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A Política Nacional de atenção integral à saúde das mulheres As Políticas Nacionais na primeira década do século XX, era limitada na gravidez e no parto, enxergando a mulher apenas como “reprodutora”, os partos aconteciam em domicílios. Com a evolução das políticas começou a ter intervenção de outros fatores sociais, aumentando os indicadores de mortalidade materna, pois deixou-se o controle da mulher no parto, passando a ser dos profissionais de saúde. Atualmente, a Política Nacional tenta retomar a autonomia da mulher sob o parto. Na década de 50/60 a mulher era vista como a dona do lar, voltada sua vida para a família e filhos. Ao longo dos anos, houve ações do governo federal buscando integração, pois muitas mulheres estavam morrendo por causa do câncer de útero e da mama, havia situações graves de climatério, falta de planejamento reprodutivo. Diante disso, ocorreu movimentos feministas sobre a desigualdade, sobrecarga de trabalho e também reivindicaram melhores condições de saúde durante todo o ciclo de sua vida, voltando ações para educação, prevenções do câncer de colo, câncer de mama, diagnósticos, comorbidades, doenças para além da gravidez, tratamento e recuperação, englobando a parte de ginecologias, não apenas a obstetrícia, como IST’s, pré natal, parto, puerpério, climatério, planejamento reprodutivo (familiar). Através dessas reivindicações surgiram o avanço do SUS e essas lacunas foram mudando, na década de 86 surgiu o Programa de Atenção Integral a Saúde das Mulheres (PAISM), a qual esse programa contemplava todas essas condições. Contudo, com o passar dos anos, as características das mulheres foram se alterando e suas necessidades também mudaram, com isso, começarão a identificar lacunas como atenção relacionada a gênero, raça, as condições de mulheres especiais, sendo estas, presidiarias, deficientes, rurais, negras, indígenas, lésbicas, transsexuais. Então, criou-se a Política Nacional de Atenção Integral à saúde das Mulheres, com ações específicas para cada especificidade. A Política Nacional de atenção integral à saúde das mulheres, contribui permanentemente para a construção do SUS e prioriza a problemática da violência sexual, doméstica. Essa política qualifica a gestão em níveis nacional, estaduais, municipais. Supera a fragmentação das políticas e programas de saúde, por meio da organização, regionalização e hierarquização das ações e serviços de saúde. Estabelece interfaces com as demais políticas públicas que possibilitem a melhoria da qualidade de vida das mulheres. Objetivos Gerais - Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e a ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. - Contribuir para a redução de morbidade e da mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, com perspectiva de gênero. - Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde das mulheres no Sistema Único de Saúde – SUS. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres é uma estratégia de Estado que permite delinear linhas de cuidado à saúde das mulheres, assegurando a integralidade na atenção. Ela realiza uma construção de redes assistenciais (articulação da atenção primária, atenção de média e alta complexidade). É um processo de pactuação de responsabilidades entre a sociedade civil e os três níveis da gestão do SUS, pois devem assegurar a assistência. Linhas de Cuidados Prioritárias - Área técnica: atenção obstétrica e neonatal qualificada e humanizada baseada em evidências cientificas, atenção as mulheres e adolescentes em situação de violência sexual, atenção integral às mulheres no climatério, redução da morbimortalidade por câncer, saúde sexual e reprodutiva de mulheres e adolescentes. - Áreas estratégicas de atuação: planejamento reprodutivo (métodos contraceptivos/reprodução humana assistida), atenção obstétrica (aborto inseguro, pré-natal, parto, puerpério, urgências e emergências), vigilância epidemiológica da morte materna, violência (sexual domestica), climatério, queixas ginecológicas, gênero e saúde mental, feminização da AIDS e IST, câncer (útero, mama, pulmão), mulheres negras/quilombolas, mulheres em situação de prisão, mulheres índias, trabalhadoras do campo, da floresta e cidade, mulheres portadoras de deficiência, mulheres que vivenciam a transexualidade, mulheres lésbicas e bissexuais, mulheres idosas, mulheres em situação de rua e mulheres ciganas. Interfaces com II plano nacional de políticas para as mulheres - Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos: climatério, queixas ginecológicas, planejamento reprodutivo, atenção obstétrica, câncer de colo do útero e mamas, atenção as especificidades étnico-raciais, geracionais, regionais, de orientação sexual, com deficiências, do campo e da floresta e em situação de rua, fortalecimento à participação e mobilização social em defesa da PNAISM. - Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres: redes de atendimento às mulheres em situação de violência, Lei Maria da Penha e demais normas jurídicas nacionais e internacionais, prevenção de todas as formas de violência contra a mulher, atenção integral, qualificada e especifica à saúde de mulheres em situação de violência, enfrentamento ao tráfico e a exploração sexual de mulheres, jovens e meninas e atenção aquelas que exercem a atividade da prostituição, fortalecimento dos direitos humanos das mulheres encarceradas. Declaração do Milênio O Brasil é um dos signatários da Declaração do Milênio – setembro/2000, entre os oito objetivos do milênio está o melhorar a saúde das gestantes. Os que contemplam as mulheres são os objetivos 05 (reduzir em até ¾ a mortalidade materna até 2015, 35 mortes por 100 mil nascimentos no Brasil) e 03. Objetivos Objetivo 01: acabar com a fome e a miséria. Objetivo 02: educação básica de qualidade para todos. Objetivo 03: igualdade entre sexos e valorização da mulher. Objetivo 04: reduzir à mortalidade infantil. Objetivo 05: melhorar a saúde das gestantes. Objetivo 06: combater a aids, a malária e outras doenças. Objetivo 07: qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. Objetivo 08: todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. OBS> A meta para redução de mortalidade em 2015 não foi atingida, sendo necessário rever os métodos e qualificar as práticas de cuidados com as mulheres. Em 2004, foi lançado o “Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal”. Esse pacto buscou a expansão e qualificação da atenção (PHPN), realizou a implementação da Lei do Acompanhante, realizou implementação dos leitos na UTI (materno e neonatal), houve organização da atenção ao abortamento nas maternidades capacitadas, introdução no SAMU nas urgências e emergências obstétricas e apoio à organização dos comitês de estudo e prevenção da mortalidade materna. Em janeiro de 2006, foi firmado o “Pacto pela Saúde” pelas três esferas de gestão: União, Estados e Municípios e nas três dimensões: pela vida, em defesa do SUS e de gestão. É um conjunto de compromissos em torno de prioridades em saúde. As prioridades pactuadas foram: saúde do idoso, controle do câncer do colo de útero e de mama, redução da mortalidade infantil e materna, fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza, promoção da saúde. Em 2007, ocorre o PAC SAÚDE – MAIS SAÚDE, com o intuito de realizar promoção da saúde através da expansão nas ações de planejamento reprodutivo. Suas metas foi de ampliar a compra e distribuiçãode métodos contraceptivos e anticoncepção de emergência, garantindo a cobertura de mais de 10 milhões de mulheres em idade fértil, totalizando 21 milhões de mulheres atendidas pelo SUS, até 2011, ampliar a distribuição de contraceptivos através da expansão da rede do Programa Farmácia Popular do Brasil e o Programa Aqui Tem Farmácia Popular até 2011 e ampliar a quantidade de vasectomias (20%) e laqueaduras (10%) realizadas até 2011. Posteriormente, surgiu a Política Nacional de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e a Política Nacional de Planejamento Reprodutivo, visa a ampliação de métodos (diafragma e injetável), ampliação da oferta de contraceptivos (farmácias/postos de saúde), ampliação de serviços credenciados para esterilização, sendo em 2002 (262 serviços) e em 2008 (838 serviços), liberação do teto para pagamento da vasectomia. Para diminuir a violência contra a mulher surgiu a Atenção à violência contra mulheres, os profissionais foram capacitados, reorganizando a rede de integração para a assistência dessa mulher, elaborou-se protocolos em conjunto, estabelecimento de referencias e contrarreferências, pactos da saúde, da gestão e vida, visando a sustentabilidade local. Objetivos de desenvolvimento sustentável Os objetivos voltados a atenção à saúde da mulher está no objetivo 03 (reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030 e acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de cinco anos, reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos até 12 por 1000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de cinco anos para pelo menos até 25 por 1000 nascidos vivos até 2030) e 05. Objetivos Objetivo 01: erradicação da pobreza. Objetivo 02: fome zero. Objetivo 03: boa saúde e bem estar. Objetivo 04: educação de qualidade. Objetivo 05: igualdade de gênero. Objetivo 06: água limpa e saneamento. Objetivo 07: energia acessível e limpa. Objetivo 08: emprego digno e crescimento econômico. Objetivo 09: indústria, inovação e infraestrutura. Objetivo 10: redução das desigualdades. Objetivo 11: cidades e comunidades sustentáveis. Objetivo 12: consumo e produção responsáveis. Objetivo 13: combate às alterações climáticas. Objetivo 14: vida de baixo d’água. Objetivo 15: vida sobre a terra. Objetivo 16: paz, justiça e instituições fortes. Objetivo 17: parcerias em prol das metas. Brasil: assegurar a continuidade do cumprimento das metas dos objetivos de desenvolvimento do milênio n°3 e °5 (melhorar saúde materna) até 2030. Redes de atenção à saúde É a organização horizontal de serviços de saúde, com o centro de comunicação na atenção primária à saúde, que permite prestar uma assistência contínua a determinada população no tempo certo, lugar certo, custo certo e qualidade certa, que se responsabiliza pelos resultados sanitários e econômicos relativos a essa população. É um conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde de atenção à saúde (Decreto 7508/2011) regulamenta a Lei n°8080. - Tipos de Redes: Rede de atenção às urgências; Rede de cuidados da pessoa com deficiência; Rede cegonha; Rede de saúde mental; Rede de atenção oncológica e doenças e condições crônicas. Rede Cegonha Buscou-se acesso e qualificação, estruturas adequadas, modelo de atenção e trabalho em rede. Existem portarias e decretos que regulamentam esta rede, sendo estas: - Portaria n°1459, 24/06/11, instituí no âmbito do sistema único de saúde – SUS – a Rede Cegonha. - Portaria n°2351, 5/10/11, altera a portaria n°1459/GM/MS. - Portaria n°650, 05/10/11, dispõe sobre os planos de ação regional e municipal da Rede Cegonha. Componentes: pré natal, parto e nascimento, puerpério e crianças até 02 anos, planejamento reprodutivo. Objetivos: Ampliar o acesso das mulheres e crianças ao usuários do SUS as ações e aos serviços de saúde, promover a saúde materna, neonatal e infantil, reduzir a mortalidade materna e neonatal evitável, instituir a linha de cuidado materno-infantil, implementar um novo modelo de atenção ao parto e ao nascimento com base em evidências científicas e nos princípios da humanização. Assegura as mulheres o direito do planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto, abortamento e puerpério. Assegura as crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis. Princípios: defesa dos direitos humanos, respeito a diversidade cultural, étnica, racial e as diferenças regionais e culturais, enfoque de gênero, direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens jovens e adolescentes, participação em mobilização social. Diretrizes: garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré natal, garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro, garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento. Garantia da atenção a saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade de resolutividade, garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo. Componentes: Pré-Natal Acesso com vinculação e acolhimento. É realizada com enfermeiros e médicos. Qualificação da atenção pré-natal: compromisso com o aumento da autonomia e protagonismo da mulher, da sua autoconfiança, avaliação da vulnerabilidade e risco, práticas educativas, exames em tempo oportuno, capacitação das equipes – EAD, KIT equipes, promoção da vinculação ao local do parto. Cuidado a Criança Promover aleitamento materno, garantir acompanhamento da criança na atenção básica, garantir atendimento especializado para casos de maior risco, busca ativa dos faltosos, sobretudo de maior risco, garantir acesso às vacinas disponíveis no SUS. Embriologia Fecundação (1° semana) União do gameta feminino (óvulo) e gameta masculino (espermatozoide) através da relação sexual. O gameta masculino vai percorrer a vagina, chegando ao colo do útero, entra dentro do corpo do útero, vai percorrer ao fundo do útero, vai até o terço proximal da trompa, as fímbrias captam o óvulo, o encontro acontece no terço proximal da trompa (gameta feminino e masculino). O gameta (óvulo) feminino tem 23 cromossomos e o gameta masculino (espermatozoide) tem 23 cromossomos. A fecundação é este encontro. Anfimixia (1°semana) É a fusão de uma célula na outra, torna-se ovozigoto. Quando o espermatozoide adentra dentro do óvulo, tornando-se uma única célula, é chamado de anfimixia, deixando de ser uma célula diploide, tornando-se, uma célula haploide com 46 cromossomos, havendo multiplicação celular. No primeiro momento que se funde forma-se os blastômeros. Inicialmente a dois blastômeros que se multiplicam com o tempo, de 02 células passa a ser 04 células, depois 08 células, neste momento é chamada de blástula, posteriormente passa a ser 16 células, 32 células, 64 células e sucessivamente. Entre 08 a 32 células, chama-se gástrula. A partir de 32 blastômeros, torna-se mórula. Chega um momento que se multiplica tanto que começa a entrar liquido uterino dentro das células, separando-as em duas massas celulares, sendo chamado de blastocisto. Uma parte celular será chamada de embrioblasto dando origem ao embrião e a outra será chamada de trofoblasto dando origem a placenta/cordão umbilical/membranas. No final da 1° semana e início da 2° semana chega na cavidade uterina como blastocisto. O embrioblasto se multiplica em três folhetos embrionários, dando origem ao bebê. Os três folhetos são: mesoderma embrionário, ectoderma embrionário e o endoderma embrionário. Esses folhetos se desenvolvem e dão origem a estrutura corpóreado bebê, sistema geniturinário, sistema cardíaco, sistema respiratório, sistema vascular, sistema nervoso e afins. O trofoblasto da origem ao cordão umbilical, placenta e as membranas. Ele se multiplica em duas partes, sendo citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Quando está no útero se fixa ao endométrio. O bebê se desenvolve semana após semana. Nidação (A partir da 2° semana) Fixação. O trofoblasto realiza a fixação na parede uterina (endométrio) e acontece o desenvolvimento do embrião, deixando de ser blastocisto, tornando- se embrião. O embrião é o produto de concepção até a 7° semana e 06 dias. A partir de 8° semana em diante passa a ser feto. Terminologia Obstétrica É a nomenclatura utilizada na prática clínica obstétrica diária. Depende da idade gestacional para estabelecer conceitos que permitirá obter informações e padronização de condutas. Parturiente: Mulher em trabalho de parto. Puérpera: Mulher no pós parto. Nutriz: Mulher no puerpério (resguardo). Lactante: Mulher que amamenta, também pode ser chamada de nutriz. Lactente: Bebê que está amamentando. Ovo: produto de concepção após fecundação. Mórula: É a célula a partir de 32 blastômeros. Blastocisto: É a célula que chega na cavidade uterina para ocorrer a nidação. Embrião: concepto em fase de diferenciação celular orgânica da 2° semana à 7° semana e 06 dias. Feto: 8° semana ao nascimento. Aborto: A expulsão do produto de concepção até 22 semanas ou 500g de peso. Viabilidade fetal: capacidade de sobrevida 34 semanas/26 semanas. Pré termo: A expulsão do produto de concepção de 22 semanas e 01 dias até 36 semanas e 06 dias, é considerado um parto de feto prematuro. 259 dias, < 37 semanas, bebê pré termo. termo: Uma gestação a partir de 37 semanas até 41 semanas e 06 dias. 259 a 293 dias, = 37 semanas a 41 semanas e 6 dias (42 semanas incompletas) pós termo/prolongada: Uma gestação 42 semanas completas ou 294 dias. 294 dias ou mais, > 42 semanas, bebê pós termo. Números Grávida/Engravidou Paridade/Partos Aborto 0 Nuligesta Nulípara 1 Primigesta Primípara 2 Secundigesta Secundipara 3 Tercigesta Tercipara 4 Quadrigesta Quartípara MULTI Multigesta Multípara Registro G0 P0 A0: Mulher nuligesta, nulípara, sem história de aborto. G1 P0 A0: Mulher gestante primigesta, nulípara, sem história de aborto. G2 P1 A0: Mulher gestante secundigesta, primípara, sem história de aborto. G3 P2 A1: Mulher tercigesta, secundipara, com uma história de aborto. G5 P4 A0: Mulher gestante multigesta, quartipara, sem história de aborto. G9 P8 A0: Mulher gestante multigesta, multípara, sem história de aborto. OBS: Caso seja gêmeos e acorra apenas um parto natural, ela é primigesta (gemelar) e secundipara (um parto normal de um gemelar e um parto cesáreo do outro gemelar), sem história de aborto. Idade Gestacional 1° data da última menstruação ou da história que traz para gente até a data do nascimento em semanas. Se tirar um bebê com 38 semanas, ele pode ser prematuro. É necessário a data de referência para realizar o cálculo. Meses: são usados para realizar a idade gestacional. Mês solar: 30 dias ou 31 dias. (9 meses) Mês lunar: 28 dias. É em semanas, profissionais da saúde usam essa contagem. (10 meses lunares) MESES Janeiro 31 dias Maio 31 dias Setembro 30 dias Fevereiro 28 ou 29 dias Junho 30 dias Outubro 31 dias Março 31 dias Julho 31 dias Novembro 30 dias Abril 30 dias Agosto 31 dias Dezembro 31 dias EXEMPLO: Idade Gestacional Desconhecida Quando é desconhecida deve solicitar ultrassom. Para a IG ser precisa, ela deve conter até 12 semanas de gestação, ou seja, no primeiro trimestre. Em toda primeira consulta irá pedir para realizar um ultrassom. Existem dois tipos de ultrassom que o enfermeiro tem autonomia de pedir no pré-natal: endo vaginal (até 12 semanas) e obstétrica (após 12 semanas). Serão realizadas três ultrassons em todo o desenvolvimento gestacional, sendo: - Primeiro ultrassom: no primeiro trimestre (até 12 semanas), pois dá maior margem de segurança no cálculo de IG. - Segunda ultrassom: no segundo trimestre (a partir de 24 semanas), pois avalia o desenvolvimento do feto. - Terceiro ultrassom: no terceiro trimestre (a partir de 34 semanas) para definir a via de parto. Quando a mulher não sabe a data da ultima menstruação e só lembra apenas o ultimo mês, dai pedimos para tentar fazer uma associação para tentar a época do mês que estava menstruada, podendo dar um parâmetro. Há margem de erro pois se tem dúvida da data. - Início do Mês: consideramos como dia 05. - Meio do mês: consideramos como dia 15. - Fim do mês: consideramos como dia 25. O ministério também orienta achar de outra forma a data, através da ultrassonografia (USG), a gente solicita o tipo dependendo das semanas gestacional. Se você apalpa o útero acima da sínfise púbica, sabe-se que a mulher tem mais de 12 semanas. A mulher deve voltar com a ultrassom no próximo mês. EXEMPLO: Quando a mulher apresenta um abdômen mais avantajado na primeira consulta e não sabe a data da última menstruação e não há condições de realizar a ultrassom, realiza-se o exame físico, vai na borda superior da sínfise púbica e mede para cima em rumo a cicatriz umbilical, isso irá medir a altura do fundo uterino (AFU). - Regra de McDonald: Multiplica-se a altura do fundo do útero (em cm) por 8 e posteriormente divide por 7. EXEMPLO: Até 06 semanas não ocorre alteração no tamanho do útero. Com 08 semanas, o útero passa a corresponder o dobro do tamanho normal. Com 10 semanas, o útero passa a corresponder o triplo do tamanho normal. Com 12 semanas, o útero enche a pelve de modo que é palpável na borda superior as sínfises púbicas. Com 16 semanas, o fundo do útero encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical. Com 20 semanas já se apalpa o útero na cicatriz umbilical. A partir de 20 semanas existe uma relação direta entre a medida do AFU e a idade gestacional. Sendo esta: 21 AFU – 21 semanas 22 AFU – 22 semanas 23 AFU – 23 semanas 24 AFU – 24 semanas 25 AFU – 25 semanas 26 AFU – 26 semanas 27 AFU – 27 semanas 28 AFU – 28 semanas 29 AFU – 29 semanas 30 AFU – 30 semanas A partir de 30 semanas essa relação passa a não ser mais fiel. Quando não for possível determinar a idade gestacional, solicitar ultrassom obstétrica. Data Provável do Parto Para calcular a data provável do parto (DPP) é necessário que o ciclo menstrual seja regular, com uma frequência de 28 a 30 dias ao mês. Em casos de ciclos irregulares, o ultrassom poderá indicar a data provável. Há em média 40 semanas de gestação, portanto, pode haver margem de erro de duas semanas a mais ou duas semanas a menos na data do parto. Realiza-se o cálculo a partir da data da última menstruação (DUM). A partir desta data, soma-se 7 dias por causa da ovulação, pois demora esse tempo para se alojar no útero. Meses: são usados na DPP. - Os meses Janeiro, Fevereiro, Março soma-se mais nove (+9) para os cálculos. - Os meses Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro subtraí por três (-3) para os cálculos no mês e aumenta mais (+1) no ano. EXEMPLO: Solicitação BETA-HCG Quando a mulher relata alterações em seu corpo, menstruação atrasada com mais de 15 dias, mamas inchadas, enjoos e vômitos, realizamos uma requisição de exame. Nesta requisição estará o nome do paciente, data de nascimento, sexo, dados clínicos (suspeita de gravidez), exame solicitado: BETA HCG, conhecido como gonadotrofina coriônica humana (hormônio produzido no início da gestação no ovário, no corpo lúteo), depois coloca a data da consulta e assina. Quandoa mulher chega com o resultado do exame, iremos interpretá-lo, do ponto de vista prático, níveis menores que 5 unidades/ml, são considerados negativos e níveis maiores de 25 unidades/ml, são considerados positivos. Níveis entre 5 unidades/ml e 25 unidades/ml são considerados falsos-positivos. Maiores queixas: menstruação atrasada mais de 15 dias, fadiga, mastalgia, aumento da frequência urinária, enjoos/vômitos matinais. Semiologia Obstétrica A duração da gravidez é variável e dura aproximadamente 267 dias ou 38 semanas. Para considerar essa gestação de termo vai de 37 semanas a 43 semanas e 06 dias. Durante esse todo o período da gestação, desde a primeira semana até o final da gestação de termo temos modificações fisiológicas e adaptação do aparelho reprodutor (infecção urinária, maior frequência de micção) e outros sistemas, além de adaptações psicoemocionais (gravidez desejada, relação estável, violência, abuso sexual, contexto da gravidez). Deve haver uma escuta ativa qualificada no pré natal. Diagnóstico de gravidez - Sinais de presunção de gravidez: Amenorreia, náuseas e vômitos, polaciúria, tubérculos de Montgomery, Congestão mamária, aréola secundária (Sinal Hunter), Rede Haller. Atraso menstrual; Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária é polaciúria, e sonolência); Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery são glândulas sebáceas, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal); Rede de Haller (veias mais visíveis); Sinal Hunter (aréola secundária por causa do aumento do hormônio melanotrófico). - Sinais de probabilidade: Alteração da consistência uterina: elástica, amolecido (ístimo- sinal de Hegar); Alteração da forma: globoso; Mucosa vaginal fina e arroxeada – 8° a 10°semanas (Chadwick) e da cérvice (Jacquemier) – congestão venosa. Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume; Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais); Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. - Sinais de certeza: Presença BCF (aparelho sonar), movimentação fetal intensa 28 a 32 semanas, diagnóstico hormonal: produção de HCG. Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas); Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. Acompanhamento do pré-natal e assistência à gestante e puérpera Atividades: Realizar a primeira consulta de pré-natal até o 4° mês de gestação (até 16 semanas), o ideal é começar no primeiro trimestre, ou seja, 12 semanas. Realizar um mínimo de sete consultas (região centro oeste) de acompanhamento durante a gestação, preferencialmente, uma no primeiro trimestre de gestação, três no segundo e três no terceiro. Pelo Ministério da Saúde é preconizado seis consultas, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro. Realizar uma consulta no puerpério, até 42 dias após o nascimento para identificar se há complicações. É importante que a gestante realize exame odontológico. Calendário de Consultas Nome, dados, identificação. É importante que a paciente saiba qual maternidade irá ganhar o bebê pois será a mesma unidade para emergência, é importante falar na primeira consulta de pré natal. As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de atendimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal. Busca-se os riscos. O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular, garantindo-se que todas as avaliações propostas sejam realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam preenchidos. O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: Até 28ª semana – Consultas mensalmente; Da 28ª até a 36ª semana – Consultas quinzenalmente; Da 36ª até a 41ª semana – Consultas semanalmente. EXEMPLO: Uma paciente teve 1° consulta com 08 semanas e terá consultas até a 40° semana de gestação. Quantas consultas ela irá ter? 1°consulta – 8 semanas 2° consulta – 12 semanas 3° consulta – 16 semanas 4° consulta – 20 semanas 5° consulta – 24 semanas 6° consulta – 28 semanas 7° consulta – 30 semanas 8° consulta – 32 semanas 9° consulta – 34 semanas 10° consulta – 36 semanas 11° consulta – 37 semanas 12° consulta – 38 semanas 13° consulta – 39 semanas 14° consulta – 40 semanas Resposta: Ela terá 14 consultas até 40° semana. A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal. Não existe “alta” do pré-natal antes do parto. Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. Estudos clínicos randomizados demonstram que a conduta de induzir o trabalho de parto em todas as gestantes com 41 semanas de gravidez é preferível à avaliação seriada do bem-estar fetal, pois se observou menor risco de morte neonatal e perinatal e menor chance de cesariana no grupo submetido à indução do parto com 41 semanas. O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada. Quando começa a atender as mulheres, realiza o registro do atendimento no sistema, colocando o seu nome, o número do Sis, qual é a consulta do pré natal, se é a primeira, segunda, terceira ou quarta. Se for a primeira consulta, deve solicitar todos os exames. Vacinações, se é considerada imune. A consulta puerperal, o trabalho de parto. 1° consulta de pré natal Realiza a anamnese que ficará registrada no cartão para todas as outras consultas. Roteiro da primeira consulta: Na caderneta da gestante irá registrar N° Sis pré natal, nome da gestante, como ela gosta de ser chamada, os seus dados pessoais, a unidade de saúde do pré natal e para o parto. Na idade iremos registrar em anos atual nessa gestação. Se ela menor que 15 anos e idade superior a 35 anos, é considerado acompanhamento de risco, requerendo alerta para uma abordagem especial. Estado civil se for solteira é sinal de risco pela estabilidade financeira. Os fatores de risco devem ser identificados e destacados. Há um gráfico de acompanhamento nutricional, devendo pesar e medir a altura da gestante, realizando seu IMC, durante todas as consultas devem preencher o gráfico. Caso necessário, em baixo peso ou sobrepeso, encaminhar para nutricionista. Deve identificar a altura de fundo uterino, a cada consulta irá verificar se está andando dentro da curva na idade gestacional entre o percentil 10 e o percentil 90, se tiver abaixo, há um crescimento fetal restrito, se estiver acima é um crescimento fetal que precisa de uma atenção. Dados socioeconômicose culturais Grau de instrução (risco se for analfabeta), profissão/ocupação, cor (é a cor que se considera), situação conjugal, número e idade de dependentes, renda familiar, pessoas da família que participam da força de trabalho, condições de moradia, condições de saneamento, distância da residência até a unidade de saúde. Antecedentes familiares Gemelar, diabetes, HAS, outros como má formação, chagas, Hanseníase, Tuberculose ou outros contatos domiciliares, parceiro sexual portador de infecção pelo HIV, câncer de mama e/ou colo uterino. Antecedentes pessoais gerais História de infecção urinária, fertilidade, cardiopatia, diabetes, HAS, chagas, doenças renais crônicas, anemias, desvio nutricional, se já tem história de sobrepeso ou desnutrição, viroses, hanseníase, entra como outros. Se tem HIV tem cuidados específicos a partir da 14° semana. História de transfusão de sangue, doenças neoplásicas, situação vacinal, uso de medicamentos específicos, se tem alergia de algum medicamento, se faz uso de drogas ilícitas, tabagismo ou álcool, caso utiliza, pode haver crescimento fetal restrito. Antecedentes obstétricos Ciclos menstruais regulares ou irregulares. Idade da menarca. Uso de métodos preventivos, se parou. Doença sexualmente transmissível, cirurgias ginecológicas, más formações uterinas, ultimo citopatólogico, se mais de um ano, solicita Papanicolau, podendo pedir até a 32° semana de gestação. Número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola hidatiforme); Número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, por fórceps, cesáreas – indicações); Número de abortamentos (espontâneos, provocados, causados por DST, complicados por infecções, relato de insuficiência istmo-cervical, história de curetagem pós-abortamento); Número de filhos vivos; Idade na primeira gestação; Intervalo entre as gestações (em meses); Isoimunização Rh; Número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação); Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com mais de 4.000g; Número de recém-nascidos prematuros ou pequenos para a idade gestacional; Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo dos óbitos); Mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos); Natimortos (morte fetal intraútero e idade gestacional em que ocorreu); Recém-nascidos com icterícia, transfusão, hipoglicemia, ex-sanguíneo-transfusões; Intercorrências ou complicações em gestações anteriores (deve-se especificá-las); Complicações nos puerpérios (deve-se descrevê-las); Histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame). Caso o primeiro parto seja cesárea, pode tentar parto normal na segunda gestação. Caso tenha feito dois partos cesáreas, não é recomendado fazer parto normal, pois pode comprometer o padrão de contratilidade uretral. Menor que 02 anos de uma gestação para outra – intervalo interpartal precoce. Intervalo entre 02 a 05 anos – intervalo interpartal ideal Maior que 05 anos – intervalo interpartal tardio Mortalidade precoce são os RN morrem até o 7° dia de vida Mortalidade tardia são os RN que morrem após uma semana até 28° dia de vida Natimorto morte fetal intrauterina, nasceu morto. Icterícia aumento da bilirrubina no bebê, precisa realizar fototerapia. Sexualidade Início da idade gestacional, primeira relação sexual (sexarca), com quantos anos. Como é a libido, dor ou desconforto na relação sexual (dispareunia), quantos parceiros até a data atual. Se estava tendo relações sexuais com uso de preservativo ou não é seu uso habitual, tanto masculino quanto feminino, se utilizam de forma alternada. Gravidez Atual Peso anterior dela, estatura, data da última menstruação, calcula a data provável do parto. Se houver duvidas da data da ultima menstruação, deve-se marcar a opção de sim. Realiza AFU ou a orientação das datas 05 se começo de mês, 15 se meio do mês, 25 se final do mês. Hábitos alimentares, medicamentos tomados durante a gestação, ocupação habitual, aceitação da gravidez, estresse. Cada consulta de pré natal é registrada, coloca a idade gestacional, calcula o IMC, avalia PA, mede-se a AFU, verifica os batimentos cardíacos fetais, se o bebê está movimento e assinatura do profissional a cada consulta. Exame Físico - Inspeção Obstétrica: Pele e mucosas, sinais vitais, ausculta cardiopulmonar, palpação da tireoide, exame do abdome, exame dos membros inferiores (edemas), determinação do peso, da altura, cálculo do IMC, estado nutricional. Tórax: Rede de Haller, aréola secundária (sinal Hunter), Tubérculos de Montgomery, nódulos e colostro 2° mês. Abdome: estrias ou víbices, linha Nigra é denominada da sínfise púbica até a cicatriz umbilical (hormônio melanotrófico), linha Alba é denominada da cicatriz umbilical para cima, 28° forma ovoide. - Mensuração Obstétrica - DU - Palpação Obstétrica - Ausculta Obstétrica: aparelho sonar/detector fetal usa-se a partir da 10° a 12° semana de gestação, os batimentos normais do feto são 120bpm a 160bpm, os estetoscópios de binar (funil) usa-se a partir das 20 semanas de gestação. - Exame ginecológico: inspeção dos genitais externos, exame especular, coleta do material para exame colpocitopatológico, toque vaginal. Exames Laboratoriais 1° consulta do pré natal ou 1° trimestre: Hemograma: avaliação do hematócrito e hemoglobina, avalia as hemácias e sua função é avaliar se a mulher tem anemia, podendo ter comprometimento na formação do bebê e na gestação. No pré natal, realiza a complementação de ferro e complementação ácido fólico para todas as mulheres. Tipagem sanguínea: saber o tipo de sangue (A, B, AB, O) e fator Rh: se é positivo ou negativo, se for negativo, a risco de desenvolver uma doença hemolítica especifica da gestação, pois as hemácias vão entrar em hemólise. Coombs indireto apenas se for Rh negativo, sendo solicitado também no 2° trimestre Glicemia de Jejum: Solicitada para todas gestantes, em todos os trimestres (1°, 2° e 3°), há risco de diabetes gestacional. Teste rápido de triagem para Sífilis e/ou VDRL/RPR, Teste rápido diagnóstico anti-HIV, anti-HIV, Toxoplasmose IgM e IgG, Sorologia para Hepatite B (HbsAg): São 05 sorologias usadas na rotina do Ministério da Saúde, sendo elas: Sífilis, HIV, Toxoplasmose, Hepatite B e Rubéola. Na região Centro Oeste a rotina dos exames sorológicos no pré natal é feita através do teste da mamãe, ele contém primeira amostra e segunda amostra. Fura-se o dedo ou pulsiona uma veia, colocando o sangue dentro dos círculos. O teste da mamãe primeira amostra deve ser solicitado a partir da 8° semana de gestação, contém 12 sorologias, sendo estas: HIV/aids tipo 1 e 2, Toxoplasmose, Hepatites B e C, HTLV – 1 e 2, Sífilis (VDRL), Chagas, Rubéola, Citomegalovírus, Fenilcetonúria materna. O teste da mamãe segunda amostra é solicitado a partir da 28° semana, é feita sorologia para HIV/aids e para Sífilis. Urocultura + urina tipo I/EAS Ultrassonografia endovaginal (1°trimestre) posteriormente é ultrassonografia obstétrica Citopatólogico do colo de útero: se necessário, a paciente deve apresentar alguma clínica, deve ser realizada até no máximo a 32° semana. exame da secreção vaginal se houver indicação clínica, avalia Ph. parasitológico de fezes se houver indicação clínica, para verificar se tem verminose. 2° trimestre: Teste de tolerância para glicose (TTG): com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana) Coombs indireto se for Rh negativo 3° trimestre: Hemograma Glicemia em jejum Coombs indireto (se for Rh negativo) VDRL Anti-HIV Sorologia para hepatiteB (HbsAg) Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação). Suplementação Alimentar A paciente utiliza sulfato ferroso 1h antes da alimentação uma vez por dia, mantendo-a três meses após o parto. Se tiver aborto, também deve utilizar o sulfato ferroso. O ácido fólico ele tem participação ativa na formação do tubo neural, até 12° semana de gestação ele já está formado. O certo é começar essa suplementação até 12° semana. Situação Vacinal Vacina antitetânica: 03 doses com intervalo de 30 a 60 dias. Realizando um reforço a cada 10 anos. Consideramos a gestante Imunizada se ela apresenta 03 doses e uma dose de reforço com um intervalo menor de 05 anos. Se ela tiver tomado a de reforço a mais de 05 anos, terá que realizar uma dose de reforço. Se a mulher ficar gravida novamente em menos de 05 anos do reforço, não é necessário tomá-la novamente. Vacina DTpa: É necessária tomá-la em todas as gestações. A partir da 20° semana de gestação, preferencialmente na 27° semana. DTpa pode completar o esquema da vacina antitetânica. Vacina Hepatite: avaliar o cartão de vacinas, se ela tem tomou as 3 doses, é necessário realizar um Anti-HBs para verificar se gerou imunidade. Caso não apresente resposta, orientamos a ter mais uma dose, caso continue dando não reagente, para de aplicar as doses pois a contra indicações. Se tiver 02 doses, ela tomará a 3° durante a gestação. Vacina Influenza: em toda em campanha.
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