, efeitos ex tunc – mas havendo razões de segurança 
jurídica ou excepcional interesse social, o STF, por 2/3 de seus 
membros, poderá modular os efeitos temporais da decisão para que 
esta produza os seus efeitos em outro momento (por ex.: 
efeitos ex nunc ou pro futuro). *Segundo entendimento do STF, 
poderá haver a modulação dos efeitos temporais também em suas 
decisões de inconstitucionalidade proferidas no controle difuso. 
 
3 - Devido ao caráter objetivo do controle concentrado/abstrato, não 
se admite desistência em suas ações – ADI, ADC, ADPF, ADO. *Em 
ADI, ADC, ADO e ADPF a decisão de mérito é irrecorrível, salvo 
quanto à oposição de embargos declaratórios. *Não cabe ação 
rescisória em ADI, ADC, ADO e ADPF. 
 
4 - O STF poderá conceder medida cautelar em ADI desde que 
aprovada pela maioria de seus membros, salvo no caso do período 
de recesso em que esta poderá ser concedida pelo Presidente do 
Tribunal e referendada pelo Pleno. *A medida cautelar concedida 
suspenderá a norma impugnada e terá efeitos vinculantes, erga 
 
 
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omnes e, em regra, ex nunc. *A concessão da cautelar em ADI torna 
aplicável a legislação anterior acaso existente (efeito repristinatório, 
que é automático; art. 11, §2°, Lei 9.868/99), salvo se houver 
expressa manifestação do STF em sentido contrário. 
5 - Só há 3 requisitos p/ a criação de uma CPI: 1) requerimento de 
constituição de CPI por, no mínimo, 1/3 dos deputados federais ou 
dos senadores da República – se as Casas Legislativas estiverem 
atuando em separado –, ou 1/3 dos membros do Congresso 
Nacional – quando as casas atuarem conjuntamente, formando uma 
comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI); 2) indicação de um 
fato determinado a ser investigado; 3) delimitação de prazo certo 
para a apuração de tal fato. *A estrutura prevista no §3º do art. 58 da 
CF é norma de observância obrigatória para os Estados, DF e 
Municípios, em respeito ao princípio da simetria. *CPI não decreta a 
busca/apreensão domiciliar, a interceptação telefônica e a prisão, 
salvo aquela determinada em razão de flagrante. * CPI também não 
pode decretar medidas cautelares. *CPI não pode investigar fatos 
que digam respeito exclusivamente à outra esfera federativa. *CPI 
não pode anular ato do executivo, tampouco pode convocar 
magistrado para depor sobre questão exclusivamente jurisdicional. * 
Testemunhas, investigados e indiciados quando prestam 
depoimento perante a CPI têm direito ao silêncio. *Os atos das CPIs 
poderão ser objeto de controle judicial no STF a fim de coibir 
qualquer exercício abusivo, qualquer afronta a direito subjetivo. 
 
6 - O STF está obrigado (art. 178, RISTF) a comunicar ao Senado 
Federal a decisão que declarou, no controle difuso (em decisão 
definitiva), a inconstitucionalidade de uma norma. O SF não está, 
todavia, obrigado a atuar, a suspender a execução da lei e, com isso, 
transformar o efeito em erga omnes (art. 52, X, CF). *Se o STF, em 
decisão definitiva no controle difuso, houver declarado a 
constitucionalidade da norma ou mesmo sua não recepção (quando 
o objeto avaliado é anterior ao parâmetro constitucional), não há que 
se falar em comunicação ao SF. 
 
7 - São entes da Federação: União, Estados, DF e Municípios, todos 
dotados de autonomia. *Soberania é atributo exclusivo da República 
 
 
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Federativa do Brasil. *Território Federal não é ente da Federação, 
logo não possui autonomia, integra a União. *Atualmente não 
existem TFs, mas estes podem ser criados por Lei Complementar. 
*Os Territórios Federais podem, ou não, ser divididos em Municípios. 
 
8 - Preponderância dos Interesses é o princípio que norteia a 
repartição constitucional de competência. *São indelegáveis: as 
atribuições materiais exclusivas da União (do art. 21, CF). *São 
delegáveis: as atribuições legislativas privativas da União (do art. 22, 
CF), por meio de lei complementar, mas somente questões 
específicas relacionadas à matéria que estiver sendo delegada (art. 
22, p. único, CF). 
 
9 - É de competência privativa da União legislar sobre: civil, agrário, 
penal, aeronáutico, comercial, eleitoral, trabalho, espacial, 
processual e marítimo – CAPACETE PM.) *É de competência 
legislativa concorrente entre a União, os Estados e o DF legislar 
sobre: penitenciário, urbanístico, financeiro, econômico, tributário e 
orçamentário – PUFETO. *No âmbito da competência 
concorrente, a União edita as normas gerais, os Estados e o DF 
suplementam. Não havendo lei federal sobre normas gerais, 
poderão os Estados exercer a competência legislativa plena 
(editando a norma geral e a específica). *A edição superveniente da 
lei federal sobre normas gerais irá suspender a eficácia da lei 
estadual no que lhe for contrário. 
10 - O Presidente da República não será responsabilizado, na 
vigência do mandato, por atos estranhos à função presidencial, mas 
responderá por estes atos após o término do mandato. *O 
Presidente só pode ser preso por sentença penal condenatória 
prolatada pelo STF. *O Presidente somente será processado por 
crime comum no STF e por crime de responsabilidade no Senado 
Federal, se antes a Câmara dos Deputados autorizar, por 2/3 de 
seus membros, o processamento. *A autorização da CD não vincula 
o STF (que fará novo juízo de admissibilidade), mas vincula o 
Senado (que deverá instaurar o processo). *A suspensão do 
Presidente de suas funções se inicia com a instauração do processo 
 
 
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pelo Senado, ou quando o STF recebe a denúncia ou queixa crime, 
isto é, não se inicia com a autorização dada pela CD (art. 86, CF/88). 
4. DICAS DE DIREITOS HUMANOS - Fabiano Melo 
 
1 - A Carta Internacional dos Direitos Humanos (Internacional Bill of 
Rights) compreende três documentos: a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos (1948) e os dois Pactos de 1966, o Pacto 
Internacional de Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional de 
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 
 
2 - Duplo status dos tratados e convenções internacionais de direitos 
humanos. O STF adota atualmente a teoria doduplo status para os 
tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, a 
saber: (a) status constitucional; (b) status supralegal. Status 
constitucional: aplicável aos tratados que se submetem ao rito do § 
3º do art. 5º, da CF/88. Status supralegal: significa que os tratados 
de direitos humanos aprovados antes da EC nº 45 e os posteriores 
que não observarem o rito do § 3º do art. 5º da CF/88, estão abaixo 
da Constituição, porém acima da legislação interna. 
 
3 - Incidente de Deslocamento de Competência. Previsto no art. 109, 
§ 5º, da Constituição de 1988, in verbis: “Nas hipóteses de grave 
violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com 
a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes 
de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil 
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, 
em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de 
deslocamento de competência para a Justiça Federal”. 
 
4 - Suspensão de direitos e núcleo inderrogável: é possível a 
suspensão de direitos enunciados no Pacto de São José da Costa 
Rica em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência 
que ameace a independência ou segurança do Estado-parte, pela 
medida e tempo estritamente limitados às exigências da situação e 
desde que as disposições não sejam incompatíveis com as demais 
obrigações que lhe impõe o Direito Internacional e não encerrem 
 
 
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discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, 
idioma, religião ou origem social. Contudo, há uma vedação: a 
suspensão não pode ser aplicada aos direitos que constituem o 
denominado núcleo inderrogável. Esses direitos são: (a) Direito ao 
reconhecimento da personalidade jurídica; (b) Direito à vida; (c) 
Direito à integridade pessoal; (d) Proibição da escravidão e da 
servidão; (e) Princípio da legalidade e da retroatividade; (f) 
Liberdade de consciência e religião; (g) Proteção da família; (h) 
Direito ao nome; (i) Direitos da criança;(j) Direito à nacionalidade; (l) 
Direitos políticos; (m). As garantias indispensáveis para a proteção 
de tais direitos. Isto é, esses direitos não podem ser suspensos. 
 
5 - Requisitos para apresentar uma petição à Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos. O encaminhamento de uma 
petição com denúncia ou queixa deve observar aos seguintes 
requisitos: (i) Que hajam sido interpostos e esgotados os recursos 
da jurisdição interna, de acordo com os princípios de direito 
internacional geralmente reconhecidos; (ii) Que seja apresentada 
dentro do prazo de 06 meses, a partir da data em que o presumido 
prejudicado em seus direitos tenha sido notificado da decisão 
definitiva; (iii) Que a matéria da petição ou comunicação não esteja 
pendente de outro processo de solução internacional; e (iv) Que a 
petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e 
a assinatura da pessoa ou pessoas ou do representante legal da 
entidade que submeter a petição. EXCEÇÕES. As disposições 
concernentes ao (i) esgotamento dos recursos da jurisdição interna 
e de que (ii) a petição seja apresentada dentro do prazo de 06 
meses, a partir da data em que o presumido prejudicado em seus 
direitos tenha sido notificado da decisão definitiva, podem ser 
flexibilizadas nas seguintes hipóteses: (a) Não existir, na legislação 
interna do Estado de que se tratar, o devido processo legal para a 
proteção do direito ou direitos que se alegue tenham sido violados; 
(b) Não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus 
direitos o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou houver sido 
ele impedido de esgotá-los; e (c) Houver demora injustificada na 
decisão sobre os mencionados recursos. 
 
 
 
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6 - Acesso à Corte Interamericana de Direitos Humanos. A 
legitimidade para acessar e submeter um caso contencioso à 
apreciação da Corte Interamericana de Direitos Humanos está 
restrita aos Estados-partes e à Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos. 
 
7 - Sentença da Corte Interamericana. A sentença da Corte 
Interamericana deve ser fundamentada, é definitiva e inapelável. A 
Corte Interamericana, quando decidir que houve violação de um 
direito ou liberdade protegidos na Convenção Americana, 
determinará em sua sentença: 
(a) que se assegure ao prejudicado o gozo do seu direito ou 
liberdade violados; 
(b) poderá determinar, igualmente, se procedente, que sejam 
reparadas as consequências da medida ou situação que haja 
configurado a violação desses direitos; 
(c) poderá determinar, se procedente, o pagamento de indenização 
justa à parte lesada. 
8 - Medidas provisórias no Pacto de São José da Costa Rica. Em 
casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer 
necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte 
Interamericana de Direitos Humanos, nos assuntos de que estiver 
conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que considerar 
pertinentes. Se se tratar de assuntos que ainda não estiverem 
submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a pedido da 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
 
9 - Acessibilidade. Segundo a Convenção Internacional sobre os 
Direitos das Pessoas com Deficiência, a fim de possibilitar às 
pessoas com deficiência viver de forma independente e participar 
plenamente de todos os aspectos da vida, os Estados-Partes 
tomarão as medidas apropriadas para assegurar às pessoas com 
deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, 
inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, 
bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de 
uso público, tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, 
 
 
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que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras 
à acessibilidade, serão aplicadas, entre outros, a: a) Edifícios, 
rodovias, meios de transporte e outras instalações internas e 
externas, inclusive escolas, residências, instalações médicas e local 
de trabalho; b) Informações, comunicações e outros serviços, 
inclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência. 
 
10 - Dois conceitos importantes na Convenção Internacional sobre 
os Direitos das Pessoas com Deficiência. 1) Adaptação razoável 
“significa as modificações e os ajustes necessários e adequados que 
não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos 
em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência 
possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as 
demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades 
fundamentais; 2) “Desenho universal” significa a concepção de 
produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, na 
maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade de 
adaptação ou projeto específico. O “desenho universal” não excluirá 
as ajudas técnicas para grupos específicos de pessoas com 
deficiência, quando necessárias. 
5. DICAS DE DIREITO INTERNACIONAL - Roberto 
Caparroz 
 
1 - A soberania é composta por três elementos: território, população 
e forma de governo não subordinada a terceiros. 
 
2 - Expressões mágicas do Direito Internacional, para não esquecer: 
boa-fé, reciprocidade, igualdade, soberania, Pacta sunt servanda, 
consentimento, coordenação. 
 
3 - Deportação é medida administrativa, em que o estrangeiro não 
comete crime. 
 
4 - Extradição é a retirada compulsória do estrangeiro a partir da 
requisição de outro país. 
 
 
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5 - Expulsão é a forma de punição ao estrangeiro que, no Brasil, 
atentar contra os interesses nacionais. 
 
6 - O Protocolo de Olivos objetiva garantir uma forma unificada e 
segura de solução de controvérsias entre os membros do Mercosul. 
7 - Em águas internacionais, a lei aplicável é a do país da bandeira 
 
ou pavilhão do navio(idem para aeronaves). 
 
8 - Os nascidos em território brasileiro são considerados natos, ainda 
que de pais estrangeiros, salvo se estes estiverem a serviço do seu 
país. 
9 - Os brasileiros naturalizados são estrangeiros que preencheram 
as condições previstas em lei, cuja regra geral está no Estatuto do 
Estrangeiro (Lei n. 6.815/80). 
 
10 - A principal missão do Direito Internacional Privado é identificar 
qual sistema jurídico é aplicável aos casos em que as partes 
possuem nacionalidades diferentes ou, ainda, quando os atos e 
negócios jurídicos ocorrem no exterior. Para isso é necessário 
identificar o elemento de conexão, que pode ser: domicílio das 
partes, local do contrato ou da produção dos efeitos e local da 
constituição da empresa. 
6. DICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO - Alessandro 
Spilborghs 
 
1 - Todo tributo depende de LEI para ser INSTITUÍDO. Contudo, 
existem EXCEÇÕES em relação à ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS. 
São elas: Imposto de Importação; Imposto de Exportação, Imposto 
sobre Produtos Industrializados; Imposto sobre Operações 
Financeiras, CIDE combustível e ICMS combustível. 
 
2 - Os ÚNICOS tributos que podem ser exigidos IMEDIATAMENTE 
à MAJORAÇÃO são: Imposto de Importação; Imposto de 
 
 
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Exportação, Imposto sobre Operações Financeiras; Imposto 
Extraordinário de Guerra e Empréstimo Compulsório (no caso de 
calamidade pública ou guerra). São eles EXCEÇÕES às 2 
ANTERIORIDADES. 
 
3 - IMUNIDADES tributárias são regras de NÃO INCIDÊNCIA 
definidas pela CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ISENÇÕES são regras 
que dispensam o pagamento do tributo definidas pela LEI. 
 
4 - A imunidade RECÍPROCA afasta a incidência de IMPOSTOS 
sobre os ENTES FEDERADOS, sobre as AUTARQUIAS e 
FUNDAÇÕES e, segundo o STF, também sobre as EMPRESAS 
PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (desde que o 
serviço prestado seja exclusivamente estatal, sem fins lucrativos e 
essencial à população). 
 
5 - A IMUNIDADE MUSICAL é a mais RECENTE imunidade fixada 
pela CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Em razão dela são AFASTADOS 
os IMPOSTOS sobre FONOGRAMAS e VIDEOFONOGRAMAS 
musicais produzidos no BRASIL contendo OBRAS MUSICAIS ou 
literomusicais de AUTORES BRASILEIROS e/ou obras em geral 
INTERPRETADAS POR ARTISTAS BRASILEIROS bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, SALVO 
NA ETAPA DE REPLICAÇÃO INDUSTRIAL de mídias ópticas de 
leitura a laser - art. 150, VI, e, CF. 
 
6 - COMPETÊNCIA tributária é o poder OUTORGADO pela 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL aos ENTES FEDERADOS para 
INSTITUIR tributos através de LEI. Sua principal característica é a 
INDELEGABILIDADE. 
 
7 - O ÚNICO ente federado que possui COMPETÊNCIA para instituir 
tributos no caso de GUERRA EXTERNA é a UNIÃO. São 2 as 
possibilidades: IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA e o 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. 
 
 
 
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8 - As ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS são em número de 5, porém 
apenas os IMPOSTOS são tributos NÃO VINCULADOS 
(independem de contraprestação estatal) e NÃO DESTINADOS (sua 
arrecadação, por regra, não pode estar destinada a nenhum órgão, 
fundo ou despesa específicos). 
 
9 - É INCONSTITUCIONAL a cobrança de TAXA para remunerar o 
serviço de LIMPEZA PÚBLICA, uma vez que se trata de um serviço 
INDIVISÍVEL (ou uti universi). 
 
10 - As OBRIGAÇÕES tributárias ACESSÓRIAS INDEPENDEM das 
OBRIGAÇÕES tributárias PRINCIPAIS. Assim, ainda que o 
contribuinte NÃO SE SUJEITE a uma OBRIGAÇÃO PRINCIPAL, 
continua compelido a observar as OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. 
 
11 - Na hipótese de pesar DÍVIDAS de IPTU sobre um IMÓVEL 
alienado, o ADQUIRENTE responde PESSOALMENTE pelo crédito 
tributário. 
 
12 - Com a DENÚNCIA ESPONTÂNEA o contribuinte está 
DISPENSADO do pagamento das PENALIDADES PECUNIÁRIAS, 
porém deverá recolher o TRIBUTO, acrescido de JUROS e 
CORREÇÃO MONETÁRIA. 
 
13 - Uma vez SUSPENSA a EXIGIBILIDADE do crédito tributário 
resta assegurado ao contribuinte a obtenção de CERTIDÃO 
POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA. 
 
14 - Em execução fiscal, NÃO LOCALIZADOS BENS 
PENHORÁVEIS, suspende-se o processo por um ano, findo o qual 
se INICIA O PRAZO da PRESCRIÇÃO quinquenal 
INTERCORRENTE, a qual pode ser decretada de ofício pelo juiz 
desde que seja ouvida a Fazenda Pública. 
 
15 - Diferenciam-se os EMBARGOS À EXECUÇÃO da EXCEÇÃO 
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, pois esta última só cabe na hipótese de 
 
 
20 
 
matéria CONHECÍVEL de OFÍCIO que NÃO demande DILAÇÃO 
PROBATÓRIA. 
7. DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO - 
Alexandre Mazza 
 
1 - A responsabilidade do Estado é OBJETIVA, exigindo 
comprovação de ATO (ação), DANO e NEXO. 
 
2 - Nos danos por OMISSÃO e responsabilidade PESSOAL DO 
AGENTE (na ação regressiva) a teoria aplicável é a SUBJETIVA 
(exige CULPA). 
 
3 - Concessionários de serviço público respondem pela teoria 
OBJETIVA perante usuários e perante terceiros. 
4 - A lei 8666/93 admite CONTRATO ADMINISTRATIVO VERBAL 
para objetos de pequeno valor em regime de adiantamento. 
 
5 - Concurso público tem validade de ATÉ 2 ANOS, prorrogável uma 
vez por IGUAL PERÍODO. 
 
6 - A duração do estágio probatório é de 3 ANOS (36 meses). 
 
7 - Nos processos administrativos NÃO SE APLICA a proibição da 
“reformatio em pejus”. 
 
8 - Sempre que houver prestação de SERVIÇOS PÚBLICOS a 
responsabilidade é OBJETIVA. 
 
9 - Anulação é motivada em um defeito do ato, tendo eficácia 
retroativa; revogação é baseada no interesse público e não retroage. 
 
10 - Todo PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO garante 
contraditório e ampla defesa. 
 
 
 
21 
 
11 - Sempre que houver PRESTAÇÃO INDIRETA de serviços 
públicos (autarquia, concessionário etc) o ESTADO É 
RESPONSÁVEL SUBSIDIÁRIO. 
 
12 - AGÊNCIAS reguladoras são autarquias com REGIME 
ESPECIAL (dirigentes ESTÁVEIS e com MANDATOS FIXOS). 
 
13 - O PREGÃO é utilizado para contratação de BENS e SERVIÇOS 
COMUNS, independentemente do valor do objeto. 
 
14 - O prazo para a Administração ANULAR seus atos é de 5 ANOS. 
 
15 - A ENCAMPAÇÃO extingue o contrato por razões de interesse 
público, implicando RETOMADA DO SERVIÇO. 
8. DICAS DE DIREITO AMBIENTAL - Fabiano Melo 
 
1 - Fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos: (a) a 
água é um bem de domínio público; (b) a água é um recurso natural 
limitado, dotado de valor econômico; (c) em situações de escassez, 
o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a 
dessedentação de animais; (d) a gestão dos recursos hídricos deve 
sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; (e) a bacia 
hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política 
Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos; (f) a gestão dos recursos 
hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do 
Poder Público, dos usuários e das comunidades. 
 
2 - O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem 
como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos 
usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. 
Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por 
prazo não excedente a 35 anos, renovável; e não implica a alienação 
parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples direito de seu 
uso. 
 
 
22 
 
3 - A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com 
antecedência mínima de 120 dias da expiração de seu prazo de 
validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente 
prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental 
competente. 
 
4 - Os empreendimentos e atividades são licenciados ou 
autorizados, ambientalmente, por um ÚNICO ENTE FEDERATIVO, 
em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos da 
LC 140/11. Os demais entes federativos interessados podem 
manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização,de 
maneira NÃO VINCULANTE, respeitados os prazos e 
procedimentos do licenciamento ambiental. 
5 - Lei Complementar 140/2011. Atuação SUPLETIVA: ação do ente 
da Federação que se SUBSTITUI ao ente federativo originariamente 
detentor das atribuições. Atuação SUBSIDIÁRIA: ação do ente da 
Federação que visa a AUXILIAR no desempenho das atribuições 
decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente 
federativo originariamente detentor das atribuições definidas na LC 
140/11. 
 
6 - Reincidência nas infrações administrativas ambientais. O 
cometimento de nova infração ambiental pelo mesmo infrator, no 
período de 05 anos, contados da lavratura de auto de infração 
anterior devidamente confirmado em julgamento previsto no Decreto 
6.514/2008, implica: (a) aplicação da multa em triplo, no caso de 
cometimento da mesma infração; ou (b) aplicação da multa em 
dobro, no caso de cometimento de infração distinta. 
 
7 - Poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, 
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de 
degradação ambiental. 
 
8 - Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e 
social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e 
meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos 
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo 
 
 
23 
 
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final 
ambientalmente adequada. Sugestão importante: leitura completa 
do art. 33 da Lei 12.305/2010 (que trata dos obrigados e dos 
produtos sujeitos à logística reversa). 
 
9 - Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos (Lei 
12.305/2010), deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: 
não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos 
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos 
rejeitos. 
 
10 - O Código Florestal criou o Cadastro Ambiental Rural (CAR), no 
âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente 
(SINIMA), registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório 
para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as 
informações ambientais das propriedades e posses rurais, 
compondo base de dados para controle, monitoramento, 
planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. 
9. DICAS DE DIREITO CIVIL - João Aguirre 
 
1 - Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. O ato acima 
previsto será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. 
 
2 - Consideram-se imóveis para os efeitos legais: a) os direitos reais 
sobre imóveis e as ações que os asseguram; b) o direito à sucessão 
aberta. 
 
3 - A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja 
feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela 
o destinatário tinha conhecimento. 
 
 
 
24 
 
4 - Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode 
alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir 
a alegação. 
 
5 - A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, 
senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor 
que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão 
feita. 
 
6 - Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção 
manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua 
execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo 
 
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
7 - O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
 
8 - É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os 
outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente 
houverem consentido. Em ambos os casos, dispensa-se o 
consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação 
obrigatória. 
 
9 - O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele 
sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem 
de seus fiadores. 
 
10 - A indenização mede-se pela extensão do dano e se houver 
 
excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá 
o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. 
 
11 - A concessão de direito real de superfície será gratuita ou 
onerosa. Sendo onerosa, estipularão as partes se o pagamento será 
feito de uma só vez, ou parceladamente. 
 
 
 
25 
 
12 - É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel 
hipotecado. Mas pode-se convencionar que vencerá o crédito 
hipotecário, se o imóvel for alienado. 
 
13 - É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, 
e ineficaz se não lhe seguir o casamento. 
 
14 - O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar são 
usufrutuários dos bens dos filhos e têm a administração dos bens 
dos filhos menores sob sua autoridade. 
 
15 - São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da 
herança. 
 
10. DICAS DE ECA - João Aguirre 
 
1 - Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as 
unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados 
intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência 
em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de 
internação de criança ou adolescente. 
 
2 - Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa 
de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, 
no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária 
competente, com base em relatório elaborado por equipe 
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada 
pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família 
substituta. 
3 - A permanência da criança e do adolescente em programa de 
acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) 
anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior 
interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. 
 
4 - O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem 
como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi 
 
 
26 
 
aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) 
anos. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido 
ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada 
orientação e assistência jurídica e psicológica. 
 
5 - As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e 
permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando 
acompanhadas dos pais ou responsável. 
6 - Os responsáveis por estabelecimentos que explorem 
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, 
assim entendidas as que realizem apostas, ainda que 
eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e 
 
a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso 
para orientação do público. 
 
7 - Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em 
flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da 
autoridade judiciária competente. 
 
8 - O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela 
sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos. 
 
9 - Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato 
infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a 
remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às 
circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem 
como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor 
participação no ato infracional. Iniciado o procedimento, a 
concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na 
suspensão ou extinção do processo. 
 
10 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não 
jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento 
dos direitos da criançae do adolescente. 
 
 
27 
 
11. DICAS DE DIREITO DO CONSUMIDOR - João 
Aguirre 
 
1 - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de 
direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou 
violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração 
também será efetivada quando houver falência, estado de 
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica 
provocados por má administração. 
 
2 - Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre 
que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
3 - A publicidade é enganosa quando contiver qualquer modalidade 
de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por 
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da 
natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, 
origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
 
4 - A publicidade é abusiva quando for, dentre outras, discriminatória 
de qualquer natureza, incitar à violência, explorar o medo ou a 
superstição, aproveitar-se da deficiência de julgamento e 
experiência da criança, desrespeitar valores ambientais, ou for 
capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial 
ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
 
5 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas, condicionar o fornecimento de produto ou de 
serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem 
justa causa, a limites quantitativos; 
 
6 - O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor 
orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos 
materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de 
 
 
28 
 
pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços. 
Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo 
prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor. 
 
7 - O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à 
repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em 
excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo 
hipótese de engano justificável. 
 
8 - As declarações de vontade constantes de escritos particulares, 
recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o 
fornecedor, ensejando inclusive execução específica. 
 
9 - Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante 
pagamento em prestações, bem como nas alienações 
fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as 
cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em 
benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a 
resolução do contrato e a retomada do produto alienado. 
10 - A defesa coletiva do consumidor será exercida quando se tratar 
de: a) interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos 
deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que 
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias 
de fato; b)interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para 
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de 
que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre 
si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base e c) 
interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os 
decorrentes de origem comum. 
12. DICAS DE DIREITO EMPRESARIAL - Alessandro 
Sanchez 
 
1 - EMPRESÁRIO E EIRELI - Empresário é o Exercente da Atividade 
Empresarial seja Pessoa Natural de responsabilidade ilimitada ou 
Jurídica como a EIRELI e as Sociedades. 
 
 
29 
 
 
2 - EMPRESÁRIO E EIRELI A EIRELI - inclui ao CC o inciso VI do 
art. 44 (P. Jurídica), art. 980-A (Características) e o parágrafo único 
do art. 1033 do Código Civil que trata da hipótese de transformação. 
3 - EMPRESÁRIO E EIRELI - Na omissão da lei, o intérprete 
aplicador do direito deve se utilizar subsidiariamente das regras de 
Sociedade Limitada. 
 
4 - EMPRESÁRIO E EIRELI O - Registro Empresarial é pressuposto 
para que o Empresário adquira Personalidade Jurídica. 
 
5 - EMPRESÁRIO E EIRELI - O Empresário Individual opera com a 
personalidade de pessoa natural a não ser que faça a opção pela 
EIRELI. 
6 - EMPRESÁRIO E EIRELI - O Registro das Sociedades Simples 
de Intelectuais se dá no Cartório de Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas. 
 
7 - ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL E TRESPASSE - O 
Estabelecimento empresarial pode ser objeto da alienação de seus 
bens substanciais a que damos o nome de Trespasse. 
 
8 - ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL E TRESPASSE - O 
Trespasse do Estabelecimento empresarial exige registro de seu 
contrato à margem da inscrição empresarial. 
 
9 - LOCAÇÃO EMPRESARIAL - Os Profissionais Intelectuais são 
equiparados ao Empresário para que a locação tenha proteção na 
lei 8245/91. 
 
10 - A proteção exige: Contrato Escrito com determinação de prazo 
em que o contrato ou a soma dos contratos supere 5 anos. 
 
 
 
30 
 
11 - PROPRIEDADE INDUSTRIAL - A lei de Propriedade Industrial 
protege os bens Invenção e Modelo de Utilidade com a Patente, e 
os bens Desenho Industrial e Marca com o Registro. 
 
12 - PROPRIEDADE INDUSTRIAL - Para lembram os Bens da 
Propriedade Industrial, pensem Ih, Me, Dei, Mal e então Invenções, 
Modelos de Utilidade, Desenho Industrial e Marcas. 
 
13 - PROPRIEDADE INDUSTRIAL - Invenção é protegida durante 
20 anos e Modelo de Utilidade 15 anos à partir do depósito do 
pedido. Desenho Industrial é protegido por 10 anos, renováveis por 
mais 3 períodos de cinco anos cada, e a Marca é protegida apenas 
à partir da concessão e renovável de 10 em 10 anos, infinitamente. 
 
14 - FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES - A competência se firma pelo 
principal estabelecimento que é o local onde está o maior volume de 
negócios do devedor. 
 
15 - FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES - O Empresário e a 
Sociedade Empresária para o Direito de Recuperação Judicial 
devem comprovar regularidade há 2 anos. 
13. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Renato 
Montans 
 
1 - Jurisdição voluntária é aquela que prescinde de conflito, não faz 
coisa julgada e de sua decisão, transitada em julgado, cabe 
anulatória. 
 
2 - São características da jurisdição: inércia, inafastabilidade (art. 
140 CPC) imutabilidade, imperatividade (decisão do juiz tem força 
de lei), juiz natural (não se pode criar tribunal ou designar um juiz 
para julgar uma causa) e imparcialidade (hipóteses de impedimento 
e suspeição). 
 
 
 
31 
 
3 - Competência absoluta (material e funcional): pode ser analisada 
de ofício pelo juiz, é alegada a qualquer momento por objeção ou em 
preliminar de contestação, as partes não podem derrogar (abrir 
mão). Competência relativa: o juiz não pode conhecer de ofício 
(salvo nos contratos de adesão com cláusula de foro abusiva), deve 
ser alegada em preliminar de contestação e as partes podem 
derrogar (por exemplo, eleição de foro). 
 
4 - Nos JEFederal e JEFPública as partes não podem derrogar pois 
a competência é absoluta. 
 
5 - Assistência: terceiro intervém no processo para ajudar a parte. É 
modalidade facultativa e seu ingresso se dá por petição simples. Se 
o terceiro tiver relação com apenas uma das partes será SIMPLES, 
se com as duas será LITISCONSORCIAL. 
 
6 - A tutela provisória pode ser de URGÊNCIA ou de EVIDÊNCIA. A 
tutela de urgência, por sua vez, pode ser CAUTELAR ou 
ANTECIPADA. São requisitos da tutela de urgência probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo 
(art. 300 CPC). Já a tutela de evidência independe de risco de dano. 
 
7 - Nas execuções de obrigação de fazer o magistrado fixaráprazo 
para que o executado cumpra a obrigação, em não havendo o 
pagamento poderá cominar em multa pecuniária por dia de não 
cumprimento (art. 536 e §1º CPC). 
 
8 - Poderá o magistrado inadmitir a petição inicial, sem citar o réu e 
julgar improcedente liminarmente o pedido quando contrariar: a) 
enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
d) enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local (art. 
332 CPC). Dessa decisão caberá apelação sendo facultado ao 
magistrado se retratar em cinco dias. 
 
 
32 
 
9 - O pedido genérico é aquele em que a parte não formula valor 
porque será determinado no curso da lide. Exemplo: ação de 
reparação de danos. Sabe que tem o direito, mas não sabe quanto. 
Pedido implícito é aquele que não precisa ser formulado para que 
seja analisado como, por exemplo, honorários, juros de mora e 
atualização monetária. 
 
10 - A reconvenção devem ser apresentadas em regra na 
contestação (art. 343 CPC). Já a suspeição e o impedimento têm 
razo de 15 dias (art. 146 CPC). O impedimento poderá, contudo, ser 
alegada até em rescisória (art. 966, II CPC). 
 
11 - A prescrição pode ser conhecida de ofício, entretanto as partes 
devem ser previamente intimadas para se manifestarem (art. 10 
CPC). Legitimação extraordinária permite que o sujeito que 
demande em nome próprio no processo não tenha participado do 
direito material violado. 
 
12 - Só o dispositivo dentro da sentença faz coisa julgada. Portanto 
a fundamentação não faz. Contudo a fundamentação fará coisa 
julgada em relação à questão prejudicial decidida expressa e 
incidentemente no processo, se, cumulativamente: a) dessa 
resolução depender o julgamento do mérito; b) a seu respeito tiver 
havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de 
revelia; c) o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa 
para resolvê-la como questão principal (art. 503, §1º CPC). 
 
13 - Na execução por quanta certa o executado é citado para pagar 
em 3 dias (e não para nomear bens à penhora). Pagando, encerra-
se a execução (quando então pagará somente metade dos 
honorários da parte contrária – art. 827, §1º CPC) e caso não pague 
haverá expedição de mandado de penhora e avaliação. Hoje o oficial 
é quem atribui valor aos bens (art. 829, §1º CPC). 
 
14 - Para se proceder a cumulação de pedidos é necessário: a) 
pedidos compatíveis, b) mesmo juízo competente e c) mesmo 
procedimento (art. 327, §1º CPC). Se os procedimentos foram 
 
 
33 
 
diversos, admite-se a cumulação se para todos eles puder se adotar 
o procedimento comum (art. 327, §2º CPC). 
 
15 - Caberá agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias 
que versarem sobre: a) tutelas provisórias; b) mérito do processo; c) 
rejeição da alegação de convenção de arbitragem; d) incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica; e) rejeição do pedido de 
gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; f) 
exibição ou posse de documento ou coisa; g) exclusão de 
litisconsorte; h) rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; i) 
admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; j) concessão, 
modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução; l) redistribuição do ônus da prova; m) contra decisões 
interlocutórias proferidas na 
fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no 
processo de execução e no processo de inventário. As demais 
decisões interlocutórias serão recorríveis em preliminar de apelação 
(art. 1.009, §1º CPC). 
 
14. DICAS DE DIREITO PENAL - Cristiano Rodrigues 
 
 
1 - Crimes Tributários: aplica-se a insignificância para lesões de até 
R$ 20.000 (STF), há divergência no STJ que tem o entendimento de 
que o valor seria de até R$ 10.000. Parcelamento do tributo deve ser 
feito até o recebimento da denúncia e SUSPENDE A 
PUNIBILIDADE, já o pagamento do Tributo pode ser feito a qualquer 
tempo (mesmo após o Transito em julgado) e EXTINGUE A 
PUNIBILIDADE. 
 
2 - A Consequência da aplicação do princípio da Insignificância será 
sempre, em qualquer hipótese, ATIPICIDADE DO FATO em face da 
ausência de tipicidade material, mas não se aplica este princípio a 
crimes com violência ou grave ameaça a pessoa. 
 
 
 
34 
 
3 - Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Art. 15 CP) 
afastam a tentativa e tornam o fato iniciado ATÍPICO, o agente 
responde somente por outros fatos praticados (se houver), já o 
Arrependimento posterior gera diminuição da pena (1/3 a 2/3) e se 
dá após a consumação, com a reparação do dano, desde que feito 
até o recebimento da denúncia, e que o crime não tenha violência 
ou grave ameaça. (Art. 16 CP) 
 
4 - No caso concreto, para diferenciar desistência voluntária de 
hipóteses de Tentativa utilize: Se posso prosseguir na execução e 
não quero haverá desistência voluntária. Se quero prosseguir e não 
posso haverá Tentativa. 
 
5 - Para diferenciar Desistência Voluntária de Arrependimento Eficaz 
no caso concreto utilize: Desisto do que estou fazendo (execução 
em curso) e me arrependo somente do que já fiz (execução 
completa). Em ambos não ocorre a consumação por escolha do 
próprio agente tornando o fato iniciado atípico. 
 
6 - TODO Erro de Tipo SEMPRE afasta o DOLO, pode afastar 
também a culpa se o erro for inevitável, tornando assim o fato atípico, 
já o Erro de proibição, é aquele de quem não conhece a ilicitude, a 
proibição do que faz, e pode afastar a culpabilidade (se for inevitável 
errar) ou diminui a pena (1/6 a 1/3) do crime doloso praticado (erro 
evitável). 
 
7 - Erro sobre a pessoa ou in personae (art.20par.3º): é o erro do 
"irmão gêmeo" em que o agente se confunde quanto a identidade da 
vítima, e responde como se tivesse atingido quem pretendia. (Ex.: 
mãe querendo matar seu filho sob influência do estado puerperal o 
confunde com o filho de outrem, e mesmo praticando homicídio, 
responde pelo infanticídio) 
 
8 - Erro de execução ou aberratio ictus (Art. 73 CP): erro da “bala 
perdida”, erra na execução da ação acertando vitima diversa da 
visada, neste erro também responde como se tivesse atingido a 
 
 
35 
 
vítima que pretendia, com todas as suas características, não se 
considerando as características da vítima efetivamente atingida. 
 
9 - O crime de tráfico de drogas, principalmente na hipótese do 
tráfico de menor importância (Art. 33 par. 4º - Lei 11.343/06) admite 
a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. 
De acordo com o STF, crimes hediondos, como por exemplo o 
Tráfico de Drogas, podem ter qualquer regime inicial de pena, de 
acordo com o Art. 33 do CP e a análise do caso concreto, não sendo 
necessário o regime inicialmente fechado, e a progressão de regime 
se dá com 2/5 ou 3/5 (reincidentes) de cumprimento da pena, se o 
crime foi praticado após a lei 11.464/07, ou com 1/6 se ocorreu antes 
desta Lei.(Sum 471 STJ) 
 
10 - Concurso Material (Art. 69 CP) são várias ações com vários 
resultados, e deve-se somar as penas. Já o Crime Continuado (Art. 
71 CP) o agente também realiza vários crimes com várias ações, 
porem tem que ser crimes iguais, e em circunstancias de tempo, 
lugar e modo de execução semelhantes, para afastar a soma das 
penas e aplicar uma só pena aumentada de 1/6 até 2/3, ou de até o 
triplo no Crime Continuado específico (Art. 71 par único). O 
Concurso Formal Perfeito (Art. 70 CP) é uma só ação com vários 
resultados, sendo que, o agente só tem um único objetivo ao agir 
(pode ser um só dolo ou culpa), aplicando-se a pena de um só crime 
aumentada(1/6 a 1/2) mas nunca ultrapassando o equivalente a 
soma das penas. Já o Concurso formal Imperfeito (Art. 70 – 2ª parte) 
também se dá com uma só ação, mas o agente quer (dolo) produzir 
cada um dos vários crimes, por isso deve-se somar as penas. 
15. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL - 
Nestor Távora 
 
1 - Os vícios ocorridos no inquérito não possuem condão de 
contaminar o processo, pois este é meramente dispensável. 
 
 
 
36 
 
2 - O MP tem o dever funcional de processar todos que contribuíram 
para o delito, pelo princípio da indivisibilidade. Isto não exclui a 
possibilidade de a ação pública ser desmembrada, diante do 
princípio da divisibilidade. 
 
3 - Quem goza de foro por prorrogativa de função será julgado por 
órgão colegiado determinado, porém cessado o cargo, função ou 
mandato, também cessa tal prerrogativa. 
4 - Não sendo possível o exame de corpo de delito, pelo 
desaparecimento de vestígios, este poderá ser suprido por prova 
testemunhal. 
 
5 - A prisão preventiva não possui prazo legal, se estende no tempo 
enquanto houver necessidade. Caso esta se dilate no tempo de 
forma desproporcional, deve ser relaxada, pois se tornou ilegal. 
 
6 - Diante da correlação entre acusação e sentença, o juiz apenas 
poderá julgar dentro dos termos da denúncia ou queixa. 
7 - O simples fato da existência de morte na ação criminosa não atrai 
a competência para o Tribunal do Júri, já que este apenas julga os 
crimes dolosos contra a vida e conexos. Ex. Latrocínio é crime 
contra o patrimônio – não é competência do Júri. 
 
8 - É vedada a reformatio in pejus indireta, ou seja, o juiz não pode 
agravar a situação do réu, em nova sentença proferida, em razão da 
anulação da sentença anterior, por recurso exclusivo da defesa. 
 
9 - Contra a rejeição da denúncia ou queixa caberá Recurso em 
Sentido Estrito. Porém no JECRIM, da rejeição da denúncia ou 
queixa caberá Recurso de Apelação. 
10 - Só há nulidade se o prejuízo existir. Nas nulidades absolutas o 
prejuízo é presumido por lei. Nas nulidades relativas o prejuízo deve 
ser demonstrado. 
 
11 - O Inquérito Policial é inquisitivo, ou seja, não se desenvolve sob 
o crivo do contraditório ou da ampla defesa. Desta forma, as partes 
 
 
37 
 
não produzem provas no inquérito, nem o indiciado tem a 
oportunidade de defesa. 
 
12 - A Ação Penal Privada é aquela titularizada pela vítima, ou por 
quem a represente na condição de substituição processual, já que a 
vítima atua em nome próprio pleiteando a punição que pertence ao 
Estado. 
13 - Perempção é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da 
vítima na condução da ação privada. 
 
14 - Decisão de impronúncia é a sentença que extingue o processo 
sem julgamento de mérito por ausência de lastro probatório que 
permita a remessa do réu ao Tribunal do Júri. 
15 - Provas ilícitas são aquelas que violam o direito material, ou seja, 
o Código Penal, a Legislação Penal Especial e os Princípios 
Constitucionais. Provas ilegítimas são aquelas que violam o direito 
processual, ou seja, o Código de Processo Penal, a Legislação 
Processual Penal e os Princípios Constitucionais Penais. 
16. DICAS DE DIREITO DO TRABALHO - André Paes 
 
1 - A relação de emprego é formada por 5 requisitos cumulativos: (i) 
onerosidade; (ii) pessoalidade; (iii) subordinação; (iv) habitualidade; 
e (v) pessoa física. 
 
2 - Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis. 
 
3 - Princípio da primazia da realidade: prevalece o fato real do que 
aquilo que consta de documentos formais. 
4 - Princípio da continuidade da relação de emprego: prevalece à 
preferência aos contratos por tempo indeterminado reprimindo a 
demissão e readmissão em curto prazo que visam fraudar os direitos 
trabalhistas. 
 
5 - Hierarquia das normas: No Direito do Trabalho também devemos 
obedecer a uma hierarquia das normas, mas havendo conflito de 
 
 
38 
 
normas, deverá ser aplicado à norma mais favorável ao empregado. 
Inexiste hierarquia entre a lei complementar, a ordinária, a delegada 
e a medida provisória, pois todas utilizam seus fundamentos de 
validade na própria Constituição Federal. São hierarquicamente 
inferiores a estas leis, os decretos, os regulamentos, as normas 
internas da Administração Pública, as portarias, circulares e as 
ordens de serviço. As convenções, os acordos coletivos e as 
sentenças normativas são hierarquicamente inferiores à lei, e, 
consequentemente as disposições contratuais são inferiores a estas. 
 
6 - Adicional de Transferência: função oferecer ao empregado uma 
compensação financeira em função de sua retirada do convívio 
familiar, lembrando que os gastos acarretados pela transferência 
como passagens, transporte, hospedagem, entre outros correm por 
conta do empregador. Não poderá ser inferior a 25% do salário do 
trabalhador transferido (artigo 469, § 3°, CLT). Se pago de forma 
habitual constitui salário (artigo 457, º 1°, CLT). 
 
7 - Reversão: artigo 450 da CLT - ocorre quando um trabalhador 
chamado a ocupar um cargo de confiança ou de comissão retorna a 
sua função anterior e à contagem do período no tempo de serviço. 
 
8 - Suspensão e Interrupção do contrato de trabalho - A suspensão 
envolve a cessação temporária e total da execução e dos efeitos do 
contrato de trabalho. Na interrupção, há a cessação temporária e 
parcial do contrato de trabalho, porém há a produção de efeitos. 
 
9 - Estabelecimentos empresariais que possuam mais de 100 
empregados deverão preencher seu quadro com pessoas 
portadoras de deficiência de 2% a 5%. 
 
10 - Gratificação é diferente de Gorjetas: A gratificação sempre será 
paga pelo empregador e a gorjeta sempre será paga pelo cliente. 
 
11 - O trabalhador doméstico, quais sejam, as babás, jardineiro, 
empregada não precisam ter habitualidade, mas sim continuidade. 
 
 
 
39 
 
12 - O menor não poderá atuar em ambientes insalubres e 
perigosos, é o que preceitua o artigo 405, I da CLT, é expressamente 
proibido. 
 
13 - As variações no registro de ponto não excedentes de 05 
minutos, não serão descontados ou caracterizado como hora extra, 
observado o limite máximo de 10 minutos por dia. 
 
14 - São requisitos da justa causa: tipificação legal, a imediatidade 
na apuração da falta, a apuração da gravidade do ato, o nexo de 
casualidade, a gradação na punição (proporcionalidade) e o non bis 
in idem. 
 
15 - Intervalos intrajornada: (i) Trabalho contínuo de até 4 horas – 
não há intervalo; (ii) trabalho contínuo de mais de 4 horas e menos 
de 6 horas - intervalo de 15 minutos; e (iii) trabalho contínuo de mais 
de 6 horas - intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas. 
17. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHO - 
André Paes 
 
1 - Organização da JT: (i) vara do trabalho; (ii) Tribunal regional do 
trabalho; (iii) Tribunal Superior do Trabalho. Lembrando que se não 
houver VT, pode o juiz de direito analisar a lide, mas o recurso é 
sempre no TRT. 
2 - A justiça do trabalho é competente para julgar casos de emprego 
(Onerosidade; Pessoalidade; Subordinação; Habitualidade e Pessoa 
física) e trabalho. 
 
3 - Um dos princípios basilares do processo do trabalho e o jus 
postulandi, ou seja, capacidade da parte demandar na JT sem a 
presença de um advogado, tal princípio não alcança: (i) ações 
rescisórias; (ii) Ações cautelares; (iii) MS; (iv) e recursos no TST. 
 
4 - Existem 3 ritos no processo do Trabalho: 
 
 
40 
 
Sumário – até 2 salários, possui apenas recurso no STF quando a 
sentença ferir a CF, ou seja, sem recurso na JT. 
Sumaríssimo – entre 2 e 40 salários, não pode ser em face da Adm. 
Pública direta, fundacional e autárquica. Os pedidos devem ser 
líquidos e certos. Ordinário – mais que 40 salários 
 
5 - Se o reclamante falta a audiência o processo é arquivado, se a 
reclamada falta na audiência,é considerada revel. Se ambos faltam 
a audiência, o processo é arquivado, pois o reclamante que possui 
maior interesse na lide. 
 
6 - Sendo homologado um acordo, este é irrecorrível para as 
PARTES, sendo que o INSS pode interpor recurso. As partes apenas 
podem atacar um acordo por meio de uma ação rescisória. 
 
7 - O acordo é uma faculdade do juiz, não gerando assim obrigação 
do mesmo homologar acordos trazidos pelas partes. Tal decisão, de 
não homologar, não pode ser alvo de um mandado de 
 
segurança, pois não existe direito líquido e certo das partes (S. 418 
do TST). 
 
8 - Uma testemunha não é suspeita pelo simples fato de estar 
litigando contra a reclamada. 
 
9 - O preposto deve ser sempre empregado da reclamada e que 
possui conhecimento dos fatos, salvo quando se tratar de 
empregado doméstico e micro ou pequeno empresário. 
10 - Os recursos trabalhistas possuem efeito devolutivo e suspensivo 
em casos extraordinários. Para se obter o efeito suspensivo deve-se 
utilizar da cautelar inominada. 
 
11 - A comprovação do depósito recursal deve ser feita no prazo do 
recurso, mas não necessariamente junto com a interposição do 
recurso. Ex.: RO, o recurso é interposto em 4 dias e o depósito 
apenas feito no 7º dia. 
 
 
 
41 
 
12 - O recurso adesivo é admitido no processo do trabalho, mas deve 
acatar as mesmas regras, tempestividade e preparo, do recurso 
original. 
 
13 - A tutela antecipada pode ser utilizada para, entre outras 
possibilidades, reintegração de empregado estável e tornar sem 
efeito uma transferência abusiva. 
 
14 - Na justiça do trabalho o agravo de instrumento cabe de 
despachos de denegação de seguimento de recurso e não em casos 
de decisões interlocutórias, como no processo civil. 
 
15 - No caso de uma decisão em fase de execução não cabe recurso 
ordinário, mas sim agravo de petição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Evoluir é preciso 
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