Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESPÉCIES DE SUCESSÃO O Direito Civil brasileiro adotou em sua matéria referente a sucessões o principio de saisine, de origem francesa, tal principio que é estabelecida a posse dos herdeiros sobre os bens do “de cujus” é transmitida imediatamente a partir do momento de sua morte, setando esse principio consagrado em nosso Código Civil no artigo 1.784: “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.” Ou seja, a morte é o marco inicial para a transmissão dos bens aos herdeiros, a transferência é automática. “Conforme ensina Maria Helena Diniz, o termo sucessão indica o fato de uma pessoa inserir-se na titularidade de uma relação jurídica que lhe advêm de outra pessoa, podendo na acepção da palavra ser em sentido amplo ou restrito. Em sentido amplo, o termo sucessão aplica-se a todos os modos derivados de aquisição de domínio, indicando o ato pelo qual alguém sucede a outrem, investindo-se, no todo ou em parte, nos direitos que lhes pertenciam. Trata-se de sucessão inter vivos. No sentido restrito, a sucessão é a transferência, total ou parcial, de herança por morte de alguém, a um ou mais herdeiros. É a sucessão mortis causa que, no conceito subjetivo, é o direito por força do qual alguém recolhe os bens da herança, e, co conceito objetivo indica a universalidade do bem do de cujus, que ficaram em seus direitos e encargos.” Carlos Roberto Gonçalves aponta as especies de sucessões, sendo elas dividas quanto à sua fonte e quanto ao seus efeitos. Os tipos de sucessões quanto a sua fonte são a legítima, testamentaria, contratual e anômalo ou irregular, já quanto aos efeitos são a titulo universal e a titulo singular. Embora o autor tenha disponibilizado em sua obra várias especies de sucessões a titulo informativo, o Código Civil brasileiro prevê apenas duas formas de sucessões: A legítima ou legal e a testamentária. A sucessão legítima ou legal é aquela definida por lei. Ocorrerá quando o de cujus falecer sem deixar testamento, em outras palavras, as divisões, os quinhões finais, serão todos definidos segundo a legislação brasileira. Enquanto a testamentária será aquela advinda de disposição de ultimas vontades do falecido, seguindo a divisão nela expressa. Havendo herdeiro necessário a liberdade de testar é restrita à metade disponível da herança; havendo apenas herdeiros facultativos, é plena a possibilidade de dispor em testamento. A sucessão legítima será encontrada no artigo 1.788 do Código Civil: “Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo”. Ou seja, após o falecimento do de cujus se não houver testamento, seus serão repartidos aos seus herdeiros legítimos seguindo a ordem de preferencia, conhecido como ordem de vocação hereditária que está disposta no artigo 1.829 do Código Civil “ A sucessão legítima defere- se na ordem seguinte:I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais”. Segundo Orlando Gomes, os herdeiros necessários, descendentes, ascendentes e o cônjuge - sendo os parentes em 4º grau herdeiros facultativos - se qualificam como herdeiros legítimos fundamentando-se na organização da família. Além disso, só na sucessão legitima existe a ordem de vocação hereditária, não existindo na testamentária. Já na sucessão testamentária, modo de transmissão de herança onde o instituidor da herança antes da morte expressa sua vontade testando a alguém dentro dos limites legais, podendo ser feita por meio de testamento ou codicilo. O sucessão testamentaria é entendida como um negocio jurídico com caraterista de ser unilateral, personalíssimo, solene e que pode ser revogável, podendo o testador fazes disposições tanto em caráter patrimonial como também extrapatrimonial. Entendido como ultima vontade o testador terá a liberdade para testar em favor de uma ou mais pessoas os 50% de suas posses, assim como consta no artigo 1.789 do Código Civil: “Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança”. A legislação brasileira o porção disponível fixa e invariável correspondente a metade da herança. Ou seja, em qualquer hipótese, seja qual for a qualidade ou o numero de herdeiros, compreenderá sempre 50% dos bens do testador. Desso modo, pode existir simultaneamente, na mesma herança herdeiros que sejam necessários e testamento acontecendo harmoniosamente os dois tipos de sucessão sobre uma única herança. Com isso temos a forma de testamento que pode ser originário, na modalidade publico, cerrado e particular ou especial que se dar em marítima, aeromântica e militar. SUCESSÕES LEGÍTIMA TESTAMENTÁRIA LEI VONTADE SUCESSÃO LEGÍTIMA HERDEIROS LEGÍTIMOS ORDEM DE VOCAÇÃO HERDEIROS NECESSÁRIOS – ART 1.829 CC. 1 – Descendentes 2 – Ascendentes 3 – Cônjuge/companheiro 4 – Colaterais até 4 grau. - Descendentes - Ascendentes - Cônjuge/Companheiro - Direito à LEGÍTIMA - Fração de 50% do patrimonio – Art. 1846 CC. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA CODICILOTESTAMENTO NEGOCIO JURÍDICO - Unilateral - Personalíssimo - Solene - revogável DISPOSIÇÕES - Patrimonial - Extrapatrimonial FORMAS DE TESTAMENTO Ordinário: público, cerrado, particular. Especial: marítimo, aeronáutico, militar.
Compartilhar