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y +1/1/60+ y Fenômenos Mecânicos Prova 1C - 8h - 2019.3 Nome: RA: Entre seu RA ao lado usando as caixas, o primeiro digito na caixa mais a sua esquerda e o último digito na caixa mais a sua direita. Preencha completamente as caixas com caneta azul ou preta. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Observações: • Os cálculos deverão ser desenvolvidos e apresentados nas respostas. A simples apresentação do resultado final não obterá pontos. • Sempre que necessário vetores devem ser expressos utilizando a notação vetorial em termos dos vetores unitários î, ĵ, k̂. Formulário - Cálculo de Erros: • Desvio Padrão da Média: σx̄ = 1√ N (N − 1) √√√√ N∑ i=1 (xi − x̄)2 • Propagação de Erros: F (x1, x2, x3)→ σF = √( ∂F ∂x1 )2 σ2x1 + ( ∂F ∂x2 )2 σ2x2 + ( ∂F ∂x3 )2 σ2x3 F (x1) = ax1 → σF = aσx1 F (x1) = axn1 → σF = anxn−11 σx1 F (x1, x2) = a x1 x2 → σF = a x1 x2 √( σx1 x1 )2 + ( σx2 x2 )2 F (x1, x2) = ax1x2 → σF = ax1x2 √( σx1 x1 )2 + ( σx2 x2 )2 F (x1, x2) = a (x1 ± x2)→ σF = a √ σ2x1 + σ2x2 y y y +1/2/59+ y Questão 1 (25 pontos) Uma pedra de 2,70 kg é jogada na vertical de baixo para cima com velocidade inicial de módulo 20,0 m/s, da borda de um rochedo que mede 45,0 m de altura. Coloque o sistema de coordenadas na base do rochedo com o eixo x positivo apontando para a direita e o eixo y positivo apontando para cima. No instante em que a pedra é jogada, uma mulher localizada a uma distância d do rochedo corre para a base do rochedo com velocidade constante de 6,00 m/s. Ela corre em linha reta no nível do solo. Despreze a resistência do ar, a altura da mulher e considere g = 9,80 m/s2. a) (5 pontos) Escreva a equação para o vetor trajetória da pedra (vetor posição em função do tempo). b) (10 pontos) A que distância d do rochedo a mulher deve estar para segurar a pedra no instante em que a pedra atinge o solo? c) (10 pontos) Esboce em um mesmo gráfico a coordenada x da mulher e da pedra em função do tempo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Não marque estas caixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) A pedra se desloca apenas ao longo da direção vertical (eixo y) cin aceleração constante igual à aceleração da gravidade. Sendo assim, de acordo com a escolha para a origem do sistema de coor- denadas, obtém-se que: ~r(t) = y(t)ĵ onde y(t) = y0 + v0yt− g 2 t 2 = 45, 0 + 20, 0t− 4, 90t2 e, finalmente: ~r(t) = [ 45, 0 + 20, 0t− 4, 90t2 ] ĵ m b) Conforme mencionado no item anterior a pedra se desloca ao longo da direção vertical em movimento uniformemente variado e, portantom a sua posição em qualquer instante de tempo é dada por: y(t) = 45, 0 + 20, 0t− 4, 9t2 No instante em que a pedra atinge o solo temos ainda que y(t) = 0 e, com isto: 0 = 45, 0 + 20, 0t− 4, 90t2 A mulher, por outro lado, se desloca em movimento uniforme (velocidade constante) ao longo da direção horizontal (eixo x) tal que: x(t) = x0 + vxt Sendo assim, no instante em que a mulher segura a pedra a sua posição é igual a: 0 = d− vmt⇒ t = d vm Subsituindo a Eq.b na Eq.b e resolvendo para a distância d, temos: d ' 34, 2 m y y y +1/3/58+ y c) A mulher se deloca com movimento uniforme na direção x (equação linear) , enquanto a pedra possui sempre coordenada x = 0. y y y +1/4/57+ y Questão 2 (25 pontos) Um bloco de massa m é solto a partir do repouso de uma altura h acima da superfície de uma mesa, do alto de um plano inclinado com ângulo de inclinação θ, como mostrado na figura. O plano inclinado está fixo sobre a mesa de altura H e o coeficiente de atrito cinético entre o plano e o bloco é µk. Escreva as suas respostas em termos das quantidades dadas (m, θ, h,H, µk) e da aceleração da gravidade (g). a) (5 pontos) Desenhe um diagrama de forças para o bloco no instante imediatamente após ele começar a escorregar. b) (10 pontos) Determine o módulo da força resultante sobre o bloco enquanto ele desce escorre- gando pelo plano inclinado. c) (10 pontos) Qual é a velocidade escalar do bloco quando ele deixa o plano inclinado? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Não marque estas caixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Diagrama de forças que atuam no bloco de massa m: i) ~P : força peso, devido à atração gravitacional exercida pela Terra sobre o bloco. ii) ~N : força normal, devido ao contato entre as superfícies do bloco e do plano inclinado. iii) ~Fk: força devido ao atrito cinético entre as superfícies do bloco e do plano inclinado. b) Aplicando a segunda Lei de Newton às direções perpendicular (direção y) e paralela à superfície do plano inclinado (direção x), temos que:∑ Fy = N − P cos θ e como não há aceleração ao longo desta direção, Fy = 0 e, portanto: N − P cos θ = 0⇒ N = P cos θ = mg cos θ Ao longo da direção x temos:∑ Fx = P sin θ − Fk = mg sin θ − µkN = mg (sin θ − µk cos θ) Sendo assim, o módulo da resultante sobre o bloco, enquanto ele escorrega pelo plano inclinado, é dado por: Fres = mg (sin θ − µk cos θ) c) Esta questão pode ser revolvida através da equação da trajetória para o bloco ou utilizando-se conceitos de energia. y y y +1/5/56+ y Método 1 (Cinemática): De acordo com a segunda Lei de Newton, o movimento ao longo da direção x é dado por: Fx = ma⇒ mg (sin θ − µk cos θ) = ma⇒ a = g (sin θ − µk cos θ) Como se trata de um movimento com aceleração constante, a velocidade do bloco em qualquer instante de tempo é tal que: v(t) = v0 + at = g (sin θ − µk cos θ) t Agora, considerando a expressão para a posição do bloco em qualquer instante de tempo: x(t) = x0 + v0t+ a 2 t 2 e lembrando que x0 = 0, v0 = 0 e x(tf ) = hsin θ quando o bloco alcança a base do plano inclinado, temos: h sin θ = 1 2g (sin θ − µk cos θ) t 2 f ⇒ tf = ± √ 2h g (sin θ − µk cos θ) onde devemos considerar a solução positiva, já que a negativa não possui sentido físico. Sub- stituindo este último resultado para a expressão para a velocidade, obtemos que a velocidade escalar do bloco no instante em que ele deixa o plano inclinado é dada por: v = g (sin θ − µk cos θ) tf = g (sin θ − µk cos θ) √ 2h g (sin θ − µk cos θ) e, finalmente, após simplificações algébricas: v = √ 2gh ( 1− µk tgθ ) Método 2 (Energia): Como a única força não conservativa atuando no bloco é a força de atrito, temos que a variação de energia mecânica do bloco é dada por: ∆E = WFk = −mgµk cos θd onde d = hsin θ é a distância percorrida pelo bloco na direção x. Portanto: ∆E = ∆K + ∆U = −mgµk h tgθ Além disso, a variação de energia cinética (∆K) e potencial gravitacional (∆U) são: ∆K = mv 2 2 e ∆U = −mgh Finalmente substituindo o resultado acima na equação para a variação de energia: mv2 2 −mgh = −mgµk h tgθ ⇒ mv 2 2 = mgh ( 1− µk tgθ ) Portanto: v = √ 2gh ( 1− µk tgθ ) y y y +1/6/55+ y Questão 3 (25 pontos) Camila está desenhando uma rampa para uma estrada plana. A rampa tem um ângulo de 30,0◦ com o chão. Assuma que a massa de um carro é 2000,0 kg e a aceleração gravitacional é 9, 80 m/s2. Considere que a rampa está molhada, de tal forma que o atrito pode ser desprezado. a) (5 pontos) Escreva o vetor força peso. Assuma o sistema de coordenadas indicado na figura (eixo x paralelo ao plano). b) (10 pontos) Qual o trabalho realizado pela força peso durante a subida se a rampa possui um comprimento L = 50, 0 m e o carro percorre toda a rampa? c) (10 pontos) Se a velocidade de um carro é 30,0 m/s no início da rampa, qual é o comprimento mínimo da rampa necessário para que o carro pare ao final da rampa? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Não marque estas caixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Utilizando o sistema de coordenadas indicado e decompondo a força peso nas direções x e y, temos: Px = −mg sin θ e Py = −mg cos θ Portanto: ~P = −mg ( sin 30◦î+ cos 30◦î ) ' ( −9, 80̂i− 16, 97ĵ ) × 103N b) O trabalho realizado pela força peso pode ser obtido através da variação da energia potencial do carro ou através da expressão para o cálculo do trabalho: WP = ∆U = PxL = −mgL sin θ Logo: WP = −490 kJ c) Sabemos que o trabalho realizado pela força peso é igual à variação de energia cinética do carro: ∆K = Kf −K0 = WP = −mgL sin θ Se o carro para ao final da rampa, Kf = 0. Então: ∆K = 0− mv 2 0 2 = −mgL sin θ ⇒ L = v20 2g sin θ Portanto: L = 91, 84 m y y y +1/7/54+ y Questão 4 (25 pontos) Em um determinado experimento de movimento retilíneo uniforme, um carrinho passa por 2 intervalos de posição e tempo, os quais são medidos usando uma régua e um cronômetro. Os dados são coletados e inseridos na tabela abaixo: Intervalo I II Medida # LI (cm) ∆tI (s) LII (cm) ∆tII (s) 1 16,75 0,9391 16,10 0,9650 2 18,70 0,9242 18,00 0,9291 3 14,70 0,9150 14,10 0,9222 Média 17 0,94 Incerteza 1 0,01 a) (10 pontos) Complete na tabela acima a média das posições e dos intervalos de tempo com suas respectivas incertezas. b) (10 pontos) Encontre a velocidade média para cada intervalo e sua incerteza. c) (5 pontos) Usando o método dos mínimos quadrados e medidas em mais intervalos, um aluno encontrou os seguintes valores para os coeficientes angular (a) e linear (b) da reta para um gráfico de X vs. T : a = (17, 1± 0, 5) cm/s e b = (−0, 2± 0, 4) cm. Qual o significado físico dos parâmetros a e b? Você concluiria que o movimento é uniforme? Justifique. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Não marque estas caixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Calculando a média e a incerteza através da expressão para o desvio padrão, obtém-se: ∆t̄I ' 0, 9261s, σ∆t̄I ' 0, 007021s e L̄II ' 16, 066cm, σL̄II ' 1, 126cm Finalmente, escrevendo o resultado final com o número adequado de algarismos significativos, temos: ∆t̄I = (0, 926± 0, 007) s e L̄II = (16± 1) cm b) Temos: v̄I = L̄I ∆̄tI = 170, 926 ⇒ v̄I ' 18, 3585 cm/s v̄II = L̄II ∆̄tII = 160, 94 ⇒ v̄II ' 17, 02127 cm/s Utilizando o método de propagação de erros, temos que a incerteza da velocidade média é dada por: σv̄ = v̄ √( σL̄ L̄ )2 + ( σ∆̄t ∆̄t )2 Substituindo os valores numéricos disponibilizados na tabela acima e calculados no item ante- rior, obtém-se: σv̄I ' 1, 0888 cm/s e σv̄II ' 1, 0791 cm/s Finalmente, escrevendo o resultado final com o número adequado de algarismos significativos, temos: v̄I = (18± 1) cm/s, v̄II = (17± 1) cm/s y y y +1/8/53+ y c) De acordo com o modelo teórico (partícula em movimento retilíneo uniforme), os coeficientes angular e linear da reta que melhor se ajusta aos dados experimentais representam, respectiva- mente, a velocidade e a posição inicial da partícula. A comparação entre os parâmetros obtidos a partir do método dos mínimos quadrados com os resultados obtidos no item (b) nos permite concluir que, de fato, trata-se de um movimento uniforme já que, dentro do intervalo definido pelas respectivas incertezas todos os valores para a velocidade são consistentes. y y
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