Buscar

VT de BIOQUIMICA

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
UNIVERSO / CAMPUS SÃO GONÇALO
BIOQUIMICA – D1
Verificação de Trabalho (VT)
Tema: Hipertensão Arterial Sistêmica.
Aluna: Gláucia Duarte Quintela - 600802426
Professor/Orientador: Maurício Alves
Título: Hipertensão Arterial Sistêmica
RESUMO
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg. A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo.  A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca, vale lembrar que o problema é hereditário em 90% dos casos, o modo de vida do indivíduo também pode influenciar muito na pressão alta. É disso que falaremos.
INTRODUÇÃO:
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial definida como uma pressão arterial sustentada maior ou igual a 140 mmHg sistólica e 90 mmHg diastólica. Está frequentemente associada a alterações de órgãos alvos, alterações metabólicas e altamente relacionada com a mortalidade cardiovascular e cerebrovascular.
Além dos níveis pressóricos associados à hipertensão, é fundamental identificar os fatores de risco como alta ingestão de sal, alta ingestão de álcool, sedentarismo, obesidade e história familiar, eventos que estão diretamente associados ao aumento da hipertensão no mundo. 
A hipertensão arterial é um problema de saúde pública no mundo todo. De acordo com a OMS mais de um bilhão de pessoas em todo mundo são hipertensas e cerca de 4 em cada 10 adultos com mais de 25 anos de idade tem hipertensão. Devido ao aumento das taxas de obesidade e o envelhecimento da população, é estimado que um terço da população tenha hipertensão até 2025. Atualmente cerca de 54% dos AVCs e 47% das doenças isquêmicas do coração no mundo são conseqüência da pressão arterial elevada.
A avaliação inicial do paciente com hipertensão inclui história clínica e exame físico para confirmar a elevação da pressão arterial e identificar os fatores de risco associados, alguma possível causa secundária e avaliar o risco cardiovascular.
Cerca de 90% dos pacientes são assintomáticos. Alguns podem apresentar cefaléia e tontura, que nem sempre estão associados a HAS. É fundamental a pesquisa de lesão de órgãos alvo (LOA), como os rins, os vasos e o coração e pesquisa de causas secundárias da hipertensão arterial.
DESENVOLVIMENTO:
A HAS é um dos problemas de saúde pública mais importantes no mundo, já que é um importante fator de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio. Apesar de apresentar alta prevalência (no Brasil de 22 a 44%), ainda existe uma grande porcentagem de indivíduos que desconhecem serem portadores da HAS. Dos pacientes que sabem do diagnóstico, cerca de 40% ainda não estão em tratamento. Além disso, apenas uma pequena parcela dos pacientes está com os níveis de pressão arterial devidamente controlados (nos EUA, em torno de 34%).
A prevalência da HAS aumenta com a idade (cerca de 60 a 70% da população acima de 70 anos é hipertensa). Em mulheres, a prevalência da HAS apresenta um aumento significativo após os 50 anos, sendo esta mudança relacionada de forma direta com a menopausa. Com relação à raça, além de ser mais comum em indivíduos afrodescendentes (especialmente em mulheres), a HAS é mais grave e apresenta maior taxa de mortalidade. A má adesão ao tratamento (incluindo a maior dificuldade de acesso ao atendimento médico) infelizmente adiciona maior risco à raça negra. Outros fatores que contribuem para a HAS são o excessivo consumo de sal e álcool, a obesidade e o sedentarismo.
Portanto, em decorrência da alta morbimortalidade associada à HAS e dos custos elevados para o seu tratamento (principalmente o custo de suas conseqüências), torna-se imprescindível um diagnóstico e o tratamento adequados para a modificação da história natural da doença hipertensiva.
 
Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial - A MAPA é o método que permite avaliar o comportamento fisiológico da pressão arterial nas 24 horas. Entender este comportamento é importante em determinadas circunstâncias para o estabelecimento de estratégias terapêuticas e prognósticas.
Diversos estudos demonstraram a superioridade do método em predizer eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral) em comparação à medida casual da pressão arterial. A despeito disto, não há recomendação de indicar a MAPA no controle da HAS em todo o paciente hipertenso (ver indicações abaixo).
Em condições normais, ocorre uma queda de cerca de 10% da pressão arterial durante o sono (presença do descenso noturno - padrão dipper). Quando a queda é inferior a 10% ou ausente, consideramos aquele indivíduo como portador de descenso noturno alterado non-dipper. Apesar de algumas controvérsias (incluindo questões de reprodutibilidade da MAPA), este padrão tem sido correlacionado com um pior prognóstico cardiovascular em relação aos indivíduos que apresentam o descenso noturno.
Monitoramento Residencial da Pressão Arterial - A MRPA é o registro da pressão arterial por método indireto, com 3 medidas pela manhã e 3 à noite durante a vigília, por 5 dias. Estas medidas devem ser realizadas com equipamento validado e podem ser realizadas pelo próprio paciente ou por outra pessoa, desde que previamente treinadas. Suas indicações são basicamente as mesmas da MAPA. Dados recentes da Sociedade Européia de Hipertensão recomendam que a MRPA deva ser realizada idealmente em todos os pacientes hipertensos como uma ferramenta adicional no controle pressórico.
HAS do Avental Branco, HAS Mascarada e HAS Refratária
Os valores da pressão arterial medidos em consultório podem ser maiores, semelhantes ou menores do que os obtidos durante a vigília pela MAPA ou MRPA. Essas diferenças possibilitam a classificação dos pacientes em 4 diferentes categorias: normotensão, hipertensão, Hipertensão do avental branco (hipertensão isolada de consultório) e hipertensão mascarada (normotensão do avental branco). A normotensão se caracteriza por valores normais de pressão arterial no consultório (abaixo de 140/90 mmHg) e na MAPA de 24 horas (igual ou abaixo de 130/80 mmHg) ou na MRPA (igual ou abaixo de 135/85 mmHg), enquanto que a hipertensão se caracteriza por valores anormais de pressão arterial no consultório (igual ou acima de 140/90 mmHg) e na MAPA de 24 horas (acima de 130/80 mmHg) ou na MRPA (acima de 135/85 mmHg).
Define-se efeito do avental branco como o valor obtido pela diferença entre a medida da pressão arterial no consultório e da MAPA na vigília ou MRPA, sem haver mudança no diagnóstico de normotensão ou hipertensão. A Hipertensão do avental branco ocorre quando há valores anormais na medida da pressão arterial no consultório (igual ou acima de 140/90 mmHg) e valores normais de pressão arterial pela MAPA durante o período de vigília (igual ou abaixo de 135/ 85 mmHg) ou pela MRPA (igual ou abaixo de 135/85 mmHg). Alguns estudos apontam que a Hipertensão do avental branco apresenta risco cardiovascular intermediário entre normotensão e hipertensão.
A hipertensão mascarada ocorre quando há valores normais na medida da pressão arterial no consultório (abaixo de 140/90 mmHg) e valores anormais de pressão arterial pela MAPA durante o período de vigília (acima de 135/85 mmHg) ou MRPA (acima de 135/85 mmHg). Embora não haja consenso, estudos prévios sugerem que tais pacientes têm maior prevalência de lesões de órgãos-alvo do que indivíduos normotensos.
Define-se hipertensão refratária ou resistente a hipertensão não controlada com o uso regular de 3 ou mais drogas em doses máximas, incluindo um diurético, avaliada por um dos instrumentos diagnósticosmencionados acima, de preferência as mediadas domiciliares. Portanto, PA muito elevada em uso de apenas 1 ou 2 medicamentos, uso de doses baixas ou pacientes má aderentes não podem ser considerados como portadores de hipertensão refratária. A real prevalência de HAS refratária é desconhecida, mas não é incomum. Assim, esses pacientes merecem especial atenção pela necessidade de investigação de causas secundárias e tratamento efetivo, já que possuem habitualmente maior risco cardiovascular.
Procedimento correto para aferição da pressão arterial
	Procedimentos gerais
	Explicar o procedimento ao paciente
	Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo
	Evitar bexiga cheia
	Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes
	Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes
	Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado
	Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito
	Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
	Solicitar para que não fale durante a medida
	Procedimento de medida da pressão arterial
	Medir a circunferência do braço do paciente
	Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço
	Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm
	Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial
	Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva
	Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg do nível estimado da pressão sistólica
	Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo)
	Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação
	Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff)
	Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa
	Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero
	Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas
	Informar os valores de pressão arterial obtidos para o paciente
CONCLUSÃO:
A hipertensão arterial é o aumento anormal e por longo período da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo. Não é a toa que a doença também é chamada de pressão alta.
Para chegar a cada parte do organismo, o sangue bombeado a partir do coração exerce uma força natural contra as paredes internas das artérias. Os vasos, por sua vez, oferecem certa resistência a essa passagem. E é essa disputa que determina a pressão arterial.
A pressão varia ao longo do dia. Numa pessoa deitada, ela fica mais baixa. Quando nos movimentamos, os valores sobem, porque o cérebro avisa que o corpo precisa de mais energia.
Quando a pressão fica descontrolada, o coração é o órgão mais afetado. Como a circulação está prejudicada pelo aperto nas artérias coronárias, ele não recebe sangue e oxigenação suficientes um quadro que leva ao sofrimento do músculo cardíaco, podendo ocasionar o infarto.
O acidente vascular cerebral (AVC), o popular derrame, é outra consequência frequente da hipertensão. Com as constantes agressões da pressão, as artérias da cabeça não conseguem se dilatar e ficam suscetíveis a entupimentos. Os picos hipertensivos acabam servindo de estopim para um vaso ficar completamente obstruído ou então se romper.
Além do derrame, a pressão alta provoca uma série de pequenas obstruções e hemorragias no cérebro. Ao longo do tempo, esses episódios destroem os neurônios o quadro é denominado demência vascular e leva à perda de memória.
Os rins também deixam de filtrar o sangue a contento quando a hipertensão se instala por muito tempo, e essa falha pode provocar insuficiência renal.
A pressão alta interfere ainda nos vasos que irrigam a retina, tecido no fundo do olho crucial para captação das imagens. É por isso que alguns hipertensos relatam sofrer de visão embaçada.
A hipertensão é uma doença silenciosa. Vale dar atenção aos sintomas como dor de cabeça, falta de ar, visão borrada, zumbido no ouvido, tontura, dores no peito. Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física o indivíduo deve passar por um médico e também fazer a avaliação física na academia ou clube onde praticará essa atividade. Todo cuidado é pouco quando se trata de nossa saúde.
REFERÊNCIAS:
https://www.prorim.org.br/blog-noticias/populacao-deve-ter-cuidado-com-a-pressao-alta/?gclidCjwKCAjwwYP2BRBGEiwAkoBpAtEDEEPuJUcpHnOTUxryLC1mmFjJ3MSi8sToE7JPZTEZpkd3_AkI6RoCONoQAvD
https://www.sanarmed.com/hipertensao-arterial-sistemica
 https://saude.gov.br/saude-de-a-z/hipertensao
https://pebmed.com.br/hipertensao-arterial-sistemica-revisao-clinica-pebmed/
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/hipertensao-arterial-sistemica/
https://www3.fmb.unesp.br/sete/mod/page/view.php?id=8870
https://www.youtube.com/watch?v=rapCFIjQIh4
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007000400013&lng=en
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009001200018
https://blogpilates.com.br/hipertensao-arterial-sistemica/
São Gonçalo
2020

Continue navegando