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Desenvolvimento Infantil e Transformações Familiares


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ATIVIDADE 2 (A2) Temas Contemporâneos em Psicologia 
 
 
• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
O excesso de cuidados não é saudável da mesma forma que a ausência parcial ou total também 
serão nocivas ao desenvolvimento da criança. De acordo com Winnicott (1971), o ambiente 
facilitador é essencial para o desenvolvimento da criança. É neste espaço físico e emocional que 
a criança se constituirá como indivíduo dotado de desejos, percepções e outras 
subjetividades. É a partir dos cuidados maternos iniciais que a criança se constituirá como 
sujeito. A ação materna inicial é composta por três funções básicas, o holding, o handling e a 
apresentação do objeto. O primeiro, o holding, é a capacidade da mãe de sustentar, acolher o bebê 
em seu colo, físico e psíquico, permitindo que esta criança se sinta segura. O handling diz respeito 
ao manuseio da criança, são os cuidados com o corpo e no reconhecimento simbólico deste corpo. 
E a terceira função que é a apresentação do objeto, ou seja, a mãe será responsável pelo 
intermédio da relação do bebê com o ambiente. Irá apresentar os elementos mundo a ele. 
Fonte: WINNICOTT, D. W. A criança e seu mundo. Rio de Janeiro, Zahar, 1971. 
De acordo com as ideias de Winnicott 
I – Os fenômenos familiares, subjetivos e culturais em constante transformação, exercem forte 
papel na formação da criança. 
II – As instituições educacionais têm um importante papel na formação social da criança. 
III – A escola contempla todas as necessidades de formação de uma criança. 
IV – O Psicólogo deve utilizar recursos e técnicas de sua ciência sem considerar contextos 
familiares, afinal as teorias são aplicáveis a todos. 
É correto o que se afirma em: 
 
 
Resposta Selecionada: b. 
I e II apenas. 
Resposta Correta: b. 
I e II apenas. 
 
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da 
resposta: 
“Como já afirmara Winnicott (1985), não há nada que um pediatra e psicanalista 
possa afirmar sobre uma criança que uma mãe já não o tenha visto ou sentido de 
alguma forma. Em outras palavras, é necessário colocar em questão se os valores, 
o discurso e o vínculo da família, em relação à criança, estão sobrepostos ou 
desautorizados pelo discurso médico, científico e especializado sobre a criança. 
Uma atuação comprometida e ética demandará questionamentos acerca dos 
fenômenos familiares, subjetivos e culturais em constante transformação, muito 
mais do que certezas acabadas e aplicadas sobre os modos de viver. A escola, que 
é um apoio, mas não uma alternativa para o lar da criança, pode fornecer 
oportunidade para uma profunda relação pessoal com outras pessoas que não os 
pais. 
 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
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Na compreensão da psicanalista Elisabeth Roudinesco (2003), a família tem sido a cada vez 
reinventada sobre novas bases. A autora levanta o paradoxo de que a família se encontra 
atualmente em “desordem”, porém ela segue sendo “amada, sonhada e desejada por homens, 
mulheres e crianças de todas as idades, de todas as orientações sexuais e de todas as condições”, 
tornando-se a única importância com garantia de proteção ao qual ninguém quer abrir mão. 
(Roudinesco 2003, p. 198). 
Fonte: FELIPPI, G.; ITAQUI, L. G.. Transformações dos Laços Vinculares na Família: Uma Perspectiva 
Psicanalítica http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v19n1/v19n1a09.pdf. Acesso em 24 de ago de 2018. 
Roudinesco apresenta três períodos na evolução da família, de acordo com as ideias da autora 
assinale V para verdadeiro e F para falso: 
( ) A família contemporânea era considerada uma célula estável e submetida a uma autoridade 
patriarcal, assegurava a transmissão de um patrimônio; 
( ) A família moderna, valoriza a divisão do trabalho entre os cônjuges, apontando para uma 
divisão de tarefas; 
( ) A família moderna une dois indivíduos em busca de realização. 
( ) Com a família contemporânea a transmissão da autoridade vai se tornando cada vez mais 
frágil, o que impulsiona o aumento no número de divórcios, separações e recomposições 
conjugais. 
( ) O momento no qual passa a prevalecer a democracia como aspecto central dos laços conjugais 
é no surgimento da família moderna. 
 
 
Resposta Selecionada: b. 
F, V, F, V, F. 
Resposta Correta: b. 
F, V, F, V, F. 
 
Feedback 
da 
resposta: 
A família tradicional, considerada uma célula estável e submetida a uma 
autoridade patriarcal, assegurava a transmissão de um patrimônio; 
A família moderna, que aparece entre o fim do século XVIII e início do XX, 
representando uma ruptura com o modelo tradicional de família ao apontar a 
reciprocidade dos sentimentos. Esse modelo valoriza a divisão do trabalho entre 
os cônjuges, apontando para uma divisão de tarefas. “A atribuição da autoridade 
torna-se, então, motivo de uma divisão incessante entre o Estado e os pais, de um 
lado, e entre os pais e as mães, de outro” (ROUDINESCO, 2003, p. 19); 
A família contemporânea, que aparece em meados dos anos 1960 e une dois 
indivíduos em busca de realização. Nesse período, a transmissão da autoridade 
vai se tornando cada vez mais frágil, o que impulsiona o aumento no número de 
divórcios, separações e recomposições conjugais. Nesse momento, passa a 
prevalecer a democracia como aspecto central dos laços conjugais. 
 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
“No último domingo (11), uma ação policial expulsou os usuários de crack que se aglomeravam na 
Praça Princesa Isabel, uma região central da cidade de São Paulo. Àquela altura, pelas contas da 
Guarda Civil Metropolitana, eles eram quase 600. A dispersão durou pouco. Horas depois, quando a 
prefeitura terminara a limpeza da praça – e mandara para o lixo as barracas de lona e móveis 
precários que tomavam o lugar –, seus ocupantes voltaram. A ação do último domingo é um novo 
capítulo de um debate que se tornou incômodo para a administração João Doria. Em maio, uma 
 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v19n1/v19n1a09.pdf
primeira ação na região acabara de modo dramático, com a dispersão dos dependentes para a 
Praça Princesa Isabel e com demolições de construções na região que deixaram feridos. Dória 
chegou a dizer que a cracolândia tinha acabado. Estava enganado. A atuação da prefeitura foi 
criticada mesmo por membros do PSDB, o partido do prefeito. Depois da primeira ação, em maio, a 
secretária de Direitos Humanos da prefeitura pediu demissão do cargo. O embate opõe duas visões 
sobre como tratar a questão das drogas no país. Há evidências de que a internação compulsória é 
mais eficiente que a redução de danos (a ideia que orientava o programa de saúde da gestão 
anterior)?” 
Fonte: CISCATI, R.; BUSCATO, M. Cracolândia: internar à força resolve? Publicado por Época em 
14/06/2017, às 16h24, atualizado em 15/06/2017 às 17h46. Disponível 
em: https://epoca.globo.com/saude/check-up/noticia/2017/06/cracolandia-internar-forca-
resolve.html, acesso em 31/05/2018. 
Caso você estivesse atuando como um profissional da psicologia, de acordo com as referências 
técnicas para a atuação de psicólogas (os) em políticas públicas de álcool e outras drogas, 
considere as assertivas abaixo: 
I. Caso não encontrassem um membro da família que pudesse se responsabilizar pela pessoa, você 
persuadiria os usuários a serem internados. Nos casos de recusa, você faria a internação de modo 
compulsório, em função desta ser a melhor alternativa em caso de usuários em situação de rua. 
II. Você buscaria colocar em prática ações que evidenciassem que qualquer uso de substância lícita 
ou ilícita é patológica e deve ser alvo da saúde pública, evitando, dessa forma, a estigmatização 
dos/as usuários/as e recomendando a internação emqualquer situação de drogadição. 
III. Proporia para um processo de recuperação mais efetivo de usuários de álcool e drogas 
internados, a criação de alternativas inovadoras no cuidado, por exemplo a indução à convicções 
políticas, filosóficas, morais, ideológicas e religiosas que possam promover maior adesão da pessoa 
ao tratamento. 
IV. Ponderaria em suas ações à igualdade de direitos de acesso à saúde, preconizada nas atuais 
legislações; levando ainda em consideração a diversidade das origens dos adoecimentos e das 
situações enfrentadas pelos usuários e, por fim, as singularidades das vivências e das histórias 
individuais, entendendo a necessidade de ações que levem em conta tais idiossincrasias. 
É correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: d. 
Apenas IV. 
Resposta Correta: d. 
Apenas IV. 
Feedbac
k da 
resposta
: 
criar alternativas inovadoras de cuidado ao usuário exige um conhecimento 
aprofundado de sua história de vida, dos gatilhos determinantes de sua entrada e 
imersão no uso abusivo de drogas, de suas relações familiares, das relações que 
estabelece com seus pares e com as demais pessoas que integram seu mundo, das 
relações com sua comunidade de origem e das relações com a sociedade em geral. [...] 
Muitas instituições voltadas para os casos de abuso e dependência das substâncias 
psicoativas incentivam práticas de imposição de credo como recurso de tratamento 
para atingir a abstinência. Esse tipo de prática social, no entanto, é incompatível não 
só com o Código de Ética da (o) psicóloga (o), mas também com os princípios das 
políticas públicas e o caráter republicano e laico do Estado brasileiro.As atuais ações 
de “recolhimento compulsório” da população em situação de rua, apresentados na 
mídia como usuários de crack, e a banalização das internações compulsórias ou 
involuntárias de crianças e adolescentes em diversas cidades brasileiras, evidenciam 
um grave retrocesso para as políticas públicas, tão arduamente conquistadas e que 
apostam na integralidade do cuidado e na intersetorialidade das ações para as pessoas 
 
que fazem uso de álcool e outras drogas. As (os) psicólogas (os), então, na sua atuação, 
podem colaborar para desnaturalizar as práticas de violência e de tutela que 
historicamente foram associadas às pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas. 
[...]As substâncias psicoativas, principalmente as consideradas ilícitas, são usualmente 
associadas à violência, criminalidade, doença e à morte. Muitas das práticas sociais 
relacionadas com as drogas não podem, no entanto, ser consideradas “abusivas” ou 
mesmo “compulsivas”. Esses conceitos que remetem ao quadro das chamadas 
“toxicomanias” ou da “dependência química” são parte de uma parcela pequena 
comparada aos usos controlados e ocasionais dessas substâncias. Certamente, os usos 
considerados danosos e prejudiciais necessitam de cuidados, mas não se pode 
confundir de modo deliberado e reduzir os variados modos de relação com as 
substâncias psicoativas à compulsão e à “dependência física ou psíquica” (NERY 
FILHO, 2009).Fonte: CFP - Conselho Federal de Psicologia. Referências Técnicas para a 
Atuação de Psicólogas/os em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/. Conselho 
Federal de Psicologia, - Brasília: CFP, 2013. 88p. Disponível em: 
http://crepop.pol.org.br/wp-
content/uploads/2013/12/CREPOP_REFERENCIAS_ALCOOL_E_DROGAS_FINAL_10.01
.131.pdf, acesso em 31/05/2018. 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
“Um juiz federal do Distrito Federal autorizou, em caráter liminar, que psicólogos possam 
atender eventuais pacientes que busquem terapia para reorientação sexual. A decisão atendeu a 
uma ação de três psicólogos que pediam a suspensão de uma resolução do Conselho Federal de 
Psicologia (CFP) que estabelece como os profissionais da área devem atuar nos casos que 
envolvam a orientação sexual de pacientes. O conselho irá recorrer da decisão. (...) Para os 
autores da ação popular que questiona a resolução, a iniciativa do CFP impede os psicólogos 
não só de atender eventuais pacientes que procurem ajuda para tentar reverter sentimentos ou 
comportamentos que lhes provoquem desconfortos ou transtornos, como de desenvolver 
estudos científicos sobre a possível reversibilidade de práticas homoeróticas, restringido a 
liberdade de pesquisa dos profissionais. A partir das informações fornecidas pelas partes, o juiz 
da 14ª Vara do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho, acatou parcialmente o pedido 
dos críticos da resolução. Sem suspender os efeitos gerais da regulamentação do conselho, o 
magistrado determinou que deve ser facultado aos profissionais interessados a possibilidade de 
pesquisar o tema ou atender os pacientes que os procurarem buscando a chamada reorientação 
sexual”. 
Fonte: RODRIGUES, A. Justiça autoriza psicólogos a oferecer terapia de reorientação sexual. 
Publicado pela Agência Brasil em 18/09/2017, Brasília – DF. Disponível 
em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-09/justica-autoriza-psicologos-
oferecer-terapia-de-reorientacao-sexual, acesso em 26/02/2018. 
Após a divulgação de tal decisão, imagine-se um psicólogo clínico que recebe em seu consultório 
um paciente homossexual que a principal queixa seja o sofrimento e tristeza que sua orientação 
lhe causa. Qual ações você poderia tomar que atendesse as resoluções éticas da sua profissão? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Utilizar-se de técnicas e procedimentos terapêuticos que ajudem o paciente a 
aprender a lidar com a própria identidade sexual em meio a um ambiente 
hostil, refletindo sobre a heteronormatividade, bem como, que a sexualidade 
faz parte da identidade de cada sujeito e, por isso, práticas homossexuais não 
constituem doença, distúrbio ou perversão. 
Resposta 
Correta: 
c. 
Utilizar-se de técnicas e procedimentos terapêuticos que ajudem o paciente a 
aprender a lidar com a própria identidade sexual em meio a um ambiente 
hostil, refletindo sobre a heteronormatividade, bem como, que a sexualidade 
 
faz parte da identidade de cada sujeito e, por isso, práticas homossexuais não 
constituem doença, distúrbio ou perversão. 
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da 
resposta: 
“RESOLUÇÃO CFP N° 001/99 DE 22 DE MARÇO DE 1999 "Estabelece normas de 
atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual" O 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e 
regimentais, CONSIDERANDO que o psicólogo é um profissional da 
saúde; CONSIDERANDO que na prática profissional, independentemente da área 
em que esteja atuando, o psicólogo é freqüentemente interpelado por questões 
ligadas à sexualidade. CONSIDERANDO que a forma como cada um vive sua 
sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a qual deve ser compreendida na 
sua totalidade; CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença, 
nem distúrbio e nem perversão; CONSIDERANDO que há, na sociedade, uma 
inquietação em torno de práticas sexuais desviantes da norma estabelecida 
sócio-culturalmente; CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir 
com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, 
permitindo a superação de preconceitos e discriminações; RESOLVE: Art. 1° - Os 
psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente 
aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das 
pessoas e da humanidade. Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu 
conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de 
discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam 
comportamentos ou práticas homoeróticas. Art. 3° - os psicólogos não exercerão 
qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas 
homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais 
para tratamentos não solicitados. Parágrafo único - Os psicólogos não 
colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das 
homossexualidades. Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nemparticiparão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, 
de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos 
homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica. Art. 5° - Esta 
Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6° - Revogam-se todas 
as disposições em contrário.Fonte: http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf, acesso em 26/02/2018. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
“Ana, sexo feminino, 6 anos, branca, estudante do primeiro ano do ensino fundamental de uma 
escola pública, buscou atendimento psicológico por iniciativa dos pais, os quais apresentaram 
as seguintes queixas: agressividade, falta de limites, agitação e TDAH diagnosticado 
previamente por um médico neurologista. Segundo os pais, a procura por apoio profissional, 
tanto médico quanto psicológico, foi motivada por constantes reclamações da escola 
(professores, coordenadora e diretora) sobre o comportamento da filha. [...] Ana toma Ritalina 
duas vezes ao dia, receitada por um médico neurologista indicado pela escola. O psicofármaco 
foi prescrito logo na primeira visita ao médico, tendo o diagnóstico se pautado essencialmente 
no diálogo com os pais. [...] Em termos culturais, foi verificada dominância masculina na 
hierarquia familiar, assim como crenças parentais na punição física e verbal (gritos) como 
forma de educar e controlar os comportamentos da filha.Quanto à vida escolar, Ana é aluna do 
primeiro ano do ensino fundamental de uma escola municipal; frequenta aulas no período da 
manhã; é pontual e assídua, faltando apenas em circunstâncias especiais. [...] A professora de 
Ana a relata como uma criança agitada, indisciplinada, ocasionalmente agressiva com os colegas 
e com dificuldades no cumprimento de tarefas, em acatar ordens e respeitar regras. Por outro 
lado, afirma que, apesar de tais características, é uma criança muito dócil, sincera, meiga e 
inteligente, equiparando seu comportamento a de um adulto em termos de linguagem, 
raciocínio e comunicação. 
 
Fonte: PEREIRA, I. S. A.; SILVALL, J. C. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade à luz de 
uma abordagem crítica: um estudo de caso. Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.17 no.1 Belo 
Horizonte abr. 2011. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A situação acima ressalta a reflexão proposta em relação à terceirização dos cuidados da 
criança. Situação que leva ao aumento da incidência de discursos técnicos e de especialistas 
sobre a criança. 
PORQUE 
II. Tal determinação configura como atribuição do Psicólogo Escolar articular conhecimentos 
psicológicos nas atividades escolares por meio de análises e intervenções. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I. 
Resposta Correta: c. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I. 
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da 
resposta: 
Apesar de estarem ambas corretas, as assertivas versam sobre conceitos 
diferentes. Diante desse cenário, é imprescindível fazer uma reflexão sobre as 
consequências dos discursos e cuidados de outros sobre a criança: do outro 
professor, do outro pediatra, da outra babá. Muitas vezes, os discursos técnicos 
se sobrepõem ao discurso familiar. É o que nos alertam Teperman (2009) e 
Rosa (2006). Ao passar muito tempo de sua jornada diária em instituições, a 
criança é atravessada por discursos de especialistas. É o professor, o cuidador 
ou o diretor da escola que “sabem” a respeito da criança. Para Teperman (2009) 
e Rosa (2006), temos aí um atravessamento do discurso técnico-científico que 
incide sobre o laço social entre a criança e sua família: no lugar de recorrer aos 
pais e às mães, que sabem (ou que deveriam saber) sobre seus filhos, recorre-se 
aos relatórios escolares, aos relatórios do fonoaudiólogo e/ou do psicólogo, às 
avaliações pediátricas, correndo-se o risco de cair em uma “transmissão 
asséptica”, uma vez que se constituiu apartada do convívio familiar. Voltolini 
traduz da seguinte maneira o que seria o ideal da educação para Freud: "desejar 
coisas para os filhos, tolerar suas escolhas". Desse modo, encontramos já em 
Freud esta clareza: a educação sustenta-se em marcas de desejo, marcas que 
não são garantias. Marcas que implicam em um arriscar-se, marcas para além 
do "para o seu bem" ou "porque era meu dever", marcas de desejo (TEPERMAN, 
2009, p. 5). Dessa forma, a autora nos lembra sobre o legado freudiano: educar 
um filho está relacionado a uma questão de desejo, de transmissão de marcas. 
(TEPERMAN, 2009). Ao terceirizar os cuidados de uma criança, a família leva 
junto a possibilidade de transmitir marcas de desejo e dá abertura, ao mesmo 
tempo, para que outros discursos técnicos, científicos e pedagógicos incidam e 
atravessem essa criança. Essas são algumas das marcas principais do legado das 
instituições contemporâneas: o aumento da incidência de discursos técnicos e 
de especialistas sobre a criança. Tal fenômeno não caracteriza somente cenários 
negativos, mas convoca à constante reflexão sobre seus efeitos. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
A maneira como compreendemos cada arranjo familiar determina a atuação profissional em 
relação à criança e a este sistema ao qual ela está inserida. É importante considerar que cada 
 
família tem a sua própria cultura, dentro de contextos diversos e muitas vezes incompreensíveis 
aos olhos de quem vê de fora. Nestas novas configurações surge o espaço para a diversidade e a 
interação entre várias etnias, religiões e culturas. As relações de gênero se reconfiguraram e as 
funções não são mais predefinidas. Os processos de separação, divórcio e novas reconstruções 
familiares vem permitindo inúmeras possibilidades de convivência, como um mosaico de 
relações que se estabelecem no decorrer da vida. Nos séculos anteriores a expectativa de vida era 
menor, as pessoas viviam menos tempo. Atualmente, com um período de vida maior a 
possibilidade de novas configurações ao longo deste percurso é maior. As pessoas trocam de 
parceiros com maior fluidez, realizam um segundo curso de formação, mudam de profissão. Os 
modos de vida deixaram de ser estáticos e pré-moldados para assumirem um funcionamento 
dinâmico. 
De acordo com o estudo sobre as estruturas familiares assinale V para verdadeiro e F para falso: 
( ) Uma família apenas se constitui a partir de laços conjugais. 
( ) Famílias recompostas são aquelas nas quais um dos membros do casal ou os dois têm filhos 
de relacionamentos anteriores. Nestas configurações todos possuem laços consanguíneos. 
( ) Com a independência financeira da mulher, a família passou por novas e grandes 
transformações. 
( ) Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade 
pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parente próximos com os quais a criança ou 
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
Está correta a sequência descrita na alternativa: 
 
Resposta Selecionada: a. 
F, F, V, V. 
Resposta Correta: a. 
F, F, V, V. 
 
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da 
resposta: 
Roudinesco (2003) apresenta três períodos na evolução da família: • 1. A família 
tradicional, considerada uma célula estável e submetida a uma autoridade 
patriarcal, assegurava a transmissão de um patrimônio; • 2. A família moderna, 
que aparece entre o fim do século XVIII e início do XX, representando uma 
ruptura com o modelo tradicional de família ao apontar a reciprocidade dos 
sentimentos. Esse modelo valoriza a divisão do trabalho entre os cônjuges, 
apontando para uma divisão de tarefas. “A atribuição da autoridade torna-se, 
então, motivo de uma divisão incessante entre o Estado e os pais, de um lado, e 
entre os pais e as mães, de outro” (ROUDINESCO, 2003, p. 19); • 3. A família 
contemporânea, que aparece em meadosdos anos 1960 e une dois indivíduos 
em busca de realização. Nesse período, a transmissão da autoridade vai se 
tornando cada vez mais frágil, o que impulsiona o aumento no número de 
divórcios, separações e recomposições conjugais. Nesse momento, passa a 
prevalecer a democracia como aspecto central dos laços conjugais. No Brasil, 
destaca-se a divulgação e a legitimação do Estatuto da Criança e do Adolescente 
no início dos anos 1990 (BRASIL, 1990). Nos anos 2000, houve uma mudança de 
termos nesse documento:emvezde“pátriopoder”,passou-
seanomear“poderfamiliar”,trazendoaconotação de que a responsabilidade pela 
criança e pelo adolescente é um dever compartilhado – e não apenas do pai/ 
“pátrio poder”. Além disso, há uma distinção entre “família natural” (aquela 
formada por pais ou por parentes próximos com os quais a criança, ou o 
adolescente, mantém vínculos de afinidade e afetividade) e “família substituta” 
(formada a partir de situações de guarda, tutela ou adoção). Isso significa que, 
legalmente, a noção de família é ampliada e não mais restrita ao controle 
 
patriarcal. Teperman (2009), em estudo realizado sobre o exercício da 
parentalidade na contemporaneidade, afirma que, no que se refere aos arranjos 
familiares, a contemporaneidade permite dois modos de aproximação: um modo 
voltado para a ideia de que as novas configurações familiares provocam “a 
impossibilidade do exercício adequado das tarefas parentais”; e outro modo 
voltado para a ideia de que, “apesar das diferentes e novas configurações que 
possa adquirir, a família resiste”. 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
“Os psicólogos também, como agentes educacionais não podem se manter ingênuos. Basta de 
ingenuidade! Promover a saúde tem sido apresentado como objetivo para a prática dos 
psicólogos nas escolas. Não se pode, no entanto, esquecer que esta busca tem duas dimensões 
importantes, como afirma Contini (2001), a ética e a política. A dimensão ética[...] se compõe 
pela solidariedade ao outro e com o outro...a outra dimensão política do compromisso com a 
transformação social”. Ao direcionar estas duas dimensões, ética e política, frente à realidade 
tão antagônica de miséria de muitos e riqueza de poucos em nosso país [...]. Não é possível ficar 
indiferente frente a esta realidade tão dramática (Contini, 2001, pp. 164-165)”. 
Fonte: (BOCK, A. M. B. Psicologia da Educação: Cumplicidade ideológica. Em: MEIRA, M. E. M.; 
ANTUNES, M. (orgs.). Psicologia Escolar: Teorias Críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 
O texto acima invoca uma postura ativa e transformadora por parte do psicólogo. Diante disso, 
qual papel poderia assumir o psicólogo na escola para ser capaz de sair da indiferença frente às 
mudanças necessárias ao processo educativo e instituição escolar? Analise as afirmativas a 
seguir: 
I.O psicólogo escolar deve articular conhecimentos psicológicos nas atividades escolares por 
meio de análises e intervenções, referentes ao desenvolvimento humano, às relações 
interpessoais e à integração família-comunidade-escola, para promover o desenvolvimento 
integral do ser. 
II. O psicólogo escolar deve atuar no âmbito da educação formal realizando pesquisas, 
diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em grupo e individualmente. 
III. Cabe ao psicólogo uma reflexão crítica e um posicionamento ético que leve em conta a 
transmissão de valores e a construção dos vínculos familiares. 
IV. O psicólogo está na escola com a finalidade de planejar programas educacionais voltados às 
crianças e, ao se envolver na elaboração dos programas educacionais, assumir a 
responsabilidade do professor por seus problemas em sala de aula. 
É correto, APENAS, o que afirma em: 
 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
Resposta Correta: a. 
I, II e III. 
Feedback 
da 
resposta: 
O Conselho Federal de Psicologia aponta como uma das atribuições 
profissionais do psicólogo no Brasil a "atuação junto a organizações 
comunitárias, em equipe multiprofissional no diagnóstico, planejamento, 
execução e avaliação de programas comunitários, no âmbito da saúde, lazer, 
educação, trabalho e segurança" (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2007, 
p. 27). Nesse sentido, a resolução n° 13/2007, do Conselho Federal de 
Psicologia, complementa tal determinação definindo como atribuição do 
 
Psicólogo Escolar articular conhecimentos psicológicos nas atividades escolares 
por meio de análises e intervenções, “referentes ao desenvolvimento humano, 
às relações interpessoais e à integração família-comunidade-escola, para 
promover o desenvolvimento integral do ser" (2007, p. 34). A resolução n.º 
13/2007 preconiza que o psicólogo “atua no âmbito da educação formal 
realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em 
grupo e individualmente” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2007, p. 18). 
A resolução n.º 13/2007 preconiza que o psicólogo deve envolver, “em sua 
análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que 
participam do processo de ensino-aprendizagem. Nessa tarefa, considera as 
características do corpo docente, do currículo, das normas da instituição, do 
material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema”. É 
necessário, portanto, o desenvolvimento de estudos e a análise constante das 
relações entre o homem e o “ambiente físico, material, social e cultural quanto 
ao processo ensino-aprendizagem e produtividade educacional” (2007, p. 18). 
Diante do cenário contemporâneo em que temos instituições que acolhem e se 
responsabilizam pelos cuidados da criança, cabe ao psicólogo uma reflexão 
crítica e um posicionamento ético que leve em conta a transmissão de valores e 
a construção dos vínculos familiares. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 
Fonte: http://nossacausa.com/por-que-precisamos-falar-sobre-genero-na-escola/, acesso em 
22/02/2018. 
Baseando-se na situação retratada na imagem, imagine-se mediando um grupo de mulheres no 
qual boa parte das queixas relacionam-se a com a jornada dupla, a exaustão que o acúmulo de 
tarefas e a falta de reconhecimento no trabalho as conduzem. Quais ações poderiam ser tomadas 
para minimizar o sofrimento das mulheres do grupo? 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Propor uma reflexão acerca da educação que as mesmas receberam, bem como, 
das representações sociais que se tem sobre o que é ser mulher e o que é ser 
homem, buscando o rompimento com o papel de gênero tradicional de modo 
que as mulheres possam entender que as mulheres não são responsáveis 
naturalmente por tais tarefas, levando-as a refletir sobre a educação que oferece 
aos filhos e filhas, reduzindo a desigualdade nas exigências a cada gênero. 
Resposta 
Correta: 
d. 
Propor uma reflexão acerca da educação que as mesmas receberam, bem como, 
das representações sociais que se tem sobre o que é ser mulher e o que é ser 
homem, buscando o rompimento com o papel de gênero tradicional de modo 
que as mulheres possam entender que as mulheres não são responsáveis 
naturalmente por tais tarefas, levando-as a refletir sobre a educação que oferece 
aos filhos e filhas, reduzindo a desigualdade nas exigências a cada gênero. 
Feedback 
da 
resposta: 
A noção de gênero é problemática e precisa ser pensada em meio a transformações 
históricas, políticas e sociais sustentadas por diferentes relações de poder. Na 
década de 1950, junto a Simone de Beauvoir, as feministas demandavam igualdade 
social e política com relação aos homens. Em 1970, a reivindicação altera seu foco 
do reconhecimento da diferença sexual para a diferença de raça e de classe social. 
Em um terceiro momento, na década de 1990, a ênfase se direciona para a 
legitimação de novos modelos de identidade (DUNKER, 2017). Em 1990, em 
Problemas de gênero, Judith Butler (2003) aponta a prevalência da 
heteronormatividade na contemporaneidade, fundamentada na concepção binária 
dos sexos e dos gêneros. Tal concepção aponta que as características sexuais 
anatômico-fisiológicas, as nomeaçõessociais de gêneros, os desejos e práticas 
sexuais devem ser concordantes, equivalentes. E aqueles sujeitos que não estão 
adequados a esse sistema e não correspondem aos gêneros masculino e feminino, 
são muitas vezes invisibilizados e patologizados. Nesse sentido, é possível dizer 
que a heteronormatividade é uma reiteração da norma sobre o corpo, gênero e 
sexualidade, que busca a regulação do gênero como forma de manter a ordem 
heterossexual, trata-se, portanto, de uma relação de poder normativa (POCAHY; 
NARDI, 2007). Contudo, além de uma crítica à segregação e discriminação de 
gênero, tal abordagem trouxe outras contribuições como a crítica às abordagens 
que referem as patologias “mentais” a identidades individuais, diferentes das 
identidades sexuais heterossexuais. Contra as hipóteses de que a estrutura binária 
de sexualidade é natural e a única saudável, Butler (1990) propõe a hipótese de 
que o gênero em um ato performativo. “Palavras, gestos e atos expressos 
reiteradamente criam a realidade dos gêneros” (DUNKER, 2017, p. 18). Concebida 
originalmente para questionar a formulação de que a biologia é o destino, a 
distinção entre sexo e gênero atende à tese de que, “por mais que o sexo pareça 
intratável em termos biológicos, o gênero é culturalmente construído”. Ou seja, o 
gênero não é nem o resultado causal do sexo, nem tampouco tão aparentemente 
fixo quanto o sexo. Assim, a unidade do sujeito já é potencialmente contestada pela 
distinção que abre espaço ao gênero como interpretação múltipla do sexo. 
(BUTLER, 2003, p. 24). 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
De acordo com Azevedo e Guerra (1989) a omissão em termos de prover as necessidades físicas 
e emocionais de crianças ou adolescentes configura-se quando os pais (ou responsáveis) falham 
em termos de alimentar, de vestir adequadamente seus filhos etc.., e quando tal falha não é 
resultado de condições de vida além de seu controle. 
Fonte: AZEVEDO, M.A.; GUERRA, V.N.A. Crianças Vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. 
São Paulo: Iglu, 1989. 
 
A falta de cuidados ou a incapacidade da família em prover os cuidados básicos necessários à 
uma criança pode ser considerada como omissão ou até negligência como previsto na legislação 
brasileira. A partir desta premissa, considere as seguintes afirmativas: 
I – A negligência pode ocorrer afetivamente, quando a criança não é atendida em suas 
necessidades emocionais. 
II – Quando a família estabelece um alto grau de expectativa em relação ao desempenho da 
criança. 
III – Pode ocorrer por falta de encaminhamento da criança à escola. 
Estão corretas as afirmativas descritas na alternativa: 
 
Resposta Selecionada: e. 
I e III apenas. 
Resposta Correta: e. 
I e III apenas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Nesse sentido, as novas configurações familiares conservam algumas das 
antigas funções de cuidado e provisão, muitas vezes fragmentadas e pouco 
compartilhadas entre os diversos membros da família. Se por um lado, essa 
família tem contemplado certas necessidades básicas dos envolvidos, por outro, 
tem negligenciado em muitos casos as funções consideradas principais pelos 
filhos, ou seja, o apoio e as relações afetivas. Muitas famílias, ou membros 
dessas, têm se preocupado, sobretudo, com seu papel de provedor dos 
cuidados, terceirizando a vida e a convivência com as crianças e os 
adolescentes, sob o preço de colocar em jogo seu vínculo afetivo. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
“O homem não se considera criminoso, porque ainda existe a cultura do ‘um tapinha não dói’. 
Muitas vezes a mulher tem a ilusão de que o homem não vai fazer de novo, porque ele aparece 
com flores e bombons, porém, logo o ciclo da violência recomeça e segue por anos. Isso sem 
falar dos ex-maridos, que não se conformam com o fato de terem sido deixados. Existe também 
o problema da culpabilização da mulher. Ela foi educada para ser amável. Quando apanha, é 
porque fez algo errado. A mulher não se considera um sujeito. A situação é muito complicada, 
um problema de saúde pública. É fundamental fomentar processos de educação formal e não-
formal, de modo a contribuir para a construção da cidadania, o conhecimento dos direitos 
fundamentais, da pluralidade, da igualdade sexual e o respeito à diversidade”, completa”. 
Fonte: G1. Ação. Violência contra a mulher se combate com educação e autonomia feminina. 
Publicada em 16 de dez. de 2013. Disponível em: 
< http://redeglobo.globo.com/acao/noticia/2013/11/violencia-contra-mulher-se-combate-
com-educacao-e-autonomia-feminina.html>, acesso em 02 de dez. de 2017. 
O excerto propõe que ações na educação formal podem contribuir no combate à violência 
contra a mulher. Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas. 
I. A atuação do psicólogo em situações como essa devem visar à prevenção, ou seja, propor 
ações que visem discutir os padrões sociais de feminilidades e masculinidades, buscando a 
reflexão sobre a “naturalização” da agressividade masculinidade e da passividade feminina, 
bem como, problematizar ações machistas que acontecem no cotidiano que ainda não se 
configuram como violência, mas que criam um ambiente favorável a desvalorização feminina. 
PORQUE 
 
II. A ação preventiva, ao invés da ação punitiva, pode ser compreendida como um ponto de 
partida para o crescimento individual e de uma comunidade, pois favorece a reflexão e o 
despertar de uma consciência crítica da sociedade, dos seus valores, dos comportamentos e das 
suas diferenças. Portanto, concretizar ações preventivas é investir a médio ou longo prazo na 
cidadania, na igualdade e na garantia de direitos humanos. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. 
Resposta Correta: d. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. 
Feedback 
da 
resposta: 
Nesse sentido, o papel do psicólogo no sistema de garantias de direitos, junto ao 
de outros profissionais, passa a ser o de um protetor e um viabilizador de 
direitos, devendo ter conhecimento da legislação, buscando o fortalecimento de 
práticas e espaços de debate, na direção da autonomia e do protagonismo dos 
usuários (AZEVEDO ROSSINI, 2012). A ação preventiva, ao invés da ação 
punitiva, pode ser compreendida como um ponto de partida para o crescimento 
individual e de uma comunidade, pois favorece a reflexão e o despertar de uma 
consciência crítica da sociedade, dos seus valores, dos comportamentos e das 
suas diferenças. Portanto, concretizar ações preventivas é investir a médio ou 
longo prazo na cidadania, na igualdade e na garantia de direitos humanos. 
Dessa forma, a prevenção se materializa na adoção de uma atitude responsável 
direcionada às pessoas e suas famílias. Com esse propósito, um trabalho 
preventivo desenvolver-se-á no fortalecimento dos vínculos familiares e 
comunitários.