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1 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Produção de Fósforo Ácido Fosfórico Superfosfatos 2 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Histórico Um comerciante alemão de Hamburgo, chamado Henning Brand, alquimista, conseguiu em 1669, obter fósforo elementar através da destilação da urina. Investigações posteriores, levadas a cabo por experimentalistas contemporâneos de Brand, revelaram que a adição de areia ou carvão à urina ajudava a liberação do fósforo nela presente. Cerca de um século após os trabalhos de Brand, descobriu-se que o fósforo é um importante constituinte dos ossos, introduzindo-se então um novo método de produção industrial de fósforo. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 3 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química No final do século XIX, James Readman desenvolveu o primeiro processo de produção do elemento com uma fornalha elétrica. Apesar de se terem feito muitos melhoramentos de design e operação das fornalhas elétricas, os princípios básicos do método de Readman para obter fósforo elementar mantêm-se na tecnologia atual. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 4 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Abundância O fósforo não é encontrado nativo na natureza, devido a sua reatividade, havendo jazidas relevantes no Marrocos, Rússia, Estados Unidos, Brasil, entre outros. O seu principal mineral é a Apatita - Ca5(PO4)3(F,OH,Cl). Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 4 5 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Aquecido em um forno a 1450°C em presença de sílica e carbono, o fosfato é reduzido a fósforo, que se libera na forma de vapor. 2Ca3(PO4)2 + 6 SiO2 +10 C → 6CaSiO3 + 10 CO + P4 ∆H = - 3084 KJ 6 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 7 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Propriedades físico-químicas Nome do Elemento: Fósforo Símbolo Químico: P N° atômico (Z): 15 Peso Atômico: 30,973762 Grupo da Tabela: 15 (VA) Configuração Eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 Classificação: Não Metal Estado Físico: Sólido (T=298K) Densidade: 1,823 g/cm3 (branco); 2,20 g/cm3 (vermelho); 2,70 g/cm3 (preto); 2,36 g/cm3 (violeta). Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 8 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Precauções O fósforo branco é extremamente venenoso e muito inflamável. Deve ser armazenado submerso em água. Em contato com a pele provoca queimaduras. A exposição contínua ao fósforo provoca a necrose da mandíbula. O fósforo vermelho se inflama espontaneamente na presença de ar. O fósforo vermelho pode transformar-se em fósforo branco. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 9 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Ponto de fusão (PF): 317,3 K e ponto de ebulição (PE): 550,0 K O fósforo tem várias formas alotrópicas. O fósforo branco-alfa consiste de tetraedros de P4. A forma branco-beta é estável abaixo de -77° C. Se o fósforo branco-alfa for dissolvido em chumbo e aquecido a 500° C obtém-se a forma violeta. O fósforo vermelho, que é uma combinação do branco e do violeta, é obtido por aquecimento do fósforo branco-alfa a 250° C na ausência de ar. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 10 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Também há uma forma alotrópica preta com estrutura do tipo do grafite, preparada por aquecimento do fósforo branco a 300° C com catalisador de mercúrio. O elemento é muito reativo. Forma fosfetos com metais e se liga covalentemente formando compostos de fósforo (III) e fósforo (IV). 11 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fósforo violeta Produção de ácido fosfórico Importante insumo na indústria de fertilizantes Pode ser produzido via acidulação da rocha fosfática ou forno elétrico Via forno elétrico, a sílica é adicionada ao forno junto com carbono (coque) e a rocha fosfática, gerando o silicato de cálcio 12 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Na produção do ácido fosfórico, o elemento fósforo condensado é queimado ao ar e o vapor de óxido de fósforo (P4O10) formado, reage com água para produzir ácido fosfórico , segundo as reações : 13 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 14 No processo via acidulação, a rocha fosfática é reagida com ácido nítrico ou clorídrico para obtenção do ácido fosfórico Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 15 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Tratamento da rocha fosfática Minério composto princiopalmente por fluoropatita, CaF2.3Ca3(PO4)2. Extração do minério de fósforo através de explosões. A britagem primária é feita na própria reserva. Mineração: desmonte da rocha fosfática (apatita) com explosivos 16 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Mina da Serrana em Cajati - SP, de onde se extrai rocha fosfática ígnea 17 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Processo utilizado pela empresa Serrana e descrito no site: http://www.serrana.com.br/nutricaoanimal/processodeproducao.asp Britagem primária, desmagnetização e flotação 17 18 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Cura e secagem 19 Ensacamento e expedição Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Nos anos recentes e até o dia de hoje a fabricação de ácido por via úmida foi consequência do aumento da demanda de fertilizantes de alto teor de fósforo. Da demanda de superfosfato triplo e dos fosfatos de amônio e dicálcico. Ação de um ácido mineral caracterizando-se por produção de baixo custo, grande volume e baixa pureza. (F, Al2O3, Fe2O3, SO4) Restrição a uso como fertilizante. Rocha fosfática + ácido mineral = H3PO4 + subprodutos (via ÚMIDA) Rocha fosfática P(fósforo elementar) P2O5 H3PO4 (via SECA) Via úmida – pode passar por diversas etapas de purificação – precipitação, extração com solvente aumenta seu campo de uso. 20 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida A reação acontece em duas etapas: CaF2.3Ca3(PO4)2 + 14H3PO4 + 10H2O 10Ca(H2PO4)2.H2O + HF 3CaH4(PO4)2 + 3H2SO4 + nH2O 3CaSO4.nH2O + 6H3PO4 Reações paralelas: formação de fosfatos Ca3(PO4)2 + 4H3PO4 3Ca(H2PO4)2 Ca3(PO4)2 + H3PO4 3CaHPO4 Formação de ácido fluorsilícico, fluorsilicatos Formação de sulfato de cálcio 21 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida O equipamento deve ser revestido com chumbo ou aço inoxidável ou tijolo a prova de ácido. O tempo de residência deve ser suficiente nos diversos agitadores afim de que a reação se complete. A temperatura no digestor deve ser suficientemente baixa para assegurar a precipitação do gesso (CaSO4.2H2O) e não da anidrita. O ácido obtido por esse processo é usado quase que inteiramente na produção de fertilizantes, onde as impurezas não tem importância ou na produção de fosfatos de sódio após certa purificação. 22 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Reações: CaF2.3Ca3(PO4)2 + 10 H2SO4 + 10 nH2O 10 CaSO4.nH2O + 2HF + 6H3PO4 Reações paralelas: Ca3(PO4)2 + 4H3PO4 3Ca(H2PO4)2 (formação de ácido monocálcico e dicálcico) Ca3(PO4)2 + H3PO4 3CaHPO4 (formação de ácido monocálcico e dicálcico) 6HF + SiO2 H2SiF6 + 2H2O (formação de ácido fluorsilícico) CaCO3 + H2SO4 CaSO4 + CO2 + H2O (formação de espuma e sulfato) 23 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida A forma de hidratação é controlada principalmente pela temperatura e pela concentração de P2O5 no ácido. Quanto maior a temperatura menor é o grau de hidratação do sulfato de cálcio. Dentro da regiãode estabilidade do dihidrato (CaSO4.2H2O), se procura trabalhar na maior temperatura possível (70-85°C) - maior velocidade de dissolução da rocha e menor solubilidade do sulfato de cálcio, facilitando sua filtração. 24 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Etapas: Primeira etapa: digestão da rocha pelo ácido sulfúrico _ Solubilização do fósforo contido _ Produção de sulfato de cálcio _ Ataque acontece na presença de ácido fosfórico livre: sem a presença de ácido ocorreria baixo rendimento - oclusão das partículas da rocha pelo sulfato de cálcio formado, ao mesmo tempo se aumenta a recuperação de P2O5. 25 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Objetivos da digestão: Recuperar como ácido fosfórico uma percentagem máxima de P2O5 contido originalmente na rocha, ou seja, maximizar a produção de P2O5. Pode haver 3 formas de perdas de P2O5 contido nas rochas: _ P2O5 não atacado (rocha que não sofreu reação) _ P2O5 cocristalizado com o sulfato de cálcio por substituição isomórfica dos íons sulfato por HPO42- devido à concentração muito alta de P2O5 no reator. _ H3PO4 perdido na torta de filtração por lavagem incompleta. 26 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Objetivos da digestão: Garantir o crescimento adequado dos cristais de CaSO4 para manter elevado rendimento do processo: _ O tempo de residência deve ser suficiente para que a reação se complete (1,5 a 12 horas). _ Como a etapa de filtração é a mais crítica e custosa do processo deve se formar cristais de sulfato de cálcio com forma e tamanho tais que filtração e lavagem possam ser efetuadas com rapidez e eficiência. 27 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida _ A temperatura governa a forma de cristalização do sulfato precipitado. _ No processo dihidratado a temperatura deve ser relativamente baixa (70-85 graus Celsius) assegurando a precipitação da gipsita (sulfato dihidratado) e não da anidrita (CaSO4) cuja posterior hidratação causa entupimentos na tubulação. _ A solubilidade do sulfato de cálcio é menor em temperaturas elevadas - altas temperaturas favorecem a formação dos cristais, mas desfavorecem seu crescimento. Deve-se usar a maior temperatura possível dentro da região de estabilidade do sal. 28 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida _ A concentração de P2O5 afeta as dimensões dos cristais. No processo dihidratado, se a concentração de óxido for acima de 32% os cristais de gipsita são muito pequenos, portanto a concentração de óxido deve ser mantida, no meio reacional em 30-32%. _ A concentração de ácido sulfúrico livre afeta a forma dos cristais e a eficiência do processo. _ Baixa concentração de ácido favorece a formação de fosfato dicálcico (CaHPO4.2H2O), insolúvel em água, aumentando as perdas de P2O5. 29 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Etapas: Segunda etapa: filtração _ Para a separação das fases líquida (ácido fosfórico) e sólida (sulfato de cálcio e materiais insolúveis derivados da rocha fosfática ou formados na reação). _ Uso de filtros rotativos, sob vácuo, com bandejas filtrantes e lavagem com água e ácido diluído. _ A velocidade de filtração depende da forma e tamanho dos cristais de CaSO4, a presença de materiais insolúveis, temperatura e viscosidade do ácido. A presença de argila na rocha causa redução na velocidade de filtração. 30 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida Etapas: Terceira etapa: concentração de ácido fosfórico _ Eleva-se o teor de P2O5 de 30-32% até 40-54% em uma ou duas etapas. Em geral é efetuada através de vaporização à vácuo. _ Antes da concentração ocorre a pptação de CaSO4 e fluorsilicatos, denominados lodos, que provocam incrustrações nas tubulações. _ A alta temperatura e reduzida pressão nos evaporadores causa a decomposição do ácido fluorsilícico (H2SiF6 SiF4 + HF), que é recuperado em lavadores com água ou H2SiF6 diluído. 31 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação de H3PO4 via úmida 32 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 33 Disciplina: Processos Industriais Inorgânicos Escola de Ciência e Tecnologia Profº Rodrigo da Silva PRODUÇÃO DE SUPERFOSFATOS 33 34 Escola de Ciência e Tecnologia O que são Superfosfatos ? São o composto de fósforo mais produzido pela indústria do fósforo, atualmente. Sua principal aplicação é como fertilizante pela indústria agroquímica. Pode ser subdividido em superfosfato simples e superfosfato triplo. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 34 35 Escola de Ciência e Tecnologia História Foi o primeiro fertilizante fabricado industrialmente, por volta de 1840, solubilizando-se ossos moídos com ácido sulfúrico e, posteriormente, rochas fosfatadas em tachos de ferro. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 35 36 Escola de Ciência e Tecnologia Obtenção do superfosfato O método mais importante de tornar os fosfatos utilizáveis como fertilizante é a acidulação da rocha fosfática por acido sulfúrico. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 36 37 Escola de Ciência e Tecnologia Superfosfato simples O superfosfato simples é um fertilizante mineral ou um formulado composto de 18% de P2O5, 16% de Cálcio (Ca) e 8% de Enxofre (S) Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 37 38 Escola de Ciência e Tecnologia Reações da produção de superfosfatos simples Reações: Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 38 39 Escola de Ciência e Tecnologia Fabricação superfosfato simples A fabricação do superfosfato simples envolve 4 etapas: Preparação da rocha fosfática Misturação com ácido Cura e secagem da lama graças ao término das reações Desmonte, moagem e ensacamento do produto acabado Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 39 Fabricação do superfosfato 40 Rocha Fosfática moída Alimentador-dosador Misturador de duplo cone - mistura com ácido Ácido sulfúrico Água – o calor de diluição auxilia o ácido a tornar-se aquecido para a reação. Amassadeira: misturação adicional e início do processo reacional. Câmara com esteira transportadora com velocidade controlada – 1 hora para secagem – Completamente isolada: fumos podem ser notados: ácidos e fluoretos Cortadeira – separa faixas do produto Transporte e empilhagem Período de cura: 10 a 20 dias até se atingir um teor de P2O5 solúvel e satisfatório para alimentação vegetal. Remoção de fumos através da passagem de corrente de água liberação para atmosfera Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 41 Escola de Ciência e Tecnologia Fabricação superfosfato simples Imagem 1: Fluxograma da fabricação de superfosfato simples Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 41 Fabricação do superfosfato A fabricação do superfosfato dá possibilidade de operação em plantas de pequena escala economicamente. O ácido sulfúrico reage com parte da rocha fosfática formando ácido fosfórico e sulfato de cálcio (sulfato de cálcio - recobre a apatita). O ácido fosfórico ataca a apatita não reagida para formar o fosfato monocálcico. Ca(H2PO4)2. 42 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação do superfosfato A diminuição da velocidade de reação na segunda etapa se deve aos seguintes fatores: _ Menor atividade do H+ do ácido fosfórico em relação ao ácido sulfúrico. _ Formação de película de sulfato de cálcio ao redor da apatita não reagida. _ Diminuição da área específica disponível para reação, pois as partículas mais finas já reagiram. 43 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação do superfosfato Reações:Ca3(PO4)2 + 2H2SO4 + 4H2O CaH4(PO4)2 CaF2 + H2SO4 + H2O CaSO4.2H2O + 2HF 4HF + SiO2 SiF4 + 2H2O 3SiF4 + 2H2O SiO2 + 2H2SiF6 (ácido fluorsilícico) 44 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação do superfosfato Reações principal: CaF2.3Ca3(PO4)2 + 7H2SO4 + 3H2O 3CaH4(PO4)2.H2O + 2HF + 7CaSO4 CaF2.3Ca3(PO4)2 = rocha fosfática 3CaH4(PO4)2.H2O = fosfato monocálcico CaSO4 = anidrita CaSO4.2H2O (gesso) 45 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação do superfosfato O ácido fluorídrico reage conforme reação anterior formando ácido fluorssilícico, sendo porém incompleta a remoção do flúor. Há excesso de consumo de ácido sulfúrico provocado por impurezas da rocha: CaCO3 Fe2O3 Al2O3 CaF2 46 O peso do produto pode aumentar em até 70% em relação à rocha fosfática a 70-75% de fosfato tricálcico. Forma-se um superfosfato com 16% a 20% de P2O5 solúvel. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Fabricação do superfosfato Preparação da rocha fosfática _ Pulverização da rocha: utilização de moderno equipamento de moagem e separação pneumática onde a maioria da rocha é cominuída a uma granulometria com 70% a 80% passando pela malha 200 (0,074 mm). _ Vantagens da pulverização: A reação é mais rápida, Utiliza-se o ácido com maior eficiência e por isso gasta-se menos ácido, Obtém-se um produto de teor mais elevado em melhores condições. 47 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 48 Escola de Ciência e Tecnologia Superfosfato Triplo O superfosfato triplo é um material fertilizante mais concentrado que o superfosfato simples, com até 51% de P2O5 solúvel, quase o triplo do teor do superfosfato simples. Na produção do superfosfato triplo a utilização do ácido sulfúrico é substituída pelo ácido fosfórico, isso por si só inibe a formação de sulfato de cálcio Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 48 Superfosfato triplo Fertilizante mais concentrado que o superfosfato ordinário. Contém 44 a 51% de fosfato solúvel Conseguido pela adição de ácido fosfórico sobre a rocha fosfática, não havendo portanto a formação de sulfato de cálcio diluente. CaF2.3Ca3(PO4)2 + 14H3PO4 10Ca(H2PO4)2 + 2HF 49 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Superfosfato triplo 50 Rocha fosfática moída Granulador: granulação e reação Ácido fosfórico Pré-aquecedor Depurador a úmido Água Resfriador Rotatório Ciclone Peneiras Finos Grossos Moinho Vapor de água Armazenagem a granel Ensacamento Transporte Ideais Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Superfosfato triplo 51 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Superfosfato triplo Introdução de ácido fosfórico e rocha fosfática moída no granulador (vaso cilíndrico que gira em torno de um eixo horizontal com descarga via transbordamento) – reação e granulação. Umidade e temperatura necessárias para granulação apropriada são conseguidas através de adição de água e/ou vapor de água. 52 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Superfosfato triplo O ácido fosfórico é injetado uniformemente sob o leito do material através de um tubo perfurado – HOMOGENIZAÇÃO. Os grânulos do produto saem do granulador e entram em um resfriador rotatório, onde são arrefecidos e secados por um fluxo de ar em contra-corrente - SECAGEM VIA CONVECÇÃO FORÇADA. Os gases do resfriamento passam pelo por um CICLONE onde se coleta a poeira, que é reconduzida ao granulador. 53 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Superfosfato triplo O produto resfriado é peneirado, sendo o material grosseiro moído e conduzido juntamente com os finos para o granulador. O produto é então é levado para um depósito à granel, onde sofre uma cura de uma a duas semanas, durante as quais avança a reação do ácido e da rocha aumentando a disponibilidade de P2O5 assimilável para as plantas. 54 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química Superfosfato triplo Os gases da descarga do granulador e do resfriador são lavados com água para remover os sílico-fluoretos. O custo do processo é mais elevado que o do superfosfato comum. A desvantagem do custo é contrabalanceada com a possibilidade de se usar rocha fosfática de natureza inferior. Sem reações secundárias possíveis pelo uso de ácido fosfórico. 55 Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 56 Escola de Ciência e Tecnologia Reação do superfosfato triplo Reação: Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 56 57 Escola de Ciência e Tecnologia Fabricação do superfosfato triplo Imagem 2: Fluxograma de fabricação do superfosfato triplo. Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 57 Fabricação do superfosfato - Exercício 58 Em uma fábrica de fertilizantes, se produz o fertilizante “superfosfato”, tratando fosfato de cálcio com 92% de pureza pelo ácido sulfúrico concentrado, de acordo com a seguinte reação: Ca3(PO4)2 + 2H2SO4 2CaSO4 + CaH4(PO4)2 Em um teste realizado, foram misturados 0,50 Mg de fosfato de cálcio com 0,26 Mg de ácido sulfúrico, obtendo-se 0,28 Mg de superfosfato, CaH4(PO4)2. Calcule: O reagente limitante A % de excesso de reagente O grau de conclusão da reação A % de conversão de fosfato em superfosfato Dados: Ca3(PO4)2 = 312,58 kg/mol H2SO4 = 98,08 kg/mol CaH4(PO4)2 = 234,06 kg/mol Escola de Ciências e Tecnologia Curso: Engenharia Química 59 Escola de Ciência e Tecnologia Referências bibliográficas http://www.dequi.eel.usp.br/~acsilva/4%20-%20Fosforo%20e%20Acido%20Fosforico.pdf 59