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Melhoramento de Plantas alógama

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Melhoramento genético de 
plantas alógamas
Prof°: Paulo Ricardo dos Santos
Universidade Federal do Cariri – UFCA
Genética e Melhoramento Vegetal
Centro Acadêmico de Ciências Agrárias e Biodiversidade
Rua Ícaro de Sousa Moreira, s/n - Bairro Barro Branco Crato – Ceará – CEP: 63.130-025
2
Espécies alógamas – Reprodução via fecundação cruzada (mais de 95% de
cruzamentos).
Definição: “Comunidade reprodutiva composta de organismos de fertilização
cruzada, os quais participam de um mesmo conjunto de genes” (Dobzhansky,
1951).
Exemplos: milho, girassol, mandioca, cana-de-açúcar, cebola, cenoura, beterraba
etc.
Introdução
3
Monoicia;
Dioicia;
Dicogamia – Protandria; 
– Protoginia;
Autoincompatibilidade – Gametofítica 
– Esperofítica.
Mecanismos que favorecem a alogamia
4
⇒ Supondo 1 loco com dois alelos
f(A) = p
f(a) = q
p+q = 1
Devido a troca de genes ao acaso, tem-se:
Populações de espécies alógamas: indivíduos “trocam” genes por ocasião da
reprodução; uma população partilha de um mesmo conjunto gênico através
das gerações.
⇒ Denominando: f(A) = p, f(a) = q
⇒ Como consequência tem-se uma elevada frequência de heterozigotos
⇒ Manutenção da carga genética na população, que é a manutenção de
genes letais e deletérios
Estrutura Genética de População – Plantas Alógamas
Cruzamentos ao acaso
5
Na geração seguinte tem-se as seguintes proporções genéticas:
Na ausência de seleção, mutação, migração e oscilação genética, a estrutura das
populações permanece inalterada através das gerações:
EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG.
Estrutura Genética de População – Plantas Alógamas
AA = p2
Aa = 2pq
aa = p2
(p+q) (p+q) = p²+2pq+q²=1
F1 : Aa
p q
6
7
❑ As plantas alógamas sofrem algumas consequências devido a alogamia
1) Plantas da população têm vários locos em heterozigose – permanência de
alelos recessivos deletérios e/ou letais na população (carga genética)
2) Depressão por endogamia acentuada devido a heterozigose e carga
genética elevada
3) Genitores não transferem seus genótipos para os descendentes; estes são
formados a cada geração aleatoriamente.
4) Variabilidade genética associada a homozigose e heterozigose
Consequências da alogamia
8
❑ As plantas alógamas sofrem algumas consequências devido a alogamia
5) Nos programas de melhoramento de espécies alógamas, utiliza-se
normalmente da endogamia obtida artificialmente, mas no final do processo a
alogamia natural deve ser restaurada.
6) Como os genitores não transferem os genótipos aos descendentes, o
melhoramento destas espécies visa aumentar as frequências dos alelos
favoráveis, e com isto melhorar as performances das populações (variedades)
7) A fixação de genótipos é feita através do método de híbridos, que são
obtidos via endogamia e posterior hibridação.
Consequências da alogamia
9
Seleção em espécies alógamas
Plantas selecionadas
População MelhoradaPopulação Original
✓ Para que haja melhoramento genético, os indivíduos selecionados
devem dar origem a descendentes superiores (fundamentos de todo o
melhoramento genético).
DUAS LINHAS PRINCIPAIS: 
- Variedades de polinização aberta
-Híbridos - quase totalidade sementes comercializadas e plantadas atualmente 
* NÃO SÃO INDEPENDENTES 
Métodos e estratégia de melhoramento 
1. Melhoramento populacional – Seleção Recorrente 
2. Uso de híbridos – Obtenção de linhagens para produção de híbridos
Recursos para iniciar o programa de melhoramento: 
1. População grande 
2. Variabilidade genética
Basicamente duas abordagens metodológicas:
- Unidade de seleção = indivíduo (seleção massal)
- Unidade de seleção = progênie (seleção recorrente com MI, IG, S1, S2)
Métodos e estratégias de Melhoramento de plantas – Alógamas
11
12
13
14
15
16
17
❑ Seleção Recorrente
A seleção recorrente é qualquer sistema designado para aumentar
gradativamente a frequência de alelos desejáveis para características
quantitativas, por meio de repetidos ciclos de seleção, sem reduzir a variabilidade
genética da população.
Métodos de Melhoramento de Alógamas
ഥ𝑿𝟐 > ഥ𝑿𝟏 > ഥ𝑿𝟎
❑ Seleção Recorrente
A seleção recorrente é qualquer sistema designado para aumentar
gradativamente a frequência de alelos desejáveis para características
quantitativas, por meio de repetidos ciclos de seleção, sem reduzir a variabilidade
genética da população.
Métodos de Melhoramento de Alógamas
Métodos de Melhoramento de Alógamas – Seleção Recorrente
Pode ser conduzida para melhoramento de uma única população-base
– Melhoramento intrapopulacional.
Melhoramento de simultâneo de duas populações
– Melhoramento interpopulacional
⇒ visa desenvolvimento de linhagens com alta capacidade de combinação para
obtenção de híbridos
⇒ Mais complexa
⇒ demanda mais mão-de-obra durante sua condução.
21
Figura 1. Ciclos de seleção recorrente a partir da população inicial C0
Seleção Recorrente – Etapas
22
23
Os principais métodos de seleção recorrente intrapopulacional
- Fenotípica,
- Fenotípica estratificada
- Meios-irmãos
- Irmãos completos
- Linhagens endogâmicas
Seleção recorrente intrapopulacional
Fase 1: Obtenção de progênies
Etapas da seleção recorrente
24
25
26
Seleção recorrente intrapopulacional
Fase 2: avaliação e seleção das melhores progênies – 100 a 500 progênies.
Seleção das progênies superiores
- 10 a 20% das progênies avaliadas
Depende dos objetivos do programa
27
28
29
30
31
32
33
Proposto por Comstock, Robison e Harvey (1949).
A proposta dos autores foi que:
A seleção recorrente feita de forma simultânea em duas
populações produz uma maior resposta da heterose, ou ainda,
maior eficiência para explorar a heterose inter-varietal.
Seleção recorrente interpopulacional – Duas populações 
34
Seleção recorrente interpopulacional – Duas populações 
35
Seleção recorrente interpopulacional – Duas populações 
Fase 1: obtenção de progênies interpopulacionais (avaliação) e
progênies intrapopulacionais (recombinação)
População A População B
36
Seleção recorrente intrapopulacional
Fase 2: avaliação e seleção das melhores progênies das Pop. A’ e Pop. B’
Seleção das progênies superiores
- 10 a 20% das progênies avaliadas
Depende dos objetivos do programa
37
Seleção recorrente intrapopulacional
Fase 3: Recombinação dos genitores dos melhores híbridos
✓ Apenas a progênies das plantas que produziram os melhores Híbridos
Interpopulacionais
✓ Dentro de cada grupo heterótico
Obtenção de 
linhagens
Melhoramento de 
linhagens
Produção de Híbridos
Programa para obtenção de híbridos
39
Base genética
•Para espécies alógamas, como o milho e o girassol, que não podem ser
propagadas vegetativamente, a seleção é feita via endogamia – hibridação
(método de obtenção de híbridos)
Obtenção de híbridos
Objetivo: selecionar e reproduzir os genótipos das plantas superiores
Como proceder?
- Obter linhagens puras (homozigóticas) que podem ser reproduzidas.
autofecundações sucessivas (endogamia)
- Cruzá-las e selecionar o melhor cruzamento (híbrido), que pode ser obtido
indefinidamente, uma vez que os genótipos das linhagens podem ser mantidos
e multiplicados
40
Obtenção de híbridos
41
Obtenção de híbridos
População
Alógama
S0
S3
S1
S2
Pólen
Gerações de autofecundação
Depressão endogâmica
De onde são extraídas? 
✓ Populações, variedades sintéticas, híbridos comerciais
42
Notar: o híbrido selecionado refere-se a um genótipo existente na população,
sendo apenas extraído desta. Portanto, o programa de híbridos não gera novos
genótipos
• Exemplo: duas linhagens L1 e L2, homozigóticas (reproduzíveis):
Obtenção de híbridos
L1: AAbbCCDDeeff
L2: aaBBccDDeeFF
Gametas - L1: AbCDef e L2: aBcDeF
L1 x L1: AAbbCCDDeeff = L1
L2 x L2: aaBBccDDeeFF = L2
Híbrido L1 x L2: AaBbCcDDeeFf
43
❑ Obtenção de híbridos por meio do cruzamento entre as linhagens
endogâmicas (hibridação)
✓ Restaurar condição heterozigótica da espécie – natural✓ Explorar a HETEROSE – Vigor Híbrido
✓ Diferentes tipos de HÍBRIDOS podem ser obtidos 
Obtenção de híbridos
44
45
46
47
48
49
50
51
52
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56
57
58
Teste de heterose de híbridos de Jones (1928)
59
Tipos de híbridos Cruzamentos envolvidos
1. Intervarietal Variedade A x Variedade B
2. “Top cross” Linhagem x Variedade
3. Híbrido múltiplo Lin. [(AxB) x (CxD) x (ExF) x (GxH)]
4. Híbrido duplo (Lin. A x Lin. B) x (Lin. C x Lin. D)
5. Híbrido triplo modificado (Lin. A x Lin. B) x (Lin. C x Lin. C’)
6. Híbrido triplo (Lin. A x Lin. B) x Lin. C
7. Híbrido simples modificado (Lin. A x Lin. A') x Lin.B
8. Híbrido simples (Lin. A x Lin. B)
Tabela 1. Tipos de híbridos e parentais
⟹ Ordem decrescente de variabilidade;
‘⟹ Linhagens muito próximas geneticamente – sister lines
Obtenção de híbridos
Híbrido Intervarietal : (Variedade A x Variedade B);
Variedade
61
Híbrido TopCross
62
Semente 
Comercial de HS
Semente
Comercial de HT
F1
L1♀ L2 ♂
L1♀ L2 ♂
F1
L3 ♂
HS
Híbrido Simples e Triplo
HS ♀
Híbrido Simples Modificado (Lin.A x Lin.A’) x Lin.B;
Lin.B
HSM’
HS’
Lin.A Lin.A’
HS’
Híbrido Triplo Modificado (Lin.A x Lin.B) x (Lin.C x Lin.C’)
Lin.C
HTM’
HS
Lin.A Lin.B
Lin.C’
HS’
65
Semente 
Comercial de HD
F1
L1♀ L2 ♂
HS ♀ HS ♂
F1
L3♀ L4 ♂
Híbrido Duplo
HD
66
HS
HD
VPA
HT
Custo de 
sementes
Produtividade Exigência 
ambiental
Comparação diferentes tipos de híbridos:
67
29.8
32.7
34.8 35.7
37.6
40
44 44.1
46
50.3 48.75
23.8 22.9 20.5 22.4 22.7 22.3 20.7 20.3 20.1 19.6 18.4
38 36.9
31.3
29.7 28.4
25.3 24 24.8 24.1
22.3 22
9.3
14.2 13.4 12.2 11.3 12.4 11.3 10.3 9.7 9.6 10.9
0
10
20
30
40
50
60
P
o
rc
en
ta
g
em
 %
H SIMPLES H DUPLO H TRIPLO VARIEDADES
Figura 1. Evolução da distribuição percentual dos diferentes tipos de cultivares
convencionais de milho disponíveis no mercado de sementes do Brasil de
2000/01 – 2010/11 (CRUZ et al., 2011).
68
Número de linhagens para obter híbridos
69
70
71
72
Produção Comercial de Híbridos
Linhagens Elites
Estoque Genético
Multiplicado
Fenótipos Atípicos 
Eliminados
Características agronômicas
❖ Resistência a moléstias
❖ Espiga baixa
❖ Colmo resistente
❖ Possibilidade de colheita 
Mecanizada
73
74
Objetivos
Obter linhagens mais vigorosas, resistentes a doenças e pragas.
Produção de sementes de híbridos:
1. Manutenção e multiplicação das linhagens;
2. Cruzamento das linhagens;
75
76
Recomendação de Cultivares de Milho
para o Nordeste Brasileiro: Ensaios
Realizados no Ano Agrícola de 2003 -
2004
77
78
79
Recomendação de híbridos de Milho
para o Nordeste Brasileiro: Ensaios
Realizados no Ano Agrícola de 2003 -
2004
80
Tabela 3. Rendimentos médios de grãos 
(kg/ha) obtidos nos ensaios de avaliação de 
híbridos. Região Nordeste do Brasil, 2003 -
2004
81
Campo de produção
Polinizador Bom
Campo de produção
Polinizador Ruim
84
A A A C C C
D D D DB B B B
Primeira Estação
Sementes de HSAB Sementes de HSCD
85
HSAB HSAB
-------HSCD-------
FIGURA 2. Esquema para produção de híbridos duplos de milho 
em campo isolado. Sementes do HDABCD são colhidas nas plantas 
HSCD na segunda estação
Segunda Estação
86
Figura 1. Média de produtividade de milho nos E. U. A. desde a 
guerra civil até os dias atuais (SEED NEWS, 2010) 
87
Prof°: Paulo Ricardo dos Santos
prs_ufal@hotmail.com

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