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A Política Nacional de atenção integral à saúde das mulheres

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A Política Nacional de atenção integral à saúde das mulheres 
 
As Políticas Nacionais na primeira década do século XX, era limitada na 
gravidez e no parto, enxergando a mulher apenas como “reprodutora”, os partos 
aconteciam em domicílios. Com a evolução das políticas começou a ter 
intervenção de outros fatores sociais, aumentando os indicadores de mortalidade 
materna, pois deixou-se o controle da mulher no parto, passando a ser dos 
profissionais de saúde. Atualmente, a Política Nacional tenta retomar a 
autonomia da mulher sob o parto. 
Na década de 50/60 a mulher era vista como a dona do lar, voltada sua 
vida para a família e filhos. Ao longo dos anos, houve ações do governo federal 
buscando integração, pois muitas mulheres estavam morrendo por causa do 
câncer de útero e da mama, havia situações graves de climatério, falta de 
planejamento reprodutivo. 
Diante disso, ocorreu movimentos feministas sobre a desigualdade, 
sobrecarga de trabalho e também reivindicaram melhores condições de saúde 
durante todo o ciclo de sua vida, voltando ações para educação, prevenções do 
câncer de colo, câncer de mama, diagnósticos, comorbidades, doenças para 
além da gravidez, tratamento e recuperação, englobando a parte de 
ginecologias, não apenas a obstetrícia, como IST’s, pré natal, parto, puerpério, 
climatério, planejamento reprodutivo (familiar). 
Através dessas reivindicações surgiram o avanço do SUS e essas lacunas 
foram mudando, na década de 86 surgiu o Programa de Atenção Integral a 
Saúde das Mulheres (PAISM), a qual esse programa contemplava todas essas 
condições. Contudo, com o passar dos anos, as características das mulheres 
foram se alterando e suas necessidades também mudaram, com isso, 
começarão a identificar lacunas como atenção relacionada a gênero, raça, as 
condições de mulheres especiais, sendo estas, presidiarias, deficientes, rurais, 
negras, indígenas, lésbicas, transsexuais. Então, criou-se a Política Nacional de 
Atenção Integral à saúde das Mulheres, com ações específicas para cada 
especificidade. 
A Política Nacional de atenção integral à saúde das mulheres, contribui 
permanentemente para a construção do SUS e prioriza a problemática da 
violência sexual, doméstica. Essa política qualifica a gestão em níveis nacional, 
estaduais, municipais. Supera a fragmentação das políticas e programas de 
saúde, por meio da organização, regionalização e hierarquização das ações e 
serviços de saúde. Estabelece interfaces com as demais políticas públicas que 
possibilitem a melhoria da qualidade de vida das mulheres. 
 
 
 
Objetivos Gerais 
 
- Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, 
mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e a ampliação do acesso 
aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da 
saúde em todo território brasileiro. 
- Contribuir para a redução de morbidade e da mortalidade feminina no Brasil, 
especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos 
grupos populacionais, com perspectiva de gênero. 
- Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde das mulheres no 
Sistema Único de Saúde – SUS. 
 A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres é uma 
estratégia de Estado que permite delinear linhas de cuidado à saúde das 
mulheres, assegurando a integralidade na atenção. Ela realiza uma construção 
de redes assistenciais (articulação da atenção primária, atenção de média e 
alta complexidade). É um processo de pactuação de responsabilidades entre a 
sociedade civil e os três níveis da gestão do SUS, pois devem assegurar a 
assistência. 
 
Linhas de Cuidados Prioritárias 
 
- Área técnica: atenção obstétrica e neonatal qualificada e humanizada baseada 
em evidências cientificas, atenção as mulheres e adolescentes em situação de 
violência sexual, atenção integral às mulheres no climatério, redução da 
morbimortalidade por câncer, saúde sexual e reprodutiva de mulheres e 
adolescentes. 
- Áreas estratégicas de atuação: planejamento reprodutivo (métodos 
contraceptivos/reprodução humana assistida), atenção obstétrica (aborto 
inseguro, pré-natal, parto, puerpério, urgências e emergências), vigilância 
epidemiológica da morte materna, violência (sexual domestica), climatério, 
queixas ginecológicas, gênero e saúde mental, feminização da AIDS e IST, 
câncer (útero, mama, pulmão), mulheres negras/quilombolas, mulheres em 
situação de prisão, mulheres índias, trabalhadoras do campo, da floresta e 
cidade, mulheres portadoras de deficiência, mulheres que vivenciam a 
transexualidade, mulheres lésbicas e bissexuais, mulheres idosas, mulheres em 
situação de rua e mulheres ciganas. 
 
Interfaces com II plano nacional de políticas para as mulheres 
 
- Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos: climatério, 
queixas ginecológicas, planejamento reprodutivo, atenção obstétrica, câncer de 
colo do útero e mamas, atenção as especificidades étnico-raciais, geracionais, 
regionais, de orientação sexual, com deficiências, do campo e da floresta e em 
situação de rua, fortalecimento à participação e mobilização social em defesa da 
PNAISM. 
- Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres: redes 
de atendimento às mulheres em situação de violência, Lei Maria da Penha e 
demais normas jurídicas nacionais e internacionais, prevenção de todas as 
formas de violência contra a mulher, atenção integral, qualificada e especifica à 
saúde de mulheres em situação de violência, enfrentamento ao tráfico e a 
exploração sexual de mulheres, jovens e meninas e atenção aquelas que 
exercem a atividade da prostituição, fortalecimento dos direitos humanos das 
mulheres encarceradas. 
 
Declaração do Milênio 
 
 O Brasil é um dos signatários da Declaração do Milênio – setembro/2000, 
entre os oito objetivos do milênio está o melhorar a saúde das gestantes. Os que 
contemplam as mulheres são os objetivos 05 (reduzir em até ¾ a mortalidade 
materna até 2015, 35 mortes por 100 mil nascimentos no Brasil) e 03. 
 
Objetivos 
Objetivo 01: acabar com a fome e a miséria. 
Objetivo 02: educação básica de qualidade para todos. 
Objetivo 03: igualdade entre sexos e valorização da mulher. 
Objetivo 04: reduzir à mortalidade infantil. 
Objetivo 05: melhorar a saúde das gestantes. 
Objetivo 06: combater a aids, a malária e outras doenças. 
Objetivo 07: qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. 
Objetivo 08: todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. 
OBS> A meta para redução de mortalidade em 2015 não foi atingida, sendo 
necessário rever os métodos e qualificar as práticas de cuidados com as 
mulheres. 
 
 Em 2004, foi lançado o “Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade 
Materna e Neonatal”. Esse pacto buscou a expansão e qualificação da atenção 
(PHPN), realizou a implementação da Lei do Acompanhante, realizou 
implementação dos leitos na UTI (materno e neonatal), houve organização da 
atenção ao abortamento nas maternidades capacitadas, introdução no SAMU 
nas urgências e emergências obstétricas e apoio à organização dos comitês de 
estudo e prevenção da mortalidade materna. 
 Em janeiro de 2006, foi firmado o “Pacto pela Saúde” pelas três esferas 
de gestão: União, Estados e Municípios e nas três dimensões: pela vida, em 
defesa do SUS e de gestão. É um conjunto de compromissos em torno de 
prioridades em saúde. As prioridades pactuadas foram: saúde do idoso, 
controle do câncer do colo de útero e de mama, redução da mortalidade 
infantil e materna, fortalecimento da capacidade de respostas às doenças 
emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, 
malária e influenza, promoção da saúde. 
 Em 2007, ocorre o PAC SAÚDE – MAIS SAÚDE, com o intuito de realizar 
promoção da saúde através da expansão nas ações de planejamento 
reprodutivo. Suas metas foi de ampliar a compra e distribuiçãode métodos 
contraceptivos e anticoncepção de emergência, garantindo a cobertura de mais 
de 10 milhões de mulheres em idade fértil, totalizando 21 milhões de mulheres 
atendidas pelo SUS, até 2011, ampliar a distribuição de contraceptivos através 
da expansão da rede do Programa Farmácia Popular do Brasil e o Programa 
Aqui Tem Farmácia Popular até 2011 e ampliar a quantidade de vasectomias 
(20%) e laqueaduras (10%) realizadas até 2011. 
 Posteriormente, surgiu a Política Nacional de Direitos Sexuais e 
Direitos Reprodutivos e a Política Nacional de Planejamento Reprodutivo, 
visa a ampliação de métodos (diafragma e injetável), ampliação da oferta de 
contraceptivos (farmácias/postos de saúde), ampliação de serviços 
credenciados para esterilização, sendo em 2002 (262 serviços) e em 2008 (838 
serviços), liberação do teto para pagamento da vasectomia. 
 Para diminuir a violência contra a mulher surgiu a Atenção à violência 
contra mulheres, os profissionais foram capacitados, reorganizando a rede de 
integração para a assistência dessa mulher, elaborou-se protocolos em conjunto, 
estabelecimento de referencias e contrarreferências, pactos da saúde, da gestão 
e vida, visando a sustentabilidade local. 
 
Objetivos de desenvolvimento sustentável 
 
 Os objetivos voltados a atenção à saúde da mulher está no objetivo 03 
(reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 
mil nascidos vivos até 2030 e acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos 
e crianças menores de cinco anos, reduzir a mortalidade neonatal para pelo 
menos até 12 por 1000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 
cinco anos para pelo menos até 25 por 1000 nascidos vivos até 2030) e 05. 
 
Objetivos 
Objetivo 01: erradicação da pobreza. 
Objetivo 02: fome zero. 
Objetivo 03: boa saúde e bem estar. 
Objetivo 04: educação de qualidade. 
Objetivo 05: igualdade de gênero. 
Objetivo 06: água limpa e saneamento. 
Objetivo 07: energia acessível e limpa. 
Objetivo 08: emprego digno e crescimento econômico. 
Objetivo 09: indústria, inovação e infraestrutura. 
Objetivo 10: redução das desigualdades. 
Objetivo 11: cidades e comunidades sustentáveis. 
Objetivo 12: consumo e produção responsáveis. 
Objetivo 13: combate às alterações climáticas. 
Objetivo 14: vida de baixo d’água. 
Objetivo 15: vida sobre a terra. 
Objetivo 16: paz, justiça e instituições fortes. 
Objetivo 17: parcerias em prol das metas. 
 
Brasil: assegurar a continuidade do cumprimento das metas dos objetivos de 
desenvolvimento do milênio n°3 e °5 (melhorar saúde materna) até 2030. 
 
Redes de atenção à saúde 
 
É a organização horizontal de serviços de saúde, com o centro de 
comunicação na atenção primária à saúde, que permite prestar uma assistência 
contínua a determinada população no tempo certo, lugar certo, custo certo e 
qualidade certa, que se responsabiliza pelos resultados sanitários e econômicos 
relativos a essa população. 
 É um conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de 
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde de atenção à saúde (Decreto 7508/2011) regulamenta a Lei 
n°8080. 
- Tipos de Redes: Rede de atenção às urgências; Rede de cuidados da pessoa 
com deficiência; Rede cegonha; Rede de saúde mental; Rede de atenção 
oncológica e doenças e condições crônicas. 
 
Rede Cegonha 
 
Buscou-se acesso e qualificação, estruturas adequadas, modelo de 
atenção e trabalho em rede. Existem portarias e decretos que regulamentam 
esta rede, sendo estas: 
- Portaria n°1459, 24/06/11, instituí no âmbito do sistema único de saúde – SUS 
– a Rede Cegonha. 
- Portaria n°2351, 5/10/11, altera a portaria n°1459/GM/MS. 
- Portaria n°650, 05/10/11, dispõe sobre os planos de ação regional e municipal 
da Rede Cegonha. 
 
Componentes: pré natal, parto e nascimento, puerpério e crianças até 02 anos, 
planejamento reprodutivo. 
 
Objetivos: Ampliar o acesso das mulheres e crianças ao usuários do SUS as 
ações e aos serviços de saúde, promover a saúde materna, neonatal e infantil, 
reduzir a mortalidade materna e neonatal evitável, instituir a linha de cuidado 
materno-infantil, implementar um novo modelo de atenção ao parto e ao 
nascimento com base em evidências científicas e nos princípios da 
humanização. 
Assegura as mulheres o direito do planejamento reprodutivo, à atenção 
humanizada à gravidez, parto, abortamento e puerpério. 
Assegura as crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e 
desenvolvimento saudáveis. 
 
Princípios: defesa dos direitos humanos, respeito a diversidade cultural, étnica, 
racial e as diferenças regionais e culturais, enfoque de gênero, direitos sexuais 
e reprodutivos de mulheres, homens jovens e adolescentes, participação em 
mobilização social. 
 
Diretrizes: garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e 
vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré natal, 
garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte 
seguro, garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e 
nascimento. Garantia da atenção a saúde das crianças de 0 a 24 meses com 
qualidade de resolutividade, garantia de acesso às ações do planejamento 
reprodutivo. 
 
Componentes: 
 
 
Pré-Natal 
 
 Acesso com vinculação e acolhimento. É realizada com enfermeiros e 
médicos. 
Qualificação da atenção pré-natal: compromisso com o aumento da autonomia 
e protagonismo da mulher, da sua autoconfiança, avaliação da vulnerabilidade e 
risco, práticas educativas, exames em tempo oportuno, capacitação das equipes 
– EAD, KIT equipes, promoção da vinculação ao local do parto. 
 
Cuidado a Criança 
 
 Promover aleitamento materno, garantir acompanhamento da criança na 
atenção básica, garantir atendimento especializado para casos de maior risco, 
busca ativa dos faltosos, sobretudo de maior risco, garantir acesso às vacinas 
disponíveis no SUS. 
 
 
 
Embriologia 
 
Fecundação (1° semana) 
 
União do gameta feminino (óvulo) e gameta masculino (espermatozoide) 
através da relação sexual. O gameta masculino vai percorrer a vagina, chegando 
ao colo do útero, entra dentro do corpo do útero, vai percorrer ao fundo do útero, 
vai até o terço proximal da trompa, as fímbrias captam o óvulo, o encontro 
acontece no terço proximal da trompa (gameta feminino e masculino). O gameta 
(óvulo) feminino tem 23 cromossomos e o gameta masculino (espermatozoide) 
tem 23 cromossomos. A fecundação é este encontro. 
 
Anfimixia (1°semana) 
 
É a fusão de uma célula na outra, torna-se ovozigoto. Quando o 
espermatozoide adentra dentro do óvulo, tornando-se uma única célula, é 
chamado de anfimixia, deixando de ser uma célula diploide, tornando-se, uma 
célula haploide com 46 cromossomos, havendo multiplicação celular. 
No primeiro momento que se funde forma-se os blastômeros. 
Inicialmente a dois blastômeros que se multiplicam com o tempo, de 02 células 
passa a ser 04 células, depois 08 células, neste momento é chamada de 
blástula, posteriormente passa a ser 16 células, 32 células, 64 células e 
sucessivamente. Entre 08 a 32 células, chama-se gástrula. A partir de 32 
blastômeros, torna-se mórula. 
Chega um momento que se multiplica tanto que começa a entrar liquido 
uterino dentro das células, separando-as em duas massas celulares, sendo 
chamado de blastocisto. Uma parte celular será chamada de embrioblasto 
dando origem ao embrião e a outra será chamada de trofoblasto dando origem 
a placenta/cordão umbilical/membranas. 
 
No final da 1° semana e início da 2° semana chega na cavidade uterina 
como blastocisto. 
O embrioblasto se multiplica em três folhetos embrionários, dando origem 
ao bebê. Os três folhetos são: mesoderma embrionário, ectoderma 
embrionário e o endoderma embrionário. Esses folhetos se desenvolvem e 
dão origem a estrutura corpóreado bebê, sistema geniturinário, sistema 
cardíaco, sistema respiratório, sistema vascular, sistema nervoso e afins. 
O trofoblasto da origem ao cordão umbilical, placenta e as membranas. 
Ele se multiplica em duas partes, sendo citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. 
Quando está no útero se fixa ao endométrio. O bebê se desenvolve semana 
após semana. 
 
Nidação (A partir da 2° semana) 
 
Fixação. O trofoblasto realiza a fixação na parede uterina (endométrio) e 
acontece o desenvolvimento do embrião, deixando de ser blastocisto, tornando-
se embrião. O embrião é o produto de concepção até a 7° semana e 06 dias. A 
partir de 8° semana em diante passa a ser feto. 
 
 
 
 
 
Terminologia Obstétrica 
 
É a nomenclatura utilizada na prática clínica obstétrica diária. Depende da 
idade gestacional para estabelecer conceitos que permitirá obter informações e 
padronização de condutas. 
 
Parturiente: Mulher em trabalho de parto. 
Puérpera: Mulher no pós parto. 
Nutriz: Mulher no puerpério (resguardo). 
Lactante: Mulher que amamenta, também pode ser chamada de nutriz. 
Lactente: Bebê que está amamentando. 
Ovo: produto de concepção após fecundação. 
Mórula: É a célula a partir de 32 blastômeros. 
Blastocisto: É a célula que chega na cavidade uterina para ocorrer a nidação. 
Embrião: concepto em fase de diferenciação celular orgânica da 2° semana à 
7° semana e 06 dias. 
Feto: 8° semana ao nascimento. 
Aborto: A expulsão do produto de concepção até 22 semanas ou 500g de peso. 
Viabilidade fetal: capacidade de sobrevida 34 semanas/26 semanas. 
 
Pré termo: A expulsão do produto de concepção de 22 semanas e 01 dias até 
36 semanas e 06 dias, é considerado um parto de feto prematuro. 
259 dias, < 37 semanas, bebê pré termo. 
 
termo: Uma gestação a partir de 37 semanas até 41 semanas e 06 dias. 
259 a 293 dias, = 37 semanas a 41 semanas e 6 dias (42 semanas incompletas) 
 
pós termo/prolongada: Uma gestação 42 semanas completas ou 294 dias. 
294 dias ou mais, > 42 semanas, bebê pós termo. 
 
 
Números Grávida/Engravidou Paridade/Partos Aborto 
0 Nuligesta Nulípara 
1 Primigesta Primípara 
2 Secundigesta Secundipara 
3 Tercigesta Tercipara 
4 Quadrigesta Quartípara 
MULTI Multigesta Multípara 
 
Registro 
G0 P0 A0: Mulher nuligesta, nulípara, sem história de aborto. 
G1 P0 A0: Mulher gestante primigesta, nulípara, sem história de aborto. 
G2 P1 A0: Mulher gestante secundigesta, primípara, sem história de aborto. 
G3 P2 A1: Mulher tercigesta, secundipara, com uma história de aborto. 
G5 P4 A0: Mulher gestante multigesta, quartipara, sem história de aborto. 
G9 P8 A0: Mulher gestante multigesta, multípara, sem história de aborto. 
 
OBS: Caso seja gêmeos e acorra apenas um parto natural, ela é primigesta 
(gemelar) e secundipara (um parto normal de um gemelar e um parto cesáreo 
do outro gemelar), sem história de aborto. 
 
 
 
 
Idade Gestacional 
 
1° data da última menstruação ou da história que traz para gente até a 
data do nascimento em semanas. Se tirar um bebê com 38 semanas, ele pode 
ser prematuro. É necessário a data de referência para realizar o cálculo. 
 
Meses: são usados para realizar a idade gestacional. 
Mês solar: 30 dias ou 31 dias. (9 meses) 
Mês lunar: 28 dias. É em semanas, profissionais da saúde usam essa 
contagem. (10 meses lunares) 
 
 MESES 
Janeiro 
31 dias 
Maio 
31 dias 
Setembro 
30 dias 
Fevereiro 
28 ou 29 dias 
Junho 
30 dias 
Outubro 
31 dias 
Março 
31 dias 
Julho 
31 dias 
Novembro 
30 dias 
Abril 
30 dias 
Agosto 
31 dias 
Dezembro 
31 dias 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
Idade Gestacional Desconhecida 
 
Quando é desconhecida deve solicitar ultrassom. Para a IG ser precisa, 
ela deve conter até 12 semanas de gestação, ou seja, no primeiro trimestre. Em 
toda primeira consulta irá pedir para realizar um ultrassom. 
Existem dois tipos de ultrassom que o enfermeiro tem autonomia de pedir 
no pré-natal: endo vaginal (até 12 semanas) e obstétrica (após 12 semanas). 
Serão realizadas três ultrassons em todo o desenvolvimento gestacional, 
sendo: 
- Primeiro ultrassom: no primeiro trimestre (até 12 semanas), pois dá maior 
margem de segurança no cálculo de IG. 
- Segunda ultrassom: no segundo trimestre (a partir de 24 semanas), pois 
avalia o desenvolvimento do feto. 
- Terceiro ultrassom: no terceiro trimestre (a partir de 34 semanas) para definir 
a via de parto. 
Quando a mulher não sabe a data da ultima menstruação e só lembra 
apenas o ultimo mês, dai pedimos para tentar fazer uma associação para tentar 
a época do mês que estava menstruada, podendo dar um parâmetro. Há 
margem de erro pois se tem dúvida da data. 
 
- Início do Mês: consideramos como dia 05. 
- Meio do mês: consideramos como dia 15. 
- Fim do mês: consideramos como dia 25. 
 
 O ministério também orienta achar de outra forma a data, através da 
ultrassonografia (USG), a gente solicita o tipo dependendo das semanas 
gestacional. Se você apalpa o útero acima da sínfise púbica, sabe-se que a 
mulher tem mais de 12 semanas. A mulher deve voltar com a ultrassom no 
próximo mês. 
 
EXEMPLO: 
 
 Quando a mulher apresenta um abdômen mais avantajado na primeira 
consulta e não sabe a data da última menstruação e não há condições de realizar 
a ultrassom, realiza-se o exame físico, vai na borda superior da sínfise púbica e 
mede para cima em rumo a cicatriz umbilical, isso irá medir a altura do fundo 
uterino (AFU). 
- Regra de McDonald: Multiplica-se a altura do fundo do útero (em cm) por 8 e 
posteriormente divide por 7. 
 
EXEMPLO: 
 
Até 06 semanas não ocorre alteração no tamanho do útero. Com 08 
semanas, o útero passa a corresponder o dobro do tamanho normal. Com 10 
semanas, o útero passa a corresponder o triplo do tamanho normal. Com 12 
semanas, o útero enche a pelve de modo que é palpável na borda superior as 
sínfises púbicas. Com 16 semanas, o fundo do útero encontra-se entre a sínfise 
púbica e a cicatriz umbilical. Com 20 semanas já se apalpa o útero na cicatriz 
umbilical. 
A partir de 20 semanas existe uma relação direta entre a medida do AFU 
e a idade gestacional. Sendo esta: 
21 AFU – 21 semanas 
22 AFU – 22 semanas 
23 AFU – 23 semanas 
24 AFU – 24 semanas 
25 AFU – 25 semanas 
26 AFU – 26 semanas 
27 AFU – 27 semanas 
28 AFU – 28 semanas 
29 AFU – 29 semanas 
30 AFU – 30 semanas 
 A partir de 30 semanas essa relação passa a não ser mais fiel. 
Quando não for possível determinar a idade gestacional, solicitar ultrassom 
obstétrica. 
 
Data Provável do Parto 
 
Para calcular a data provável do parto (DPP) é necessário que o ciclo 
menstrual seja regular, com uma frequência de 28 a 30 dias ao mês. Em casos 
de ciclos irregulares, o ultrassom poderá indicar a data provável. 
Há em média 40 semanas de gestação, portanto, pode haver margem de 
erro de duas semanas a mais ou duas semanas a menos na data do parto. 
Realiza-se o cálculo a partir da data da última menstruação (DUM). A 
partir desta data, soma-se 7 dias por causa da ovulação, pois demora esse 
tempo para se alojar no útero. 
 
Meses: são usados na DPP. 
- Os meses Janeiro, Fevereiro, Março soma-se mais nove (+9) para os 
cálculos. 
- Os meses Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, 
Novembro, Dezembro subtraí por três (-3) para os cálculos no mês e aumenta 
mais (+1) no ano. 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
 
Solicitação BETA-HCG 
 
Quando a mulher relata alterações em seu corpo, menstruação atrasada 
com mais de 15 dias, mamas inchadas, enjoos e vômitos, realizamos uma 
requisição de exame. 
 
 Nesta requisição estará o nome do paciente, data de nascimento, sexo, 
dados clínicos (suspeita de gravidez), exame solicitado: BETA HCG, conhecido 
como gonadotrofina coriônica humana (hormônio produzido no início da 
gestação no ovário, no corpo lúteo), depois coloca a data da consulta e assina. 
 Quandoa mulher chega com o resultado do exame, iremos interpretá-lo, 
do ponto de vista prático, níveis menores que 5 unidades/ml, são considerados 
negativos e níveis maiores de 25 unidades/ml, são considerados positivos. 
Níveis entre 5 unidades/ml e 25 unidades/ml são considerados falsos-positivos. 
 
 
Maiores queixas: menstruação atrasada mais de 15 dias, fadiga, mastalgia, 
aumento da frequência urinária, enjoos/vômitos matinais. 
 
 
Semiologia Obstétrica 
 
 A duração da gravidez é variável e dura aproximadamente 267 dias ou 38 
semanas. Para considerar essa gestação de termo vai de 37 semanas a 43 
semanas e 06 dias. 
Durante esse todo o período da gestação, desde a primeira semana até o 
final da gestação de termo temos modificações fisiológicas e adaptação do 
aparelho reprodutor (infecção urinária, maior frequência de micção) e outros 
sistemas, além de adaptações psicoemocionais (gravidez desejada, relação 
estável, violência, abuso sexual, contexto da gravidez). Deve haver uma escuta 
ativa qualificada no pré natal. 
 
Diagnóstico de gravidez 
 
- Sinais de presunção de gravidez: Amenorreia, náuseas e vômitos, polaciúria, 
tubérculos de Montgomery, Congestão mamária, aréola secundária (Sinal 
Hunter), Rede Haller. 
Atraso menstrual; Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, 
salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária é 
polaciúria, e sonolência); Modificações anatômicas (aumento do volume das 
mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery são 
glândulas sebáceas, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, 
cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal); Rede de Haller (veias 
mais visíveis); Sinal Hunter (aréola secundária por causa do aumento do 
hormônio melanotrófico). 
 
- Sinais de probabilidade: Alteração da consistência uterina: elástica, 
amolecido (ístimo- sinal de Hegar); Alteração da forma: globoso; Mucosa vaginal 
fina e arroxeada – 8° a 10°semanas (Chadwick) e da cérvice (Jacquemier) – 
congestão venosa. 
Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume; 
Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se 
observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais); Positividade 
da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a 
fertilização. 
 
- Sinais de certeza: Presença BCF (aparelho sonar), movimentação fetal 
intensa 28 a 32 semanas, diagnóstico hormonal: produção de HCG. 
Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo 
sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; Percepção 
dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas); Ultrassonografia: o saco 
gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas 
gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 
semanas gestacionais. 
 
 
 
Acompanhamento do pré-natal e assistência à gestante e 
puérpera 
Atividades: 
 
Realizar a primeira consulta de pré-natal até o 4° mês de gestação (até 
16 semanas), o ideal é começar no primeiro trimestre, ou seja, 12 semanas. 
Realizar um mínimo de sete consultas (região centro oeste) de 
acompanhamento durante a gestação, preferencialmente, uma no primeiro 
trimestre de gestação, três no segundo e três no terceiro. Pelo Ministério da 
Saúde é preconizado seis consultas, uma no primeiro trimestre, duas no 
segundo e três no terceiro. Realizar uma consulta no puerpério, até 42 dias após 
o nascimento para identificar se há complicações. 
É importante que a gestante realize exame odontológico. 
 
Calendário de Consultas 
 
Nome, dados, identificação. É importante que a paciente saiba qual 
maternidade irá ganhar o bebê pois será a mesma unidade para emergência, é 
importante falar na primeira consulta de pré natal. 
As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou 
durante visitas domiciliares. O calendário de atendimento durante o pré-natal 
deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam 
maior risco materno e perinatal. Busca-se os riscos. 
O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e 
deve ser regular, garantindo-se que todas as avaliações propostas sejam 
realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam 
preenchidos. 
O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com 
acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, 
as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: 
Até 28ª semana – Consultas mensalmente; 
Da 28ª até a 36ª semana – Consultas quinzenalmente; 
Da 36ª até a 41ª semana – Consultas semanalmente. 
 
EXEMPLO: Uma paciente teve 1° consulta com 08 semanas e terá consultas até 
a 40° semana de gestação. Quantas consultas ela irá ter? 
1°consulta – 8 semanas 
2° consulta – 12 semanas 
3° consulta – 16 semanas 
4° consulta – 20 semanas 
5° consulta – 24 semanas 
6° consulta – 28 semanas 
7° consulta – 30 semanas 
8° consulta – 32 semanas 
9° consulta – 34 semanas 
10° consulta – 36 semanas 
11° consulta – 37 semanas 
12° consulta – 38 semanas 
13° consulta – 39 semanas 
14° consulta – 40 semanas 
Resposta: Ela terá 14 consultas até 40° semana. 
 
A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco 
perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, 
como trabalho de parto prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe 
prematura e óbito fetal. Não existe “alta” do pré-natal antes do parto. Quando o 
parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para 
avaliação do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico 
e monitoramento cardíaco fetal. 
Estudos clínicos randomizados demonstram que a conduta de induzir o 
trabalho de parto em todas as gestantes com 41 semanas de gravidez é 
preferível à avaliação seriada do bem-estar fetal, pois se observou menor risco 
de morte neonatal e perinatal e menor chance de cesariana no grupo submetido 
à indução do parto com 41 semanas. 
O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser 
iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de 
puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada. 
 Quando começa a atender as mulheres, realiza o registro do atendimento 
no sistema, colocando o seu nome, o número do Sis, qual é a consulta do pré 
natal, se é a primeira, segunda, terceira ou quarta. Se for a primeira consulta, 
deve solicitar todos os exames. Vacinações, se é considerada imune. A consulta 
puerperal, o trabalho de parto. 
 
1° consulta de pré natal 
 
Realiza a anamnese que ficará registrada no cartão para todas as outras 
consultas. 
Roteiro da primeira consulta: Na caderneta da gestante irá registrar N° Sis pré 
natal, nome da gestante, como ela gosta de ser chamada, os seus dados 
pessoais, a unidade de saúde do pré natal e para o parto. Na idade iremos 
registrar em anos atual nessa gestação. Se ela menor que 15 anos e idade 
superior a 35 anos, é considerado acompanhamento de risco, requerendo alerta 
para uma abordagem especial. Estado civil se for solteira é sinal de risco pela 
estabilidade financeira. Os fatores de risco devem ser identificados e 
destacados. 
 
 
Há um gráfico de acompanhamento nutricional, devendo pesar e medir a 
altura da gestante, realizando seu IMC, durante todas as consultas devem 
preencher o gráfico. Caso necessário, em baixo peso ou sobrepeso, encaminhar 
para nutricionista. 
 
 
Deve identificar a altura de fundo uterino, a cada consulta irá verificar se 
está andando dentro da curva na idade gestacional entre o percentil 10 e o 
percentil 90, se tiver abaixo, há um crescimento fetal restrito, se estiver acima é 
um crescimento fetal que precisa de uma atenção. 
 
Dados socioeconômicose culturais 
Grau de instrução (risco se for analfabeta), profissão/ocupação, cor (é a 
cor que se considera), situação conjugal, número e idade de dependentes, renda 
familiar, pessoas da família que participam da força de trabalho, condições de 
moradia, condições de saneamento, distância da residência até a unidade de 
saúde. 
Antecedentes familiares 
Gemelar, diabetes, HAS, outros como má formação, chagas, Hanseníase, 
Tuberculose ou outros contatos domiciliares, parceiro sexual portador de 
infecção pelo HIV, câncer de mama e/ou colo uterino. 
Antecedentes pessoais gerais 
História de infecção urinária, fertilidade, cardiopatia, diabetes, HAS, 
chagas, doenças renais crônicas, anemias, desvio nutricional, se já tem história 
de sobrepeso ou desnutrição, viroses, hanseníase, entra como outros. Se tem 
HIV tem cuidados específicos a partir da 14° semana. História de transfusão de 
sangue, doenças neoplásicas, situação vacinal, uso de medicamentos 
específicos, se tem alergia de algum medicamento, se faz uso de drogas ilícitas, 
tabagismo ou álcool, caso utiliza, pode haver crescimento fetal restrito. 
Antecedentes obstétricos 
Ciclos menstruais regulares ou irregulares. Idade da menarca. Uso de 
métodos preventivos, se parou. Doença sexualmente transmissível, cirurgias 
ginecológicas, más formações uterinas, ultimo citopatólogico, se mais de um 
ano, solicita Papanicolau, podendo pedir até a 32° semana de gestação. 
Número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola 
hidatiforme); Número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais 
espontâneos, por fórceps, cesáreas – indicações); Número de abortamentos 
(espontâneos, provocados, causados por DST, complicados por infecções, 
relato de insuficiência istmo-cervical, história de curetagem pós-abortamento); 
Número de filhos vivos; Idade na primeira gestação; Intervalo entre as gestações 
(em meses); Isoimunização Rh; Número de recém-nascidos: pré-termo (antes 
da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de 
gestação); Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com 
mais de 4.000g; Número de recém-nascidos prematuros ou pequenos para a 
idade gestacional; Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e 
motivo dos óbitos); Mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida 
(número e motivo dos óbitos); Natimortos (morte fetal intraútero e idade 
gestacional em que ocorreu); Recém-nascidos com icterícia, transfusão, 
hipoglicemia, ex-sanguíneo-transfusões; Intercorrências ou complicações em 
gestações anteriores (deve-se especificá-las); Complicações nos puerpérios 
(deve-se descrevê-las); Histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo 
do desmame). 
Caso o primeiro parto seja cesárea, pode tentar parto normal na segunda 
gestação. Caso tenha feito dois partos cesáreas, não é recomendado fazer parto 
normal, pois pode comprometer o padrão de contratilidade uretral. 
 Menor que 02 anos de uma gestação para outra – intervalo interpartal 
precoce. 
 Intervalo entre 02 a 05 anos – intervalo interpartal ideal 
 Maior que 05 anos – intervalo interpartal tardio 
 
Mortalidade precoce são os RN morrem até o 7° dia de vida 
Mortalidade tardia são os RN que morrem após uma semana até 28° dia de 
vida 
Natimorto morte fetal intrauterina, nasceu morto. 
Icterícia aumento da bilirrubina no bebê, precisa realizar fototerapia. 
 
Sexualidade 
Início da idade gestacional, primeira relação sexual (sexarca), com 
quantos anos. Como é a libido, dor ou desconforto na relação sexual 
(dispareunia), quantos parceiros até a data atual. Se estava tendo relações 
sexuais com uso de preservativo ou não é seu uso habitual, tanto masculino 
quanto feminino, se utilizam de forma alternada. 
 
Gravidez Atual 
 Peso anterior dela, estatura, data da última menstruação, calcula a data 
provável do parto. Se houver duvidas da data da ultima menstruação, deve-se 
marcar a opção de sim. Realiza AFU ou a orientação das datas 05 se começo 
de mês, 15 se meio do mês, 25 se final do mês. Hábitos alimentares, 
medicamentos tomados durante a gestação, ocupação habitual, aceitação da 
gravidez, estresse. 
 
 Cada consulta de pré natal é registrada, coloca a idade gestacional, 
calcula o IMC, avalia PA, mede-se a AFU, verifica os batimentos cardíacos fetais, 
se o bebê está movimento e assinatura do profissional a cada consulta. 
 
Exame Físico 
 
- Inspeção Obstétrica: Pele e mucosas, sinais vitais, ausculta cardiopulmonar, 
palpação da tireoide, exame do abdome, exame dos membros inferiores 
(edemas), determinação do peso, da altura, cálculo do IMC, estado nutricional. 
Tórax: Rede de Haller, aréola secundária (sinal Hunter), Tubérculos de 
Montgomery, nódulos e colostro 2° mês. 
Abdome: estrias ou víbices, linha Nigra é denominada da sínfise púbica até a 
cicatriz umbilical (hormônio melanotrófico), linha Alba é denominada da cicatriz 
umbilical para cima, 28° forma ovoide. 
 
- Mensuração Obstétrica 
 
- DU 
 
- Palpação Obstétrica 
 
- Ausculta Obstétrica: aparelho sonar/detector fetal usa-se a partir da 10° a 12° 
semana de gestação, os batimentos normais do feto são 120bpm a 160bpm, os 
estetoscópios de binar (funil) usa-se a partir das 20 semanas de gestação. 
- Exame ginecológico: inspeção dos genitais externos, exame especular, coleta 
do material para exame colpocitopatológico, toque vaginal. 
 
Exames Laboratoriais 
 
1° consulta do pré natal ou 1° trimestre: 
 
Hemograma: avaliação do hematócrito e hemoglobina, avalia as hemácias e 
sua função é avaliar se a mulher tem anemia, podendo ter comprometimento na 
formação do bebê e na gestação. No pré natal, realiza a complementação de 
ferro e complementação ácido fólico para todas as mulheres. 
Tipagem sanguínea: saber o tipo de sangue (A, B, AB, O) e fator Rh: se é 
positivo ou negativo, se for negativo, a risco de desenvolver uma doença 
hemolítica especifica da gestação, pois as hemácias vão entrar em hemólise. 
Coombs indireto apenas se for Rh negativo, sendo solicitado também no 2° 
trimestre 
Glicemia de Jejum: Solicitada para todas gestantes, em todos os trimestres (1°, 
2° e 3°), há risco de diabetes gestacional. 
Teste rápido de triagem para Sífilis e/ou VDRL/RPR, Teste rápido 
diagnóstico anti-HIV, anti-HIV, Toxoplasmose IgM e IgG, Sorologia para 
Hepatite B (HbsAg): 
São 05 sorologias usadas na rotina do Ministério da Saúde, sendo elas: 
Sífilis, HIV, Toxoplasmose, Hepatite B e Rubéola. 
 Na região Centro Oeste a rotina dos exames sorológicos no pré natal é 
feita através do teste da mamãe, ele contém primeira amostra e segunda 
amostra. Fura-se o dedo ou pulsiona uma veia, colocando o sangue dentro dos 
círculos. 
 O teste da mamãe primeira amostra deve ser solicitado a partir da 8° 
semana de gestação, contém 12 sorologias, sendo estas: HIV/aids tipo 1 e 2, 
Toxoplasmose, Hepatites B e C, HTLV – 1 e 2, Sífilis (VDRL), Chagas, Rubéola, 
Citomegalovírus, Fenilcetonúria materna. 
 
 O teste da mamãe segunda amostra é solicitado a partir da 28° semana, 
é feita sorologia para HIV/aids e para Sífilis. 
 
 
Urocultura + urina tipo I/EAS 
Ultrassonografia endovaginal (1°trimestre) posteriormente é 
ultrassonografia obstétrica 
Citopatólogico do colo de útero: se necessário, a paciente deve apresentar 
alguma clínica, deve ser realizada até no máximo a 32° semana. 
exame da secreção vaginal se houver indicação clínica, avalia Ph. 
parasitológico de fezes se houver indicação clínica, para verificar se tem 
verminose. 
 
2° trimestre: 
 
Teste de tolerância para glicose (TTG): com 75g, se a glicemia estiver acima 
de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente 
entre a 24ª e a 28ª semana) 
Coombs indireto se for Rh negativo 
 
 
3° trimestre: 
 
Hemograma Glicemia em jejum Coombs indireto (se for Rh negativo) VDRL 
Anti-HIV Sorologia para hepatiteB (HbsAg) Repita o exame de toxoplasmose 
se o IgG não for reagente Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) 
Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação). 
 
 
Suplementação Alimentar 
 
A paciente utiliza sulfato ferroso 1h antes da alimentação uma vez por 
dia, mantendo-a três meses após o parto. Se tiver aborto, também deve utilizar 
o sulfato ferroso. O ácido fólico ele tem participação ativa na formação do tubo 
neural, até 12° semana de gestação ele já está formado. O certo é começar essa 
suplementação até 12° semana. 
 
Situação Vacinal 
 
Vacina antitetânica: 03 doses com intervalo de 30 a 60 dias. Realizando um 
reforço a cada 10 anos. 
 Consideramos a gestante Imunizada se ela apresenta 03 doses e uma 
dose de reforço com um intervalo menor de 05 anos. Se ela tiver tomado a de 
reforço a mais de 05 anos, terá que realizar uma dose de reforço. 
Se a mulher ficar gravida novamente em menos de 05 anos do reforço, 
não é necessário tomá-la novamente. 
 
Vacina DTpa: É necessária tomá-la em todas as gestações. A partir da 20° 
semana de gestação, preferencialmente na 27° semana. DTpa pode completar 
o esquema da vacina antitetânica. 
 
Vacina Hepatite: avaliar o cartão de vacinas, se ela tem tomou as 3 doses, é 
necessário realizar um Anti-HBs para verificar se gerou imunidade. Caso não 
apresente resposta, orientamos a ter mais uma dose, caso continue dando não 
reagente, para de aplicar as doses pois a contra indicações. Se tiver 02 doses, 
ela tomará a 3° durante a gestação. 
 
Vacina Influenza: em toda em campanha.

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