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TCC Engenharia Civil

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11
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DEBERSON ALMEIDA FERRAZ JUNIOR
JOHNNY DIAS CASTRO
LUCAS SOUZA NUNES
OTÁVIO URIAS BUENO
MODELAGEM E COMPATIBILIZAÇÃO DE UM PROJETO RESIDENCIAL UTILIZANDO A PLATAFORMA BIM
RIBEIRÃO PRETO
2018
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DEBERSON ALMEIDA FERRAZ JUNIOR
JOHNNY DIAS CASTRO
LUCAS SOUZA NUNES
OTÁVIO URIAS BUENO
MODELAGEM E COMPATIBILIZAÇÃO DE UM PROJETO RESIDENCIAL UTILIZANDO A PLATAFORMA BIM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista, Campus Ribeirão Preto – SP, como parte das exigências para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Civil.
RIBEIRÃO PRETO
2018
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DEBERSON ALMEIDA FERRAZ JUNIOR
JOHNNY DIAS CASTRO
LUCAS SOUZA NUNES
OTÁVIO URIAS BUENO
MODELAGEM E COMPATIBILIZAÇÃO DE UM PROJETO RESIDENCIAL UTILIZANDO A PLATAFORMA BIM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista, Campus Ribeirão Preto – SP, como parte das exigências para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Civil.
Ribeirão Preto, 20 de setembro de 2018.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof (a). Dr (a) ou Msc _____________________
Universidade Paulista
Orientador
_____________________________________
Prof (a). Dr (a) ou Msc _____________________
Universidade Paulista
Co-Orientador
_____________________________________
Prof (a). Dr (a) ou Msc _____________________
Universidade Paulista
Membro Titular
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus pela sua existência em nossas vidas, que nos proporcionou sabedoria, força de vontade e compreensão para concluirmos mais uma grande etapa de nossas vidas.
Agradecemos aos nossos pais, por nos ensinar respeitar, transmitir a honestidade, educação e apoio ao próximo.
Agradecemos à nossa orientadora, Profª Laurenn, por nos dar atenção, transmitir conhecimentos e não medir esforços a nosso favor.
E por fim, agradecemos à amizade do grupo nestes 5 anos de curso, proporcionando uma amizade para a vida inteira.
“Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui, nunca desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a próxima tentativa pode ser a vitoriosa”.
Albert Einstein
RESUMO
O BIM (Building Information Modeling) é considerado um grande avanço da Engenharia Civil devido a sua eficácia e facilidade no andamento e coordenação dos projetos. Os resultados apresentados pela plataforma, desperta interesses de novas empresas e profissionais do ramo, tendo uma antevisão do produto final como vantagem promovida pelo uso da plataforma. O primordial propósito deste trabalho é a comparação de um projeto, elaborado por dois softwares, AutoCAD e Revit, afim de demonstrar o quanto é compensativo o uso da nova plataforma.
Palavras-chave: BIM, compatibilização, projeto.
ABSTRACT
BIM (Building Information Modeling) is considered a great advance in Civil Engineering due to its effectiveness and ease in the progress and coordination of projects. The results presented by the platform awakens the interests of new companies and professionals in the industry, with a preview of the final product as an advantage promoted by the use of the platform. The main purpose of this work is the comparison of a project, developed by two software, AutoCad and Revit, in order to demonstrate how compensatory the use of the new platform.
Keyword: BIM, compatibility, project.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Exporta e Importa	19
Figura 2: Projetando com BIM	21
Figura 3: Projeto realizado em REVIT	23
Figura 4: Projeto em MS PROJECT	24
Figura 5: Projeto em Nasisworks	25
Figura 6: Sistema para orçamento SISPLO	25
Figura 7: Armazenamento, estocagem e instalações precárias	26
Figura 8: Planta de um apartamento AutoCAD 2D	29
Figura 9: Projeto de uma casa AutoCAD 3D	29
Figura 10: Software Revit	30
Figura 11: One World Trade Center	31
Figura 12: Edifício comercial, teatro e a Praça da Baleia	32
Figura 13: Nova Biblioteca Central da PUC - Rio de Janeiro	33
Figura 14: Criação dos layers	35
Figura 15: Traçado	35
Figura 16: Planta com textos	36
Figura 17: Elevação	36
Figura 18: Resultado de projeção	37
Figura 19: Projeção da planta no software REVIT	38
Figura 20: Exemplo de visão do projeto no REVIT	38
Figura 21: Orçamento gerado no software REVIT	39
Figura 22: Análise de temporização do projeto	42
Figura 23: Análise de execução do projeto	42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Comparação dos softwares	40
Tabela 2: Atividades diárias para elaboração do projeto no AutoCAD	41
Tabela 3: Atividades diárias para elaboração do projeto no REVIT	41
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	11
2.	PROBLEMÁTICA	12
3.	HIPÓTESE	13
4.	OBJETIVO	14
5.	INTRODUÇÃO AO BIM	15
5.1	Breve história da plataforma	15
5.2	BIM no Brasil	16
5.3	Interoperabilidade	17
6.	UTILIZAÇÃO DO BIM NA ENGENHARIA CIVIL	20
6.1 Dimensões do BIM	20
6.2 Gerenciadores BIM	21
6.3 Programas que utilizam a plataforma	22
6.3.1 Revit	22
6.3.2 MS Project	23
6.3.3 Navisworks	24
6.3.4 SISPLO	25
7.	BENEFÍCIOS - BIM NA PROGRAMAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL	26
8.	MÉTODO DE CRIAÇÃO	28
8.1 Desenho assistido por computador	28
8.2 O Software Revit Utilizado	30
9.	EXEMPLOS DE OBRAS PROJETADAS COM A PLATAFORMA BIM	31
9.1 One World Trade Center	31
9.2 Edifício B32	32
9.3 Nova biblioteca da PUC-RJ	33
10.	METODOLOGIA APLICADA AO TRABALHO	34
10.1 Aplicação do projeto no software AutoCAD versão 2017	34
10.2 Aplicação do projeto no software Revit versão 2017	37
11.	ANÁLISE DOS RESULTADOS	40
12.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	44
REFERÊNCIAS	45
10
1. INTRODUÇÃO
Durante o tempo em que o homem foi evoluindo, o processo construtivo sofreu várias mudanças e as maneiras de se planejar quaisquer tipos de construção exigiram técnicas cada vez mais inovadoras voltadas à engenharia. Para qualquer serviço há dois quesitos que controlam o sucesso de um empreendimento que são: tempo e custo. 
O setor da construção civil apresenta uma série de adversidades, dentre estas, a falha de comunicação entre os vários profissionais participantes da execução dos projetos. Atualmente em um projeto, existem funcionários trabalhando cada um em seu setor com um fluxo de trabalho específico que pode prejudicar o prazo de entrega de uma obra, complicando ainda mais por não serem compatíveis, criando interferências na hora de execução. 
Estas maneiras convencionais da construção civil acarretam dificuldades na concepção de um empreendimento, causando dificuldades na inserção dos projetos do início ao fim, deixando vários processos sem controle, falha na análise de informações, na simulação de desempenho e até mesmo nas correções e revisões de dados e informações, gerando atrasos e acarretando custos na construção. 
A falta de organização de um processo arquitetônico pode ocorrer interferências na execução do projeto, gerando uma qualidade questionável em sua aplicação. Atualmente no Brasil esta falta de ordenação vem crescendo muito pela ausência de fiscalização no canteiro de obra, mesmo não sendo uma tarefa fácil é um dos principais fatores para garantir o sucesso da construção.
O BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações para a Construção) é uma plataforma que nasceu para melhorar os métodos arcaicos atualmente utilizados, beneficiando e unificando os projetos de todas as equipes de uma única obra, evitando, assim, os problemas de compatibilização. 
A plataforma traz novas maneiras de enxergar um projeto, detectando conflitos, evitando colisões de cálculos dos objetos projetados, permitindo acompanhar o cronograma e os custos da obra, podendo até mesmo gerenciar a garantia dos equipamentos utilizando dados dos fornecedores e planos de manutenção.
2. PROBLEMÁTICA
Dentro da construção civil, durante a execução de uma obra, existem grandes disparidades entre projetos, levando assim a muitosproblemas na hora da execução. A quantidade de lapsos da comunicação pela falta de interação entre os profissionais causa divergências, uma vez que estes aguardam o fim de alguma etapa para iniciar a outra, como por exemplo, aguardar o recebimento de um projeto hidráulico para depois começar um projeto elétrico, causando atraso no cronograma de obra, ou até mesmo elevação dos custos por desperdícios gerados por conflitos.
3. HIPÓTESE
A plataforma BIM tem a função de demonstrar todos os períodos da construção, englobando os métodos produtivos e etapas da instalação, proporcionando a compatibilização dos elementos e a verificação de falhas e omissões, resultando na aceleração do cronograma de obras e redução de custos. 
4. OBJETIVO
Neste trabalho de conclusão de curso, será abordada a construção de um projeto residencial por dois métodos diferentes, sendo eles o software CAD (atualmente o mais utilizado) e a plataforma BIM, com o intuito de demonstrar as diferenças na execução, e podendo mostrar os benefícios desse novo modo de projetar com BIM. 
5. INTRODUÇÃO AO BIM
A partir da adoção do CAD (Computer Aided Design), os computadores têm fornecido um papel fundamental na indústria da construção civil, com o uso de desenhos para demonstrar traços do que o projeto poderá ser no futuro. Mas atualmente a utilização deste antigo método tem-se distanciado da evolução que é o BIM.
5.1 Breve história da plataforma
Há divergências em relação a origem do BIM, para alguns autores a definição de sua criação vem a partir da data que se elaborou o conceito, enquanto outros levam em conta somente o termo em que foi utilizado. 
Conforme Silva (2013), em uma pesquisa de Harris (2010), o conceito sobre o uso de modelos de informação para a construção foi primeiramente concebido na década de 70 por acadêmicos do Georgia Institute of Tecnology, pelo Professor Charles M. Eastman, que publicou uma série de artigos sobre Building Product Model (BPM). 
Essa interpelação criada por Eastman foi amplamente utilizada nos Estados Unidos como BMP (modelos de produto da construção) e na Europa como Product Information Models (Modelos de informação de produto). No decorrer do tempo, essas duas formas usuais, fundiram-se produzindo o atualmente conhecido como BIM, traduzido para o português como Modelagem da informação da construção (MIC). 
Para Monteiro e Martins (2011), o acrônimo BIM (Building Information Modeling), foi primeiramente utilizado pelo arquiteto de estratégia da indústria Phil Bernstein da Autodesk. Silva (2013) afirma que a primeira citação do termo BIM seria de 2002, esta abreviatura foi difundida pelo Jerry Laiserin ao padronizar o termo como uma representação comum do conceito para o processo de construção do modelo digital de edifícios. Perante isso, podemos concluir que o sistema que a plataforma abrange, foram concebidas há mais de 40 anos. Já o termo BIM que usualmente compreendemos, só foi citado aproximadamente 16 anos atrás.
Condizendo com Renner e Vieira (2017) as primeiras aplicações do conceito BIM que se têm referências são no Archicad (1987), Frank Gerhy e equipe especializada (1992), Escritório Onuma com sedes no Japão e EUA (1993) e no Solibri na Finlândia (1997). De acordo com Feitosa (2015), já existem lugares no mundo onde as aplicações do BIM já são exigidas: 
Nos Estados Unidos, desde 2006, o BIM é quesito obrigatório em todos os projetos subsidiados pela General Services Administration (GSA), encarregados dos prédios federais nos EUA, exceto os militares; Em 2007 na Finlândia o uso do BIM e IFC passou a ser obrigatório em obras públicas; Na Noruega é obrigatório em todos os projetos públicos desde 2010; Em 2011 na Holanda o BIM e o IFC são obrigatórios para projetos governamentais acima de 10 milhões de euros; A França a partir de 2017 passará a exigir em licitações públicas (FEITOSA, 2015).
5.2 BIM no Brasil
Desde o ano 2000 o BIM veio ganhado cada vez mais à atenção no país, principalmente nos escritórios de arquitetura. 
Rocha (2011) recorda que, o BIM há anos vem prometendo proporcionar uma mudança radical no processo construção. Mas passou-se a ideia de por ser tão revolucionário e tecnológico, o conceito de modelagem de informações estivesse longe de ser adotado no Brasil.
Hoje, apesar das naturais dificuldades de inserção desta plataforma, há um movimento para as implementações de órgãos do governo, escritórios e profissionais das áreas de arquitetura, estruturas, orçamentos e instalações hidrossanitário, elétricas e de vedação (ROCHA, 2011).
Desde 2017 o governo se articula para o uso em âmbito federal do BIM, sendo publicado no diário oficial em cinco de junho de 2017, o decreto que institui o “Comitê Estratégico de Implementação do Building Information Modelling” (BRASIL, 2017) em caráter temporário logo substituída em 17 de maio de 2018, pelo decreto n° 9.377 que institui a “Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling” (BRASIL, 2018), que tem por objetivo como descrito no Art. 2° do decreto n° 9.377:
I - difundir o BIM e seus benefícios;
II - coordenar a estruturação do setor público para a adoção do BIM;
III - criar condições favoráveis para o investimento, público e privado, em BIM;
IV - estimular a capacitação em BIM;
V - propor atos normativos que estabeleçam parâmetros para as compras e as contratações públicas com uso do BIM;
VI - desenvolver normas técnicas, guias e protocolos específicos para adoção do BIM;
VII - desenvolver a Plataforma e a Biblioteca Nacional BIM;
VIII - estimular o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias relacionadas ao BIM;
IX - incentivar a concorrência no mercado por meio de padrões neutros de interoperabilidade BIM.
Vários estados da Federação vêm se mobilizando para viabilizar o uso do BIM. Santa Catarina vem demonstrando como a utilização desta plataforma transforma toda a cadeia de produção civil no setor público. 
Conforme Rabelo (2018) apresentou que a Secretaria do Planejamento no centro administrativo do estado, criou um laboratório BIM, o LaBIM – SC, onde o projeto é coordenado pelo Eng. Rafael e uma equipe de arquitetos e engenheiros estão encarregados dos estudos de viabilidade nos projetos de obras civis em todo o setor público do Estado, desenvolvendo pesquisas, técnicas de projeto, e a aplicação em obras. 
No Paraná descrito por Makebim (2017), tem um “Plano de Fomento BIM” PORTAL BIM PARANÁ (2015) tem por objetivo:
Fomentar e promover o aprendizado coletivo na SEIL e vinculado, ampliar e promover parcerias e convênios institucionais, promover e apoiar aculturamento interno, fomentar e promover a ampliação da Rede BIM na esfera pública estadual, fomentar e promover o diálogo técnico com a Cadeia Produtiva, Entidades Classe e Academia da AEC Apoiar, acompanhar e monitorar ações das vinculadas à SEIL para implantação do BIM (PARANÁ, 2015).
No estado de São Paulo FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educacional) escrito pela DIRETORIA DE OBRAS E SERVIÇOS (2016, p. 03), declarou o anuncio do processo de implantação BIM na FDE, tendo por objetivo a divulgação da tecnologia BIM, o uso como instrumento de projeto e interface para indústria, para desenvolvimento de produtos de arquitetura, móveis e aparelhamento, e outros.
5.3 Interoperabilidade	
A palavra interoperabilidade veio do verbo interoperar, que é a possibilidade de troca de informações entre softwares e sistemas. A interoperabilidade é o resultado necessário para a comunicação via dados do projeto entre os softwares. 
Nenhum programa computacional pode realizar de forma isolada todas as tarefas associadas com o projeto e construção da edificação. A interoperabilidade representa a necessidade de transferir dados entre softwares, permitindo que múltiplos tipos de especialistas e de aplicativos contribuam para o projeto em desenvolvimento (EASTMAN et al, 2008, p. 65). 
A interoperabilidade que possibilita a integração de informações entre os aplicativos e bane a necessidade de novamente inserir os dados gerados anteriormente e facilita o andamentodo empreendimento. Assim como a arquitetura e a construção são trabalhos que interagem, também devem ser as ferramentas que a suportam. (EASTMAN, 2008).
Contudo, dificuldades na troca da informação, devido à baixa interoperabilidade, 70 aparecem como fatores limitantes do uso do BIM no processo de projeto.
Para a consolidação do BIM é de grande importância o desenvolvimento da interoperabilidade. Para se ter uma interoperabilidade é fundamental a implementação de um protocolo padrão de trocas de dados nos aplicativos e nos processos do projeto. Nesta passagem de dados entre aplicativos há várias formas de trocas, alguns com nível maior de interoperabilidade e outros com menor (ANDRADE e RUSCHEL, 2009).
EASTMAN et al (2008) disse que os principais protocolos de dados são o Industry Foundation Classes (IFC) e o CIMsteel Integration Standart Version 2 (CIS/2). ANDRADE e RUSCHEL (2009) salientam que o IFC atende a uma grande gama de áreas da AEC e está sendo utilizado por uma quantidade significativa de aplicativos, porem acontecem perdas de informações do modelo por várias vezes, isso pode ocorrer tanto na importação quanto na exportação do arquivo. Na Figura 1 mostra o processo usado para geração de modelos do edifício a partir de arquivos IFC.
Figura 1: Exporta e Importa
Fonte: (ANDRADE, 2009).
EASTMAN et al (2008) concorda que em teoria o processo de difusão entre aplicativos se dão como na Figura 1, com tudo, a consolidação de um modelo universal confiável para troca de dados está associada a competitividade entre empresas, por isso a uma dificuldade de um acordo entre os fabricantes envolvidos pela, não compreensão das consequências positivas de utilização de um modelo único, baixa qualidade da interface, e desinteresse dos integrantes da indústria AEC em mudanças no processo de projetação e construção. Entretanto os usuários são a demanda e as empresas de softwares desenvolvem seu produto em função da demanda. Estes procuram ferramentas que sejam de baixo custo e de alto desempenho para viabilizarem a realização de um número cada vez maior de operações diversificadas. Com este cenário o BIM tem a perspectiva de uma maior integração entre softwares de várias funções em uma única ferramenta de análise e projetação. 
6. UTILIZAÇÃO DO BIM NA ENGENHARIA CIVIL	
6.1 Dimensões do BIM
A plataforma usa da interoperabilidade como carro chefe, ESTEMAN et al (2014, p.65) afirma que a interoperabilidade elimina a necessidade de réplicas de projetos e facilita o fluxo de trabalho, também identifica a passagem de dados entre aplicações e ajuda no controle do tempo. Com isso foram criadas extensões para abranger o sistema de construção, e estas vertentes tiveram a denominação de 2D, 3D, 4D, 5D, 6D e 7D. ESTEMAN et al (2014), FLORES (2017) e BOMFIM et al (2016) concordam:
• 2D denominação a projetos criados em duas dimensões, eles são feitos a partir de um corte longitudinal ou transversal.
• 3D denominação a projetos em três dimensões, esses projetos têm por definição mostra além das informações de uma única vista, há uma adição de uma projeção volumétrica sendo de melhor compreensão na hora de sua execução. 
• 4D é a denominação dada a gestão do tempo, ela é fornecida segundo o projeto pronto, e com ela consegue-se até fornecer gráficos áudio visuais mostrando o cronograma da obra.
• 5D é a denominação dada aos custos de todos os componentes da obra, a relação deste custo é diretamente proporcional ao tipo e quantidade de material usado, e pode-se até atrelar o custo de transporte. 
• 6D nesta dimensão, realizam-se análises de eficiência energética, consumo de energia, emissão de carbono, contribuindo para a sustentabilidade e agregando valor há obras que necessitem de certificações de construção sustentável.
• 7D é a gestão do tempo de vida de qualquer construção, ou seja, o gerenciamento do ciclo de vida. Significa que pode-se controlar a garantia dos equipamentos, planos de manutenção, dados de fabricantes e fornecedores, até mesmo a geração de fotos como documental de reformas e manutenções da edificação.
6.2 Gerenciadores BIM
Além dos vários profissionais que participam do uso da plataforma para a construção de seus empreendimentos, foi criado o gerenciador BIM (BIM Manager) que é responsável pelo acompanhamento dos setores e tem a função de ajudar na unificação sem incompatibilidades dos projetos.
A Figura 2 ilustra a comunicação entre todos os profissionais da construção envolvidos em um projeto.
Figura 2: Projetando com BIM 
Fonte: (CAD, 2012)
Segundo Barison e Santos (2010), o BIM Manager foi criado com a principal função de gerenciar os profissionais citado acima, na implementação e na manutenção do processo de projetos em BIM.
A definição de suas autoridades e responsabilidades é bastante extensa e, de acordo com o Building and Construction Authority (Conselho Estatutário do Ministério do Desenvolvimento Nacional do Governo de Cingapura) (2012) e MANZIONE (2017), elas são genericamente resumidas nos seguintes termos:
Estabelecer e acordar um plano de execução BIM, garantindo o seu cumprimento e melhoria contínua, e também praticar todas e quaisquer responsabilidades ou funções, conforme exigidas no Plano de Execução BIM; Criar, apagar, modificar e manter os direitos de acesso adequados para os usuários, para evitar perda de dados ou danos durante a troca de arquivos, manutenção e arquivamento; Definir o ponto de origem do modelo, sistema de coordenadas e unidades de medida; Definir o nome do modelo; Facilitar a coordenação do modelo promovendo reuniões, incluindo análises de interferências e emissão de relatórios periódicos de compatibilização; Dar a solução para o armazenamento do modelo; Controlar a nomenclatura das versões do modelo; Controlar os direitos de acesso dos usuários; Agregar o modelo, tornando-o disponível para visualização; Receber novos modelos, coordenar a troca de modelos, validar os arquivos, liberando-os para os demais projetistas, em acordo com os protocolos aplicáveis do plano de execução do BIM, mantendo uma cópia de segurança de cada arquivo recebido; Tomar as precauções necessárias para garantir que não ocorram problemas de interoperabilidade, providenciando, para isso, os requisitos necessários de hardware, software, licenças, formato de arquivos e necessidades de espaços de trabalho colaborativos; Determinar as convenções a serem seguidas para o processo de revisão dos modelos BIM; Estabelecer um protocolo de segurança de dados para prevenir a ocorrência de dados corrompidos, vírus, mau uso de dados ou danos deliberados pelos membros da equipe de projetos e outros; Responsabilidade pelos backups regulares dos dados dos servidores de modelo; Processamento de rotinas para garantir a segurança do modelo de dados; Atualizar os aplicativos para impedir vulnerabilidades documentadas pelos fabricantes de software no modelo; Estabelecer e manter a proteção de dados através de mecanismos de encriptação de dados; Documentar e relatar qualquer incidente relacionado com o modelo; Transferir incondicionalmente para o seu eventual sucessor todas as informações necessárias para a continuidade do trabalho (MANZIONE et al, 2017).
6.3 Programas que utilizam a plataforma
Há alguns anos os fabricantes de softwares vendo o nicho de mercado criaram programas e/ou ajustaram seus produtos para conseguirem se adequar ao futuro, com isso apresentaremos alguns produtos que tem a plataforma integrada.
6.3.1 Revit
O Revit é o software em que mais se evidencia no mercado em projetos de arquitetura que utiliza o sistema BIM. Em 2002 foi introduzido aos produtos Autodesk, após a Autodesk comprar o Revit de uma empresa. O Revit é uma plataforma diferente do AutoCAD, com um código-fonte diferente. Ele constitui uma família de produtos integrados que atualmente inclui Revit Architecture, Revit Structure e Revit MEP. (EASTMAN et al, 2011, p.77). 
Segundo RAMOS (2018) o Revit foi desenvolvido especificamente para Modelagem da Informação da Construção (BIM), incluindo recursos para projeto de arquitetura,de engenharia MEP, estrutural e construção.
Não se trata de apenas um software, e sim de uma “família” composta por programas como o Revit Architecture, Revit Structure, e Revit MEP, que contemplam uma diversidade de funcionalidades, sendo o líder de mercado na área. Mas no Brasil o Revit só tem plena difusão do Architecture, pois os outros dois não têm plena conformidade com as normas padrões vigente para cálculos estruturais, fundações, elétricas e hidráulicas.
Com a Figura 3, temos uma visão de uma vista que contem desde o estrutural até o prédio acabado, mostrando o avanço desta ferramenta desenvolvida sobre a plataforma BIM, e o quão interessante pode ser as possibilidades de projeção.
Figura 3: Projeto realizado em REVIT
Fonte: (BASTOS, 2017)
6.3.2 MS Project
Segundo GONÇALVES (2018), a utilização do MS Project é fundamental para garantir o sucesso do planejamento e execução de projetos. Através de sua aplicação, gestores conseguem gerenciar recursos, avaliar orçamentos, criar cronogramas, medir o desempenho, analisar oportunidades e avaliar riscos. Com a correta utilização deste software, você tem controle total sobre seus projetos e fica preparado para tomar decisões estratégicas. 
Como na Figura 4, com uso do MS Project pode-se idealizar e programar atividades, controlar prazos, estabelecer custos, designar recursos e qualificar o grau de importância de um projeto como um todo.
Figura 4: Projeto em MS PROJECT
Fonte: (DUARTE, 2017)
6.3.3 Navisworks
Segundo AUTODESK (2016), este software permite que os usuários abram e combine modelos em 3D navegando em torno deles em tempo real como na Figura 5, ele tem um conjunto de ferramentas como:
· A inclusão de comentários
· Linhas de marcação
· Ponto de vista e medidas
· Possuindo uma seleção de plug-ins
· Detecção de interferências
· Tempo de simulação 4D
· Renderização elaboração de fotos realistas
· Possibilidade de publicação em PDF.
Figura 5: Projeto em Nasisworks
Fonte: (ARCHITECTURE, 2013)
6.3.4 SISPLO
O Sistema SISPLO é um voltado para a elaboração de orçamentos, ele consegue gerenciar mão de obra e materiais de um projeto, analisando assim, facilitando e auxiliando os profissionais da área da construção. 
Na Figura 6 apresenta um exemplo de um orçamento realizado para a elaboração de uma obra, que se bem executado pode poupar tempo de cotação e diminuir o desperdício pelo controle de estoque.
Figura 6: Sistema para orçamento SISPLO 
Fonte: (SISPLO, 2016)
7. BENEFÍCIOS - BIM NA PROGRAMAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Inúmeros aspectos têm contribuído para que o setor da construção civil procure inovações e melhores condições em sua estrutura de controle e planejamento de resultados. Os métodos utilizados no cotidiano com o intuito de assegurar o rendimento e a eficácia em todas as etapas de planejamento, organização e execução de um projeto, estão sujeitas a diversas falhas sem que se tenha analisado ou solucionado prováveis problemas que se possa surgir, ou simplesmente preparar-se para certas tarefas e contratempos dentro da produção de uma obra. 
Na Figura 7 apresenta alguns problemas durante o armazenamento, estoque de materiais e situações de instalações precárias que podem acarretar perda de tempo durante o transporte e manuseio, acidentes de trabalho, qualidade e eficiência durante a execução do projeto.
Figura 7: Armazenamento, estocagem e instalações precárias
Fonte: (BIASSI, 2012)
Devido a essas e outras adversidades, justifica-se a necessidade de um sistema capaz de identificar, organizar e antecipar de um modo mais eficiente às funções no canteiro de obras. O BIM, a causa desse estudo, oferece conclusões e mecanismos suficientes para apresentar vantagens no planejamento da construção de um empreendimento, sejam elas na automatização dos recursos, visualizações para referências de pontos específicos e quantidade de dados para realizar decisões viabilizando redução de tempo, custo, segurança, eficiência e aumento da qualidade da execução de um projeto.
Na condição de atingir o desígnio pressuposto e esclarecer as questões associadas ao planejamento de obras na construção civil, escolheu-se aplicar o processo dedutivo no vigente estudo. Conforme LAKATOS e MARCONI (1991, p. 17) a técnica dedutiva tem a finalidade de resolver princípios previamente definidos as quais apoiam de maneira completa a conclusão. FREITAS E PRODANOV (2013, p. 27) constituem que a lógica atribuiu de ideias, regras ou hipóteses consideradas verídicas e evidentes de forma a prognosticar o fato de situações particulares com base nos fundamentos.
8. MÉTODO DE CRIAÇÃO
A evolução ocorre pelas exigências de quem investe. Hoje, o mercado de investimento do setor imobiliário busca enxugar custos, ter seus nomes ligados a empreendimentos que são sustentáveis, mesmo os de baixo padrão, por exigências legais são obrigados a cultivar área verde, aquecedores de água solar e até já está em estudo à exigência de geradores de energia solar por fotocélula.
Conforme Yeganiantz (2016), há estudos na aplicação do BIM na incidência de sol na área de telhado para viabilização de um projeto de gerador de energia elétrica por fotocélula. Mas no Brasil ainda se vê em um processo de transição onde se usa métodos e softwares ultrapassados. 
8.1 Desenho assistido por computador
Desenvolvido em 1982, apareceu com a metodologia e o intuito de unir o setor de projetos com os resultados. Durante o seu surgimento evidenciou-se uma extensão na produtividade dos negócios, tanto pelo prazo na realização dos projetos quanto nas melhorias, sejam elas na atenuação dos equívocos dimensionais, estabelecendo uniformização de minúcias e compreensão no projeto.
A dificuldade para utilização de tais ferramentas devia-se ao custo da compra do software que necessita o sistema CAD, computadores de melhor qualidade e desempenho e capacitação para utilização da tecnologia. AutoCAD 2D refere-se a desenhos técnicos, para elaboração de projetos elétricos, arquitetônicos e hidráulicos, entre outros. Na Figura 8 representa um desenho arquitetônico do AutoCAD 2D.
Figura 8: Planta de um apartamento AutoCAD 2D
Fonte: (CONSTRUIR, 2012)
Já o AutoCAD 3D trabalha com modelagem. Como na Figura 9, o software apresenta uma visualização tridimensional, melhorando a definição de características, como tamanho, profundidade, distância e posição de objetos. 
Figura 9: Projeto de uma casa AutoCAD 3D
Fonte: (SILVEIRA, 2015)
Os benefícios gerados de modo geral, a execução, redução de erros e a velocidade de realização dos projetos alavancaram o setor da produtividade, assimilando eficiência, tempo e qualidade.
8.2 O Software Revit Utilizado
Há diversos softwares que desfrutam a plataforma BIM, dentre eles trabalharemos com o Revit da AutoDesk. Elaborado para “Modelagem de Informação da Construção” e, com suporte dos projetos em 3D, de modo que todas as etapas de um projeto sejam executadas de forma mais estruturada e compacta. Este programa contém mecanismos para projetos de arquitetura, construção e de engenharia estrutural, concede informações no decorrer da metodologia do projeto, entre todos os envolvidos na execução do projeto, através de uma rede de armazenamento dos dados visando melhoria, praticidade e redução de tempo na entrega de projetos. Assim como:
• Maior definição na observação de quantitativos;
• Viabilidade de balanço orçamentário melhor elaborado, favorecendo para custos mais eficientes;
• Facilidade para planejamento e administração de despesas;
• Acessibilidade durante apresentação de projetos, contribuindo assim com a compreensão de recursos, entre outros benefícios.
Na Figura 10 apresenta a ferramenta Revit na plataforma BIM e a seus diversos recursos, demonstrando praticidade, interação, aplicação e inovação em um projeto.
Figura 10: Software Revit
Fonte: (VENDRAMINI, 2012)
9. EXEMPLOS DE OBRAS PROJETADAS COM A PLATAFORMA BIM
9.1 One World Trade Center
Conforme a Figura 11 é possível ver o Freedim Tower que de acordo com Faria (2007) e Childs (2014) os projetosde arquitetura, estruturas e instalações prediais foram desenvolvido integralmente sob a plataforma BIM.
Figura 11: One World Trade Center
Fonte: (SKIDMORE, 2014)
Ficha Técnica: One World Trade Center
· Data de conclusão: 2013
· Altura da parte superior da arquitetura: 541,33 metros
· Área Total: 325279 metros quadrados
· Custo: US $ 3,9 bilhões
· Desenvolvedor do projeto: The Port Authority of New York e New Jersey
· Arquiteto: Skidmore Owings & Merrill LLP
· Engenheiro Estrutural: Sclaich Bergermann und Partner; WSP
· Engenheiro MEP: Jaros, Baum & Bolles
· Empreiteiro Principal: Tishman Construction
· Gerente de Projeto: Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey
9.2 Edifício B32	
Edifício da Faria Lima Prime Properties, que é o primeiro edifício privado de grande porte e alta complexidade no Brasil (Figura 12), que teve todos os projetos executivos desenvolvidos em BIM. Segundo Cortier (2015) no B32, o empreendedor buscou atingir vários objetivos com a utilização do BIM no desenvolvimento dos projetos. 
Figura 12: Edifício comercial, teatro e a Praça da Baleia
Fonte: (SOARES, 2015)
O primeiro objetivo foi à antecipação dos problemas de compatibilização dos projetos através detecção de interferências e a plataforma foi primordial solucionar essas interferências.
Ficha Técnica: Edifício B32
· Local: São Paulo;
· Data de projeto: 2013;
· Área Construída: 120.000m³;
· Gestão: FLPP / Birmann;
· Concepção Arquitetônica: Pei Partners;
· Desenvolvimento Arquitetônico Torre: Contier Arquitetura e Collaço e Monteiro;
· Concepção Arquitetônica e Desenvolvimento de Projeto Teatro: Eiji Hayakawa;
· Consultoria de Instalações: WRS Consultoria Ltda e JB&B / Nova York;
· Projeto Estrutural em Concreto: Jorge Zaven Kurkdjian e Júlio Fruchtengarten;
· Fundações/Contenções: Consultrix;
· Instalações Elétrica/Hidráulica/Combate a incêndio: SKK Engenharia;
· Instalações de Ar Condicionado: Teknika;
· Transporte Vertical: Barker Mohadas;
· Fachadas: AJPL Labelle e Crescêncio Petrucci;
· Consultoria: Green Building Atelier 10 e Ene Consultores;
· Consultoria Acústica: Acústica e Sônica;
· Desenho Urbano e Paisagismo: Thomas Balsley Associates e Doering & Folli;
· Instalações Especiais: Bosco e Associados;
· Luminotécnica: Studio IX; 
· BIM: Icuby; 
· Comunicação Visual: PVDI;
· Simulação de tráfego: Tranzum; 
· Tráfego: Michel Sola; 
· Gestão de Projetos: RSA / DVLP - Renato Silva.
9.3 Nova biblioteca da PUC-RJ
Segundo Bucci (2009), o BIM foi implantado nesse projeto (Figura 13) como forma de teste, pelo fato de na época o BIM ainda ser uma novidade.
Figura 13: Nova Biblioteca Central da PUC - Rio de Janeiro
Fonte: (SPBR, 2006)
10. METODOLOGIA APLICADA AO TRABALHO
Em qualquer área do setor profissional o essencial para a eficiência do trabalho é determinar o cálculo com a estimativa traçada, de acordo com as especificações a se cumprirem. 
O período de execução de um projeto em BIM e CAD ocorre de forma diferente em cada etapa, enquanto no CAD a elaboração do anteprojeto necessita de um período maior devido a detalhes, no BIM é possível implantar esses mesmos detalhes com maior refinamento. Tais detalhes resultam na redução de tempo de execução, tanto quanto na economia, gerando benefícios na etapa final de um projeto, seja eles devido a organização, comunicação, qualidade ou aplicação, entre outros. 
Segundo Guoping Zhou e Weimin Shao (2012), um sistema de gerenciamento de projetos visa aperfeiçoar, reduzir falhas e custos na elaboração de planeamentos. 
Através de indicadores, fica evidente os benefícios e desvantagens na elaboração, buscando a melhor representação do projeto.
Para um melhor entendimento da utilização da plataforma, foi elaborado pelo grupo o mesmo projeto em duas ferramentas diferentes, com o objetivo de comparar os benéficos e desvantagens de cada software.
10.1 Aplicação do projeto no software AutoCAD versão 2017
Nesta etapa do trabalho será apresentado o método de criação do projeto residencial no software AutoCAD, versão 2017, mostrando de uma forma clara do passo a passo das etapas de elaboração.
A execução do projeto foi iniciada no dia 11 de agosto de 2018, com o objetivo de trabalhar com padrões de eficácia. O primeiro passo foi a criação dos layers, ou seja, camadas que facilitam a organização e visualização dos grupos de fundamentos da construção ilustrado na Figura 14.
Figura 14: Criação dos layers
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Depois de tudo organizado, desenhou-se as calçadas que compõe a envoltura da área construída, dando início as paredes limitantes dando forma a planta da casa, demonstrada na Figura 15.
Figura 15: Traçado
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Em seguida, conforme na Figura 16, foi projetada a alvenaria, portas, esquadrias e os textos para identificação dos ambientes para um melhor entendimento da leitura do projeto. Os ambientes elaborados, conta com janelas de 1,50m de largura, e 0,50m para o banheiro, as portas utilizadas no projeto foram de tamanhos padrões do mercado de trabalho, sendo 0,70m, 0,80m e 0,90m. Os ajustes dos layers foram feitos de acordo com a projeção.
Figura 16: Planta com textos
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Feita as etapas acima, foi criado os cortes conforme na Figura 17, para a amostragem de detalhes construtivos e executivos, que são de difícil entendimento no desenho visto em planta. A planta do telhado foi realizada em 01h17, criando o percentual de caída de água para a finalização do projeto. 
Figura 17: Elevação
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
No dia 18 de agosto foi realizado a finalização das projeções, correções, ajustes dos layers e detalhamentos finais como, blocos mobiliários, pia do banheiro e bacia sanitária, tanque para lavanderia e pia da cozinha. Com todas essas etapas completas, concluiu-se às 15h36 o projeto demonstrativo, não sendo possível a utilização da plataforma BIM. conforme na Figura 18.
Figura 18: Resultado de projeção
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
10.2 Aplicação do projeto no software Revit versão 2017
No dia 29 de agosto de 2018, deu-se início a projeção de modelação com o sistema BIM e a ajuda do software Revit Architecture. Fracionado em etapas, o projeto se iniciou com um template fornecido pelo próprio software, contendo informações estabelecidas. 
A elaboração do modelo de projeto visto no AutoCAD, teve o mesmo princípio de criação no Revit. A planta baixa produzida não mostrou muita diferença entre os dois softwares.
A primeira definição do projeto foi criar a área da planta, paredes, pisos, janelas e portas, acrescentando as medidas de elevações para o desenho 3D, sendo possível atualizar todas as etapas do projeto simultaneamente. As paredes manteve o mesmo padrão de 13cm de largura feito no AutoCAD. Os pisos foram criados com as mesmas características do projeto anterior, alterando apenas os níveis de altura de cada item para o enquadramento 3D. As janelas utilizadas foram de 1,50m de cumprimento e 1,00m para a altura do nível, com exceção do banheiro que utilizou-se o padrão de 0,50m de cumprimento e 1,60m para a altura do nível. As portas seguiram as definições prontas do software, utilizando o mesmo raciocínio de tamanho conforme o mercado de trabalho, acrescentando somente a altura de 2,10m para cada uma. Itens ilustrados na Figura 19.
Figura 19: Projeção da planta no software REVIT
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
As etapas posteriores foram a correção dos níveis e medidas, criação das cotas e elevações e elaboração do telhado (Figura 20). O mais interessante encontrado no projeto feito no Revit foi uma ferramenta chamada Navegador de Projeto, nele foi possível visualizar vários ângulos de visões, sem precisar ou perder tempo criando cortes. 
Figura 20: Exemplo de visão do projeto no REVIT
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Nos dias 02 e 03 de setembro foi elaborado a revisão do projeto e a finalização dos itens pendentes, observando cada plano de visualização, medias, formas e integridade do projeto, demandando um prazo maior para a finalizaçãodos esboços.
Apesar de um tempo maior para a finalização do projeto, o grupo constatou-se que o software possui uma compatibilização excelente entre as etapas do projeto, podendo-se assim até obter uma prévia dos materiais gasto na obra (Figura 21).
Figura 21: Orçamento gerado no software REVIT
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
11. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste segmento, os resultados apresentados entre os dois projetos, serão comparados e discutidos qualitativamente, avaliando o processo de criação do mesmo projeto em softwares diferentes, fazendo uma comparação de tempo de serviço, eficiência de projeção e gerenciamento dos custos da obra.
As informações apresentadas na Tabela 1 comprovam as características dos softwares utilizados para elaboração da planta projetada em AutoCAD e Revit.
Tabela 1: Comparação dos softwares
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
No percurso das projeções, foram reunidas informações em uma tabela do Excel, relatando o tempo de projeção entre AutoCAD e Revit e apontando as fases de cada etapa.
Na Tabela 2, são apresentados os horários de início e término dos procedimentos realizados, bem como, a data em que foram realizados, o tempo gasto na elaboração do projeto, com um total de 16:26hs em 8 dias, e uma variação de 1:04hs à 3:48hs, dependendo da disponibilidade direta.
Tabela 2: Atividades diárias para elaboração do projeto no AutoCAD
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Na Tabela 3, observa-se que o tempo gasto na elaboração do projeto em Revit, que foi de 13h09 em 6 dias, sendo que o tempo gasto de trabalho diário variou de 01h08 à 04h11, a depender da disponibilidade diária.
Tabela 3: Atividades diárias para elaboração do projeto no REVIT
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Na Figura 22 é apresentado o gráfico do tempo de execução das atividades em função do número de dias trabalhados para os dois softwares. Visivelmente é possível analisar que a plataforma AutoCAD necessitou de mais tempo para elaborar o mesmo projeto.
Figura 22: Análise de temporização do projeto
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Já a Figura 23 compara o tempo de execução das etapas realizadas tanto pelo AutoCAD quanto pelo Revit.
Figura 23: Análise de execução do projeto
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Conforme apresentado na Figura 23, nota-se que o tempo total para elaboração do projeto utilizando o AutoCAD foi maior do que no Revit, mesmo que este último tenha consumido um tempo maior de conclusão.
Tal observação se deve ao fato de que o AutoCAD é baseado em formatação de linhas, trazendo um transtorno maior, aumentando o trabalho de criação, trazendo mais custos na jornada de trabalho e projeção da obra. 
Apesar de um investimento maior em software, o Revit é inovador, com a presença da plataforma BIM, esse software permite agilidade, diminuição de custos e integração de todos os projetos, através da plataforma online onde todos os profissionais podem compartilhar as informações do mesmo e detalhar a execução de cada etapa. Quanto ao produto final, depende do usuário do software, a utilização da plataforma nele presente, levando em consideração o grau de conhecimento.
Os experimentos efetuados do projeto realizado nos dois softwares levaram as seguintes observações:
· A prática na utilização do AutoCAD foi considerada mais fácil de operar, perante a utilização e estima popularidade no mercado de trabalho.
· Em avaliação do sistema de projeção, o Revit apesar de sua complexidade por ser novo e ainda pouco difundido, trouxe maior segurança na projeção devido à integração entre as etapas dos projetos utilizando a plataforma BIM, onde é possível detectar todo tipo de alterações em qualquer etapa do projeto em tempo real, podendo assim eliminar ou reduzir possíveis conflitos.
O Revit por ser mais novo no mercado e com um grande número de ferramentas, inclusive a plataforma BIM, houve uma dificuldade maior na finalização e detalhamento. Com estes princípios pode-se concluir que existe em cada software seus prós e contras, e que mesmo com um número maior de tempo de finalização, o Revit traz grandes vantagens com sua nova forma de projetar.
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na elaboração deste projeto, baseou-se o intuito de comparar um projeto arquitetônico em dois tipos de softwares, analisando e identificando a eficiência de ambos. Durante execução, houve diferentes tipos de dispositivos e ferramentas distintas entre um e outro, que influenciaram e contribuíram em redução de tempo, gestão, produtividade, custo, qualidade, eficácia, trabalhabilidade, acessibilidade e interação.
O BIM pouco conhecido no Brasil vem se aperfeiçoando e difundindo de modo global no setor da construção civil, com o ideal de revolucionar todas as etapas de uma obra, essa tecnologia sendo implantada possibilita a garantia de uma modelagem de dados e o controle desde o projeto até o pós-obra e avaliação.
Em todo o caso, o BIM seria uma forma de reduzir desperdícios e erros, beneficiar a gestão como um todo. Entre os resultados obtidos, enquanto o AutoCAD que é um software mais trivial, trabalhado com traços, linhas e comandos específicos, as configurações foram necessárias antes do início do projeto, já o Revit utiliza um sistema padronizado para elaboração do esboço, mas que pode ser configurado de acordo com a necessidade do projeto. 
A aplicação apresenta foram compatibilizadas entre as partes e demonstra o passo a passo como é detalhado cada etapa, visado o aperfeiçoamento, agilidade, segurança e produtividade da obra, evitando possíveis erros e assegurando a conclusão final do projeto. 
Segundo CARNICELLI (2018), gerente de operações Autodesk, evidencia que para a evolução da área da construção e o futuro das obras de arquitetura, engenharia e infraestrutura, é necessário à adesão para atender as demandas de produtividade de entrega e limitar consumos de modo planificado. 
Durante o embasamento, uma cadeia de incompatibilidades, erros e paradoxos foram descobertos, dito que, caso se optasse por projetar em BIM, ao invés do CAD, grande parte dos problemas encontrados seriam solucionados ou evitados.
REFERÊNCIAS
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