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rWV. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE DOCUMENTOS HISTÓRICOS REGISTO DE CARTAS REGIAS 1697 — 1705 PERNAMBUCO E OUTRAS CAPITANIAS DO NORTE CARIAS E ORDENS 1717 VOL. LXXXIV BIBLIOTECA NACIONAL DIVISÃO DE OBRAS RARAS E PUBLICAÇÕES 1949 ",' MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE DOCUMENTOS HISTÓRICOS RIJO ISTO DE CARTAS REGIAS 1697 — 1705 PERNAMBUCO E OUTRAS CAPITA MAS ÜO NORTE CARTAS E ORDENS 1717 VOL. LXXXIV BIBLIOTECA NACIONAL ' DIVISÃO DE OBRAS RARAS E PUBLICAÇÕES 1949 rc\ 5 \ítL g4 A^ í' . SIGLAS j Texto não reconstituído, * * Espaço em branco existente na có- pia que serviu para a presente reprodução. pk REGISTO DE CARTAS REGIAS LIVRO 3." CÓDICE: 1-19,17,2 (Continuação) Registo da carta de Sua Mages- tade por que manda se pague os soldos aos oficiais c soldados do terço dos pau- listas que se há de formar para a guerra dos bárbaros do Rio Grande. Dom João de Alencastro amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Viu-se a vossa carta de 29 dc junho do ano passado em que representais o quanto convém a meu ser- viço não se faltar com o pronto pagamento aos soldos dos oficiais e soldados do terço dos paulistas que se há cie for- mar para a guerra dos bárbaros do Rio Grande e pareceu-me ordenar que esses soldos deste terço dos paulistas se paguem infalivelmente dos efeitos que houver assim na Fazenda Real mais prontos, como dos que administra a Câmara sem embargo de qualquer ordem que haja em contrário. Escrita em Lisboa a 13 de fevereiro de 1697. Rei. O Conde de Alvor. Para o Governador Geral do Estado do Brasil. l.a via. Cumpra-se como Sua Majestade, que Deus guarde, manda e registe-se nos livros da Secretaria do Estado e nos da Fazenda Real dele. Bahia, 8 de outubro de 1697. Dom João de Alencastro. A cópia desta carta se entregou na secretaria ao secretário Gonçalo Revasco Cavalcante — 8 — e Albuquerque. Registou-se aos 8 de outubro de 1697. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sm Majes- tade escrita ao Governador e Capitão Geral deste Estado, Dom João de Alen- castro sôbre o zelo com qne se havia no dito governo. Dom João de Alencastro, amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Viu-se a vossa carta de 23 de junho deste ano cm que dais conta do estacio em cpie se acham as três fortalezas da barra e principalmente a de Santo Antônio, que se acha já em estacio de defender muita parte da barra que lhe acrescentareis um farol para os navios e mais em- barcações poderem entrar de noite sem perigo dos baixos, e pareceu-me agradecer o zelo com que vos tendes havido em meu serviço no governo desse Estado e do que tendes obrado nas fortificações dessa cidade. Escrita em Lisboa a 10 de dezembro de 1694. Rei. O Conde de Alvor, Presi- dente. Para o Governador Geral do Estado do Brasil. l.a via. João Correia Seixas a registou em 5 de novembro de 1697, dia em que se deu para registar, e se tornou ao dito Governador e Capitão Geral. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta do Secretário de Estado Metido Froi Pereira sôbre as três mil asteas de piquas (sic). Senhor. Francisco Lamberto. A Junta dos três Es- tados necessita de três mil asteas de picas de pau de geni- papo que tenham vinte e dois palmos de comprimento, e pela Junta do Comércio se passam as ordens necessárias para se receberem nos comboios. E' Sua Majestade, que Deus guarde, servido que Vossa Mercê as mande fazer e para este efeito se poderá Vossa Mercê valer de qualquer dinheiro que haja de remeter para este reino, passando — 9 — letra sobre o tesoureiro-mor dos três Estados Francisco Álvares de Lima que a pagará de contado. Deus guarde a pessoa ele Vossa Mercê. Lisboa 21 de março de 1697. Mendo Froi Pereira. Registe-se e se me torne. Bahia, 6 de novembro ele 1697. Registou-se em os 9 de novembro de 1697. Lamberto. Registou-se em 9 de novembro do dito ano e se entregou ao Provedor-mor da Fazenda Real. Francisco Lamberto. Joaquim Antunes Morais. Nota à margem: Por mandado de 10 de novembro de 1697, registado no livro 18 a folhas 171, passado sobre o Tesoureiro Geral Domingos Pires de Carvalho se mandaram pagar ao Ca- pitão Fernão Pereira da Rocha 160$000 ele 516 asteas de piquas toscas que fez por ordem do Provedor-mor Fran- cisco Lamberto em cumprimento ela carta em frente. Bahia, 16 de novembro de 1697. Registo da carta de Stta Majes- tade escrita ao Provedor-mor Francisco Lamberto sobre a alteração do preço d.o azeite de baleias c se não vender por mais de 320 réis a canada. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Os oficiais da Câmara dessa cidade se me queixaram da carta ele 6 de julho do ano passado em consentirdes que o contratador do azeite de baleias Luís do Couto levan- tasse o preço por que se costumava vender de 320 réis a canada a 400 réis sem licença nem mais causa que a da sua conciência, em prejuízo de todo esse povo, sem admi- tirdes os requerimentos que por parte dele se vos haviam feito nem receberdes os embargos com que o Procurador do Senado tinha vindo ao despacho que destes para se con- tinuar a venda do dito azeite a cruzado à canada. E pare- ceu-me ordenar-vos que não consintais em se alterar esse preço no contrato não proposse que neste particular possa — 10 — haver senão por eu não querer prejudicar a meus vassalos fazendo que se restitua às partes o (pie este contratador levou de mais por esta alteração c quando se não possa averiguar a quem compete se incorpore à Fazenda Real. Escrita em Lisboa a 12 de janeiro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. Matias Miranda de Oliveira a registou em 12 de novembro de 1697, e se entregou a própria ao dito Pro- vedor-mor Francisco Lamberto. Despacho do Provedor-mor. Registc-sc e se me torne. Bahia, 20 de maio de 1697. Francisco Lamberto. Matias Miranda de Oliveira o regis- tou no dito dia acima de 12 de novembro do dito, tornando- se a própria ao dito Provedor-mor como dito é. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral deste Estado Dom João de Alen- castro sobre as sesmarias. Governador c Capitão Geral do Estado do Brasil. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Por me ser presente pelos requerimentos que aqui me fizeram algumas pessoas neste Reino para lhes confirmar datas de terras das sesmarias. concedidas em meu nome pelos governadores desse Estado o excesso com que as concedem na quantidade das léguas e ainda sem sítio determinado, impossibilitando a cultura das ditas terras com semelhantes datas, me pareceu mandar- vos advertir que somente concedais as sesmarias de. três léguas cm comprido e uma de largo que é o que se entende pode uma pessoa cultivar no termo da lei porque no mais é impedir que outros povoem e que os que pedem e alcançam não cultivam. Escrita em Lisboa a 7 de dezembro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Governador Geral do Estado do Brasil. l.a via. Cumpra-se como Sua Majestade, que Deus guarde maneia, e registe-se nos livros — 11 — da Secretaria do Estado e Fazenda Real dele. Bahia, 10 de março de 1698. Dom João de Alencastro. Registada nos livros a que toca de registos da Secretaria do Estado do Brasil a folhas 133 verso. Bahia, 10 de março de 1698. Gonçalo Travasco Cavalcante e Albuquerque. João Correia Seixas a registou em o dito dia e se tornou a própria ao mesmo Governador e Capitão Geral. Joaquim Antunes Morais. Nota à margem: A folhas 158 deste livro está outra sôbre este particular Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor sôbre a cobrança dos açúcares batidas c casas dos meles dos dízimos pertencentes a João Rodrigues Reis, como das reli- giões. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 20 de junho deste ano cm que dais conta do (pie tendes obrado como se vos ordenou sôbre a arrecadação dos dízimos dos açúcares batidos e dos meles na forma das sentenças dadas na Casa da Supli- cação desta corte que se vos remeteram por certidão para efeito de pordes em arrecadação pela Fazenda Realo que pertencia a João Roiz dos Reis, devedor a ela como contra- tador que foi dos dízimos, e sôbre a liquidação dos das religiões que se lhe hão de abater. E pareceu-me dizer-vos que obrastes bem nesta diligência que se vos recomendou sôbre a execução das sentenças dos dízimos dos meles batidos e assim espero do zelo com que vos haveis em meu serviço que sôbre a forma de se liquidar os dízimos das religiões observeis o que nesta parte se vos tem mandado. Escrita em Lisboa a 22 de novembro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. l.a via. Registe-se e se junte aos — 12 — autos a que toca. Bahia, 10 de março de 1698. Francisco Lamberto. João Correia Seixas a registou em o dito dia. e se entregou a própria a- Francisco Ferreira escrivão dos feitos da Fazenda Real. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor sobre o contrato que se rematou a Cristóvão Barbosa Vilas Boas. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 3 de junho deste ano e com cia o traslado dos termos, lanços e arrematação que se fez a Cristóvão Barbosa Vilas Boas do contrato dos dízimos que teve princípio em o princípio de agosto pela quantia de cento e vinte mil cruzados por ser o último e o maior que se fez livres para a Fazenda Real, com as condições costumadas e pareceu-me dizer-vos que está bem feito o que se obrou nesta arrematação do contrato dos dízimos. Escrita cm Lisboa a 22 de novembro de 1697. Rei. Conde de Alvor. Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado cio Brasil. l.a via. Registe-se. Bahia, 10 de março de 1698. Francisco Lamberto. João Correia Seixas a registou em o dito dia e se entregou a própria ao mesmo Provedor-mor. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade, escrita ao Provedor-mor sobre se lhe remeter todos os anos uma relação das despesas que se fazem com a fábrica do salitre c despesas dos oficiais e pes- soas que assistem nela. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 19 de junho deste ano em que dais conta de que na forma da ordem que se vos passou para assistirdes a tudo o que fôr necessário para a fábrica do salitre do dinheiro que houver mais pronto assim 8% — 13 — propinas aplicadas às munições, sobejos e efeitos tocan- tes à administração do meu Conselho Ultramarino darieis cumprimento enquanto fôssc possível e chegassem os ditos efeitos, fazendo se tenha conta particular para me ser pre- sente e pareceu-me dizer-vos eleveis mandar todos os anos uma relação das despesas que se fazem nesta fábrica do salitre com os oficiais e pessoas que nela assistem para se saber como se dispendem esses efeitos que se vos tem man- dado aplicar e também se averiguar o que sobeja deles. Escrita em Lisboa a 22 de novembro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. l.a via. Registe-se e se faça a conta das despesas que se tem feito e forem fazendo com a fábrica do salitre e seus pertences. Bahia, 10 dc março de 1698. Francisco Lamberto. João Correia Seixas a registou em o dito dia e se entregou a própria a Antônio Lopes de Ulhoa contador geral. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta dc Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor sobre a arrematação dos dízimos da capitania do Itio Grande c Ceará. FYancisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. O capitão do Rio Grande, Pedro Lessou me deu conta por carta de 23 de junho do ano passado, do grande pre- juízo que recebia minha Fazenda na renda do contrato dos dízimos reais que se rematam na Capitania do Rio Grande incluindo-se nela os dízimos da minha capitania do Ceará para cujo efeito se ofereceram alguns moradores a arre- matá-los dando no primeiro de 400 a 500$000 para cima e pareceu-me ordenar-vos, como por esta o faço, que daqui em diante façais que se pratique nesta arrecadação desses contratos das suas capitanias que se remetem com separação estes dízimos em cada uma porque por este meio se consi- dera que poderá ter maior conveniência a Fazenda Real e que será mui diferente o preço nestes contratos, sendo 14 distintos do que andando unidos como até agora se cbser- vava, com declaração que todos os lanços (pie por cies se oferecerem se remeterá a essa praça para se ver a forma deles e as condições com que se fazem se examinarem no Conselho da Fazenda se são úteis ou nao c quando se aprovem se mandarão em último lugar rematar nas mesmas capitanias e assim e da mesma maneira que. se via com os contratos das outras capitanias tendo entendido que estes efeitos dos d.zimos do Ceará hão de estar sempre à ordem do Provedor da Fazenda Real do Rio Grande assim como até agora se conservavam para que se dispenclam naquelas coisas a que se aplicavam e que com eles se supria. Escrita em Lisboa a 6 de setembro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. Registe-se e se passe ordem cio Provedor da capitania do Rio Grande dar cumprimento a esta ordem de Sua Majestade e com o teor dele. Bahia, 10 de março de 1698. Francisco Lamberto. João Correia Seixas a re- gistou em o dito dia e se entregou a própria ao dito Pro- vedor-mor. Joaquim Antunes Morais. Jlegisto da carta de Sua Majes- tade escrita ao J^rovcdor-mor sobre os 30G$000 que o contratador Antônio Ma- ciei Teixeira queria dar de propina aos três Ministros do Conselho e o dito se- nhor os manda incorporar na Fazenda Real. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 27 de junho deste ano em que dais conta de que mandando executar ao contratador dos dízimos Antônio Maciel Teixeira pelos 300$000 das propinas que havia dado aos três ministros que assistiram à arrematação do contrato para se incorporarem na Fa- zenda Real como vos havia ordenado viera com embargos a penhora de que tinheis mandado dar vistas às juartes e — 15 — ao procurador de minha Fazenda e que com o que dissessem diferirieis aos tais embargos como fosse justiça c me daríeis conta e pareceu-me dizer-vos que as arrematações e mais contratos judiciais se não fazem pela tenção ou conceito cias partes senão pelo que se escreveu nos autos ou escri- turas e assim eleveis mandar correr com a execução para se reporem para a Fazenda Real estes 300$000 visto eu não ser servido que os ministros os levassem para as propinas dos ministros oficiais da obra pia e cias munições tudo c preço do contrato a que posso dar a aplicação que fôr ser- vido como coisa tão minha e enquanto ao mais tendes obra- do como costumais com acerto como em clames vista às partes sobre os embargos mas sem prejuízo da execução. Escrita em Lisboa a 26 de novembro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o provedor-mor da Fazenda do Estado cio Brasil. l.a via. Registe-se e se entregue ao escrivão dos feitos da Fazenda Real para ajuntar aos autos, c com ela venham conclusos. Bahia, 10 de março de 1698. Fran- cisco Lamberto. Registada por João Correia Seixas em o dito clia e entregou a própria ao Escrivão dos feitos da Fazenda Real, Francisco Ferreira. Joaquim Antunes Mo- rais. Registo da carta de Sita Majes- tade escrita ao Provedor-mor Francisco Lamberto sobre os sufrágios das almas dos soldados defuntos. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Por parte dos capelães dos terços dessa praça se me representou lhe duvidais entregar os 2$400 que tenho orde- nado se apliquem dos soldos de um mês para os sufrágios das almas dos soldados que nos ditos terços falecerem quan- do os tais soldados têm herdeiros, e pareceu-me dizer-vos que os 2$400 do soldo de um mês que tenho ordenado se dêm aos soldados que morrem para os seus sufrágios, que estes como têm aplicação da alma que infalivelmente se 16 hão de entregar aos capelões para o emprego a que estão destinados porque aos herdeiros só pertencerá o mais que se lhes ficarem devendo de seus soldos mas não o do dito mês que tem aplicação tão pia e justa. Escrita em Lisboa em 6 de fevereirode 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. l.a via. Registe-se para se dar cumprimento a esta ordem de Sua Majestade, que Deus guarde. Bahia, 28 de abril de 1698. Francisco Lamberto. João Correia Seixas a re- gistou em o dito dia. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral deste Estado Dom João de Alen- castro sobre o que escreveu o capitão- mor do Rio Grande sobre o aperto em que se achava com a conquista e pouco rendimento que tem naquela capitania para pagar ao presídio e acudir a tudo o mais da fortaleza. Governador e Capitão Geral do Estado do Brasil, eu El-Rei vos envio muito saudar. Tendo visto o que me escreveu o capitão-mor do Rio Grande Bernardo Vieira de Melo sobre o Estado em que se acha aquela conquista c o muito de que necessita para a sua conservação e que dan- do-vos conta do pouco rendimento que tinha naquela capi- tania a Fazenda Real para se pagar ao presídio e se acudir aos mais gastos que precisamente se faziam com o gentio lhe ordenáveis suprisse a uma e outra coisa com as sobras do contrato porém que com o preço que se havia arrematado os dízimos da dita capitania não bastava para se acudir a tudo e a este respeito tinha eu ordenado que em Pernam- buco se pagasse a congrua do vigário se devia continuar este pagamento na mesma forma em Pernambuco para se poder acudir as mais despesas por serem precisas e suposto houve algum acrescentamento nos dízimos da dita capi- — 17 — tania como este não basta para as consideráveis despesas a que está aplicado e seja necessário suprir de todas as par- tes com todos os termos para se pôr o último termo as alte- rações que tem havido naqueles sertões com os índios que se levantam contra nós me pareceu ordenar-vos façais com que se emende a folha que vae para a capitania do Rio Grande e se tire dela a congrua do vigário ordenando-se-lhe satis- façam em Pernambuco como estava já mandado, em cuja parte há de haver o seu pagamento enquanto de todo se não compuserem as coisas da capitania do Rio Grande c a Fazenda Real nela se achar em estado de poder assistir a esta despesa como as mais a que é obrigado. Escrita em Lisboa a 15 de janeiro, de 1698. Rei. O Conde de Alvor. Para o Governador e Capitão Geral do Estado do Brasil. l.a via. Leonardo Lopes de Carvalho a registou em 2 do mês de maio do clito ano. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta por que Sua Ma- jestade manda pagar ao Bispo de Per- nambuco Dom Frei Francisco de Lima da congrua que havia vencido com o Bispado do Maranhão de 1:000$000. Dom João de Alencastro, amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. O Bispo de Pernambuco, Dom Frei Fran- cisco de Lima, me representou por carta sua de 14 de maio deste ano que mandando a essa praça requerer o paga- mento de um conto de réis que por Provisão minha lhe mandei pagar dos sobejos do rendimento do contrato dos dízimos dessa cidade pelo que se lhe estava devendo da côn- grita que havia vencido com o bispado do Maranhão se lhe nao dera cumprimento à dita Provisão com o fundamento de se apresentar a tempo que se tinha feito remessa para este Reino dos ditos sobejos o que lhe era de grande dano por não ter com que satisfazer os empenhos em que se achava. E pareceu-me ordenar-vos que com efeito e infa- livremente se pague ao Procurador deste prelado o conto — 18 — de réis que se tem lhe mandado satisfazer pela Provisão que se lhe expediu das sobras cios contratos dos dízimos, antecipando-se este pagamento a outro qualquer que se te- nha mandado fazer, por estes mesmos sobejos dos dízimos e a execução desta ordem vos hei por muito recomendada e ao Provedor-mor da Fazenda se ordena o mesmo. Escrita em Lisboa a 26 de agosto de 1697. Rei. Para o Gover- nador Geral do Estado cio Brasil. Conde de Alvor, Presi- dente. l.a via. Matias Miranda cie Oliveira a registou em 6 de maio de 1698, e se entregou a própria ao Senhor Governador e Capitão Geral desse Estado Dom João de Alencastro em o dito ciia. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade, que Deus guarde, por que ordena se dê 4$O0O cada mês a Manuel Gonçal- ves, enquanto uão fôr acomodado em um dos ofícios de escrivão das vilas que se tem feito neste Estado. Dom João de Alencastro, amigo eu El-Rei vos envio muito saudar. Ordeno-vos que acomodeis a Manuel Gon- çalves que descobriu o caminho para o Estado do Mara- nhão em um dos ofícios de escrivão das vilas que nova- mente se hão de fazer nesse Estado e enquanto não fôr acomodado nesse ofício lhe mandareis dar 4$000 cada mês para o seu sustento por ajuda de custo pelos efeitos que vos parecer e (pie não façam falta às consignações a que estiverem aplicados. Escrita em Lisboa a 26 de fevereiro de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Gover- nador Geral do Estado do Brasil. Registei em 6 de maio de 1698, e entreguei a própria ao Senhor Governador e Capitão Geral, Dom João de Alencastro em o dito dia. Joaquim Antunes Morais. __ 19 — Registo da carta cie Sita Majes- tade escrita ao Provedor-mor Francisco Lamberto sobre os vidros c chumbo do farol que se há de pôr na Fortaleza de Santo Antônio da Farra. ciar Francisco Lamberto, eu El-Rei vos envio muito sau- Viu-se a vossa carta de 21 de agosto deste ano cm que representais ser necessário remeter-vos deste Reino mil e quinhentos vidros c quarenta c oito libras de chumbo tirado por fieira para se obrar o farol que há de estar no torreão que se fez no Forte de Santo Antônio da Barra por ordem do governador geral, para servir de guia aos navios e mais embarcações que de noite entrarem pela barra dessa Bahia para assim se livrarem do perigo do baixo que há fora dela e pareceu-me dizer-vos se obrou bem na obra deste torreão para nele se pôr o farol visto a importância dele, e a conveniência que se segue aos que navegam para esse porto. E na consideração das vossas razões se vos remetem os vidros e chumbo na quantidade que ensinuais serem necessários os quais fizeram de custo o que consta da memória inclusa cuja importância mandareis para este Reino dos efeitos que houver mais prontos da Fazenda Real para se restituir parte donde se tirou esse dinheiro. Escrita em Lisboa a 22 de novembro de 1697. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. l.a via. Memória de que a carta acima faz menção. Cento e setenta e três vergas de chumbo de cinqüenta palmos cada verga e a dez réis cada palmo tirado pela fieira que fazem a soma de oitocentos e setenta e cinco palmos que importa em 8$750. Mais mil e quinhentos vidros a trinta réis cada um que faz a soma de 45$000, mais dois cruzados de dois caixões em que vai esta fazenda que vem a importar tudo em 54$550 réis. André Lopes de Laura. 20 Despacho do Provedor-mor. Registe-se e o tesoureiro geral dê cumprimento a esta ordem, entregando os cinqüenta e quatro mil quinhentos e cinqüenta ao tesoureiro da administração da Junta do Comércio para passar letra segura a pagar à ordem do Conselho Ultramarino junta a primeira certidão do escrivão dos armazéns da coroa de que consta estão carregados em receita ao Almoxarife o que contém o rol junto, assinado pelo Secretário do Conselho Ultramarino o que fará do dinheiro do seu recebimento tocante aos dízimos. Bahia, 11 de junho de 1698. Francisco Lamberto. João Correia Sei- xas a registou em o dito dia e se entregou a própria ao tesoureiro geral o Sargento-mor Domingos Pires de Car- valho. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade, que Deus guarde, escrita ao pro- vedor-mor da Fazenda Real, Francisco Lamberto pela qual manda que se aval- lie a obra da pitura que fez Francisco de Mendonça na casa nova dos gover- nador es. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Por parte de Francisco de Mendonça se me requerei! aqui lhe mande pagar o (pie se lhe deve de pintar a casa nova que fez-se nas dos governadores em tempo que gover- nava esse Estado Matias da Cunha, pedindo-se informação ao Governador Geral Dom Joãode Alencastro ouvindo-vos a deu com a vossa resposta pela qual consta haver o dito Francisco de Mendonça feito essa obra e não estar até o presente pago dela, requerendo-o muitas vezes aos governa- dores desse Estado e para se poder tomar neste particular a resolução que parecer conveniente, vos ordeno façais ava- liar a obra dessa pintura conforme a qualidade dela e aviseis a importância dela. Escrita em Lisboa a 18 de janeiro de 21 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Prove- dor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. l.a via. Registou- se em 12 de junho de 1698. Registe-se e se faça avaliação como Sua Majestade que Deus guarde manda. Bahia, 11 de junho de 1698. Francisco Lamberto. Joaquim An- times de Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade, que Deu,s guarde, escrita ao Pro- vedor-mor da Fazenda Real Francisco Lamberto, pela qual manda se pague ao bispo de Pernambuco Dom Frei Fran- cisco de Lima, o qud dela consta. Provedor-mor da minha Fazenda do Estado do Brasil. Eu El-Rei vos envio muito saudar. O bispo de Pernambuco Dom Frei Francisco de Lima me representou por carta sua de 14 de maio deste ano que mandando a essa praça requerer o pagamento de um conto de réis que por provisão minha lhe mandei pagar pelos sobejos dos rendimentos do contrato dos dízimos dessa cidade pelo que se lhe estava devendo da côngrua que havia vencido com o bispado do Maranhão se lhe não dera cumprimento â dita Provisão com o funda- mento de se ter apresentado a tempo que se tinha feito remessa para este Reino dos ditos sobejos o que lhe era de grande dano, por não ter com que satisfazer os empenhos em que se acha e pareceu-me ordenar-vos que com efeito e infalivelmente se pague ao Procurador deste prelado o.. L000$000 que se lhe'tem mandado satisfazer pela Provisão que se expediu das sobras dos contratos dos dízimos, anteci- pando-se este pagamento a outro qualquer que se tenha man- dado fazer por estes mesmos sobejos dos dízimos e a exe- cução desta ordem vos hei por muito recomendada. Escrita em Lisboa a 26 de agosto de 1697. Rei. Conde de Alvor ^ Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2. via. — 22 — Despacho do Provedor-mor. Cumpra-se c registe-se como Sua Majestade manda. Bahia, 4 de junho de 1698. Francisco Lamberto. Registou- se em 14 do dito mês c ano. Joaquim Antunes Morais. K Registo de uma ord,<*m do Marquês de Alegrete sobre a charrua da índia Nossa Senhora da Visitação c Almas. O Marquês de Alegrete cios Conselhos de Estado e Guerra de El-Rei meu Senhor, gentil-homem de sua Cà- mara, e vedor de sua Fazenda, etc. Faço saber a vós Provedor da Fazenda do Estado do Brasil que vendo-se no Conselho da Fazenda a vossa carta de 2 de setembro do ano pasado de 1697, em que destes conta da arribada da charrua Nossa Senhora da Visitação c da causa que teve para o fazer, e a impossibilidade em que se achava paraseguir a viajem, por cuja causa se ordenara que remetesse o precioso da fazenda que trazia da índia e o salitre na nau Nossa Senhora da Estrela e que mandastes recolher em armazéns a mais fazenda e o que nela mais referistes, pa-receu-me ordenar-vos que mandeis avaliar a dita charrua no estado em que está e fazer orçamento do seu conserto e a importância dos fretes que poderá trazer tendo-se contaa carga e vendo-se que a Fazenda Real terá maior utili- dade em se navegar do que em se vender tratareis logode a mandar consertar com sobresano para ficarcapaz de navegar, fazendo carregar os açúcares e maisgêneros desse Estado para esta cidade, procurando-lhe comsuavidade a carga que puder trazer não se constrangendo para isso a ninguém como se vos avisa e ao governadordesse Estacio pela secretaria do expediente, e somente nocaso em que se entenda que não ficará capaz para o ditoeleito que os fretes não suprem as despesas que se houve-em de fazer a mandareis pôr em vencia fazendo-se primeirogêneros desse Estado para esta cidade, procurando-lhe com 23 — boa a 18 de março de 1698 anos. Manuel Guedes Pereira a fez escrever. O Marquês de Alegrete. l.a via. Por reso- lução de Sua Majestade de 11 dc janeiro de 1698. Lam- berto. João Correia Seixas a registou em 18 dc junho cio dito ano dia em que se deu para registar e se entregou ao mesmo provedor-mor. Joaquim Antunes Morais. Registo da petição do mestre dc campo do terço dos paulistas por que pede se mande sentar praça aos índios forros. Senhor. Diz o Mestre de Campo Francisco Álvares de Morais Navarro que para a guerra que fizer a campanha do Rio Grande traz alguns índios e como são libertos e mui necessários para a dita campanha se lhes deve assentar praça como aos mais soldados para com mais valor servi- rem a Sua Majestade, que Deus guarde, portanto pede a Vossa Senhoria faça mercê mandar assentar praça a todos os índios forros que se oferecerem para esta guerra. E R. M. Despacho do Governador e Capitão Geral. Assentc-se-lhes praça de soldados visto não serem ca- tivos. Bahia, 14 de agosto de 1698. Dom João de Alen- castro por sua rubrica. Despacho do Provei;or-mor. Cumpra-se não se oferecendo outra dúvida. Bahia, 14 de agosto de 1698. Lamberto. Registo da carta de Sita Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral d.cstc Estado sobre o exame do tabaco, aguardente c açúcar que vai para a Costa da Mina, c não vá desen- caminhado e proíbe tirar-se pau-brasil. go Governador e Capitão Geral do Estado do Brasil, ami- Eu El-Rei vos envio muito saudar. Por ser conve- — 24 — niente a meu serviço que pelo comércio da Costa da Mina se não introduza tanto tabaco que os estrangeiros se possam prover dele, porque este seria o meio de se destruir o rendi- mento do tabaco neste Reino a que mando dar nova forma c que também o comércio do Brasil se não perca na ditacosta pela necessidade que tem dos negros que se vão res- gatar de cpie também depende a cultura do tabaco e do açúcar. Fui servido mandar ver e considerar por pessoas praticas c desinteressadas o como se poderia conservar oreferido comércio sem prejuízo do tabaco que se há deconsumir neste Reino e conformando-me com o seu parecerhei por bem (pie mandeis examinar por pessoas desinteres-sadas a quantidade de tabaco que nessa capitania geralcostumava sair até agora para a Costa da Mina e que selaça um termo cm que declare a dita quantidade do qualse me há de remeter uma cópia c que este compito decla-rado no termo seja o (pie se permita sair todos os anosdesta capitania para a Costa, arbitrando-se o número dassumacas necessárias para a condução deste tabaco e das aguardentes e açúcar que com êle se costuma remeter comdeclaração que este tabaco dc nenhuma maneira será dofino nem do redondo senão do da terceira e ínfirma quali-dado que não costuma vir para este Reino; e porque dosnos dessa Bahia para baixo se tira algum pau-brasilsegundo a informação que se me há dado proibireis otirar-se na melhor forma que vos parecer e para que senao leve tabaco para a Costa da Mina desencaminhado se procurara saber com grande cuidado e vigilância se foia ela alguma embarcação mais das permitidas e constandoque ±01 será queimada a embarcação e o mestre açoitadoo mandado para Angola por tempo de 8 anos e mandareis TAZZ eSt\?eM '?' e<Ht;lÍS para (l"e ch«»e a noticiadc todos e se fique sabendo que â Costa da Mina não pode-rao ir comerciar as embarcações que para isso não tiveremlicença e parecendo-vos que se lhe poderá dar melhor forma riP!!gTa,nÇa ','e arrcíadaÇs° ««vidas as pessoas mais prá-ticas e desinteressadas, sendo uma delas o Chanceler e — 25 — outra o Provedor-mor da Fazenda e ouvindo também o Conselho da Fazenda se vos parecer conveniente fareis executar o que se assentar que é de maior utilidade parao fim que se pretende e fareis que se elejam novamente pessoas para o exame do tabaco e que tenham maior sufi- ciência que aquelas que até agora se elegiam nas alfân- degas e fareis que os ouvidores gerais tirem todos devassas do descaminho do tabaco que foi para a Costa, assim por ser mais da quantidade permitida, como por não ser da qualidade determinada e por ser levadofora das embar- cações que tiverem licença e que os mais ouvidores nas terras de seus distritos perguntem por estes descaminhos nas devassas gerais, e que aceitem denunciaçoes da mesma forma e da mesma pena que até agora tinham os descaminhos do tabaco e porque se pode introduzir o mesmo dano pelo tabaco que fôr para o Rio de Janeiro fareis averiguar os rolos que iam para aquela capitania e não permitireis que se exceda do número que até agora se mandavam. Esta matéria é de grande conseqüência para o meu serviço e assim fio de vossa pessoa procedais nela com aquele grande zelo e cuidado com que costumais servir-me fazendo por todos os meios possíveis que para a Costa da Mina não vá mais tabaco nem de outra qualidade que o permitido porque do contrário resultará grande prejuízo a este Reino. Escrita em Lisboa a 12 de março de 1698. Rei. Para o Governador e Capitão Geral do Estado do Brasil. l.a via. Matias de Miranda e Oliveira a registou em 14 de outubro de 1698, tornando-se a própria ao dito Governador e Ca- pitão Geral. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral deste Estado Dom João de Alen- castro sobre a fortificação desta praça. Dom João de Alencastro, amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Viu-se a vossa carta de 24 de julho do ano passado em que me representais as razões que se vos — 26 — oferecem para vos parecer mais conveniente a defesa dessa praça e reedificação da fortificação antiga dela e dilação do tempo que sc há de gastar como por ser inútil quando se ofereça ocasião do inimigo a querer invadir essa cidade por consistir a principal defensa dela em se lhe impedir o desembarque. E como as vossas razões não pesem tantas que obriguem a alterar a resolução que tenho tomado com muitos pareceres de pessoas inteligentes e zelosas do meu serviço sobre a forma com que se deve fortificar essa praça me pareceu ordenar-vos (pie observeis inviolàvelmente o que tenho mandado nesta parte pondo lodo o cuidado e inteligência a que se não faite a conti- nuaçãoda obra dela e para que se adiante com a consig- nação que se lhe tem aplicado, fareis (pie sc não pague ao oficia] que tem tornado a sua conta sem se medir o quetiver leito para se saber se com efeito importa nos mil cruzados que se lhe dão por mês, e desta maneira se po-dera evitar todo o descuido que possa haver. Escrita em Lisboa a 29 de janeiro de 1695. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Governador do Estado do Brasil. l.a via. João Correia Seixas a registou em 14 de outubro de 1698, dia em que se deu para se registar e se tornou a própria ao dito Governador Geral. Joaquim AntunesMorais. Registro da carta de Sua Majes- tade escrita ao provedor da fazenda de Itamaracá sobre o não sc pagar ao Ca- pitão-mor de sua Real Fazenda coisa alguma. Sebastião Lopes Grandio. Eti-Rei vos envio muito sau-ciar. \ iu-se a vossa carta de 12 de maio deste ano emque dais conta de Manuel da Fonseca Rego haver pago oque estava a dever e de se ir continuando a consignaçãoaphcada a Se de Pernambuco com todo o cuidado e porquena mesma carta representais a dúvida que se vos oferece 27 ao pagamento elo soldo do Capitão-mor dessa Capitania Manuel Carvalho Fialho, assim do tempo que serviu o dito posto por Patente elo Governador como do que o exer- citar por patente minha me pareceu recomendar-vos que quanto ao pagamento ela Sé se continue anualmente com êle pois as côngruas se pagam aos quartéis, e não hão de esperar por tanta dilação de anos, quanto ao soldo do capitão-mor dessa capitania vos ordeno que nem do tempo que este capitão o foi por Patente elo governador nem do que o c por Patente Real lhe pagueis ele minha Fazenda e sendo pago ela posse elo Marquês Donatário a cobreis logo e façais restituir. Escrita em Lisboa cm 23 ele agosto ele 1696. Rei. Conde ele Alvor, Presidente. Para o Pro- vedor ela Fazenda ele Itamaracá. l.a via. Cumpra-se como nela se contém e registe-se nos livros desta Provedoria. Vila ele Compensa 10 de abril ele 1697. Grandio. Regis- tada no livro elos registos das cartas e ordens de Sua Ma- jestade desta Provedoria ele Itamaracá a que toca a folhas 35. Vila ela Compensa em 19 de abril ele 1697. Francisco Botelho elos Santos. Registe-se e note-se na folha. Bahia, 25 de outubro ele 1698. Francisco Lamberto. Leonardo Lopes ele Carvalho a registou em 27 ele outubro elo dito ano. Joaquim Antunes Morais. Itcgisío da carta de Sua Majes- tade, que Deus guarde, escrita ao Go- vernador c Capitão Geral deste Estado do Brasil, Dom João de Alencastro sobre fazer preencher os terços da gente que tem obrigação a Câmara de sustai- lar. Governador e Capitão Geral do Estaclo do Brasil. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Viu-se a vossa carta ele 25 de julho deste ano e relação que com ela enviastes ela — 28 — Infantaria paga dessa praça, pareceu-me dizer-vos façais preencher o terço das gentes que tem obrigação a Câmara de sustentar. Escrita em Lisboa a 18 de novembro de 1697. Rei. Conde cie Alvor, Presidente. Para o Gover- nador e Capitão geral do Estado do Brasil. 2.a via. Cum- pra-se como Sua Majestade, que Deus guarde manda, e registe-se. Bahia, 10 de janeiro de 1698. Dom João de Alencastro. Leonardo Lopes de Carvalho a registou em o dito dia, mês e ano e se entregou a dita carta ao Senhor Governador e Capitão geral. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majcs- tade escrita ao Provedor-mor da Fazen- da Real Francisco Lamberto sobre as obras do armazém do sal do contrato feito nas casas que haviam sido de Fran- cisco Mendes Neto. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 14 de junho deste ano em que dais conta como se vos havia ordenado do estado em que a obra do armazém que tinhas enculcado para reco- Ihimento do sal do contrato feito nas casas que tinham sido de Francisco Mendes Neto, que se acham nos próprios pelo resto do contrato das baleias que estava devendo a minha Fazenda e pareceu-me dizer-vos apliqueis toda dili- gência para que esta obra se faça com efeito. Escrita em Lisboa a 13 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor. Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2.a via. Registe-se. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registada em o dito dia, mês e ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. 29 Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto, sobre o se assistir com mil cruzados, cada ano de rendimento das dízimas da alfândega para a obra da nova casa que se faz dela. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sati- dar. Viu-se a vossa carta de 8 de junho deste ano cm que dais conta do assento que no Conselho da Fazenda desse Estado se tomou para se assistir com mil cruzados cada ano do rendimento das dízimas da alfândega para a obra da nova casa que se fêz dela por não parar e evitar-se a despesa que da minha fazenda se faz no aluguel do trapi- che que serve para os despachos, enquanto se não acabar esta obra. E pareceu-me aprovar, como por esta aprovo, a resolução que se tomou neste particular considerando a conveniência que se segue em se acabar esta casa da alfân- dega que é tão necessária, do que vos aviso para o terdes assim entendido. L^scrita em Lisboa a 17 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o pro- vedor-mor da Fazenda elo Estado do Brasil. 2.a via. Re- giste-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registada em o dito dia, mês e ano, e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Nota à margem: A folhas 165 deste livro está outra. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto, sobre se arrematar o contrato do sai. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Por se vir chegando o tempo de se poder arrematar o contrato do sal e ser conveniente que chegue à notícia de todos os que intentarem e lançarem neles me pareceu — 30 — ordenar-vos, como por esta o faço, que seponham nessa praça editais declarando que os que quiserem oferecer seus lanços o possam fazer tendo entendido que neste Reino se há de arrematar onde poderão por seus procuradores mandar tratar deste negócio. Escrita em Lisboa a 9 de dezembro dc 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do E>stado do Brasil. l.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Registada em o dito dia, mês e era e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Nota à margem: Vau cumprimento da carta em frente se fixaram edi- tais nos lugares costumados desta cidade e se deu escrito ao porteiro do Conselho para apregoar o contrato de que trata a dita carta em 16 de fevereiro de 1699. Bahia, dito dia. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto sobre se haver arrematado o contrato dos dí- zimos cm cento c vinte mil cruzados. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- ciar. Viu-se a vossa carta de 25 de junho deste ano em que dais conta de se haver arrematado o contrato dos dízimos dessa capitania em cento e vinte mil cruzados a Antônio Maciel Teixeira, depois de vários lanços que hou- verani na competência que teve com Bento Pereira Ferraz c pareceu-me dizer-vos que se fica entendendo o bem que se obra na arrematação deste contrato. Escrita em Lisboa a 13 cie novembro dc 1698. Rei. Conde de Alvor, Presi- dente. Para o Provedor-mor da Fazenda Real do Estado do Brasil. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro cte 1699. Francisco Lamberto. Registada em o dito dia, mês e ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. 31 — Registo da carta dc Sua Majcs- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto sôbre o posto dc alferes cm que foi provido pelo Capitão Matias Roiz Nuno de Sou- sa e Paiva. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Neste reino pediu Nuno de Sousa e Paiva dispensa dos anos que lhe faltava para o posto de alferes em que foi provido pelo Capitão Matias Roiz Freire e porque se tem por notícia que este sujeito foi degredado deste Reino vos ordeno declareis a forma em que se lhe forma que dis- põe no regimento desse governo geral. Escrita em Lisboa a 24 de novembro de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presi- dente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Registou-se em 16 do dito mês e ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta dc Sua Majcs- tade, que Deus guarde, escrita ao Go- vernador deste Estado sôbre o dito Sc- nhor remeter a pólvora ao Reino para nele se refinar. Dom João de Alencastro, amigo, eu El-Rei vos envio muito saudar. Viu-se a vossa carta de 8 de junho deste ano em que dais conta da pólvora que nesta monção veio para se refinar neste Reino por se achar aí incapaz de serventia e pareceu-me dizer-vos cpie esta pólvora se recebeu, porém, que a que se mandar daqui em diante venha em barris destancos e porque as piroleiras se quebravam ai- gumas e da que vinha nos barris derramou muita por não vir como era conveniente, seguindo-se não só o dano de se diminuir cio seu preço, mas podendo suceder o maior cie algum perigo que possa acontecer. Escrita em Lisboa a 23 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, I — 32 — Presidente 2.a via. Para o Governador Geral do Estado do Brasil. Registou-se em 16 de fevereiro de 1699 e se entregou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Registo da Carta de Sua Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral deste Estado Dom João de Alen- castro sobre o capelão do terço do Mes- tre dc Campo Jeronimo Sodré Pereira, o Padiy? Manuel Soares lhe representar que na cobrança que o dito padre faz dos 2$400 que se dão para as missas das almas dos soldados defuntos lhe levar o escrivão da Fazenda c seus oficiais excessk <os sala rios. Dom João dc Alencastro, amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Por parte do Padre Manuel Soares, cape- lão do terço dessa praça de que é Mestre de Campo Jerô- nnimo Sodré Pereira, se me representou acpii que na co- branca que faz dos 2$400 réis que tenho resoluto se dê de minha Fazenda para se dizerem missas pela alma de cada soldado que aí morre o escrivão da Fazenda e mais oficiais dela a que toca o passar mandatos, certidões e recibos para a dita cobrança lhes levam excessivos salários, ficando por esta causa diminuta a quantia do dinheiro e menos as missas que estão aplicadas para o sufrágio das almas dos soldados defuntos e por não ser justo que elas recebam este dano me pareceu ordenar-vos que daqui em diante façais com que ao escrivão da Fazenda se paguedc cada carga de um soldado que morre 40 réis e por cadamandado 70 réis e por cada certidão que passa para aCâmara 40 réis, ao contador 50 réis e ao escrivão do tesoureiro 20 réis, e ao escrivão da Câmara 80 réis e sendo mais soldados os que falecerem e se incluírem em um só mandado se lhe levará a metade do que se lhe davaaté agora e pedindo-se despacho de muitos soldados se não poderá passar de um só senão de todos juntos, porque -- 33 V§> J a este respeito será menos o que se pagará, rateando-se por todos, e nesta mesma forma se ordena ao Provedor- mor o faça executar. Escrita em Lisboa a 5 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Governador Geral do Estado do Brasil. 2.a via. Registada em 16 de fevereiro de 1699, e se entregou ao dito Gover- nador. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral deste Estado Dom João de Alcu- castro, sôbre o tempo que hão de assis- tir neste porto os navios dc nações estrangeiras. Dom João de Alencastro, amigo eu El-Rei vos envio muito saudar. Tendo visto a conta que me destes dos navios franceses que aí chegaram, uma que disse ia e outra que vinha da índia e tratamento que lhe fizestes e pre- vençao que usastes para evitar a saca de alguns açúcares ou tabaco tudo na forma do vosso regimento e porque nela se não declarava o como vos havieis de haver nos dias da demora que se deve permitir nesse porto e semelhantes embarcações que a êle forem o que vos devia mandar de- clarar para assim observar, me pareceu dizer-vos que indo arribados a esse porto alguns navios das nações amigas, com a ocasião de lhes ser necessário fazere malgum con- sêrto ou pelo tempo ou fazerem aguada ou receberem ai- gum mantimento eleveis aplicar com toda a diligência que se lhe faça tudo pronto ordenando que pelo Provedor-mor da Fazenda se lhe dê tudo o que fôr necessário por seu di- nheiro, tratando-os por todo o bom termo de agasalho e acabado assim o conserto como de receberem o mais neces- sário os despedireis logo. Escrita em Lisboa a 28 de no- vembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Governador Geral do Estado do Brasil. 2.a via. Registou-se em 17 de fevereiro de 1699, e se entregou ao mesmo Governador. Joaquim Antunes Morais. 515.3 í-3 ~/^8 3 /-•« — 34 — Registo da carta dc Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto, sôbre a fé de ofícios que apresentou cm seus papéis Sebastião de Mcdina Bitencourt c se lhe pagarem os soldos dc vinte meses. Francisco Lamberto, eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Neste Reino tratou de requerer satisfação de seus serviços Sebastião dc Mcdina Betencourt e vendo-se a fé de ofícios que apresentou em seus papéis se reparou nela em que se faz menção de se lhe haver mandado dar baixa no posto de ajudante de sargento-mor do Coronel Fran- cisco Dias de Ávila por não aparecer em três mostras e que requerendo nelas da ocasião de uma diligência de se- grêdo em que o mandara o Marquês das Minas governando esse Estado, ao Rio de S. Francisco resultará não só man- dar-se-lhe levantar a baixa mas também pagarem-se-lhe os soldos de 20 meses, (pie durou a sua ausência, e porque os governadores não têm jurisdição neste caso para obra- rem semelhantes ações nem por seu despacho se podia man- dar levantar a baixa satisfazendo-se-lhe os ditos soldos porqueisto tocava ao meu poder soberano e me devia este sujeito fazer requerimento para lhe deferir. Me pareceu dizer-vos que obrastes mal não replicardes conforme o vosso regimento clêstc procedimento do governador e da- res-me conta dc assim ficares advertido que oferecendo- se semelhante negócio eleveis usar dos meios que estão dispostos no regimento das fronteiras e avisar-me. Escrita cm Lisboa a 6 de maio de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registou-se em 17 de fevereiro de 1699, e se tornou ao dito Provedor- mor. Joaquim Antunes Morais. — 35 — Nota à margem: As cartas que depois vieram sobre esta matéria estão neste livro a folhas 205 verso e folhas 282 verso. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real, Francisco Lamberto, sobre o pavimento da Sc desta cidade ser de lajeado, c sobre duas pias de batizar para melhor orna-to da dita igreja. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 13 de junho elo ano passado.em que dais conta elo estado em que se acha a obra ela Sé dessa cidade e o quanto necessita ele que o pavimento se faça do lajedo feito nesta corto e ele duas pias ele batizar para melhor ornato ela dita igreja e pareceu-me dizer-vos que esta obra do lajeamento ela Sé se tem ajustado, e irá este ano já alguma parte desta obra e para o ano epie vem se acabará toda e acabada ela se cuidará então que se faça uma pia que é o que basta para os batizados e assim se avisa ao arcebispo. Escrita em Lisboa a 3 de janeiro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda Real do Estado elo Brasil. 2.a via. Registe-se e me torne. Bahia, 14 ele fevereiro de 1699. Registada em 16 de fevereiro elo dito ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda sobre o Provedor da Fazenda da Capitania do Rio de Janeiro Luis Lopes pegado, dar conta da forma em que des- ta provedoria-mor lhe. vai a folha das ordinárias das pessoas falecidas c ou- trás ausentes. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. O Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro Luís Lopes ii — 36 — Pegado me deu conta por carta ele 12 de junho deste ano da dúvida que se lhe ofereceu a forma em que dessa prove- doria-mor lhe vai a folha das ordinárias que naquela capitania se hão ele pagar ele minha Fazenda por levarem pessoas já falecidas c outras ausentes o que seria ele grande confusão c embaraço e se devia emendar pondo-se na folha somente os encargos e devidas despesas pelas Pro- visões e Alvarás cpie naquela capitania se apresentarem se pagarem as pessoas providas e cpie fazendo-vos esta adver- tência o não cpiisesteis emendar sem ordem minha e pare- ceu-me dizer-vos cpie o Provedor ela Fazenda elo Rio de Janeiro fêz bem em advertir a confusão ela folha e vós também em não mudardes a outra forma sem ordem mi- nha e para se evitar a referida confusão vos ordeno que as pessoas que forem providas por tempo limitado como governador, ouvidor e feitor vão na folha na forma cm que vai o governador sem se lhe declarar o nome e no Rio de Janeiro com o seu Alvará, carta e conhecimento se lhe fará pagamento como nela se declara e nos mais perpétuos não há que alterar c devem mandar registar sons Alvarás nessa provedoria-mor para irem nomeados na folha, aliás se lhes não paguem e os qu efaleceram eleve ir certidão elo óbito para se tirarem ela folha como se costuma nos assentamentos das deste Reino com que cessará a confusão e ao Provedor da Fazenda elo Rio de Janeiro se avisa cio (pie por esta se vos ordena para que tenha entendido a resolução cpie se tomou neste parti- cular. Escrita em Lisboa a 29 de outubro ele 1698. Rei. Conde ele Alvor, Presidente para o Provedor-mor da Fa- zenda do Estado elo Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lam- berto. Registada em o dito dia, mês e ano, e se torrou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. 0/ Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto, sobre se haver concedido do provedor da Fa- zenda d.o JZio de Janeiro um ajudante ao almoxarife do Rio de Janeiro pela necessidade do mesmo trabalho. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Tendo respeito ao que me representou o provedor da Fazenda do Rio de Janeiro sobre a necessidade (pie o almoxarife daquela capitania tem de pessoa que o assista e ajude ao trabalho epie hoje está a seu cargo por se lhe carregar em receita não só todo o dinheiro pertencente a minha Fazenda mas também os materiais e munições dos armazéns de todos os socorros que vão para a Nova Colônia de que há de dar conta e lhe não era possível acudir (sendo só) sem detrimento de meu serviço fui servido resolver que o dito almoxarife tenha uni ajudante e que a este se dê o ordenado de 50$000, pagos da minha Fazenda Real da capitania do Rio de Janeiro de que me pareceu avisar-vos para mandares meter na folha da dita capitania a adição do dito ordenado, na forma da minha resolução. Escrita em Lisboa a 7 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor- mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registada em 16 do dito mês e ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto sobre se pagar a pintura que fez nas casas d.os governadores o pintor Francisco de Mendonça. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 14 de junho deste ano em — 38 — que dais conta da avaliação (pie fizeram as pessoas cm quem vos louvastes e o mestre-pintor Francisco de Men- donça, como se vos havia ordenado, para a obra que se havia feito nas casas dos governadores que me havia aqui representado lhe mandastes pagar e vós entenderdes ser excessiva a estimação que ambos os louvados conformes lhe deram de 140$000. Me pareceu ordenar-vos mandeis requerer às partes que são o procurador de minha Fazenda e o dito pintor Francisco de Mendonça para se louvarem em outros dois homens bons e perito que arbitrem o valor desta obra e não concordando lhe elegereis terceiro o mais aprazimento das partes que puder ser e o que concordarem havereis por firme e valioso sem mais se poder mudar na forma da ordenação do livro terceiro folhas 78 e capitulo 2.° e esse valor mandareis satisfazer ao dito pintor na forma que se vos tem ordenado, cobrando o que assim lhe pagar- des da Fazenda do Governador Matias da Cunha se ainda houver alguma, e não a achando bastante para este paga- mento avisareis com declaração da quantia pára que se cobrem por seus bens. Escrita em Lisboa a 17 de novembro de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registou-se em 17 do dito mês e ano e se tornou ao dito Provedor-mor. Joaquim Antunes Mo- rais. Nota à margem: Por mandado de 30 de maio de 1699 registado no livro 18 a folhas 219 verso houve pagamento de 120$000 no tesoureiro geral o Sargento-mor Domingos Pires de Car- valho, Domingos Pires de Mendonça como procurador bas- — 39 — tante de seu irmão Francisco de Mendonça mestre-pintor que se lhe deviam da pintura que fez na casa nova de palácio por ordem de Matias da Cunha, governador e ca- pitão geral que foi deste Estado na qual quantia foi últi- mamente avaliada em observância da carta em frente, e como consta notoriamente não haver nesta cidade bens do dito Govrnador Matias da Cunha para por eles ser pago na forma da dita carta. Bahia, 1.° de junho de 1699. Antunes. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zeuda Real Francisco Lamberto sôbrea vigoraria criada de novo, Santa Luzia de Piagui na capitania de Sergipe de El-Rei. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Por se acudir mais prontamente com a administração dos sacramentos aos fregueses da matriz da capitania de Sergipe de El-Rei pelas grandes distâncias em que vivem para irem a ela. Fui servido mandar criar em vigararia a igreja de Santa Luzia de Piagui, novamente erecta na mesma capitania e nomear por vigário dela ao Padre Antônio de Sousa de Castelo Branco com congrua de 25$000 por ano a custa de minha Fazenda, do que vos aviso para que na forma desta minha resolução façais lançar na folha de Sergipe de El-Rei a dita congrua, para ser paga daqui em diante aos vigários da dita igreja que apresentarem suas contas com Alvarás meus para o poderem vencer como é estilo. Escrita em Lisboa a 29 de novembro de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registada em 17 do dito mês e ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. — 40 — Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto, sobre donde hão de sair os efeitos para se pagar ao terço dos paulistas e ua forma cm que hão de ser pagos. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 14 de junho deste ano em que representais a dúvida que se vos oferece ao pagamento do terço que Manuel Álvares de Morais Navarro foi levan- tar por ordem minha dos paulistas e Capitania de S. Vi- cento assim dos efeitos donde há de sair esta despesa como da forma em que hão de ser pagos os soldados por serem índios, sem nomes nem certeza de pais para se lhes poder fazer assentamento de matrícula e também pela distância que vai dessa praça aos fregueses em que o dito terço há de assistir, e pareceu-me dizer-vos que estes soldados se não hão de pagar assim aos oficiais como aos soldados deste terço senão depois dele feito e como aí se ajustou a criação deste terço se devia cuidar dos meios que se podiam oferecer para o seu pagamento e não pedir ao Reino esta declaração e assim que esta despesa deve sair daqueles eleitos que houver mais prontos na Fazenda Real seguindo-se nela o (pie se aponta ao Governador em carta particular porque por este meio se acocle a se evitar todo engano que possa haver nos que servem neste terço. Escri- Ia em Lisboa a 13 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor cia Fazenda do Estado do Brasil. l.a via. Registado em 12 de março de 1699. Joaquim Antunes Aforais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao provedor-mor sobre as munições que são necessárias para pro- vimento dos armazéns. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 20 de junho deste ano e com — 41 — ela a relação que remetestes das munições que são neces- sárias para provimento dos armazéns dessa praça e para se restituirem a repartição de que foram tirados os que vos foram necessários. E pareceu-me dizer-vos que na consi- ração do que representais se vos remete o que pedis, adver- tindo-vos porém que devieis declarar a enxárcia dc que qualidade era necessária porque o não indica a memória que mandastes. Escrita em Lisboa a 13 dc novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Pro- vedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2.a via. Re- giste-se. Bahia, 21 de março de 1699. Lamberto. Regis- tada em o dito dia, mês e ano. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor sobre a pólvora que o dito Provedor-mor reme- teu na frota passada. Francisco Lamberto, eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 30 de junho deste ano em que dais conta da pólvora que remetestes na presente mon- ção em as naus do comboio que aí se achara inútil (como se vos havia ordenado). E pareceu-me dizer-vos que esta pólvora que remetestes como vinha em piroleiras se que- braram muitas delas e nos barris como não eram estancos se derramou muita seguindo-se não só o dano de se diminuir no seu preço mas também o de poder-se seguir algum perigo. E nesta consideração eleveis advertir que a que mandardes daqui em diante se ponha em todo o cuí- dado para que venha em barris estancos para que se não perca. Escrita em Lisboa a 22 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Brasil. 2.a via. Registe-se. Bahia, 12 de março de 1699. Francisco Lamberto. Registada em o dito dia, mês e ano. Joaquim Antunes Morais. — 42 — Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto, sobre o dito Provedor-mor haver remctid.o a cópia da carta de Sua Majestade ao Provedor da Fazenda do Rio Grande. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Viu-se a vossa carta de 14 de junho deste ano em que dais conta de haverdes remetido ao Provedor da Fa- zenda do Rio Grande a cópia da que se vos havia escrito sobre o contrato dos dízimos do Ceará se arrematar sepa- rado do daquela capitania como eu tinha resolvido e pare- ceu-me dizer-vos repitais a mesma ordem ao Provedor da Fazenda do Rio Grande, pois este Provedor não deu conta deste particular. Escrita em Lisboa a 22 de novembro de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor- mor da Fazenda do Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1690. Francisco Lam- berto. Registou-se em 17 do dito mês c ano e se tornou ao dito Provedor. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto sobre o ordenado do padre capelão da forta- leza do Rio Grande ser na folha. Francisco Lamberto, eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Ao Governador Geral desse Estado se ordenou que mandasse para a capitania do Rio Grande um clérigo que servia na fortaleza dela de capelão para dizer missas aos soldados e que se lhe dê o que está em estilo dar-se a seme- lhantes capelães e porque avisou em carta de 15 de junho deste ano tinha pedido ao arcebispo lhe nomeasse um clérigo de boa satisfação e procedimento para ir assistir na dita fortaleza do Rio Grande e que em estando nomeado o mandaria logo com toda a brevidade. Me pareceu ordenar- — 43 — vos façais com que o ordenado deste capelão vá na folha. Escrita em Lisboa a 10 de novembro de 1698. Rei. O Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 17 de fevereiro de 1699. Francisco Lam- berto. Registou-se em 17 do dito mês e ano e se tornou ao dito Provedor. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto sobre o capelão do terço do Mestre de Cam- po Jerônimo Sodré Pereira o Padre Manuel Soares lhe representar que ua cobrança que o dito padre faz dos 2$400 que se dão para as missas das almas dos soldados defuntos lhe levar o escri- vão da fazenda e seus oficiais excessi- vos salários. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Por parte do Padre Manuel Soares, capelão do terço dessa praça de que é Mestre cie Campo Jerônimo Sodré Pereira se me representou aqui que na cobrança que faz dos 2$400 réis que tenho resolvido se dê de minha Fazenda para se dizerem de missas pela alma de cada soldado que aí morre o escrivão da Fazenda e mais oficiais dela a que toca o passar mandados, certidões e recibos para a dita cobrança lhe levam excessivos salários ficando por esta causa diminuta a quantia do dinheiro e menos as missas a que está aplicado para sufrágios das almas dos soldados defuntos, e por não ser justo que elas recebam este dano. Me pareceu ordenar-vos que daqui em diante façais com que ao escrivão da Fazenda se pague por cada carga de um soldado que morre 40 réis por cada mandado 70 réis, e por cada certidão que passa para a Câmara 40 réis, ao contador 50 réis e ao escrivão do Te- — 44 — souro 2 Oreis, ao escrivãoda Câmara 80 réis, e sendo mais soldados os que falecerem e se incluírem em um so mandado se levará a metade do que se lhe dava até agora e pedindo- se despachos de muitos soldados se não poderá passar cie um só senão de todos, sendo porque a este respeito será menos o que se pague rateando-se por todos nesta mesma forma se ordena ao governador geral desse Estado o faça executar. Escrita em Lisboa a 5 de novembro de 1698 Rei O Conde de Alvor, Presidente. Para o Pro- vedor-mor da Fazenda Real do Brasil. 2.a via. Registe-se e se me torne. Bahia, 14 de fevereiro de 1699. Francisco Lamberto. Registou-se em 17 do clito mes e ano e se tornou ao mesmo Provedor. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor do Estado do Brasil, sobre informar sobre o reque- rimento quejez cm Lisboa por parte de Francisco de Araújo de Azevedo para se fazer execuções nos^ mais fia-'dores de Gregório Teixeira Alvares Fe- reira . Francisco Lamberto, Eu El-Rei vos envio muito sau- dar. Por parte de Francisco de Araújo e Azevedo se me fêz acpii a petição cuja cópia se vos envia, em que pede mande fazer execução nos bens dos mais fiadores que o foram com êle ao tesoureiro geral desse Estado Gre- gório Teixeira Álvares Pereira, e pareceu-me ordenar- vos informeis com vosso parecer neste requerimento ouvi- das as partes. Escrita em Lisboa a 19 de janeiro de 1699. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Provedor-mor do Estado do Brasil. Ia via. Registe-se e junte-se aos autos a que toca e se dê vista ao Doutor Procurador da Fazenda Real. Bahia, 23 de março de 1699. Francisco Lamberto. — 45 — Cópia Senhor. Diz Francisco de Araújo e Azevedo, cidade da Bahia, que ficando simultaneamente com as mais pessoas declaradas na petição folha 1, ao tesoureiro geral e pa- gador da gente de guerra daquele Estado, Gregório Tei- xeira Álvares Pereira, sucedeu ser este alcançado em mais de vinte e tantos contos que ficou devendo à Fazenda Real de Sua Majestade, que Deus guarde, e fazendo-se penhora pelo dito alcance nos bens do suplicante e dos mais confia- dores, sem embargo de serem todos igualmente obrigados na fiança como se faz certo pela cópia dela na certidão folhas 3, verso, tão somente contra os bens do suplicante se proce- deu a final execução rematando-se-lhe seus rendimentos em 150$000 por ano para deles se ir satisfazendo a dívida de Vossa Majestade e como os bens dos ditos confiadores se não entendeu mais como também mostra na certidão, folha 5 verso, o que certamente cede em rendimento da Fa- zenda de Vossa Majestade porque sendo a dívida de impor- tância tão considerável muito tarde pode ser satisfeita por rendimento tão limitado como de 150$000 em cada um ano e do suplicante porque em toda sua vida e de toda sua famí- lia ficará arrastado e sem esperança de poder ter com que remedia-la nem pagar a Vossa Majestade o que não será procedendo-se também contra os mais fiadores porque nesta forma será a fazenda de Vossa Majestade satisfeita em mais breve tempo e o suplicante poderá viver na esperança de se ver descarregado, nem parece justo que sendo a obrigação igual será dura só para êle e aliviada para os mais consócios nelas. E assim na consideração do que refere e mostra por documentos, autênticos pede a Vossa Majestade haja por bem ordenar que também se proceda a execução contra os bens dos mais confiadores para que a Fazenda de Vossa Majestade seja satisfeita com mais brevidade e ao suplicante fique a expectativa de se poder ver desonerado desta obri- gação em algum tempo. E receberá mercê. André Lopes de Laura. Matias Miranda de Oliveira a registou no mes- — 46 — mo dia do despacho do Provedor-mor, e se entregou a própria ao escrivão dos feitos da Fazenda Real. Francisco Ferreira em o dito dia. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Provedor-mor da Fa- zenda Real Francisco Lamberto sobre se pagar daqui em diante por cada peçade escravos de direitos dos que se regis- tarem na Costa da Mina. Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Mandando ver o que o bÍspo da Ilha de São Tome me representou a-fim-de crescer o rendimento dos direitos que pelo foral da dita ilha cos- tuniam pagar os escravos que nela se despacham, tirados por resgate da Costa para serem pagos as congruas eclesiás- ticas a que estão aplicados os tais direitos que por não che- garem serve de escusa aos cônegos para faltarem a reza do coro dos curas o assistirem a suas ovelhas, apontando como remédio o acrescentarem-se as avaliações dos escravos^ e fazendas, segundo o valor que hoje tem para a esse respeito se pagar deles quarto e vintena ou fazendo-se como em Angola por ser muito limitado o direito de 1$750 réis que é o que hoje pagam por cada escravo de quarto e vintena a razão de peça e não de cabeça na forma do dito foral. Fui servido resolver que se pague daqui em diante por cada peça de direitos dos que se resgatarem na dita costa de acrescentamento somente outro tanto como até agora se pagava, por ser justo que assim como tem crescido tanto o preço dos negros no Brasil e com êle a ganância do resgate corresponda a ela o tributo de que vos aviso para que na forma desta minha resolução executeis daqui em diante o que por ela vos ordeno fazendo-a registar nos livros da minha Fazenda e mais partes necessárias para que a todo o tempo conste de como assim o houve por bem. Escrita em Lisboa a 10 de janeiro de 1699. Rei. Para o Provedor-mor da Fazenda do Estado do Brasil. — 47 — Conde de Alvor, Presidente. l.a via. Registe-se nos livros da Fazenda Real e alfândega e se me torne. Bahia, 23 de março de 1699. Francisco Lamberto. Registei em 26 do dito mês e ano e se entregou ao escrivão da Alfândega no dito dia. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta dc Sua Majes- tade para o Governador c Capitão Ge- ral deste Estado Dom João dc Alen- castro sabre a restituição dos padres da companhia das aldeias do Rio de São Francisco sabre os Padres Frei Do- mingos Barbosa, c Frei Bento da Sil- veira, c sobre a junta das missões, sô- bre os índios da vila de São Paulo e sobre outras mais missões. Dom João de Alencastro, amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. A vossa carta dc 7 cie julho do ano passa- do em. que dais resposta a outra que vos mandei escrever em 30 de janeiro do mesmo ano, contém quatorze pontos todos com tal clareza, zelo e cuidado da execução das mi- nhas ordens e do que pode ser mais conveniente ao serviço de Deus nosso senhor e meu que não seria necessário tornar-vos a escrever sobre eles se não fôsse para vos constar como me foram presentes as vossas direções e como ficam na minha lembrança os motivos que cada dia me dá de novo para o meu agradecimento. Era o primeiro ponto de restituição aos Padres da Companhia para aldeias do Rio de São Francisco, que suponho estar de todo con- seguida, e com o provincial da companhia praticareis se lhe é conveniente largar essas aldeias aos carmelitas des- calços para as quais se ofereceram ao bispo de Pernam- buco ocupando-se em outras missões, especialmente pelas que de novo lhe acrescem nas terras do Ceará com o colégio que lhe tenho mandado fazer para esse efeito, isto por insinuação e não por ordem de os persuadir por que eu os desejara em todas as aldeias, em todas as povoações — 48 — em todas as terras do meu domínio; o segundo-e terceiro tratavam dos Padres Frei Domingos Barbosa e Frei Bento da Silveira e me parecer o mesmo (pie se determinou na junta das missões desta cidade acrescentando que tendo esses padres (pie requerer nesta matéria o façam na dita junta »»ndc se lhes poderá deferir com mais conhecimento dos seus procedimentos e do préstico que tiverem para missionários sobre o que me apresentaram alguns^ papeis que se vos remetem por via de Roque Monteiro Paim com carta sua que lhe mandei entregar aos ditos padres. No quarto me dizeis que tendes feito a junta das missões como vos tinha encomendado e o continuareis entendendo^ que os dias de se fazerdevem ser aqueles que a mesma junta ajustar com declaração que se fará em outros^ mais quando seja necessário e assim o pedir a impor- tância dos negócios. Sobre o quinto dos índios da vila de São Paulo me pareceu dizer-vos que está bem cometida essa diligência ao Padre Francisco, de Matos Provincial da Companhia porém como nesta matéria, tem acrescido os avisos que nesta monção vieram ao governador do Rio de Janeiro Artur de Sá de Meneses em que tem ajustado com os moradores daquela vila ,o que vos poderá já ser presente e vos participará também Roque Monteiro: Paim. Vos ordeno (pie suspendais a execução do cpie pare- cer na junta e vos tinha mandado executar e me daresi conta para conforme o estado das coisas das (piais igual- mente vos poderá dar verdadeiras notícias, O: dito Pro- vincial , quando se recolher a essa cidade possa1 eu tomar; a resolução que fôr mais conveniente a meu serviço e bem cias almas. O sexto que pertence às missões - do Rio de Caravelas o meio que apontais para adiante e remédio dos. missionáros que tendes aplicado tenho mandado conferir com o bispo do Rio de Janeiro e de cpie se ajustar com êle se vos avisará em outra carta. No sétimo dos missio-' nários que pelos distritos da vila do Penedo' e:;das Ala- goas deve mandar todos os meses o Provincial de São Francisco lhe maneio escrever assim o execute e vós ; o — 49 — aplicareis para que não falte a esta obrigação. No oitavo e nono em que dais conta da averiguação que vos mandei fazer do hospício do Rio Real e do convento de Nazaré não tenho que vos encomendar de novo nem sobre eles há coisa que mereça nova recomendação. Quanto ao décimo que trata da petição que fizeram os padres carme- liías descalços lhes eleveis deferir com toda a brevidade, tanto pelo que toca ao distrito (pie pedem junto do mar e lagoas ou de rios, como de côngruas que se costumam dar por minha ordem aos missionários úhá aldeias por ser justo que a eles se lhes dessem diferença pois tem a mesma razão e que se encarreguem de todas as aldeias que puderem administrar por serem aqueles que mais imitam os da Com- panhia de Jesus. No úndecimo em que me significais o cuidado de prover as missões e aldeias do Rio de S. Fran- cisco e de se freqüentarem por todos os engenhos e mora- dores do recôncavo e sertão dessa cidade, mereceis parti- etilarmente o meti agradecimento e a matéria também pede que eu vos recomende segunda vez que vos apliqueis a este cuidado j)or todos os meios que couberem na vossa diligência. No duodécimo em que também me significais a' vontade com que se vos oferecem os padres de São Bento para assistirem nas aldeias me jiareceti dizer-vos que lha aceiteis e agradeçais de minha parte tendo sujeitos capazes cie se encarregarem delas porque quanto mais missionários houverem com espírito e vocação de poderem ser bons quanto mais se aumentarão as missões e se actidirá ao remédio das almas que o necessitam. No décimo terceiro em que me representais o que vos parece de se darem côn- gruas aos missionários das aldeias que estiverem em menos distância de 50 léguas deveis entender que esta distância se arbitrou especialmente para os padres da Companhia por representarem que sendo maior não poderiam socorrer do 50 — colégio os seus padres que se achavam neles e que isto mes- mo procede a respeito daquelas religiões cpie tiverem con- ventos na Bahia com rendas capazes de se sustentarem os seus missionários, porem que não pode compreender as ou- trás religiões que forem mendicantes ou nao tiverem rendas capazes'para êsse efeito nem também estas mesmas religiões se as aldeias que tiverem a seu cargo forem tantas que não possam com a despesa delas porque neste caso se de- vem socorrer e (lar as côngruas que se tem arbitrado neces- sárias para se poderem sustentar nas aldeias no que pro- adoreis com tão particular atenção (piai de vos confio tanto a respeito do encargo de minha Fazenda não to- niall(lo nela (» que deve ser cias ditas religiões como a respeito dos ditos missionários que sem as côngruas de que necessitam se não poderão sustentar nas aldeias de que são ou forem encarregados. No décimo quarto e último ponto, do assento que se tomou na junta das missões da Bahia de ser necessário que as regiões se aprendam em menos a Lngua geral dos índios. E\ circunstância esta sem a (piai não é possível (pie os missionários aproveitem ou nas missões das aldeias que são de índios ou nas cpie fazem pelo recôncavo pelos engenhos onde pode haver os ditos índios e cm que ordinariamente assim tem muitos negros e como dizeis que, ao menos elevem aprender a língua geral devo supor que também saber as cios negros por não ficarem como mais miseráveis destituídos de re- médio espiritual de suas almas, que igualmente foram re- midas com o sangue de Cristo e sendo êste ponto o último vos recomendo que seja o primeiro do vosso zelo para que o procureis executar com muitas e continuadas diligências com os prelados de todas as religiões para que se consiga o efeito dele. Escrita em Lisboa a 16 de dezembro de 1698.. Rei. Para Dom João de Alencastro. l.a via. n.° 197. Registou-se em 6 de abril de 1699, e se entregou ao senhor Governador e Capitão Geral. Dom João de Alencastro. Joaquim Antunes Morais. :;'"'¦¦"¦¦ — 51 — Registo de uma portaria do Go- vernador c Capitão Geral Dom João de Alencastro pela qual ordena ao Prove- dor-mor da Fazenda Real Francisco Lamberto mande registar a carta de Sua Majestade a qual adiante vai regis- tada. O Provedor-mor da Fazenda Real deste Estado mande registar nos livros dela a carta de Sua Majestade, que Deus guarde, que com esta se lhe remete, e assentar a praça de Capelão da Fortaleza do Morro de São Paulo ao Padre Manuel Machado Rebelo para se lhe pagar o seu soldo na forma que se faz aos mais capelães da dita fortaleza por Sua Majestade o mandar restituir a dita capelania. Bahia, 11 de abril le 1699. Dom João de Alen- castro. Despacho do Provedor-mor. Registe-se com a carta de Sua Majestade. Bahia, 13 de abril de 1699. Lamberto. Registada no dito dia, mês e ano. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sua Majes- tade escrita ao Governador c Capitão Geral deste Estado Dom João de Alen- castro sobre se restituir a capelania da Fortaleza do Morro de São Paulo ao Padre Manuel Machado Rebelo. Dom João de Alencastro, amigo, eu El-Rei vos envio muito saudar. Por parte do Padre Manuel Machado Re- belo se me representou que sendo provido por vós em o lugar de Capelão da Fortaleza do Morro de São Paulo o depusestes dele por algumas pessoas suas inimigas vos informarem contra a verdade maculando seu procedimento sem averiguardes judicialmente a sem razão e falsidade da — 52 — queixa, tendo-se havido no dito lugar cora toda a astisfação e zelo do serviço de Deus. e meu como mostrou com doctt- mentos. Pedindo-me o mandasse restituir da dita cape- lania visto ser dela expulso sem culpas e ficar infamado o seu crédito, e pareceu-me ordenar-vos conserveis ao dito Padre Manuel Machado Rebelo nesta capelania da qual não podia ser removido sem sentença e o restittiais logo a ela o que vos hei por muito recomendado e havendo con- tra êle culpas digais quais são para que neste particular se possa então tomar a resolução que parecer conveniente. Escrita em Lisboa a 31 ele outubro de 1698. Rei. Conde de Alvor, Presidente. Para o Governador e Capitão geral do Estado do Brasil. l.a via. Registada em 11 de abril de 1699, e se entregou na Secretaria do Estado. Joaquim Antunes Morais. Registo da carta de Sita Majes- tade para o Provedor-mor da Fazenda Real, Francisco Lamberto sabre se en- tregar aos correspondentes de Manuel Antônio Vaz Coimbra vinte mil cru- seiros do que estiver pronto para se remeter ao Conselho Ultramarino, pas- saneio letras seguras sabre os ditos a pagarem à ordem do dito Conselho. Francisco Lamberto. Eu El-Rei vos envio muito sau- dar Manuel e Antônio Vaz Coimbra, homens de negócio desta corte me representaram haverem mister nesta cidade algum dinheiro até a quantia de
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