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História- período joanino

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1EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR 1EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
A EMANCIPAÇÃO 
POLÍTICA DO BRASIL
 A partir de 1808, não se pode mais falar que o Brasil 
é uma colônia. Com a chegada da família real e da Corte 
portuguesa à cidade do Rio de Janeiro neste ano, o Centro-
Sul da América portuguesa passa a cumprir um papel de 
metrópole ante o resto do Império português. Pode-se 
dizer, então, que 1808 – quando acaba o colonialismo – é 
uma ruptura maior do que 1822 – ano da independência 
do Brasil em relação a Portugal.
O GOVERNO JOANINO NO BRASIL (1808- 1821)
• O Contexto Europeu:
Em 1798, girondinos, jacobinos e sans-culotes derrubaram 
o maior Estado Absoluto da Europa. Daí por diante ocorrem 
uma sucessão de fatos que mudariam a História da Europa para 
sempre. Foram 10 anos de conturbadas transformações, até que 
um general decidiu colocar ordem no caos. Em 1799, o general 
Napoleão Bonaparte toma as rédeas da França através do Golpe 
do 18 Brumário. Em 1806, o já Imperador Napoleão I decreta um 
bloqueio comercial aos ingleses. Sobrou para o jovem príncipe 
regente de Portugal, Dom João. Se não apoiasse o Bloqueio 
Continental, Portugal seria invadido pelas tropas francesas, como 
acabou acontecendo em fi ns de 1807, quando Portugal optou por 
fi car ao lado do Reino Unido.
• A família real toma a decisão de fugir para o Brasil
Sua mais rica colônia –, plano este já tramado desde fi ns 
do século XVIII. Junto com a família real, vem toda a corte 
portuguesa, em um total de aproximadamente 15 mil pessoas 
em 20 navios. A Inglaterra apoia essa medida e escolta a frota 
portuguesa, permanecendo como a maior aliada de Portugal.
• O fi m do estatuto colonial: 
As primeiras medidas do Rei português no Brasil acabam 
com o caráter de  colônia ao Brasil. Primeiramente, D. João 
abre os portos brasileiros para todas as ‘nações amigas’, o que 
representava naquele momento basicamente a Inglaterra e, 
em muito menor escala, os EUA. Neste mesmo ano – 1808 – a 
Coroa libera a criação de manufaturas no Brasil. Mais ainda, o Rei 
começará a formular um amplo aparato de Estado na cidade do 
Rio de Janeiro, o que dá a esta o caráter de metrópole.
• A hegemonia inglesa: 
Na época joanina, devido em parte às condições de fuga da 
corte para o Brasil, há uma grande presença inglesa na política 
e, principalmente, na economia brasileira. Isso vai fi car patente 
quando, em 1810, d. João concede taxas preferenciais de 
importação aos produtos ingleses no Brasil, pagando estes menos 
taxas que produtos de outras potências e até do que os produtos 
portugueses. Há a presença de vários comerciantes ingleses 
nos portos brasileiros e seus hábitos e costumes também são 
adotados.
• A fundação de um aparato de Estado: 
D. João tem que recriar o Estado português no Brasil, agora 
não mais com a presença da nobreza e do clero portugueses 
apenas, mas também com comerciantes e fazendeiros brasileiros. 
Algumas das principais criações são: os ministérios e órgãos 
reais são recriados no Brasil e também órgãos militares, como a 
fábrica de pólvora; o Banco do Brasil, banco criado para fi nanciar 
os gastos do Estado; um jardim botânico, laboratório para estudo 
e aclimatação de novas plantas; a Imprensa Régia, que dá origem 
aos primeiros jornais no Brasil; uma grande biblioteca pública, com 
a vinda de livros de Portugal, que dará origem à atual Biblioteca 
Nacional; a Academia de Belas Artes, onde lecionaram artistas 
estrangeiros que vieram nas expedições artísticas e científi cas.
• A política externa joanina: 
Em represália à invasão francesa a Portugal em 1807, D. João 
VI toma a Guiana Francesa em 1809. Com a paz na Europa em 
1815, a região é devolvida à França. Neste mesmo ano, o Brasil é 
elevado à categoria de Reino para que D. João pudesse negociar 
no Congresso de Viena como Rei. Mesmo com a paz na Europa, 
ele se decide por fi car no Brasil. Diante da independência das 
colônias latino-americanas e do desejo de Buenos Aires de criar 
uma grande República do Prata que uniria Argentina, Uruguai e 
Paraguai, D. João VI toma o Uruguai em 1816, que passa a ser a 
província da Cisplatina.
• A Revolução Pernambucana (1817): 
Se para o Centro-Sul do Brasil, a chegada da Corte tinha sido 
altamente positiva devido à ativação da economia da região e 
do fortalecimento do comércio de abastecimento para a cidade 
do Rio, no Norte e no Nordeste a situação pouco mudou. Pode-
se dizer, inclusive, que estas regiões continuaram a ser colônia, 
mudando apenas a metrópole de Lisboa para o Rio de Janeiro. 
Assim, uma revolta anticolonial, anti-lusitana e separatista 
estoura em Recife, feita por senhores de engenho e população 
pobre da cidade. Os revoltosos destituem o governador, tomam 
poder e declaram a República. A revolta se alastra para a Paraíba, 
Rio Grande do Norte e Alagoas. Um destacamento de Salvador 
2 EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
2 EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.7 - PERÍODO JOANINO
reprime a revolta, fuzilando seus líderes.
• Revolução Liberal do Porto (1820):
Desde o fi m das guerras na Europa em 1815, um emissário 
inglês governava Portugal. Em 1820, explode uma revolução 
na cidade do Porto que logo se alastraria por todo Portugal. 
Os revolucionários expulsam o governador inglês e convocam 
uma Assembleia Constituinte – as Cortes –, afi rmando que a 
Constituição deveria ser jurada por D. João e este deveria voltar 
para Portugal. Adere-se à revolução no Brasil, primeiramente 
em áreas periféricas, como Pará e Bahia, que derrubam seus 
governadores e declaram-se fi éis às Cortes e não ao Rio de 
Janeiro. Depois, na própria cidade do Rio de Janeiro há adesão. 
Tem início o processo de emancipação política do Brasil.
AULAS 03
1. COLÔNIA
1.8. Período Joanino
APOSTILAS: 1 resumo + 20 questões
EXERCÍCIOS ONLINE: 30 questões
CAIU NO ENEM: 05 questões
CAIU NA CONSULTEC + STRIX: 0 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
EXERCÍCIOS ORIENTADOS
QUESTÃO 01 
A transformação do Rio de Janeiro em corte real começou 
apenas dois meses antes da chegada do príncipe regente, quando 
notícias do exílio real – tão “agradáveis” quanto “chocantes”, 
cheias de “sustos e alegrias” – foram recebidas. Entretanto, como 
descobriram os residentes da cidade, os preparativos iniciais para 
acomodar Dom João e os exilados marcaram apenas o começo da 
transformação do Rio de Janeiro em corte real, pois o projeto de 
construir uma “nova cidade” e capital imperial perdurou por todo 
o reinado brasileiro do príncipe regente. Construir uma corte real 
signifi cava construir uma cidade ideal; uma cidade na qual tanto 
a arquitetura mundana como a monumental, juntamente com as 
práticas sociais e culturais dos seus residentes, projetassem uma 
imagem inequivocamente poderosa e virtuosa da autoridade e do 
governo reais.
(Kirsten Schultz. Versalhes tropical, 2008. Adaptado.)
Explique o principal motivo da transferência da Corte portuguesa 
para o Brasil, em 1808, e indique duas mudanças importantes por 
que o Rio de Janeiro passou para receber e abrigar a família real. 
QUESTÃO 02 
O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até 
mesmo do país, após 1808, decorreu, sobretudo, das necessidades 
da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade 
americana, a novidade dos procedimentos característicos do 
círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo 
um poderoso efeito “civilizador” em relação à cidade. Em 
contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de 
controle mais efi cientes. Após a tormenta da Revolução Francesa 
e ainda vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo 
dos princípios difundidos pelo século das Luzes, especialmente as 
“perniciosas” ideias francesas, que ditava essas cautelas.
NEVES, Lúcia M. P. das e MACHADO, Humberto F. Adaptado de O império do 
Brasil.
O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da 
Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades culturais nacolônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas 
atividades.
 Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural 
da cidade do Rio de Janeiro.
 Explique, ainda, como o Estado português exercia controle 
sobre as atividades culturais. 
QUESTÃO 03 
Em 2008 foram comemorados os 200 anos da chegada da Família 
Real Portuguesa ao Brasil. Dentre as comemorações, houve 
uma grande exposição no Museu Nacional sobre os trajes e os 
costumes da Corte Portuguesa no Brasil.
 Explique algumas razões para a transferência da Corte 
Portuguesa para o Brasil.
 Disserte a respeito das repercussões culturais da instalação da 
Corte Portuguesa na cidade do Rio de Janeiro. 
QUESTÃO 04 
“Na manhã de 29 de novembro de 1807, circulou a informação 
de que a Rainha, o Príncipe Regente e toda a Corte estavam 
fugindo para o Brasil, sob a proteção da Marinha Britânica. Nunca 
algo semelhante tinha acontecido na história de qualquer país 
europeu, rei nenhum havia ido tão longe a ponto de cruzar um 
oceano para viver e reinar do outro lado do mundo.”
(Revista “Super Interessante”, Outubro de 2007)
Com base no texto, responda:
 Indique uma das ordens imediatas do Príncipe Regente ao 
pisar em terras brasileiras.
 No que diz respeito à chegada da Família Real ao Brasil 
em 1808, apresente duas consequências que tenham tido 
signifi cativa relevância no sentido de modifi car o rumo 
histórico do país. 
QUESTÃO 05 
Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o 
historiador Kenneth Maxwell afi rma:
Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e 
a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, 
assumiu um papel centralizador dentro de uma América 
portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido 
administrativo. Houve resistência a isso, principalmente em 
Pernambuco, em 1817. Mas, no fi nal, o poder central foi mantido.
(Adaptado de Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leituras 
convencionais”. Entrevista concedida a Marcos Strecker. “Folha de São Paulo”, 
25/11/2007, Mais, p. 5.)
 Segundo o texto, quais as mudanças suscitadas pela 
transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 
1808?
 Quais os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817?

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