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Aulas Silvia Intoxicacao Alimentar e Plantas Ornamentais

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Intoxicação por 
Alimentos e Plantas 
Ornamentais 
Profa Dra Silvia Franco Andrade
UNOESTE - Presidente Prudente - SP
Intoxicação por 
Alimentos
Origem da Intoxicação 
alimentar
Alimentos 
contaminados
Alimentos não 
contaminados
Transtornos gastrointestinais (cólica, vômito e 
diarreias) além de outros sintomas (tremores, 
convulsão, sedação, etc)
Bactérias, toxinas, 
fungos e parasitas
Substâncias que desencadeiam 
reações adversas
1. Chocolate, café e 
chá
2. Alho e cebola
3. Abacate e caroço 
de caqui, pêssego e 
ameixa
4. Cogumelo
5. Batata crua e 
tomate cru
Intoxicações Alimentares Mais 
Comuns em Cães e Gatos
(alimentos não contaminados)
Intoxicações Alimentares Mais 
Comuns em Cães e Gatos
(alimentos não contaminados)
6. Macadâmia, Nozes 
e Amendoim 
7. Uvas e Passas 
8. Xilitol 
10. Fermento 
químico e biológico 
11. Leite e Ovo cru
9. Álcool 
Chocolate, Café e CháChocolate, Café e Chá
Além de ser rico em gordura (que acarreta 
problemas pancreáticos) o chocolate possui duas 
substâncias tóxicas: a cafeína e a teobromina
(encontrada no cacau) que são rapidamente 
absorvidas após ingestão oral e são estimulantes 
poderosos do sistema nervoso central e do coração. 
O café e o chá em grandes quantidades (cafeína). 
Como o fígado dos cães não metaboliza essas substâncias com a rapidez do 
nosso fígado, elas ficam agindo de forma intensa no organismo.
A cafeína em grandes quantidades causa excitação do SNC e alterações na PA. 
A teobromina provoca um intenso aumento da FC e PA associado à uma 
grande estimulação do cérebro, ocasionando arritmias cardíacas graves em 
cães. A maior ocorrência da intoxicação por chocolate é na Páscoa.
A percentagem deste composto varia com o tipo de chocolate, sendo o branco 
o mais inócuo e o preto o mais tóxico. Assim, quanto mais escuro, “puro e 
concentrado” for o chocolate, mais teobromina possui e consequentemente 
maior o risco de intoxicação (cacau 50%, 70%, 90%).
Chocolate, Café e CháChocolate, Café e Chá
Sinais Clínicos
• Vômito e diarréia
• Aumento no consumo de água
• Dilatação abdominal
• Agitação, tremores e convulsões
• Taquicardia e respiração ofegante
• Cianose
• Coma e morte
Tratamento
1. Indução do vômito ou lavagem com carvão ativado (até 2 horas pós 
ingestão); 2. fluidoterapia; 3. Monitoração cardíaca; 4. Controle da agitação 
ou convulsões (diazepam); 5. Manter o animal sondado porque a teobromina 
pode ser reabsorvida pela vesícula urinária, portanto mantenha a vesícula 
urinária vazia.
Internação
Os sinais clínicos podem durar de 24 a 72h devido à ½ vida longa da 
teobromina em cães (17,5h para teobromina e 4,5h para cafeína). Manter 
internado até a recuperação total.
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Alho e CebolaAlho e Cebola
Estes vegetais contem substâncias denominadas de 
dissulfídeos ou compostos sulfurados que causam 
danos à superfície das hemácias, por meio de 
oxidação, causando o seu rompimento. O 
resultado disso é a formação de corpúsculos de 
Heinz acompanhada de anemia hemolítica. Os 
corpúsculos de Heinz são acúmulos focais de 
hemoglobina desnaturada dentro do eritrócito. 
Gatos são mais susceptíveis a esta intoxicação do 
que cães. A cebola possui maior concentração de 
compostos sulfurados do que o alho e, portanto, é 
mais tóxica. 
Sinais Clínicos: característicos da anemia hemolítica e inclui anemia, 
hemoglobinúria em animais severamente afetados, dispneia, vômito, diarréia, 
letargia, prostração e inapetência.
Tratamento: transfusão de sangue, suplementação de ferro, eritropoietina 
recombinante e a retirada da cebola ou alho da alimentação. 
Abacate e caroço de caqui, 
pêssego e ameixa
Abacate e caroço de caqui, 
pêssego e ameixa
ABACATE: As folhas, frutas, sementes e polpas 
de abacates contêm a substância persina que pode 
causar vômito e diarréia, aumento sérico de 
lipídeos e enzimas hepáticas em cães.
Tratamento: sintomático e suporte. 
CAROÇO DE CAQUI, PÊSSEGO E AMEIXA: O 
problema são os caroços, não a polpa. As do caqui 
podem causar inflamação do intestino delgado, 
assim como obstrução intestinal. O caroço do 
pêssego e da ameixa contem cianeto, uma toxina 
para cães e seres humanos. 
CogumeloCogumelo
Alguns cogumelos contém substâncias tóxicas, 
entre eles, os cogumelos que contem amanita
tendem a causar intoxicações mais graves e 
incluem os cogumelos popularmente 
conhecidos como "chapéu da morte" ou o 
"anjo da destruição" (Amanita phalloides, A. 
virosa), "cogumelo bobo" (A. verna). A DL-50 
para cães da etil--amanita é de 0,5 mg/kg por 
peso vivo, considerando que a concentração 
média de amanita é de 4mg por grama de 
cogumelo, a ingestão de 2 cogumelos pode ser 
potencialmente letal para um cão adulto 
enquanto uma quantidade menor pode matar 
um filhote. A intoxicação pode ocorrer 
quando animais ao campo encontram e 
consomem estes cogumelos selvagens.
Sintomas: De 20 min a 8 h após a ingestão. Insuficiência renal e hepática, dor 
abdominal, delírios, alucinações, vômito, diarréia, convulsões e morte. 
Amanita phalloides
(chapéu da morte)
Amanita virosa
(chapéu da morte)
Amanita verna
(cogumelo bobo)
Tratamento: Indução do vômito ou lavagem gástrica com carvão ativado em até 2 
horas após a ingestão, tratamento sintomático e de suporte. 
Batata Crua e Tomate Cru Batata Crua e Tomate Cru 
Batatas (batata inglesa, batata doce, inhame e 
cará) e tomates pertencem à Família 
Solanaceae que podem produzir metabólitos 
secundários biologicamente ativos 
denominados de solamina, toxina que pode 
deprimir ou excitar o sistema nervoso central 
e provocar distúrbios gastrointestinais.
A batata crua e os tomates verdes crus são 
mais tóxicos. Folhas, raízes e talos crus 
também são tóxicos. Não há problema na 
ingestão desses alimentos cozidos.
Tratamento: sintomático e suporte. 
Sintomas: Depressão do SNC, vômito, diarréia, tremores, 
convulsões e arritmias cardíacas. 
Macadâmia, Nozes e Amendoim Macadâmia, Nozes e Amendoim 
Macadâmia, nozes e amendoim são tóxicos 
para cães, e a macadâmia e as nozes podem 
inclusive induzir pancreatite. O amendoim 
pode induzir uma reação alérgica grave. Estes 
alimentos se estiverem mofados podem estar 
contaminados com micotoxinas. 
Tratamento: sintomático e suporte. 
Sintomas: Fraqueza, depressão, vômito, ataxia, tremor, 
hipertermia, dores abdominais e mucosas pálidas. O começo 
dos sinais clínicos ocorrem em menos de 12 horas da 
ingestão. A duração dos sinais clínicos para a maioria de 
casos foi inferior a 24 horas. O mecanismo da síndrome 
ainda é desconhecido. 
Uvas e PassasUvas e Passas
As uvas e passas causam aparentemente dano 
renal, porém o mecanismo desta ação ainda 
não foi esclarecido. Há cães que ingerem estes 
alimentos e não se intoxicam e outros que 
desenvolvem até insuficiência renal e morte.
Tratamento: sintomático e suporte. 
Sintomas: Aumentos séricos de ureia e creatinina, além de 
alguns animais desenvolverem necrose tubular renal. Os 
sinais clínicos são vômito, diarréia, anorexia, fraqueza, 
oligúria e letargia. 
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XilitolXilitol
O xilitol é um adoçante natural encontrado 
nas fibras de muitos vegetais, incluindo 
milho, framboesa, ameixa, entre outros. O 
xilitol é tão doce quanto a sacarose, mas 
cerca de 40% menos calórico. É 
extensamente usado em gomas isentas de 
açúcar para a fabricação de doces, balas, 
gomas de mascar, etc. 
Tratamento: sintomático e suporte. 
Sintomas: Em humanos, o xilitol não afeta os níveis de açúcar de sangue, 
mas em cães, afeta severamente a glicemia e a função hepática. O xilitol é 
absorvido rapidamente na corrente sanguínea do cão, causando uma súbita 
liberação de insulina e subsequente hipoglicemia ou mais raramente 
hiperglicemia. Cães podem desenvolver ataxia e crises convulsivas dentro 
de 30 minutos após a ingestão de xilitol, que pode durar por várias horas, 
podendo em alguns casos até ser fatal. Outros sintomas, diarréia, vômitoe 
icterícia. 
ÁlcoolÁlcool
O cão não metaboliza adequadamente o 
álcool porque não tem grande atividade da 
enzima álcool desidrogenase, por isso sua 
tolerância é muitas vezes inferior a de um 
humano adulto.
Tratamento: Deve ser mantida ventilação adequada e corrigir as anomalias 
cardiovasculares e desequilíbrio ácido / base. A convulsões são controladas 
com diazepam. em Os cães que ainda não tenham apresentado sintomas, 
A indução do vômito pode ser benéfica nos primeiros 20-40 minutos após a 
ingestão. O carvão ativado não é recomendado. Para exposições 
dérmicas importante é recomendável banho com xampu suave. como terapia 
de suporte esforços devem ser manter a temperatura corporal diurese e 
aumento de fluidos intravenosos e furosemida para melhorar a eliminação do 
álcool.
Sintomas: Incoordenação, vômito, depressão, excitação, alucinações, 
convulsões, urinar excessivamente, respiração lenta, desequilíbrio 
acidobásico, alterações cardíacas e morte.
Fermento Químico e BiológicoFermento Químico e Biológico
A ingestão de massa crua contendo fermento 
químico em pó ou biológico pode causar 
expansão e produção de gás no sistema 
digestivo causando dor e possivelmente 
dilatação gástrica e até ruptura de estômago 
ou intestinos em casos extremos. Além disso, é 
importante enfatizar que quando o fermento 
se multiplica, produz álcoois que podem ser 
absorvidos, resultando em intoxicação por 
álcool também. 
Tratamento: O tratamento é terapêutico (sintomático e suporte) 
similar ao realizado para intoxicação por álcool e cirúrgico em casos 
de dilatação gástrica grave e rupturas. 
Sintomas: Incoordenação motora, desorientação, estupor, vômito e 
depressão respiratória. Em casos extremos, podem acontecer crises 
convulsivas, rupturas e coma. 
Leite e Ovo CruLeite e Ovo Cru
LEITE: Alguns cães e gatos adultos não possuem a 
enzima lactase suficiente para digerir o leite e seus 
derivados. Isto pode resultar em diarréia.
OVO CRU: Ovo cru contém a enzima avidina que 
diminui a absorção da biotina (vitamina B8) que 
funciona como cofator enzimático e age 
diretamente na formação da pele e indiretamente 
na utilização dos hidratos de carbono (açúcares e 
amido) e das proteínas. 
O consumo constante e crônico de ovo cru pode 
levar à deficiência de biotina e induzir transtornos 
de pele e nos pelos. Além disso, o consumo de ovos 
crus é perigoso pela possível presença de 
Salmonela. 
Tratamento: LEITE: O tratamento desta intoxicação consiste na retirada 
da fonte de lactose e se necessária terapia suporte em casos de desidratação 
oriunda da diarréia. OVO CRU: Evitar o consumo constante. Sintomático e 
de suporte.
Intoxicação por 
Plantas 
Ornamentais
• Populares na decoração de casas e quintais
• Espécies + acometidas: cães e gatos 
(facilidade de acesso à essas plantas)
• Pássaros podem se intoxicar c/ a ingestão de 
sementes
• Fatores que favorecem a intoxicação: idade do
animal (filhotes/curiosidade), tédio
(confinamento/solidão), mudanças no
ambiente (plantas recém-colocadas, novo
ambiente, natal)
CARACTERÍSTICAS DA INTOXICAÇÃO
POR PLANTAS ORNAMENTAIS
4
A toxicidade varia de acordo com:
1. Espécie de planta: substância tóxica
(glicosídeo cardíaco, atropina, oxalato,
acetilcolina, etc)
2. Estágio de crescimento
3. Parte ingerida
4. Quantidade ingerida
5. Tipo de solo
6. Outros fatores ambientais
7. Espécie animal acometida:
cães – gatos – pássaros
TOXICIDADE
DAS PLANTAS ORNAMENTAIS 1. Família Aracea (oxalato de cálcio/saponinas)
• Dieffenbachia amoena (comigo-ninguém-pode)
• Philodendron spp (filodendro)
• Caladium bicolor (tinhorão)
• Monstera deliciosa (costela-de-adão, banana-do-mato)
• Zantedesquia (copo-de-leite)
2. Família Araliaceae (saponinas)
• Hedera helix (hera, hera-inglesa)
3. Família Apocynaceae (glicosídeos cardiotóxicos)
• Nerium oleander (espirradeira, oleandro)
• Thevetia peruviana (chapéu-de-napoleão)
4. Família Asteraceae (sesquiterpeno lactona)
• Chrysanthemun spp (crisântemo)
Principais Plantas Ornamentais Potencialmente Tóxicas
5. Família Solanaceae (alcalóides beladona, anticolinérgicos)
• Datura suaveolens (trombeta, saia-branca)
• Cestrum laevigatum (dama-da-noite)
6. Família Crassulaceae (bufenolídeos, glicosídeos cardíacos)
• Kalanchoe spp (calanchoe)
7. Família Ericaceae (graiatoxinas)
• Rhododendron spp (azaléia)
8. Família Euphorbiaceae (látex irritante, ricina, lectina)
• Euphorbia milii (coroa-de-cristo)
• Euphorbia pulcherrima (bico-de-papagaio, poinsetia, flor-de-
natal)
• Ricinus communis (mamona)
9. Família Verbenaceae (triterpenos lantadeno A e B)
• Lantana spp (chumbinho, cambará, cambarazinho) 
Principais Plantas Ornamentais Potencialmente Tóxicas
Nome popular: comigo-ninguém-pode, difembáquia
Princípio Tóxico: cristais de oxalato de cálcio, proteínas 
tóxicas desconhecidas (possivelmente asparagina ou 
protoanemonina)
Intoxicação: considerada de grau moderado a leve,
caracterizada por estomatite, dor e salivação logo após
a ingestão, perda da voz, tremor na cabeça, anorexia e
vômito. Edema de pálpebra e lesões corneanas.
Tratamento: sintomático e consiste inicialmente no alívio
da irritação, lavando a pele, os olhos ou a boca com
líquidos frios ou demulcentes. Tratamento suporte com
fluidoterapia, antiinflamatórios, analgésicos,
antieméticos e bloqueadores H2
Família Araceae
Dieffenbachia amoena
5
Nome popular: filodendro
Princípio Tóxico: cristais de oxalato de cálcio, proteínas
tóxicas desconhecidas
Intoxicação: considerada de grau moderado,
caracterizada por estomatite, dor e salivação logo
após a ingestão, perda da voz, tremor na cabeça,
anorexia , vômito. Excitabilidade, espasmos
musculares, convulsões e encefalite foram relatados
em gatos.
Tratamento: sintomático e consiste inicialmente no alívio
da irritação, lavando a pele, os olhos ou a boca com
líquidos frios ou demulcentes. Tratamento suporte
com fluidoterapia, antiinflamatórios, analgésicos,
antieméticos e bloqueadores H2
Philodendron spp
Nome popular: Tinhorão
Princípio Tóxico: cristais de oxalato de cálcio, proteínas
tóxicas desconhecidas
Intoxicação: considerada de grau moderado,
caracterizada por estomatite, dor e salivação logo
após a ingestão, anorexia , vômito, edema de pálpebra
e lesões corneanas.
Tratamento: sintomático e consiste inicialmente no alívio
da irritação, lavando a pele, os olhos ou a boca com
líquidos frios ou demulcentes. Tratamento suporte
com fluidoterapia, antiinflamatórios, analgésicos,
antieméticos e bloqueadores H2
Caladium bicolor
6
Nome popular:costela-de-adão, banana-do-mato ou 
monstera
Princípio Tóxico: cristais de oxalato de cálcio
Intoxicação: considerada de grau moderado,
caracterizada por estomatite, dor e salivação logo
após a ingestão, perda da voz, tremor na cabeça,
anorexia , vômito, e urticária.
Tratamento: sintomático e consiste inicialmente no alívio
da irritação, lavando a pele, os olhos ou a boca com
líquidos frios ou demulcentes. Tratamento suporte
com fluidoterapia, antiinflamatórios, analgésicos,
antieméticos e bloqueadores H2
Monstera deliciosa
Nome popular: copo-de-leite
Princípio Tóxico: cristais de oxalato de cálcio
Intoxicação: considerada de grau moderado, caracterizada
por estomatite, dor e salivação logo após a ingestão,
perda da voz, tremor na cabeça, anorexia , vômito, e
urticária.
Tratamento: sintomático e consiste inicialmente no alívio
da irritação, lavando a pele, os olhos ou a boca com
líquidos frios ou demulcentes. Tratamento suporte com
fluidoterapia, antiinflamatórios, analgésicos,
antieméticos e bloqueadores H2
Zantedesquia spp
Nome popular: hera ou hera-inglesa
Princípio Tóxico: saponinas (glicosídeo sapônico,
substância a glicônica)
Intoxicação: estomatite, irritação gástrica, vômito,
diarréia, espasmos musculares e dermatite de contato
Tratamento: sintomático e consiste inicialmente no
alívio da irritação, lavando a pele, os olhos ou a boca
com líquidosfrios ou demulcentes. Tratamento
suporte com fluidoterapia, antiinflamatórios,
analgésicos, antieméticos e bloqueadores H2
Família Araliaceae
Hedera helix
7
Nome popular: espirradeira, oleandro
Princípio Tóxico: oleandrina (glicosídeo cardíaco), todas
as partes são venenosas, inclusive as flores e a
inalação da fumaça de sua queima
Intoxicação:taquipnéia, taquicardia, dilatação pupilar,
vômito, diarréia, dor abdominal e estomatite
Tratamento: o tratamento deve ser rápido e inclui
lavagem gástrica com carvão ativado, monitoramento
das funções cardíacas e respiratórias, além de
tratamento suporte
Nerium oleander
Família Apocynaceae
Nome popular: chapéu-de-napoleão
Princípio Tóxico: oleandrina (glicosídeo
cardíaco), todas as partes são venenosas
Intoxicação:taquipnéia, taquicardia, dilatação
pupilar, vômito, diarréia, dor abdominal e
estomatite
Tratamento: o tratamento deve ser rápido e
inclui lavagem gástrica com carvão ativado,
monitoramento das funções cardíacas e
respiratórias, além de tratamento suporte
Thevetia peruviana
Nome popular: crisântemo, bem-me-quer, 
margarida
Princípio Tóxico: sesquiterpeno lactona,
encontrada em todas as partes da planta,
exceto no pólen
Intoxicação:dermatite de contato,
caracterizada por eritema imediato,
exantema, prurido, crostas e descamação
Tratamento: o tratamento consiste na pronta
remoção com bastante água corrente, e
tratamento da alergia com corticóides
Família Asteraceae
Chrysanthemum spp
8
Nome popular: Saia-branca, trombeta,
trombeteira
Princípio Tóxico: alcalóides beladona (atropina,
hioscina, hioscimina). Podem contaminar o
mel
Intoxicação: boca seca, taquicardia, midríase,
agitação, hipertermia e óbito
Tratamento: o tratamento consiste na lavagem
gástrica, fisostigmina ou neostigmina
(Prostigmine®) na dose de 1 a 2 mg IM
Família Solanaceae
Datura suaveolens
Nome popular: Dama-da-noite
Princípio Tóxico: alcalóides beladona (atropina,
hioscina, hioscimina). Podem contaminar o
mel
Intoxicação: boca seca, taquicardia, midríase,
agitação, hipertermia e óbito
Tratamento: o tratamento consiste na lavagem
gástrica, fisostigmina ou neostigmina
(Prostigmine®) na dose de 1 a 2 mg IM
Cestrum laevigatum
Nome popular: calanchoe
Princípio Tóxico: bufenolídeo, que é um
glicosídeo cardíaco
Intoxicação: depressão, respiração
dificultosa, ranger dos dentes, ataxia,
opistótono (coelhos) e morte (ratos)
Tratamento: o tratamento é sintomático,
sendo relatado que a atropina se mostrou
eficaz no tratamento de coelhos
Família Crassulaceae
Kalanchoe spp
9
Nome popular: azaléia
Princípio Tóxico: graiatoxinas, também denominadas
como andrometoxinas, que são diterpenóides tóxicos,
encontrados nas folhas, flores, pólen e mel feito do
néctar da flor
Intoxicação: Os sintomas ocorrem dentro de horas após
a ingestão de uma dose tóxica (1g/kg), sendo
caracterizados por salivação, lacrimejamento, vômito,
diarréia, dispnéia, fraqueza muscular, convulsões e
morte
Tratamento: o tratamento é sintomático e consiste na
lavagem gástrica, carvão ativado, catárticos salinos,
cálcio injetável, e antibióticos se necessário
Família Ericaceae
Rhododendron spp
Nome popular: coroa-de-cristo, coroa-de-espinho
Princípio Tóxico: ingenóis desconhecidos de
terpenos tóxicos, cáusticos e irritantes
encontrados no caule
Intoxicação: dor abdominal e salivação se ingerida e
irritação da pele e membranas mucosas e
conjuntiva
Tratamento: o tratamento é sintomático e consiste
na lavagem gástrica e do local (pele, olhos, etc),
além de tratamento suporte
Família Euphorbiaceae
Euphorbia milii
10
Nome popular: bico-de-papagaio, poinsetia, flor-de-
natal, flor-de-sangue
Princípio Tóxico: princípios tóxicos ainda não
identificados. Esta planta começou a ser
reconhecida como planta tóxica em medicina
humana, após um relato de morte de uma criança
no Hawai que ingeriu a folha
Intoxicação: os sinais clínicos além de dermatite de
contato são: excessiva salivação e vômito
Tratamento: o tratamento é sintomático, lavagem
gástrica e do local (pele, olhos, etc), catárticos
salinos, além de tratamento suporte
Euphorbia pulcherrima
Nome popular: mamona
Princípio Tóxico: principal toxina é a albumina-
ricina que é uma potente toxina citotóxica
Intoxicação: dor abdominal, vômito,
gastroenterite as vezes hemorrágica,
convulsões, coma e morte
Tratamento: o tratamento é sintomático,
lavagem gástrica com carvão ativado,
catárticos salinos, além de tratamento
suporte
Ricinus communis
Nome popular: chumbinho, cambará,
cambarazinho
Princípio Tóxico: triterpenos lantadeno A e B
Intoxicação: fotossensibilização e
hepatoxicidade grave (bovinos e ovinos)
Tratamento: retirada do animal do sol. Retirada
do conteúdo ruminal e transferência de
conteúdo fresco. Fluidoterapia e antitóxicos
por via EV. Administração de carvão ativado.
Tratamento das feridas e uso de
antihistamínicos.
Lantana camara
Família Verbenaceae
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