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Tecnologia e Inovação 1 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO UNIDADE 02 2 Caro estudante, Queremos lhe dar as boas-vindas e cumprimentá-lo pela oportunidade de participar dessa modalidade de ensino- aprendizagem presente no currículo do curso que escolhestes estudar. Você está participando de um momento importante na instituição e no nosso país, pois a Educação a Distância – EAD está se expandindo cada vez mais, por ser uma modalidade que busca atender as novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial. As características fundamentais da sociedade contemporânea que têm impacto sobre a educação são, pois, maior complexidade das relações sócio- produtivas, uso mais intenso de tecnologia, redimensionamento da compreensão das relações de espaço e tempo, trabalho mais responsabilizado, com maior mobilidade, exigindo um trabalhador multicompetente, multiqualificado, capaz de gerir situações de grupo, de se adaptar a situações novas e sempre pronto a aprender. Em suma, queremos que a partir do conhecimento das novas tecnologias de interação e do estudo independente, você, caro estudante, torne-se um profissional autônomo em termos de aprendizado e capaz de construir e reconstruir conhecimentos, afinal esse é o trabalhador que o mercado atualmente exige. Dessa forma, participe de todas as atividades e aproveite ao máximo esse novo tipo de relação com os seus colegas, tutores e professores, e nos ajude a construir uma FATE e uma sociedade cada vez melhor. 3 SUMÁRIO UNIDADE 01 1. Apresentação 2. A teoria Fordista e Tayloristas 2.1 As Inovações Fordistas e Tayloristas 2.2 Transportes e comunicações 2.3 A Eletricidade 2.4 O motor a combustão 2.5 A Administração Científica 2.6 O desenvolvimento da Firma 2.7 A visão de Joseph Schumpeter e a criação destruidora 2.8 O crescimento da firma segundo Edith Penrose 2.9 O progresso da economia neoclassica 3. A Revolução da informação e das novas tecnologias 3.1 O contexto tecnológico e institucional 3.2 Tecnologias da informação e comunicação 3.3 Biotecnologia 3.4 Nanotecnologia 3.5 Economia do Conhecimento 3.6 Novas teorias da firma e tecnologia 4. Conclusões do Estudo Bibliografia 4 1. APRESENTAÇÃO A Faculdade Ateneu apresenta a disciplina de Tecnologia e Inovação à distância como uma excelente oportunidade para seus alunos conhecerem a economia da tecnologia no Brasil, utilizando material didático contendo informações conceituais, a visões de estudiosos e conclusões práticas dos dias atuais, desde a Revolução Industrial do século XVIII, iniciada na Inglaterra, passando pelas teorias econômicas Clássicas, Marxistixas, Neoclássicas, Fordistas até as novas teorias da firma e da Tecnologia. A partir desta Unidade você vai conhecer as teorias econômicas da tecnologia da era Fordista e a concorrência Oligopolista, o pensamento de Schumpeter, o crescimento da firma e o progresso técnico na economia neoclássica. A Gestão da Inovação é fator imprescindível na busca de uma posição de destaque no mercado atual tão competitivo, sem a qual, as empresas não alcançam os melhores retornos e maior satisfação dos seus investidores. 2. A TEORIA FORDISTA E TAYLORISTAS 2.1 As Inovações Fordistas e Tayloristas Segundo Alfred Chandler (1990), o crescimento da grande empresa moderna tem origem com o estudo das inovações nos transportes e comunicações, associadas a três áreas que contribuíram significativamente para alterar a estruturação industrial, transformando os modelos e firmas existentes e proporcionando uma dinâmica mais intensa dos mercados. Estas três áreas foram a eletricidade, o motor a combustão e as inovações na gestão organizacional introduzidas por Henry Ford e Frederick Taylor, conhecidas por “fordistas-tayloristas”. Henry Ford foi um grande empreendedor nascido em 1863, em Springwells, no Estado de Michigan, Estados Unidos. Ele foi o fundador da Ford Motor Company, autor dos livros "Minha filosofia de indústria" e "Minha vida e minha obra". Ford se destacou na história industrial por várias técnicas inovadoras introduzidas nas estruturas organizacionais das Firmas, sendo o primeiro empresário a implantar uma linha de montagem em série, resultando na produção em massa de automóveis Ford na época. 5 Para Reflexão: Frederick Winslow Taylhor, nascido na Filadélfia em 1856, no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, formou-se engenheiro mecânico estudando a noite, é autor do livro “Os Princípios da Administração Científica”, publicado em 1911 e, por isso, com suas contribuições e inovações introduzidas na administração, é considerado o pai da Administração Científica. Sua teoria propunha a utilização de métodos científicos e cartesianos na administração das empresas, com foco na eficiência e na eficácia operacional da administração industrial. Para Reflexão: As grandes contribuições da evolução nos transportes e nas comunicações, as descobertas no campo da eletricidade, a invenção do motor a combustão e as inovações organizacionais da administração foram fundamentais para o desenvolvimento das empresas atuais, como podemos ver a seguir. Obstáculos são aquilo que vemos quando afastamos nossos olhos do objetivo. Frase: Henry Ford O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. Frase: Frederick Taylor 6 2.2 Transportes e comunicações No início do século XX, os avanços tecnológicos das maquinas à vapor e a expansão das ferrovias e navegação marítima proporcionaram a integração de mercados que antes eram isolados devido as distâncias territoriais e as dificuldades de acesso. Essa conexão logística permitiu o aumento da produção e desencadeou uma corrida pela evolução nos processos produtivos, fazendo com que as firmas entrassem na dinâmica do crescimento e da competividade por meio da exploração e conquista de novos mercados e da produção em escala. Os avanços na comunicação também contribuíram sobremaneira com a evolução dos transportes. O inventor do “Código Morse”, Samuel Morse, desenvolveu um sistema de comunicação por telegrafo que utilizada a energia elétrica para transmitir mensagens a distância através de sinais de um alfabeto eletrônico, que fora patenteado em 1840. Samuel Morse desenvolveu uma tabela de sinais relacionados a letras e números que eram utilizados para transmitir mensagens. De um lado o operador aciona um botão que emite um sinal elétrico para o outro aparelho, que por sua vez, tem uma haste acionada pelo impulso elétrico, que desenha o sinal numa fita de papel, permitindo a comunicação à distância. Veja ilustração abaixo. 7 Em 1844, os americanos já possuíam uma linha de transmissão de mensagens em “Código Morse” ligando as cidades de Washington a Baltimore, à 57 km de distância uma da outra. Em 1858 já existia uma linha de telegrafo entre os Estados Unidos da América e a Inglaterra, e até o final do século XX o telegrafo já tinha avançado por todos os continentes do mundo, permitindo a realização de negócios internacionais numa coordenação de negócios de economia global. 2.3 A Eletricidade As primeiras descobertas no campo da eletricidade foram realizadas por André- Marie Ampére e Joseph Henry, datadas do início do século XIX. Eles descobriram que a corrente elétrica era induzida por mudanças no campo magnético. Após as aplicações do eletromagnetismo no telégrafo, foi desenvolvido o dínamo, o motor elétrico, a corrente direta e, somente depois, veio a descoberta da lâmpada por Thomas Edson. Mas Thomas Edson não se limitou apenas a lâmpada incandescente, ele também envolveu a geração de energia,a transmissão e a aplicação da eletricidade na sociedade, e foi autor de belas frases como essa: Com o advento da energia elétrica, surgiram novas empresas e quebra de paradigmas econômicos, porém, a eletricidade levou quase um século para ser difundida e se transformar na principal fonte de energia das industrias. 5% das pessoas pensam. 10% das pessoas acham que pensam. Outros 85% preferem morrer que pensar. Frase: Thomas Edson 8 2.4 O motor a combustão Os primeiros desenvolvimentos para invenção do motor a combustão se deu na Inglaterra, por volta de 1860, no entanto, logo em seguida a França e Alemanha se transformaram num centro dessa atividade tecnologia. A partir do pioneirismo de Nicolaus Otto, inventor do motor estacionário a gasolina, um grupo de engenheiros liderados por Gottlieb Daimler e Karl Benz, desenvolveram os primeiros automóveis do mundo e fundaram a indústria automobilística Daimler-Benz, atualmente Mercedes-Benz, ainda hoje líder mundial no mercado de ônibus e caminhões. No início do século XX, havia nos Estados Unidos cerca de cem fabricantes de automóveis, porém, com a velocidade das mudanças e as inovações organizacionais introduzidas nas industrias, a Ford e a General Motors, dominavam o mercado americano, consolidando um oligopólio que vigora até os dias de hoje. O sucesso dos motores a combustão a gasolina e o desenvolvimento da indústria automobilística, geraram outro gigante mercado do século XX, que foi o das empresas petrolíferas. Nesse mercado petrolífero, a verticalização das empresas do setor, que exploravam, transportavam, refinava e distribuíam produtos advindos do petróleo, levaram a Standard Oil Company a se tornar a maior empresa americana do início do século XX. 9 Com a verticalização da indústria petrolífera permite o controle direto de uma grande parcela dos recursos produtivos do setor e, com isso, o domínio de uma única empresa sobre o mercado do petróleo, levou a Suprema Corte Americana a exigir o desmembramento em 1911, originando-se outras empresas do setor, porém, esta ação não impediu a formação e consolidação do oligopólio global do petróleo. 2.5 A Administração Científica A Administração Científica do trabalho foi a terceira área de inovação tecnológica a influenciar decisivamente nas transformações da firma e do mercado, ficando conhecida como “fordismo-taylorismo”. Os estudos sobre as origens do sistema de produção em massa abordadas por Adam Smith e suas observações sobre a divisão do trabalho e, posteriormente, as teorias industriais exploradas por Charles Babbage, que defendia a tese das fabricas como um sistema, formado por equipamentos e trabalhadores especializados realizando tarefas especificas, foram extremamente importantes para os avanços organizacionais, porém, somente após a abordagem sistemática de manufatura abordada por Frederick Taylor, a administração organizacional foi formalmente introduzida nas indústrias. Taylor (1911) introduziu a administração científica nas organizações através do estudo dos tempos e movimentos e da psicologia industrial, propondo a divisão das atividades dos trabalhadores, separando o trabalho manual do intelectual. A teoria de Taylor instituiu a utilização de técnicas de sequenciamento e divisão do trabalho, mecanização do processo, padronização, intercambio de peças e administração racional, e propôs as seguintes regras e normas para aumentar a eficiência do trabalho nas indústrias. Para cada processo, ao cada tipo de indústria, deve-se estudar e determinar a técnica mais eficiente; O trabalho do operário deve ser estudado, metodicamente, com medição dos tempos e movimentos; As instruções devem ser transmitidas para os operários de forma sistemática; Os operários devem ser selecionados de forma científica; 10 As funções de preparação e execução devem ser separadas, definidas e atribuídas de forma precisa; Os agentes nas funções de preparação e execução devem ser especializados; Estabelecer atividades individuais ao pessoal e premiá-los quando estes as realizarem com êxito; As ferramentas e utensílios devem ser padronizados; As vantagens decorrentes do aumento de produção devem ser distribuídas, equitativamente, com todo pessoal; A execução do trabalho deve ser controlada; As ferramentas, os processos e os produtos devem ser classificados de forma mnemônica, ou seja, com símbolos que auxiliem a memória. Com base nos princípios instituídos por Taylor na administração científica, Henry Ford implementa a primeira linha de montagem de automóveis em 1913, uma das maiores inovações tecnológicas em processos industriais da história. Linha de montagem do Ford T Para se ter uma ideia do que fora a invenção da linha de montagem para aumentar a produtividade, um chassi de automóvel era montado por um único trabalhador em aproximadamente 12 horas e meia, enquanto, na linha de montagem com cada trabalhador realizando tarefas especificas, o chassi passou a ser produzido em apenas 93 minutos. 11 A adoção da linha de montagem em processos industriais combinada com os princípios da administração científica, ainda são utilizados até os dias de hoje, tornando- se cada vez mais eficiente com as inovações incrementais, estudo de dados estatísticos e matemáticos para aumentar a produtividade. O sistema de linha de montagem desenvolvido por Ford foi extremamente importante para o desenvolvimento industrial, mas recebeu críticas pela excessiva especializar o trabalhador em uma única operação, aproximando-o do trabalho de uma máquina. A partir da década de 1970, surgiram outras formas de trabalho mais cooperativas e flexíveis, proporcionando mais ganhos de produtividade nas indústrias. Como as mudanças organizacionais são cíclicas, para romper a barreira do crescimento das industrias da época, Chandler (1977) aponta duas outras inovações organizacionais que contribuíram para romper as barreiras de crescimento da firma. A primeira inovação apontada por Chandler foi a verticalização de atividades industriais realizadas por empresas distintas, porém, integradas e encadeadas como na cadeia produtiva do petróleo. A segunda inovação foi a organização multidivisional das empresas, que passaram a possuir unidades de negócios distintas para desenvolver atividades distintas da empresa, administradas por um escritório central, que planejava, coordenava e avaliava o trabalho das diversas unidades de negócios. No início do século XX, o surgimento das grandes empresas foi acompanhado da formalização e intensificação das atividades de pesquisa e desenvolvimento nas indústrias. Com isso, os laboratórios de pesquisa industrial patrocinados pelas empresas começam a surgir nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Segundo Mowery e Rosenberg (1998), a partir de 1940, o sistema de P&D norte- americano se destacou dos demais em função do maior envolvimento do Estado no financiamento de pesquisas, principalmente 12 2.6 O desenvolvimento da Firma No início do século XX, algumas multinacionais dominavam segmentos importantes da indústria mundial, concentrados nos ramos alimentício, química, petróleo, metais primários e as indústrias de máquinas elétricas e não elétricas, além das indústrias de materiais de transporte. Com a evolução organizacional nas empresas, a dinâmica competitiva desses setores, colocavam em dúvida as teorias econômicas neoclássicas de concorrência, exigindo mudanças no funcionamento da firma e dos mercados. A teoria neoclássica da concorrência perfeita começa a ser quebrada com a diferenciação de produtos no processo competitivo empresarial. As inovações em design exclusivo e diferenciação por meio das marcas passou a ser o ponto chave docrescimento das empresas e de mercados. O economista Pietro Sraffa (1926) questionou a teoria neoclássica de rendimentos decrescentes frente ao crescimento das grandes empresas, e observou da incompatibilidade da teoria nas economias de escala. Ele levantou esse questionamento que ficou conhecido como “dilema de Marshall” – como conciliar concorrência com retornos crescentes de escala? Joan Robinson (1933) instituiu a teoria da economia imperfeita ao verificar que a concorrência perfeita era irreal, uma vez que produto individualmente poderia afetar os preços em economias de escala. Ele reconhece a preferência dos consumidores como elemento principal para determinar a fatia de mercado de cada firma com oferta de seus produtos diferenciados. 2.7 A visão de Joseph Schumpeter e a criação destruidora Schumpeter, m dos economistas que mais desenvolveu as propostas de Karll Marx, para ele considerado um “gênio e Profeta”. A partir das teorias de Marx, Schumpeter elabora sua teoria do desenvolvimento empresarial com base no monopólio temporário do inovador. 13 Para Schumpeter, o desenvolvimento econômico é um fenômeno da evolução qualitativa, pela introdução do novo e não pelo crescimento da população e da riqueza. As inovações têm por finalidade criar novas necessidades de consumo, as quais são derivadas da oferta de novos produtos e serviços. As novas formas organizacionais e de competição empresarial é determinada pelo comportamento capitalista das empresas que criam e destroem a partir das inovações constantemente introduzidas no processo de concorrência. Assim, essa corrida pela inovação fica conhecida como a “criação destruidora” do capitalismo empresarial. 2.8 O crescimento da firma segundo Edith Penrose Edith Penrose (1959) elabora contribuições extremamente importantes e decisivas para o entendimento do crescimento da firma através da tecnologia e do conhecimento. Ela considera o conhecimento fator decisivo para o crescimento a firma, que pode ser repassado através da escrita e de forma oral, mas também pelo aprendizado individual. Penrose coloca a capacitação tecnológica e gerencial no centro das atenções para ampliação da competitividade empresarial. Ao mesmo tempo, o aumento da experiência nas organizações potencializa a capacidade de alcançar melhores resultados. 2.9 O progresso da economia neoclassica Na microeconomia neoclássica, a tecnologia é definida como um conjunto de todos os métodos de produção possíveis, combinando capital e trabalho, os quais permitem a produção de um bem em quantidades distintas sem alterar a proporção dos insumos. Dobb (1925), a partir dos estudos da teoria da microeconomia que era criticada por não incluir no contexto o empreendedor, reconheceu os empresários como agentes importantes e que influenciam a vida econômica da firma. A partir dos estudos da produção industrial, desenvolveu-se teorias e fórmulas matemáticas para calcular índices de produtividade que posteriormente passaram a ser monitorados e servir de parâmetros para medição do desempenho da firma. 14 3. A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO E DAS NOVAS TECNOLOGIAS No final do século XX, a economia global vem buscando novas tecnologias de diferenciação através da informação, provocando uma verdadeira revolução científica e informacional para gerar inovações e criar demandas pela introdução de novos produtos e serviços. As tecnologias inovadoras da era “fordista”, que dominaram a cena desenvolvimentista industrial por mais de meio século, apresentava sinais de estagnação, principalmente pelo fato de depender intensivamente de recursos não renováveis. Os empreendimentos que passaram a dominar o ambiente econômico se firmaram no campo das ideias, substituindo os átomos pelos bits, ativos intangíveis que não apresentavam limites físicos para o crescimento. As teorias de Schumpeter foram revistas e aprimoradas, proporcionando mudanças de cunho institucional, enfatizando a visão sistêmica da empresa e a relação com seu ambiente externo, constituindo-se novas teorias para análise da firma. 3.1 O contexto tecnológico e institucional No contexto das mudanças institucionais nos últimos 40 anos, a globalização foi um dos fatores mais importantes para o avanço tecnológico das nações, induzido pela integração industrial e dos mercados na economia global. Com a criação de instituições multilaterais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), instituiu-se novos acordos e regras de negócios internacionais. A queda do muro de Berlim e o fim da guerra fria foram acontecimentos que proporcionaram mudanças importantes nas relações comerciais das nações. No Japão, que emergiu na década de 70, o movimento da qualidade total surgiu com muita força nas indústrias, com a teoria de reduzir o desperdício e estimulando a cooperação entre os trabalhadores e redes de firmas. 15 A invenção do transistor proporcionou um avanço tecnológico impressionante no campo da informação, aumentando a capacidade de processamento e armazenamento por meio do chip, a economia digital toma a cena do desenvolvimento econômico global. Os avanços na tecnologia da informação, proporcionou a integração de outras áreas do conhecimento, permitindo pesquisas e cálculos científicos cada vez mais complexos, convergindo para a integração tecnológica dos bits, genes, átomos e neurônios. 3.2 Tecnologias da informação e comunicação A evolução das tecnológicas da informação incorporam os avanços na área da comunicação, surgindo a denominação “TIC” para representar a tecnologia da informação e comunicação no desenvolvimento econômico global. As TICs implementadas dentro das organizações permitiram o desenvolvimento de novos modelos de negócios, de vendas, de produção, de logística e de comunicação, proporcionando uma verdadeira revolução nos modelos institucionais da firma. 16 Nesse contexto, a ciência cognitiva inserida nas TICs proporciona avanços importantes no estudo do comportamento das pessoas para a tomada de decisão e as interações com os sistemas nervosos humanos e em máquinas assistidas por computadores. Daí nasce a inteligência artificial, uma área da ciência cognitiva que procura reproduzir nas máquinas a capacidade de raciocinar dos humanos. 3.3 Biotecnologia Desde de 1950, quando foi descoberta a estrutura de dupla hélice do DNA, a biotecnologia vem sendo desenvolvida, incorporando um conjunto de técnicas e ferramentas para realizar experimentos e criar novos produtos nas industrias das áreas farmacêutica, química e no agronegócio. 3.4 Nanotecnologia A nanotecnologia é uma das áreas da ciência que possui uma variedade infinitas de aplicações, pois, com a possibilidade de se construir novos materiais a partir dos átomos, sua utilização envolve áreas da química, biologia, física, medicina, eletrônica, engenharia de materiais e ciências da computação. 17 3.5 Economia do Conhecimento O conhecimento passa a ter um papel cada vez mais importante na economia global. Para Peter Drucker (1998), o conhecimento constitui um fator de produção mais importante para o processo produtivo moderno do que o clássico “terra, trabalho e capital”. A partir da invenção do código de linguagem HTML, a universalização do conhecimento toma proporções globais com o advento da internet na comunicação. 3.6 Novas teorias da firma e tecnologia As teorias da firma, também conhecidas como neoschumpeterianas, devido a base dos novos pensamentos terem se firmado na tese de Joseph Schumpeter, através do estudo dos ciclos econômicos, envolvem as áreas da administração, da economia e da engenharia para compor as novas teorias da firma. Com as inovações nos produtos, processos e forma de organizaçãoda produção, os autores debatem a o princípio do equilíbrio de mercado, rejeitando a ideia de que um agente individual possa influenciar no ambiente coletivo de forma decisiva. 4. CONCLUSÕES DO ESTUDO A partir desta leitura podemos observar o quanto foi importante o surgimento da linha de montagem nos processos industriais, implementada por Henry Ford. Ela foi tão significativa que predominou por mais de meio século as estruturas organizacionais industriais. Após a introdução da técnica japonesa com os princípios da qualidade total, inicia-se um novo ciclo de desenvolvimento econômico. Com a introdução da tecnologia da informação e comunicação (TIC), os processos de mudança na economia global sofrem uma influência significativa com o advento da internet e os avanços da comunicação, e com a integração de outras áreas da ciência como a biotecnologia, nanotecnologia e ciência cognitiva. 18 Neste contexto, a produção de conhecimento passa a decisiva no crescimento da economia global, envolvendo as áreas da química, biologia, física, medicina, eletrônica, engenharia de materiais e ciências da computação. Eis que surge as inovações do transistor, o chip, a inteligência artificial, os transgênicos, e outras variáveis que passam a influenciar no crescimento das empresas, que agora devem investir na geração de novos conhecimentos e criar valor e diferenciação em seus produtos e serviços. Bibliografia TIGRE, Paulo Bastos, 1952 – Gestão da Inovação: a economia da tecnologia no Brasil, ed. 1 – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 Fordismo, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo acessado em 08/08/2015 Fordismo, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo acessado em 08/08/2015 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 w w w .U ni AT EN EU .e du .b r Rua Coolet Me or ess CE Te An eja P: elef ôn na 60 one o Fo 87 e (8 Ga orta 1-1 85) de lez 70 30 ha a – 0, B 33 N – C Bra .5 6 E sil 99 21 9
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