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Manual de TC (2)

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Manual de 
Trabalho de Curso 
Letras
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 3
I. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS ........................................................................................ 4
II. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS ..................................................... 4
III. ORIENTAÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 5
IV. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TC? ....................................................... 6
V. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? ............................................................. 8
VI. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC? .............................................................................. 9
VII. COMO SE ORGANIZA UM TC? ........................................................................................... 9
VIII. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA .................................................................................. 33
IX. ENTREGA DO TC ...................................................................................................................... 36
3
Serviço Social
APRESENTAÇÃO
“É instaurador de discursividade todo aquele cuja obra permite que outros pensem 
algo diferente dele.”
Michel Foucault
O Trabalho de Curso (TC) visa a proporcionar aos alunos a vivência na iniciação científica, 
atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O TC 
busca ampliar os conhecimentos em relação a temas abordados durante o curso, permitindo 
aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal. É, portanto, uma experiência 
acadêmica orientada, vivida por alunos que cursam o sexto semestre letivo da graduação, 
cursos de especialização ou de pós-graduação lato sensu. Não há exigência de que o tema 
desenvolvido e pesquisado em um trabalho monográfico seja um tema original e inédito. 
Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, à coerência e à coesão 
textuais, à pesquisa e ao desenvolvimento do conteúdo.
Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem práticas pedagógicas 
de pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes não somente de lhes possibilitar 
o aprimoramento do trabalho, mas também o aprendizado de práticas docentes que lhes 
serão necessárias ao longo de sua vida como profissionais de Letras.
Assim, espera-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual deseja 
trabalhar, faça-o livre e conscientemente, pois somente dessa forma poderá trabalhar 
prazerosamente, obtendo como resultado, além de seu crescimento acadêmico, um texto 
criativo e interessante a outros leitores com o mesmo interesse.
Espera-se, ainda, que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular 
os conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação, nas diferentes disciplinas que 
compõem a grade curricular do curso de Letras, e que seja também considerado pelo aluno 
como uma etapa que antecede possíveis cursos de especialização, mestrado e doutorado.
4
Manual de Estágio
REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO
I. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS
O TC é um trabalho a ser realizado por alunos matriculados no último semestre. Alunos 
que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra universidade para a 
UNIP ou alunos matriculados em regime de dependência, deverão integrar-se ao sistema, 
escolhendo o tema que mais lhes interessa e participando, obrigatoriamente, de todas as 
etapas do desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação.
Depois de selecionado o tema do TC, ele será encaminhado a um dos orientadores 
designados pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina à qual se relaciona o 
tema, que exercerá o papel de orientador do trabalho. A coordenação do curso, junto 
aos professores, poderá também sugerir orientadores para os trabalhos. Lembramos que a 
orientação do professor é sempre assistida por todos os materiais disponibilizados no AVA, 
em particular, este Manual de TC e as aulas explicativas de cada aspecto do TC. Por isso, 
todos os alunos devem ler o Manual e assistir às aulas.
Orientadores e alunos se comunicam por meio do fórum de TC. Todos os alunos deverão 
tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre um encontro 
e outro.
II. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS
Durante o tempo previsto para pesquisa e elaboração do texto do TC, muitas atividades 
serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades vão desde as práticas, de cunho 
organizacional (por exemplo, decidir sobre quem/quando os dados serão coletados, quando/
como serão transcritos, caso seja necessário), àquelas voltadas à construção de novos 
conhecimentos, envolvendo momentos de estudo e realização de tarefas relacionadas 
à cognição. É fundamental, portanto, que cada aluno escolha diferentes maneiras para 
estudar. Assim, é importante pensar em tipos de atividades a serem realizadas:
5
Serviço Social
1. Leitura e fichamento dos textos;
2. Buscas na internet;
3. Elaboração de pequenos trechos da monografia, com o propósito de discutir 
o estilo do texto de cada um, reescrever e estabelecer características para o texto final 
da monografia.
Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os grupos desenvolvam estratégias 
de aprendizagem que possam colaborar para o resultado final do trabalho.
Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os alunos deverão cumprir as 
seguintes etapas/diretrizes:
 � Comunicação regular com o orientador por fórum;
 � Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor- 
orientador e do professor-coordenador do curso;
 � Entrega dos exemplares em sua versão final.
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas.
III. ORIENTAÇÕES GERAIS
As “dicas” a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho:
1. Elaboração de relatório pelo aluno;
2. Manutenção de um arquivo ou caderno para registro de todas as possíveis 
citações consideradas relevantes para o trabalho, assim como a referência bibliográfica 
correspondente;
3. Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes 
para o embasamento teórico da monografia;
4. Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, dando tanto 
ao orientador quanto aos próprios alunos a possibilidade de relembrar os comentários já 
feitos em etapa e orientação anteriores.
6
Manual de Estágio
IV. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TC?
A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho de caráter 
científico e, como tal, deve pautar-se em normas internacionais que caracterizam as 
pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma 
referência bibliográfica sobre questões metodológicas e, uma vez escolhida, ela deverá ser 
observada rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências 
em relação às questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos 
comparações entre os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos por organizar 
o TC com base nas orientações da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
utilizada por grande parte das universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados 
serão apresentados neste documento em momento oportuno.
Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para reflexão, alguns tópicos 
que poderão nortear este trabalho acadêmico.
1. A palavra monografia corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito (grafia) 
sobre um único (mono) assunto ou tema.
2. Texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É, 
portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas.No caso de TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto 
determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o 
objetivo analítico final que será apresentado na conclusão do trabalho.
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os trabalhos de graduação, 
trabalhos de mestrado e de doutorado.
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa está no grau de originalidade, abrangência, 
aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que 
a pesquisa para o TC teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica como 
propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se posicionem criticamente 
frente ao material pesquisado.
7
Serviço Social
Victoriano e Garcia (1996/1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa, 
que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores organizem-se para 
responder às seguintes perguntas:
1. O que fazer? A resposta é a delimitação do tema e do problema a ser resolvido. É 
importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, melhor 
e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser usada como 
título provisório do trabalho.
2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de 
estudo. Nesse tópico deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição 
bibliográfica que demonstre sua relevância como objeto de estudo, suas hipóteses e sua 
importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais do projeto.
3. Para que fazer? A resposta está nos propósitos do estudo, ou seja, nos seus objetivos 
gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois eles nortearão 
todo o trabalho metodológico que será desenvolvido.
4. Como fazer? A resposta está na metodologia (métodos e técnicas) que será utilizada 
em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal, cujo objetivo 
é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas científicas 
que permitam descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do 
conhecimento.
5. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas que, por 
utilizarem recursos de estatística ou por serem pesquisas empíricas, devem selecionar uma 
amostra entre a população-alvo e seu estudo.
6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a pesquisa 
exigir trabalho com amostragem, necessariamente, é preciso trabalhar com dados colhidos 
no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja executada em 
centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades estão ligadas a 
áreas de conhecimento específicas.
8
Manual de Estágio
7. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por 
alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por 
órgãos de pesquisa ou pela própria universidade.
8. Quando fazer? A resposta se encontra em um cronograma que deve descrever, 
mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da 
pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e 
pela dinâmica da pesquisa.
V. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE?
Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, 
de certa forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que seu 
público-alvo se encontra na comunidade científica. Quem avalia e atribui relevância aos 
trabalhos científicos são leitores acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e 
raciocinar cientificamente. Mas o que isso significa?
É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra preocupação com a 
qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece 
metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso 
comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa.
Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões, fundamentando-
as em um referencial teórico ou empírico bem selecionado e pertinente ao tema. Significa, 
acima de tudo, “ter uma visão relativa dos fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer 
relações entre fenômenos e não os conceber como fenômenos isolados de um contexto” 
(HUBNER, 1998).
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade 
acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de 
seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos 
coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em 
descrições que possibilitem inferências e tomada de posições equilibradas e fundamentadas.
9
Serviço Social
VI. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC?
Na orientação do TC, atua o professor-orientador de conteúdo específico, que acompanha 
os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às leituras e à 
bibliografia indicadas para dar sustentação teórica ao trabalho. Algumas características são 
fundamentais ao professor escolhido como orientador de um TC:
 � O professor-orientador precisa ser um incentivador dos alunos, motivando-os para 
que elaborem um trabalho criativo;
 � O professor-orientador precisa ser organizado e estabelecer, ao longo do ano, tare-
fas claras e objetivas ao grupo de alunos;
 � O professor-orientador precisa sugerir leituras aos alunos;
 � O professor-orientador poderá indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas 
no trabalho, porém nunca redigir trechos do trabalho.
É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos 
e exige, portanto, que orientandos e orientador mantenham um relacionamento cordial, 
de confiança, assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na 
elaboração de um TC tem características dialógicas, isto é, orientandos e orientador têm 
espaço e voz nas discussões, em busca de transformarem os conhecimentos já adquiridos. 
Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre 
de forma compartilhada.
VII. COMO SE ORGANIZA UM TC?
O TC se organiza a partir das seguintes partes:
 � Capa;
 � Elementos pré-textuais ou preliminares;
 � Elementos textuais;
 � Elementos pós-textuais.
10
Manual de Estágio
Elementos que compõem o TC
Capa
Elementos pré-textuais
 ou
preliminares
Elementos textuais
Elementos
pós-textuais
 
 
Folha de rosto
Folha de aprovação
Folha de dedicatória
Folha de agradecimentos
Folha de epígrafe
Sumário
Lista de tabelas e gráficos
Resumo
Abstract
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
 
 
Escolha do tema
Justificativa da escolha do tema
Formulação do problema
Objetivos gerais e específicos
Conceituação e relevância
Indicação da estrutura do trabalho
Exposição do tema
Fundamentação teórica
Metodologia do trabalho*
Argumentação e discussão
 Referências 
bibliográficas
Anexos
Apêndices
Índices
11
Serviço Social
* Segundo Traldi e Dias (1998, p. 40), o capítulo da metodologia é facultativo:
O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado 
para o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo 
exclusivamente para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham 
sido expostas na Introdução. Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia 
constitui parte expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de 
métodos quantitativos envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção 
pelo destaque da metodologia em capítulo separado da Introdução dá ao trabalho 
uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as 
técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimentoao estudo.
Descreveremos a seguir cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o 
exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
1. Capa
 � Alto da página: nome da instituição/departamento.
 � Centro da página: título do trabalho.
 � À direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores.
 � Rodapé da página: local/data.
UNIP – Universidade Paulista
Campus Alphaville
Curso: Letras
A LINGUÍSTICA EM DIFERENTES 
MOMENTOS DA HISTÓRIA DE NOSSA 
LÍNGUA
Nome completo / RA
Nome completo / RA
Nome completo / RA
Nome completo / RA
São Paulo
201_
12
Manual de Estágio
Exemplo:
Como colocar o autor(es) (ordem alfabética):
Adriana Aparecida SILVA
Andréa SANGIULIANO
Luciana Souza ANDRÉ
Sebastiana ALBUQUERQUE
 � Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm
2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por 
tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
Fulano de Tal
A LINGUÍSTICA EM DIFERENTES 
MOMENTOS DA HISTÓRIA DE NOSSA 
LÍNGUA
Trabalho Monográfico – Curso de 
Graduação – Licenciatura em Letras 
Língua Portuguesa e Língua In-
glesa, apresentado à comissão 
julgadora da UNIP – Alphaville, 
sob a orientação do professor...
São Paulo
201_
13
Serviço Social
- FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e à distribuição do 
texto, com pequenas modificações:
 � Alto da página: nome(s) do(s) autor(es);
 � Centro da página: título do trabalho;
 � À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho;
 � Rodapé da página: instituição/local/data;
 � Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm;
 � Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo bibliotecário da institu-
ição, contendo os dados bibliográficos necessários para que a obra seja catalogada na 
biblioteca da universidade; deve incluir palavras-chave, fornecidas pelos autores).
A folha de rosto é a única da monografia na qual no verso existe texto. As demais 
páginas deverão conter texto em apenas um dos lados.
Banca Examinadora
_________________
_________________
_________________
São Paulo
201_
14
Manual de Estágio
- FOLHA DE APROVAÇÃO
Essa página se destina às observações/avaliações da Banca Examinadora do trabalho.
- FOLHA DE DEDICATÓRIA E FOLHA DE AGRADECIMENTOS
Nessas páginas, que são opcionais, o autor apresenta mensagens pessoais. Na folha 
de dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto, dedicando o trabalho a alguém. 
Não há uma regra para a utilização da página, no entanto, é comum encontrarmos a 
dedicatória à direita, da metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se, para dedicar 
o trabalho, alguém que tenha tido uma relação direta com o autor durante a elaboração 
do trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de agradecimentos, o autor 
agradecerá àqueles que efetivamente contribuíram para a elaboração da monografia, como: 
professor-orientador, professores envolvidos com o trabalho, agências financiadoras.
- FOLHA DE EPÍGRAFE
Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto 
de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo tenha relação com o tema 
desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos 
da monografia, se for da preferência do autor.
– SUMÁRIO
Aqui, o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. 
A palavra “sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, 
dois ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética 
da página do sumário deverá ser observada, de forma que os títulos e os subtítulos 
apareçam destacados, estando padronizada e obedecendo aos recuos da margem esquerda, 
também padronizados.
15
Serviço Social
De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente 
na página em que se iniciar o texto propriamente dito, contando-se, porém, as páginas que 
o antecedem. Essa numeração deverá aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns 
autores optam por numerar, com algarismos romanos, as páginas a partir do sumário 
até o abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha de 
rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o algarismo 
romano vi (letras minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho dará início 
à numeração em algarismos arábicos (1, 2, 3...).
- LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
Nessa página o autor apresentará uma relação das ilustrações ou das explicações 
(abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando a(s) página(s) de sua 
localização.
SUMÁRIO
Resumo..........................................................................3 
Introdução ...............................................................................4
Capítulo I: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho)...................8
Capítulo II: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho)..................23
Capítulo III: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho).................48
Considerações finais............................................................54
Referências Bibliográficas.................................................59
Fontes eletrônicas................................................................61
Anexos.....................................................................................62
Iconografia (se houver).....................................................66
16
Manual de Estágio
- RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho monográfico. É ela que, em um primeiro 
momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, 
com aproximadamente 300 palavras – em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 
e espaçamento entrelinhas simples – em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo 
do trabalho, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação 
teórica que deram sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa a fornecer 
ao leitor elementos que lhe permitam decidir sobre ler ou não o trabalho em função da 
relevância para seu próprio contexto.
O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por 
meio de frases e nunca em tópicos enumerados.
Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor como 
referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:
17
Serviço Social
RESUMO
 Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes 
segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem-se modificado em relação 
às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula no que diz respeito à língua portuguesa e à 
análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém com o telespectador uma relação de poder, 
produz e reproduz valores, transmitindo textos persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades, 
saberes, discursos e cristalizando, no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em 
relação à veracidade discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo 
e muita resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos 
pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. // Assim sendo, este trabalho 
procura analisar o universo imaginário dos alunos de Ensino Médio de uma escola da rede pública, 
focalizando questões concernentes à linguagem midiática. // Os passos metodológicos iniciaram-se com 
o levantamento do hábito televisual dos alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre 
o funcionamento discursivo da novela Malhação – Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar 
reflexõesà luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre 
sujeito, discurso, saber e poder. // Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, que se 
divide nas seguintes seções: Introdução – em que a problemática e os objetivos são apresentados; O 
Dizer e o Poder: relações discursivas – em que são apresentadas as referências teóricas sobre Análise 
do Discurso e Análise da Conversação; A Caminhada – seção que apresenta a metodologia do trabalho: 
procedimentos relacionados à escolha dos dados e encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do 
discurso – seção que apresenta a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do 
referencial teórico; e Algumas Considerações – seção que encerra o trabalho, apresentando algumas 
conclusões e possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas, 
e mais aprofundadas, pesquisas sobre o mesmo tema.
Palavras-chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática
18
Manual de Estágio
Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles 
mostram a organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na 
monografia; trecho 2 – propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo 
de pesquisa; trecho 4 – organização do documento monográfico.
- ABSTRACT
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução 
para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das key words.
3. Elementos textuais
Esses são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do TML. Podemos 
chamá-los de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação entre eles, o texto 
monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se 
complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores 
sobre o tema desenvolvido. O texto deve ser escrito com fonte Arial ou Times New Roman, 
tamanho 12 e espaçamento entrelinhas de 1,5.
- INTRODUÇÃO
A introdução da monografia merece atenção especial do autor. Muitas vezes, ela 
é considerada como de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o 
conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas 
para a introdução da monografia e é aí que o autor delimitará o assunto sobre o qual 
versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001),
é preciso compreender que apresentar justificativas para um determinado trabalho 
de pesquisa não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, 
a fazê-lo, isto é, por que fez o trabalho (por que gostou do tema, por que viveu a 
experiência etc.), mas sim, dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, 
tendo em vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram 
feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
19
Serviço Social
Na introdução da monografia, o autor deve apresentar:
 � Em linhas gerais, o tema do trabalho, oferecendo ao leitor não somente a possi-
bilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento, mas 
também a opção pela leitura do trabalho em relação ao seus interesses e ao contexto 
de atuação;
 � A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho 
tratará o assunto escolhido;
 � Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e específi-
cos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro);
 � A justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto no 
qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não significa 
dar a ele importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de forma exagera-
da, mas apontar como esse estudo pode ser fator contribuinte para o desenvolvimento 
da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser conclusivo;
 � Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que 
apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre conceitos fundamentais dis-
cutidos e de sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a 
necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona 
diretamente com o estudado, estabelecendo comparações a fim de possibilitar a dis-
cussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
 � Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da elaboração 
do texto monográfico, isto é, sua organização em seções.
Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha 
da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais 
os textos da introdução de trabalhos monográficos e das seções de desenvolvimento vêm 
sendo escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que esse aspecto seja 
discutido com o orientador do trabalho.
20
Manual de Estágio
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o 
texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular com 
o pronome se, ou por expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a 
opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho 
tenha sido desenvolvido pelo aluno e por seu orientador.
Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente 
deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de se posicionar como pertencente 
a um grupo com determinadas convicções e posicionamentos teóricos.
Carmo Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de 
nosso trabalho:
 � Por que mais um trabalho sobre esse tema?
 � Em que este é diferente dos outros?
 � Por que essa diferença é relevante?
 � O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
 � Por que ele deve ser lido? Por quem?
 � O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em 
meu trabalho?
Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito 
à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta 
por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o 
risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que 
isso não ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, 
seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de 
revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições.
21
Serviço Social
- DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a mais importante. 
Estará subdividida em capítulos (que, por sua vez, se dividem em subseções), sendo que 
cada capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo 
escrito em letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, 
sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras. 
Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas 
por diferentes autores. O que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele 
deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se ao arcabouço 
teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Esse capítulo deverá ser 
desenvolvido em linguagem própria do autor, porém sustentada por citações de autores 
que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final 
do trabalho, o que denominamosReferências bibliográficas. Em seção posterior, serão 
apresentadas as orientações para a elaboração das referências bibliográficas.
É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar, 
sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, 
é comum retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de 
fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa 
na medida em que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa.
A seguir, com base em Guidin (2003), serão apresentados exemplos e comentários 
característicos de monografias que focalizam temas da literatura brasileira.
22
Manual de Estágio
ASPECTOS BIOGRÁFICOS E CARACTERÍSTICAS DO AUTOR (só para trabalhos em 
literatura e se justificados pelo tema escolhido)
Sob orientação bibliográfica do professor-orientador, nesse capítulo são abordados os 
traços biográficos do autor, com relevância para as características próprias de seu estilo, 
influências recebidas de época e de outros autores. Pode-se incluir nesse capítulo um ou 
outro depoimento crítico sobre o autor, advindos de autoridades na área, de acordo com a 
bibliografia pesquisada.
CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL-ESTÉTICO do autor e da obra (só para trabalhos em 
literatura e se justificados pelo tema escolhido)
Nesse tópico, devem-se desenvolver relatos críticos sobre a época sócio-histórico-
cultural em que se manifestou a produção literária do autor. No caso de textos produzidos 
ao longo de sua carreira, deve-se instalar o autor nas respectivas mudanças de época. Por 
exemplo, em um trabalho de literatura: 
“Clarice Lispector começa a escrever suas obras ao fim do ciclo do romance regionalista 
de 1930, iniciando um terceiro momento no modernismo brasileiro em 1944, mas sua 
última obra, A hora da estrela (1977), se insere em um momento cultural posterior, ao fim 
da década de 1970; ou seja, a autora, embora mantenha características individuais, estará 
também ideológica, estrutural e tematicamente comprometida com outra época que não 
a do início da carreira. No caso de Clarice Lispector, a autora terá passado, entre outros 
fatos determinantes, pelo fim da soberania do romance engajado de 1930 pelos anos de 
repressão advindos da ditadura militar de 1964 no país.” 
Caso o texto ficcional se insira em outra época que não o presente da escritura, deverá 
haver, ainda que secundária, uma pesquisa a respeito da época em que se insere o enredo. 
Por exemplo, o romance de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas, escrito 
em 1880 e publicado em 1881, situa-se em um período histórico anterior, que se inicia 
em 1805; assim, os pesquisadores do trabalho monográfico, para melhor compreensão do 
enredo e de suas ligações com o fato social, devem pesquisar também a época anterior à 
23
Serviço Social
independência (1808) e não só a época final do Segundo Reinado (1889). Essa pesquisa 
histórico-sociológico-cultural, portanto, deve ser abrangente e não se ater apenas a 
manuais escolares.
- METODOLOGIA
Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever, em detalhes, os procedimentos 
utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma, 
dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho de acompanhar todos 
os passos e pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento em relação à 
análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa, com base no encaminhamento 
apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os procedimentos 
escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na 
qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise de 
dados. Pressupõe-se também que, quando a metodologia é apresentada de maneira clara, 
objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de 
pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da pesquisa. 
Frequentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito no capítulo de 
Metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (MACHADO, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo da metodologia dizem respeito ao(s):
 � Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa;
 � Participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados orais;
 � Procedimentos/instrumentos de coleta de dados – meios pelos quais os dados foram 
coletados, como: gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.;
 � Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a 
serem analisados (por que esses dados e não outros?); 
 � Método(s) de análise e as categorias utilizadas.
24
Manual de Estágio
Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da metodologia é 
facultativo, principalmente, quando pensamos em trabalhos de cunho literário. Assim sendo, 
o capítulo da metodologia não precisa existir, desde que as informações a ele destinadas 
já tenham sido expostas na introdução. No entanto, nos estudos em que a metodologia 
constitui parte expressiva do trabalho, o capítulo separado da introdução dá uma conotação 
de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos 
empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo.
- ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de 
argumentação, mas também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração 
do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão 
à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a explicações, análises, 
esclarecimentos de ambiguidades, descrições etc., que ofereçam ao leitor condições de 
compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto 
pesquisado. É importante ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão 
requerer sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare, 
fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser rigorosamente 
orientadas pelos professores-orientadores de acordo com sua área de saber metodológico 
e acadêmico. No caso da análise literária, a título de exemplo, ela pode ser interpretativa. A 
linha de abordagem adotada tem de estar clara para o leitor da monografia e deverá estar 
explicitada no capítulo de metodologia, já apresentado em seção anterior neste material.
25
Serviço Social
Como exemplo, Guidin (2003, s.p.), no caso de literatura brasileira, tece os comentários 
a seguir: 
A análise literária do texto escolhido para a monografia, orientada pela profª XXX, 
segue os parâmetros metodológicos ligados à linha crítica interpretativa, segundo 
as relações entre Literatura e Sociedade – visão crítica introduzida por Antonio 
Candido e seguida por críticos brasileiros contemporâneos como Alfredo Bosi, 
Roberto Schwarz e Davi Arrigucci Jr.
Todo texto literário, para ser útil, para mostrar sua importância estética e cultural, 
deve ser lido, analisado e interpretado. Caso contrário, tal texto equivale a qualquer 
texto escrito – ou seja, sem as especificidades que existem na obra literária, esta 
considerada no sentido rigoroso do termo (a leitura de entretenimento é de outro 
tom e finalidade).
Assim, interpretar o texto da obra literária é aceitar que os signos não são 
transparentes em seu sentido. Ao contrário, são densos porque estão apoiados em 
linguagem figurada, conotativa, típica do discurso literário. Cabe ao intérprete (que 
funciona como leitor, tradutor e como crítico) a funçãode compreender e traduzir 
para um discurso outro (o da compreensão: escrevendo), o que está por trás do 
texto. Interpretar é, então, recolher, num conjunto de possibilidades de sentido 
de um texto, as que sejam mais eficazes (segundo o analista) para responder à 
pergunta “o que este escrito quer dizer com sua existência”? (BOSI, 1995) 
Para tanto, considera-se que o texto é produto de uma consciência criadora (o 
artista, o escritor), o qual possui determinada postura ideológica, existencial e 
psicológica frente à sua produção artística. Sob esse aspecto, o texto literário não é 
diferente de outras manifestações artísticas, como a pintura, a música etc.
Considera-se, nessa relação entre literatura e sociedade, que a produção literária 
sofre “forças” contraditórias que vêm de uma consciência dona de si própria, o 
autor. Na invenção do texto, existem, então, desejos do autor (ora chamados de 
pulsões) e correntes culturais (estilo, ideologia, intenções políticas ou doutrinárias). 
Assim, todo texto literário é gerado numa mistura de lembrança e memória 
social, fantasia criadora e percepção singular das coisas, além de estilo herdado 
de pessoas, livros, sociedade em geral. O analista-intérprete do texto literário leva 
em consideração que o que provoca alguém a produzir um texto literário (ou um 
quadro ou uma escultura) é a observação pessoal do mundo e da vida. Ou seja, o 
autor foi provocado, motivado a criar o texto por fatos, acontecimentos, nomes – 
coisas que o autor acolheu para si, dentro de seu ponto de vista e dentro de certa 
tonalidade afetiva. Quer dizer: o autor situa o evento no seu aqui e no seu agora, 
como afirmam Bosi (1995) e Candido (1982). 
26
Manual de Estágio
O escritor, como outros artistas, é porta-voz de seu tempo, de sua época 
(que se soma à sua individualidade), ao criar a literatura de seu país ou de sua 
comunidade; ou seja, detém uma clara função cultural. Existe, porém, uma função 
cultural também do intérprete, que é a de ser o mediador da criação literária. O 
estudioso trabalha olhando o texto de perto, mas com os olhos voltados para sua 
estrutura, seu conteúdo e sua amplitude. Por isso, a interpretação do texto é um 
processo de aprendizagem e descoberta, sobretudo. O analista-crítico-intérprete deve 
também lembrar que, como leitor, estará diante do resultado verbal, escrito, “estilizado” 
de um processo que é obscuro, muitas vezes, para o próprio autor. Por isso, é 
necessário que o leitor respeite o caráter de mobilidade, surpresa, inquietude que 
todo texto detém.
Vale lembrar, ainda, que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador 
a habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem as informações, os dados, as 
teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos 
e buscar a integração teoria/prática em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. 
Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o 
seu significado para o crescimento do conhecimento científico (SEVERINO, 2002).
E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo pautado em debates 
e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder aos seus 
próprios porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem 
fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa.
- CONCLUSÕES DO TC
As conclusões em uma monografia, mesmo sendo a parte menos extensa, apresentam 
importância fundamental. Devem conter considerações e síntese a respeito das 
análises, apresentando aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do 
desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre sua aplicabilidade didático-
pedagógica e sobre a sua contribuição da perspectiva discursiva.
27
Serviço Social
“A conclusão não é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao 
trabalho; nem tampouco um resumo dele” (GUIDIN, 2003, s.p.). O tema discutido, anunciado 
na introdução do trabalho e retomado em seu desenvolvimento, desemboca na conclusão, 
de forma lógica e natural, como decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular 
os passos significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o 
objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às 
partes do trabalho.
É na conclusão, momento culminante da monografia, que as experiências pessoais e 
novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos 
propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução.
Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a delimitação 
do tema, nas conclusões, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades para 
tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como 
sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar 
em mares pouco desbravados.
Quanto às qualidades do texto, referente às conclusões, é importante lembrar que suas 
características são:
a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) Objetividade: a conclusão é síntese interpretativa dos elementos essenciais 
discutidos e analisados no transcurso da monografia;
c) Personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores 
por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade 
do trabalho.
28
Manual de Estágio
4. Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreendem 
a referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são elementos 
orientadores para os leitores, que a eles recorrem, sempre que, no decorrer da leitura do 
corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam 
auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador.
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação 
científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto, é 
importante que o autor conheça a diferença entre referências bibliográficas e bibliografia. 
Referências bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em 
fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer 
uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor 
da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção referências 
bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos 
para uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a elaboração do 
texto em questão.
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências bibliográficas, 
apresentamos a seguir orientações para a elaboração de ambas.
- CITAÇÕES
Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em outra fonte. Pode 
ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita, oral ou eletrônica. 
As citações são elementos (partes, frases, parágrafos etc.) retirados dos documentos 
pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o 
que o autor afirma no decorrer do seu raciocínio. Veja exemplos a seguir:
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Serviço Social
Citação textual com mais de três linhas: a língua portuguesa vem assumindo, desde 
o período do descobrimento até agora, funções culturais, científicas, sociais, estéticas, 
políticas, administrativas, comerciais etc.; tornando-se idioma oficial de oito nações 
contemporâneas. Segundo Silva Neto (1979, p. 127), na África, a língua portuguesa tem 
grande importância:
Autor ano da edição página
Em 1551, o inglês Windham esteve nas Guinés. Pois: o rei de Benim falou em 
português aos ingleses,língua que ele tinha aprendido desde a infância; ou ainda: 
Em 1563, visitando Baker a costa da Mina, “ao oeste do Cabo das Três Pontas, os 
negros lhe falaram em bom português”.
 � Citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o exemplo 
anterior, com recuo apenas à esquerda (de 4 cm), sem aspas, com a mesma fonte 
utilizada no texto, mas em tamanho 10 e espaçamento entrelinhas simples, em itálico 
se desejado.
 � Citação textual de até três linhas: conforme Terra (1997/2001, p. 50), “vocábulos de 
origem indígena e africana, como maloca, macumba, vatapá etc., muito comuns para 
nós, não são tão comuns para os portugueses” e, dessa forma, podemos concluir que ...
Terra (1997 / 2001, p. 50)
Último sobrenome Ano da edição Ano da edição que Página de onde
do autor consultado original do livro você está utilizando foi retirado o
 que você está trecho utilizado
 utilizando
30
Manual de Estágio
 � Citação parafraseada: segundo Duarte (1998/2001), o uso do pronome “TU” é cor-
reto no estado do Maranhão, mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, as pessoas uti-
lizam o “TU” (2a pessoa) concordando com o verbo na 3a pessoa, por exemplo, “TU VAI 
ao cinema comigo?”
(Nessa citação não aparece página porque o texto não foi copiado do autor, e sim 
parafraseado, ou seja, modificado por quem o utilizou.)
 � Notas de rodapé: devem ser identificadas como referências bibliográficas parciais, 
a serem completadas na bibliografia final; inserir nelas considerações ou informações 
complementares que, se feitas no texto principal, poderiam prejudicar a sequência lógi-
ca do texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou versão original 
de alguma citação traduzida no texto.
 � Citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: devem ser indicadas com 
o último sobrenome do autor e, entre parênteses, a expressão “comunicação pessoal”.
Observe alguns exemplos de referências bibliográficas:
DUARTE, S. N. 1998. Língua Viva: uma análise simples e bem-humorada da linguagem 
do brasileiro. 4a ed. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 2001.
TERRA, E. 1997. Linguagem, língua e fala. 1ª ed. 3ª imp. São Paulo: Editora 
Scipione, 2001.
- Sobrenome do autor indicado na ficha catalográfica da obra consultada, em letras 
maiúsculas, seguido de vírgula e o nome do autor seguido de ponto;
- Ano da edição original (caso a edição consultada não seja a primeira), seguido de 
ponto;
- Título do livro, em itálico (opcional), seguido de ponto;
- Edição e impressão, caso não sejam as primeiras, seguida de ponto;
- Localidade seguida de dois-pontos, editora seguida de vírgula e ano da edição 
consultada seguido de ponto, caso seja diferente do ano da edição original.
31
Serviço Social
FREITAS, M. T.; SOUZA, S. J.; KRAMER, S. (orgs.) Ciências Humanas e Pesquisa: Leituras 
de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003. (Coleção Questões da Nossa Época; v. 
107, p. 35-39).
MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível em 
http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em 13/05/04.
ORELLANA, M. F.; BOWMAN, P. Cultural Diversity Research on Learning and Development: 
conceptual, methodological, and strategic considerations. In: American Educational 
Research Association. v. 32, no 5, June/July - 2003. p. 26-32.
- Obra pertencente à coleção, indicada entre parênteses; indicação de volume e páginas 
consultadas;
- Fonte eletrônica, com indicação da data da consulta;
- Indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma obra organizada por 
outro autor ou em revista – usar In seguido de dois-pontos.
FULLAN, M.; HARGREAVES, A. 1996. A Escola como Organização Aprendente: buscando 
uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed editora, 2000.
BEDNY, G. Z. et al. Activity Theory: history, research and application. In: Theor. Issues in 
Ergon. SCI. V.1, 2000, no 2, p. 168-206.
- Indicação de obra com dois ou três autores;
- Indicação de obra com mais de três autores.
32
Manual de Estágio
- ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos 
nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados 
coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões e que 
prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem 
a melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são 
ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização 
no trabalho e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). 
Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do 
trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho, na 
íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes 
ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.
Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há 
controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências 
bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho.
Já os apêndices se caracterizam por serem materiais produzidos pelo próprio autor 
da monografia. Fazem parte deles: questionários utilizados na coleta de dados, fichas e 
materiais preparados para coletar dados em entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar 
discussões, trechos da análise dos dados.
33
Serviço Social
- ÍNDICES
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário 
com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, 
têm objetivos diversos. Eles podem apresentar: uma lista de assuntos (índice denominado 
sistemático), lista de termos referidos (índice denominado remissivo), lista de todos os nomes 
próprios presentes (índice denominado onomástico), lista de lugares (índice denominado 
toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado escriturário).
VIII. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante 
ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, 
influenciando na qualidade e na validade do texto construído. É possível perceber que 
a linguagem caminha por diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora 
narrativas, percorrendo a descrição, a análise e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando 
essas partes da monografia.
- Linguagem expositiva
A linguagem expositiva se caracteriza nas monografias pelo discurso teórico presente 
tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor 
seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele 
próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30), 
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos 
analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se 
concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os 
recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo como 
distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles. Embora, 
rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de “objetiva” 
aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus 
próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador e, 
34
Manual de Estágio
“subjetiva” aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas 
do pesquisador, devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmaçõesque apenas denunciam reações afetivas de agrado ou desagrado.
- Linguagem descritiva
A linguagem descritiva se caracteriza nas monografias pelos relatos fortemente presentes 
na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao 
contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para 
estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva 
pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
- Linguagem analítica
A linguagem analítica se caracteriza nas monografias pelo uso da explicação e da 
argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se 
encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação 
ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no 
capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de 
vista do autor do trabalho, à luz dos fundamentos teóricos selecionados.
35
Serviço Social
- Linguagem crítica
A linguagem crítica se caracteriza nas monografias pela emissão de opiniões e conclusões 
do autor, após o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus 
de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31), 
É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para 
o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando 
reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos 
já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para 
aspectos ou setores ainda não considerados.
- Especificação do corpus
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o objeto sobre 
o qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir:
 � Corpora
 � A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar.
 � Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não 
posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma determinada comunidade de po-
loneses no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de duas 
ou três pessoas de uma mesma família, pois isso não me permitiria perceber como 
eles são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade.
 � Um corpus pode ser muito extenso, sendo possível encontrar nele uma diversi-
dade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, como compor-se da fala 
de um único indivíduo e, então, seria possível estudar seu idioleto.
 � Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, inco-
erências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo linguista em sua 
análise.
 � Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa 
forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na 
36
Manual de Estágio
oralidade e podem ser descartados no momento da análise.
 � Materiais construídos
 � São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os 
limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar 
armadilhas para o linguista, ou seja, o informante pode descartar enunciados signif-
icativos ou apresentar enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs 
o linguista); ou, ainda, entender as normas ou as regras do trabalho de diferentes 
formas, interferindo nas informações ou nos enunciados que produz.
 � Materiais construídos não dependem da situação real e focalizam apenas o fato 
linguístico que está sendo analisado. 
IX. ENTREGA DO TC
Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual semestre letivo, 
os alunos deverão postar o seu trabalho completo.
Número de páginas 
O TC deverá conter, no mínimo, 20 (vinte) páginas e, no máximo, 40 (quarenta).
- Número de postagens
O TC deve ser inédito e a sua elaboração deve acompanhar o número de postagens 
indicado pela coordenação, contendo: Pré-projeto, Capítulo 1, Capítulo 2, Capítulo 
3, Versão Final: incluindo Elementos Pré-textuais, Introdução, Capítulos, Conclusão, 
Bibliografia, Apêndices.
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Serviço Social
Importante:
1) Para a elaboração do TC o aluno deverá realizar um máximo de 3 (três) ou 4 (quatro) 
postagens, conforme a campanha, e um mínimo de 2 (duas) postagens, não podendo 
perder, em hipótese alguma, a última postagem; porém, não serão aceitos somente o pré-
projeto e a postagem final; precisa, sempre fazer as postagens intermediárias que mostram 
o desenvolvimento do trabalho. Não serão aceitos TCs em uma postagem única, nem 
no começo, nem no final do processo.
2) Caso o aluno perca a primeira postagem, deverá postar o que foi pedido na primeira 
postagem, mais o pedido na segunda postagem, na íntegra, antes do final do período 
alocado para a segunda postagem. Caso o aluno não respeite essa data ou entregue 
menos do pedido, o trabalho não será designado para o orientador.
- Avaliação
Na composição da nota de TC são levados em conta os seguintes quesitos:
a) Participação do aluno
 � Cumprimento do cronograma;
 � Disciplina do aluno na elaboração da pesquisa;
 � Assiduidade na elaboração do trabalho e na orientação (participação em fóruns e 
chats).
 � Esses aspectos do trabalho serão considerados na nota do trabalho escrito.
b) Apresentação
 � Aspectos formais;
 � Redação do trabalho.
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Manual de Estágio
c) Pesquisa bibliográfica
 � Pertinência dos textos escolhidos;
 � Leitura crítica dos textos.
d) Elaboração do trabalho
 � Coesão e coerência;
 � Argumentação. 
e) Banca 
Nota: uma vez terminada a fase escrita do TC, aqueles trabalhos que foram aprovados, 
serão submetidos a uma banca examinadora. Somente, então, será emitida a nota final 
do trabalho. Aqueles trabalhos que não foram aprovados na fase escrita, não farão 
Banca e o trabalho ficará reprovado. Na última postagem, o professor incluirá a 
frase “Apto para a Banca” ou “Não apto para a Banca”.
f) Plágio: caso seja constatada a existência de plágio, o aluno será reprovado no TC. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL)
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noções práticas. 3a ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.
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Letras. São Paulo: Humanitás; FFLCH/USP, 2001.
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Universitária Americana, 1996.
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Serviço Social
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GUIDIN, M. L. Di R. Manual de TCC – UNIP, 2003.
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mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998.
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www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/prod_mat.pdf Acesso em: 28 jun. 2013.
MACHADO, A. R. (notas de aula). Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001.
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Fontes, 1995.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: 
Cortez, 1997.
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Pessoa, 1974.
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Publisher Brasil, 1999.
VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2a ed. Rio de Janeiro: ABL/
Block/Imprensa Nacional, 1998.

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