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O processo de Aprendizagem Motora e a Neuroplasticidade ( Sistema Nervoso) APS

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Trabalho de Sistema Nervoso
O processo de Aprendizagem Motora e a Neuroplasticidade
Professor: Sergio H. Seabra
Integrantes: Airton da Silva Bomfim Júnior
Outubro de 2020
Rio de Janeiro
O processo de Aprendizagem Motora e a Neuroplasticidade
Conceitos recentes de neuroplasticidade e aprendizagem motora sugerem o estímulo de experiências sensorial motoras e percentuais, como mecanismos responsáveis pela constante reorganização estrutural e funcional do Sistema Nervoso Humano. Distintas áreas de representação cortical e de associação podem ser influenciadas pelo input sensorial, demonstrando a vulnerabilidade e capacidade de adaptação do sistema à informação que constantemente recebe.
Plasticidade sináptica e memória
A aprendizagem motora depende da plasticidade do sistema nervoso e requer uma prática por um período de tempo determinado. A distribuição de cadeias neuronais neste processo inclui uma grande quantidade de sistemas e estruturas, mas é determinada por modificações sinápticas expostas a eventos temporais e espaciais28,29. Durante o neurodesenvolvimento normal, a especialização das estruturas corticais para a memória, é mediada pela plasticidade funcional e estrutural entre neurónios. A plasticidade sináptica através do crescimento ou da retração dos dendritos, é provavelmente assumida como um mecanismo essencial para a formação da memória, embora não esteja bem esclarecido. A homeostase da região Peri sináptica e o equilíbrio neurotransmissor, assegurados em grande parte pelos mastócitos e micróglia, providenciam os substratos energéticos necessários ao neurónio durante os eventos celulares, como a plasticidade.
Neuroplasticidade
Neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neuronal, é a capacidade de o cérebro se adaptar a mudanças por meio do sistema nervoso.
Trata-se da habilidade do cérebro de reorganizar os neurônios e os circuitos neurais, moldando-se a níveis estruturais por meio de aprendizagem e vivências.
A neuroplasticidade permite que os neurônios se regenerem e que sejam criadas conexões sinápticas – meios de comunicação entre os neurônios.
De forma simples: a neuroplasticidade é o que permite que o cérebro seja adaptável a mudanças, atuando de forma maleável.
Para compreender melhor, imagine que o cérebro funciona por meio dos neurônios que percorrem diversos caminhos.
Esses caminhos seguem padrões, que podem ser alterados com a neuroplasticidade.
Essa remodelagem é feita por meio de um trabalho que envolve pensamentos, vivências, emoções, comportamentos, necessidades pessoais e mesmo o ambiente no qual o indivíduo está inserido.
Por meio desses fatores, a plasticidade permite que novas ligações entre os neurônios (as sinapses) sejam estabelecidas, alterando completamente a rede de conexões.
Essa capacidade é de extrema importância para a adaptação de pacientes com lesões físicas ou cerebrais.
Conceito
De acordo com o teórico C. H. Phelps, a plasticidade neural é uma mudança adaptativa na estrutura e nas funções do sistema nervos.
Como se dá a neuroplasticidade?
Existem duas principais formas por meio das quais ocorre a neuroplasticidade.
Uma delas é o brotamento – quando há o crescimento de uma área lesionada por meio de axônios.
De forma simplificada, é uma forma de os axônios se alongarem em direção a neurônios que se encontram afastados.
A outra é a ativação de sinapses latentes.
Nesse caso, quando ocorre uma lesão ou destruição de estímulos cerebrais, sinapses que até então estavam adormecidas ficam ativas.
Dessa forma, as necessidades do indivíduo são supridas.
Qual a importância da neuroplasticidade?
A importância da neuroplasticidade é que ela permite que o cérebro se adapte a diferentes circunstâncias, principalmente quando ocorrem lesões.
Por exemplo: se uma pessoa perde a visão devido a uma doença, ela precisa se adaptar à sua nova realidade.
Então, a neuroplasticidade faz com que o cérebro desenvolva ainda mais o tato e a audição, de maneira a compensar a perda da visão.
Ela também é importante para a aprendizagem durante a infância, como já mencionamos.
É por meio dela que as crianças aprendem não só fatores biológicos, como caminhar e falar, mas também sociais, como convivência com outras pessoas e percepção de emoções.
Quando a neuroplasticidade entra em ação?
A neuroplasticidade se dá principalmente na infância, fase em que as crianças adquirem novos conhecimentos e comportamentos sociais de forma constante.
Mas ela também ocorre na fase adulta, de modo que os indivíduos se adaptem às suas necessidades.
É um processo diário e natural do corpo humano.
Mas, na vida adulta, ele entra em ação principalmente quando o indivíduo sofre lesões físicas ou cerebrais.
Problemas como derrames, traumas e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, estimulam a neuroplasticidade.
Contudo, ela também é promovida por meio de novos aprendizados realizados pelo indivíduo, como aprender um novo idioma e tocar instrumentos musicais, por exemplo.
Tipos de neuroplasticidade
Existem cinco tipos de neuroplasticidade: dendrítica, axônica, sináptica, somática e regenerativa.
Vamos explicar cada uma delas agora.
Dendrítica
As espinhas dendríticas, em que ocorrem as sinapses, sofrem alterações em número, disposição, comprimento e densidade.
Esse tipo de neuroplasticidade ocorre principalmente nas primeiras fases do desenvolvimento.
Axônica
É a plasticidade inicial, que ocorre entre zero e dois anos de vida, e é crucial para o desenvolvimento do sistema nervoso.
Sináptica
É constituída pela capacidade de alterações nas sinapses entre as células nervosas.
As sinapses podem se tornar mais fortes ou mais fracas, dependendo dos estímulos externos e internos.
Somática
É aptidão para regular o aumento ou morte das células nervosas.
Ocorre somente no sistema central embrionário e não está suscetível a influências externas.
Regenerativa
Mais frequente no sistema nervoso periférico, a neuroplasticidade regenerativa é capacidade de regeneração de axônios lesados.
Neuroplasticidade e sua utilização clínica
A neuroplasticidade pode ser utilizada na prática clínica e é bastante útil em áreas como a fisioterapia e a psicologia.
Isso porque ela possibilita tratamentos para diferentes tipos de lesões, perda de funções motoras e prevenção de perdas de cognição devido a lesões.
O objetivo é aumentar a plasticidade do cérebro por meio de exercícios que despertem as sinapses.
Na fisioterapia, a neuroplasticidade auxilia pacientes com lesões, de modo que as funções neuronais se adaptem à condição do paciente.
Ela também é utilizada em pacientes que estão em período de reabilitação neuropsicológica, adaptando o cérebro conforme as novas demandas do indivíduo.
Introdução
A aprendizagem motora é descrita como um conjunto de processos dinâmicos, associados à experiência e prática motoras, que permitem a aquisição e modificação, mais ou menos permanente, das capacidades do indivíduo para realizar determinada ação ou tarefa. A Fisioterapia pode ser vista como um processo de aprendizagem desafiador, não só de padrões de movimento normais como também de um conjunto de comportamentos sociais e cognitivos, com significado para o indivíduo.
A aprendizagem cognitiva e a aprendizagem motora
Aprendizagem é o processo através do qual ganhamos conhecimentos sobre o mundo, enquanto a memória é um fator e concomitantemente um produto desse processo de aprendizagem, com forte relação entre níveis de atividade física e a função cognitiva não ser humana. Quer a aprendizagem, quer a memória processam-se em praticamente todas as regiões do Sistema Nervoso, envolvendo circuitos simples ou mais complexos. Consiste numa quantidade de mudanças nas conexões sinápticas ao longo da cadeia neuronal, determinadas por fatores genéticos e ambientais. Os eventos ambientais produzem sensações que contextualizam a ação (sistemas sensoriais), desenvolvem agentes que permitem a sua execução (sistema neuro musculoesquelético) e a possibilidade de alcançar o objetivo (sistema neuro motor).
Aprendizagem motora
Éo melhoramento gradativo de um indivíduo ao desempenhar um certo comportamento motor, que é analisado através da prática. As fases da aprendizagem motora, são:
1ª Fase - Motora Reflexiva: Os reflexos são as primeiras formas do movimento humano.
2ª Fase - Motora Rudimentar: Os movimentos rudimentares são determinados de forma maturacional e caracterizam-se por uma sequência de aparecimento previsível.
3ª Fase - Motora Fundamental: São habilidades motoras fundamentais da primeira infância; são consequência da fase de movimentos rudimentares do período neonatal
4ª Fase - Motora Especializada: É um período em que as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais são progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas para o uso em situações crescentemente exigentes.
Os estágios da Aprendizagem Motora são:
1º Estágio - Cognitivo: A criança efetua os movimentos com erros grosseiros, só que ela não consegue visualizar seu erro nem corrigi-lo.
2º Estágio - Associativo: A criança efetua o movimento com erros grosseiros, visualiza o seu erro, mas não consegue corrigi-lo.
3º Estágio - Autônomo: É o terceiro estágio da aprendizagem motora pelo indivíduo, o indivíduo efetua os movimentos com erros grosseiros, visualiza seu erro, onde errou e consegue corrigi-lo.
Mecanismos de percepção
Esses mecanismos têm as funções motoras ligadas às perceptivas. Já nas atividades perceptivas temos: sensação e a percepção.
Sensação: É todo dado imediato que é fornecido pelos sentidos e armazenado pelo cérebro.
Percepção: É a capacidade que um indivíduo tem em associar, comparar, interpretar e distinguir dados imediatos.
Percepção cinestésica: É o sentido pelo qual se percebem os movimentos musculares, o peso, a posição do corpo no espaço e a relação com o mundo à sua volta. É no estágio autônomo (3ª fase) que o aprendiz tem o domínio da percepção cinestésica.
Na evolução infantil
A percepção cinestésica pode ser dividida em três: Esquema corporal, Lateralidade e Organização espacial.
Esquema corporal: Dá-se pela ciência que a criança adquire sobre seu corpo, pois esse será o ponto central de vivência em sociedade ou tribo; relacionamento com o mundo; o corpo é a expressão viva da mente. A criança evolui dia a dia com seus passos, com suas descobertas, até que tenha seu esquema corporal construído.
Lateralidade: É o segundo ponto importante da percepção cinestésica, pois é quando o indivíduo começa a diferenciar seus lados (direito e esquerdo), tendo assim maior noção de onde se encontra. Após isso surge a organização do espaço, na qual o indivíduo tem noção do espaço em que encontra e logo o que tem ao seu redor, terminando assim o processo da percepção cinestésica.
Organização espacial: Está relacionada ao espaço que os movimentos do corpo podem percorrer e ocupar. É o deslocamento do corpo respeitando os espaços naturais.
 
Desenvolvendo seus elementos psicomotores como: ritmo, equilíbrio, percepção óculo-pedal e percepção óculo-manual, percepção visual, atenção, cognição, concentração, lateralidade, percepção de tempo e percepção de espaço.

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