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Relatório de vídeo "Filosofia da Educação, Sócrates, Platão, Aristóteles", documentário Filósofos e a Educação, com a participação do professor Antonio Joaquim Severino. A filosofia socrática se contrapõe aos sofistas, que acreditavam que cada indivíduo constrói sua própria verdade. Portanto, o que é verdade para um indivíduo, pode não ser para o outro. “O homem é a medida de todas as coisas”. Já Sócrates defendia a verdade absoluta e as verdades de valor universal, sendo extremamente crítico quanto ao sofismo, pois fazia uso da retórica e do relativismo como ferramentas a fim de atingirem objetivos particulares. A MAIÊTICA era um método para chegar ao conhecimento. Ele tinha um método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a perceber por si só sua ignorância sobre os assuntos tratados. Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo às perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade. Para Sócrates, o conhecimento está dentro de cada pessoa. Todos teriam as ideias na sua essência, no mundo das ideias. Portanto, bastaria fazer um esforço para recordar. Para Platão, as ideias não são, por conseguinte, simples conceitos ou representações mentais. Não são simples pensamentos, mas aquilo que o pensamento pensa quando liberto do sensível. Constituem o verdadeiro ser, o ser por excelência. São as essências das coisas. Aquilo que faz com que cada coisa seja aquilo que é. Representam o modelo permanente de cada coisa. São, de acordo com Platão, em si e por si. Isto indica seu caráter de não relatividade e de estabilidade. Afirmar, portanto, sua existência em si e por si significa confirmar o caráter absoluto das ideias. Ou seja, não são apenas relativas a um sujeito particular, tampouco são realidades que possam ser forjadas ao sabor dos caprichos e gostos de cada sujeito. Mas, pelo contrário, impõem-se de modo absoluto. São, portanto, o ser verdadeiro. Como vimos Platão achava que as ideias seriam mais reais que a própria realidade, ou seja, as ideias seriam tão perfeitas que o mundo real nunca seria perfeito como as ideias humanas. Aristóteles discordava disso. Acreditava que todos os indivíduos são compostos por matéria e forma; A matéria e a forma considerava o pensador, são indissociáveis estando unidas no mundo natural. Por este motivo, somente o nosso intelecto, nossa ideia (abstração racional) teria a capacidade de separá-las. Assim, Aristóteles nos leva a “teoria do ser”. Todo ser possui um “ato”, o “ato” é o ser em si mesmo. E todo ser possui uma “potencia”, por exemplo, uma semente. Em ato: a semente em si; em potencia: uma flor, uma árvore. Do mesmo modo todo ser possui uma “forma” em si mesmo, dando a este ser sua originalidade. A “forma” de um ser são as suas próprias características. Já, todo ser além de possuir uma “forma” possui também uma “substância”. Assim, cada ser existe em decorrência da união de matéria e forma, substancias acidentes de essência e existência. Sobre os principais educadores da nova sociedade Europeia o vídeo destaca Santo Agostinho, (354-430) e Santo Tomas de Aquino (1225-1274). Com forte influência das ideias platônicas para Agostinho, só é possível explicar como o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas a partir da elaboração da doutrina da iluminação divina, que é uma adaptação cristã da “Alegoria da caverna”, de Platão. Em ambas, o conhecimento, por intermédio da Educação, é um sol que ilumina. No caso de Platão, seriam as ideias do mundo inteligível a iluminar a razão; no caso agostiniano, seria a luz divina do Deus cristão a iluminar a alma. De qualquer forma, em ambos os casos, o conhecimento é reminiscência, recordação. Contudo, o pensamento de Agostinho afasta-se de Platão por entender o inteligível na alma como descoberta de um conteúdo passado, mas como irradiação divina no presente. A alma não teria existido anteriormente e contemplado as ideias, mas existiria uma luz eterna da razão vinda de Deus que atuaria em nós, possibilitando o conhecimento das verdades eternas. Já Tomas de Aquino inovou ao trazer para o seu pensamento uma junção da Filosofia grega com a Teologia cristã, defendendo que os dois modos deveriam ser unidos para formar-se o pensamento cristão, que não poderia deixar de lado o conhecimento das ciências e da Filosofia. Era fundado, a partir daí, o que ficou conhecido como Filosofia aristotélica-tomista, ou simplesmente tomismo, devido à junção de elementos da Filosofia aristotélica com a Filosofia e a Teologia cristãs. A concepção essencialista, segundo aquilo que é o homem é definido por uma essência anterior ou exterior a ele, essa concepção afirma que o homem têm uma essência a ser atingida com a educação, daí a relação com a educação. Nessa perspectiva o educador define de antemão o que constitui essa essência humana, para saber que tipo de adulto se quer formar. Assistindo este documentário pude perceber que a Filosofia e a Educação caminharam juntas nos períodos antigo, medieval e moderno. Houve uma mútua determinação entre Filosofia e Educação nessas respectivas épocas, apesar dos diferentes graus de contribuição na formação da imagem do homem e do mundo. A Educação não tem um fim em si mesmo nem tampouco é neutra, mas, sim, busca a manutenção ou transformação social. Nessa perspectiva, ela procura por pressupostos orientadores da formação dos homens e da convivência entre eles e é a Filosofia quem possibilita tal reflexão. Assim, o grande papel da Educação seria ajudar os indivíduos a alcançarem aquele modelo idealizado de homem. Referências: GUIDINI, Fernando. MARTINS, Pura Lúcia Oliver. PEDAGOGIA DA ESSÊNCIA: CONTEXTO, PRINCÍPIOS, RELAÇÕES. IX EDUCERE - Congresso Nacional de Educação. III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia da PUCPR. Curitiba, 2009. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2009/2556_1289.pdf. ROVIGHI, Sofia. História da filosofia moderna. São Paulo, Loyola, 1999. SUCHODOLSKI, Bogdan. A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa: Livros Horizonte, 1992, 4 ed. Video: "Filosofia da Educação, Sócrates, Platão, Aristóteles", documentário Filósofos e a Educação, com a participação do professor Antonio Joaquim Severino. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=6s2yErEe7tc. OLIVEIRA, Marco. "Sofistas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/os-sofistas.htm. Acesso em 13 de outubro de 2020. https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2009/2556_1289.pdf https://www.youtube.com/watch?v=6s2yErEe7tc https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/os-sofistas.htm
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