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“Filme Lutero” O Presente filme aborda a questão da reforma Protestante em discordância com as práticas da igreja Católica. As cenas que mais me chamaram a atenção foi o momento em que Martinho visita Roma. Em Roma Martinho encontra uma cidade devastada e corrompida pelo pecado. Ao cruzar os portões da "metrópole", encontrou uma cidade deturpada, um mercado da fé. Haviam prostíbulos exclusivos para monges, vendas de artigos e imagens religiosas, com promessas de salvação. A igreja romana estava vendendo papéis (indulgências), onde “prometiam” aos fiéis à certeza da salvação, e uma vez obtidas o comprador ganhava desde a diminuição de seu sofrimento no purgatório pós-morte, até a absolvição absoluta de seus pecados. Estava em leilão uma passagem direta ao paraíso dependendo da quantia disposta e ao retornar para sua cidade a conclusão que Roma é um “circo”, um “esgoto vivo”, que lá se compra de tudo. E a cena em que ele vai para Witttenberg para estudar o novo testamento da bíblia e para se tornar doutor em teologia. Seu mentor espiritual e pai na fé, observando as necessidades de Lutero, convencido de sua inteligência e potencial o enviou para Wittenberg para se doutorar em teologia, e também para estudar o novo testamento, que se entende no filme que ele nunca havia estudado. A imagem que coloquei acima foi a que me chamou a atenção, que é onde Martinho questiona seu professor que está que está ensinando o V CONCILIO DE LATRÃO escrito por São Cipriano de Cartago, “Fora da Igreja não há salvação”. A leitura da Bíblia levou Lutero a realizar novas interpretações da fé cristã e foi isso que o levou a questionar seu professor; dizendo que a salvação de cada pessoa era obtida pela fé, pois, de acordo com o texto bíblico, “o justo viverá pela fé”. E que sim, poderia haver salvação fora da igreja, embora não fora de Cristo. Essa posição tornava a questão das indulgências mais absurda ainda aos olhos de Lutero e daí vinha sua revolta contra essa prática. Conclusão: Essas duas cenas do filme, me fez pensar muito sobre a ALEGORIA DA CAVERNA, elaborada por Platão e contida em sua obra A República. Em que um dia, um dos prisioneiros é liberto e começa a explorar o interior da caverna, descobrindo que as sombras que ele sempre via eram, na verdade, controladas por pessoas atrás da fogueira. O homem livre sai da caverna e encontra uma realidade muito mais ampla e complexa do que a que ele jugava haver quando ainda estava preso. Para Platão, a educação é uma questão pessoal, que representa a transição da escuridão para a luz. O conhecimento é a iluminação do saber. Foi o que Martinho buscou, não quis ficar preso na religiosidade da igreja católica e foi buscar o verdadeiro conhecimento que trouxe ele para a luz. Com isso, Martinho “muda cabeças e abre olhos”, que era o que seu mentor espiritual esperava dele. Referências: Video: Martinho Lutero (2003) – Portugues. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=6s2yErEe7tc. Acesso em: 14/10/2020. RODRIGUES, Elza Maria. Um breve estudo sobre a educação na República de Platão. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual de Campinas. Campinas-SP, 2007. Acessado em 15/10/2020. https://www.youtube.com/watch?v=6s2yErEe7tc
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