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Tatiana Chrysostomo Santos 
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1 Filos Annelida, Pogonophora, Onycophora e Tardigrada 
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Bem-vindo à Unidade 1. Nesta Unidade estudaremos interessantes Filos 
animais que apresentam relações de parentesco entre si e com os artrópodos (o 
maior Filo do Reino Animal). Você perceberá claramente o aumento da 
complexidade estrutural nestes grupos e a evolução da segmentação corporal, que 
será fundamental para estudar os artrópodos na Unidade 2. 
 
Objetivo da Unidade: 
Conhecer e caracterizar os Filos Annelida, Pogonophora, Onycophora e 
Tardigrada. 
 
Plano da Unidade: 
 Filo Annelida 
 Classificação dos Annelida 
 Filo Pogonophora ou Polychaeta Siboglinidae 
 Filo Onycophora 
 Filo Tardigrada 
Bons Estudos! 
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Filo Annelida 
 
Os Anelídeos (Annelida) representam o primeiro Filo do Reino animal cujos 
organismos são celomados e apresentam o corpo verdadeiramente segmentado 
(metamérico). Devido a esta segmentação existe uma teoria, denominada Teoria 
dos Articulata (CUVIER, 1817) que coloca o surgimento da metamerização ou 
segmentação como um evento único em animais protostomados e estabelece 
proximidade entre os Filos Annelida, Arthropoda e Mollusca. Porém, em 1997, 
Aguinaldo e colaboradores elaboraram uma hipótese alternativa, muito bem aceita 
atualmente, baseada em análises moleculares, extraídas de sequências de dados 
de DNAr 18S (um tipo de DNA mitocondrial), formando um grupo que inclui os 
animais que realizam muda, mas não os Annelida e os Mollusca: os 
ECDYSOZOA. Esta hipótese é baseada na comparação de dados moleculares, 
embriológicos e morfológicos, mas não questiona o forte argumento, aceito pelos 
zoólogos, de que os anelídeos e os artrópodos tiveram um ancestral comum, 
pois compartilham muitas características morfológicas e genéticas (um “cérebro” 
com corpos anteriores em forma de cogumelo, gânglios nervosos segmentares, um 
coração tubular dorsal e a expressão do gene engrailed). O gene engrailed, 
existente nos anelídeos e artrópodos, de uma forma geral, é responsável pelo 
surgimento da segmentação durante o desenvolvimento destes organismos. 
O Filo Annelida (annulatus = anelado) compreende cerca de 17.000 espécies 
de animais conhecidos como minhocas, sanguessugas e poliquetas (vermes 
marinhos segmentados). São animais que já possuem um celoma verdadeiro 
(cavidade onde se alojam os órgãos), são triploblásticos (apresentam os três 
tecidos ou folhetos durante o desenvolvimento embrionário ectoderma, 
mesoderma e endoderma) e apresentam corpo segmentado, na qual a maioria das 
partes externas e internas é repetida a cada segmento: homologia seriada ou 
metameria. Cada segmento do corpo pode ser denominado metâmero. 
Os anelídeos são animais bilateralmente simétricos que possuem um tubo 
digestivo completo, sistema circulatório fechado com pigmentos respiratórios 
(hemoglobina e hemoeritrina), sistema nervoso ganglionar bem desenvolvido. 
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A segmentação corporal nos anelídeos é refletida internamente, ou seja, cada 
segmento do corpo contém uma parte dos sistemas circulatório, nervoso e 
excretor. 
Os anelídeos podem locomover-se rastejando, ondulando o corpo ou através 
da movimentação de músculos longitudinais e transversais, através da 
movimentação do fluido celomático (esqueleto hidrostático), através da 
movimentação de cerdas corporais ou através da movimentação de estruturas 
denominadas parapódios com cerdas (quando presentes). As sanguessugas são 
representantes que se movimentam através das ventosas corporais (anterior e 
posterior) como se fossem um “mede palmos”. 
Os anelídeos exibem hábitos alimentares muito diversificados alguns se 
alimentam de matéria orgânica em suspensão (poliquetas marinhos), outros são 
predadores (poliquetas marinhos que vivem enterrados), outros ingerem o 
substrato no qual vivem e digerem o material orgânico nele contido (minhocas 
terrestres) e outros são hematófagos (sanguessugas). 
A respiração na maioria dos anelídeos terrestres (minhocas) e aquáticos 
(sanguessugas e poliquetas) é realizada através da pele por difusão (respiração 
cutânea), ou seja, as trocas gasosas ocorrem diretamente com o meio ambiente 
(água ou ar). Em muitos poliquetas marinhos já existem brânquias para retirar o 
oxigênio dissolvido na água. 
De uma forma geral, os anelídeos realizam excreção e regulação de água 
corporal (osmorregulação) através de protonefrídios (mixonéfrons) dispostos em 
pares em cada segmento corporal. O protonefrídios retiram os excretas, amônia 
(para os aquáticos) e ureia (para os terrestres), resultantes do metabolismo 
orgânico e eliminam para fora do organismo. Nas minhocas terrestres existem 
células cloragógenas, onde ocorre a formação de resíduos nitrogenados, 
entretanto, não se sabe como estes resíduos são eliminados para fora do 
organismo. 
O sistema nervoso dos anelídeos é ganglionar, formado por um gânglio 
cerebral dorsal (cérebro anterior), de onde partem dois ramos nervosos que 
circundam o intestino (conectivos circum-entéricos) e um ou mais cordões 
nervosos longitudinais que percorrem todo o corpo, com um par de gânglios em 
cada segmento conectados por comissuras transversais. 
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Um aspecto importante dentre os Annelida é a capacidade de regeneração: a 
maioria é capaz de regenerar os segmentos corporais posteriores, se o corpo for 
seccionado. Minhocas de água doce podem se reproduzir assexuadamente através 
de fissão transversal (dividindo seu corpo ao meio). 
A reprodução nos anelídeos é muito variada, os poliquetas são dioicos (têm 
sexos separados), mas alguns são hermafroditas. As minhocas terrestres são 
hermafroditas, porém realizam fecundação cruzada e liberam seus ovos no solo no 
interior de um casulo. A reprodução e produção do casulo ocorrem em uma região 
diferenciada do corpo, denominada clitelo, onde ficam alojados os órgãos 
reprodutores e aberturas sexuais masculinas e femininas. 
Classificação dos Annelida 
Classe Polychaeta: anelídeos geralmente marinhos, errantes, cavadores, 
tubícolas, intersticiais, planctônicos ou abissais. Apresentam numerosas cerdas nos 
segmentos corporais (poli = muitas e chaeta = cerdas) e são portadores de 
estruturas locomotoras denominadas parapódios (com cerdas). São representados 
por minhocas do mar (poliquetas). 
 
Anelídeo da Classe Polychaeta. Observe a cabeça e o corpo anelado. Note que em cada 
segmento há um par de parapódios com pequenas cerdas na extremidade. 
(http://bionarede.crbio04.gov.br/2008/11/artigo-poliquetos.html) 
 
 Classe Clitellata: não apresentam parapódios e as cerdas são muito escassas 
ou reduzidas. São hermafroditas, como uma região corporal modificada 
destinada à reprodução (o clitelo). São encontrados em ambientes marinhos, 
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terrestres e de água doce. Os principais representantes são as minhocas 
terrestres e de água doce (Subclasse Oligochaeta: com poucas cerdas) e as 
sanguessugas (Subclasse Hirudinoidea). 
 
Minhoca terrestre (Classe Clitelata; Subclasse Oligochaeta). A região diferenciada do corpo é o 
clitelo e destina-se a reprodução; esta estrutura está localizada próxima à cabeça. Note o corpo 
anelado, característico do Filo Annelida. 
(http://commons.wikimedia.org/wiki/Annelida#mediaviewer/File:Regenwurm1.jpg) 
 
Sanguessuga (Classe Oligochaeta; Subclasse Hirudinoidea). São geralmente ectoparasitas 
hematófagas; apresentam ventralmente uma ventosa de fixação e uma ventora oral para sugar o 
sangue do animal parasitado. Estes animais são encontrados em lagoas, baixadas de rios ou áreas 
encharcadas. (http://commons.wikimedia.org/wiki/Annelida#mediaviewer/File:Leech_blutegel.jpg). 
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Filo Pogonophora ou Polychaeta Siboglinidae 
Em 1900 um conjunto de tubos estranhos foi dragado de águas profundasda 
Indonésia. Estes tubos foram identificados como animais e incluídos (com dúvida) 
no Filo Annelida, pois não apresentavam corpo segmentado e, também, não 
tinham boca, intestino e ânus. Esta foi a primeira descoberta dos pogonóforos, um 
provável filo de animais que vivem em grandes profundidades marinhas. 
Atualmente, já são conhecidas cerca de 80 espécies de pogonóforos. Uma das 
descobertas zoológicas mais espetaculares dos últimos anos foram pogonóforos 
gigantes, de 1,5m de comprimento, em águas quentes, ricas em enxofre em torno 
de chaminés hidrotermais no oceano Pacífico, a 2.600 m de profundidade. 
 
Pogonóforos ou poliquetas da família Siboglinidae. Anelídeos que vivem em em grandes 
profundidades marinhas, geralmente sobre chaminés hidrotermais 
.(http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Riftia_tube_worms_Galapagos_2011.jpg) 
 
O nome Pogonophora vem do grego e significa portadores de barba (pogono 
= barba e phora = portador) e deve-se ao fato destes animais apresentarem muitos 
tentáculos na região anterior do corpo. A anatomia dos pogonóforos é, ainda, 
pouco conhecida, porém, suas larvas se parecem muito com as larvas de anelídeos: 
por isso estes animais muitas vezes são incluídos dentre os anelídeos ou são 
considerados parentes próximos. 
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Como os pogonóforos podem se alimentar sem boca ou intestino? Alguns 
absorvem nutrientes diretamente da água com os tentáculos, entretanto, a maior 
parte dos nutrientes dos pogonóforos é fornecida por bactérias simbióticas, que 
vivem no interior do verme, em um órgão conhecido como trofossoma, o qual se 
desenvolve a partir de um intestino embrionário. Dentro do trofossoma, estas 
bactérias oxidam compostos que contêm enxofre, tais como sulfureto de 
hidrogênio. 
Pelo fato destes animais serem recentes para a ciência sua reprodução, 
fisiologia e morfologia ainda são pouco conhecidas, o que dificulta a sua 
classificação dentro de um grupo zoológico, existindo, portanto, divergências 
quanto a sua inclusão no Filo Pogonophora ou no Filo Annelida. 
 
Filo Onycophora 
Onicóforos são vermes aveludados de aparência delicada que vivem em meio 
ao folhiço ou serapilheira de florestas tropicais, ocupando nichos semelhantes aos 
das lacraias. São carnívoros e apresentam hábitos noturnos e são mais facilmente 
avistados em períodos de chuva. Alimentam-se de tatuzinhos de jardim (isópodes), 
cupins e pequenos moluscos. Apresentam, na cabeça, glândulas adesivas (papilas 
orais) especializadas que secretam um líquido branco pegajoso que lançam sobre 
sua presa aprisionando-a. Esta substância pegajosa também é utilizada como uma 
defesa contra aqueles que consideram o onicóforo como presa. 
Os onicóforos têm sexos separados e realizam fertilização interna ou externa 
dependendo da espécie. Estes animais geralmente exibem dimorfismo sexual. Isto 
é, os machos e fêmeas não são do mesmo tamanho: as fêmeas são maiores que os 
machos. Apenas uma espécie é partenogenética. 
Como os anelídeos e os artrópodos, os onicóforos são animais segmentados e 
apresentam características intermediárias entre os dois grupos, o que leva a 
maioria dos zoólogos a considera-los fósseis vivos ou elos perdidos entre estes 
filos. 
Os onicóforos apresentam o corpo revestido por uma fina cutícula quitinosa 
que sofre mudas, assim como os artrópodos. A cabeça apresenta três apêndices 
pares: um par de antenas aneladas, um par de papilas orais e um par de 
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mandíbulas. Neste Filo já aparecem olhos na base das antenas e cerca de 13 a 43 
pares de pernas locomotoras que têm a forma de um lobo simples (lobópodes). 
Os sistemas digestivo, nervoso, circulatório e excretor são muito semelhantes 
àqueles dos anelídeos e mais desenvolvidos como será observado nos artrópodos. 
 
Onicóforo. Observe a delicada segmentação externa, o corpo aveludado, os lobópodes e as 
antenas segmentadas. Estes vermes. Geralmente são coloridos. 
(http://en.wikipedia.org/wiki/Onychophora#mediaviewer/File:Onycophora_(515525252).jpg) 
 
Filo Tardigrada 
Os Tardígrados são animais muito pequenos com tamanhos variando entre 
0,05 a 1,5 mm, evolutivamente próximos aos artrópodos (insetos, crustáceos, 
aracnídeos). São popularmente conhecidos como ursinhos d’água, por seu aspecto 
similar a pequenos ursos e pelo fato de viverem em ambientes aquáticos ou 
lugares muito úmidos. Os tardígrados movimentam-se lentamente, o que gerou o 
seu significado (tardus = lento e gradus = passo). 
Conhecem-se cerca de 1000 espécies, desde formas Os animais que 
constituem este Filo são encontrados em ambiente aquáticos marinhos, de água 
doce, sobre musgos, serapilheira e outros ambientes úmidos. Estão distribuídos no 
mundo inteiro, sendo encontrados desde as florestas tropicais até em regiões 
polares, até nas mais elevadas altitudes; as espécies marinhas são encontradas em 
todos os oceanos, estuários, em sedimentos, rochas e algas. 
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O corpo dos Tardígrados é robusto formado por cinco segmentos, o primeiro 
corresponde à cabeça, a qual é seguida do tronco com quatro segmentos, cada um 
portando par de pés não articulados, denominados lobópodes (como nos 
Onycophora). Os lobópodes apresentam em sua extremidade dedos, discos 
adesivos ou garras. Existe uma cutícula revestindo o corpo, a qual pode ser dividida 
em placas ou compacta; esta cutícula é periodicamente substituída, através de 
mudas ou ecdises como nos artrópodes, portanto, este Filo também está incluído 
dentre os ECDYSOZOA. 
Durante o crescimento dos tardígrados não há multiplicação do número de 
células, mas aumento do volume e tamanho das células, esta condição é 
denominada EUTELIA. 
O sistema digestório dos tardígrados é completo, com um aparelho bucal 
sugador bastante complexo. Alimentam-se de bactérias, protozoários, microalgas e 
pequenos vermes, existindo apenas uma espécie parasita de pepino do mar. 
O sistema nervoso é ganglionar e existem órgãos fotorreceptores. Os 
tardígrados não apresentam sistema circulatório e nem respiratório: a hemocele 
(cavidade celomática) é preenchida células especiais, os glóbulos cavitares, 
responsáveis por realizar funções respiratórias, circulatórias e excretoras. O sistema 
reprodutor é constituído por uma única gônada localizada dorsalmente. 
Quanto ao aspecto reprodutivo, os tardígrados podem ser dioicos, 
hermafroditas ou partenogenéticos. Neste grupo a partenogênese denomina-se 
telitoquia, onde fêmeas só originam fêmeas, portanto, não há produção de 
machos. Os tardígrados não sofrem metamorfose, as formas jovens são 
semelhantes aos adultos, consequentemente, o desenvolvimento é direto e o 
crescimento se dá através das mudas. 
Um fato interessante neste Filo é a postura dos ovos junto com a muda, em 
alguns grupos; em outros grupos os ovos podem ser ornamentados e esta 
ornamentação é diferente para cada espécie! 
Uma das características mais interessantes deste Filo é a capacidade de reduzir 
drasticamente seu metabolismo diante de condições ambientais adversas; este 
processo é conhecido como criptobiose. Os tardígrados sobrevivem à secas e 
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temperaturas extremas (-270°C), radioatividade, vácuo e outras condições, 
voltando ao seu estado normal após muito tempo (até dezenas de anos!). 
 
Tardígrado. Observe os lobópodes com garras e o corpo globoso. 
(http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Tardigrada#mediaviewer/File:Mikrofoto.de-
baertierchen4.jpg) 
 
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contato com seu tutor virtual através do ambiente virtual de aprendizagem e 
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É hora de se avaliar 
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ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
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Exercícios - unidade 1 
 
1.Os anelídeose os moluscos não estão incluídos no grupo Ecdysozoa porque: 
a) não são segmentados. 
b) não compartilham nenhuma característica morfológica ou genética em 
comum com este grupo. 
c) não realizam muda. 
d) não são metazoários. 
e) são deuterostômios. 
 
2.O Filo Annelida abrange como seus representantes: 
a) minhocas e tênias. 
b) minhocas e sanguessugas. 
c) minhocas do mar e pepinos do mar. 
d) anêmonas do mar e minhocas do mar. 
e) minhocas terrestres e poliquetas terrestres. 
3.Os anelídeos apresentam corpo segmentado, na qual a maioria das partes 
externas e internas é repetida a cada segmento, ou seja, cada segmento apresenta 
um par de nefrídios, um par de gânglios nervosos, etc. Esta homologia seriada é 
conhecida como: 
a) simetrial radial. 
b) simetrial bilateral. 
c) metameria. 
d) protostomia. 
e) deuterostomia. 
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4.Os pogonóforos são vermes tubícolas de classificação duvidosa. Alguns 
zoólogos imcluem-nos em um Filo isolado (Pogonophora) e outros acreditam que 
sejam animais do Filo Annelida, incluídos na Classe Polychaeta. Independente 
desta classificação incerta, estes animais vivem em profundidades abissais e são 
filtradores, porém a maior parte dos nutrientes dos pogonóforos é fornecida por 
(pelos): 
a) bactérias simbióticas que vivem em seu interior, em um órgão denominado 
trofossoma. 
b) microalgas simbióticas que vivem na superfície de seu corpo. 
c) animais que vivem em seu entorno. 
d) nutrientes eliminados pelas chaminés hidrotermais, onde vivem. 
e) sedimentos depositados no fundo do mar. 
5.Onicóforos são vermes aveludados de hábito carnívoro que se alimentam de 
tatuzinhos de jardim (isópodes), cupins e pequenos moluscos. Estes animais 
conseguem capturar suas presas secretando um líquido branco pegajoso, o qual é 
secretado pelas: 
a) glândulas de veneno. 
b) antenas articuladas. 
c) mandíbulas. 
d) papilas orais. 
e) glândulas localizadas na região posterior do corpo. 
 
6.As minhocas terrestres são hermafroditas, porém realizam fecundação 
cruzada e liberam seus ovos no solo no interior de um casulo. A reprodução e 
produção do casulo ocorrem em uma região diferenciada do corpo, onde ficam 
alojados os órgãos reprodutores e aberturas sexuais masculinas e femininas. Esta 
região do corpo é denominada: 
a) anel reprodutor. 
b) região anterior. 
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c) região posterior. 
d) região genital. 
e) clitelo. 
 
7.O protonefrídios retiram os excretas, amônia (para os aquáticos) e ureia (para 
os terrestres), resultantes do metabolismo orgânico e eliminam para fora do 
organismo. Nas minhocas terrestres existem ____________________, onde ocorre 
a formação de resíduos nitrogenados, entretanto, não se sabe como estes resíduos 
são eliminados para fora do organismo. Assinale a alternativa que completa o texto 
de forma correta: 
a) metanefrídios. 
b) rins. 
c) néfrons. 
d) células cloragógenas. 
e) uronefrídios. 
 
8.Os tardígrados podem ser dioicos, hermafroditas ou partenogenéticos. Neste 
grupo a partenogênese denomina-se telitoquia e neste processo: 
a) fêmeas só originam fêmeas, portanto, não há produção de machos. 
b) fêmeas só originam machos, portanto, não há produção de fêmeas. 
c) machos só originam fêmeas, portanto não há produção de machos. 
d) tanto machos quanto fêmeas originam, individualmente, apenas fêmeas. 
e) tanto machos quanto fêmeas originam, individualmente, apenas machos. 
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9.Uma das características comportamentais mais interessantes dos tardígrados 
é a capacidade de realizar criptobiose. Explique em que consiste este fenômeno e 
em que situações ocorre. 
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10.Pesquise e explique por que os tardígrados são considerados 
evolutivamente próximos aos artrópodos (insetos, crustáceos, aracnídeos). 
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2 Filo Arthropoda (Subfilo Trilobotomorpha e Subfilo Crustácea) 
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Bem-vindo à Unidade 2, onde começaremos a ingressar no vasto mundo do 
artrópodos, o maior Filo do Reino Animal. Você perceberá o quanto o processo de 
artropodização ou desenvolvimento de um exoesqueleto externo totalmente 
articulado favoreceu a grande irradiação e diversidade adaptativa destes animais 
na face da Terra, constituindo o maior grupo zoológico existente desde o seu 
surgimento. 
 
Objetivo da Unidade: 
Conhecer e caracterizar os Arthropodas abordando aspectos gerais da 
morfologia, diversidade biológica e ecológica e caracterizar os Subfilos 
Trilobitomorpha e Crustácea. 
 
Plano da Unidade: 
 Filo Arthropoda 
 Características Gerais: 
 Origem e Evolução dos Arthropoda 
 Subfilo Trilobitomorpham †: 
 Classe Trilobita 
 Subfilo Crustácea: 
 Classe Remipedia 
 ClasseCephalocarida 
 Classe Branchiopoda 
 Classe Maxillopoda 
 Classe Malacostraca 
Bons estudos! 
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Filo Arthropoda 
 
Características Gerais: 
Os artrópodos constitutem o maior e mais bem sucedido grupo animal do 
planeta, que conquistaram todos os ambientes terrestres, aéreos e aquáticos há 
mais de 600 milhões de anos, no período Pré-Cambriano e representam mais de 
75% de todos os organismos vivos e fósseis, atualmente conhecidos, abrangendo 
mais de um milhão de espécies. Esses animais passaram por uma enorme 
irradiação adaptativa e, embora muitas espécies ainda não tenham sido 
descobertas, os cientistas acreditam que existam cerca de 6 a 9 milhões de espécies 
de artrópodes, especialmente, nas florestas tropicais. 
O nome Arthropoda tem origem grega (arthron=articulação e podos=pés) 
significando pés ou pernas articuladas: característica que os diferenciou de 
invertebrados como anelídeos e nematoides e permitiu a esses animais o domínio 
do planeta. Os artrópodes são invertebrados protostômios, celomados, com 
organização interna bem desenvolvida. 
 
Aspecto geral de um artrópodo: observe o exoesqueleto rígido (formado por quitina); o corpo 
segmentado, neste caso em cabeça, tórax e abdômen; as pernas articuladas e a simetria bilateral. 
Neste artrópodo a cabeça apresenta um par de olhos e um par de 
antenas.(http://www.brasilescola.com/upload/e/httpwww.brasilescola.comanimaisjoaninha.jpg) 
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A distribuição altitudinal dos artrópodos ocorre desde o fundo do mar aos 
mais elevados picos das montanhas, seu tamanho pode variar desde 6 metros de 
envergadura (caranguejo aranha) a tamanhos, como nos ácaros. Apesar da grande 
diversidade de formas, cores e tamanhos, o plano básico do corpo de um 
artrópodo é bastante constante, pois apresentam um revestimento rígido ou 
cutícula, constituída por quitina (carboidrato) e proteínas, formando um 
exoesqueleto que pode ou não ser impregnado com carbonato de cálcio. O corpo 
dos artrópodos é segmentado e apresenta vários padrões de fusão de segmentos 
para formar regiões denominadas tagmas (cabeça, tórax e abdômen) designadas a 
desempenhar diversas funções orgânicas. 
Os artrópodos apresentam simetria bilateral, são triploblásticos, protostômios 
e o corpo e segmentado interna e externamente dividido em no mínimo duas 
regiões, cabeça e tronco; tipicamente com um escudo cefálico ou carapaça. A 
cutícula forma um exoesqueleto bem desenvolvido, geralmente com grossas 
placas esclerotizadas (escleritos), as quais recebem nomes de acordo com sua 
posição no corpo, consistindo em tergitos (dorsais), pleuritos (laterais) e esternitos 
(ventrais); cutícula é formada por quitina e proteínas com vários graus de 
calcificação, porém não apresenta colágeno. 
Em artrópodos mais primitivos, cada segmento do corpo apresenta um par de 
apêndices articulados. A cabeça apresenta um par de olhos laterais facetados 
(compostos) e um a vários ocelos simples; alguns grupos perderam os olhos 
compostos e/ou ocelos. Os olhos apresentam função visual e os ocelos outras 
funções sensoriais. 
O sistema nervoso dos artrópodos é muito semelhante ao dos anelídeos, 
existe um cérebro dividido em protocérebro (anterior), deuterocérebro (dorsal e 
nem sempre presente) e tritocérebro (posterior). Esse sistema forma conectivos em 
volta do esôfago em direção ao gânglio ventral, e cada região do gânglio cerebral 
origina um par de nervos que vão para os apêndices da cabeça. Assim existem: 
gânglios cerebrais, gânglio ventral, cordão nervoso ventral e pares de nervos para 
os apêndices específicos. Os gânglios do cordão nervoso apresentam vários graus 
de fusão linear em diferentes grupos de artrópodes, refletindo internamente a 
tagmose. 
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O celoma é reduzido às porções do sistema reprodutor e excretor; a cavidade 
do corpo é uma hemocele aberta (cavidade que acumula hemolinfa). O sistema 
circulatório é aberto, a hemolinfa circula no corpo do artrópodo graças aos 
movimentos do abdômen e retorna ao coração, o qual é dorsal e apresenta óstios 
laterais para o retorno do sangue. 
O sistema digestório é completo, complexo e bem regionalizado, com um 
estomodeu (boca primitiva que serve principalmente para a estocagem de 
alimento e preparação para a digestão), um mesênteron (apresenta cecos e 
glândulas digestivas) e um proctodeu (parte posterior do tubo digestivo, 
responsável pela absorção de águas e sais minerais e pela eliminação das fezes) 
bem desenvolvidos. O sistema nervoso apresenta gânglios dorsais (cerebrais), 
conectivos e cordões nervosos ventrais ganglionares pares, para cada segmento do 
corpo. 
 
 
Morfologia interna de um Arthropoda, SubphylumCrustacea. Note que o sistema circulatório é 
dorsal e o sistema nervoso é ventral. As mandíbulas estão localizadas no estomodeu (boca), que é 
seguida do estômago ou mesênteron e do proctodeu. Nesta imagem não foram apresentados os 
sistemas reprodutores que ficam localizados no abdômen, geralmente na porção final. 
(http://media-2.web.britannica.com/eb-media/57/55557-004-18B54A37.jpg) 
 
A aquisição do exoesqueleto relativamente impermeável trouxe problemas 
para os artrópodes terrestres como dificuldades para a realização de trocas gasosas 
e na manutenção de água no organismo. As estruturas envolvidas nas trocas 
Zoologia 2 
 
26 
gasosas evoluíram de maneira diferente nos artrópodes aquáticos e nos terrestres. 
Os aquáticos realizam as trocas gasosas através da superfície geral do corpo ou em 
áreas de cutícula fina. Porém, a maioria dos crustáceos desenvolveu brânquias com 
morfologia variável em função do grupo. Os mais bem-sucedidos artrópodes 
terrestres – insetos e aracnídeos- desenvolveram estruturas para trocas gasosas na 
forma de invaginações da cutícula (espiráculos, traquéias e pulmões foliáceos), ao 
invés das evaginações dos crustáceos. 
As estruturas excretoras nos artrópodos são fechadas internamente, diferente 
dos nefrídios observados nos anelídeos,além disso, houve uma redução no número 
de estruturas excretoras. A excreção pode ocorrer através de glândulas antenais ou 
maxilares (crustáceos), glândulas coxais (aracnídeos) e túbulos de Malpighi 
(aracnídeos, miriápodos e insetos). 
O crescimento dos artrópodos se dá através de ecdises (mudas) periódicas, 
reguladas principalmente pelo hormônio ecdisona. Em relação à reprodução, a 
maioria é dióica (com sexos separados), o desenvolvimento é direto (sem fase 
larvar), indireto (com fase larvar) ou misto; algumas espécies são partenogenéticas 
e existem muitas estratégias reprodutivas quanto a mecanismos de corte, cópula, 
postura de ovos, cuidado parental etc. 
 
Origem e Evolução dos Arthropoda 
 
Atualmente, há um consenso biológico de que o filo Arthropoda é 
monofilético e que deve ter existido um ancestral comum que originou os 
Arthropoda, Tardigrada e Onycophora. Esse grupo monofilético (com uma 
ancestralidade em comum) formado pelos Filos Arthropoda, Tardigrada e 
Onycophora é denominado panarthropoda e as principais características 
compartilhadas são a presença de um exoesqueleto quitinoso, sem colágeno, que 
sofre mudas, perda de cílios e redução do celoma. Acredita-se que os crustáceos. 
provavelmente, formam um grupo parafilético(basal) e hipóteses mais recentes 
sugerem que linhagens de crustáceos ancestrais ou artrópodoscrustaceomorfos 
(crustáceos primitivos) teriam originado os diversos subfilos de artrópodes atuais 
(Brusca & Brusca, 2007). 
Zoologia 2 
 
27 
Existem muitas características derivadas (sinapomorfias) compartilhadas entre 
artrópodos e anelídeos, que reforçam a proposta de que estes grupos apresentam 
um ancestral comum; o padrão de desenvolvimento embrionário comum a estes 
dois grupos dão maior suporte a esta teoria: Teoria dos Articulata (Cuvier, 1817). 
Nesta teoria, mais atualizada, artrópodos e anelídeos apresentam um ancestral 
comume Annelida é grupo irmão de Panartropoda, formando um grupamento 
evolutivo conhecido como Euarticulata, o qual compartilha um ancestral comum 
com os Mollusca. 
 
 
Relações evolutivas entre Panarthropoda e filos vizinhos. Observe que Annelida e Panarthropoda 
apresentam um ancestral comum. 
 
Subfilo Trilobotomorpha 
 
Classe Trilobita† 
Os trilobitas formam um grupo de artrópodes marinhos já extintos com 
exoesqueletos calcários, que foram extremamente abundantes nos períodos 
Cambriano e Ordoviciano, desaparecendo, ao final da era Paleozóica durante o 
evento de extinção em massa, ocorrido no Permiano Triássico. 
Esses animais tinham um corpo oval achatado, dividido em um escudo 
cefálico, portando um par de antenas ventrais e um par de olhos compostos; um 
tronco ou tórax segmentado portando apêndices ventrais birramosos (com dois 
ramos) e um segmento terminal denominado pigídio. O nome do Filo 
(Trilobitomorpha) refere-se às três regiões do corpo. 
Zoologia 2 
 
28 
 
Esquema de um trilobita. A região I corresponde ao escudo cefálico, II – tórax e III pigídio. Os 
algarismos em arábico indicam estruturas do corpo do animal: 1– face, 2- pálpebra, 3- espinho 
lateral, 4– glabela, 5– anel occipital, 6– face fixa, 7-olho, 8– ráquis, 9– segmentos torácicos, 10– sulco 
dorsal, 11– costilhas, 12– espinho posterior. 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Trilobita#/media/File:Trilobita.png) 
Zoologia 2 
 
29 
 
A maioria das espécies conhecidas variou em comprimento, desde 1 mm a 10 
cm, porém alguns gigantes alcançaram até 76 cm de comprimento. 
O grupo diversificou-se extensivamente durante mais de 300 milhões de anos 
nos mares antigos, tanto na forma do corpo quanto em número de espécies, tanto 
que os especialistas reconhecem 10 Ordens, mais de 150 famílias, cerca de 5.000 
gênero serem mais de 17 mil espécies descritas. 
Fósseis de trilobitas são frequentemente confundidos com fósseis de 
tatuzinhos de jardim ou baratinhas da praia. Algumas espécies eram muito 
espinhosas outras eram lisas; algumas tinham enormes olhos compostos, outras 
não tinham olhos. Aspectos do seu comportamento e sua função ecológica são 
desconhecidas; é evidente que trilobitas foram extremamente bem sucedidos, 
sendo encontrados numa grande variedade de habitats e provavelmente 
ocuparam muitos, se não todos, os nichos ecológicos dos crustáceos marinhos 
atuais, incluindo os planctônicos, livre nadantes, bentônicos, construtores de 
galerias, habitantes de recifes, mas possivelmente não foram adaptados à vida 
parasitária. 
Dentre as dez ordens existentes, os fósseis de trilobitas são mais abundantes 
em duas Ordens principais: os Agnostídeos, caracterizados por apresentarem 
pequeno tamanho e dois segmentos torácicos e muitos cientistas acreditam que 
eram organismos planctônicos (deveriam ser muito leves) e os Polymerídeos eram 
maiores, mais pesados, tinham mais de dois segmentos torácicos, provavelmente 
viviam sobre o substrato marinho (eram bentônicos). 
Zoologia 2 
 
30 
 
 
Fóssil de Trilobita Polimerídeo. Note o grande número de segmentos torácicos e as três regiões 
corporais distintas: escudo cefálico, tórax (segmentado) e pigídio. 
(http://science.nationalgeographic.com/wallpaper/science/photos/permian-period/trilobite-fossil/) 
 
Subfilo Crustácea 
 
Os caranguejos, camarões, lagostas e siris, mais também tatuzinhos de jardim 
e cracas são apenas alguns dos diversos membros do grupo de organismos 
conhecidos como crustáceos. 
Os crustáceos são o terceiro maior grande subfilo de Arthropoda, contendo 
um menor número de espécies que os insetos ou os aracnídeos; no entanto, em 
termos de diversidade de formas excedem esses dois grupos juntos. O subfilo 
Crustácea é constituído por, aproximadamente 70.000 espécies, organizadas em 
nove classes e, cerca de, 43 ordens. 
A grande diversidade de estruturas morfológicas, juntamente com o êxito 
geral do plano corporal de Artrópodes (exoesqueleto e membros articulados), 
Zoologia 2 
 
31 
permitiu-lhes ser um grupo de animais extremamente bem sucedido. No entanto, 
também tornou quase impossível descrever um crustáceo típico. 
Todos os crustáceos podem ser distinguidos de outros grupos de artrópodes 
por possuir dois pares de antenas e pela presença de apêndices ou membros 
birramosos, os quais são bifurcados, como por exemplo a garra de um caranguejo; 
aranhas e insetos são todos uniramosos, ou seja, não apresentam membros 
bifurcados. 
Os crustáceos são um antigo grupo de organismos com um registro fóssil que 
remonta ao início da era Cambriana, há 600 milhões de anos. Há um fóssil de um 
crustáceo russo com 12 pares de pernas, denominado karagassiema ou aranha do 
mar que foi encontrado em rochas com 650.000 mil anos de idade. Os crustáceos 
são quase inteiramente aquáticos, respiram através de brânquias, com cerca de 
40.000 espécies conhecidas vivendo em ambiente terrestre e a maioria das 
espécies possui larvas livre nadantes, que vivem temporariamente no plâncton. 
Apesar de, na sua maioria, serem aquáticos e marinhos, os crustáceos podem viver 
em todos os tipos de habitats: em lagoas de água doce temporárias, ambientes 
salobros, rios, solo úmido, poças de maré. costões rochosos, árvores (manguezais) e 
alguns, talvez por comportamento migratório com finalidade reprodutiva, já foram 
encontrados há quilômetros de distância do mar, principalmente caranguejos. 
A maioria dos crustáceos vive no oceano e são um dos pilares do ecossistema 
marinho global. Em grande parte do oceano aberto, os herbívoros primários que se 
alimentam de fitoplâncton são crustáceos. A comunidade diversificada de 
predadores de outros crustáceos de lulas, peixes e baleias pode depender dessa 
população de crustáceos herbívoros: sem Euphausiasuperba (ordem Euphausiacea), 
popularmente conhecido como krill, a teia alimentar pelágica entraria em colapso, 
pois estes crustáceos formam a base das cadeias alimentares marinhas em grande 
parte dos oceanos do mundo. 
Muitos crustáceos têm importância econômica para o homem, principalmente 
como alimento, mas em alguns casos como pragas. Caranguejos, lagostas, 
camarões e siris, fazem parte da dieta humana. Outras espécies são importantes 
indiretamente, porque servem de alimento para outros animais, como peixes, lulas 
e baleias. No entanto, como todo grupo biológico, os crustáceos são de grande 
importância devido ao papel que desempenham na manutenção do equilíbrio da 
Zoologia 2 
 
32 
produtividade dos lagos do mundo, oceanos e mares. Alguns crustáceos são 
parasitas de peixes e podem comprometer a produtividade pesqueira. 
Crustáceos ocorrem em todo o mundo, desde as encostas de montanhas, 
onde foram registrados a 4.053 m de altitude, nos Andes, até no fundo dos 
oceanos, onde foram observados em profundidades de 10.913 m, nas Fossas 
Marianas . Às vezes, eles ocorrem em tão grande número que contá-los é 
impossível. O krillsão pequenos, alcançando até 6,5 cm de comprimento e são 
semelhantes a camarão, formam imensos cardumes e são, provavelmente, os 
animais mais numerosos do mundo. Eles vivem nos oceanos próximos aos polos 
onde são comidos por baleias, focas, pinguins e muitos peixes. Os cardumes são 
tão grandes que podem ser rastreados por satélite. Os cientistas estimam que um 
enorme cardume avistado perto da Antártida, em 1981, continha pelo menos 10 
milhões de toneladas de krill. A palavra Krill vem do norueguês, que significa 
alimento para as baleias. 
O crustáceo mais pesado do mundo é a lagosta Homarusamericanus, do 
Atlântico Norte, que pode pesar até mais de 20 kg. O caranguejo gigante do Japão, 
Macrocheirakaempferi, é o maior artrópode vivo do mundo, quando adulto pode 
atingir um comprimento de cerca de 4 metros desde a carapaça até a extremidade 
de suas pernas (estendido), o tamanho do corpo é de 37 cm de largura e pode 
pesar no máximo 20 quilos; seu habitat natural é o fundo do OceanoPacífico (entre 
300 e 400 m de profundidade) vivendo em torno do Japão, onde se alimenta de 
animais mortos e águas-vivas, acredita-se que esta espécie possa viver até 100 
anos. Os menores crustáceos no mundo são as pulgas de água do gênero Alonella 
que, quando adultas, podem ter apenas 0,25 mm de comprimento e os que vivem 
no segundo par de antenas dos copépodos (microscrustáceos), que têm 
aproximadamente 100μm de comprimento. 
O nome Crustaceusderiva do envoltório resistente que a maioria dos 
crustáceos apresenta (do latim crusta = concha ou carapaça). Além de 
apresentarem dois pares de antenas e apêndices birramosos, o subfilo Crustácea 
difere dos outros artrópodos pelas seguintes características morfofisiológicas: 
 A cabeça ou céfalo é originalmente formada por cinco segmentos ou 
somitos, seguida de um tronco que pode ou não ser dividido em dois tagmas ou 
Zoologia 2 
 
33 
regiões distintas o tórax e o abdômen. Na maioria dos crustáceos, a cabela ou 
céfalo é fusionada ao tórax formando o cefalotórax, distinto do abdômen. 
 Os apêndices (pernas, antenas, antênulas) são multiarticulados, 
unirramosos ou (na sua maioria) birramosos. 
 O corpo de um crustáceo é coberto por uma cutícula composta de quitina, 
proteína e material calcário. As placas resistentes e mais duras dos crustáceos de 
grande porte são particularmente ricas em depósitos calcários. Nas articulações as 
placas são moles e finas, proporcionando flexibilidade aos somitos. A carapaça, se 
presente, cobre a maior parte ou todo o cefalotórax. O abdômen termina em um 
télson, que não é considerado um somito, onde se localiza o ânus. A carapaça é 
reduzida em anostracos, anfípodes e isópodes. 
 Mandíbulas usualmente multiarticuladas que funcionam quebrando, 
cortando ou mastigando, com dentes. 
 Trocas gasosas por difusão aquosa entre superfícies branquiais (respiração 
branquial). 
 Excreção por verdadeiras estruturas nefridiais (glândulas antenais, glândulas 
maxilares etc.). 
 Olhos e ocelos simples e compostos ocorrem na maioria dos taxa (exceção 
Classe Remipedia), ao menos em um estágio do ciclo de vida; olhos 
compostos sempre elevados num pedúnculo (olhos pedunculados, como 
observado nos caranguejos, siris, camarões). 
 Intestino com cecos digestivos (projeções ou sáculos que aumentam a 
superfície de absorção). 
Zoologia 2 
 
34 
 A maioria dos crustáceos é dióica (apresentam sexos separados). Os machos 
possuem apêndices especializados que transferem os gametas 
(espermatozoides) para os receptáculos seminais da fêmea, onde ficam 
armazenados. A fêmea libera os óvulos, que ficam grudados no abdome, do 
lado de fora do corpo, e, nesse local, os espermatozoides que estavam 
armazenados os fecundam. O desenvolvimento pode ser direto, isto é, os 
ovos se desenvolvem sem estágios intermediários, produzindo indivíduos 
semelhantes aos adultos. Existem espécies em que o desenvolvimento é 
indireto, nas quais os indivíduos jovens passam por fases larvais antes de se 
transformarem em adultos. Alguns dos tipos de larva encontrados em 
crustáceos são: náuplio, zoea e esquizópoda, entretanto, a maioria tem como 
fase larvar inicial a larva náuplio. 
A maioria dos crustáceos tem entre 16-20 somitos ou segmentos corporais, 
mas algumas formas apresentam 60 ou mais segmentos. O maior grupo é a classe 
Malacostraca, que reúne lagostas, caranguejos, camarões, tatuzinhos de jardim e 
outros. O plano corporal típico dos Malacostraca tem uma cabeça com cinco 
segmentos fundidos, um tórax com oito somitos e um abdômen com seis. Na 
extremidade anterior há um rostro (projeção da cabeça) não-segmentado e na 
posterior um télson não-segmentado, o qual constitui um leque caudal de vários 
formatos, com o último segmento abdominal e seus urópodes. Os apêndices 
locomotores do cefalotórax são denominados pereiópodos e aqueles do abdômen, 
pleoiópodos. 
Zoologia 2 
 
35 
Morfologia externa de um crustáceo da Classe Malacostraca, Ordem Decapoda. Camarão: observe 
os cinco pares de pernas torácicas que se seguem logo após os terceiros maxilípedes (apêndices 
bucais); o corpo nitidamente dividido em um cefalotórax formado por uma carapaça e um 
abdômen segmentado, terminando no télson e os urópodes que formam o leque caudal. 
(http://www.geefaa.com/img/top_crustaceos/morfologia_camarao.png) 
São reconhecidas 10 classes de crustácea, das quais aqui são apresentadas 
aquelas de maior destaque: 
 Classe Remipedia– derivado do latim remipedes= forma de remo. Carapaça 
ausente. Até o presente foram encontrados apenas na América Central. São 
animais transparentes, cavernícolas, que vivem em grutas nos mares. Pouco se 
conhece sobre as 11 espécies descritas. Possuem em média 3 cm de comprimento, 
um grande número de segmentos corporais e muitas patas, indicando que, 
provavelmente, são crustáceos muito primitivos. 
Zoologia 2 
 
36 
 
Crustáceo da Classe Remipedia. Estes animais são desprovidos de carapaça calcária e são cegos, 
pois vivem em rios subterrâneos e cavernas onde há mistura da água do mar com a água doce. 
Observe o grande número de segmentos corporais e apêndices abdominais. 
(https://whyevolutionistrue.files.wordpress.com/2010/03/speleonectes.jpg) 
 
 Classe Cephalocarida– do grego kephale= cabeça + karis= camarão. 
Pequenos animais marinhos (2,5mm), sem carapaça, olhos compostos e apêndices 
abdominais. Somente uma espécie é conhecida, da costa norte dos Estados 
Unidos, Hutchinsoniellamacracantha. É considerada a classe mais basal de 
crustáceos. Vivem nos fundos sedimentados ou nos sedimentos superficiais dos 
mares. Alimentam-se por filtração das finas partículas do sedimento onde habitam. 
São conhecidas 9 espécies. 
Zoologia 2 
 
37 
 
 
Crustáceo da Classe Cephalocarida. Note a ausência de carapaça, olhos e apêndices abdominais. 
(http://whyevolutionistrue.files.wordpress.com/2010/03/cephalocarida.jpg) 
 
 Classe Branchiopoda– o grego branchia= brânquias + pous, podos= pés. 
Pertencem a esta classe os crustáceos conhecidos como pulgas d’água, muito 
utilizados como alimentos para peixes de aquário. São 934 espécies descritas com 
distribuição mundial, agrupadas em quatro ordens bem distintas: Anostraca, 
Notostraca, Cladocerae Conchostraca. O tamanho é variável: 1,5mm – 10cm. São 
animais típicos de água doce, adaptados em meios temporários que podem 
suportar grandes variações de salinidade. Os ovos são resistentes, suportando 
ressecamento, e só eclodindo quando o ambiente é favorável. 
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Crustáceo da Classe Cladocera: Daphnia magna. Este animal é um microcrustáceo de água doce, 
partenogenético, ou seja, só existem fêmeas que procriam individualmente. Observe a antena 
birramosa e na sua base o olho naupliar.(http://snakesafe.jalbum.net/Micro-
life%20II/slides/Daphnia%20magna%203.jpg) 
 
 Classe Maxillopoda – a carapaça é reduzida, possuem tamanho variável de 
0,3mm-2cm. Possuem grande importância ecológica, devido à situação na cadeia 
alimentar marinha. São bentônicos ou platônicos, encontrados nos ambientes 
dulcícolas, no húmus nos fundos oceânicos em até 7000m de profundidade. São 
descritas 15.214 espécies, a maior parte destas na subclasse Ostracoda. Muitas 
espécies de são parasitas. As cracas são os representantes mais conhecidos dessa 
classe e estão incluídas na subclasse Cirripedia. 
Zoologia 2 
 
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Crustáceo da Classe Maxillopoda e Subclasse Ostracoda. Este animal é microscópico (1 mm), 
comprimido lateralmente, sendo formado por duas conchas quitinosas ou ligeiramente 
impregnadas de calcário, são marinhos ou de água doce; planctônicos ou 
bentônicos.(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/93/Ostracod.JPG) 
 
 
Crustáceo da Classe Maxillopoda e Subclasse Cirripedia. Estes crustáceos são popularmente 
conhecidos como cracas, pois quando adultos vivem em grupos, encrustados em rochas, baleias, 
piers, cascos de navio etc. Sãomuito conhecidos e suas larvas são de vida livre até certa fase da vida, 
quando, então fixam-se a um substrato, onde tornar-se-ão adultas. 
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/72/Chthamalus_stellatus.jpg) 
Zoologia 2 
 
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 Classe Malacostraca- o nome deriva do grego, malakos=mole + 
ostrakon=concha. Essa é a Ordem que abriga os crustáceos mais conhecidos: 
caranguejos, camarões, lagostas, todos são malacostracos. Todos esses crustáceos 
possuem um corpo estruturado em um cefalotórax e abdômen. As espécies 
conquistarem todos os meios aquáticos possíveis. São 22.671, distribuídas nas 
ordens Amphipoda, Decapoda, Euphausiaceae Isopoda. Esta última representa 
o grupo que foi bem sucedido na invasão do ambiente terrestre (tatuzinhos de 
jardim e baratinhas da praia). Os isópodes, junto com os outros crustáceos 
terrestres, os caranguejos, desempenham um importante papel ecológico, pois 
muitas espécies são detritívoras. Sem estes animais, as praias acumulariam muita 
matéria orgânica e teriam um mau cheiro insuportável. 
 
Crustáceo, Classe Malacostraca, Ordem Decapoda. Popularmente conhecido como “maria farinha”, 
este animal é facilmente encontrado nas praias onde cava suas tocas e, oportunamente, dirige-se ao 
mar. 
Observe os olhos pedunculados. (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Maria-
Farinha.jpg) 
 
 
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41 
 
Crustáceo, Classe Malacostraca, Ordem Decapoda. Popularmente conhecido como “lagosta 
vermelha”. Observe as dez patas que caracterizam a Ordem Decapoda, as antênulasbirramosas e o 
notável leque caudal (http://decapoda.free.fr/images/reptantia/panulirus-femoristriga-futuna.jpg) 
 
Crustáceo, Classe Malacostraca, Ordem Euphasiacea: Krill. Note os olhos pedunculados bem 
evidentes, a típica coloração alaranjada destes animais e a abundância de indivíduos na amostra. 
(http://www.healthista.com/wp-content/uploads/2014/02/krill-1-resized.jpg) 
Zoologia 2 
 
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Crustáceo, Classe Malacostraca, Ordem Isopoda: “tatuzinho de jardim”. O nome da Ordem refere-se 
às patas que são iguais, partindo de todos os segmentos torácicos. Este animal é terrestre, porém 
acumula umidade em sua carapaça e realiza respiração branquial. Para reter água ou afugentar 
predadores enrola-se formando uma “bolinha” (como um tatu bola), daí seu nome. 
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e0/Armadillidium_vulgare_004.jpg) 
 
Crustáceo, Classe Malacostraca, Ordem Isopoda: “baratinha da praia”. Animal facilmente encontrado 
em costões rochosos, no mesolitoral, vivendo em grandes populações. 
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/42/Ligia_oceanica_Flickr.jpg) 
Zoologia 2 
 
43 
 
Esta segunda Unidade da Zoologia II é fundamental para que você possa 
caracterizar o Filo Arthropoda, os Subfilos Trilobitomorpha e o Subfilo Crustacea. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Zoologia 2 
 
44 
 
Exercícios - unidade 2 
 
1. Dentre as características gerais dos artrópodes, é correto afirmar que: 
a) apresentam simetria radial. 
b) são deuterostômios. 
c) apresentam sistema digestório completo. 
d) são monoicos. 
e) apresentam endoesqueleto quitinoso. 
 
2. A respeito da classe Crustacea, assinale a alternativa que representa a 
divisão corporal desses indivíduos. 
a) cefalotórax e tronco. 
b) cefalotórax e abdômen. 
c) cabeça, tórax e abdômen. 
d) cabeça e tronco. 
e) escudo dorsal contínuo. 
 
3. Sobre os crustáceos, novamente, pode-se afirmar que: 
a) são, na sua maioria, partenogenéticos. 
b) apresentam um par de olhos simples pedunculados em algumas 
espécies e olhos sésseis em outras espécies. 
c) apresentam excreção por glândulas coxais. 
d) possuem 3 pares de patas. 
e) apresentam dois pares de antenas. 
Zoologia 2 
 
45 
 
4. Observe os animais artrópodes a seguir: 
 
Esses animais possuem várias características em comum, com exceção de uma 
relatada abaixo: 
a) representam um seríssimo problema de saúde pública. 
b) possuem sistema circulatório aberto. 
c) possuem olfato e paladar bem desenvolvidos. 
d) possuem o sistema nervoso formado por um gânglio cerebral. 
e) são todos insetos. 
 
5. Corpo dividido em cefalotórax e abdômen, número de patas variável, dois 
pares de antenas, desenvolvimento direto ou indireto. Essas características 
pertencem a qual grupo de artrópodo? 
a) crustáceos. 
b) diplópodos. 
c) aracnídeos. 
d) insetos. 
e) quilópodos. 
Zoologia 2 
 
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6. A maior parte do sistema nervoso de um artrópode encontra-se: 
a) sobre o tubo digestivo. 
b) abaixo do tubo digestivo. 
c) em torno do tubo digestivo. 
d) lateralmente ao tubo digestivo. 
e) na parte anterior do tubo digestivo. 
 
7. É um subfilo extinto dos Artrópodes: 
a) Chelicerata 
b) Trilobitomorpha 
c) Mandibulata 
d) Onycophora 
e) Todos os citados 
 
8. Julgue as afirmativas abaixo com (V) para verdadeiro ou (F) para falso: 
( ) O corpo metamerizado dos artrópodes indica parentesco evolutivo deste 
grupo com os anelídeos. 
( ) Todo artrópodo é um inseto 
( ) Crustáceos são insetos pertencentes ao Subfilo Chelicerata. 
( ) Ecdise, ou muda, é um termo relacionado ao crescimento dos artrópodes. 
( ) Caranguejos, siris e lagostas possuem um par de antenas. 
 
Zoologia 2 
 
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9. “Dentro do estudo dos invertebrados, o filo Arthropoda merece atenção especial por 
possuir o maior número de espécies do reino animal, agrupando mais de 800.000 
espécies, habitantes das mais diversas regiões do globo terrestre.” Artrópodes, por 
Mariana Araguaia. 
Cite e discorra sobre o principal fator que permitiu com que o Filo Arthropoda 
se tornasse o mais diversificado do planeta. 
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10. No aniversário de uma cidade à beira-mar, um restaurante promoveu um 
"Festival de Crustáceos": lagosta, camarão, ostra e mexilhão. 
Quais desses animais não deveriam estar incluídos no cardápio? Por quê? 
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3 Filo Arthropoda (subfilo ) 
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Bem-vindo à Unidade 3, onde finalizaremos o estudo dos artrópodos. Nesta 
Unidade você conhecerá o maior grupo animal existente, dentro do Filo 
Arthropoda: os insetos. Serão apresentados, também, os quelicerados, que são 
artrópodos muito primitivos junto com os miriápodos. 
 
Objetivo da Unidade: 
Conhecer e caracterizar os hexápodos (insetos e aparentados), quelicerados e 
miriápodos, diferenciando aspectos gerais da morfologia entre os grupos 
estudados sua diversidade biológica. 
Plano da Unidade: 
 Filo Arthropoda 
 Subfilo Hexapoda 
 Classe Entognatha 
 Caracterização das Ordens de Entognatha 
 Classe Insecta 
 Classificação das Principais Ordens de Insecta 
 Subfilo Chelicerata 
 Classe Merostomata 
 Classe Aracnida 
 Ordem Araneae 
 Ordem Scorpiones 
 Classe Pycnogonida 
 Subfilo Myriapoda 
 Classe Chilopoda 
 Classe Diplopoda 
Zoologia 2 
 
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Filo Arthropoda 
 
Subfilo Hexapoda 
A Superclasse Hexapoda inclui a Classe Entognatha e a Classe Insecta, cujos 
representantes apresentam um par de antenas, três pares de pernas e um tórax 
dividido em protórax, mesotórax e metatórax. A maior parte dos outros artrópodes 
possui mais do que três pares de pernas. 
 
Classe Entognatha 
 
Os Entognatha, até pouco tempo atrás, constituíam uma única classe junto 
com os insetos; porém, foram separados por apresentarem, principalmente, o 
aparelho bucal embutido na cápsula cefálica, enquanto que nos insetos o aparelho 
bucal, apesar de localizado na cabeça, é externo. Esta Classe engloba três Ordens 
onde estão incluídos animais poucos conhecidos devido ao seu pequeno tamanho 
e modo de vida: os Collembola, Protura e Diplura. 
Todos os membros desta Classe são pequenos artrópodes que não possuem 
asas, são encontrados em ambientes úmidos. Suas peças bucais estão contidos 
dentro de um bolso na cápsula cabeça de forma que apenas as pontas das 
mandíbulas e maxilares são visíveis. A respiração é realizada através da parede do 
delicado exoesqueleto e, portanto, não há sistema traqueal. 
Os segmentos das antenas apresentam músculos individuais, ao contrário dos 
insetos onde apenas os dois segmentos inferiores são musculosos. 
A transferência de esperma é sempre indireta, através da liberação de 
espermatóforo no solo, o qual é capturado pela fêmea. 
Zoologia 2 
 
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Caracterização das Ordens de Entognatha 
Protura – apresentam cabeça cônica, sem antenas e olhos; o abdômen 
segmentado apresenta projeções laterais que acredita-se serem pernas vestigiais. 
As espécies são muito pequenas (0,5-2,0milímetros), não apresentam cercos e 
filamentos abdominais e o corpo não possui pigmentos sendo geralmente branco 
ou marfim. Vivem no solo em habitats úmidos, no húmus de florestas temperadas, 
no musgo e na madeira. Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição. 
 
Protura em vista ventral. Observe a cabeça cônica, sem antenas e olhos. (https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR50ytteveR9R5BTw-OzDhjmEHSfN7VcQ5ZKQ7-
c1iQDeuLjNMI) 
 
Diplura – são desprovidos de olhos, porém apresentam antenas. Diplura é um 
grupo de animais de tamanho pequeno, medindo cerca de 2,5 mm em média 
(raramente chegam até 50 mm de comprimento), são caracterizados por possuir 
um par de cercos em sua porção terminal, destes vem a origem do nome Diplura, 
do grego, diplos= dois; uros = cauda. Os dipluros vivem no solo, em musgos e sob 
rochas e se tem registro de algumas espécies encontradas também em ninhos de 
formigas. 
Zoologia 2 
 
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Diplura. Note as longas antenas, a ausência de olhos e o par de cercos terminais. 
(http://bugguide.net/images/raw/3ZX/RSH/3ZXRSHERLH6RQHQZLH8RVL7ZDLKZKH4RDZYLUL0RU
LXRULYL9LXZ9L3LULQRNLIZDLMZBLGRBL3L3Z.jpg) 
 
Collembola - os colêmbolos e as pulgas de neve apresentam olhos e antenas. 
São muito pequenos (microscópicos) encontrados em rochas e no solo, em meio a 
folhiço e até junto à margem de rios e lagoas. Alimentam-se de matéria orgânica 
em decomposição e contribuem para a formação do solo. São bem caracterizados 
morfologicamente por apresentarem um aparelho saltatório denominado fúrcula, 
o qual é localizado ao final do abdômen. 
 
Collembola. Observe a presença de olhos, longas antenas e a fúrcula ao final do abdômen. 
(http://www.mikrojezioro.met.pl/atlas_zw/arch_foto/skoczogonki/collembola_ad04.jpg) 
 
Zoologia 2 
 
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Classe Insecta 
Os insetos estão incluídos na maior classe do filo Arthropoda que, também, é o 
maior dos filos animais. Os insetos têm corpos segmentados, pernas articuladas e 
esqueletos externos (exoesqueleto). Insetos são distintos de outros artrópodes por 
seu corpo, que é dividido em três grandes regiões ou tagmas: (1) A cabeça, que 
carrega o aparelho bucal, um par de grandes olhos compostos e, geralmente, três 
ocelos; um par de antenas e peças bucais constituídas por um labrum, um par de 
mandíbulas, um par de maxilas, um lábio e uma hipofaringe; (2) o tórax com três 
segmentos, que normalmente tem três pares de pernas (daí "Hexapoda") e, em 
adultos, geralmente um ou dois pares de asas e (3) um abdômen muito 
segmentado, que contém os sistemas digestório, excretor, circulatório e 
reprodutor. 
 
Morfologia externa de um inseto. Observe o corpo dividido em três regiões: cabeça, tórax e 
abdômen.(http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000003092/
md.0000035004.jpg) 
 
Zoologia 2 
 
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Com cerca de um milhão de espécies descritas, os insetos representam a 
maioria das espécies de animais na Terra. Eles formam um grupo extremamente 
bem sucedido, podendo ser encontrados em quase todos os habitats terrestres e 
de água doce, dos desertos mais secos à lagoas perenes e temporárias, desde o 
dossel de uma floresta tropical (onde a sua diversidade é incrivelmente grande) às 
calotas polares. Algumas poucas espécies são, ainda, marinhas. Seus hábitos 
alimentares são igualmente variados; quase toda a substância que tem valor 
nutritivo é aproveitada por algum grupo de insetos. 
Nos insetos, o sistema digestivo é completo e complexo. Suas peças bucais são 
bastante variáveis, de acordo com a Ordem e, também, relacionadas com os seus 
hábitos alimentares. Insetos realizam trocas gasosas através de um sistema 
traqueal, com aberturas externas no abdômen denominadas espiráculos: o ar com 
oxigênio penetra através dos espiráculos que são conectados às traqueias, que se 
ramificam em túbulos cada vez mais finos até chegar aos tecidos, de onde recebem 
o gás carbônico, o qual sairá de volta através dos espiráculos. Formas aquáticas 
podem trocar gases através da parede do corpoou podem ter diferentes tipos de 
guelras. A excreção de resíduos nitrogenados ocorre através de túbulos de 
Malpighi. O sistema nervoso dos insetos é complexo, seguindo o padrão dos 
artrópodos, com um cérebro trilobado, seguido de um cordão nervoso ventral de 
onde saem um par de gânglios para cada segmento do corpo. Nos insetos, os 
órgãos sensoriais são complexos, além de ocelos e olhos compostos, alguns insetos 
são bastante sensíveis aos sons e suas habilidades quimiorreceptoras são 
surpreendentes. 
Zoologia 2 
 
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Morfologia interna de um inseto. Observe o coração dorsal, o sistema nervoso ventral, o tubo 
digestivo com cecos gástricos e túbulos de Malpighi 
(http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000000091/00000096
26.jpg) 
Insetos, na sua maioria, são dioicos e a fecundação é geralmente interna. As 
formas em que o acasalamento é realizado, no entanto, são extremamente 
variáveis; o estudo dessa variabilidade por biólogos evolucionistas tem contribuído 
na compreensão da evolução do comportamento deste vasto grupo animal. Na 
reprodução nos insetos, um macho localiza uma fêmea receptiva através de 
produtos químicos (feromônios), liberados pela fêmea. Na maioria das espécies, as 
fêmeas armazenam o sêmen em um recipiente especial em seus abdomens 
(receptáculos seminais); até mesmo espécies que depositam um grande número 
de ovos (em abelhas, por exemplo, o número pode ser mais de um milhão), as 
fêmeas usualmente acasalam apenas uma vez e contam com o sêmen armazenado 
durante esse acasalamento para o resto de suas vidas. 
O desenvolvimento pós-embrionário dos insetos é uma característica 
especialmente importante. Nos insetos ametábolos os ovos eclodem liberando 
formas jovens que são muito semelhantes aos adultos, crescem, desenvolvem asas 
através de mudas (ecdises) até chegarem a fase adulta (ex.: percevejos). Nos 
hemimetábolos as espécies passam por um desenvolvimento mais gradual, em 
que os jovens recém-nascidos são mais semelhantes ao adulto, mas são pequenos 
Zoologia 2 
 
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em tamanho, faltam asas e são sexualmente imaturos, geralmente vivem em 
ambientes diferentes dos adultos; neste caso, os insetos jovens são chamados 
ninfas ou náiades (ex.: libélulas). Os holometábolos correspondem a quase 90% 
das espécies de insetos, as formas jovens recém-nascidas são completamente 
diferentes dos adultos, vivem em habitats distintos, comem alimentos diferentes e 
assumem uma forma de corpo completamente desigual a de seus pais; a larva se 
alimenta e cresce, muda a sua pele periodicamente; quando o crescimento larval é 
concluído, a larva para de se alimentar e constrói um casulo em torno de si, 
formando a pupa ou crisálida, onde irá sofrer metamorfose, originando um adulto 
completamente formado que emerge do casulo. 
 
Desenvolvimento pós-embrionário dos insetos. 
A – Ametábolo; B – Hemimetábolo e C – Holometábolo. 
(http://professor.tirinto.uni5.net/imagens/questoes/insetos23.jpg) 
 
Os insetos são incalculavelmente valiosos para o homem. Normalmente, 
pensamos neles em um contexto negativo. Insetos comem a nossa comida, 
alimentam-se de nosso sangue e pele, contaminam nossas casas e transmitir 
doenças. Mas sem eles, não poderíamos existir. Eles são uma parte fundamental do 
nosso ecossistema. Uma lista breve e incompleta de seus papéis positivos incluiria 
a polinização de muitas, talvez a maioria das plantas superiores; a decomposição 
de materiais orgânicos, o que facilita a reciclagem de carbono, nitrogênio e outros 
Zoologia 2 
 
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nutrientes essenciais; o controle de populações de espécies de invertebrados 
nocivos (incluindo outros insetos); a produção direta de certos alimentos (mel, por 
exemplo) e a fabricação de produtos úteis, tais como a seda. 
Classificação das Principais Ordens de Insecta 
Nome da Ordem Nome Popular 
Microcoryphia Traças saltadoras 
Thysanura Traças prateadas, traças de livros 
Ephemeroptera Moscas de maio 
Odonata Libélulas, lavadeiras, donzelinhas 
Orthoptera Grilos, gafanhotos, esperanças 
Phasmatodea Bichos pau 
Grylloblattodea Grilos barata 
Mantophasmatodea Gafanhotos gladiadores 
Dermaptera Tesourinhas 
Plecoptera Moscas de pedra 
Embioptera Embidíneos 
Zoraptera Zorápteros 
Isoptera Cupins 
Mantodea Louva a Deus 
Blattodea Baratas 
Hemiptera 
Com três importantes subordens: 
• Heteroptera – percevejos verdadeiros 
• Auchenorrhyncha – cigarras, cigarrinhas 
• Sternorrhyncha - afídeos 
Thysanoptera Lacerdinhas 
Psocoptera Insetos que parasitam livros 
Phthiriaptera Piolhos de animais 
Coloeptera Besouros 
Neuroptera Formigas leão, esperanças de olhos dourados 
Hymenoptera Abelhas, formigas, vespas 
Trichoptera Bicho arquiteto, moscas de água 
Lepidoptera Borboletas e mariposas 
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(Thysanura (https://c2.staticflickr.com/4/3456/3302148003_bfacf04bb7.jpg) 
 
 
Odonata (http://www.escuelapedia.com/wp-content/uploads/Libelula.jpg) 
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Orthoptera (http://farm4.static.flickr.com/3071/3114281114_52c06054c6.jpg) 
 
 
Phasmatodea (http://footage.framepool.com/shotimg/qf/725889074-mimicry-walking-stick-
animal-siberut-lush-foliage.jpg) 
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Dermaptera (http://a-z-animals.com/media/animals/images/470x370/earwig_3.jpg) 
 
 
Isoptera (https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQMuP7yfmoe6yBanF-
b1Z_slUYPmaBT_nqQCZ4tBjL2YNSa2kldJg) 
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Blattodea (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/16/Cockroachcloseup.jpg) 
 
 
Hemiptera (Heteroptera). Percevejo verdadeiro. (https://s-media-cache-
ak0.pinimg.com/736x/23/b2/85/23b28541bf23e19b957f6f0308fbe5ae.jpg) 
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Hemiptera (Auchenorrhyncha). Cigarra verdadeira 
(https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/3c/bc/b7/3cbcb72bd1591d72e0c66d2040449a7e.jpg) 
 
 
Coleoptera (http://img.terra.com.br/i/2008/10/17/895356-5368-it2.jpg) 
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Lepidoptera. (https://s-media-cache-
ak0.pinimg.com/736x/30/91/25/309125d0686a3263a2222c01ea38adba.jpg) 
Subfilo Chelicerata 
Os Chelicerata constituem um grupo extremamente antigo de artrópodes, 
incluindo a extinta Classe Eurypterida, um dos prováveis grupos ancestrais dos 
artrópodos. 
 
Fóssil de Eurypterida (escorpião do mar): um dos prováveis grupos ancestrais dos artrópodos atuais. 
(https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/43/ba/1d/43ba1d115d2aada339571089d064f70d.jpg) 
 
 
Zoologia 2 
 
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Os primeiros chelicerados, provavelmente, surgiram há cerca de 600 milhões 
de anos atrás. Eles agora são distintos de outros grupos de artrópodes pela posse 
de (pelo menos) seis pares de apêndices. Estes normalmente incluem quatro pares 
de patas locomotoras, um par de quelíceras e um par de palpos. Eles não têm 
mandíbulas e nem antenas e o corpo é dividido em duas regiões: cefalotórax e 
abdômen ou prossoma e opistossoma. São bilateralmente simétricos, têm 
apêndices unirramosos, um exoesqueleto não calcário e são gonocorísticos. 
Nos quelicerados o alimento é acentuadamente rasgado pelas quelíceras 
antes da ingestão. A maioria das espécies realiza digestão externa até certo ponto. 
Secretam ou injetam sucos digestivos em suas presas e sugam o que foi digerido. 
A inclusão da classe Pycnogonida no Subfilo Chelicerata é geralmente aceita, 
mas não cientificamente comprovada, o registro fóssil para picnogonídeos é muito 
escasso e eles diferem em muitos aspectos dos outros quelicerados. 
Os Chelicerata contêm mais de 80.000 espécies conhecidas pela ciência, dos 
quais a maioria é representada por aracnídeos divididos quase igualmente entre as 
aranhas e os ácaros. 
Classe Merostomata 
A classe Merostomata é uma classe antiga de animais que evoluíram no 
Cambriano (570 milhões de anos atrás) e foram uma forma de vida dominante nos 
mares e oceanos do mundo. Agora, eles são um grupo muito pequeno que 
consiste em apenas 4 espécies em três gêneros ou subclasse Xiphosura.Os animais incluídos nesta Classe são popularmente conhecidos como 
caranguejos ferradura, ocorrem em grande número onde eles ainda existem, no 
entanto todas as espécies são consideradas vulneráveis pela IUCN, porque as suas 
populações têm sido muitas vezes explorados por muitos anos como ração animal 
e fertilizante. Uma espécie, Limulus polyphemus vive ao largo da costa leste da 
América, as outras três espécies vivem no sudeste da Ásia. 
Caranguejos ferradura são geralmente considerados seres exclusivamente 
marinhos embora a espécie Carcinoscorpius rotundicauda tenha sido registrada nos 
rios da Índia. Eles são chamados de caranguejos de ferradura porque a placa dorsal 
que cobre seu corpo tem algumas semelhanças com uma ferradura. 
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Estes animais vivem principalmente parcialmente enterrados na lama do 
fundo do mar, onde eles caçam pequenos animais, vermes, crustáceos e até 
mesmo peixes. Uma característica morfológica de caranguejos ferradura é a longa 
espinha caudal rígida. Embora isso possa parecer perigoso, não é uma arma e serve 
apenas para ajudar o animal a se movimentar. 
 
Merostomata. Caranguejo ferradura. Observe as duas placas que formam sua carapaça e a longa 
espinha caudal rígida. Os olhos estão localizados na placa anterior (mais larga) 
(https://smediacacheak0.pinimg.com/736x/ce/52/9f/ce529fb710ed261ca9c31a7a0fb830d5.jpg) 
 
Na época da reprodução caranguejos ferradura migram para determinadas 
águas costeiras rasas onde se agrupam em grandes números. Os machos 
selecionam uma fêmea e se agarram em suas costas. A fêmea então cava um 
buraco na areia, no supralitoral e coloca até 1.000 ovos neste buraco e o macho 
libera seu sêmen para que eles possam ser fertilizados. A fêmea depois cobre os 
ovos com a areia que os protege contra a ação das ondas, permitindo-lhes ser 
aquecida pelo sol. Os ovos levam cerca de seis semanas para eclodir e as larvas 
passam por até 16 mudas antes de atingir a forma adulta. 
Todo o corpo do animal é coberto e, portanto, protegido por duas placas 
dorsais formando a carapaça. A carapaça apresenta dois olhos compostos e dois 
olhos simples. Abaixo da carapaça localiza-se o cefalotórax onde há cinco pares de 
Zoologia 2 
 
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pernas. Os últimos cinco pares de pernas abdominais têm uma série de 150 a 200 
pares de brânquias foliáceas para trocas gasosas. 
Classe Aracnida 
Os aracnídeos constituem o segundo grupo de artrópodes mais familiares, 
depois dos insetos; existem mais de 80 mil espécies conhecidas e estes são 
caracterizados pela presença de quatro pares de pernas, um par de quelíceras, um 
par de pedipalpos, pela falta de peças bucais para morder e mastigar (o alimento é 
ingerido na maioria dos casos, já digerido por enzimas digestivas regurgitadas. 
Os aracnídeos têm origem marinha, mas agora eles são quase inteiramente 
terrestres e desenvolveram várias características importantes para ajudá-los a 
sobreviver na terra; as quais incluem a exocutícula à prova d'água, fertilização 
interna, túbulos de Malpighi como sistema excretor e órgãos internos para realizar 
trocas gasosas. 
A classe está dividida em 13 subclasses ou ordens, dependendo do sistema 
de classificação, dentre as quais Araneae (aranhas) e Scorpiones (escorpiões) são as 
mais conhecidas. 
Ordem Araneae 
A Ordem Araneae engloba artrópodos vulgarmente conhecidos como as 
aranhas. Os membros desta Ordem, também denominada Araneida estão 
distribuída em todo o planeta e são bem adaptadas a muitos habitats diferentes. 
Estes animais constituem um dos mais antigos de todos os grupos de artrópodes e 
os seus fósseis são conhecidos de depósitos geológicos do Devoniano e 
Carbonífero. Durante seu processo evolutivo, as aranhas tornaram-se adaptadas 
para consumir insetos como sua principal fonte de alimento. 
Como todos os aracnídeos, as aranhas têm apenas duas partes do corpo, um 
cefalotórax ou prossoma e um abdômen ou opistossoma. Em aranhas, estas duas 
regiões do corpo se conectam através de uma cintura estreita, chamada de 
pedúnculo. O abdômen é flexível e não segmentado, enquanto o cefalotórax é 
mais rígido e porta oito pernas que caracterizam as aranhas. 
A maioria das aranhas têm oito olhos simples, embora algumas tenham menos 
ou mesmo nenhum. 
Zoologia 2 
 
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Ordem Araneae. Note a região do prossoma, com quatro pares de pernas, um par de palpos e um 
par de quelíceras; no opistossoma ou abdômen, pode-se observar as fiandeiras na extremidade 
(http://entomologydiary.typepad.com/.a/6a00e54efefac88833014e87325b6b970d-700wi) 
 
Todas as aranhas produzem seda, porém nem todas fazem teias. 
Normalmente, as fiandeiras estão localizadas na extremidade do abdômen, o que 
lhes permite produzir um longo fio de seda por trás dele. 
Ordem Scorpiones 
O corpo dos escorpiões é envolvido por uma carapaça quitinosa segmentada e 
pode ser dividido em duas partes principais, o prossoma (cefalotórax) e o 
opistossoma (abdômen). 
O prossoma é coberto por uma placa dorsal e apresenta um par de olhos 
medianos na parte superior e olhos laterais nos lados da carapaça. Ainda no 
prossoma há um par de quelíceras e um par de pedipalpos, os quais são em forma 
de pinças. Na região ventral do prossoma existem quatro pares de pernas, bem 
como um par estruturas sensoriais denominadas pentes. 
Zoologia 2 
 
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O opistossoma consiste no mesosoma e metasoma ("cauda"). Dorsalmente, o 
mesosoma está dividido em sete placas. O metasoma é composto de 5 segmentos 
e do telson terminal (aguilhão de veneno). 
 
Ordem Scorpiones. Observe o prossoma, onde estão inseridas as pernas, o opistossoma dividido em 
mesossoma e metassoma (cauda). Note, também o aguilhão de veneno. 
(https://smediacacheak0.pinimg.com/736x/97/6b/ab/976bab71fadaed2a828b8df8c0f57596.jpg) 
 
Os escorpiões são animais noturnos que passam a maior parte de suas vidas 
em um estado de inatividade em seus esconderijos. Estes são geralmente 
microambientes em que o escorpião literalmente espreme-se, de modo a estar em 
contato com o substrato tanto acima como abaixo (tigmotatismo). 
A gama de habitats em que os escorpiões são encontrados é grande. Eles 
habitam desertos, cerrados, campos, florestas em zonas temperadas, florestas 
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tropicais, zonas de águas baixas e montanhas ainda cobertas de neve. Algumas 
espécies são encontradas em/ou perto de cavernas: eles mostram adaptações 
troglomórficas (pigmentação reduzida e / ou olhos ausentes). A variedade de 
espécies aumenta de forma constante a partir do equador e dos polos para as 
regiões subtropicais. 
Classe Pycnogonida 
Os picnogonídeos são criaturas de aparência estranha, conhecidos como 
aranhas marinhas, que vivem nos mares e oceanos do mundo e, normalmente, têm 
quatro pares de pernas, mas eles podem ter cinco ou até seis pares em alguns 
casos. Eles praticamente não apresentam um tronco e são portadores de uma 
tromba ou probóscide curta. Estes animais são pouco estudados e, portanto, sabe-
se muito pouco sobre este grupo. 
 
Pycnogonida (aranha marinha). Note a ausência de um tronco e os quatro pares de pernas. 
(https://smediacachek0.pinimg.com/736x/dc/1a/47/dc1a47091fe7cb86fe9eb50fb51e36d4.jpg) 
 
Estes animais são distribuídos em todo o mundo, desde as águas tropicais 
costeiras até os polos. Eles também são encontrados em profundidades de 7.000 
metros, embora eles são muito mais comuns em águas mais rasas. Eles variam em 
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tamanho de poucos milímetros de extensão de pernas até gigantes com uma 
extensão de pernas de até 75 centímetros. A partir do final de 1990, havia cerca de 
1.000 espécies conhecidas pela ciência divididos em 8 famílias e 86 gêneros. Eles 
são comuns no Mediterrâneo, no Caribe e em torno dos polos e não é tão difícil 
encontra-los em piscinas naturais (poças de maré). 
Subfilo Myriapoda 
Cerca de 13 mil espécies de artrópodes são classificados no subfilo Myriapoda,