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PEÇA 4 - EMBARGOS A EXECUÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS
Processo nº. 
Distribuição por dependência
PEDRO CASTRO, brasileiro, estado civil, profissão, portador do documento de identidade RG de n°, inscrito no perante o CPF sob o n°, endereço eletrônico, residente e domiciliado à Rua, n°., bairro, CEP, Florianópolis/SC, vem à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, endereço eletrônico, com endereço profissional à Rua, n°., Bairro, CEP, Florianópolis/SC, que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, com fulcro nos artigos 917, inciso VI c/c 337, inciso XI do CPC e 919 § 1°, propor:
 EMBARGOS À EXECUÇÃO 
COM REQUERIMENTO DE CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO
Pelo rito especial, na execução movida pelo BANCO QUERO SEU DINHEIRO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no perante o CPNJ CNPJ sob N°., situado com sede na Rua, n°., bairro, CEP, Cidade/RJ, endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos a seguir elencados:
I- DOS FATOS 
Em agosto de 2015, o embargante, figurando como avalista, assinou nota promissória do empréstimo “mútuo financeiro” contraído por Laura junto ao Banco Quero seu Dinheiro, com sede no Rio de Janeiro, no valor de R$300.000,00(trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
Ocorre que Laura, a partir da quarta parcela, desde dezembro de 2015, deixou de cumprir com sua obrigação, e, com isso, o embargante, em março de 2016, foi informado pelo Banco dessa inadimplência. A fim de evitar maiores transtornos, em 03.04.2016, o embargante quitou a dívida, sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
Vale ressaltar que, dias depois, o embargante foi informado pelo porteiro do edifício, onde está situado eu consultório, que havia sido procurado por um oficial de justiça. A par disso, o embargante descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado, em face dele e de Laura, uma Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial, que tramita perante o MM. Juízo da 02° Vara Cível da Comarca de Florianópolis.
Entretanto, por ser tratar de um equívoco, o embargante compareceu no dia subsequente ao Cartório da 02° Vara Cível, a fim de consultar os autos do processo, onde, de acordo com a consulta, verificou as seguintes situações:
a. O embargado estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o referido empréstimo não possui qualquer garantia;
b. Apesar da nota promissória assinada pelo embargante estar vinculado ao contrato quitado em abril de 2015, o banco, ainda assim, utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no polo passivo;
c. O embargado requereu a penhora do consultório do embargante, situado à Rua Nóbrega, N° 36, sala 801.
Ademais, o Oficial de Justiça, aproveitado a ida de Pedro ao cartório, o intimou da penhora que incide sobre o seu imóvel.
II- DOS FUNDAMENTOS (lei, doutrina e jurisprudência)
Cumpre ratificar que, de acordo com o artigo 917, inciso VI c/c 337, inciso XI do CPC, o embargante não possui legitimidade para figurar no polo passivo, uma vez que a nota promissória não foi assinada por ele como avalista na presente execução, e, com isso, o embargante deverá ser retirado da execução. 
Vale ressaltar que o embargante foi avalista no contrato anterior, o qual já foi pago na sua integralidade, e não do presente caso concreto. E, portanto, não há dúvidas de que a Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial foi erroneamente proposta pelo embargado. Sendo assim, aponta-se a ocorrência de pagamento do contrato anterior, no caso em questão, houve o integral pagamento da dívida, em conformidade com o que estabelece o código civil:
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
 III. CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
De acordo com o artigo 919 § 1°, caberá o efeito suspensivo, pois o embargante, no caso concreto, está sendo, erroneamente, cobrado por uma dívida que não é sua, como, também, foi penhorado para pagamento da dívida a sala comercial onde fica seu consultório. Os presentes embargos devem ser recebidos nos efeitos suspensivos, tendo em vista a presença de todos os requisitos necessários para tanto. Dois são os pressupostos para que seja atribuído efeito suspensivo aos embargos: (i) juízo garantido (por penhora, deposito ou caução) (ii)verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória. O juízo está garantido pela penhora. E por fim o imóvel no qual é estabelecimento de exercício profissional (com possibilidade de multa). 
Destarte, requer-se que os presentes embargos sejam recebidos no efeito suspensivo.
Plauisbilidade – verdade das alegações do embargante (fumum boni juris)
Periculum in mora - A continuidade da execução poderá levar o consultório do embargante a leilão, ocasionando prejuízos de difício reparação ou irreparáveis. 
Nos termos da lição de Daniel Amorim Assumpção Neves, “o efeito suspensivo é de interesse exclusivo do executado, que com isso terá uma maior segurança jurídica de não sofrer danos em uma execução infundada ou ilegal”.
Salienta-se, portanto, que, no caso em questão, houve uma infundada execução, ou seja, para garantir os direitos do embargante, deverá ser suspensa.
 A jurisprudência vem entendendo que: 
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS Á EXECUÇÃO FISCAL. EFEITO SUSPENSIVO DOS EMBARGOS. APLICABILIDADE DO ART. 919, §1º DO CPC. PRECEDENTE DO STJ. RECURSO PROVIDO. Consoante tese firmada no STJ e o atual CPC (art. 919, §1º), a atribuição de efeito suspensivo aos embargos do devedor fica condicionada ao cumprimento de três requisitos: apresentação de garantia; verificação pelo juiz da relevância da fundamentação (fumus boni iuris) e perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (periculum in mora). Desta forma, inviável a atribuição automática do efeito suspensivo. Recurso conhecido e provido.
(TJ-MG - AI: 10000200587970001 MG, Relator: Fábio Torres de Sousa (JD Convocado), Data de Julgamento: 21/07/2020, Data de Publicação: 29/07/2020)
Fazer no mínimo um parágrafo comentando sobre a jurisprudência. 
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se e pede-se: 
a) Requer seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução com a suspensão da execução ensejada contra o embargante;
b) A intimação do embargado na pessoa de seu procurador, para que apresente no prazo de 15 dias, sob pena de revelia (CPC, art. 290, I).
 
c) Requer seja reconhecida a ilegitimidade passiva do embargante com a consequente extinção da execução em face do embargado executado, bem como seja desconstituída a penhora que incide sobre a sua sala comercial;
d) A condenação do embargado ao pagamento de custas, honorários advocatícios e demais, bem como a condenação na litigância de má-fé, por cobrar dívida já paga (CPC art. 80, I e II);
e) A condenação do embargado a pagar o dobro da dívida indevida cobrada (art. 940CPC)
V- DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pelos documentos já juntados, mas, também, se necessário, por oitiva de testemunhas, juntada de documentos supervenientes, perícia, expedição de oficio etc,conforme o artigo 369 do CPC. 
 VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$
 
 
 Termos em que,
 Pede deferimento
 Local, Data
 Advogado/UF n°
 OAB/UF nº

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