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7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
 
HABILIDADES 
(EF07HI19) Estabelecer relações e conexões entre o processo de independência do Brasil e o da América 
de colonização espanhola. 
 
(EF07HI20) Comparar a independência do Brasil e da América de colonização espanhola com a indepen-
dência dos Estados Unidos. 
OBJETIVO 
Compreender as relações de trabalho e de exploração na América portuguesa 
CONTEUDO 
A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano. 
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES 10 – FAMÍLIA REAL PORTUGUESA NO BRASIL 
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA: 
 
Contexto histórico da vinda da família real para o Brasil 
 
 
A vinda da família real para o Brasil está relacionada com a deterioração das relações di-
plomáticas existentes entre a França e Portugal na virada do século XVIII para o século XIX. Essa 
situação tem relação com os acontecimentos que foram ocasionados pela eclosão da Revolução 
Francesa, a partir de 1789. 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
Nesse acontecimento, uma revolução de caráter liberal e iluminista eclodiu na França e 
voltou-se contra a monarquia absolutista do país. A existência dessa revolução na França era um 
risco para as monarquias absolutistas de toda a Europa e, por isso, coalizões foram formadas 
com o objetivo de derrubar os revolucionários e restaurar o absolutismo. 
O cenário revolucionário estendeu-se na França por dez anos e, em meio às lutas em de-
fesa do país, um nome surgiu: Napoleão Bonaparte. O general sobressaiu-se na liderança de tro-
pas francesas e por meio de um golpe militar – Golpe de 18 de Brumário – ele assumiu o poder 
da França. 
 
Os atritos entre Portugal e França por conta da aliança com a Inglaterra fez com que o imperador francês (Napoleão Bonaparte, na foto) enviasse tro-
pas pra invadir Portugal em 1807. 
 
Com a ascensão de Napoleão ao poder francês, a relação entre franceses e ingleses pio-
rou. A existência de um regime que ameaçava a existência das monarquias absolutistas por si só 
contribuiu por reforçar a aliança existente entre portugueses e ingleses. Durante o período revolu-
cionário, os portugueses haviam assinado um acordo de proteção militar com os ingleses. 
A ascensão de Napoleão agravou esse quadro, porque o governante francês possuía pla-
nos de expansão da França pela Europa, e o maior adversário dos franceses era exatamente o 
maior aliado dos portugueses: os ingleses. A guerra entre franceses e ingleses no período napo-
leônico foi iniciada em 1803, após alguns anos de armistício. 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
O conflito entre ingleses e franceses afe-
tava a política interna de Portugal, uma vez que 
o regente, d. João, precisava lidar com as 
pressões dos grupos pró-França e pró-
Inglaterra. Ainda assim, ele procurou manter 
uma postura neutra, embora nem sempre te-
nha sido possível. Em 1801, os portugueses 
entraram em uma guerra contra a Espanha por 
conta dessa rivalidade entre ingleses e france-
ses. Essa guerra ficou conhecida como Guerra 
das Laranjas. 
 
 
 
Os espanhóis, aliados dos franceses, exi-
giram, por meio de seu embaixador, que os por-
tugueses colocassem fim na aliança que existia 
com a Inglaterra e fechassem seus portos aos 
ingleses. Como Portugal negou-se, os espanhóis 
declaram guerra a Portugal. A guerra estendeu-
se por 18 dias e fez com que a cidade de Oliven-
ça fosse tomada pelos espanhóis. 
Um tratado foi assinado ainda em 1801 – 
Tratado de Badajoz – e colocou fim na guerra 
sob termos duros para Portugal. O principal deles 
era que os portugueses comprometiam-se a fe-
char os portos de todas as suas possessões para 
as embarcações inglesas. 
 
 
Por que a família real portuguesa mudou-se para o Brasil? 
Como mencionado, essa decisão tem relação direta com a disputa travada entre ingleses e 
franceses. A guerra entre ingleses e franceses retomou em 1803 e com a derrota na Batalha de 
Trafalgar, em 1805, a França mostrou-se incapaz de invadir o território britânico. Assim, Napoleão 
decidiu adotar outra estratégia e adotou o Bloqueio Continental, a partir de 1806. 
 
O Bloqueio Continental consistia em uma medida imposta pelos franceses que proibia to-
das as nações europeias de comercializar com os ingleses. Com esse decreto, o regente de Por-
tugal já começou a cogitar a possibilidade de se mudar para o Brasil. Os portugueses tinham bo-
as relações e aliança com os ingleses havia muito tempo e não estavam dispostos a abrir mão 
disso. 
 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
Desde 1801, os portugueses tinham o compromisso assumido no Tratado de Badajoz, mas 
nunca o haviam cumprido. Mesmo com a imposição do Bloqueio Continental, a postura dos por-
tugueses foi a mesma. Como não mostravam disposição a acatar as decisões dos franceses, Na-
poleão deu um ultimato aos portugueses. 
 
Napoleão determinou até setembro de 1807 para que os portugueses adotassem uma sé-
rie de medidas contra a Inglaterra, entre as quais estavam o fechamento dos portos para embar-
cações inglesas, a prisão de ingleses e os confiscos de seus bens. Os portugueses tentaram con-
tornar a situação por meio de negociatas diplomáticas e mostraram-se dispostos a aceitar fechar 
seus portos, mas não queriam aprisionar cidadãos ingleses. 
 
Os franceses, no entanto, exigiam que os seus termos fossem aceitos integralmente. Já os 
ingleses, por sua vez, enviaram uma mensagem aos portugueses que se eles aceitassem os ter-
mos franceses, sobretudo na questão da prisão de cidadãos ingleses, guerra entre Inglaterra e 
Portugal seria declarada. 
 
Em meados de outubro de 1807, Napoleão cansou-se de esperar pelos portugueses e au-
torizou o envio de tropas para invadir Portugal. Nesse momento, os portugueses já possuíam um 
acerto com os ingleses que, se necessário, a família real seria escoltada por embarcações ingle-
sas para fugir dos franceses e os ingleses garantiam reconhecer a Casa de Bragança como a 
legítima governante de Portugal. 
 
No final de novembro, d. João recebeu um exemplar de um jornal parisiense no qual Napo-
leão Bonaparte afirmava que a Casa de Bragança não mais governaria na Europa. O regente por-
tuguês, então, percebeu não haver saída e decidiu autorizar a transferência da corte ao Brasil. 
Em 24 de novembro, ele anunciou sua decisão e informou que as tropas francesas chegariam a 
Lisboa em até quatro dias. Assim, foram iniciados os preparativos da mudança. 
 
 
Transferência da corte portuguesa 
A invasão francesa fez com que d. João, regente de Portugal, ordenasse a transferência 
da corte portuguesa para o Brasil em 1807.[1] 
A invasão francesa fez com que d. João, regente de Portugal, ordenasse a transferência 
da corte portuguesa para o Brasil em 1807.[1] 
O embarque de toda a corte portuguesa foi realizada nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 
1807. Pela dimensão do que estava sendo feito, naturalmente tudo foi realizado em meio à gran-
de desorganização. O embarque ficou marcado pela correria e algumas pessoas entraram em 
pânico pelo temor das tropas francesas que se aproximavam. 
Dom João não estava simplesmente embarcando os seus pertences. Ele estava embar-
cando todo o aparato de poder existente em Portugal, o que incluía as pessoas que trabalhavam 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
nas instituições portuguesas, bem como os seus mobiliários e todos os bens de valor de Portugal. 
Todos os preparativos foram realizados e, no dia 27 de novembro, a família real já estava embar-
cada. 
O clima não permitiu que os navios zarpassem no dia 28, o que aconteceu na manhã do 
dia 29 de novembro. Estima-se que entre 10 mil a 15 mil pessoas tenham embarcado na mudan-
ça para o Brasil. Era muita gente, não havia espaço suficiente para todos, além de não haver co-
mida e água em quantidades suficientes, sendo necessárioracionar ambos. 
A vinda da família real portuguesa para o Brasil ocorreu em 29 de novembro de 1807 e a 
comitiva aportou em Salvador (BA), em 22 de janeiro de 1808. 
O refúgio no Brasil foi uma manobra do príncipe regente, D. João, para garantir que Portu-
gal continuasse independente quando foi ameaçado de invasão por Napoleão Bonaparte. 
Para garantir o êxito da transferência, o reino de Portugal teve apoio da Inglaterra, que 
também auxiliou na expulsão das tropas napoleônicas. 
 
Por que a Família Real veio para o Brasil? 
Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental determinando que os paí-
ses europeus fechassem os portos para os navios da Inglaterra. 
Enquanto isso, Bonaparte negociou secretamente o Tratado de Fontainebleau (1807) com 
os espanhóis que permitiria os franceses atravessar a Espanha para invadir Portugal. Em troca, o 
reino espanhol poderia se apoderar de um pedaço do território português. 
Portugal não aderiu ao bloqueio continental devido à longa aliança política e comercial com 
os ingleses e, por este motivo, Napoleão ordenou a invasão do território português, ocorrida em 
novembro de 1807. 
Antes disso, em 22 de outubro de 1807, o príncipe regente D. João e o rei da Inglaterra 
Jorge III (1738-1820) assinaram uma convenção secreta que transferia a sede monárquica de 
Portugal para o Brasil. 
Neste mesmo documento, ficava estabelecido que as tropas britânicas se instalariam na 
lha da Madeira temporariamente. Por sua parte, o governo português comprometeu-se em assi-
nar um tratado comercial com a Inglaterra após fixar-se no Brasil. 
O príncipe regente, Dom João, determinou que toda a família real seria transferida para o 
Brasil. Também viajariam os ministros e empregados, totalizando 15,7 mil pessoas que represen-
tavam 2% da população portuguesa. 
Atualmente, estes números estão sendo revistos, pois muitos historiadores consideram a 
cifra exagerada. 
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prof. FINATTI 15/10/2020 
 
Família Real Portuguesa 
Foram necessários oito naus, três fragatas, três brigues e duas escunas para o transporte. 
Outros 4 navios da esquadra britânica acompanhavam a corte. 
Além das pessoas foram embarcados no dia 29 de novembro de 1807, móveis, documen-
tos, dinheiro, obras de arte e a real biblioteca. Aos que ficaram, lhes foi aconselhado receber de 
maneira pacífica os invasores para evitar derramamento de sangue. 
O general Junot (1771-1813), comandante da invasão, ficou em Lisboa até agosto de 1808 
quando foi derrotado pelos ingleses. A partir daí, Portugal era governado pelo Conselho de Re-
gência integrados por fidalgos do reino. 
 
Travessia e chegada da Família Real 
A viagem ocorreu em condições insalubres e durou 54 dias até Salvador (BA), onde de-
sembarcou no dia 22 de janeiro de 1808. Na capital baiana foram recebidos com festas e ali per-
maneceram por mais de um mês. 
No período em que esteve na Bahia, o Príncipe Regente assinou o Tratado de Abertura 
dos Portos às Nações Amigas e criou a Escola de Cirurgia da Bahia. 
No dia 26 de fevereiro, a corte partiu para o Rio de Janeiro, que seria declarada capital do 
Império. 
A chegada no Rio de Janeiro ocorreu em 7 de março de 1808. Havia poucos alojamentos 
disponíveis para acomodar a comitiva palaciana e muitas residências foram solicitadas para rece-
bê-los. Quartéis e conventos também foram usados para acomodar a corte. 
As casas que eram escolhidas pelos nobres recebiam em sua fachada a inscrição P.R., 
que significava "Príncipe Regente" e indicava a saída dos moradores para disponibilizar o imóvel. 
No entanto, a população interpretou a sigla, ironicamente, como "Ponha-se na Rua". 
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Consequências da vinda da Família Real 
A transferência da Família Real e sua comitiva contribuiu para significativas mudanças no 
Brasil e no Rio de Janeiro. 
Com a abertura dos portos, todas as nações amigas de Portugal puderam comercializar 
com o Brasil. Num primeiro momento, isto significava o comércio com a Inglaterra. 
Por sua vez, o Rio de Janeiro se tornou a capital do reino de Portugal e foram realizados 
melhoramentos e levantados novos edifícios públicos na cidade. 
O mesmo ocorreu com o mobiliário e a moda. Com a abertura dos portos, o comércio foi 
diversificado, passando a oferecer serviços como o de cabeleireiros, chapeleiros, modistas. 
D. João também abriu a Imprensa Régia, de onde surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Fo-
ram criadas instituições como: 
 
Real Academia Militar (1810), 
Jardim Botânico (1808), 
Real Fábrica de Pólvora (1808), 
Banco do Brasil (1808), 
Laboratório Químico-Prático (1812). 
 
Vida cultural 
A arte, contudo, está entre os setores que mais recebeu impacto da transferência da corte. 
A Real Biblioteca de Portugal foi transferida integralmente de Lisboa para o Rio de Janeiro, em 
1810. 
 
O acervo inicial, de 60 mil volumes, era composto por livros, mapas, manuscritos, estam-
pas e medalhas e foi a origem da atual Biblioteca Nacional. 
Para o entretenimento dos integrantes da corte, foi fundado, em 1813, o Real Teatro São 
João, onde atualmente se encontra o Teatro João Caetano. 
Na música, o compositor português Marcos Portugal e o brasileiro padre José Maurício, 
escreveram na época, as mais belas melodias das Américas. 
Com o fim das guerras napoleônicas, vários artistas franceses se viram sem trabalho e re-
correm a Dom João para seguir suas carreiras. Tem início, assim, a chamada Missão Francesa 
que possibilitou a abertura da Escola Real de Artes Ciências e Oficios. 
 
 
Tratado de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação 
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A fim de estreitar os laços comerciais e políticos com os in-
gleses, Dom João assina, em 1810, o Tratado de Aliança e Ami-
zade, de Comércio e Navegação com o Reino Unido. 
Este Tratado estabelecia: 
o direito da extraterritorialidade. Isto permitia aos súditos 
ingleses que cometesse crimes em domínios portugueses serem 
processados por magistrados ingleses, segundo a lei inglesa; 
a permissão para construir cemitérios e templos protestan-
tes; 
a segurança de que a Inquisição não seria implantada no 
Brasil e, desta maneira, os protestantes não seriam incomodados; 
vantagens comerciais. O imposto de importação de produ-
tos ingleses seria de 15%, ou seja, os produtos portugueses, 16%, 
e os demais países, 24% em nossas alfândegas. 
O compromisso do fim do tráfico negreiro em vistas da abo-
lição da escravidão. 
 
Independência do Brasil 
A principal consequência da vinda da família real para o Brasil foi a aceleração do proces-
so de independência do país. 
Em 1815, com fim das guerras napoleônicas, o Brasil foi declarado parte do Reino Unido 
de Portugal e Algarves, deixando de ser uma colônia. 
Isso foi necessário, pois os dirigentes europeus reunidos no Congresso de Viena não re-
conheciam a autoridade de Dom João numa simples possessão ultramarina. 
A permanência da família real foi decisiva para manter a unificação territorial do Brasil, pois 
reuniu parte da elite e da população em torno à figura do soberano. 
As medidas político-administrativas de Dom João fizeram com que a Inglaterra acentuasse 
o interesse no comércio com o Brasil. Essa condição fica clara com a abertura dos portos às na-
ções amigas. 
O processo fez com que Portugal perdesse o monopólio sobre o comércio com o Brasil e a 
elite agrária passa a sonhar com a Independência. Em contrapartida, o Brasil passa a ser para a 
Inglaterra um promissor mercado consumidor e fornecedor. 
Quando D. João VI precisou retornar a Portugal, por causa da Revolução Liberal do Porto, 
o filho Dom Pedro, aproxima-se da elite agrária. Esta estava preocupada com a possibilidade de 
recolonização e as guerras em curso na América Espanhola. 
A Independência do Brasil é declarada no dia 7 de setembro de 1822 por DomPedro I que 
se torna o primeiro imperador do Brasil. 
Independente, o país promulga a primeira Constituição em 1824 que mantém o regime 
monárquico, a escravidão e reconhece a religião católica como oficial. 
 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
Resumo da vinda da Família Real 
Fato Histórico Data 
Bloqueio Continental 21 de novembro de 1806 
Partida de Lisboa 29 novembro de 1807 
Chegada à Bahia 22 janeiro de 1808 
Abertura dos Portos para as Nações Amigas 28 de janeiro de 1808 
Criação da Escola de Cirurgia da Bahia 18 de fevereiro de 1808 
Chegada ao Rio de Janeiro 7 de março 1808 
Criação da Imprensa Régia 13 de maio de 1808 
Real Academia dos Guardas-Marinhas 5 de maio de 1808 
Estabelecimento do Real Horto (Jardim Botânico) 13 de junho de 1808 
Fundação do Banco do Brasil 12 de outubro de 1808 
Tratados de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação 19 de fevereiro de 1810 
Instituição da Real Biblioteca (atual Biblioteca Nacional) 29 outubro de 1810 
Real Academia Militar 04 de dezembro de 1810 
Laboratório Químico-Prático 25 de janeiro de 1812 
Teatro São João 13 de outubro de 1813 
Criação da Missão Francesa 1815 
Escola Real de Artes, Ciências e Oficio 12 de agosto de 1816 
Retorno para Portugal 26 de abril de 1821 
 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
 
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES 10 – A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA NO BRASIL 
ATIVIDADE PARA 06/11/2020 
ATENÇÃO – DE PREFERÊNCIA ENVIE AS RESPOSTAS POR EMAIL, OU CLASSROOM 
SÓ IMPRIMA SE NÃO PUDER FAZER DE OUTRA FORMA 
PROF:_FINATTI_ TURMA: 7º ano ______ 
ALUNO:________________________________________________________________ 
 
Questão 1 
O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da Família Real ao Brasil. Sobre 
isso assinale a alternativa correta. 
a) A monarquia que chegava ao Brasil representava, em realidade, boa parte dos 
ideais da Revolução Francesa e do liberalismo europeu daquele período. 
b) As motivações da vinda da Família Real para o Brasil estão relacionadas mais à 
realidade europeia do período do que à ideia de desenvolvimento de um Brasil 
monárquico e posteriormente independente de Portugal. 
c) Foi incentivada a manifestação pública de nossos problemas, seguindo as práti-
cas liberais e laicas da monarquia portuguesa. 
d) Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a ampliação da cidadania. 
e) A política de terras foi imediatamente implementada e, em 1810, o Brasil reali-
zava sua primeira reforma agrária. 
 
Questão 2 
Sobre a vinda da Coroa Portuguesa para o Brasil, é correto afirmar que: 
A) O bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte foi a gota d´água para a 
mudança da sede da corte. 
B) Apesar da vinda da família real para o Brasil, o monopólio comercial de Portugal 
continuou. 
C) A abertura dos portos brasileiros às nações amigas beneficiou principalmente à In-
glaterra. 
D) O tratado de 1810 estabelecia que a taxa alfandegária sobre produtos portugue-
ses vendidos para o Brasil subiria para 30%. 
E) A abertura dos portos beneficiou o desenvolvimento industrial do Brasil 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
 
Questão 3 
A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil tem sido objeto de intensos e calo-
rosos debates na historiografia luso-brasileira. Dentre as novidades implantadas pela 
chegada da Corte de D. João, estão: 
I) Maior controle sobre a concessão de sesmarias, via criação da Mesa do Desembargo 
do Paço do Rio de Janeiro 
II) Fundação do Banco do Brasil 
III) Criação da Companhia Geral de Comércio do Grão Pará e Maranhão 
IV) Criação da Intendência Geral da Polícia 
V) Institucionalização do Tribunal da Relação do Rio de Janeiro para julgar as querelas 
da Província 
Assinale a alternativa que reúne os elementos identificados com a transferência da 
Corte Portuguesa: 
A) I e II, apenas 
B) I, II e III, apenas 
C) I,II e IV, apenas 
D) III, IV e V, apenas 
E) IV e V, apenas 
 
Questão 4 
A chegada da Família Real e da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 introdu-
ziu grandes mudanças na sociedade brasileira. Os grandes proprietários rurais e nego-
ciantes aglutinaram-se ainda mais do que antes ao redor da Família Real. Isso permitiu 
que, no contexto da independência (1822), alguns fenômenos permanecessem. Tendo 
em vista esses processos, considere as seguintes afirmativas: 
I. A escravidão foi mantida, sem que os poucos questionamentos a ela conseguissem 
prevalecer nem nos projetos de Independência, nem na elaboração de um projeto de 
Constituição em 1823, nem ainda na Constituição outorgada em 1824. 
II. O fim do laço colonial formal com Portugal permitiu a intensificação da relação de 
dependência frente à Inglaterra. 
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prof. FINATTI 15/10/2020 
III. A escravidão atingiu seu auge no Brasil imediatamente após a Independência, ao 
mesmo tempo em que as negociações internacionais pelo reconhecimento desta última 
levaram à tentativa de supressão do tráfico de escravos africanos em 1830. 
IV. O apoio inglês à manutenção da escravidão e do tráfico de escravos permitiu que o 
cativeiro permanecesse no Brasil até 1888. 
Assinale a alternativa correta. 
A) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
D) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. 
E) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
 
Questão 5 
Há quase 200 anos, em 29 de novembro de 1807, zarpava de Portugal uma esquadra 
conduzindo a Família Real por-tuguesa para a sua Colônia americana, onde chegou em 
janeiro de 1808. Esse acontecimento teve muitos desdo-bramentos para o processo 
de autonomização política do Brasil. 
Sobre esse acontecimento e alguns de seus efeitos históricos, pode-se afirmar: 
I. A fuga da Família Real portuguesa insere-se no bojo da disputa de hegemonia eco-
nômico-política entre a Inglaterra e a França, sendo Portugal um país-satélite nesse 
jogo. A transmigração para o Brasil, já cogitada pela realeza lusitana em outras ocasi-
ões, foi uma engenhosa solução para que D. João não cedesse às pressões de Napo-
leão para que Portugal apoiasse a França contra a Inglaterra. 
II. Uma das primeiras medidas tomadas pelo Príncipe Regente D. João, após sua che-
gada ao Brasil, foi a reafirmação do exclusivo colonial para a metrópole, consolidando 
o poder da burguesia comercial portuguesa. Essa medida causou revolta na elite agrá-
ria colonial nortista, especialmente a paraibana, que tinha expectativas de melhores 
condições de comercialização para seus produtos mediante uma política econômica 
liberal. 
III. A instalação do Estado português na Colônia significou a interiorização da metrópo-
le, criando um centro de decisão (Rio de Janeiro) mais próximo dos súditos coloniais. 
Esse núcleo de poder possibilitou a aglutinação de algumas províncias (o chamado Sul: 
Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), que polarizaram a construção da futura uni-
dade política brasileira, com certa secundarização das províncias do Norte (hoje Nor-
deste). 
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Está(ão) correta(s): 
A) Apenas II 
B) Apenas I e II 
C) I, II e III 
D) Apenas I 
E) Apenas I e III. 
 
Questão 6 
No Brasil, durante o início do século XIX, as províncias do Norte, dentre elas Pernam-
buco, viviam uma relativa prosperidade econômica, ocasionada em especial pela pro-
dução do algodão e do açúcar. A partir do estabelecimento da Corte Portuguesa no 
Rio de Janeiro, tal prosperidade foi relativamente fragilizada. 
Analise as proposições em relação às mudanças ocorridas com a chegada da Corte 
Portuguesa ao Brasil. 
I. A alocação de uma estruturaburocrática no Rio de Janeiro tornou o governo de Dom 
João VI mais capacitado a se envolver nos negócios das províncias, o que possibilitou 
a diminuição de autonomia destas. 
II. Para arcar financeiramente com os custos da Corte no Rio de Janeiro, o governo exi-
giu a cobrança de mais impostos dos setores de produção de açúcar e algodão. 
III. A cobrança de maiores impostos e a diminuição da autonomia das províncias, oca-
sionadas pela presença da Corte no Rio de Janeiro, não tiveram nenhuma relação com 
o movimento que se tornou conhecido como Revolução Pernambucana. 
Assinale a alternativa correta. 
A) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
C) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
D) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
E) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
Questão 7 
Nos primeiros anos que se seguiram à chegada da família real portuguesa ao Brasil, 
uma série de transformações político-econômica se processaram. Apresente o principal 
fator que impulsionou a família real a deixar o continente europeu na primeira década 
do século XIX, bem como uma conseqüência para o Brasil. 
 
Questão 8 
O Bloqueio Continental, em 1807, a vinda da família real para o Brasil e a abertura 
dos portos em 1808 constituíram fatos importantes: 
 
a) na formação do caráter nacional brasileiro. 
b) na evolução do desenvolvimento industrial. 
c) no processo de independência política. 
d) na constituição do ideário federalista. 
e) no surgimento das disparidades regionais. 
 
Questão 9 
" …de qualquer modo, o simples crescimento já complica o esquema; a ampliação das tarefas admi-
nistrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urba-
nos etc. As-sim, pouco a pouco vão se revelando oposições de interesse entre colônia e metrópole, e, 
quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, 
quanto mais opera, mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização 
é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e, quando atinge o nível de meca-nização da indústria 
(…), todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo não se acomoda (…) com as 
barreiras do regime”… 
NOVAIS, Fernando. As dimensões da Independência. In: Guilherme Mota. 1822. Di-
mensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. v. 67. 
O texto descreve um fenômeno que identifica, no Brasil, fatores responsáveis: 
 
a) pela implantação do monopólio comercial. 
b) pelo êxito da política econômica do mercantilismo. 
c) pela criação do governo geral e crise das câmaras municipais. 
d) pela crise do sistema colonial e pelos movimentos nativistas. 
7º PROFESSORA FINATTI EF07HI10 
prof. FINATTI 15/10/2020 
e) pelo fracasso das capitanias hereditárias e pela ocupação litorânea. 
 
Questão 10 
Com respeito à crise do sistema colonial, assinale a alternativa incorreta. 
 
a) Foi gerada a partir da transformação das regras básicas da economia da Idade Mo-
derna, do mer-cantilismo para o liberalismo. 
 
b) A Inglaterra, na busca de novos mercados necessá-rios para a demanda dos seus 
manufaturados, foi a principal responsável pela quebra do pacto colonial. 
 
c) O liberalismo pregava o livre-comércio e a ma-nutenção do escravismo, a fim de 
perpetuar a alta concentração de renda, necessária para a aquisição de artigos de luxo. 
 
d) Não foi apenas o sistema colonial mercantilista que ruiu nos fins do século XVIII e 
no início do século XIX, mas sim todo o Antigo Regime. 
 
e) A Revolução Industrial, a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos 
abrem a crise do Antigo Regime. 
 
 
GABARITO 
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES 10 – A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA NO BRASIL 
 
1 B 
2 C 
3 C 
4 A 
5 E 
6 D 
7 DISCURSIVA 
8 C 
9 D 
10 C 
 
Gisele Finatti Baraglio 
progiselefinatti@gmail.com 
Digitada para enviar por email. 
O aluno pode responder, scanear e reenviar. Só im-
prima se não tiver outra forma 
Resposta discursiva – questão 7 
A vinda da família real para o Brasil está relacionada com a deterioração das relações diplomáticas existen-
tes entre a França e Portugal na virada do século XVIII para o século XIX. Essa situação tem relação com os 
acontecimentos que foram ocasionados pela eclosão da Revolução Francesa, a partir de 1789. A principal 
consequência da vinda da família real para o Brasil foi a aceleração do processo de independência do país. 
Em 1815, com fim das guerras napoleônicas, o Brasil foi declarado parte do Reino Unido de Portugal e Al-
garves, deixando de ser uma colônia 
mailto:proGiseleFinatti@gmail.com

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