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2 ANO

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2º SEMESTRE 3ª AVALIAÇÃO ATIVIDADE - 4
	ESCOLA EST. DE ENS. FUND. E MÉDIO PRESID. DUTRA 
	HISTÓRIA 
PROCESSO DE 
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
	
	DIRETORA: STELLA MEGUINS
	
	
	PROFESSOR: ANDERSON RABELO
	
	
	ALUNO(A): Kauã Rubens
	
	
	SÉRIE: 2ª ANO - TURMA: 2 MB TURNO: manhã
	
A CORTE NO BRASIL 
CAMINHOS DA EMANCIPAÇÃO BRASILEIRA 
No início do século XIX os exércitos de Napoleão Bonaparte, imperador da França, dominavam diversos países europeus. A única força capaz de resistir aos franceses era a poderosa marinha de guerra inglesa. 
Não podendo conquistar a Inglaterra pela força militar, Bonaparte tentou vencê-la pela força econômica. Para isso, decretou em 1806 o Bloqueio Continental, o qual determinava que os países da Europa continental deveriam fechar seus portos ao comércio inglês. 
CHEGADA DA CORTE PORTUGUESA 
Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente D. João, pois sua mãe, a rainha Maria I, sofria de transtornos mentais. 
O governante português não pretendia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, já que os comerciantes de Portugal mantinham importantes relações com o mercado inglês. Além disso, temia a reação da marinha inglesa, que poderia atacar as colônias de Portugal. Assim, D. João se manteve neutro no conflito entre franceses e ingleses. 
O governo francês não aceitou essa indefinição e determinou a invasão de Portugal. Sem condições de resistir à invasão das tropas napoleônicas, D. João e a corte portuguesa embarcaram para o Brasil, sob proteção de uma esquadra inglesa. Chegaram à Bahia em 22 de janeiro de 1808. 
GOVERNO DE D. JOÃO NO BRASIL 
Em 8 de março de 1808, a corte portuguesa instalou- se no Rio de Janeiro, onde D. João organizou a estrutura administrativa da monarquia portuguesa: nomeou ministros de Estado; colocou em funcionamento diversos órgãos públicos; instalou órgãos de Justiça; e criou o Banco do Brasil. 
Segundo alguns historiadores, as medidas econômicas, culturais e administrativas adotadas pelo governo de D. João contribuíram para o processo de emancipação política do Brasil. 
FIM DO MONOPÓLIO COMERCIAL 
O governo inglês, sem perda de tempo, procurou tirar o máximo proveito da proteção militar que deu à corte portuguesa. Interessados na expansão do mercado para suas indústrias, os ingleses pressionaram 
D. João a acabar com o monopólio comercial sobre a colônia. 
Assim, seis dias após seu desembarque na Bahia, D. João decretou a abertura dos portos brasileiros às “nações amigas”. Com essa medida, extinguiu-se o monopólio colonial, exceto para alguns produtos, como o sal e o pau-brasil. Os comerciantes da colônia ganharam liberdade de comércio, e o Brasil começou a se emancipar de Portugal. 
Em tese, a abertura dos portos às “nações amigas” se aplicava a todo país que desejasse comercializar com o Brasil. Por esse motivo, o governo inglês procurou obter privilégios para seus produtos. Isso foi conseguido com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação de 1810, que reduzia para 15% a taxa alfandegária sobre produtos ingleses vendidos ao Brasil. Em comparação, os demais países deveriam pagar uma taxa de 24%; até mesmo a taxa dos artigos portugueses era superior, de 16%. 
Nessa época, manufaturados ingleses inundaram o mercado brasileiro: sapatos, tecidos, guarda-chuvas, talheres, ferramentas, charutos e até caixões. Na expressão de Gilberto Freyre, houve uma “britanização” sistemática da economia brasileira, e somente em 1816 ocorreu a equiparação das taxas alfandegárias para ingleses e portugueses.5 Mas estes não tiveram condições de competir com o bem-montado esquema comercial e industrial inglês. 
Na interpretação de diversos historiadores, os ingleses foram os grandes beneficiários da abertura dos portos, pois conquistaram o mercado brasileiro. 
LIBERDADE INDUSTRIAL 
Em 1808, foi decretada a liberação da atividade industrial no Brasil. Em outras palavras, estava autorizada a instalação de fábricas na colônia. 
Essa medida não foi, porém, suficiente para promover a industrialização no país, pois a abertura dos portos e a assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra dificultavam esse processo. 
Havia também problemas como falta de capital para investir em máquinas, de mão de obra especializada e de tecnologia industrial. 
Além disso, produtores e comerciantes ingleses empenharam-se em impedir a expansão industrial local, pois não queriam perder o mercado interno brasileiro. 
ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO 
Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com essa medida,
o Brasil adquiria autonomia administrativa e deixava de ser, na prática, colônia de Portugal. 
Além disso, consumava-se uma situação incomum para os portugueses: a antiga colônia tornava se a sede do Reino Unido. Essa inversão foi crescentemente questionada em Portugal, sendo um dos fatores que impulsionaram o movimento recolonizador português. 
CULTURA PARA A ELITE 
O governo de D. João VI foi responsável pela implantação no Brasil de diversas academias e instituições de cunho cultural, como: a Academia Militar e da Marinha e o Hospital Militar; as primeiras instituições de Ensino Superior, com a fundação de duas escolas de Medicina; o Jardim Botânico; a Biblioteca Real, que deu origem à atual Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro; a Imprensa Régia, que iniciou a publicação do jornal Gazeta do Rio de Janeiro; a Academia de Belas Artes. 
Também foram contratados artistas e professores estrangeiros, que chegaram ao Brasil em 1816. Era a chamada Missão Francesa, chefiada por Joachim Lebreton, que trazia, por exemplo, o pintor Jean -Baptiste Debret, o escultor Auguste Taunay, o arquiteto Grandjean de Montigny e o músico Sigismund Neukomm. 
Assim, as realizações de D. João VI no âmbito cultural, durante os 13 anos de sua permanência no Brasil, foram grandes e variadas. Historiadores consideram que essas realizações não expressavam, porém, a preocupação do governante em beneficiar a maioria da população que vivia no Brasil. Seu propósito foi fundamentalmente o de satisfazer os anseios das elites coloniais e da corte que migrara para a colônia. 
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817) 
Quase duas décadas depois da Conjuração Baiana, durante a estada da família real portuguesa no Brasil e o governo de D. João VI, ocorreu um levante emancipacionista — dessa vez em Pernambuco —, que ficaria conhecido como Revolução Pernambucana. 
MOTIVOS DA REVOLTA 
Muitos pernambucanos estavam desgostosos com o crescente aumento dos impostos, que serviam para sustentar o modo de vida da corte portuguesa instalada no Rio de Janeiro. Além dessa insatisfação, 
outros dois problemas afetavam os 
habitantes da região: 
• a grande seca de 1816 – que havia causado graves prejuízos à agricultura e provocado fome no nordeste; • a queda dos preços do açúcar e do algodão – que eram importantes produtos de Pernambuco, cujos preços estavam caindo no mercado internacional devido à concorrência do açúcar antilhano e do algodão 
estadunidense. Tudo isso serviu de combustível para a revolta contra o governo de D. João VI. 
PLANOS DOS REVOLTOSOS 
Os diversos grupos sociais envolvidos nesse movimento tinham metas diferentes. Entretanto, era consensual o objetivo de proclamar uma república, que seria organizada conforme os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade que inspiraram a Revolução Francesa. 
CONQUISTA DO PODER 
Ao tomar conhecimento da revolta, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, deu ordens às tropas para prender os revoltosos. Estes, porém, conseguiram resistir à prisão e mataram os militares que tentaram dominá-los. O governador, apavorado com a resistência, fugiu do palácio, mas foi preso pelos rebeldes pouco tempo depois. 
O movimento conseguiu, enfim, tomar o poder em Pernambuco e constituir um governo provisório, que decidiu extinguir alguns impostos, elaborar uma Constituição e decretar a liberdade religiosa ede imprensa e a igualdade para todos, exceto para os escravos. Para evitar se indispor com os senhores de engenho da região, os rebeldes diziam que pretendiam libertar os negros da escravidão de modo “lento, gradual e legal”. 
REAÇÃO GOVERNAMENTAL 
D. João VI combateu violentamente a Revolução Pernambucana, enviando para a região tropas, armas e navios. Os rebeldes foram duramente atacados e, depois de muita luta, acabaram por se entregar. Os líderes do movimento — entre eles, Teotônio Jorge, padre Pedro de Sousa Tenório, Antônio Henriques e José de Barros Lima — foram condenados à morte. 
A Revolução Pernambucana é apontada por historiadores como, praticamente, a única rebelião anterior à independência política do Brasil que ultrapassou a fase da mera conspiração. Os rebeldes tomaram o poder e permaneceram no governo por 75 dias, de 6 de março a 19 de maio de 1817. 
EXERCÍCIO 
QUESTÃO 1 - No Brasil atual, a Constituição estabelece que todos os cidadãos têm direito à informação e à liberdade de expressão. Como você se informa a respeito de acontecimentos atuais? Recorre a meios de comunicação variados? COMENTE. 
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QUESTÃO 2 - Leia a reportagem e responda às questões: 
Mudança da família real foi “projeto meticuloso” 
Para historiadores portugueses, dom João VI foi sábio e prudente ao decidir partir para o Rio. 
A decisão de transferir a corte para o Brasil não só foi “prudente e acertada” como resultado de um projeto meticuloso e trabalhoso que não pode ter sido decidido às pressas, no calor dos acontecimentos dos dias que antecederam a partida. 
Tudo isso se soma para provar que dom João VI estava longe de ser um monarca tolo e covarde, imagem que certa historiografia posterior ajudou a construir. 
A opinião é do historiador português António Ventura, professor na Universidade de Lisboa [...]. [...] 
Segundo Ventura, o objetivo principal da transferência da corte era “a preservação física da família real”. “Desse modo, os franceses não puderam fazer em Portugal o que haviam feito na Espanha, ou seja, forçar o rei a abdicar o trono”. 
[...] 
[O] historiador português Rui Ramos [...] afirma que, então, “Portugal não era um Estado-nação, mas apenas parte de uma monarquia”. 
Só assim é possível entender melhor o que significava a decisão de preservar a integridade da família real e como era possível fazer a opção de deslocá-la para outro território. 
“Dom Rodrigo de Souza Coutinho, o mais importante ministro do governo do príncipe regente Dom João”, escreve Ramos, “já concluíra que Portugal não era ‘a melhor e mais essencial parte da monarquia’. Essa ‘melhor e mais essencial parte’ era o Brasil”. 
A importância da colônia americana, segundo António Ventura, também contou para a decisão, especialmente pela pressão do Reino Unido, que tinha interesse em comercializar diretamente com o Brasil 
De todo modo, a decisão “não foi tomada de última hora”. “Uma viagem como aquela não poderia ser preparada em pouco tempo 
[...].” 
Outro fator a impulsionar a decisão de deixar Portugal, de acordo com o historiador, era a fraqueza conhecida do Exército português. [...] A transferência da corte, afinal, terminou sendo mais importante para o Brasil do que para Portugal, diz o historiador. “É o seu momento fundador. De 1808 a 1822, o Brasil é o centro 
da monarquia”, afirma. 
“E são assim criadas as condições para a independência do país. Costumo dizer aos meus alunos que, em 1822, fazer a independência do Brasil era como colher um fruto maduro”. 
Folha de S.Paulo, Caderno MAIS! 25 nov. 2007. p. 7. 
a) Qual é a ideia principal do texto? 
A família real veio para o Brasil para fugir do bloqueio continental de Napoleão Bonaparte, pois Portugal era aliado da Inglaterra.
b) Aponte os argumentos dos historiadores portugueses para embasar sua ideia principal. 
Eles queriam substituir os escravos índios pelos escravos africanos pois os africanos eram mais fortes e tinham mais experiência com a mão de obra . 
c) Após ter lido a reportagem, responda: Em sua
opinião, o que significaria afirmar que “em 1822, fazer
a independência do Brasil era como colher um fruto
maduro”?
QUESTÃO 3 - Vimos, que o governo de D. João, no
Brasil, tomou uma série de medidas econômicas,
administrativas e culturais.
Explique as razões pelas quais as medidas que
“emancipavam” o Brasil, em contrapartida,
“sufocavam” Portugal.. 
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