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Responsabilidade Social e 
Ambiental
UniabeuRJ
uniabeuvideos
UniabeuRJCEAD www.uniabeu.edu.br
Responsabilidade Social e Ambiental
02
CEAD
Responsabilidade Social e Ambiental
1ª Edição
Alan Jeferson de Oliveira da Silva
BELFORD ROXO
UNIABEU
2017
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
03
CATALOGAÇÃO NA FONTE/BIBLIOTECA - UNIABEU
U58r Uniabeu Centro Universitário. Pró Reitoria de Graduação, Pesquisa e Extensão 
 Responsabilidade social e ambiental [livro eletrônico] / Alan Jefferson de
 Oliveira da Silva.-- Belford Roxo: Uniabeu, 2017.
 208 p. 
 
 Modo de acesso: World Wide Web
 <HTTP://www.uniabeu.edu.br/index.php?p=ebooks>
 ISBN: 978-85-98716-21-3
 1. Educação social. 2. Educação ambiental. I. Silva, Alan Jefferson de 
 Oliveira da. II. Título.
 CDD 304.2
Responsabilidade Social e Ambiental
04
CEAD
SUMÁRIO
Unidade 01
Relações Históricas entre Desenvolvimento e Meio Ambiente...........................................................................05
Unidade 02
Conceitos básicos e desenvolvimento sustentável..............................................................................................17
Unidade 03
Protocolos e Acordos Internacionais....................................................................................................................29
Unidade 04
Questões Ambientais no Mundo e no Brasil, problemas, causas e fontes de poluição......................................42
Unidade 05
Marcos Históricos e Acidentes Ambientais...........................................................................................................54
Unidade 06
Política Nacional de Proteção ao Meio Ambiente................................................................................................67
Unidade 07
As Obrigações da Empresa....................................................................................................................................90
Unidade 08
Educação Ambiental...........................................................................................................................................101
Unidade 09
As Empresas e a Responsabilidade Social Empresarial.....................................................................................114
Unidade 10
Responsabilidade Socioambiental nas organizações – ISO 26000 e Certificação Ambiental ISO 14001.......132
Unidade 11
Terceiro Setor......................................................................................................................................................144
Unidade 12
Responsabilidade Social e Ambiental - Boas Práticas Sociais...........................................................................162
Unidade 13
Responsabilidade Social e Ambiental - Boas Práticas Ambientais....................................................................176
Referências Bibliográficas..................................................................................................................................192
Gabarito..............................................................................................................................................................201
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
05
Relações Históricas entre
Desenvolvimento e Meio Ambiente
Unidade 01
Objetivos
• Reconhecer a inter-relação dinâmica entre natureza e sociedade.
• Identificar a interligação entre o meio ambiente e o modelo de desenvolvimento econômico.
• Reconhecer os principais elementos da problemática ambiental.
Responsabilidade Social e Ambiental
06
CEAD
INICIANDO O CONTEÚDO
As relações históricas entre desenvolvimento e meio ambiente sempre estiveram presentes 
na interação entre sociedade e a natureza. Trata-se de uma noção de desenvolvimento pautado na 
exploração dos recursos naturais finitos.
Backes (2000) cita o abandono de cidades sumérias em função da salinização do solo pela 
irrigação. Também se pode citar a erosão das colinas da Ática em função do desmatamento para o uso 
de lenha, há cerca de 2.400 anos, bem como a crise hídrica que assolou o Brasil no período imperial 
devido ao desmatamento da Floresta da Tijuca no início da agricultura do café.
A primeira preocupação com o meio ambiente surge a partir da Segunda Guerra Mundial devido 
ao lançamento das bombas atômicas no Japão, a aceleração do processo de industrial e o aumento 
do consumo, concomitante a esses eventos, diversos acidentes ambientais, como o naufrágio do 
petroleiro Torrey Canyon na França, contaminação de mercúrio no mar do Japão e dentre outros 
acidentes ambientais.
“Só muito tardiamente a humanidade se viu às voltas com problemas de ordem planetária (...) 
a certeza de que a Terra pudesse ser finalmente destruída pelo próprio ser humano.” (Barbieri, p. 15).
Acrescenta-se à temática o crescimento exponencial da população mundial a partir da segunda 
metade do século XX. Isso também contribui para intensificar os debates sobre a questão ambiental. 
A partir de então, destacam-se diversos eventos internacionais com objetivo de despertar uma nova 
consciência atenta à proteção ambiental, conforme você verá nas próximas Unidades.
Os bombardeios nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki não se “reduzem” 
a dois dias de horror, nos quais cerca de 220 mil habitantes perderam a vida.
Fonte: www.planobrazil.com. Acessado em: 23/05/2016
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
07
A primeira maré negra de grandes dimensões foi o naufrágio do petroleiro Torrey Canyon, no Canal da Mancha, em 
1967. Foram liberados mais de 100 mil toneladas de crude que afetaram cerca de 180 quilómetros de praia.
Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com. Assista em : https://www.youtube.com/watch?v=qPbufQhJLsY
Revolução Industrial:
A Revolução Industrial caracterizou-se por mudanças no modo de produzir bens e mercadorias 
que substituiu o trabalho artesanal pelo assalariado entre os séculos XVIII e XIX, sendo os seus 
pioneiros os países europeus, com destaque para a Inglaterra, França, Bélgica e Holanda. Mais tarde, 
Rússia, Alemanha e Estados Unidos ingressaram nesse novo modelo de produção. O processo é 
dividido em etapas conforme tabela a seguir:
Fonte: http://www.impulsopositivo.com/content/5-milhoes-investidores-particulares-quere-financiar-micro-e-
pequenas-empresas
Responsabilidade Social e Ambiental
08
CEAD
Primeira etapa da Revolução Industrial
A Primeira etapa da Revolução Industrial ocorreu entre 1760 e 1860. No período, surgiram duas 
importantes invenções: a máquina a vapor e a locomotiva, que provocaram uma reviravolta no setor 
produtivo e de transporte, pois a ciência descobriu a utilidade do carvão como fonte de energia.
Estes acontecimentos foram primordiais para o desenvolvimento dos primeiros ramos 
industriais, tais como a produção têxtil - que antes da revolução era desenvolvida de forma artesanal 
-, e a distribuição de mercadorias, matérias primas e de pessoas, dando um novo panorama aos meios 
de transportes.
A máquina a vapor movida a energia do carvão proporcionou grande força e agilidade no ramo 
produtivo. Com isso, as fábricas tornaram-se uma alternativa de trabalho e milhares de pessoas 
deixaram o campo em direção às cidades.
Segunda Etapa Revolução Industrial
Ocorreu entre o período de 1860 a 1900 e ficou caracterizada pela utilização da energia elétrica 
e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão e o desenvolvimento de 
produtos químicos.
Terceira Etapa Revolução Industrial
A terceira etapa ocorreujá no século XX e ficou caracterizada pelo grande avanço na robótica 
e na informática. As indústrias espacial e genética, entre outras, tiveram um grande avanço nesse 
período.
O processo de industrialização e crescimento econômico, na forma tradicional, é compreendido 
como sinônimos de desenvolvimento sem considerar os limites dos recursos naturais do planeta, 
além de priorizar a exploração da força de trabalho e a acumulação de capital.
O aspecto mais importante do processo foi o aumento da capacidade de transformação da 
natureza, por meio da utilização de máquinas, com grande incremento no volume de mercadorias 
produzidas e consequente necessidade de ampliação do mercado consumidor em escala mundial.
Problemas gerados pelo modelo de desenvolvimento
Diante deste contexto, os centros urbanos começaram a ficar saturados, modificando de maneira 
drástica a configuração da paisagem urbana. As cidades não absorveram o fluxo de pessoas de forma 
planejada e, com isso, surgiram bairros marginalizados, compostos por trabalhadores pobres.
O desenvolvimento industrial e o crescimento urbano têm provocado uma crescente emissão 
de poluentes atmosféricos em todo o mundo, com a contaminação dos recursos hídricos por meio do 
esgoto e a geração de resíduos sólidos. O aumento das concentrações atmosféricas destas substâncias 
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
09
industriais, a sua deposição no solo e nos vegetais é responsável por danos à saúde da população, 
redução da produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções, obras de arte e, de 
uma forma geral, o desequilíbrio nos ecossistemas.
O modelo de desenvolvimento adotado pelos países em todo mundo deixa dúvidas sobre o 
futuro da humanidade, conforme aponta o renomado historiador Eric Hobsbawm:
“Vivemos meio século de um crescimento exponencial da população global, e os 
impactos da tecnologia e do crescimento econômico no ambiente planetário estão 
colocando em risco o futuro da humanidade, assim como ela existe hoje. Este é o desafio 
central que enfrentamos no século XXI.”
A poluição gerada pelos grandes centros urbanos geram impactos negativos para a saúde da 
população, conduzindo a uma crise ambiental que vem criticar o atual modelo de desenvolvimento 
econômico.
Os primeiros desgastes no meio ambiente estão interligados ao crescimento das cidades 
e a pressão exercida pelo crescimento populacional, ora pelo crescimento natural da população 
principalmente após a Segunda Guerra Mundial, ora pelo êxodo rural ocorrido durante processo de 
urbanização.
Poluição Atmosférica
A poluição atmosférica é um dos primeiros problemas ambientais, pois afeta diretamente a 
população das cidades, prejudicando o sistema respiratório das pessoas, provocando doenças ou até 
mesmo agravando outras enfermidades como asma, bronquite, infecções pulmonares e doenças do 
coração.
Apesar de muitos países possuírem índices de emissão de partículas dentro dos limites 
estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de morte permanece bastante elevado 
devido a doenças respiratórias e cardiovasculares. Aproximadamente 1,3 milhão de mortes por ano 
são ocasionadas pela poluição urbana. As regiões mais críticas são África, Ásia, Uruguai, Argentina, 
Paraguai e Bolívia (SALDIVA, 2014. pág. 16). O médico Paulo Saldiva (2012) complementa:
“Aproximadamente 12% das internações respiratórias em São Paulo são atribuíveis à 
poluição do ar. Um em cada dez infartos do miocárdio são o produto da associação 
entre tráfego e poluição”.
A tabela abaixo mostra os principais impactos da poluição atmosférica.
Responsabilidade Social e Ambiental
10
CEAD
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
11
Urbanização
A urbanização refere-se ao processo caracterizado pelo aumento da população vivendo nas 
cidades.
O processo de urbanização intensificou-se a partir do século XIX, quando a industrialização 
atraiu milhares de pessoas para as cidades, inicialmente nos países que acompanharam a Revolução 
Industrial. Neste contexto, a população urbana passou a crescer mais que a rural. Assim, começaram 
as aglomerações urbanas.
De modo geral, a migração rural urbana fundamenta-se em suprir mão de obra, sem incluir 
a melhora na qualidade de vida da população. Era um modelo caótico, sem saneamento, com 
aglomerações de cortiços, onde qualquer doença se transformava em epidemia.
Problemas Ambientais Urbanos
O crescimento desordenado das cidades do mundo provoca o inchaço de áreas periféricas, 
atingindo principalmente cidades de países mais pobres.
Segundo a ONU, cidade é um aglomerado urbano com mais de 20 mil habitantes. No Brasil, 
considera-se cidade toda sede de munícipio, independentemente do número de habitantes. De 
qualquer forma, uma definição aceita para cidade é: aglomerado urbano concentrado, com atividades 
dos setores terciário e secundário, relativamente organizada em ruas, com serviços de transporte, luz, 
água, limpeza pública, saúde, lazer, educação e com função social:
“Historicamente, a cidade foi constituída pela necessidade de abrigo e proteção aos perigos 
externos. O homem, ao procurar a cidade, busca uma vida melhor, anseia por ambiente onde possa 
formar família saudável e, assim, garantir a própria sobrevivência e de seus descendentes.” Carlos 
Hatdt
Desta forma, verificamos a importância das cidades e a sua função para a sociedade. Porém, 
o acelerado processo de urbanização ocorrido nos países mais pobres, associados ao planejamento 
ineficaz das cidades, gerou diversos problemas ambientais urbanos, impedindo que a cidade exerça 
a sua função social.
São muitos os problemas ambientais encontrados dentro de uma área urbana que comprometem 
o meio ambiente. O lixo sempre foi um problema de difícil solução: a sua produção está sempre 
aumentando, é uma das principais fontes de degradação ambiental, grande parte tem destino 
incorreto, sendo acumulado nas ruas e terrenos vazios, além de ser levado pela água. A produção 
descontrolada de resíduos sólidos contamina os lençóis freáticos, aumenta a proliferação de doenças 
e causa poluição visual.
Responsabilidade Social e Ambiental
12
CEAD
Fonte: www.ecodesenvolvimento.org. Acessado em: 28/05/2016
A carência de saneamento básico é outra causa impactante, além de ser muito prejudicial 
à saúde. Mesmo sendo um serviço essencial para higiene e saúde, não é um bem disponibilizado 
para toda a população, ou melhor, disponibilizado para poucas pessoas. Em diversas cidades, rios e 
cursos d’água são transformados em verdadeiros esgotos a céu aberto, onde os resíduos são lançados 
diretamente, sem qualquer tipo de tratamento, abalando os ecossistemas. Além de poluírem a rede 
hidrográfica, o que é prejudicial à saúde humana, também são altamente danosos à fauna e à flora. 
O fornecimento de água potável está comprometido pela contaminação sem limite dos recursos 
hídricos.
Os grandes centros urbanos, além de enfrentarem diversos problemas ambientais, também 
enfrentam problemas de ordem social como a falta de moradias, enchentes e ocupação de áreas de 
riscos. Normalmente a maior parte desses problemas recai sobre a população mais pobre, tem menos 
recursos para enfrenta-los.
Tal fato desperta um novo olhar sobre as cidades, pois representam o local da vida social e da 
problemática ambiental - onde se produz A civilização, os conhecimentos e os bens, onde também se 
concentram os principais problemas ambientais do mundo contemporâneo.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
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SAIBA MAIS
• https://www.youtube.com/watch?v=laQ6y1RxhGM
• https://www.youtube.com/watch?v=wcBwFCVC1R0
Responsabilidade Social e Ambiental
14
CEAD
RESUMINDO
• Revolução Industrial: período marcado pela mudança no modo de produzir 
bens e mercadorias que substituiu o trabalho artesanalpelo assalariado entre 
os séculos XVIII e XIX, sendo divido em etapas;
• Problemas gerados pela modelo de desenvolvimento: o modelo de 
desenvolvimento adotado por diversos países têm provocado em todo o 
mundo uma crescente emissão de poluentes atmosféricos, a contaminação 
dos recursos hídricos por meio do esgoto e a geração de resíduos sólidos;
• Urbanização: o processo de urbanização intensificou-se a partir do século 
XIX, quando a industrialização atraiu milhares de pessoas para as cidades. 
Nesse contexto, a população urbana passou a crescer mais que a rural. Assim 
começaram os problemas ambientais urbanas como falta de saneamento 
básico, aglomerações de cortiços, falta de gerenciamento dos resíduos sólidos, 
dentre outros.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
15
1) Observe a figura. (MACKENZIE)
Tendo como base de análise a figura e os aspectos que definiram a Primeira Revolução Industrial, 
considere as afirmativas a seguir:
I. Inicia-se nas últimas décadas do século XVIII e estende se até meados do século XIX. A 
invenção da máquina a vapor e o uso do carvão como fonte de energia primária marcam o início das 
mudanças nos processos produtivos.
II. O Reino Unido foi o primeiro país a reunir condições básicas para o início da industrialização 
devido à intensa acumulação de capitais no decorrer do Capitalismo Comercial.
III. Os mais destacados segmentos fabris desta fase foram o têxtil, o metalúrgico e ode mineração.
IV. As transformações produtivas desta fase atingiram rapidamente outros países como a 
Alemanha, França e Estados Unidos ainda no Século XVIII recrutando operários com salários atrativos 
promovendo, assim, um intenso êxodo rural.
Está correta:
a) apenas I, II e III.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
16
CEAD
2) Observe a charge e depois responda a questão. (UERJ)
O lixo gerado especialmente nas cidades mais populosas se tornou, no último século, um dos 
fatores causadores de impactos ambientais nem sempre reversíveis a curto prazo. Um dos problemas 
e uma das soluções relativos ao acúmulo do lixo em áreas urbanas estão apresentados em:
a) poluição de ecossistemas fluviais - coleta seletiva
b) aumento da emissão de gases - remodelação de áreas de risco
c) destruição de reservas florestais - reciclagem de resíduos tóxicos
d) diminuição dos reservatórios de água - redistribuição de núcleos populacionais
3) A urbanização moderna é um processo vinculado:(UFAM)
a) ao feudalismo,
b) à Primeira Guerra Mundial.
c) à Segunda Guerra Mundial.
d) às expansões marítimas, no final do século XV.
e) à Revolução Industrial.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
17
Conceitos básicos e desenvolvimento sustentável
Objetivos
• Entender a origem, conceituação e características do modelo de desenvolvimento sustentável.
• Conhecer alguns assuntos básicos relacionados ao desenvolvimento sustentável.
Unidade 02
Responsabilidade Social e Ambiental
18
CEAD
Com a revolução industrial no século XX, o novo modelo de produção baseado na extração dos recursos 
naturais e produção em larga escala impulsionou a devastação do meio ambiente, por meio do lançamento 
de substancias tóxicas que comprometeram a qualidade dos ecossistemas. O modelo afetou os mecanismos 
que sustentam a vida no planeta, devido ao fato de acelerar o processo de degradação da natureza (EFFTING, 
2007).
As preocupações com o estado do meio ambiente se iniciaram na década de 60, quando se percebeu que 
os recursos naturais não eram inesgotáveis e sim, limitados. Além do mais, a poluição atmosférica e a intensa 
exploração dos recursos naturais causariam problemas globais e não locais.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, a Conferência de Estocolmo (1972), foi 
o marco histórico internacional na divulgação das necessidades de políticas ambientais em vários países do 
mundo, já que as discussões geraram a Declaração sobre o Ambiente Humano e seu Plano de Ação Mundial.
Em 1984, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), criou a Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) coordenada pela ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland e 
constituída por 23 membros de 22 países. Durante três anos seguidos, a comissão se reuniu para estudar os 
conflitos entre os crescentes problemas ambientais e as necessidades das nações em desenvolvimento.
A CMMAD publicou em 1987, o relatório intitulado “Nosso Futuro em Comum”, que consagrou o conceito 
de desenvolvimento sustentável. De acordo com o documento, o desenvolvimento sustentável é “aquele que 
atende as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas 
próprias necessidades.” (CZAPSKI, 2008).
O termo “Desenvolvimento Sustentável” (DS) até hoje encerra diversas interpretações e controvérsias no 
cenário mundial. Foi atribuído a uma mera tentativa de ajustar as sociedades ao modo de reprodução social 
capitalista, induzindo a humanidade à crise ecológica global (LOUREIRO et al, 2005 apud PEDRINI, 2006). No 
entanto, deveria derivar de dinâmicas do próprio sistema social.
Mesmo considerado ambíguo e de ideologias duvidosas, o conceito acabou sendo legitimado para além 
do ambientalismo, estando presente em diversas outras áreas do conhecimento. De fato, o DS apresenta 
características típicas de um desenvolvimento apenas econômico destituído totalmente de precaução e 
cuidados atuais e futuros com o capital natural. (MEIRA e SATO, 2005). Infelizmente, o termo sustentabilidade 
parece ser derivado do DS, que pode ser considerado então como insustentável.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
19
Hoje, há um consenso de que o desenvolvimento precisa ser equilibrado. Os países mais 
desenvolvidos precisam comprometer-se em reduzir seus gastos de água, energia e outros 
recursos naturais, já os países em desenvolvimento precisam crescer observando novos padrões de 
sustentabilidade. É o que se chama de responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Segundo 
o WWF, caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das do Hemisfério Norte, a 
quantidade de combustível fóssil consumida atualmente aumentaria dez vezes e a de recursos 
minerais, 200 vezes. Isso não é sustentável.
A sustentabilidade está apoiada em um tripé. Seus três pilares são o social, o econômico e o 
ambiental:
• Social – Refere-se ao tratamento do capital humano. Além de salários justos e estar adequado 
à legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos como o bem estar dos seus 
funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradável, pensando na 
saúde do trabalhador e da sua família.
Além disso, é imprescindível ver como a atividade econômica afeta as comunidades ao redor. 
Não adianta, por exemplo, uma mineradora pagar bem seus funcionários sem prestar assistência 
para as pessoas que são afetadas indiretamente com a exploração. É o caso, por exemplo, de uma 
comunidade indígena afetada social, econômica e culturalmente pela presença do empreendimento 
vizinho. Estão contidos também problemas gerais da sociedade como educação, violência e até o 
lazer.
• Ambiental – Refere-se ao capital natural. Aqui, assim como nos outros itens, é importante 
pensar em pequeno, médio e longo prazo. A princípio, praticamente toda atividade econômica 
tem impacto ambiental negativo. Neste aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas 
formas de amenizar esses impactos e compensar o que não é possível amenizar. Assim, uma 
empresa que usa determinada matéria prima deve planejar formas de repor os recursos ou, 
caso não seja possível, diminuir ao máximo o uso desse material, assim como saber medir a 
pegada de carbonodo seu processo produtivo, ou seja, a quantidade de CO2 emitido pelas 
suas ações. Além disso, obviamente, deve ser levada em conta a adequação à legislação 
ambiental e a vários princípios discutidos atualmente como o Protocolo de Kyoto. Para uma 
determinada região geográfica, o conceito é o mesmo e pode ser adequado, por exemplo, 
com um sério zoneamento econômico da região.
• Econômico – Trata-se do lucro. Não é muito difícil entender o que é o conceito. É o resultado 
econômico positivo de uma empresa ou da sociedade. Quando se leva em conta o tripé, essa 
perna deve levar em conta os outros dois aspectos. Ou seja, não adianta lucrar devastando, 
por exemplo.
Responsabilidade Social e Ambiental
20
CEAD
SAIBA MAIS
• Cidades e Soluções - O programa da Globonews é dedicado ao tema de 
sustentabilidade e tem dezenas de programas disponíveis na rede sobre os 
diversos temas abordados. http://www.mundosustentavel.com.br/category/
cidades-e-solucoes/
• Rio Como Vamos - O site da organização traz inúmeros dados de sustentabilidade 
do Município do Rio. http://www.riocomovamos.org.br/index.php
Fonte: Site HowStuffWorks (“Como funciona o desenvolvimento sustentável”)
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
21
Pegada Ecológica
Há um modelo muito interessante que mostra o quanto estamos exigindo do nosso planeta e 
dos recursos que ele nos oferece. Chama-se pegada ecológica.
Quanto mais acelerada a exploração do meio ambiente, maior a marca que deixamos no planeta. 
O uso excessivo de recursos naturais, o desperdício de produtos e alimentos, a degradação ambiental 
e a grande quantidade de lixo gerado são os rastros que, ainda hoje, deixamos na natureza. A pegada 
ecológica é uma medida estimada capaz de nos mostrar até que ponto o nosso estilo de vida está 
de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os 
resíduos que geramos por anos e anos. Isto considera o conceito do desenvolvimento sustentável de 
que precisamos cuidar da nossa e das próximas gerações.
A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das 
áreas produtivas de terra e de mar necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam 
determinados estilos de vida. Em outras palavras, a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir a 
extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza”, em média, para se sustentar.
Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, 
pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas formas de consumo (alimentação, 
habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das 
populações e outros dados também entraram na conta.
Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em 
hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e 
reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas 
e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.
De modo geral, sociedades altamente industrializadas, ou seus cidadãos, “usam” mais espaços 
do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas. Suas pegadas são maiores, 
pois, ao utilizarem recursos de todas as partes do mundo, afetam locais cada vez mais distantes, 
explorando essas áreas ou causando impactos por conta da geração de resíduos.
Como a produção de bens de consumo tem aumentado significativamente, o espaço físico 
terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar. Para assegurar a existência das condições 
favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com 
o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse. Avaliar até que ponto 
o nosso impacto já ultrapassou o limite é essencial, pois só assim poderemos saber se vivemos de 
forma sustentável.
Responsabilidade Social e Ambiental
22
CEAD
Composição da Pegada Ecológica:
• Terra produtiva - Terra para colheita, pastoreio, corte 
de madeira e outras atividades de grande impacto.
• Mar produtivo - Área necessária para pesca e 
extrativismo.
• Terra de energia ou área de energia
• fóssil - Área de florestas e mar necessária para a 
absorção de emissões de carbono.
• Área urbanizada - Área para casas, construções, 
estradas e infraestrutura. Biodiversidade - Áreas 
de terra e água destinadas à preservação da 
biodiversidade.
Fonte: WWF (“O que compõe a Pegada?”)
Fonte: WWF
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
23
O site Pegada Ecológica, do WWF, traz um jogo onde é possível calcular a pegada ecológica: 
www.pegadaecologica.org.br
A pegada ecológica nos indica que, para vivermos com sustentabilidade, precisamos preservar 
os recursos naturais, proteger a biodiversidade e adotarmos produtos e serviços ecoeficientes.
Recursos naturais
Recursos naturais são aqueles disponíveis na natureza e que podem ser consumidos por nós, 
humanos, ou por outros seres vivos. Eles podem ser renováveis ou não renováveis. Os renováveis são 
aqueles que se regeneram, como a água, as florestas e o solo. Aparentemente, eles são ilimitados, ou 
seja, temos a ilusão de que podemos utilizá-los sem comedimento, pois estarão sempre disponíveis 
em abundância. Porém, para a maioria deles há um limite de exploração: se utilizamos mais água do 
que os rios são capazes de repor, por exemplo, ou se poluímos as águas, o recurso se torna escasso 
e pode vir a faltar no futuro. Portanto, ser sustentável é cuidar para que os recursos renováveis se 
mantenham disponíveis para que possamos manter nossas atividades de hoje e para que, no futuro, 
as próximas gerações possam dispor deles.
Os recursos não renováveis são aqueles que não podem ser produzidos e regenerados a uma 
escala que possa sustentar a sua taxa de consumo. Eles existem muitas vezes em quantidades fixas ou 
são consumidos muito mais rapidamente do que natureza pode produzi-los. O caso mais evidente é o 
dos combustíveis fósseis: um dia, o petróleo vai se esgotar e não teremos outra saída a não ser buscar 
um material que o substitua para suprir nossas necessidades. Há ainda os recursos inesgotáveis, 
como a luz do sol e o vento. Porém, eles são a minoria dos recursos que hoje exploramos para viver.
Por isso, precisamos urgentemente utilizar os recursos naturais racionalmente. A pegada 
ecológica nos avisa que estamos usando mais do Planeta Terra do que ele pode nos oferecer. Ser 
sustentável é um dever de todos, para que possamos reduzir nossa pegada e chegar mais próximo da 
Economia Verde.
• Orientações práticas:
Como posso contribuir para utilizar os recursos naturais racionalmente?
1. Conserte torneiras que estiverem pingando. Elas podem desperdiçar até 45 litros de água por 
dia;
2. Instale torneiras com aerador – “peneirinhas” ou “telinhas” – na saída da água. Assim você 
utiliza menos água;
3. Em vez de usar mangueira para limpar jardins, calçadas, passeios e quintais, use uma vassoura;
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4. Utilize um regador para molhar as plantas em vez de mangueira, que desperdiça muita água;
5. Feche a torneira enquanto ensaboa as mãos, escova os dentes ou faz a barba. O mesmo vale 
para o chuveiro na hora do banho;
6. Colete água da chuva para regar suas plantas, evitando gastar água encanada. (Lembre-se de 
armazena-la em um recipiente fechado para evitar a proliferação do mosquito da dengue.);
7. Lave a louça em uma bacia com água e sabão e abra a torneira só para enxaguar. É mais 
barato e melhor para o meio ambiente;
8. Junte as roupas para lavar e passar. Desta maneira, você gasta menos água e menos energia 
elétrica;
9. Dê preferência a produtos fabricados commateriais reciclados. Assim, você reduz o uso da 
matéria-prima, gastando menos energia;
10. Não jogue lixo no lugar errado. Guarde com você até encontrar um local adequado para 
depositálo;
11. Separe o lixo para reciclagem. Se não souber onde levá-los, busque lojas e mercados que 
recebam o lixo separado, como garrafas PET, caixas de papelão, embalagens Tetra-Pak, lâmpadas e 
pilhas;
12. Reutilize embalagens plásticas sempre que possível e, sempre que puder optar, escolha 
produtos com embalagens menores. O plástico é derivado do petróleo, um recurso não renovável;
13. Reutilize os sacos plásticos recebidos nas compras; para armazenar o lixo, por exemplo;
14. Faça o mesmo com embalagens de vidro. O vidro é 100% reciclável: uma tonelada de vidro 
reciclado produz uma tonelada de vidro novo, evita a extração de 1,3 toneladas de areia e economiza 
50% de água;
15. Com os metais não é diferente: na reciclagem de uma tonelada de alumínio economiza-se 
95% de energia, além de reduzir 85% da poluição do ar e 76% do consumo de água. Já a reciclagem 
de uma tonelada de aço economiza 1.140 kg de minério de ferro, 155 kg de carvão e 18 kg de cal;
16. O papel não fica atrás: uma tonelada de papel reciclado evita o corte de 30 ou mais árvores.
17. Procure consumir alimentos da estação e produzidos localmente – frutas, verduras, legumes 
e cereais – contribuindo para uma exploração mais racional dos recursos;
Biodiversidade
Biodiversidade é a palavra que define a riqueza e a variedade de espécies que encontramos 
na natureza. Os animais, plantas e micro-organismos são responsáveis por oferecer grande parte da 
matéria prima consumida pelos seres humanos.
O problema é que o desenvolvimento desenfreado polui e utiliza os recursos naturais em excesso 
e traz ameaças à biodiversidade, culminando na extinção de várias espécies. O desequilíbrio causado 
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à biodiversidade é um problema grave e um obstáculo para que alcancemos a sustentabilidade.
Ecoeficiência
Produtos e serviços que satisfaçam as necessidades humanas, ao mesmo tempo em que reduzem 
progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos, são chamados de ecoeficientes. Este 
conceito sugere uma ligação entre eficiência dos recursos (que leva à produtividade e lucratividade) 
e responsabilidade ambiental. Portanto, a ecoeficiência é o uso mais eficiente de materiais e energia, 
a fim de reduzir os custos econômicos e os impactos ambientais.
Fonte: Site CEBDS (“Ecoeficiência”)
Portanto, a ecoeficiência nada mais é do que o desenvolvimento sustentável ou a Economia 
Verde “embutidos” em um produto ou em um serviço que compramos ou contratamos. Mais uma vez, 
cabe a nós, consumidores, saber optar pelo produto ou serviço mais eficiente, contribuindo para a 
proteção do meio ambiente.
Uma indústria de sapatos, por exemplo, pode produzir um sapato ecoeficiente ao reduzir a 
quantidade de água e tinta utilizadas no processo industrial, utilizar borracha reciclada para fabricar 
o solado e não utilizar peles e couros de animais que possam ser ameaçados de extinção em seus 
produtos.
Já um shopping center pode ser ecoeficiente, por exemplo, se utilizar energia solar, aproveitar a 
ventilação local para reduzir o uso do ar condicionado, aproveitar a iluminação natural para reduzir 
o consumo de energia, praticar o reuso da água da chuva para vasos sanitários, promover a coleta 
seletiva do lixo gerado nas lojas e assim por diante.
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RESUMINDO
• O conceito de desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades 
da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
atenderem às suas próprias necessidades. Foi proposto em 1987 e até hoje é 
referência como modelo de desenvolvimento em alguns países. Alguns conceitos 
se originaram a partir do desenvolvimento sustentável, como Pegada Ecológica, 
que significa a marca que deixamos no planeta, ou seja o que extraímos dele; e
• Ecoeficiência é a utilização de produtos ou serviços que reduzem progressivamente 
o impacto ambiental e o consumo de recursos.
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1- Uma sociedade sustentável é aquela em que o desenvolvimento está integrado à natureza, 
com respeito à diversidade biológica e sociocultural, exercício responsável e consequente da 
cidadania, com a distribuição equitativa das riquezas e em condições dignas de desenvolvimento. 
Em linhas gerais, o projeto de uma sociedade sustentável aponta para uma justiça com equidade, 
distribuição das riquezas, eliminando-se as desigualdades sociais; para o fim da exploração dos seres 
humanos; para a eliminação das discriminações de gênero, raça, geração ou de qualquer outra; para 
garantir a todos e a todas os direitos à vida e à felicidade, à saúde, à educação, à moradia, à cultura, 
ao emprego e a envelhecer com dignidade; para o fim da exclusão social; para a democracia plena.
TAVARES, E. M. F. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br>. Acesso em: 25 jul. 2013 (adaptado).
Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Os princípios que fundamentam uma sociedade sustentável exigem a adoção de políticas 
públicas que entram em choque com velhos pressupostos capitalistas.
PORQUE
II. O crescimento econômico e a industrialização, na visão tradicional, são entendidos como 
sinônimos de desenvolvimento, desconsiderando-se o caráter finito dos recursos naturais e 
privilegiando-se a exploração da força de trabalho na acumulação de capital.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
(A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
(B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
(C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
(D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
(E) As asserções I e II são proposições falsas.
2- A sociedade industrial que o mundo contemporâneo edificou, seja no sistema de produção 
privado da economia capitalista, seja no sistema socialista. Para produzir mercadorias e equipamentos, 
foi necessário instalar extensos complexos industriais, e para alimentá-los foi exigida a extração 
de matérias primas e a exploração de fontes energéticas do mundo todo. É em torno das áreas de 
concentração industrial que a economia gravita e, para alimentar esse complexo sistema, o home 
destrói a natureza.
EXERCÍCIOS
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Tendo como base o texto, marque a afirmação correta.
a) A concepção de desenvolvimento na sociedade industrial, na maior parte do tempo, não 
levou em consideração os limites da natureza e isso gerou, e continua gerando, grandes impactos 
socioambientais
b) O desenvolvimento industrial nos países socialistas superou a produção industrial e 
tecnológica dos países capitalistas; dessa forma, a poluição nesses países foi maior.
c) Na sociedade moderna, a concepção histórica e filosófica de natureza sempre pontuou uma 
harmonia entre as diferentes sociedades e as diferentes naturezas.
d) O desenvolvimento sustentável vai resolver os problemas ambientais do mundo em 
aproximadamente 20 anos.
3- Pesquise sobre atitudes sustentáveis que podemos ter para colaborar com o Desenvolvimento 
Sustentável.
EXERCÍCIOS
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Protocolos e Acordos Internacionais
Objetivos
• Apresentar um breve histórico dos antecedentes das Conferências Internacionais sobre o Meio 
Ambiente.
• Compreender as principais decisões adotadas nas conferências internacionais sobre o meio 
Ambiente.
• Apresentar a importância das Conferencias Internacionais sobre o meio ambiente.
Unidade 03
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INICIANDO O CONTEÚDO
O problema ambiental está diretamente relacionado com o modo de vida dos seres humanos 
que ao melhorar a sua renda, também melhora suas condições de vida e consequentemente aumenta 
o poder de consumo das famílias. Isso provoca grandes pressões nos recursos naturais (Ar, Águas, 
Solo, Florestas e entre outros). As consequências das pressões nos sistemas ambientais tem gerado 
preocupação em muitos cidadãos do planeta.
Diante do exposto, entre em tela o conceito de Desenvolvimento Sustentável.
“Aquela que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as 
gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.” (Organizações das Nações Unidas - ONU).
O ser humano ao tomar consciência da finitude dos recursos naturais se movimenta para 
defender de forma mais estruturada o Meio Ambiente. Isso ocorre a partir da segunda metade do 
século XX.
Concomitantes a essa preocupação de natureza ecológica, ocorrem movimentos sociais 
relacionados com a juventude e os valores culturais que enfatizam as questões da pobreza presentes 
na sociedade.
Os desastres ambientais e a contestação social levam à realização de uma série de encontros 
internacionais que passam a tratar de questões relativas ao meio ambiente e desenvolvimento. 
(RATTNER, 2001).
Assim, torna-se imperativo discutir sobre as atitudes do cotidiano, o consumismo exagerado da 
nossa sociedade e pensar em ações conjuntas para moldar nosso futuro em um planeta ambientalmente 
saudável. Nesse contexto vão surgir os grandes embates sobre as questões ambientais.
Na década de 70 a preocupação com Meio Ambiente era vista sob duas correntes de pensamentos 
antagônicos, o primeiro, representado pelos países desenvolvidos, que acreditava na estagnação total 
do crescimento econômico como forma de impedir as tragédias ambientais no mundo. O segundo, 
os países subdesenvolvidos não concordavam, pois queriam se desenvolver também a qualquer 
custo. Então sob essa égide, ocorre a primeira conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
Humano.
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Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Conferência de Estocolmo
A Conferência de Estocolmo realizada entre os dias 5 a 16 de junho de 1972 na cidade Sueca 
de Estocolmo é reconhecida como o primeiro encontro entre as Nações para debater as questões 
ambientais e também por ter inaugurado a busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico 
e redução da degradação ambiental, o que depois se transformaria em noção de Desenvolvimento 
Sustentável. Na conferência de Estocolmo participaram 113 países e mais de 400 instituições 
governamentais e não governamentais - ONGs, nas discursões foram tratados também o tema da 
Chuva Ácida e Poluição Atmosférica, dentre outras questões ambientais
Pedestres protegem o rosto da poluição na Praça Tiananmen em Pequim, na China.
Foto: Feng Li/Getty Imagens. Fonte:www.envolverde.com.br
A Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), apresentou 
um relatório chamado de “Our Common Future” (Nosso Futuro Comum) mais conhecido como 
Relatório de Bruntland, que definiu desenvolvimento sustentável como sendo aquele que atende 
às necessidades das gerações presentes sem comprometer a possibilidade das futuras gerações 
atenderem suas próprias necessidades (WCED, 1987).
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Rio – 92 / Eco - 92
A conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ficou conhecida 
como Rio – 92, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 3 e 14 de junho de 1992. Teve adesão 
maciça dos Chefes de Estado e de Organizações Não – Governamentais – ONGs como WWF (Fundo 
Mundial para a Natureza), Greenpeace e SOS Mata Atlântica.
Foram debatidos grandes temas sobre o Meio Ambiente, Desenvolvimento, Mudanças 
Climáticas, Biodiversidade, Cidadania, Desigualdades Sociais. Dentro desse contexto foram elaborados 
documentos que tratavam de estratégias para alcançar o desenvolvimento sustentável. Dentre esses 
documentos, a Agenda 21 e o protocolo de Quioto. Este último foi assinado no Japão em 1997.
Agenda 21 – documento que reúne o conjunto mais amplo de premissas 
e de recomendações sobre como as nações devem agir para alterar seu 
vetor de desenvolvimento em favor de modelos sustentáveis e critica o 
atual modelo de desenvolvimento econômico – que levou vários países a 
iniciarem seus programas de sustentabilidade. (BRASIL, 2000, p. 27).
A Agenda 21 foi um documento assinado pelas 179 nações participantes da Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, como instrumento de planejamento para 
construção de sociedades mais sustentáveis. Esse documento está organizado em 40 capítulos de 
forma que aborda meios de implementar planos, programas e projetos em escala planetária para 
construir novo padrão de desenvolvimento, denominado, “Desenvolvimento Sustentável”. O nome 
adotado “Agenda 21” faz referência a pretensão ao novo modelo de desenvolvimento para o século 
XXI.
“As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaram 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas a sanções penais e administrativas 
independentemente de reparar os danos causados.” Lei 9.605 – Lei dos crimes 
ambientais
O Protocolo de Quioto recebeu este nome, porque, foi negociado na cidade de Quioto no Japão 
em 1997, e ratificado em 1999. Entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Ele propõe reduzir a 
emissão de gases do efeito estufa (GEE), em relação aos níveis de 1990.
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As metas de redução não são iguais para todos os países e foram divididos em dois períodos: 
primeiro; 2008 – 2012 países industrializados e da Comunidade Europeia comprometeram-se a 
reduzir as emissões de gases do efeito estufa em média de 5% em relação aos níveis de 1990. No 
segundo; os países se comprometeram a reduzir as emissões de GEE em pelo menos 18% abaixo dos 
níveis de 1990 no período de oito anos, entre 2013-2020.
“Protocolo de Quioto constitui um tratado complementar à Convenção das 
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, definindo metas de redução de emissões 
para os países desenvolvidos e os que, à época, apresentavam economia em 
transição para o capitalismo, considerados os responsáveis históricos pela 
mudança atual do clima. Criado em 1997, o Protocolo entrou em vigor no dia 
16 de fevereiro de 2005, logo após o atendimento às condições que exigiam a 
ratificação por, no mínimo, 55% do total de países-membros da Convenção e 
que fossem responsáveis por, pelo menos, 55% do total das emissões de 1990. 
(Ministério do Meio Ambiente – MMA).”
Além da Agenda 21 e do Protocolo de Quioto outros documentos foram assinados:
Porém, muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento, em virtude do modelo de produção 
e consumo estabelecido, não colocaram em prática as políticas ambientais elaboradas durante esse 
evento, contribuindo mais com aquecimento global.
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O objetivo fundamental da Rio – 92 era tentar minimizar os impactos ambientais no planeta, 
garantindo o futuro das próxima gerações.
Rio + 10
A cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+ 10, foi realizada 
em Johannesburgo, na África do Sul, entre os dias 26 de agosto e 4 de Setembro de 2002, reunindo 
delegações de 191 países. Objetivo principal do encontro foi realizar um balanço dos resultados 
práticos obtidos depois da Rio – 92.
Nessa conferência, os chefes de estados reafirmaram compromissos e metas relativas a:
• Energias Renováveis;
• Responsabilidade Ambiental das Empresas;
• Erradicação da Pobreza;
• Promoção da Saúde;
• Expansão dos Serviços e Saneamento;
• Defesa da Biodiversidade.É importante ressaltar que os recursos naturais possui grande capacidade de regeneração 
e recuperação de eventuais impactos esporádicos, descontínuos e localizados, muitos dos quais 
decorrentes da própria natureza. Contudo a agressão causada pelas atividades humanas é contínua, 
não dando tempo para que o ambiente se recupere.
O Planeta Terra é afetado por diversos problemas ambientais, sendo muitos deles gerados 
pelas ações humanas. Estes problemas agridem a fauna, solo, flora, água, atmosfera que faz reduzir a 
qualidade de vida da população e tais problemas ambientais afetam os recursos naturais renováveis 
e não renováveis.
“Todo recurso natural é um bem que provém da natureza e que o homem 
pode utilizar para satisfazer suas necessidades, sendo classificado em recurso 
natural renovável ou não renovável em função da capacidade de esgotamento 
(SENHORAS, MOREIRA e VITTE, 2009, p. 3).”
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Recursos naturais renováveis são recursos naturais que, depois de sua exploração, podem voltar 
para seus níveis de estoque anteriores por um processo natural de crescimento ou reabastecimento 
(OECD, 1997), como por exemplo a energia solar, o ar, a água e os vegetais. Para este artigo, 
consideraremos apenas os recursos naturais que são fontes de produção de energia.
Os recursos naturais não renováveis são os que não podem ser recolocados pelo homem ou 
renovados pelo próprio ambiente após sua exploração (OECD, 1997), como por exemplo o petróleo, 
os minerais (carvão de pedra, xisto, ferro, manganês, cobre, pedras preciosas), a matéria prima do 
vidro (sílica, soda caustica e cal), entre outros.
Rio + 20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável conhecida com Rio + 
20 e recebeu esse nome porque marcou os vintes anos da realização da Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) que auxiliou a elaboração da agenda 
do Desenvolvimento Sustentável nas últimas décadas. A conferência ocorreu entre os dias 20 a 22 
de Junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro e teve como objetivo discutir sobre a renovação dos 
compromissos políticos com o Desenvolvimento Sustentável.
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A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de 13 a 22 de junho de 
2012 na cidade do Rio de Janeiro. Fonte: http://www.rio20.gov.br/
A conferência contou com mais de cento e noventa países que propuseram a adoção de três 
pilares para o Desenvolvimento Sustentável.
Pilares do Desenvolvimento Sustentável
O desenvolvimento sustentável é concebido na interação entre três pilares: o pilar social, o 
pilar econômico e o pilar ambiental. Na Rio+20, assim como ocorreu na Rio-92, espera-se pensar o 
futuro conforme:
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“O desenvolvimento sustentável consiste na modificação da biosfera e na aplicação de 
seus recursos para atender às necessidades humanas e aumentar a qualidade de vida, 
considerando os fatores social, ecológico e econômico, dentro das perspectivas de curto, 
médio e longo prazo (BOSSEL, 1999).”
Além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, deseja-se estabelecer as principais 
diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável pelos próximos vinte anos.
“No atual momento histórico em que a crise ambiental põe em destaque contradições 
da produção social do espaço. Em que o ideário de desenvolvimento sustentável parece 
jogar uma cortina de fumaça sobre as contradições, pois não propõe alterações nos 
modos de produzir e pensar do modelo dominante (RODRIGUES, 1998, p.57).”
No entanto materializar o Desenvolvimento Sustentável é um enorme desafio, pois o mesmo 
significa o rompimento de paradigmas e de interesses políticos e capitalistas calcados em países 
que não pretende pôr em jogo seu elevado nível de desenvolvimento, se cada habitante da Terra 
consumisse energia equivalente ao que consome um habitante de países desenvolvidos, não haveria 
recursos naturais para tal demanda. Portanto o Desenvolvimento Sustentável deveria adotar a 
premissa de visão sistémica.
(Fonte: INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O futuro que queremos. Cartilha ilustrada sobre economia 
verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. 2012. Disponível em www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/
RIO+20-web.pdf
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“Portanto o Desenvolvimento Sustentável deveria adotar a premissa de visão sistémica. 
A apropriação da visão sistêmica, do holístico, da totalidade, da interdisciplinaridade, 
da transdisciplinaridade mas sem negligenciar as partes, a história e a cultura. Já que 
a natureza, o espaço e a sociedade se redefinem a partir da evolução do todo. (BORJA, 
1997).”
Todos nós somos prisioneiros do passado vivo, das tradições culturais e hábitos enraizados, e 
das políticas institucionais articuladas para a promoção do consumo pelo consumo.
Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=xBCoc842FV8 – História das coisas
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RESUMINDO
• Estocolmo: Realizada há quarenta anos, a Conferência de Estocolmo representou 
o primeiro grande passo em busca da superação dos problemas ambientais. Até 
então, era comum pensar que os recursos naturais eram inesgotáveis e que a 
Terra suportaria toda ação humana;
• Naquela ocasião, foram também estabelecidos os princípios que norteiam, até 
hoje, a política ambiental da maioria dos países;
• Rio 92: A Conferência do Rio consolidou o conceito de desenvolvimento 
sustentável, proposto pelo Relatório Nosso Futuro Comum, de 1987, que buscava 
superar o conflito aparente entre desenvolvimento e proteção ambiental;
• Rio + 10: analisar os resultados alcançados e indicar o caminho a ser seguido para 
implementação dos compromissos. A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento 
Sustentável; e
• Rio + 20: Na Rio+20, assim como ocorreu na Rio-92, espera-se pensar o futuro. 
Além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, deseja-se estabelecer as 
principais diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável pelos próximos 
vinte anos.
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD EXERCÍCIOS
1) A realização da Primeira Conferência Mundial do Desenvolvimento e meio Ambiente, em 
1972, em Estocolmo, constituiu-se em importantíssimo evento sociopolítico voltado ao tratamento 
das:” (MENDONÇA, F. Geografia e Meio Ambiente, 8a ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 46.)
a) Questões políticas entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido;
b) Questões ambientais;
c) Relações entre o Leste socialista e Oeste capitalista;
d) Não relação da proliferação das armas nucleares;
e) Relações políticas entre os países.
2) (UFRRJ) A inevitável devastação ambiental decorrente do processo de desenvolvimento 
industrial é um “quadro” que começa a se modificar a partir da defesa pública de um novo conceito:
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
O uso dessa expressão tem a finalidade de:
a) sustentar a inevitável necessidade do desenvolvimento.
b) garantir que o desenvolvimento contemporâneo não se sustenta.
c) sustentar o meio ambiente em detrimento do desenvolvimento.
d) propor a conciliação do desenvolvimento com o meio ambiente.
e) divulgar a insustentável situação do meio ambiente.
3) (Ibmec) Numa demonstração bastante evidente de que os problemas ambientais despertam 
enorme preocupação em todo o mundo, vários são os encontros realizados para tratar do tema, tais 
como a ECO-92, no Rio de Janeiro e a Rio+10, em Johanesburgo (África do Sul).
Analise as seguintes afirmativas sobre as questões ambientais:
I – A chamada “crise ambiental” atinge exclusivamente os países ricos, pois é uma consequência 
direta da produção industrial, praticamente inexistente nos paísespobres;
II – As últimas décadas do século passado conheceram uma série de propostas dos países ricos 
de superação dos problemas ambientais a partir de uma modificação da matriz energética, propostas 
estas que contaram com o apoio unânime do G-7;
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EXERCÍCIOS
III – O aquecimento global, resultante do chamado “efeito estufa”, é um dos mais preocupantes 
problemas ambientais da atualidade, afinal ele deverá atingir todo o planeta.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for correta
b) se apenas a afirmativa II for correta
c) se apenas a afirmativa III for correta
d) se as afirmativas I e II forem corretas
e) se as afirmativas II e III forem corretas
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
Questões Ambientais no Mundo e no Brasil, 
problemas, causas e fontes de poluição
Objetivos
• Apresentar um breve histórico dos antecedentes da crise ambiental.
• Estudar as principais causas e problemas ambientais que hoje se repercutem no Brasil e no mundo.
Unidade 04
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
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Unidade 04
A CRISE AMBIENTAL
Através da evolução do pensamento da civilização ocidental percebe-se que ao final do século 
XIX e início do século XX a humanidade não se via como parte do meio ambiente. O tão almejado 
desenvolvimento econômico estaria atrelado ao progresso da ciência e da indústria, e a forma de 
extração dos recursos naturais e impactos dessas atividades ao ambiente eram justificados em nome 
desse avanço. Nesse primeiro momento os danos ao ambiente ainda não tinham sido sentidos pela 
população em massa e assim não eram vistos como importantes pela sociedade (RIBEIRO, 2009).
Porém, no período após a Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento industrial várias 
cidades do mundo começaram a receber um grande contingente de pessoas do campo e de outros 
países em busca de trabalho e abrigo, criando grandes aglomerados que, em pouco tempo, acarretou 
num aumento significativo da população mundial, concentrada principalmente nos centros urbanos, 
onde havia maior oportunidade de emprego e facilidade de acesso a serviços como escolas e hospitais. 
Estes processos viriam acompanhados ao aumento da demanda por recursos naturais, e trariam como 
consequência o avanço da degradação ambiental. Problemas como falta de abastecimento de água, 
de comida, proliferação de doenças, poluição e extinção de espécies começaram a ser sentidas por 
populações locais e regionais de várias partes do mundo.
Diante desse contexto, estudiosos iniciaram pesquisas relacionando o meio ao homem e a 
sociedade (visão holística) e perceberam que as crises que se apresentavam ao meio eram devido 
aos fatores que lhe davam causa, ou seja, aos impactos das atividades humanas no meio natural. Os 
mesmos concluíram ainda que caso não fosse feito nada para sanar essa crise e controlar as atividades 
humanas, em pouco tempo a continuidade da vida humana estaria comprometida. Logo não haveria no 
ambiente a disponibilidade de recursos naturais necessários para suprir, em quantidade e qualidade, 
as necessidades de uma sociedade humana crescente e cada vez mais consumista (CARVALHO, 2013).
Assim, a partir da metade do século XX, principalmente após 1972 com a Declaração da 
Conferência das Nações Unidas em Estocolmo, a comunidade política e cientifica mundial passa a se 
mobilizar para estudar e propor medidas calcadas no desenvolvimento sustentável. A crise ambiental 
seria o marco inicial de uma necessária reflexão sobre as formas de interação do ser humano com o 
meio, e mudanças que este vem desencadeando na natureza ao longo da história.
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS
Dentre as principais causas dos problemas ambientais atuais estão o modelo de crescimento 
econômico, baseado no uso indiscriminado dos recursos naturais e consumismo, onde a sociedade é 
estimulada a comprar e descartar produtos para estimular o a economia capitalista.
Associado a esse modelo econômico, a crescente demanda por recursos ocorre devido ao 
desenvolvimento técnico-industrial alcançado pela sociedade moderna, e agropecuária para produção 
da quantidade de alimentos necessários para a população, que tem apresentado um crescimento 
alarmante desde a metade do século passado. Atualmente a população mundial é estimada em 
aproximadamente 7 bilhões, e de acordo com a ONU (2016):
Esta expansão rápida e contínua da impressão humana num planeta que parece 
cada vez menor tem sérias implicações em quase todos os aspectos da vida. 
Questões estas que dizem respeito à saúde e ao envelhecimento, à migração em 
massa e à urbanização, à demanda por habitação, ao abastecimento inadequado 
de alimentos, ao acesso à água potável, entre outras.
Estudos demográficos estimam que até meados deste século XXI a população chegará a 10 ou 
12 bilhões de habitantes, atingindo a capacidade máxima de suporte do planeta para que se possa 
ter uma vida razoavelmente admitida. Contudo, com a quantidade de habitantes previstos no mundo 
não será possível continuar com os mesmos níveis de consumo dos países ricos, pois não haverá 
alimento, energia, e nem a possibilidade de suprimento de outras necessidades adequadas a tais 
padrões (NOGUEIRA-NETO, 1994).
Pode-se perceber que as causas dos problemas ambientais estão relacionadas entre si, sendo 
uma causa direta ou indireta da outra. Estas vão impactar o ambiente de forma direta ou indireta 
gerando poluição e degradação, pois sendo o ambiente sistêmico, o efeito local de determinado 
impacto interagi com outra componente ambiental (solo, agua, ar, sociedade) desencadeando outros 
problemas. A questão ambiental se caracteriza, portanto, pela reação em cadeia e escalonada das 
atividades humanas no meio natural, que retornam para as populações como problemas ambientais 
locais, regionais ou mesmo globais. No quadro a seguir são apresentadas algumas atividades 
impactantes que tem levado ao agravamento de problemas ambientais no Brasil e no mundo:
Responsabilidade Social e Ambiental
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Figura – Exemplos do impacto de atividades humanas que tem levado a discussão de algumas questões ambientais a 
nível mundial e regional.
DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
Os solos são um recurso cada vez mais demandados, principalmente a partir da explosão 
demográfica mundial, na primeira metade do século XX (de 2 bilhões, em 1930, os seres humanos 
passam a 6 bilhões em 2000), que intensificou à expansão agrícola e das áreas de pastagem, a 
industrialização e urbanização. Por muitas vezes o desenvolvimento das atividades atreladas a tais 
processos ocorrem sem considerar as características, funções, fragilidades e potencialidades dos 
solos, o que tem levado a sua degradação devido a exposição direta da camada edáfica (através da 
remoção da cobertura vegetal protetora) e compactação, aumentando a erosão, e a sua contaminação 
por resíduos (sólidos e químicos), uso de fertilizantes, pesticidas e herbicidas, prejudicando a ecologia 
desse recurso e levando ao seu empobrecimento orgânico e mineral.
Estudos realizados pela Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) 
em parceria com a Embrapa solos revelaram que até o ano de 2015, 33% dos solos mundiais estão 
degradados, em condições pobres ou muito pobres. No caso do Brasil, os principais impactos nos 
solos são em decorrência da poluição, salinização e acidificação em decorrência da agricultura. Prates 
(2016) afirma que:
“Para combater este problema da degradação dos solos e da consequente 
perda de sua capacidade produtiva “é necessário aliar maior conhecimento dos 
nossos solos – necessitamos retomar os programas de levantamentos de solos 
no Brasil, em escalas adequadas à tomada de decisão – a legislações e políticas 
públicas de uso e manejosustentável dos solos (PRATES, 2016).”
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Além das consequências diretas aos solos, sua degradação compromete a manutenção da 
biodiversidade, a disponibilidade hídrica devido a contaminação dos lençóis e mananciais além de 
acelerar o assoreamento oriundos do aumento da erosão, afeta a qualidade do ar liberando gases 
estufa (carbono, metano), e pode gerar doenças aos seres humanos (LAHMAR, 2004).
DEGRADAÇÃO HÍDRICA
Atualmente existe uma grande preocupação com a escassez de água, isso porque o desperdício 
e poluição dos recursos hídricos tem sido alarmante. Segundo Segala (2012):
“Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de 
estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é
inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado 
seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse caso, a falta de água 
é frequente — e, para piorar, a perspectiva para o futuro é de maior escassez. 
De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política 
Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas 
estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo 
humano, esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a 
produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham 
juntos (SEGALA, 2012).”
Dentre as causas principais estão o uso e ocupação desordenada, tal como o crescimento das 
cidades sem planejamento. Muitas vezes a população urbana e as indústrias acabam se concentrando 
nas áreas de cabeceiras, desmatando as encostas e matas ciliares, que protegem e auxiliam na 
preservação da infiltração da água para os córregos, e com isso acabam eliminando as nascentes 
e contribuindo para o assoreando dos cursos d’água. Junto a isso, muitas residências, indústrias 
despejam contaminantes e esgoto doméstico in natura nos mananciais, comprometendo a qualidade 
da água e a manutenção dos ecossistemas.
No caso do Brasil, tais processos têm sido agravados pela redução dos índices pluviométricos 
nas áreas dos reservatórios e falta de saneamento básico, como tem apontado alguns estudos 
sobre a crise do Sistema Cantareira. Para tentar reverter o quadro de escassez hídrica, que vem se 
tornando cada vez mais imperativa, Brandão (2015) destaca a importância do saneamento básico 
e da efetivação de políticas de preservação ambiental, principalmente em relação a proteção das 
áreas produtoras de água, controle do desmatamento, e maior rigidez na fiscalização dos efluentes 
liberados nos corpos d’água.
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AQUECIMENTO GLOBAL
O aquecimento global é causado pela emissão de gases estufa (metano, gás carbônico, e outros) 
para a atmosfera. Porém, a aceleração desse processo, a influência das atividades humanas (indústrias, 
agropecuária, desmatamento, emissão de gases por veículos, etc.) e suas possíveis consequências para 
a vida na terra são questões polêmicas que tem trazido grandes preocupações para todo o mundo.
Dados meteorológicos históricos têm indicado a tendência de aumento da temperatura global 
na faixa de 0,7°C (MOLION, 2007). Estudos apontam que no ano de 2005 a concentração de CO2 
foi a mais alta dos últimos 650 mil anos, fazendo com que no ano de 2014, durante a Cúpula do 
Clima, se formasse uma coalizão entre governos, sociedade civil e setor financeiro para mobilizar 
investimentos voltados a redução das emissões de carbono; em novembro de 2015, na Conferência 
sobre mudanças climáticas de Paris, tem-se a expectativa de que seja acordado uma proposta entre 
os países para diminuir a emissão de gases estufa (PIRES, 2015).
Mas quais seriam as consequências do aquecimento global? ... Pesquisas indicam que em 
termos globais, com a elevação das temperaturas médias do planeta haverá o derretimento das 
geleiras e o aumento do nível do mar em 10 centímetros neste século. Além disso são previstos a 
intensificação de eventos extremos como ondas de calor e ondas de frio, aumento da frequência de 
furacões e ciclones, chuvas severas, cheias e inundações e períodos de estiagem mais longos em todo 
o planeta. Com isso haverá a expansão dos desertos, submersão das áreas litorâneas, redução das 
áreas agrícolas e migrações populacionais fugindo do calor excessivo, da restrição das chuvas, em 
busca de abrigo e alimento.
No Brasil, pesquisas já apontam que o aquecimento global tem sido a causa redução de chuvas, 
comprometendo a vazão dos rios e a produção agrícola, além do aumento da frequência de dias mais 
quentes durante a estação do inverno (MARENGO, 2009).
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Além da preocupação com a emissão de gases estufa (que provocam a elevação da temperatura 
da terra), a emissão de outros gases poluentes na atmosfera também tem gerado problemas 
ambientais em escalas regionais e locais. Mais uma vez a poluição estão associadas as atividades 
humanas, tais como indústrias e rede de transporte, que emitem gases e material particulado capazes 
de condicionar os mecanismos de absorção, emissão e dispersão de calor, umidade no ambiente.
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Figura – Chuva ácida. Fonte: Melo, 2016.
A produção desses poluentes no âmbito local, em especial nas cidades, onde há concentração 
das atividades antrópicas, aumenta o risco de doenças respiratórias e são a causa de fenômenos 
como chuva ácida (MENDONÇA et al., 2007).
DECLÍNIO DA BIODIVERSIDADE
De forma direta ou indireta o aquecimento global, a poluição atmosférica, degradação e poluição 
nos solos e na água impactam afetam a biodiversidade pois causam desequilíbrio nos ecossistemas. 
Esse desequilíbrio acarreta no declínio das populações, maior competição por abrigo e alimento, 
redução da capacidade reprodutiva e, algumas vezes, na indução de anomalias genéticas e outros 
males devido a introdução de produtos (radioativos, químicos, entre outros) no ambiente.
Associado a degradação daqueles recursos naturais, não podemos nos esquecer da exploração 
predatória sobre muitas espécies. Um exemplo é a atual preocupação mundial em torno da atividade 
pesqueira, onde estudos apontam que 70% das espécies de peixes marinhos vem sendo explorados 
de forma insustentável. Araia (2016) afirma que “uma lista ampla da devastação inclui a anchova 
peruana, colapsada nos anos 1980, o arenque europeu, com estoques baixos desde os anos 1960, o 
bacalhau canadense e, mais recentemente, alguns tipos de atum e tubarão”.
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Figura - No Chile, a quantidade de peixes apanhados pela pesca predatória chega às raias do absurdo.
Fonte: ARAIA, 2016.
Até o momento o Brasil possui a maior biodiversidade endêmica do planeta. Contudo, de acordo 
com o Ministério do Meio Ambiente (2014), dez espécies de animais já são extintas, sendo que cinco 
delas só existem no território nacional, ou seja, não há mais registro de sua existência no mundo.
E QUAIS SÃO AS PROPOSTAS?
Apesar de terem sido citadas fontes pontuais de poluição e degradação dos recursos naturais, 
observa-se que a origem de todos eles estão associados aos padrões culturais atuais, que trazem 
no âmbito da questão um distanciamento, que foi sendo construído historicamente, do ser humano 
com a natureza (como se dela não fosse parte). Isso se deu principalmente pela valorização do 
crescimento econômico e avanço tecnológico em detrimento de uma visão holística do ambiente e 
da importância da garantia do bem-estar social.
Assim, alguns estudos apontam que para solucionar os atuais problemas ambientais é necessário 
que haja uma mudança estrutural desses padrões culturais, tais como revendo a necessidade de 
consumo e o desperdício de recursos como água potável, e produtos como alimentos, vestuário,dentre outros. Além disso, se torna cada vez mais imprescindível a participação da sociedade no 
planejamento e gestão do meio ambiente ao qual faz parte.
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SAIBA MAIS
• A ONU e o meio ambiente. Disponível em <https://nacoesunidas.org/acao/ 
meio-ambiente/>
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RESUMINDO
• Crise Ambiental: Através da evolução do pensamento da civilização ocidental percebe-se 
que ao final do século XIX e início do século XX a humanidade não se via como parte do 
meio ambiente. Com Primeira Guerra Mundial e com o desenvolvimento industrial várias 
cidades do mundo começaram a receber um grande contingente de pessoas do campo 
criando grandes aglomerados gerando problemas como falta de abastecimento de água, 
de comida, proliferação de doenças, poluição e extinção de espécies começaram a ser 
sentidas por populações locais e regionais de várias partes do mundo.
• Principais causas dos problemas ambientais: Dentre as principais causas dos problemas 
ambientais atuais estão o modelo de crescimento econômico, baseado no uso 
indiscriminado dos recursos naturais e consumismo, onde a sociedade é estimulada a 
comprar e descartar produtos para estimular o a economia capitalista.
• Degradação dos solos: A partir da explosão demográfica mundial, na primeira metade 
do século XX (de 2 bilhões, em 1930, os seres humanos passam a 6 bilhões em 2000), o 
crescimento populacional contribuiu para à expansão agrícola e das áreas de pastagem, 
a industrialização e urbanização
• Degradação Hídrica: As principais causas da degradação hídrica são o uso e ocupação 
desordenada dos territórios, o crescimento das cidades sem planejamento, desmatamento 
das encostas e matas ciliares. Muitas residências, indústrias despejam contaminantes e 
esgoto doméstico in natura nos mananciais, comprometendo a qualidade da água e a 
manutenção dos ecossistemas.
• Aquecimento Global: O aquecimento global é causado pela emissão de gases estufa 
(metano, gás carbônico, e outros) para a atmosfera e suas possíveis consequências 
para a vida na terra são o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar em 10 
centímetros neste século, as ondas de calor e ondas de frio, aumento da frequência de 
furacões e ciclones, chuvas severas, cheias e inundações e períodos de estiagem mais 
longos em todo o planeta.
• Poluição atmosférica: A poluição atmosférica está diretamente associada às atividades 
humanas, tais como indústrias e rede de transporte, que emitem gases e materiais 
particulados capazes de condicionar os mecanismos de absorção, emissão e dispersão 
de calor e umidade no ambiente. Isso aumenta o risco de doenças respiratórias e são a 
causa de fenômenos como chuva ácida.
• Declínio da biodiversidade: O aquecimento global, a poluição atmosférica, degradação e a 
poluição afeta a biodiversidade, Isso provoca o desequilíbrio nos ecossistemas. Associado 
a exploração predatória sobre muitas espécies. Causa o declínio da biodiversidade.
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Questão 1 – (UERJ, 2009). No ano de 2008 foi apresentado uma análise do percentual de gases estufa 
emitidos para a atmosfera pela rede de transportes na União Europeia entre 1970 e 2004, mostrando 
que: 0,5% são emitidos pelo transporte ferroviário, 7% pelo transporte marinho, 13% pelo transporte 
aéreo, e 79,5% pelo transporte rodoviário. A principal consequência sobre o meio ambiente resultante 
dos investimentos na matriz de transportes da União Europeia entre 1970 e 2004 é:
(a) agravamento do aquecimento global
(b) acentuação do fenômeno da Ilha de Calor
(c) aceleração do processo de desmatamento
(d) aumento da destruição do ozônio estratosférico
Questão 2 – (Enem 2007). Se a exploração descontrolada e predatória verificada atualmente continuar 
por mais alguns anos, pode-se antecipar a extinção do mogno. Essa madeira já desapareceu de 
extensas áreas do Pará, de Mato Grosso, de Rondônia, e há indícios de que a diversidade e o número 
de indivíduos existentes podem não ser suficientes para garantir a sobrevivência da espécie a longo 
prazo. A diversidade é um elemento fundamental na sobrevivência de qualquer ser vivo. Sem ela, 
perde-se a capacidade de adaptação ao ambiente, que muda tanto por interferência humana como 
por causas naturais. Com relação ao problema descrito no texto, é correto afirmar que:
a) a baixa adaptação do mogno ao ambiente amazônico é causa da extinção dessa madeira.
b) a extração predatória do mogno pode reduzir o número de indivíduos dessa espécie e prejudicar 
sua diversidade genética.
c) as causas naturais decorrentes das mudanças climáticas globais contribuem mais para a extinção 
do mogno que a interferência humana.
d) a redução do número de árvores de mogno ocorre na mesma medida em que aumenta a diversidade 
biológica dessa madeira na região amazônica.
Questão 3 - (Enem 2000). Encontram-se descritas a seguir algumas das características das águas que 
servem três diferentes regiões.
Região I - Qualidade da água pouco comprometida por cargas poluidoras; casos isolados de mananciais 
comprometidos por lançamento de esgotos; assoreamento de alguns mananciais.
Região II - Qualidade comprometida por cargas poluidoras urbanas e industriais; área sujeita a 
inundações;
exportação de carga poluidora para outras unidades hidrográficas.
EXERCÍCIOS
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Região III - Qualidade comprometida por cargas poluidoras domésticas e industriais e por lançamento 
de esgotos; problemas isolados de inundação; uso da água para irrigação.
De acordo com essas características, pode-se concluir que:
a) a região I é de alta densidade populacional, com pouca ou nenhuma estação de tratamento de 
esgoto.
b) na região I ocorrem tanto atividades agrícolas como industriais, com práticas agrícolas que estão 
evitando a erosão do solo.
c) a região II tem predominância de atividade agrícola, muitas pastagens e parque industrial 
inexpressivo.
d) na região III ocorrem tanto atividades agrícolas como industriais, com pouca ou nenhuma estação 
de tratamento de esgotos.
EXERCÍCIOS
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Marcos Históricos e Acidentes Ambientais
Objetivos
• Conhecer a evolução da questão ambiental no mundo.
• Entender os principais eventos ambientais que marcaram a história.
Unidade 05
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Unidade 05
O movimento ambientalista no mundo caminhou juntamente com grandes acidentes ambientais 
que ocorreram em várias regiões do planeta. A partir desses acontecimentos, algumas conferências 
foram realizadas para discutir os problemas ambientais que se intensificaram durante o século XX e 
marcaram a história da humanidade.
Em dezembro de 1952, a poluição atmosférica produzida por vapores tóxicos provenientes do 
adensamento industrial em Londres, causou a morte de cerca de 2000 mil pessoas. Esse desastre 
ficou conhecido como “Smog” pois foi resultado de uma inversão térmica, no vale do rio Tamisa, 
ocasionando a não dispersão dos poluentes. Como consequência, durante 15 dias, a cidade de Londres 
amanheceu coberta de fumaça.
Figura – Cidade de Londres durante “O Grande Nevoeiro de 1952”, como ficou conhecido. Fonte: O arquivo.
Na Baía de Minamata, no Japão, em 1954, o despejo de efluentes de uma fábrica de cloro e soda 
por longos anos, ocasionou a contaminação por mercúrio da Baía. A fauna aquática sofreu vários 
problemas e a contaminação chegou à população humana que vivia da pesca, gerando milhares de 
pessoas com danos neurológicos e centenas morreram vítimas de uma doença conhecida como “mal 
de Minamata”. (NAIME, 2010).
No Brasil, em janeiro de 1961, uma Fábrica de Produtos Profiláticos da Cidade dos Meninos, 
no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro foidesativada sem qualquer adoção de normas 
de controle ou segurança sanitária. Essa fábrica até então produzia hexaclorociclohexano (HCH) 
grau técnico, pasta de Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT), emulsionáveis, larvicidas, mosquicidas, 
rodenticidas e outros produtos de controle de doenças endêmicas.
A falta de controle das instalações desativadas propiciou o acesso aos pesticidas e, em maio 
de 1989, foi denunciado pelos meios de comunicação que havia comercialização de um pesticida 
organoclorado proibido, conhecido como “pó-de-broca”, em uma feira popular do município de Duque 
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de Caxias. Posteriormente, foi constatado pelos órgãos ambientais, que esse pó era HCH proveniente 
da Cidade dos Meninos e constatado através de estudos, a contaminação de toda a área e da população 
local por organoclorados (DOMINGUEZ, 2001).
Fonte: https://prezi.com/qvaj4dquyftf/acidente-ambiental-na-cidade-dos-meninos-duque-de-caxiasr/
A falta de controle das instalações desativadas propiciou o acesso aos pesticidas e, em maio 
de 1989, foi denunciado pelos meios de comunicação que havia comercialização de um pesticida 
organoclorado proibido, conhecido como “pó-de-broca”, em uma feira popular do município de Duque 
de Caxias. Posteriormente, foi constatado pelos órgãos ambientais, que esse pó era HCH proveniente 
da Cidade dos Meninos e constatado através de estudos, a contaminação de toda a área e da população 
local por organoclorados (DOMINGUEZ, 2001).
Marcando historicamente a indignação contra a devastação ambiental que se observava até 
então, a bióloga americana Rachel Carson denunciou, através da publicação Primavera Silenciosa, 
1962, como o Dicloro-Difenil-Tricoroetano (DDT) causa danos à saúde e ao ambiente. Este livro ficou 
conhecido como o início do movimento ambientalista no mundo.
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Figura - Rachel Carson e o seu livro Primavera Silenciosa. Fonte: Ecodebate.
Caxias (REDUC) no Rio de Janeiro, ocorrido no dia 30 de março de 1972. Três explosões em três 
tanques de gás liquefeito de petróleo (GLP); a primeira e mais forte, por volta das 0h50m; a segunda 
às 1h30m; e, a terceira, aproximadamente, às 2h30m ocasionou a morte de 38 trabalhadores; e 35 
trabalhadores foram hospitalizados, sendo dois deles em estado grave (COSTA, 2011).
Fonte:dhttps://www.google.com.br/search?q=maior+acidente+da+hist%C3%B3ria+da+Refinaria+Duque+de+Cax-
ias+(REDUC)+no+Rio+de+Janeiro,+ocorrido+no+dia+30+de+mar%C3%A7o+de+1972.&source=lnms&tbm=isch&sa=X-
&ved=0ahUKEwiKlp62tPPNAhVHQZAKHbaSChUQ_AUICygE&biw=1600&bih=731#imgrc=auRdsSVeLY0-hM%3A
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O acidente de Bhopal, na Índia, em 1984, ocasionado pelo vazamento de gás venenoso numa 
indústria química da Union Carbide, provocou a morte de mais de 2000 pessoas, afetando outras 
duzentas mil e ainda deixando resíduos tóxicos por quilômetros no solo.
Em Chernobil, a Central Nuclear construída no assentamento de Prypyat, Ucrânia, era composta 
por quatro reatores e funcionava desde 1970. Em 26 de abril de 1986, o quarto reator sofreu uma 
explosão de vapor que espalhou radiação para vários países devido a um teste excessivo de forca 
feito pelo Operador da Usina.32 pessoas morreram na hora e mais de 10 mil nos anos seguintes. 
Estima se que cerca de 40 mil pessoas sofreram com doenças pela Europa, pois a nuvem nuclear 
atingiu milhares de quilômetros.
Em São Paulo, o acidente em Cubatão devido a intensa poluição gerada pelas indústrias provocou 
graves problemas de saúde na população como casos de fetos com malformações congênitas. Em 25 
de fevereiro de 1984, a explosão de um duto da Petrobras nessa mesma cidade matou 93 pessoas na 
favela de Vila Socó, devido à excessiva pressão de bombeamento, incendiando cerca de 500 barracos.
O acidente radiológico de Goiânia com o Césio-137 foi um grave episódio de contaminação por 
radioatividade. Onde a contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho 
utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, 
em Goiás. Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala 
Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete.
Figura – Manchete de jornal da época sobre o acidente em Goiânia. Fonte: Acervo O Estadão.
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Em 1989, no Alasca, o Navio Petroleiro Exxon Valdez colidiu com rochas submersas e derramou 
40 milhões de litros de óleo no mar. A gravidade do desastre se intensificou devido ao frio, pois o 
óleo demorou a se diluir e ser consumido por organismos aquáticos, ocasionando a contaminação de 
dois mil quilômetros de praia. Cerca de 100 mil aves, lontras e focas, 250 águias e 22 orcas morreram.
Figura - Limpeza das praias do Alasca, semanas após o vazamento. Fonte: Acervo O Globo.
Em março de 2003, o acidente na indústria Cataguazes Papel, em Minas Gerais foi marcado 
pelo rompimento de um reservatório contendo substâncias tóxicas, devido à falta de manutenção, 
vazando mais de bilhões de litros de rejeitos químicos no Rio Pomba, afluente do Rio Paraíba do Sul, 
confrontante dos Estados de Minas e Rio de Janeiro.
A British Petroleum (BP) teve uma de suas plataformas petrolíferas no golfo do México atingida 
por um vazamento em abril de 2010, em virtude de explosão, foram estimados 4,9 milhões litros de 
petróleo derramados no mar. Considerado o maior desastre ambiental e econômico da atualidade e 
atingindo quatro estados americanos, especialistas afirmam que aproximadamente 2,4 milhões de 
barris de petróleo permaneceram neste ecossistema.
Conforme dados da Folha Online, somente no ano de 2000, a Petrobrás, foi responsável por pelo 
menos 8 acidentes ambientais envolvendo vazamentos. Em 18 de Janeiro, ocorreu um vazamento 
de 1.290 toneladas de óleo na Baía de Guanabara. Em 11 de março 18 mil litros de óleo vazaram 
em Tramandaí (a 25 km de Porto Alegre). No dia 16 de março 7.250 litros de petróleo vazaram do 
Terminal Almirante Barroso, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.
Em 26 de junho cerca de 4 milhões de litros vazaram da Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, 
mesma data em que, no Paraná também houve reincidência de vazamento de petróleo na Baía de 
Guanabara, sendo derramados 380 litros. No dia 16 de julho 4 milhões de litros vazaram da Refinaria 
Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná. Em 31 de julho outro vazamento de MTBE (metil terc-butil 
éter) em Paracambi, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Em 11 de agosto, 1.800 litros vazaram 
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no Rio Grande do Norte. Em 31 de agosto 4.000 litros vazaram em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Considerado a maior catástrofe ambiental do Brasil, em novembro de 2015, o rompimento da 
barragem do Fundão, localizada na cidade de Mariana (MG), foi responsável pelo lançamento de 
34 milhões de m³ de lama resultantes da produção de minério de ferro pela mineradora Samarco. 
Cerca de seiscentos e sessenta e três quilômetros de rios e córregos foram atingidos, incluindo o Rio 
Doce, cuja bacia é a maior da região Sudeste do País; 1.469 hectares de vegetação comprometidos; 
207 de 251 edificações acabaram soterradas apenas no distrito de Bento Rodrigues; 600 famílias 
ficaram desabrigadas e 17 pessoas morreram; milhares de peixes e outros animais morreram devido 
o aumento da turbidez da água. De acordo com o IBAMA, é impossível estimar um prazo de retorno 
da fauna ao local, pois os rejeitos liberados causaram grandes danos aos ecossistemas atingidos 
(BRASIL, 2015).
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=catástrofe+ambiental+do+Brasil
Estes são alguns dos desastres ambientais que ocorreram pelo mundo e as consequências 
afligiram tanto a natureza como a existênciada vida humana. Na tentativa de solucionar e minimizar 
tais problemas, diversas nações se reuniram em grandes eventos e conferências, durante vários anos, 
a fim de propor acordos internacionais para preservação do meio ambiente.
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CONFERÊNCIAS E TRATADOS
Relatório Brundtland publicado em 1987 tem como concepção que o desenvolvimento 
sustentável deve satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras de suprir suas próprias necessidades. Este Relatório foi elaborado pela Comissão Mundial 
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, tem uma visão crítica do modelo de desenvolvimento 
adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que 
ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte 
dos ecossistemas.
Em 1980 a Organização das Nações Unidas criou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, chefiada pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, sendo 
o relatório final desses estudos chamado de Nosso Futuro Comum. O Relatório Brundtland foi 
apresentado em 1987 e propôs o desenvolvimento sustentável como uma nova visão das relações 
homem-meio ambiente, que não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há 
também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, conhecida como a Conferência 
de Estocolmo, marca início das reuniões de chefes de estado tratando das questões ambientais. Foi 
realizada de 5 a 16 de junho de 1972 na cidade sueca de Estocolmo. Nela foram abordados temas 
como a chuva ácida e o controle da poluição do ar. As discussões contaram com a presença de 113 
países e mais 400 instituições governamentais e não governamentais. (ANDI, s/d).
Figura - Primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. Fonte: senado.gov.br
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Desenvolvimento, onde os chefes de estado debateram os problemas ambientais mundiais em 
junho de 1992 no centro de convenções Riocentro na cidade do Rio de Janeiro, representantes de 108 
países do mundo reuniram-se para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação 
ambiental e garantir a existência de outras gerações.
A intenção, nesse encontro, era introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável um modelo 
de crescimento econômico para uma sociedade de consumo consciente e adaptado ao equilíbrio dos 
ecossistemas. A Eco 92 teve um diferencial representativo, pois conseguiu a façanha de arrebanhar 
um grande número de Chefes de Estado, graças a tamanha importância da questão ambiental no 
início da década de 1990. Também houve um grande mobilização das ONGs em um Fórum Global 
no Aterro do Flamengo. Os principais documentos oficiais lançados durante o evento foi: a Carta da 
Terra e a Agenda 21.
Figura 6 - Logomarca da Rio 92. Fonte: Brandsofthe world.
SAIBA MAIS
• Acesse aos sites: Brasil Escola (“Estocolmo-72) e Mudanças Climáticas (“Estocolmo 
1972: começam as negociações”)
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PROTOCOLO DE QUIOTO
O Protocolo de Quioto é o tratado internacional de compromissos das nações poluidoras com a 
redução da emissão de gases do efeito estufa considerado a principal causa do aquecimento global. 
O tratado tem como antecedente o Toronto Conferenceonthe Changing Atmosphere, no Canadá em 
outubro de 1988, seguida pelo IPCC’s First Assessment Report em Sundsvall, Suécia em agosto de 1990 
e que culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática CQNUMC.
A Eco 92 também participou das seções da CQNUMC. Este debate levou a negociação dos 
termos que regulamentam as ações para o controle do clima e assinado em 11 de Dezembro de 1997 
e ratificado em 15 de março de 1999. Só entrou em vigor após a entrada da Rússia que ratificou o 
tratado em Novembro de 2004, inteirando 55 países, que ao produzirem juntos 55% das emissões de 
gases puderam validar o tratado que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005.
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SAIBA MAIS
• Para se aprofundar nesta Conferência e nos acordos oficiais, assista, no site da 
ONU Brasil, ao documentário: A cúpula da Terra - Conferência da ONU sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (1992).
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RESUMINDO
• Vários acidentes ambientais, em várias partes do mundo, devastaram grandes 
regiões e foi o alerta para o surgimento do movimento ambientalista; e
• Conferências e Fóruns ocorreram na tentativa de se discutir e propor soluções 
para os problemas ambientais. As principais delas foram a Conferência de 
Estocolmo e a Eco-92.
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1- Muitos acontecimentos históricos contribuíram para que levantasse a questão de proteção 
ambiental no Brasil e no mundo. Pode ser considerado, de acordo com a maioria dos autores, o marco 
para o início do movimento ambientalista no mundo:
a) O acidente de Bhopal, na Índia, em 1984.
b) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (A Eco-92 ou 
Cúpula da Terra).
c) Publicação do livro Primavera Silenciosa, 1962 a bióloga americana Rachel Carson.
d) O grande vazamento de óleo em 1989, no Alasca, pelo Navio Petroleiro Exxon Valdez.
2- Pesquise sobre um grande acidente ambiental que marcou a história e comente as principais 
consequências para o ambiente e para a saúde humana.
3- A Eco 92 foi uma Conferencia que ocorreu no Rio de Janeiro e discutiu vários questões 
ambientais mundiais. Comente sobre o objetivo deste evento e quais desdobramentos tiveram a 
partir dele.
EXERCÍCIOS
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Política Nacional de proteção ao Meio Ambiente
Unidade 06
Objetivos
• Apresentar para o aluno alguns princípios da política nacional de proteção ambiental.
• Proporcionar o conhecimento sobre os princípios estabelecidos na política nacional de Meio 
Ambiente.
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PNMA
Diante do cenário apresentado desde o início do século XX de alteração adversa das características 
do meio ambiente e de uso dos recursos naturais na produção de bens e mercadorias pelas empresas, 
os organismos internacionais, assim como os governos nacionais começaram a desenvolver uma 
um conjunto de programas de proteção ambiental. Foram vários os acidentes ambientais ocorridos 
devido ao uso desequilibrado dos recursos naturais.
Atualmente existe um conjunto de diretrizes que buscam melhorar a relação empresa, sociedade 
e meio ambiente. Uma delas é a Política Nacional de Meio Ambiente Proteção Ambiental uma Lei de 
6938 que tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia 
à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
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Como vimos até a Unidade 5, o crescimento da preocupação com os recursos naturais ganharam 
proporções maiores ano a ano. Todos os setores estão na busca de soluções para a minimizar ou 
acabar com os impactos ambientais. No primeiro setor (o governo) diversas ações vêm sendo 
desenvolvidas. Uma delas é a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) de 1981, isto é, publicada 
antes do relatório “Nosso Futuro Comum” ou “Relatório Brundtland” que apresentou o conceito de 
desenvolvimento sustentável.
É papel fundamental do governo, construir uma diretriz e buscar incessante o equilíbrio no 
processo de desenvolvimento e manutenção e/ou proteção dos recursos naturais disponíveis.
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Figura: Equilíbrio ambiental
A PNMA criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA. Segundo Almeida (2009), 
o SISNAMA trabalha “como um conjunto articulado de órgãos, entidades e práticas da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Munícipios e de fundações instituídas pelo poder 
Público, responsáveis pela proteção e melhoria de qualidade ambiental, visando atingir os objetivos 
traçados pela Lei sobre a Política Nacional do Meio Ambiente”.
O sistema criado pela Lei possibilita a integração entre os órgãos ambientais de diferentes 
níveis. Contudo, para diferenciar e separar os problemas ambientais foi criada a divisão por Agenda. 
Assim sendo, para melhorar a atuação por segmentos de problemas, temos:
• Agenda Verde: Refere-se à assuntos como preservação de florestas e biodiversidade,
• Agenda Azul: Refere-se à gestão de recursos hídricos e
• Agenda Marrom:Refere-se às questões ambientais relacionadas à urbanização, a industrialização, 
ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social, tais como a poluição do ar, da água e do solo, 
a coleta e reciclagem de lixo, o ordenamento urbano, a segurança química, etc.
Os governantes vêm desenvolvendo alguns encontros internacionais, como visto nas Unidades 
anteriores, com o objetivo de estabelecer algumas metas e ações que visam mitigar os impactos 
socioambientais. Em setembro de 2003 ocorreu a reunião da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento 
Sustentável, denominada Rio+10. Neste encontro ficou definida a prioridade de duas Agendas para 
discutir as questões ambientais e econômicas.
A ideia desenvolvida neste encontro era que os países do primeiro mundo deveria se concentrar 
na Agenda Verde, já que estes não apresentam grandes problemas socioeconômicos. Enquanto os 
países em desenvolvimento deveriam trabalhar com os princípios estabelecidos na Agenda Marrom.
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Em síntese, pode-se dizer que as ações desenvolvidas com os temas da Agenda Marrom, estão 
continuamente apresentando maior destaque e prioridade no país, tanto no primeiro setor, quanto 
segundo e terceiro setor. Contudo, em sua grande maioria os problemas sociais e ambientais ainda 
são tratados com “remédios” e não com a prevenção.
Além dos encontros internacionais, o país também busca desenvolver encontros nacionais 
para promover a discussão de soluções para os problemas ambientais. Na Figura 2 abaixo, pode-
se visualizar a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente realizada em 2013 no Distrito Federal, 
Brasília.
Figura : Conferência em Brasília - Fonte MMA
II - RACIONALIZAÇÃO DO USO DO SOLO, DO SUBSOLO, DA ÁGUA E DO AR;
A PNMA visa promover a racionalização do uso dos recursos naturais. Mesmo sendo publicada 
antes da construção do conceito de desenvolvimento sustentável, a lei prever o uso adequado dos 
recursos naturais. Estes recursos são fundamentais para a sociedade desde a construção de moradia, 
na alimentação e na produção de energia por exemplo. Na Figura 3 abaixo se pode visualizar como 
são classificados os recursos naturais.
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Figura: Recursos renováveis e não renováveis
Como viu-se, os recursos naturais podem ser renováveis e não renováveis. Esta classificação 
é fundamental no planejamento e gestão do uso desses recursos. Exemplo disto é o uso da água 
dos rios para a geração de energia, por meio das hidrelétricas. Caso não ocorra o equilíbrio entre o 
consumo e preservação/produção de água o sistema de energia pode ser prejudicado. Na Figura 4 
abaixo se pode visualizar dois momentos da usina de Itaipu.
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Figura: Itaipu - Fonte: <http://giovanifoz.com.br/blog/foz-do-iguacu-itaipu-binacional-circuito-especial/>.
Além da produção de energia sabe-se que a água é um recurso natural fundamental para a vida 
humana. Seu uso é indispensável na produção de alimentos, no consumo residencial e na produção 
industrial. Na Figura é apresentada a distribuição do uso da água no Brasil, isto é, a pegada hídrica.
• Pegada Hídrica – indicador que expressa o consumo de água envolvido na produção dos bens 
e serviços que consumimos. Fonte: WWF
Percebesse que a produção agropecuária apresenta uma pegada hídrica muito maior que a 
industrial ou residencial. A soma do consumo de água da pecuária e agricultura representa mais de 
80% do consumo nacional.
Figura: Consumo médio de água para a produção de alguns produtos agropecuários
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O cenário apresentado acima, sobre a distribuição do consumo de agua no Brasil, não é 
exclusividade. No mundo, a produção agropecuária também representa um grande consumo de água 
como pode-se ver no gráfico abaixo.
Figura: Usos da água no mundo.
Em síntese, pode-se dizer que a racionalização do uso dos recursos naturais é basilar para a 
sobrevivência do planeta e consequentemente do homem. Assim, as políticas de proteção estabelecidas 
na Lei 6938/81 devem ser diretrizes seguidas pelas empresas e sociedade como um todo.
IV - PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS, COM A PRESERVAÇÃO DE ÁREAS REPRESENTATIVAS;
O Brasil é um país que apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. Ele é constituído 
basicamente por seis grandes biomas, são eles: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa 
e Pantanal. Eles apresentam particularidades, isto é cada um apresenta distintos tipos de vegetação.
Este fator é basilar para a constituição de um ecossistema onde a manutenção de serviços 
ambientais e o fornecimento de bens essenciais à proteção da vida possam se reproduzir.
As políticas públicas de proteção ambiental são de fundamental importância para a perpetuação 
da vida nos biomas. As figuras abaixo representam uma pequena amostra da característica de cada 
bioma brasileira.
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Figura: Biomas brasileiros
O Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas – PNAP é uma política desenvolvida a partir 
do Grupo de Trabalho de para Áreas Protegidas da 7º Conferência das Partes - COP 7 da Convenção 
sobre Diversidade Biológica (CDB), realizada na República da Malásia, em fevereiro de 2004. Ele tinha 
como objetivo é proteger áreas terrestre até 2010 e as áreas marinhas até 2012.
A construção do Plano nacional visa amortizar a taxa de perda de biodiversidade dos biomas 
apresentados acima, principalmente por meio da materialização de um sistema de proteção dos 
ecossistemas. Ele busca dar prioridade ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza 
(SNUC), as terras indígenas e os territórios quilombolas.
A proteção dos ecossistemas inseridos no Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) são 
responsáveis pela produção direta de parte da água potável, bem como previnem o lançamento de 
bilhões de toneladas de carbono na atmosfera.
Outro ponto que merece destaque é a crescente preservação dos corredores ecológicos. Eles são 
importantes para realizar a conexão entre fragmentos de áreas naturais e são definidos no Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Dentro deste sistema temos o Cadastro Nacional de 
UCs, o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP) e programas e projetos de alcance 
nacional. Na Figura abaixo é possível visualizar as unidades de conservação no país, a quantidade e 
extensão por bioma.
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Figura: UCs
Outra forma de proteger um ecossistema é por meio da RPPN – Reserva Particular do Patrimônio 
Natural. Elas surgiram em 1990 com o finalidade de promover a conservação da natureza por meio 
de áreas protegidas em propriedades particulares. Cabe ressaltar que a RPPN é uma categoria de 
UC que pode ser criada voluntariamente em propriedade privada que apresente as características 
necessárias declassificação.
Figura: RPPN
Fonte: www.gateados.com.br e www.icmbio.gov.br
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V - CONTROLE E ZONEAMENTO DAS ATIVIDADES POTENCIAL OU EFETIVAMENTE POLUIDORAS;
Todas as empresas que se enquadram na categoria de atividades potencialmente poluidoras e 
utilizadoras de recursos ambientais devem realizar o cadastro técnico Cadastro Técnico Federal de 
Atividades Potencialmente Poluidoras (CTF/APP). Ele tem como intuito o monitoramento e controle 
das ações potencialmente poluidoras e/ou a extração, produção, transporte e comercialização de 
produtos que apresentem estas características que podem ser prejudicial ao meio ambiente e também 
os produtos e subprodutos da fauna e flora.
É importante ressaltar que as empresas cadastradas devem pagar trimestralmente a TCFA. O 
grau de poluição e utilização ambiental que é definido na IN n° 31, de 3/12/2009, e do porte da 
empresa, definido na Lei Federal nº 10.406, de 10/1/2002 são os itens que estabelece o valor desta 
taxa a ser paga. Isto quer dizer, que o valor da taxa é proporcional ao tamanho e grau de impacto 
da empresa no ambiente. Abaixo pode-se ver o Quadro que apresenta a classificação do porte da 
empresa de acordo com o faturamento bruto anual. (Lei Federal nº 10.406, de 10/1/2002)
Quadro: Porte da empresa.
Como viu-se no parágrafo supracitado, a composição do valor e ser pago pela empresa deriva 
do seu porte e do quanto ela impacta no meio ambiente. Assim sendo, o pagamento está atrelado a 
estas duas variáveis. A Tabela abaixo apresenta os valores a serem pagos trimestralmente em UFIR 
(Unidade Fiscal de Referência) do Estado do Rio de janeiro. A Unidade Fiscal de Referência do Estado 
do Rio de Janeiro para o exercício de 2016 foi estabelecida em R$ 3,0023. (UFIR-RJ 2016 = R$ 3,0023 
- UFIR é a sigla de Unidade Fiscal de Referência, um indexador usado como parâmetro de atualização 
do saldo devedor dos tributos e de valores relativos a multas e penalidades de qualquer natureza.)
Este cadastro é fundamental para manter um maior controle e zoneamento das atividades 
potencial ou efetivamente poluidoras. As empresas que utilizam os recursos naturais devem 
obrigatoriamente ser registrada neste cadastro.
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Tabela: Valores pagos trimestralmente em UFIR-RJ
Mas, como saber se minha empresa se enquadra em alguma atividade potencialmente 
poluidora? Como ser responsável socialmente e ambientalmente por meio deste caminho? Bom, o 
IBAMA disponibiliza uma tabela onde pode ser encontrada as atividades potencialmente poluidoras 
e utilizadoras de recursos ambientais (CTF/APP). Abaixo se tem um exemplo da tabela de atividades 
classificadas como potencialmente poluidoras.
Abaixo se tem um exemplo da tabela de atividades classificadas como potencialmente 
poluidoras.
Tabela: Exemplo da tabela de atividades potencialmente poluidoras
Fonte: IBAMA. Disponível em: https://servicos.ibama.gov.br/phocadownload/manual/tabela_de_atividades_do_ctf_app_set-
2015.pdf
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Respeitando a legislação vigente a empresa está cumprindo uma das partes da responsabilidade 
social e ambiental. Isto é fundamental não só para evidenciar a responsabilidade e seriedade da 
empresa como também pode emitir o Certificado de Regularidade, exigido por vários órgãos públicos, 
inclusive para licitações. As empresas comprometidas devem entregar o Relatório Anual de Atividades 
e fazer o pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA, de acordo com o anexo IX 
da Lei 6938/81.
Em síntese, pode-se dizer que o controle e zoneamento das atividades potencialmente 
poluidoras contribui para minimizar os impactos gerados pelas empresas no meio ambiente. Assim 
sendo, busca-se construir um modelo de desenvolvimento econômico onde as empresas apresentam 
uma maior responsabilidade social e ambiental.
Figura: Responsabilidade social e ambiental da empresa.
VI - INCENTIVOS AO ESTUDO E À PESQUISA DE TECNOLOGIAS ORIENTADAS PARA O USO 
RACIONAL E A PROTEÇÃO DOS RECURSOS AMBIENTAIS;
As intervenções na natureza e as consequentes modificações nela introduzidas dependem das 
tecnologias empregadas pelo homem. Por sua vez, a técnica, isto é, o modo de fazer algo, envolve 
os instrumentos de trabalho a serem usados na ação. Instrumentos de tecnologia simples, como 
o machado e arado, propiciam alterações modestas na natureza. Instrumentos de tecnologia mais 
aperfeiçoada, como motosserra e o trator, causam modificações mais expressivas no ambiente natural.
Movido por interesse ou impelido por alguma necessidade, o homem pode conceder novas 
técnicas e construir novos instrumentos, tendo em visto aumentar o rendimento do seu trabalho. 
(MOREIRA, 2012).
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Diante do cenário apresentado de destruição e super utilização dos recursos naturais, os 
governantes de diversos países estão investindo em soluções tecnológicas que permitam minimizar 
o uso dos recursos naturais ou até deixar de usar um determinado recurso.
Um dos principais aspectos para que os avanços tecnológicos ocorram é o investimento 
em pesquisas. Por meio destas é possível desenvolver formas de preservação ou minimização da 
utilização dos recursos naturais. O primeiro setor busca realizar estes incentivos principalmente por 
meio das instituições ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como a CAPES, 
CNPq, Finep em âmbito nacional e como FAPERJ e AGRio em esfera estadual como é possível ver nas 
Figuras abaixo.
Figura: Instituições nacionais de financiamento de pesquisa
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Percebesse nos dias atuais não só o primeiro setor está preocupado com os recursos ambientais, 
mas grande parte das empresas estão buscando inovar na relação com o meio ambiente. Procurando 
assim uma cadeia mais sustentável e clientes mais conscientes. Isto é, o segundo setor também está 
preocupado com uso racional e a proteção dos recursos ambientais? Ou estão buscando novas formas 
de se relacionar com o cliente? O que pode-se perceber é que as empresas estão investindo em 
tecnologias que proporcionam uma redução ou substituição dos recursos ambientais, principalmente 
dos não renováveis.
Figura: Instituições estaduais de financiamento de pesquisa
Abaixo pode-se visualizar algumas ações de pesquisa e inovação que buscam promover o uso 
racional e a proteção dos recursos naturais.
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Figura: Inovação no segundo setor
Em síntese, pode-se mencionar que o investimento em estudos e pesquisas que busquem novas 
formas de utilização dos recursos naturais são fundamentais para promover uma melhor utilização 
deles e preservar para que as futuras gerações também possam usufruir.
VII - ACOMPANHAMENTO DO ESTADO DA QUALIDADE AMBIENTAL;
O que é qualidade ambiental?
Primeiramente, buscou-se definir o que seria qualidade ambiental. No site do IBAMA temos o 
seguinte:
“No Glossary of Environment Statistics (1997), qualidade ambiental é o estado das condições 
do meio ambiente, expressas em termos de indicadores ou índices relacionados com os padrões 
de qualidade ambiental. O Tesauro da European Environment Information and Observation Network 
(EIONET) acrescenta que esse termo pode se referir a características variadas, tais como pureza ou 
poluição da água e do ar, ruído, acesso aos espaços abertos, os efeitos visuais das áreas construídas, 
e os efeitos potenciais que tais características podem ter na saúde física e mental dos indivíduos. 
(IBAMA)
Assim sendo, verifica-se que a qualidade ambiental apresenta diversos aspectos relacionados 
ao ambiente natural, construído e sua relação com a sociedade. Ela é tão diversa que precisa ser 
trabalhada por grupo, contudo não esquecendoque os problemas ecológicos que impactam na 
qualidade ambiental apresentam uma integração e/ou interação entre os elementos pertencentes 
a ela.
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Uma classificação adotada para os problemas ambientais é a divisão segundo “Agendas”. 
Assim, definiu-se Agenda Verde aquela que se refere à assuntos como preservação de florestas e 
biodiversidade, Agenda Azul aquela que se refere à gestão de recursos hídricos e Agenda Marrom 
aquela que se refere às questões ambientais relacionadas à urbanização, a industrialização, ao 
crescimento econômico e ao desenvolvimento social, tais como a poluição do ar, da água e do solo, a 
coleta e reciclagem de lixo, o ordenamento urbano, a segurança química, etc.
Uma das principais ações da agenda verde no Brasil é a proteção da floresta amazônica. São 
inúmeros programas de proteção visam acompanhar o estado da qualidade ambiental da floresta. 
Pode-se ver na Figura abaixo um trecho da floresta amazônica que é monitorada por satélites pelo 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI).
Figura: Sistema usará imagens dos satélites para mapear anualmente áreas em processo de desmatamento
Na reunião da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, denominada Rio+10, 
realizada em setembro de 2003 em Johanesburgo, na África do Sul, definiu duas Agendas para discutir 
as questões ambientais e econômicas, como um mecanismo para tentar amenizar as disputas entre 
os países desenvolvidos e os chamados em desenvolvimento. O raciocínio por trás da Agenda dupla 
do encontro é que países mais ricos, sem grandes problemas sociais ou econômicos e já tendo se 
desenvolvido com base em um modelo poluidor, podem se dar ao “luxo” de se concentrar na Agenda 
Verde. Já para os países em desenvolvimento, a prioridade é elevar os padrões sociais - o que vem 
sendo chamado de Agenda Marrom.
Contudo, os temas da Agenda Verde alcançam, continuamente, maior destaque e prioridade 
no país. A perspectiva sob a qual os problemas ambientais dessa Agenda são enfrentados ainda é, 
algumas vezes, curativa e não preventiva. Um dos desafios do IBAMA é se antecipar e evitar problemas 
ambientais, tais como, poluição, degradação e mau uso dos recursos ambientais.
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A reestruturação do IBAMA organizou o Instituto para se aperfeiçoar e aproximar suas ações 
às demandas de progresso do país, focalizando suas atividades na avaliação, licenciamento, controle 
e fiscalização de produtos e atividades potencialmente poluidoras e uso adequado dos recursos 
naturais buscando manter a qualidade ambiental dos lugares que passam por transformações.
IX - PROTEÇÃO DE ÁREAS AMEAÇADAS DE DEGRADAÇÃO;
A proteção de áreas ameaçadas de degradação faz parte de Política Nacional do Meio Ambiente 
com o objetivo de recuperar ou melhorar a qualidade ambiental de áreas que sofreram alterações da 
sua função física, química ou biológica ameaçando de alguma forma a vida.
Conforme Mesquita(2012), degradação ambiental é a alteração das diversas características do 
meio ambiente por meio da poluição direta ou indireta. Isso prejudica a saúde, a segurança e o bem 
estar da população. Além de afetar as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, conforme 
pode-se ver Figura abaixo.
Figura: Projeto Guapiaçu – Grande Vida. Reflorestamento no município de Cachoeira de Macacu.
Fonte: www.petrobras.com.br/fatos e dados. Acessado em; 28/06/2016
A base legal desenvolvida através da PNMA se mostra válida no canário atual, porque as áreas 
degradadas podem ser recuperadas através de ações que garantam a reabilitação das funções 
biológicas dos ecossistemas. Favorecendo a recuperação da biodiversidade. Na maioria dos casos 
basta parar de degradar o ambiente que ele mesmo se recupera e contribui para o retorno da 
qualidade ambiental.
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Nas últimas décadas diversas ações têm sido tomadas para tentar frear a degradação ambiental 
no Brasil, desde a elaboração de uma Política Nacional de Meio Ambiente, Leis que proíbem o uso 
indiscriminado dos recursos, obrigatoriedade para empresas com atividades de grande risco poluidor 
e de certa forma uma maneira de compensar os danos. No Brasil as principais preocupações com a 
degradação ambiental estão representadas na Figura abaixo.
Figura: Principais problemas ambientais no Brasil.
Uma das ações implementadas foi a criação do Programa de Ação Nacional de Combate à 
Desertificação (PAN-Brasil). Esse programa busca definir regiões suscetíveis à desertificação e 
estabelecer prioridades para ações públicas e privadas que irão mitigar os efeitos da desertificação.
Figura: Processo de desertificação
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Outro programa é o de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Ele tem por finalidade recuperar, 
conservar e preservar as bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade ambiental. A ideia 
e promover a melhoria das condições socioambientais e avanço na disponibilidade de água em 
quantidade e qualidade. É relevante ressaltar que estas ações são pensadas e articuladas por meio 
do fórum Brasil de áreas degradadas.
Figura: Fórum de áreas degradadas
X - EDUCAÇÃO AMBIENTAL A TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO, INCLUSIVE A EDUCAÇÃO DA 
COMUNIDADE, OBJETIVANDO CAPACITÁ-LA PARA PARTICIPAÇÃO ATIVA NA DEFESA DO MEIO 
AMBIENTE.
A educação ambiental deve atender uma busca constante na vida social porque desenvolve 
valores, atitudes, habilidades que influenciam diretamente no comportamento das pessoas. Isso as 
tornam cada vez mais consciente com a questão ambiental.
Então a Educação ambiental possui o objetivo de despertar na população a consciência de que 
todos fazem parte do mesmo planeta e que o seu comportamento, mesmo que local, os impactos 
podem afetar todos de uma forma Global.
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Conforme se viu na Unidade de número 8 a educação ambiental deve ser abordada sobre três 
perspectiva:
• Educação Sobre o Ambiente
• Educação no Meio Ambiente
• Educação para o Meio Ambiente
Sob as perspectivas apontadas, a educação ambiental no Brasil busca formar pessoas conscientes 
dos problemas ambientais e que colabore com preservação dos recursos naturais. Sendo abordada 
sob o pilar da Educação Ambiental Formal e Não- Formal.
“A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador em qualquer 
tempo ou lugar, em seu modo formal e não formal, promovendo a transformação e 
construção da sociedade [...] A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma 
consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este 
planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites a exploração dessas formas de vida 
pelos seres humanos (GADOTTI, 2002, p. 95-96).”
Responsabilidade Social e Ambiental
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RESUMINDO
• Nesta Unidade você viu que a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) de 1981, 
foi publicada antes do relatório “Nosso Futuro Comum” ou “Relatório Brundtland” 
que apresentou o conceito de desenvolvimento sustentável;
• Viu que a Lei 6938 busca estabelecer princípios que buscam promover a 
racionalização dos recursos naturais por meio de uma maior responsabilidade 
social e ambientas de todos; 
• Verificou-se que o Brasil é formado por biomas de características distintas, onde 
cada ambientes abriga diferentes tipos de vegetação e de fauna; e
• As empresas apresentam uma maior responsabilidade social e ambiental relativa 
ao seu porte e do quanto ela impacta no meio ambiente.
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1. A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), de acordo com a Lei Federal nº 6938/1981, tem 
por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar,no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos determinados princípios. Considere os 
itens I, II, III e IV a seguir para responder a questão.
I. controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras.
II. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos 
recursos ambientais.
II. recuperação de áreas degradadas.
IV. educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade.
Dentre os itens I, II, III e IV citados, constituem princípios da PNMA:
a) Apenas 2 itens.
b) Apenas 3 itens.
c) Apenas 4 itens.
d) Todos os itens
e) Nenhum dos itens.
2. A Lei N.º 6.938, com base nos incisos VI e VII do Art. 23 e no Art. 225 da Constituição, estabelece 
a Política Nacional de Meio ambiente com o objetivo de preservar, melhorar e recuperar a qualidade 
ambiental do país através do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). Como é a atuação deste 
sistema?
3. Acerca de competências e cooperação entre os entes públicos no exercício da Política Nacional 
do Meio Ambiente, julgue o item seguinte:
O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de 
Recursos Ambientais, que constitui instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, é gerenciado 
pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.
EXERCÍCIOS
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As Obrigações da Empresa
Objetivos
• Caracterizar o contexto histórico e princípios que calcaram o Direito Ambiental brasileiro;
• Apresentar os principais dispositivos legais que atualmente regem a legislação ambiental brasileira.
Unidade 07
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Unidade 07
BREVE CONTEXTO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA
A legislação ambiental brasileira é um conjunto de normas (lei, decreto, resolução, deliberação 
normativa, instrução normativa, portaria, etc.) das esferas federal, estadual, municipal e distrital que 
apresenta regras, procedimentos, padrões e etc, cujo objetivo é o ordenamento jurídico das questões 
relativas ao meio ambiente.
“As leis atualmente vigentes foram criadas em diferentes momentos, em 
função dos distintos contextos sociais, políticos e econômicos ao qual o 
país vivenciou (SÁNCHEZ, 2008).”
A partir da Conferência das Nações Unidas em Estocolmo, 1972, iniciou-se um processo de 
resgate da relação homem-natureza. Segundo a Declaração de Estocolmo todos têm direito a um 
ambiente ecologicamente equilibrado e protegido, sendo este um direito difuso e fundamental para 
o bem de todos.
Desta data em diante, e principalmente após a Conferência das Nações Unidas sobre o meio 
ambiente e desenvolvimento - ECO 92, no Rio de Janeiro, são consignados os Princípios que serviriam 
de embasamento para a normatização do Direito Ambiental Brasileiro, com amparo no artigo 225, 
Capítulo VI, da Constituição Federal Brasileira de 1988, o qual prevê que:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Calcado em tais premissas, o Brasil desenvolveu um complexo sistema institucional de gestão 
ao meio ambiente regido por vasto aparelho legal, sobre o qual fica determinado que os bens 
ambientais não são de pertencimento da União, dos Estados ou dos Municípios brasileiros, mas são 
tão-somente administrados por estes no interesse da coletividade (SÁNCHEZ, 2008; BELTRÃO, 2009).
Os Princípios da Legislação Ambiental
Os princípios da Legislação Ambiental são os pilares nos quais se norteiam o Direito Ambiental 
brasileiro, e visam estabelecer bases para a garantia da preservação da qualidade de vida, para as 
gerações presentes e futuras, conciliando o equilíbrio ambiental aos elementos sociais e econômicos. 
São nove Princípios, os quais Beltrão (2009, p. 56-57) explica de forma resumida:
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
• Princípio da prevenção: para evita a ocorrência de danos que provavelmente serão causados ao 
ambiente por uma determinada obra ou atividade humana, deve-se atuar de forma preventiva. 
Corresponde a uma evolução do tradicional jurídico da reparação de danos, que por ocorrer a 
posteriori, é bem eficaz na tutela do ambiente.
• Princípio da precaução: dada a imprevisibilidade decorrente da incerteza científica quanto aos 
efeitos de determinada obra ou atividade no ambiente, deve-se optar por não a implementar.
• Princípio da informação: todos têm direito a amplo acesso às informações, dados e estudos 
relacionados ao ambiente, produzidos e/ou guardados nos órgãos públicos, independentemente da 
comprovação de algum interesse específico.
• Princípio da oportunidade para participação pública: a todos deve ser assegurado o direito de 
participar efetivamente no processo decisório das autoridades governamentais competentes no 
tocante à política ambiental a ser implementada.
• Princípio do poluidor-pagador: impõe ao poluidor o dever de arcar com o custo ambiental que a 
sua atividade gera, seja de forma preventiva, por meio de investimentos em tecnologia e de outros 
mecanismos, seja por meio de medidas reparadoras, quando o dano ambiental já ocorreu. Deriva da 
teoria econômica segundo a qual os cursos externos devem ser internalizados.
• Princípio do usuário-pagador: consiste na cobrança de um valor econômico pela utilização de 
um bem ambiental. Diferentemente do princípio do poluidor-pagador, que possui uma natureza 
reparatória e punitiva, o princípio do usuário-pagador, tem uma natureza meramente remuneratória 
pela outorga do direito de uso de um recurso natural. Não há ilicitude, infração.
• Princípio do ambiente sadio como direito fundamental do ser humano: o direito ao ambiente há de 
ser compreendido como um direito fundamental para assegurar a sadia qualidade de vida, tal como 
previsto pelo art. 225, da Constituição Federal.
• Princípio a consideração do ambiente no processo decisório de políticas públicas: a perspectiva 
ambiental há de ser considerada em todo planejamento governamental; que não visa impor à 
autoridade pública que seu planejamento seja o mais adequado sob o ponto de vista do ambiente, 
mas apenas que o ambiente seja também considerado na elaboração de políticas e projetos públicos 
desde o seu nascedouro.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
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• Princípio do planejamento racional: considerando- se que os recursos naturais são escassos, deve-se 
assegurar que as melhores decisões sejam tomadas no interesse da coletividade e do meio ambiente. 
O planejamento racional é fundamental para alcançar a sustentabilidade.
Competências das Entidades Federativas
Em um sistema federativo a divisão de competências entre a União, Estados, distrito Federal 
e Municípios são elementos essenciais para promover a descentralização política e ordenamento 
jurídico sobre temas que podem ser de interesse local, regional, nacional ou comum aos entes 
federados (MOLLER, 2007).
De acordo com o art. 23, III, IV, VI e VIII, da Constituição Federal, é de competência comum 
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios a proteção denominada material, executiva ou 
administrativa ao meio ambiente natural e cultural, o combate à poluição, e a preservação dos 
ecossistemas e biodiversidade.
Em termos legislativos, o art. 24, VI e VIII, da Constituição da República, dispõem ser de 
competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar pra florestas, caça, pesca, 
fauna, conservação da natureza, defesa dos recursos naturais, controle da poluição e proteção ao 
meio ambiente, cabendo a União estabelecer normas gerais e aos Estados a suplementaçãode leis 
plenas, com suas devidas especificidades regionais. Porém, quando há inexistência de legislatura do 
Estado sobre determinada matéria, a competência passa naturalmente ao exercício da União.
No caso de se caracterizar interesse local na administração ou competência legislativa da 
proteção ao meio ambiente, aos recursos naturais, e ao controle da poluição, admite-se que possa 
ocorrer a concorrência entre leis estaduais e municipais, havendo, portanto, suplementação de 
competências. Contudo, tais casos não são previsíveis.
“Mesmo assim, como na Constituição Federal (art. 182) é previsto ao Município a 
competência legislativa do ordenamento territorial, por meio do planejamento de 
uso e ocupação do solo urbano, a normatização do meio ambiente local acaba sendo 
adequada à Política de Desenvolvimento Urbano e Plano Diretor Municipal (BELTRÃO, 
2009).”
A Política Nacional do Meio Ambiente
A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA, instituída pela Lei n.º 6.938 de 31 de agosto de 
1981, inaugurou no Brasil a estrutura jurídica para desenvolvimento das políticas ambientais. Por ela 
foram criados e sistematizados os mecanismos legais para a tutela e manutenção da qualidade do 
ambiente e dos recursos naturais, tais como o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, e os 
Instrumentos de Defesa Ambiental (BUCCI, 1992).
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA
O SISNAMA é uma rede de órgãos e entidades do Poder Executivo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e das Fundações públicas responsável pela integração e administração 
das políticas ambientais nacionais, sendo composto pelo:
• Órgão superior, que é o Conselho de Governo, que tem como função assessorar a presidência na 
formulação de políticas nacionais e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e recursos 
naturais;
• Órgão consultor e deliberativo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), com o objetivo 
de assessorar, pesquisar e propor ao Conselho do Governo diretrizes de políticas governamentais 
diretrizes para o meio ambiente e recursos naturais, e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre 
as normas e padrões compatíveis a promoção do ambiente ecologicamente equilibrado a manutenção 
da qualidade de vida da sociedade;
• Órgão central da Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, atual Ministério do 
Meio Ambiente, o qual tem a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão 
federal a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;
• Órgão executor, atualmente representado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e 
recursos Naturais) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Estes têm 
como função executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, no 
âmbito de suas competências;
• Entes setoriais e seccionais ambientais estaduais, responsáveis pela execução de programas, 
projetos, e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de causar degradação ambiental; e
• E órgãos municipais locais, os quais atuais no controle e fiscalização das atividades que podem 
provocar impactos ou a degradação do meio ambiente.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Figura – Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA).
Todos os órgãos possuem competência comum para exercer o poder de polícia no que tange as 
questões ambientais (MOLLER, 2007).
Instrumentos de Defesa Ambiental
No art. 9 da Lei 6.938/1981 (PNMA) estão elencados trezes instrumentos administrativos que 
possibilitam o controle do meio ambiente:
1. Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, estabelecidos por meio das resoluções 
do CONAMA para a água, o ar, e ruídos;
2. Zoneamento ambiental, tal como o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) que consiste no 
planejamento (macro) de uso dos recursos ambientais de um território que possui características 
físicas-naturais ou socioculturais comuns;
3. Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), necessário a instalação de empreendimentos. Dele 
fazem parte o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);
4. Licenciamento ambiental, que são atos da administração pública para compatibilizar a 
exploração econômica com a proteção ao meio ambiente;
5. Incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, 
voltados para melhoria da qualidade ambiental, tais como o Programa de Controle da Poluição do Ar 
por Veículos Automotores (PROCONVE) e o Programa da Poluição Sonora (SILÊNCIO);
6. Criação de espaços territoriais especialmente protegidos, dos quais compreendem as unidades 
de conservação, as áreas de preservação permanente e as reservas legais, cabendo sua execução 
Responsabilidade Social e Ambiental
96
CEAD
atual ao Instituto Chico Mendes de Conservação da biodiversidade (ICMBio);
7. Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (SINIMA), criado com o propósito 
de armazenar, integrar e compartilhar informações sobre o meio ambiente entre as três esferas do 
governo;
8. Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, utilizado 
pela administração pública para identificar as consultorias técnicas (equipamentos, comércio e 
industrialização) dedicadas ao controle das atividades poluentes (efetivas ou potenciais) através de 
seu registro;
9. Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras 
dos recursos ambientais, que é o controle da administração pública pelo registro das atividades 
potencialmente poluentes;
10. Aplicação de penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas 
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental;
11. Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, que é o monitoramento e avaliação sistemática 
das políticas públicas relacionadas ao meio ambiente nos três níveis de governo;
12. Garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente. Este instrumento está 
atrelado ao princípio do acesso a informação para garantia da participação popular na administração 
pública; e
13. Instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e 
outros, utilizados por meio de contratos com proprietários de terra para promover a sustentabilidade 
das florestas públicas.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Outros Instrumentos Federais Infraconstitucionais
São normas subordinadas ao ordenamento jurídico, interpretação e aplicação da Constituição 
Federal. No caso da legislação brasileira, além da Lei n.º 6.938/81, a tutela do meio ambiente encontra 
amparo também em várias outas normas, dentre as quais podem ser citados os Códigos anteriores a 
1981, Leis e Decretos, e Resoluções criadas a partir da Política Nacional.
Abaixo são apresentadas algumas das principais normas federais brasileiras:
Tabela – Algumas das principais normas federais da Legislação Ambiental brasileira.
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
SAIBA MAIS
• Consulta pública pelo site de votação do Senado <https://www12.senado.leg.br/ 
ecidadania/visualizacaotexto?id=120446>.
• Consulta a Legislação do CONAMA, disponível em < http://www.mma.gov.br/ port/
conama/legi.cfm> .
• Legislação ambiental por temas. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em < 
http://www.mma.gov.br/legislacao>.
• Curso online de Direito Ambiental gratuito. Unieducar. Disponivel < https:// 
unieducar.org.br/catalogo/curso-gratis/direito-ambiental-gratuito>.
Responsabilidade Social e Ambiental
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RESUMINDO
• Nesta Unidade teremos noção sobre a Legislação Ambiental que é um conjunto 
de normas (lei, decreto, resolução, deliberação normativa, instrução normativa, 
portaria, etc.) dasesferas federal, estadual, municipal e distrital que apresenta 
regras, procedimentos, padrões e etc., cujo objetivo é o ordenamento jurídico das 
questões relativas ao meio ambiente; e
• Veremos todas as regras e passos da cada legislação, acompanhamento, leis e 
aplicação das mesmas
Responsabilidade Social e Ambiental
100
CEAD
1. Determina a legislação ambiental brasileira que as empresas devem responder pelo impacto 
e dano ambiental gerado por suas atividades, arcando com os custos advindos dos mesmos, e 
recuperação o meio natural e social atingido. Está afirmação está baseada em qual Princípio do 
Direito Ambiental?
a) Princípio do ambiente sadio como direito fundamental do ser humano
b) Princípio da precaução
c) Princípio do poluidor-pagador
d) Princípio do planejamento racional
2. (OAB, 2014). No curso de obra pública, a Administração Pública causa dano em local 
compreendido por área de preservação permanente. Sobre o caso apresentado, assinale a opção que 
indica de quem é a responsabilidade ambiental.
a) Em se tratando de área de preservação permanente, que legalmente é de domínio público, o 
ente só responde pelos danos ambientais nos casos de atuação com dolo ou grave.
b) Em se tratando de área de preservação permanente, a Administração Pública responderá de 
forma objetiva pelos danos causados ao meio ambiente, independentemente das responsabilidades 
administrativa e penal.
c) Em se tratando de dano ambiental com área de preservação permanente, a Administração 
Pública não tem responsabilidade, sob pena de confusão, recaindo sobre o agente público causador 
do dano, independentemente das responsabilidades administrativa e penal.
d) Trata-se de caso de responsabilidade subjetiva solidária de todos aqueles que contribuíram 
para a prática do dano, inclusive do agente público que determinou a prática do ato.
3. A emissão da licença de operação para funcionamento de empreendimento localizado dentro 
dos limites do Parque Nacional da Tijuca deveria ser expedida por qual órgãos?
a) CONAMA.
b) ICMBio e IBAMA.
c) INEA, órgão seccionais ambientais do Estado do Rio de Janeiro.
d) SMAC, Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
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Educação Ambiental
Objetivos
• Identificar as origens da educação ambiental no Brasil e no Mundo.
• Apresentar os aspectos legais da educação ambiental.
• Compreender o conceito de educação ambiental.
• Sensibilizar o aluno sobre as boas práticas ambientais
Unidade 08
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental começou a ser discutida a partir da década de 70 dentro do contexto 
da conferência de Estocolmo. No âmbito internacional houve a Conferência Intergovenamental de 
educação Ambiental em Tbilisi, capital da Geórgia (ex-União Soviética), em outubro de 1977. Sua 
organização ocorreu a partir de uma parceria entre a UNESCO e o Programa das Nações Unidas 
para o Meio Ambiente (PNUMA). Desse encontro saíram às definições, os objetivos, os princípios e as 
estratégias para a educação ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo.
O documento afirma o caráter crítico, político e emancipatório da educação ambiental. Ele 
marca a mudança do pensamento desenvolvimentista a qualquer custo para a noção de “sociedades 
sustentáveis”, construídas a partir de princípios democráticos em modelos participativos de educação 
popular e gestão ambiental.
A educação ambiental é uma atividade educativa e social que tem por finalidade a construção 
de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possam contribuir para o entendimento da realidade. 
Responsável por formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais.
“Educação Ambiental é uma ação destinada a reformular comportamentos e 
recriar valores perdidos ou jamais alcançados. É a busca da reflexão constante 
sobre o destino do homem face aos recursos naturais e ao futuro do planeta”.
Aziz Ab’Saber
“Educação Ambiental, por definição, é elemento estratégico na formação de ampla 
consciência crítica das relações e de produção que situam a inserção humana na 
natureza (Loureiro, 2000).”
Dessa forma, a educação ambiental tenta despertar nos seres humanos a consciência que todos 
fazem parte do meio ambiente.
Neste contexto a educação ambiental está intimamente ligada à noção de cidadania, como 
algo que se constrói permanentemente, pois não é fornecida, mas se constitui ao dar significado ao 
indivíduo pertencente a uma sociedade. Desta forma como podemos dar significado ao indivíduo 
social? Um dos caminhos apontados pode ser visto conforme figura abaixo.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
103
Sauvé (2005)
Educação Ambiental No Brasil
A educação ambiental no Brasil teve sua origem em 1973, sob o decreto de lei n° 73.030, que 
criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente explicitando, entre suas atribuições, a promoção do 
“esclarecimento e educação do povo brasileiro para o uso adequado dos recursos naturais, tendo em 
vista a conservação do meio ambiente”.
A Lei nº 6.938/81, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, também evidenciou a 
capilaridade que se desejava imprimir a essa dimensão pedagógica no Brasil, exprimindo, em seu 
artigo 2º, inciso X, a necessidade de promover a “educação ambiental a todos os níveis de ensino, 
inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do 
meio ambiente”.
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
A Constituição Federal de 1988 elevou ainda mais o status do direito à educação ambiental, 
ao mencioná-la como um componente essencial para a qualidade de vida ambiental. Atribui-se ao 
Estado o dever de “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização 
pública para a preservação do meio ambiente” (art. 225, §1º, inciso VI), surgindo, assim, o direito 
constitucional de todos os cidadãos brasileiros o acesso à educação ambiental.
A educação ambiental no Brasil corresponde ao processo educacional de formar as pessoas 
conscientes dos problemas ambientais e que colabore para a conservação, preservação dos recursos 
naturais, levando em consideração os aspectos políticos, sociais, econômicos, éticos e ecológicos. 
Conforme é regulamentada pela:
Diante do exposto fica evidente a perspectiva sistêmica da educação ambiental que regulamenta 
um processo contínuo de educação. Visando a construção de um pensamento crítico sobre as relações 
entre sociedade e natureza, capaz de promover mudanças de hábitos, atitudes e valores necessários 
para conduzir a população à qualidade de vida e a construção de uma sustentabilidade social.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Educação Ambiental nas Escolas
A Política Nacional de Educação Ambiental é um componente essencial da educação nacional, 
pois fundamenta o direito a todos à educação ambiental e determina os seus princípios, objetivos, 
atores responsáveis por sua implementação, seus âmbitos de atuação e suas principais linhas de 
ação. Ela está dividida em Educação ambiental Formal e Não formal.
Os princípios da Educação Ambiental formal e Não formal:
• Educação Ambiental Formal;
Deve ser desenvolvidas em instituições públicas e privadas de forma interdisciplinar e está de 
acordo com os currículos educacionais. Os conteúdos formais relacionados ao ensino fundamental 
e médio estão nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), onde se encontram especificados 
os objetivos e as metas que a educação ambiental deve atingir para os estudantes destes níveis 
(Hendges, 2010).
As práticas educativas relacionadas a esta questão devem ser transformadoras conforme apontado 
por Segura (2001).
“A educação transformadora, e neste contexto, procuramos ver essas 
possibilidadespor meio da implementação da educação ambiental no ensino 
formal, e paralelamente, na realidade local.
Nesse aspecto, tentou-se inserir a teoria e a prática no nosso cotidiano 
escolar, assim como a implementação da educação ambiental no ensino não 
formal (Segura, 2001).”
• Educação Ambiental Não Formal;
Ações e práticas educativas voltadas para a conscientização coletiva sobre as questões 
ambientais e à sua participação na defesa do ambiente são conhecidas como educação ambiental 
em nível não formal.
Os poderes públicos devem incentivar a difusão de campanhas educativas e informações 
relacionadas ao ambiente, à participação das empresas públicas e privadas, meios de comunicação, 
empresas, ONGs, escolas e sociedade na formulação, execução e desenvolvimento de programas e 
atividades vinculadas com a educação ambiental não formal.
Responsabilidade Social e Ambiental
106
CEAD
“Também são consideradas ações não formais de educação ambiental a divulgação de 
conteúdos que estimulem a sensibilização e capacitação da sociedade. Neste mesmo 
sentido estão relacionadas como atividades não formais de educação ambiental no 
ensino brasileiro a sensibilização dos agricultores para as questões ambientais e as 
atividades de ecoturismo (Hendges, 2010).”
Essas definições colocam os seres humanos como responsáveis individuais e coletivamente 
pela Sustentabilidade, ou seja, se fala da ação individual na esfera privada e de ação coletiva na 
esfera pública.
Educação Ambiental nas Empresas
As transformações ocorridas no mercado fez com que as empresas adotassem boas práticas 
educacionais relacionadas ao meio ambiente e passaram a programar ações voltadas a reduzir os 
impactos ambientais e sociais ocasionados por suas atividades econômicas.
Nesse contexto, as empresas incorporam ao seu sistema de gestão ferramentas de educação 
ambiental para obter certificados ambientais.
“Com o advento da série ISO 14.000, as empresas passaram a buscar um equilíbrio 
entre a economia e o meio ambiente, com a inserção de políticas ambientais através 
da aplicação de métodos específicos da gestão ambiental. Essa normatização elencou 
todos os requisitos necessários para que as empresas pudessem obter uma certificação 
de qualidade ambiental, se diferenciando no mercado através da adoção de práticas 
sustentáveis e responsabilidade social. (CRUZ, 2013)”
A boa pratica de educação ambiental tenta fazer com que a cidadania seja exercida de forma 
ampla, gerando uma ação transformadora que tenha como consequência a melhoria da qualidade de 
vida da coletividade (PELICIONI, 2014). Conforme gráfico abaixo.
Responsabilidade Social e Ambiental
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“Conforme se observa na dinâmica empresarial, economia de sustentabilidade ou 
economicidade socioambiental é o nome dado à relação entre a produção continuada 
e o consumo de bens e serviços com a condição ambiental preservada associada ao 
compromisso de resultados sociais positivos relacionado à adoção de boas práticas 
ambientais (MONTIBELLER, 2014).”
Os programas ambientais adotados por empresas são extremamente importantes para a 
sociedade, pois promove a redução do consumo dos recursos naturais, reduz a geração de resíduos 
sólidos e líquidos, fortalece a consciência ambiental. Isso agrega valor à marca das empresas e 
aumenta a rentabilidade, pois o cidadão está cada vez mais consciente e procura consumir produtos 
de empresas preocupadas com o meio ambiente.
Práticas de Educação Ambiental
As práticas de educação ambiental adotadas no Brasil são muito diversificadas e estão divididas 
em cinco categorias de acordo com: (CPRH, 1994).
• Educação Ambiental Conservacionista: Conservação da biodiversidade, preservação da fauna e da 
flora e lutas conservacionistas.
• Educação Ambiental Biológica: Utiliza livro didático de ciência e biologia, cadeias alimentares e 
aspectos da biosfera.
• Educação Ambiental Comemorativa: Comemora a semana do meio ambiente, eventos temporários 
e entre outros.
Responsabilidade Social e Ambiental
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• Educação Ambiental Política: Questões vinculadas à natureza política.
• Educação Ambiental Crítica: Visa compreender as origens, as causas e consequências da degradação 
ambiental.
Então, ao desenvolver a pratica da aprendizagem ambiental, o educador deverá ter ciência de qual 
diretriz metodológica adotar, para que a atividade não perca o seu objetivo.
Toda atividade realizada com o objetivo ambiental, deverá ser orientada conforme mencionado por:
“Dias (1993), Princípios e práticas, a aprendizagem será mais significativa se a atividade estiver 
adaptada concretamente às situações da vida real da cidade, ou do meio, do aluno e do professor.”
“Segundo Freire (1983), ensinar exige compreender que a Educação é uma forma de intervenção no 
mundo. Exige também a convicção de que a mudança é possível. Ensinar exige liberdade e autoridade.”
Exemplo de práticas de Educação Ambiental
• O lixo nosso de cada dia.
Objetivo: desenvolver o hábito de reciclar, apresentar os conceito de 3Rs (Reduzir, Reciclar e 
Reutilizar), 4Rs (Repensar, Reduzir, Reciclar e Reutilizar) e 5Rs (Repensar, Reduzir, Reaproveitar, Reciclar 
e Recusar) e entender o mal que os resíduos gerados causam ao planeta. Conforme figuras abaixo:
Responsabilidade Social e Ambiental
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Adaptado de Inácio et al. (2004)
• Reduzir: reduzir o consumo e consequentemente o lixo que produzimos
• Reciclar: consiste na valorização dos resíduos em que se recuperam os diferentes materiais 
constituintes, dando origem a novos produtos.
• Reutilizar: Dar novo uso a materiais já utilizados, tantas vezes quanto seja possível.
Diante da complexidade do tema, ampliou-se o conceito. De 3Rs para 4Rs
Responsabilidade Social e Ambiental
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Diante da complexidade do tema, ampliou-se o conceito. De 4Rs para 5Rs
Responsabilidade Social e Ambiental
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JOGO 1: Através da atividade de recortar figuras de encartes de supermercado, o professor deve 
solicitar que os participantes recortem tudo aquilo que responde à pergunta: “O que você gostaria 
de comer, beber ou ganhar de presente entre todas essas figuras?” Cada aluno deverá recortar um 
número “x” de produtos. Depois disso o professor dirá que agora que todos comeram, beberam e etc. 
irão se questionar: “sobrou alguma coisa? O que sobrou?” E aí explicar que há coisas como lata de 
refrigerante, saco plástico de salgadinho, papel de chocolate, que poderão ser usadas novamente pelo 
ser humano, enquanto outras (semente de laranja, casca de banana) também podem ser reutilizadas, 
só que pela natureza, na decomposição e formação de novos nutrientes para o desenvolvimento dos 
solos e dos vegetais.
JOGO 2: Ainda usando os recortes de encartes, só que agora previamente recortados e espalhados 
aos montes numa mesa principal, o professor fará a introdução do jogo: “quem não sonhou em 
ficar preso num shopping center para poder comer e beber tudo de graça? Faz de conta que vocês 
ganharam uma promoção onde o prêmio é poder pegar um número “x” de mercadorias sem precisar 
pagar nada”. Após eles escolherem o que mais lhe agrada, o professor novamente intervém dizendo 
que, após terem consumido aquilo tudo, foram gerados resíduos, e agora formará cinco grupos que 
receberão um tema da reciclagem (grupo Papel, grupo Plástico, grupo Metal, grupo Vidro e grupo 
Orgânico). Perguntar: “agora o que temos?” Dentro de cada grupo, teremos os alunos trazendo consigo 
vários resíduos gerados do que eles consumiram que, vendo na figura e até associando o produto ao 
seu cotidiano, terão que selecionar os que pertencem a sua temática, e depois irão aos outros grupos 
atrás de mais coisas, fazendo perguntas sobre os itens que não pertencem ao tema de seu grupo. No 
final, cada grupo monta um cartaz com seus produtose mostra para o grande grupo.
Sugestão de conteúdo: Ecologia, Problema do lixo e Consumo.
Vemos assim, que a educação ambiental em especial na prática pedagógica dos professores 
deve aguçar nos estudantes o valor que tem a imensidão deste planeta. Se a prática pedagógica 
for bem desenvolvida, conseguirá formar cidadãos de bem que possam servir a humanidade, neste 
mesmo viés da educação consistirá um ser ético que será capaz de lutar, de questionar, e sensibilizar 
as pessoas a respeitarem os ciclos vitais da natureza.
Responsabilidade Social e Ambiental
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RESUMINDO
• Educação Ambiental: A educação ambiental começou a ser discutida a partir da 
década de 70. No âmbito internacional houve a Conferência Intergovenamental 
de educação Ambiental em Tbilisi, capital da Geórgia. Desse encontro saíram às 
definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a educação ambiental 
que até hoje são adotados em todo o mundo. O documento afirma o caráter crítico, 
político e emancipatório da educação ambiental. Ele marca a mudança do pensamento 
desenvolvimentista a qualquer custo para a noção de “sociedades sustentáveis”, 
construídas a partir de princípios democráticos em modelos participativos de 
educação popular e gestão ambiental;
• Educação Ambiental No Brasil: A educação ambiental no Brasil teve sua origem 
em 1973, sob o decreto de lei n° 73.030, que criou a Secretaria Especial do Meio 
Ambiente. A Lei nº 6.938/81, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, 
evidenciou a necessidade de promover a educação ambiental a todos os níveis de 
ensino. A Constituição Federal de 1988 atribui-se ao Estado o dever de promover a 
educação ambiental em todos os níveis de ensino. O direito constitucional de todos 
os cidadãos brasileiros o acesso à educação ambiental;
• A educação ambiental no Brasil corresponde ao processo educacional de formar as 
pessoas conscientes dos problemas ambientais e que colabore para a conservação, 
preservação dos recursos naturais, levando em consideração os aspectos políticos, 
sociais, econômicos, éticos e ecológicos. Conforme é regulamentada pela;
• Educação Ambiental nas Escolas: A educação ambiental nas escolas é norteada pela 
Política Nacional de Educação Ambiental e está dividida em Formal e Não Formal.
• Educação Ambiental nas Empresas: Desenvolver programas e ações voltadas a reduzir 
os impactos ambientais e sociais ocasionados por suas atividades econômicas; e
• Práticas de Educação Ambiental: Desenvolver a pratica da aprendizagem ambiental 
apoiada na diretriz metodológica dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
113
EXERCÍCIOS
1. Qual foi o marco histórico do termo Environmental Education (educação ambiental),
A) Keele Conference on Education and Countryside
B) Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental
C) Conferência para o Desenvolvimento Sustentável.
D) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
E) Conferência Científica das Nações Unidas sobre a Conservação e Utilização de Recursos.
2. O gerenciamento ambiental é a administração do exercício de atividades econômicas e 
sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, renováveis ou não. Existem 
normas e certificações que atestam que uma determinada empresa executa suas atividades com base 
nos preceitos da gestão ambiental. Qual opção se refere a essa norma ambiental?
A) ISO 9000
B) ISO 14000
C) AS 8000
D) ISO 26000
E) ISO 17799
3. De acordo com a Lei nº 9.795/99, a Política Nacional de Educação Ambiental é um componente 
essencial e permanente da educação nacional. Diante dessa informação, marque a alternativa correta.
A) É um dos objetivos fundamentais da educação ambiental porém não ocorre democratização 
devido o governo controlar a informações ambientais.
B) O sistema nacional de educação ambiental determina que deva ser ensinada na educação 
infantil e de acordo com os PCNs.
C) A educação ambiental deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e 
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
D) Cabe à sociedade como um todo manter a atenção esporádica na formação de um cidadão 
ambiental.
E) Reconhece o respeito à pluralidade e deve incorporar ao conteúdo do ensino médio.
Responsabilidade Social e Ambiental
114
CEAD
As Empresas e a Responsabilidade
Social Empresarial
Objetivos
• Estudar a importância das ações de responsabilidade social empresarial (RSE).
• Apontar como ocorrem os impactos das ações de (RSE) e apresentar os resultados obtidos por 
alguns programas de (RSE).
Unidade 09
Responsabilidade Social e Ambiental
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Unidade 09
GLOBALIZAÇÃO
Inicialmente podemos dizer que o processo de globalização da economia e outros fatores 
externos são uns dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de ações e atividades 
de responsabilidade social pelas empresas. Isso por que o ambiente empresarial está cada vez mais 
competitivo no mundo globalizado e existe uma pressão dos organismos internacionais. Sobre as 
questões externas Tenório (2007, p. 33) menciona que:
As pressões externas se referem às legislações ambientais, aos movimentos dos consumidores, à 
atuação dos sindicatos em busca da elevação dos padrões trabalhistas, às exigências dos consumidores 
e às reivindicações das comunidades afetadas pelas atividades industriais.
Assim sendo, as empresas precisam de um enorme esforço para ter um diferencial competitivo 
e se manter no mercado.
Fonte: http://www.theindependentbd.com/arcprint/details/3214/2015-06-12, acessado em 02/05/16.
Segundo Milton Santos em seu livro “Por outra globalização” a globalização apresenta 
características que a torna perversa, são elas:
• Perversidade sistêmica: a instituição da competitividade como regra absoluta; o outro, empresa, 
instituição ou individuo: obstáculo que deve ser removido.
• Celebração do egoísmo, alastramento dos narcisismos, a banalização da guerra de todos contra 
todos, corrupção generalizada.
• Morte da Política: a condução do processo político passa a ser atributo das grandes empresas; 
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conformação da opinião pelas mídias; substituição do debate civilizatório pelo discurso único do 
mercado.
• Ensinamento e aprendizado de comportamentos: ausentes objetivos finalísticos e éticos e noção 
de solidariedade.
• Império do consumo: Cidadão é transformado em cliente consumidor.
• Desigualdades interpessoais, de classe, regionais, internacionais.
A globalização e suas características promovem uma serie de desigualdades socioeconômicas. Isso 
pode ser percebido no cotidiano das cidades, na internet, na tv e outros meios de informação.
Fonte: https://curtageografia.wordpress.com/page/3/, acessado em 02/05/16.
Responsabilidade social empresarial e ética
A concorrência faz com que as empresas buscam se destacar, isto é, se diferenciar das demais por 
meio de diversos aspectos, como a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) por exemplo.
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“Responsabilidade Social Empresarial são ações das empresas que beneficiam a 
sociedade. São causas sociais relevantes para as comunidades, contribuindo com a 
política social.
É uma forma de gestão que pretende diminuir os impactos negativos no meio ambiente 
e comunidades, preservando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade 
e reduzindo a desigualdade social.
São as corporações se conscientizando do seu papel no desenvolvimento na comunidade 
que está inserida, criando programas que levam em consideração a natureza, economia, 
educação, saúde, atividades locais, transportes. (Costa, 2013)”
Em síntese pode-se dizer que a RSE é uma das maneiras que as empresas buscampara se 
diferenciarem num mercado de extrema competitividade. Além desse principal aspecto ligado 
a sobrevivência das empresas, podemos citar o desenvolvimento do terceiro setor (ONGs) e o 
entendimento que as empresas estão atuando num sistema aberto (Saiba mais “conectando” o tema 
a teoria dos sistemas do biólogo Ludwig Von Bertalanffy).
O Investimento Social Privado ocupa uma posição de extrema importância nos processos de 
desenvolvimento da sociedade brasileira e é possível notar cada vez mais a atuação das organizações 
como força econômica que promove transformação social. Segundo dados do Grupo de Institutos, 
Fundações e Empresas, os projetos sociais corporativos movimentam atualmente cerca de bilhões 
em todo o país.
QUANTO AS EMPRESAS INVESTIRAM NO SOCIAL NO PERÍODO DE 2007 a 2014?
Fonte: http://www.akatu.org.br/Content/Akatu/Arquivos/file/Publicacoes/18-Sum_Pesq_2006_2007.pdf. Acesso em: 03 de 
Junho de 2016.
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Atualmente uma empresa que promove uma ação social e/ou ambiental tende a ser “bem vista” 
pela sociedade. Diante do cenário de desigualdade apresentado acima, algumas empresas passaram 
a perceber que faziam parte desse processo. Assim iniciasse uma série de ações socioeconômicas na 
tentativa de minimizar os impactos negativos ocasionados pelo processo de globalização.
Essas iniciativas normalmente são desenvolvidas de dois modos: internamente e externamente.
EM QUAIS TEMAS SE CONCENTRAM AS PRÁTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ADOTADAS 
PELAS EMPRESAS?
Distribuição percentual das empresas conforme incorporação de práticas agrupadas em temas: 
média do total de empresa de amostra principais.
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Fonte: SISTEMA FIEMET – SESI <https://www.google.com.br/ url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=r-
ja&uact=8&ved=0ahUKEwiAzdq28ZnNAhUCDZAKHRM8B_ 
ACESSO EM: 03 DE JUNHO DE 2016;
As Fundações são organizações que praticam a filantropia, não visam fins lucrativos e tem 
personalidade jurídica. O instituidor é a pessoa que representa a fundação, que da vida a mesma, é 
a pessoa que cria a fundação. As fundações também são conhecidas como patrimônio personificado.
Segundo o código civil (CÓDIGO CIVIL. Art. 62), as fundações somente poderá constituir-se 
para fins de: Assistência social; Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
educação; saúde; Segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologia alternativa, modernização de sistema de gestão, produção e divulgação de informações e 
conhecimento técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos 
humanos; atividades religiosas.
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Figura: Fundações Brasileiras.
Percebesse que a cada ano aumenta o número de instituições do terceiro setor que buscam 
desenvolver ações sociais e ambientais. No Gráfico 1 abaixo é possível verificar a evolução da criação 
de institutos e fundações no Brasil. Quanto maior for o quantitativo de organização deste modelo, 
maior será as ações de responsabilidade social e ambiental.
Contudo essas ações desenvolvidas nesse ambiente turbulento são levadas em consideração a 
posição dos stakeholders , que são os principais atores dentro do sistema empresarial. Segundo Evan e 
Freeman (apud Beaucamp e Bowie, 1988) a perspectiva neoclássica de responsabilidade social é que 
as organizações prezem pela maximização da riqueza dos stakeholders (Stakeholder é uma pessoa 
ou grupo que possui participação ou ações e que possui interesse em uma determinada empresa ou 
negócio. Stake interesse, participação, risco; Holder aquele que possui), mas, considerando os demais 
stakeholders abarcando uma abordagem teórica mais ampla.
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Gráfico: Institutos e fundações por ano de criação e tipo de investidor
O que é Stakeholders?
Stakeholders são qualquer grupo interno ou externo de uma organização que tem interesse no 
desempenho da mesma. Há uma tendência cada vez maior em se considerar stakeholder quem se 
julgue como tal, em cada situação. A empresa deve procurar fazer um mapeamento dos stakeholders 
envolvidos.
Figura: Stakeholders
Fonte: http://slideplayer.com.br/ slide/8132818/ Acesso em: 03 de Maio de 2016
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Por esse prisma tem-se dois pontos de vista. O primeiro trata-se da convergência das visões, isto 
é, as empresas têm uma função social a cumprir na sociedade e também possuem imputações ética. 
Já o segundo ponto, aborda sobre a natureza das atribuições éticas e de quem se beneficiará com 
elas (Dienhart, 2000). Assim sendo, pode-se mencionar que a responsabilidade social das empresas 
tem como fundamental atributo a consistência ética nas ações com seus stakeholders e públicos, 
colaborando para a ampliação continua das pessoas, das comunidades e dos relacionamentos entre 
si e com o ambiente.
“A palavra “ética”, no grego arcaico, significa “a morada do humano”, o lugar onde nós 
vivemos. A noções de ethos significa o lugar onde nós vivemos juntos e com outros e outras 
compartilhamos essa vida. Assim sendo, é preciso que tenhamos modos, princípios, valores de 
conduta para que essa convivência preserve a integridade. Seja uma família, uma empresa, 
uma sociedade, seja um país inteiro. (CORTELLA, 2015, p.15)”
Nesse contexto, verifica-se como é importante a questão ética nas empresas que desenvolvem 
práticas de responsabilidade social para seus diversos públicos. Esse tema é de fundamental 
importância que o Instituto Ethos que tem como missão “mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas 
a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de 
uma sociedade sustentável e justa”, desenvolve um projeto nacional denominado “Empresa Pro-
Ética” (acesse www.cgu.gov.br/proetica e saiba mais sobre o Pró-Ética). Esse projeto visa realizar um 
cadastro nacional de empresas comprometidas com a ética.
O Cadastro Nacional de Empresas Comprometidas com a Ética e a Integridade (Empresa Pró-
Ética) é uma iniciativa do Instituto Ethos e da Controladoria-Geral da União (CGU) com o objetivo 
de avaliar e divulgar as companhias voluntariamente engajadas na construção de um ambiente de 
integridade e confiança nas relações comerciais, inclusive nas que envolvem o setor público. (Instituto 
Ethos)
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Tabela - Empresas aprovadas para o Pró-Ética 2015 - Fonte: Instituto Ethos
Implementação da RSE
O que leva uma empresa a praticar a responsabilidade social? Além das questões supracitadas 
relacionadas a globalização, temos algumas características importantes que impulsionam elas na 
implantação de projetos de responsabilidade social.
A responsabilidade social parte do princípio que a organização está em atuando em um sistema 
aberto onde há stakeholders (partes interessadas) com necessidades que carecem ser atendidas. 
Ainda podemos citar aqui as questões relacionadas a legislação brasileira, como a Política Nacional 
de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei 12.305/10).
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Por outro lado, é também o exercício da sua consciência moral e cívica, advinda do entendimento 
da função da organização no desenvolvimento da sociedade. Trata-se, portanto, do conceito de 
cidadania aplicado às organizações, no tocante à segurança e à saúde pública e à proteção ambiental. 
A organização cidadã prevê impactos adversos, que poderão decorrer de instalações, produção, 
distribuição, transporte, uso, descarte ou reciclagem final dos produtos, e realiza ações preventivas e 
de proteção necessárias.(FALCONI, 2009)
A realização de um diagnóstico da atual situação da empresa em relação aos itens supracitados 
é o primeiro passo para definição das metas necessárias para se atingir o nível de organização 
mencionado no texto acima. Isto é, por onde deve-se iniciar o processo de implementação da 
responsabilidade social e ambiental.
A implementação dos projetos de responsabilidade social leva em consideração os aspectos 
ligados ao público interno e externo. Nesse sentido para o desenvolvimento das ações as empresas 
precisam definir qual será o foco, área de atuação, instrumentos e tipo de retorno esperado. Veja o 
quadro a seguir:
Tabela – Atuação RSE
Diante do atual cenário de competividade empresarial a preocupação com as dificuldades 
socioeconômicas é o uns dos aspectos que induzem os empresários a investir na área social. A 
promoção da melhoria socioeconômica de uma comunidade pode trazer diversos resultados positivos 
para a empresa, como a imagem diante dos consumidores e também com seus fornecedores. Os 
principais benefícios são:
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Fonte: IPEA, 2010. Ano 7. Edição 58
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Responsabilidade Social Interna
A responsabilidade social interna parte do desenvolvimento de ações que visam promover um 
ambiente de trabalho onde os funcionários sintam-se motivados, comprometidos e que fazem parte 
de uma empresa que preza pelo aspecto social.
A responsabilidade social interna apresenta um grande potencial de trazer melhores resultados 
e diversos benefícios na gestão empresarial:
Debastiani e Bitarello (2005) afirmam que uma empresa socialmente responsável caracteriza-
se como tal não somente sendo ética e dando condições de trabalho, mas também criando condições 
internas de satisfação e realização profissional dos colaboradores.
Em síntese, pode-se dizer que a responsabilidade social interna consiste em proporcionar um 
bom ambiente de trabalho, motivando os colaboradores para a produtividade e contribuindo para 
o bem estar da coletividade. São muitas as maneiras de se desenvolver um bom clima na empresa, 
exemplos disso são os programas de benefícios sociais, vale alimentação e transporte, assistência 
médica e social, qualificação, participação nos lucros. Há também os programas de voluntariado, 
onde os funcionários participam e se sentem valorizados por contribuir e ensinar outras pessoas, que 
talvez não tiveram o mesmo acesso à cultura, estudo, lazer.
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A responsabilidade social interna focaliza o público-interno da empresa, seus empregados e 
seus dependentes, ou seja, os beneficiários internos da empresa, sem os quais a organização não pode 
sobreviver. Por outro lado, a responsabilidade social empresarial externa procura atuar na sociedade 
na qual a empresa está inserida, junto a todos os seus públicos ou beneficiários externos (fornecedores, 
clientes atuais, potenciais clientes, opinião pública, governo, sociedade, etc.) e, consequentemente, a 
empresa obtém maior visibilidade e admiração frente a públicos relevantes para sua atuação.
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SAIBA MAIS
• Link: http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental
• Curso: Formação Avançada em e Social. Disponível em: http://www.rocsbrasil. 
com.br/formacao-avancada-em-esocial/
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RESUMINDO
• Globalização: O processo de globalização da economia e outros fatores externos 
são uns dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de ações 
e atividades de responsabilidade social pelas empresas;
• Responsabilidade social empresarial e ética: A concorrência faz com que as 
empresas buscam se destacar, isto é, se diferenciar das demais por meio de 
diversos aspectos, como a Responsabilidade Social Empresarial que consiste em 
busca de um diferencial competitivo lidado a sobrevivência das empresas;
• Stakeholders: É qualquer grupo interno ou externo de uma organização que tem 
interesse no desempenho da mesma e com convergência das visões; e
• Implementação da RSE: O que leva uma empresa a praticar a responsabilidade 
social são os benefícios produzidos pelo programa e principalmente as empresas 
que desenvolvem a responsabilidade social interna. Parte do desenvolvimento de 
ações visam promover um ambiente de trabalho onde os funcionários sintam-se 
motivados, comprometidos e que fazem parte de uma empresa que preza pelo 
aspecto social.
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1. Analise estas afirmações sobre a evolução da questão ambiental no ambiente empresarial.
I. Durante o século XIX e início do século XX, o crescimento econômico era sinônimo das maiores 
e mais numerosas técnicas manufatureiras, ou seja, para aumentar o lucro era necessário usar mais 
insumos e mais energia nas operações.
II. Este tipo de crescimento era mais destrutivo, já que invadia áreas e destruía grandes porções da 
natureza.
III. Naquela época as empresas já tinham grande preocupação com o meio ambiente buscando usar 
tecnologias limpas.
Após a análise e considerando as afirmações verdadeiras, assinale a alternativa correta.
A) II e III, apenas
B) II, apenas
C) I, II e III
D) I e II, apenas
E) I, apenas
Comentários: preocupação com o meio ambiente ganhou força a partir da segunda metade do século 
XX, não no início.
2. A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como 
partes interessadas da organização, com necessidades que precisam ser atendidas. Significa, ainda, a 
responsabilidade pública, ou seja, o cumprimento e a superação das obrigações legais decorrentes da 
própria atividade e produto da organização.
Por outro lado, é também o exercício da sua consciência moral e cívica, advinda da ampla compreensão 
do papel da organização no desenvolvimento da sociedade. Trata-se, portanto, do conceito de 
cidadania aplicado às organizações, no tocante à segurança e à saúde pública e à proteção ambiental. 
A organização cidadã prevê impactos adversos, que poderão decorrer de instalações, produção, 
distribuição, transporte, uso, descarte ou reciclagem final dos produtos, e realiza ações preventivas e 
de proteção necessárias.
FALCONI, V. O verdadeiro poder – práticas de gestão que conduzem a resultados revolucionários. 
Nova Lima: INDG, 2009.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
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Para se atingir o nível de organização mencionado no texto, o primeiro passo para definição das 
metas necessárias é:
A) a inserção desses objetivos na política de qualidade da empresa e na sua missão.
B) a introdução da prática sistemática dos ciclos de gerenciamentos: PDCA e SDCA.
C) a identificação de um líder que possa conduzir a empresa a atingir rapidamente seus propósitos.
D) o levantamento da situação atual da empresa em relação a tais compromissos.
E) a utilização do brainstorming (tempestade cerebral), para levantamento das causas e efeitos dos 
problemas da organização.
Comentários. A primeira atividade a ser realizada para buscar o entendimento de qualquer problema 
ou situação é o levantamento de dados e informações.
3. A responsabilidade social interna poderá trazer resultados na gestão organizacional com EXCEÇÃO:
A) Melhoria do clima organizacional;
B) Inovação no trabalho;
C) Melhoria da qualidade de vida no trabalho;
D) Rotatividade dos talentos;
E) Consolidação de uma nova cultura empresarial
Comentários: A rotatividade de talento é exatamente o que as ações de responsabilidade social 
interna buscam evitar.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Responsabilidade Socioambiental nas 
organizações – ISO 26000 e Certificação 
Ambiental ISO 14001
Objetivos
• Conhecer as normas ISO 26000 e 14001.
• Entenderas características de cada norma e os organismos de Certificação.
Unidade 10
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Unidade 10
Como já falado nas Unidades anteriores, cada vez mais se observa que o comportamento das 
diferentes organizações está focado em demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais 
de forma consistente com práticas reconhecidas no mercado.
Para atender esta demanda das empresas, foram criadas normas internacionais pela ISO 
“Internacional Organization for Standardization’’ para padronização das relações das partes 
interessadas.
A ISO é uma federação de organismos de normalização não governamental constituída por 130 
países. Foi estabelecida em 1947 e tem como missão promover o desenvolvimento da normalização 
e atividades relacionadas em todo o mundo, como elemento facilitador das trocas comerciais de bens 
e serviços, dentro dos princípios da Associação Portuguesa de Certificação (APCER), 2003.
Figura: Logomarca da ABNT. Fonte: abnt.org.br
As normas mais conhecidas e implementadas nas empresas são a ISO 9001 para Gestão da 
Qualidade, a ISO 14001 para Gestão do Meio Ambiente e ISO 26000– Diretrizes sobre Responsabilidade 
Social.
Neste módulo, focaremos o nosso estudo nas normas 26000– Diretrizes sobre Responsabilidade 
Social e ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental.
ISO 26000 - Diretrizes sobre Responsabilidade Social
De acordo com Bicalho, 2003, a Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da 
empresa de tal maneira que a torna parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. A empresa 
socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes 
partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, 
governo e meio ambiente) e consegue incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando 
atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.
Com intuito de atender essa demanda, foi publicada em 2010, a Norma Internacional ISO 26000 
Responsabilidade Social e Ambiental
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– Diretrizes sobre Responsabilidade Social, cujo lançamento foi em Genebra, Suíça. É uma norma de 
diretrizes e de uso voluntário; não visa nem é apropriada a fins de certificação.
Em suma, a norma oferece diretrizes para todos os tipos de organização referente aos conceitos, 
termos, definições, histórico, tendências, características, princípios , práticas, os temas centrais, 
comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes a responsabilidade 
social. Além de integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável 
em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência, 
identificação e engajamento de partes interessadas.
Em 2004, o Brasil já havia publicado uma norma sobre Responsabilidade Social, a ABNT NBR 
16001, que foi atualizada em 2012, à luz da ISO 26000, (contemplando suas Definições, Princípios, 
Temas Centrais e Questões). A Norma Brasileira difere da Norma Internacional, porque, enquanto a 
ISO 26000 traz orientações e diretrizes, a ABNT NBR 16001 é uma norma de requisitos, os quais são 
obrigatórios para quem declarar segui-la. Estes requisitos possibilitam a verificação do cumprimento 
à Norma. Essa verificação pode, inclusive, ser feita por uma terceira parte independente, em um 
processo de auditoria externa. Isso é vantajoso principalmente para o consumidor ou para o investidor, 
que podem dar preferência e escolher comprar produtos ou serviços, ou investir em organizações 
que sigam os requisitos (regras) estabelecidos na Norma, tendo alguma confiança quanto ao seu 
cumprimento, pois alguém atesta e emite um certificado com a sua assinatura.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) desenvolveu um Programa 
de Avaliação da Conformidade específico para esta Norma, o Programa Brasileiro de Certificação 
em Responsabilidade Social (PBCRS). O Inmetro define procedimentos de certificação e realiza a 
acreditação de organismos de certificação que realizam auditorias nas organizações e emitem o 
certificado, que leva também a marca do Inmetro.
Figura: Logomarca do Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social.
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De acordo com pesquisa realizada pelo INMETRO em 2011: 56% das empresas entrevistadas 
concordam totalmente que a certificação na ABNT NBR 16001:2004 contribuiu para melhorar o 
relacionamento da organização com algumas das partes interessadas; 63% concordam totalmente 
que a certificação na referida norma contribuiu para melhorar ou fortalecer a imagem e reputação 
da organização.
As normas Ambiental e Brasileira se fundamentam em sete Princípios-base da Responsabilidade 
Social (RS), os quais estão descritos abaixo:
1. Accountability ou Responsabilização: Aceitar e assumir a responsabilidade pelas consequências 
de ações e decisões, prestar contas às partes interessadas (Princípio 4, abaixo) por seus impactos na 
sociedade, na economia e no meio ambiente, bem como esclarecer as medidas tomadas para evitar a 
repetição de impactos negativos;
2. Transparência: Prover, às partes interessadas, informações claras, objetivas, compreensíveis 
e acessíveis sobre dados e fatos que possam afetá-las. Estas informações devem oferecer uma base 
para que as partes interessadas possam avaliar precisamente o impacto que as decisões e atividades 
da organização têm em seus respectivos interesses;
3. Comportamento ético: Agir de modo correto, com base nos valores da honestidade, equidade 
e integridade - perante pessoas, animais e meio ambiente - e que seja consistente com as normas 
internacionais de comportamento;
4. Respeito pelos interesses das partes interessadas: Respeitar, considerar e responder aos 
interesses das partes interessadas. Parte interessada (também usado o termo em inglês stakeholder) 
pode ser qualquer indivíduo ou grupo que tenha interesse em qualquer decisão ou atividade de uma 
organização;
5. Respeito pelo Estado de Direito: Obedecer a todas as leis e regulamentos aplicáveis no local 
onde se está operando;
6. Respeito pelas normas internacionais de Comportamento: Buscar adotar preceitos 
estabelecidos em acordos internacionais relativos à Responsabilidade Social, mesmo que não haja 
obrigação legal no local onde se está operando;
7. Respeito aos Direitos Humanos: Respeitar os direitos humanos e reconhecer sua importância 
e sua universalidade (isto é, são aplicáveis em todos os países, culturas e situações de forma unívoca), 
assegurando-se que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente;
Responsabilidade Social e Ambiental
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ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental
Com objetivo principal de conter e diminuir a atual e crescente degradação ambiental, 
principalmente aquelas advindas dos meios corporativos, foi necessário a criação de um número cada 
vez maior de normas e requisitos legais. Nesse particular, tem se destacado a Norma ISO 14001, cujo 
objetivo é o de minimizar os impactos ambientais industriais produzidos pelas indústrias.
A norma ISO 14001: 2004 e a norma internacionalmente conhecida que define os requisitos 
para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo. Prioritário para a implantação desse 
sistema e o levantamento dos aspectos e impactos ambientais.
De acordo com Simons, 2006, com a implantação de um sistema de gestão ambiental e a 
consequente certificação ISO 14001, as empresas que passaram a adquirir tal certificado têm suas 
atividades profissionais consideradas “ambientalmente corretas”, dispondo de um novo dispositivo na 
acirrada disputa exigida pelo mercado.
Se aplica a qualquer organização que deseje: Estabelecer, implementar, manter e aprimorar um 
SGA; Assegurar-se de sua conformidadecom sua política ambiental definida; Demonstrar conformidade 
com esta norma ao: - Fazer uma autoavaliação ou autodeclaração, ou - Buscar a confirmação de 
sua conformidade por partes que tenham interesses na organização, tais como clientes, ou - Buscar 
confirmação de sua autodeclaração por meio de organização externa, ou - Buscar a certificação/
registro de seu SGA por organização externa.
Os requisitos pedidos pela norma para implantação do SGA são os seguintes:
1- Política Ambiental
2- Planejamento
3- Implementação e operação
4- Verificação
5- Analise pela Administração
1- Política ambiental: é o eixo central do SGA, é a partir dela que se estabelecerão objetivos e 
metas para o SGA. A administração se compromete com a melhoria ambiental e estabelece a política 
ambiental da empresa.
2-Planejamento - a empresa conduz a revisão de suas operações, identifica os aspectos e 
impactos e os requisitos legais e ambientais, estabelece os objetivos, avalia alternativas, define as 
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metas e elabora o plano para alcançar as metas propostas.
3- Implementação e Operação – a empresa inicia o desenvolvimento do plano de ação 
estabelecendo responsabilidades, desenvolvendo treinamentos, comunicação, procedimentos 
operacionais e o plano de emergência, verificando se as metas ambientais propostas estão sendo 
alcançadas.
4- Verificação – a empresa avalia através do monitoramento das operações e de medições, se as 
metas estão sendo alcançadas. Se não estiverem sendo alcançadas, são realizadas as ações corretivas.
5- Análise pela administração – através da análise o SGA é modificado objetivando otimizar a 
sua efetividade. O estágio de análise do SGA cria um ciclo de melhoria contínua.
Figura: Ciclo PDCA - Planejar, Implementar, Verificar, Analisar. Fonte: www.schneider-electric.com.br.
Responsabilidade Social e Ambiental
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A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para:
• Determinar os aspectos que tenham ou possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente 
(isto é, aspectos ambientais significativos). A organização deve documentar essas informações e 
mantê-las atualizadas.
• A organização deve assegurar que os aspectos ambientais significativos sejam levados em 
consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu SGA. Refere-se a um 
elemento das atividades, produto e serviço de uma organização, que pode interagir com o meio 
ambiente (tem ou pode ter um impacto ambiental significativo).
ASPECTO é a causa
IMPACTO é o efeito
Devem ser considerados durante o processo de identificação de aspectos:
- Ruídos, odores, poeira, vibração;
- Derramamento sobre o solo;
- Condições normais, anormais como paradas e partidas de operação, paralisações, incidentes, 
acidentes e emergências; atividades passadas, presentes e futuras.
Devem ser considerados durante o processo de identificação de aspectos:
- Emissões atmosféricas;
- Resíduos sólidos e perigosos;
- Contaminação do solo;
- Efluentes líquidos com lançamento em corpos d’água;
- Uso e ocupação do solo;
- Uso de matérias-primas e recursos naturais;
Para implantação do SGA e necessário o estabelecimento de procedimentos de comunicação 
ambiental interna (com os setores e seus empregados) e externa (com a comunidade, fornecedores e 
clientes). Também são necessários procedimentos operacionais e controle de documentos.
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A norma também estabelece que a organização precisa estar preparada para responder 
adequadamente as emergências ambientais. Por conta disso, deve haver planos de emergência e 
profissionais treinados a executá-los.
Para que a empresa obtenha a certificação de acordo com a norma, auditorias regulares devem 
ser realizadas e auditoria de certificação conduzida por uma terceira parte.
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SAIBA MAIS
• Visite o site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). www.abnt. org.
br e compreenda melhor o papel de Instituições normalizadoras. A ABNT é o órgão 
responsável pela normalização técnica no Brasil;
• O Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social é uma Oscip cuja 
missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de 
forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma 
sociedade justa e sustentável. Acesse: www3.ethos.org.br e fique por dentro dessas 
iniciativas; e
• Foi publicada em setembro de 2015, a nova norma ISO 14001:2015, que passou 
por uma revisão desde sua última versão, de 2004. As empresas certificadas têm 
um prazo de até 3 anos para realizar a transição para a versão 2015 da ISO 14001. 
Após esse período, os certificados da versão 2004 perderão a validade.
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RESUMINDO
• A Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social é 
uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa nem é apropriada a fins de 
certificação que oferece diretrizes para todos os tipos de organização referente 
aos conceitos, termos, definições, histórico, tendências, características, princípios, 
práticas, os temas centrais, comunicação de compromissos, desempenho e outras 
informações referentes a responsabilidade social; e
• A norma ISO 14001: 2004 e a norma internacionalmente conhecida que define 
os requisitos para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo. 
Prioritário para a implantação desse sistema e o levantamento dos aspectos e 
impactos ambientais.
Responsabilidade Social e Ambiental
142
CEAD
1. (CEC, 2014) Analise as afirmativas feitas com relação ao Sistema de Gestão NBR-ISO 14.001:
I. É uma norma internacionalmente aceita, que define os requisitos para estabelecer e operar um 
Sistema de Gestão Ambiental.
II. A norma reconhece que organizações não devem aliar lucratividade e gestão de impactos ambientais, 
partindo-se do princípio que uma área sobrepõe-se a outra.
III. A norma oferece um sistema de gestão de uso e disposição de recursos; é reconhecida como um 
meio de controlar custos, reduzir os riscos e melhorar o desempenho.
IV. A norma estabelece uma relação entre prazos e ações, buscando o aumento da competitividade e 
a utilização controvertida dos recursos, gerando aumento da produtividade sem a conservação dos 
métodos.
Assinale a alternativa correta:
A) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
B) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
C) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
D) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
E) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
2. (CESGRANRIO, 2011) A organização que busca minimizar os efeitos nocivos de atuação das empresas 
sobre o meio ambiente e desenvolver padrões de sustentabilidade ambiental está de acordo com os 
padrões da
A) ISO 9000
B) ISO 14000
C) ISO 26000
D) ISO 31000
E) ISO 50001
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
143
3. Após cinco anos de trabalho, envolvendo especialistas de 99 países, a Norma Internacional de 
Responsabilidade Social – ISO 26000 – foi publicada em novembro de 2010. Segundo a ABNT, essa 
norma fornece orientações para todos os tipos de organização, independentemente de seu porte ou 
localização, sobre:
A) Papel da responsabilidade social na cultura organizacional
B) Padrões para obter o selo de certificação
C) Aumento dos lucros de uma empresa
D) Conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social
E) Gestão econômica da responsabilidade social
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
144
CEAD
Terceiro Setor
Objetivos
• Apresentar e discutir com o aluno o papel do terceiro setor na sociedade atual e sua relação com a 
responsabilidade social e ambiental das empresas.• Permitir ao aluno conhecer as especificidades para as organizações do Terceiro Setor, e possibilitar 
o conhecimento de leis, práticas e formas de ação destas.
Unidade 11
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
145
Unidade 11
ORIGEM DO TERCEIRO SETOR
O Terceiro Setor como conhecemos hoje apresenta uma forma que foi definida há algumas 
décadas atrás. Contudo, a configuração do terceiro setor nos leva até o século XVI. Nesse período 
de tempo ele passou por diversas transformações e adequações a realidade social assim como a 
legislação do país.
Da origem alicerçada nos princípios da filantropia e da caridade religiosa no século XVI à 
contemporaneidade do marco legal e da gestão orientada ao desempenho [...] (SILVA, 2010)
Inicialmente, podemos dizer que a origem do terceiro setor está vinculada ao movimento 
político e principalmente a questão religiosa. Isso ocorreu em diversas partes do mundo devido ao 
avanço e difusão da religião. Depois da revolução industrial os movimentos de associações patronais 
e os sindicatos dos trabalhadores ganharam mais força e desenvoltura, assim surgindo partidos 
políticos que buscavam defender seus interesses frente às políticas públicas do Estado. A Segunda 
Guerra Mundial, acarretou amplas modificações políticas e sociais, essas transformações provocaram 
o surgimento de novos agentes. A Figura 1 abaixo apresenta a estrutura que envolvia o terceiro setor 
no século XIX.
Responsabilidade Social e Ambiental
146
CEAD
Figura: Estrutura do terceiro setor no século XIX. 
Fonte: SILVA, 2010
Assim, percebesse que o terceiro setor nesse século apresentava uma estrutura simples de 
articulação e gestão que envolviam poucos agentes no desenvolvimento das ações.
Já no século XX, a estrutura e agentes que participavam no desenvolvimento de ações, de 
alguma forma vinculada ao terceiro setor, apresentou uma ampliação. A configuração passou a ser 
mais robusta em termos administrativos envolvendo a prestação de contas e uma serie de legislação 
pertinente ao funcionamento da organização do terceiro setor.
O cenário político-social de meados do século supracitado impulsionava o surgimento de 
organização do terceiro setor e nessa época as denominadas Organizações Não Governamentais 
(ONGs).
Essas organizações, surgidas no âmago da resistência política, tiveram um papel fundamental 
nos rumos da sociedade brasileira e na consolidação do terceiro setor. Além de serem responsáveis 
pela disseminação da noção de cidadania e pela pressão para seu exercício pleno, favoreceram 
também a entrada de recursos de organizações internacionais, tais como
Ford Foundation, Rockefeller ou MacArthur, assim como de agências de fomento e cooperação 
internacional, tais como o Banco Mundial ou o Unicef (Ashoka, 2001; BNDES, 2001, apud SILVA, 2010).
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
147
A Figura abaixo apresenta a estrutura que envolvia o terceiro setor no século XX.
Figura:
Fonte: SILVA, 2010
Albuquerque (2006) menciona que na América Latina durante a década de 70 as instituições 
atuantes no terceiro setor estavam focadas no processo de democratização dos países. Depois da 
implementação dos regimes democráticos vieram as crises econômicas e a inflação extrema. Na 
busca de sanar estes problemas, os governantes introduziram políticas neoliberais que promoveram o 
aumento da pobreza, aumentando os setores da economia informal e alargando o descrédito do Banco 
Mundial e das organizações internacionais quanto aos destinos dos recursos para o desenvolvimento 
de programas sociais.
No que tange à dimensão sociológica – e, portanto, histórica – o termo tem procedência 
estadunidense (Third Sector). Foi cunhado em 1978 por John D. Rockfeller III, ao descrever a vitalidade 
cívica de seu país, tratando, no caso, de um setor “invisível”: O Terceiro Setor, que é privado, mas sem 
fins lucrativos (MONTANA & CHARNOV, 1999, p.53).
Responsabilidade Social e Ambiental
148
CEAD
A Fundação Roberto Marinho foi à precursora na utilização do termo Terceiro Setor no Brasil. 
Por meio de ampla divulgação nas mídias imprensas, radiofônicas, televisivas e virtuais na década 
de 90.
A partir dos anos 90 houve um aumento significativo nos programas de responsabilidade social 
e ambiental desenvolvidas pelas empresas, por meio de ações e projetos sociais que suas fundações 
e institutos associados promoviam principalmente no ambiente externo da organização.
No cenário nacional a busca por soluções de melhorias dos problemas socioeconômicos 
brasileiros tem cada vez mais a participação de diferentes agentes. A integração entre eles 
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
149
possibilita um ganho de escala no desenvolvimento das ações sociais. De certa maneira, a atuação 
das organizações da sociedade civil do terceiro setor são moldadas pela atual configuração social 
brasileira e da legislação referente a este segmento. Isso ganhou força no Brasil a partir da década 
de 90 principalmente atendendo as exigências de desenvolvimento institucional das organizações, 
inclusive das fundações empresariais. Assim sendo, o terceiro setor busca promover o desenvolvimento 
social e contribuir para aumentar o capital social.
“O modo de atuação empresarial e também o novo marco legal para o setor que 
introduz uma qualificação jurídica específica e novas formas de regulação para a 
interação com o Estado – reforçaram a tendência de modernização e de aumento da 
profissionalização para as instituições integrantes do setor, que passaram a investir na 
aquisição de atributos que confiram melhorias de qualidade, transparência de ação e 
resultados (inclusive auditorias externas), aumento da visibilidade e da credibilidade e 
identificação de novas estratégias de sustentabilidade e financiamentos. (SILVA, 2010)”
A Figura abaixo apresenta a estrutura que envolve o terceiro setor nesse início do século XXI.
Figura
Fonte: SILVA, 2010
Em síntese, podemos perceber que nesse início de século XXI as organizações do terceiro 
setor buscou aperfeiçoar e qualificar processo de gestão e principalmente por meio de cursos e 
Responsabilidade Social e Ambiental
150
CEAD
instrumentos voltados para o planejamento, a gestão e o marketing de instituições. Assim também 
como a melhoria das estratégias de captação de recursos. Sendo assim, as instituições do terceiro 
setor passaram por um momento de avaliação e debate relativos ao seu papel social, seus principais 
desafios, limites e potencialidades.
Classificação do terceiro setor
Não é uma tarefa fácil fazer a classificação do terceiro setor. Denominá-lo apenas de não-
governamental é ser simplista demais quanto de sua finalidade. Assim como, organizações sem fins 
lucrativos que não defini muito bem o desígnio de uma organização do terceiro setor.
A denominação não-governamental remete inicialmente a uma organização que não pertence 
ao governo, isto é, que não apresenta características do primeiro setor como os órgão e agencia do 
Estado. Contudo, as instituições do terceiro setor apresentam outras características que as diferenciam 
do Estado.
Quando refere-se a organização sem fins lucrativos de imediato percebemos que essa 
demonização visa diferenciar as organizações do terceiro setor das empresas privadas, isto é, o 
segundo setor. Sendo assim, pode-se dizer que as organizações do Terceiro Setor, por conseguinte, 
diferenciam-se das do Primeiro Setor por não serem governamentais e das do Segundo Setor por 
não possuírem fins lucrativos. Em síntese pode-se mencionar que essas organizações podem ser 
classificadas como não-governamentais e sem fins lucrativos (ONGSFL).
Cabe ressaltar aqui, que é um erro corriqueiro dizer que o Terceiro Setor é a mesma coisa de 
setor terciário (serviços). Essa denominação é utilizada pelo prisma da economiapara diferenciação do 
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
151
setor primário (matéria prima) e do secundário (as indústrias), isto é uma outra forma de classificação.
Figura: Os setores 
Fonte: Adaptado de Milani Filho, 2009.
Na Figura acima temos os seguintes setores que envolvem a sociedade.
1º Setor: Organizações Governamentais Sem Fins Lucrativos (OGSFL)
2º Setor: Organizações Não-Governamentais Com Fins Lucrativos (ONGCFL) 3º Setor: 
Organizações Não-Governamentais Sem Fins Lucrativos (ONGSFL)
Como mencionado acima, esses setores apresentam outras características que os diferenciam 
uns dos outros. No Quadro abaixo é possível visualizar algumas outras características.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Quadro: Caracterização dos Setores
É importante ressaltar que as organizações não governamentais (ONGs), aqui denominadas 
de Organizações Não-Governamentais Sem Fins Lucrativos (ONGSFL) são sujeitas à fiscalização dos 
órgãos de controle quando recebem recursos de origem estatal, isto é, o dinheiro advindo do primeiro 
setor é controlado, por exemplo, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Como percebesse, a classificação do terceiro setor pode ser observada por diversos aspetos. 
Outro ponto que veremos são os novos critérios de classificação implementados pela Lei 9.790, de 
março de 1999. Assim também como pontos relevantes são em relação à certificação fornecida pelo 
Governo e a classificação por finalidade.
A classificação do terceiro setor apresenta um certo grau de dificuldade devido ao uso de termos 
ambíguos e de outros aspectos.
Pela mesma razão explica-se também que se usem, também como equivalentes outros termos, 
também ambíguos e difíceis, ainda, de definir, como, dentre outros, “responsabilidade social das 
empresas” e “filantropia empresarial”. (ALVES, 2012)
A Lei 9.790 estabelece os novos critérios para classificar as instituições sem fins lucrativos de 
caráter público. Nela está descrito que esses organizações para ser considerada como tal deve ter 
como finalidade:
Responsabilidade Social e Ambiental
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153
Quadro: Das finalidades das instituições do terceiro setor
A certificação fornecida pelo governo define e classifica as instituições para que possam obter 
benefícios como incentivos fiscais, credibilidade, imunidades tributárias, recursos públicos e outro 
benefícios.
As associações e fundações até podem ser classificadas com outras titulações desde que esteja 
estabelecido como nome fantasia especificado dentro do estatuto. Assim pode-se encontrar algumas 
entidades, organização de base comunitária, ONG, centro de pesquisa, organização sem fins lucrativos, 
instituto.
Abaixo veremos as qualificações ou titulações que são estabelecidas pelo Poder Público, tais 
como: utilidade pública, organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), organização 
social e outras. Vele lembrar que as titulações abaixo são regidas por legislação exclusiva que a 
entidade deve corresponder.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Quadro: Qualificação das organizações do Terceiro Setor
E interessante mencionar que as Organizações Sociais (OS) são instituídas com a intenção de 
adquirir a responsabilidade pela execução de serviços públicos, com vistas à extinção de órgãos 
ou entidades da Administração, como pode ser visto no art. 22 da lei nº 9.637, num processo de 
“enxugamento” da máquina estatal. Além disso, assim como as OSCIPs elas não podem ter fins 
lucrativos.
Uma empresa privada pode ser qualificada como OS? Para que entes privadas se certifiquem 
como Organização Social tem que ter previsão no seu ato constitutivo, dentre outras condições, de 
participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de 
membros da comunidade, de notória competência profissional e idoneidade moral.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Atuação do terceiro setor
Existem diversas organizações atuantes no terceiro setor, o Quadro abaixo apresenta algumas 
dessas instituições.
Veja aqui algumas associações e instituições presentes no terceiro setor:
AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente
ABONG - Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais
Ação Educativa
AMA - Associação de Amigos do Autista
ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância
APAE-SP - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo
CEBRAP - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
CENPEC - Centro de Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Fundação Dorina Nowill para Cegos
Fundação Educar DPaschoal
Fundação SOS Mata Atlântica
Instituto Akatu pelo Consumo Consciente
Instituto Ayrton Senna
IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
Instituto Ecoar para a Cidadania
Instituto Ethos
Instituto Paulo Freire
Instituto Socioambiental
Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual
NETS - Núcleo de Estudos do Terceiro Setor
Programa Alfabetização Solidária
Projeto Aprendiz do Futuro
RITS - Rede de Informações para o Terceiro Setor
Rede SACI - Solidariedade, Apoio, Comunicação e Informação
Quadro: Algumas organizações do Terceiro setor
Responsabilidade Social e Ambiental
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No estudo do IBGE de 2010 sobre as fundações privadas e associações sem fins lucrativos no 
Brasil podemos verificar a classificação de todos os grupos e subgrupos do terceiro setor assim como 
a participação absoluta e relativa delas em número de unidade locais.
Na Tabela abaixo fica fácil entender por que o terceiro setor tem suas origens na religião. 
Mesmo do século XXI as organizações religiosas compreende quase 30% das instituições do terceiro 
setor em número de unidade locais espalhadas pelo país. Isso evidencia o fator histórico, pioneiro da 
religião em atender as demandas e anseios sociais. É relevante salientar que este grupo tem o dobro 
de unidades que o segundo colocado, 82.853 contra 44.939.
O segundo grupo em número de unidades locais são os Partidos políticos, sindicatos e 
associações patronais com mais de 15% do total de organizações do terceiro setor. Novamente temos 
o fator histórico de movimento e participação deste grupo nas questões sociais e políticos como 
indicativo da expressividade desse grupo.
O terceiro grupo de maior expressividade é o de desenvolvimento e defesa de direitos. 
Compreendido por associações de moradores, centro e associações comunitárias, desenvolvimento 
rural, emprego e treinamento, defesa de direitos de grupos e minorias e outras formas de 
desenvolvimento de defesa de direitos 14,6% das unidades locais.
Tabela: Número de unidades locais das fundações privadas e associaçõessem fins lucrativos, 
segundo a classificação das entidades - Sem fins lucrativos - Brasil - 2010
Responsabilidade Social e Ambiental
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As instituições do terceiro setor apresenta uma expressividade dentro no cenário nacional. 
Como vimos na Tabela existe cerca de 300 mil unidades locais que atuam no terceiro setor. O Brasil 
ainda está muito longe de apresentar o quantitativo de pessoal ocupado como o de outros países, 
contudo está bem à frente do México por exemplo. Veja o Gráfico abaixo.
Gráfico: Participação do setor sem fins lucrativos no total de pessoal ocupado, por países
Fonte: Pesquisa Comparativa Jhons Hopkins – ISER, 2009
Responsabilidade Social e Ambiental
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Já aqui no Brasil, depois de 2008 o número de pessoas assalariadas vinculadas a algumas 
fundações privadas e/ou associação sem fins lucrativos só vem apresentando queda, saindo de 53.840 
em 2008 para 17.993 em 2010, praticamente três vezes menos. Ver Tabela 2 abaixo.
Tabela: Fundações privadas e associações sem fins lucrativos e pessoal ocupado assalariado,segundo as faixas de ano de fundação – Brasil, 2010.
Em síntese, pode-se dizer que atualmente, as organizações que compõem o Terceiro Setor 
possuem características bastante comuns, manifestando-se, na retórica, como em seus programas 
e projetos de atuação, fazendo contraponto às ações dos governos e dos mercados e dando maior 
ênfase à ação voluntária e sem fins lucrativos.
O que percebesse é que o terceiro setor visa promover ações que “tampe o buraco” deixado 
pelo Estado e minimizar os impactos socioeconômicos provocados pelas empresas. Contudo, durante 
o passar do tempo, diversas organizações do terceiro setor estiveram envolvidas em escândalos de 
fraudes e corrupção perdendo a credibilidade com parte da sociedade.
Responsabilidade Social e Ambiental
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RESUMINDO
• Origem do Terceiro Setor: O Terceiro Setor surgiu atrelado aos movimentos 
políticos vinculados às questões religiosas. Depois com revolução industrial, os 
movimentos de associações patronais e os sindicatos dos trabalhadores. A Segunda 
Guerra Mundial, acarretou modificações políticas e sociais, essas transformações 
provocaram o surgimento de novos agentes, ou seja, Terceiro Setor; e
• Classificação do terceiro setor: Não é uma tarefa fácil fazer a classificação do terceiro 
setor. Denominá-lo apenas de não-governamental. Assim como, organizações sem 
fins lucrativos. A denominação não-governamental remete inicialmente a uma 
organização que não pertence ao governo. Sendo assim, pode-se dizer que as 
organizações do Terceiro Setor, por conseguinte, diferenciam-se das do Primeiro 
Setor por não serem governamentais e das do Segundo Setor por não possuírem 
fins lucrativos.
Responsabilidade Social e Ambiental
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1. A discussão nacional sobre a resolução das complexas questões sociais brasileiras e sobre 
o desenvolvimento em bases sustentáveis tem destacado a noção de corresponsabilidade e a 
de complementaridade entre as ações dos diversos setores e atores que atuam no campo social. 
A interação entre esses agentes propicia a troca de conhecimento das distintas experiências, 
proporciona mais racionalidade, qualidade e eficácia às ações desenvolvidas e evita superposições de 
recursos e competências. De uma forma geral, esses desafios moldam hoje o quadro de atuação das 
organizações da sociedade civil do terceiro setor. No Brasil, o movimento relativo a mais exigências de 
desenvolvimento institucional dessas organizações, inclusive das fundações empresariais, é recente 
e foi intensificado a partir da década de 90.
Fonte: BNDES. Terceiro Setor e Desenvolvimento Social. Relato Setorial nº 3 AS/GESET.
Disponível em: Acesso em: 02 ago. 2013 (adaptado)
De acordo com o texto, o terceiro setor
A) É responsável pelas ações governamentais na área social e ambiental.
B) Promove o desenvolvimento social e contribui para aumentar o capital social.
C) Gerencia o desenvolvimento da esfera estatal, com especial ênfase na responsabilidade 
social.
D) Controla as demandas governamentais por serviços, de modo a garantir a participação do 
setor privado.
E) É responsável pelo desenvolvimento social das empresas e pela dinamização do mercado de 
trabalho.
Comentários: As organizações do terceiro setor são denominadas de não governamentais e sem 
fins lucrativos, sendo assim elas não pode ser responsável pela dinamização do mercado de trabalho, 
controla as demandas governamentais por serviços, gerencia o desenvolvimento da esfera estatal, 
pelas ações governamentais na área social e ambiental.
2. Um determinado grupo de pessoas decide criar uma ONG objetivando combater a degradação 
do meio ambiente. A pessoa jurídica assim constituída deverá adotar o formato de:
A) uma cooperativa
B) uma associação
C) uma sociedade
D) uma empresa
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
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Comentários: dentre as opções a única que não apresenta fins lucrativos e a opção associação.
3. Sobre as entidades do Terceiro Setor é correto afirmar:
A) para que entidades privadas se habilitem como Organização Social têm que ter previsão no 
seu ato constitutivo, dentre outros requisitos, de participação, no órgão colegiado de deliberação 
superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade 
profissional e idoneidade moral.
B) as organizações sociais são definidas como pessoa jurídica de direito público.
C) as organizações da sociedade civil de interesse público só podem distribuir dividendos após 
cinco anos da sua criação.
D) as entidades qualificadas como organizações sociais não estão obrigadas a realizar licitação 
para obras, compras, serviços e alienações, relativamente aos recursos por ela administrados, oriundos 
de repasses da União.
E) classificam-se como terceiro setor, dentre outras, as autarquias, as organizações sociais e as 
empresas públicas.
4. (Cespe/Analista Ambiental/MMA/2008) As OSCIP – que podem atuar na preservação e 
conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável – são criadas para 
assumir a responsabilidade pela execução de serviços públicos, com vistas à extinção de órgãos ou 
entidades da administração. O vínculo das OSCIP com a administração pública se estabelece por 
meio de termo de parceria e elas não estão impedidas de obter lucros.
Comentários: São as OS que são criadas com a finalidade de assumir a responsabilidade pela 
execução de serviços públicos, com vistas à extinção de órgãos ou entidades da Administração, num 
processo de “enxugamento” da máquina estatal. Além disso, as OSCIPs – assim como as OS – não 
podem ter fins lucrativos.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
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Responsabilidade Social e Ambiental -
Boas Práticas Sociais
Objetivos
• Promover o amadurecimento científico dos estudantes acerca dos conteúdos relacionados com as 
boas práticas de responsabilidade social.
• Mostrar e exemplificar algumas práticas de responsabilidade social promovida pelas empresas.
Unidade 12
Responsabilidade Social e Ambiental
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Unidade 12
Boas Práticas Sociais
Como vimos nas Unidades anteriores, a presença do segundo setor (as empresas privadas) 
na promoção e garantia do desenvolvimento social e ambiental está cada vez maior. Por meio de 
programas e projetos elas buscam tocar seus negócios prezando pela preservação dos direitos 
humanos e qualidade de vida de seus funcionários, da comunidade onde está inserida e da sociedade 
como um todo. O parágrafo abaixo exemplifica muito bem isso.
“As exigências da sociedade aumentaram. Porém, os governos não conseguem acompanhar o 
ritmo de crescimento dessas exigências” Elias de Souza.
O estudo realizado pelo Market Analysis (instituto de pesquisa de mercado) denominado 
“Monitor de Responsabilidade Social Corporativa 2010” coloca num ranking as empresas citadas 
pelos consumidores como as melhores no desenvolvimento de ações de responsabilidade social e 
ambiental. Ver Figura abaixo.
Fonte: Monitor de Responsabilidade Social Corporativa 2010
Figura: Ranking das empresas em responsabilidade social e ambiental
Responsabilidade Social e Ambiental
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“Sabe-se também que a geração de empregos e o pagamento de salários são 
contribuições econômicas e sociais muito importantes de uma organização. Mas as 
práticas trabalhistas devem ser socialmente responsáveis, o que é essencial para a 
consolidação da justiça, da estabilidade e da paz social. Outro aspecto desta dimensão 
é o relacionamento da empresa com seus consumidores, notadamente em relação aos 
impactos causados pelo consumo de seus produtos e serviços.” Instituto Ethos
Quando alguma empresa desenvolve um programa ou projeto que apresenta resultados 
extremamente positivos em relação ao objetivo proposto, podemos dizer que as ações desenvolvidas 
no decorrerdo projeto por uma determinada organização apresenta uma grande probabilidade de 
sucesso se forem reproduzidas em outros lugares.
Assim são constituídas as “Boas Práticas”, isto é, são ações desenvolvidas no projeto que obtiveram 
grande impacto positivo. Então, podemos dizer que as técnicas utilizadas podem ser identificadas 
como as melhores para realizar determinado projeto. É importante ressaltar, inicialmente, que o 
termo “Boas práticas” é uma expressão derivada do inglês best practice.
Figura: Boas práticas
O Instituto Ethos, por exemplo, apresenta um banco de boas práticas em diversas áreas, 
como podemos ver na Figura abaixo. Estes temas são estabelecidos considerando dimensões dos 
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis. Nesta Unidade iremos abordar algumas 
das melhores práticas em relação à dimensão social.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Figura: Dimensões de boas práticas do Instituto Ethos
Para evidenciar e exemplificar a crescente participação do segundo setor nas ações de melhoria 
da qualidade social e ambiental as sociedade, apresentamos no Quadro, alguns dos projetos 
desenvolvidos no âmbito da dimensão social no Brasil. Abaixo podemos ver uma lista com 26 projetos 
desenvolvidos, as empresas responsáveis e o objetivo pretendido por elas com a execução da ação.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Responsabilidade Social e Ambiental
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Quadro: Lista de projetos sociais
Parcerias e Projetos
É importante salientar que grande parte dos projetos sociais desenvolvidos e/ou financiados 
pelo segundo setor, são executados em parcerias com outras organizações, sejam elas do primeiro
Responsabilidade Social e Ambiental
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ou terceiro setor. A parceria é fundamental para o sucesso do projeto. Como o velho e bom ditado 
popular “ninguém faz nada sozinho” ou como disse o filósofo Aristóteles “uma andorinha só não faz 
verão”.
No Brasil, as parecerias tem algumas singularidades na escolha do agente parceiro. Uma 
pesquisa (Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras) revelou que os clientes são os 
maiores parceiros das empresas no desenvolvimento de ações que busquem solucionar os problemas 
sociais e ambientais, enquanto parcerias com instituições de caridade, por exemplo, não são tão 
presentes como em outros países. No Gráfico abaixo podemos visualizar o quanto as organização 
estão presentes em parcerias de projetos sociais e ambientais.
Gráfico: Quem são os parceiros de projetos sociais e ambientais.
Fonte: Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras
Percebe-se que os agentes do primeiro setor (governo) e do terceiro setor (ONGs) são relevantes nas 
parcerias de projetos que busquem a solução de problemas sociais e ambientais.
Projetos sociais
Mas, como se desenvolve um projeto social? Quais os eixos temáticos que as empresas 
seguem? Qual a Motivação para o desenvolvimento do projeto? Como ocorre na prática? Existe 
alguma parceria? Qual o investimento? Utiliza alguma ferramenta de gestão e quais são os resultados 
obtidos? Para estas perguntas você encontrará as respostas abaixo em algumas das melhores práticas 
de responsabilidade social executada no Brasil.
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Em síntese, diante dos projetos apresentado acima, podemos mencionar que a elaboração de 
projeto social é uma ação estruturada dentro de parâmetros predefinidos em relação a objetivos, 
tempo e recursos que visam no geral promover a melhoria de qualidade de vida das pessoas.
Responsabilidade Social e Ambiental
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RESUMINDO
• Nesta Unidade você conheceu o conceito de boas práticas, a importância do 
segundo setor no desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade de vida 
da sociedade.;
• Verificou as principais empresas que atuam com responsabilidade social e 
ambiental no Brasil; e
• Conheceu diferentes projetos com dimensão social promovido por diversas 
empresas e como alguns destes projetos funcionam.
Responsabilidade Social e Ambiental
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1. A preservação da natureza entrou na corrente principal do pensamento ocidental e ajudou a 
transformar os processos de produção industrial. Assim, se os governos não se entendem, escorregam 
na burocracia e em interesses egoístas, as empresas e a sociedade já fazem mais e melhor que os 
governos no combate ao aquecimento global.
Veja, 30/12/2009 p. 215 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se seguem, com relação ao 
capitalismo global do século XXI e às preocupações com o meio ambiente.
Os índices de sustentabilidade ambiental, como o da Bolsa de Valores de São Paulo, vêm sendo 
engendrados, em parte, por empresas que têm reconhecido comprometimento com práticas sociais, 
além de serem promotoras de boas práticas no meio empresarial.
Certo ou errado, justifique.
2. Quando se tem uma empresa com Boas Práticas Sociais o ideal é que este modelo seja:
A) seja mantido em sigilo.
B) seja guardado pelo proprietário da empresa.
C) seja manuseado apenas pelo funcionários.
D) seja compartilhado com outras empresas que buscam promover a responsabilidade social.
Comentários: quando uma empresa ela implanta melhorias a ética dela é compartilhar o avanço 
que ela fez, os benefícios que a mesma proporcionou, para que as outras empresas se inspirem para 
fazer o mesmo, assim melhorando todo os mercado.
3. Quanto à elaboração de projetos sociais, assinale a alternativa correta.
A) Projeto social representa uma ação ou um conjunto de ações de longa duração.
B) A fase de identificação de um projeto social consiste na elaboração e descrição do plano 
operacional e do cronograma.
C) Projeto social é uma ação estruturada dentro de parâmetros predefinidos em relação a 
objetivos, tempo e recursos.
D) Todo projeto social divide-se em dois momentos: planejamento e implementação.
E) Projeto social é um processo de tomada de decisões com a adoção de postulados gerais em 
um determinado marco teórico, histórico e espacial.
Comentários: os projetos sociais não são simples de serem elaborados, precisam de todo um estudo, 
de estrutura para que possa dar certo, principalmente dentro do assunto ao qual será aplicado, se terá 
um impacto na sociedade, se haverá melhorias ou não, entre outros.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
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CEAD
Responsabilidade Social e Ambiental -
Boas Práticas Ambientais
Objetivos
• Promover o amadurecimento científico dos estudantes sobre os conteúdos relacionados com as 
boas práticas de responsabilidade ambiental.
• Mostrar e exemplificar algumas práticas de responsabilidade ambiental promovida pelas empresas.
Unidade 13
Responsabilidade Social e Ambiental
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Unidade 13
Boas Práticas Ambientais
Os problemas ambientais vem se intensificando desde o século passado. Cada vez mais a 
sociedade sofre com impactos ambientais provocado pela extração exagerada dos recursos naturais. 
A culpa é de quem? Vimos nas Unidades anteriores a evolução das indústrias e sua relação com o meio 
ambiente, o consumismo da sociedade atual, a ausência de fiscalização pelos órgãos governamentais 
e outras questão que nos ajudam a dizer que a culpa e de todos. Sendo assim, nada mais justo que 
a busca por soluções dos problemas ambientais e sociais sejam trabalhadas por governo, empresa e 
sociedade.
A sociedade enfrenta atualmente muitos desafios ambientais, entre os quais se incluem a 
exaustão dos recursos naturais, a emissão de poluentes, as mudanças climáticas, a destruição de 
habitats, a extinçãode espécies e o colapso dos ecossistemas como um todo. Além desses, outro 
importante problema que a sociedade enfrenta é o processo de degradação decorrente da ocupação 
humana rural e urbana, ou seja, da antropização. À medida que a população mundial cresce e o 
consumo aumenta, essas mudanças estão se tornando verdadeiras e crescentes ameaças à segurança 
humana, à saúde e ao bem-estar da sociedade. Enfrentar esses problemas que, como se sabe, se 
inter-relacionam nos níveis local, regional e global, exige uma abordagem abrangente, sistemática e 
coletiva. E o papel das empresas é fundamental nesse sentido. Instituto Ethos
Como vimos nas Unidades anteriores, a presença do segundo setor (as empresas privadas) 
na promoção e garantia do desenvolvimento social e ambiental está cada vez maior. Por meio de 
programas e projetos elas buscam tocar seus negócios prezando pela preservação dos direitos 
humanos e qualidade de vida de seus funcionários, da comunidade onde está inseria e da sociedade 
como um todo. O parágrafo abaixo exemplifica muito bem isso.
“As exigências da sociedade aumentaram. Porém, os governos não conseguem acompanhar o 
ritmo de crescimento dessas exigências” Elias de Souza.
O estudo realizado pelo Market Analysis (instituto de pesquisa de mercado) denominado 
“Monitor de Responsabilidade Social Corporativa 2010” coloca num ranking as empresas citadas 
pelos consumidores como as melhores no desenvolvimento de ações de responsabilidade social e 
ambiental. Ver Figura abaixo.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Fonte: Monitor de Responsabilidade Social Corporativa 2010
Figura: Ranking das empresas em responsabilidade social e ambiental
São diversas ações de responsabilidade ambiental que as empresas estão desenvolvendo 
atualmente. Desde uma política ambiental integrada usando instrumentos de Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA) ou Sistema de Gestão Integrada (SGI), passando por mudanças climáticas, reuso 
de água, emissões atmosférica e uso de energia renovável ou energia verde. Na Figura 1 abaixo 
podemos verificar algumas das ações ambientais que vem crescendo nos últimos anos no ambiente 
empresarial, evidenciando-se um aumento do peso da questão ambiental na estratégia de negócio 
das companhias.
Responsabilidade Social e Ambiental
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179
Figura: Algumas práticas ambientais
No geral, pode-se dizer que a figura acima apresentam a evolução das empresas sobre o uso de 
práticas ambientais entre os anos de 2007 a 2012. Cabe ressaltar que uso de energias renováveis foi 
o que apresentou o maior percentual de prática ambiental desenvolvida pelas empresas.
Estas ações não são triviais para serem implementadas. É necessário fazer um investimento de 
recursos, pessoas e tecnologias para que o desenvolvimento do projeto seja eficiente e eficaz. No 
gráfico abaixo, é possível visualizar a evolução do volume de recursos investidos.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Quando alguma empresa desenvolve um programa ou projeto que apresenta resultados 
extremamente positivos em relação ao objetivo proposto, podemos dizer que as ações desenvolvidas 
no decorrer do projeto por uma determinada organização apresenta uma grande probabilidade de 
sucesso se forem reproduzidas em outros lugares.
Assim são constituídas as “Boas Práticas”, isto é, são ações desenvolvidas no projeto que obtiveram 
grande impacto positivo. Então podemos dizer que as técnicas utilizadas podem ser identificadas 
como as melhores para realizar determinado projeto. É importante ressaltar inicialmente que o termo 
“Boas práticas” é uma expressão derivada do inglês best practice.
Responsabilidade Social e Ambiental
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Figura: Boas práticas
O Instituto Ethos, por exemplo, apresenta um banco de boas práticas em diversas áreas, 
como podemos ver na Figura abaixo. Estes temas são estabelecidos considerando dimensões dos 
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis. Nesta Unidade iremos abordar algumas 
das melhores práticas em relação à dimensão social.
Figura: Dimensões de boas práticas do Instituto Ethos
Para evidenciar e exemplificar a crescente participação do segundo setor nas ações de melhoria 
da qualidade social e ambiental as sociedade, apresentamos no Quadro 1, alguns dos projetos 
desenvolvidos no âmbito da dimensão social no Brasil. Abaixo podemos ver uma lista com 26 projetos 
desenvolvidos, as empresas responsáveis e o objetivo pretendido por elas com a execução da ação.
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Responsabilidade Social e Ambiental
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Parcerias e Projetos Ambientais
É importante salientar que grande parte dos projetos sociais desenvolvidos e/ou financiados 
pelo segundo setor, são executados em parcerias com outras organizações, sejam elas do primeiro 
ou terceiro setor. A parceria é fundamental para o sucesso do projeto. Como o velho e bom ditado 
popular “ninguém faz nada sozinho” ou como disse o filósofo Aristóteles “uma andorinha só não faz 
verão”.
No Brasil, as perecerias tem algumas singularidades na escolha do agente parceiro. Uma 
pesquisa (Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras) revelou que os clientes são os 
maiores parceiros das empresas no desenvolvimento de ações que busquem solucionar os problemas 
sociais e ambientais, enquanto parcerias com instituições de caridade, por exemplo, não são tão 
presentes como em outros países. No Gráfico abaixo podemos visualizar o quanto as organização 
estão presentes em parcerias de projetos sociais e ambientais.
Gráfico: Quem são os parceiros de projetos sociais e ambientais.
Fonte: Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras
Percebe-se que os agentes do primeiro setor (governo) e do terceiro setor (ONGs) são relevantes 
nas parcerias de projetos que busquem a solução de problemas sociais e ambientais.
Mas, como se desenvolve um projeto social? Quais os eixos temáticos que as empresas 
seguem? Qual a Motivação para o desenvolvimento do projeto? Como ocorre na prática? Existe 
alguma parceria? Qual o investimento? Utiliza alguma ferramenta de gestão e quais são os resultados 
obtidos? Para estas perguntas você encontrará as respostas abaixo em algumas das melhores práticas 
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de responsabilidade social executada no Brasil.
Para que um projeto seja considerado Melhor Prática em Gestão Local, é preciso que ele resulte 
em melhorias concretas na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável de assentamentos; 
isso independentemente de localização regional, dimensão do projeto ou tipo de organização 
responsável. O ponto principal é sempre melhorar a vida das pessoas e mostrar o que deu certo para 
que seja replicado país a fora.
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C&A
Programa de Coleta e Reciclagem de Lixo Eletrônico
Eixo temático
Meio Ambiente
Principal objetivo da prática
Oferecer aos nossos clientes a possibilidade de descartar celulares, pilhas e baterias usados, 
para que sejam destinados de forma ambientalmente correta, evitando o descarte em aterros 
ou lixões.
Motivação
• Contribuir para a conservação do meio ambiente e evitar danos à saúde das pessoas;
• Cumprir a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e da nova Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Descrição da prática
• Celulares, pilhas e baterias podem ser depositados pelos clientes em urnas de coleta 
disponíveis em todas as lojas da rede;
• Os componentes são encaminhados tanto para reciclagem como para reutilização daqueles 
em bom estado;
• A empresa promove palestras e exibição de filmes sobre o tema;
• Também oferece informação e solução para o descarte de eletrônicos usados.
Parceria
O Programa conta com atores importantes para garantir que o resíduo entregue pelo cliente 
sejatransportado, triado e destinado corretamente. São eles:
• GM&C Log – transportadora especializada em logística reversa de eletrônicos, em todo o 
território nacional;
• Belmont Trading – empresa especializada em reforma de componentes eletrônicos e em 
logística reversa global, objetivando seu reuso pelo mercado.
• Sipi Metals Corporation – empresa especializada em reciclagem dos materiais eletrônicos
Investimento
Aproximadamente R$ 280 mil.
Resultados e benefícios
• Atualmente, o programa está implementado em 100% das lojas da rede C&A, além do escritório 
central e dos três centros de distribuição, em 112 municípios e em todas as regiões do país;
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• De 2010 a 2012 foram arrecadados mais de 88 mil itens, dos quais 7.500 celulares, 40 mil 
pilhas e 24 mil baterias, entre outros materiais.
Ferramentas de gestão
• Comunicação interna e externa do programa, junto com ações de treinamento de associados 
de loja, especialmente no ponto de venda de celulares;
• Curso e-learning para os associados C&A, com foco na capilaridade e assertividade da 
informação;
• Sistema on-line para solicitação de coleta e acompanhamento dos resultados;
• Controle dos resultados através de relatórios mensais desenvolvidos pelo parceiro logístico;
• Divulgação dos resultados anuais e reconhecimento das lojas mais engajadas no programa.
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RESUMINDO
• Nesta Unidade você conheceu o conceito de boas práticas, a importância do 
segundo setor no desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade de vida 
da sociedade;
• Verificou as principais empresas que atuam com responsabilidade social e 
ambiental no Brasil; e
• Viu um lista de projeto com dimensão social promovido por diversas empresas e 
como alguns destes projetos funcionam.
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1. De acordo com o desenvolvimento das ideias no texto, assinale a opção em que os termos 
apresentados são pertinente ao contudo da disciplina e considerados sinônimos textuais.
A) “boas práticas ambientais” (L.1-2) e ‘matriz energética limpa’ (L.3-4)
B) “queimadas” (L.3), ‘desmatamento’ (L.7) e “devastação” (L.8)
C) ‘hidrelétrica’ (L.4), ‘biocombustível’ (L.5) e ‘gases de efeito estufa’ (L.6)
D) “floresta” (L.9) e “vegetação” (L.12)
Comentários: boas práticas ambientais é o tema principal da questão, pois ela permite abranger 
o conhecimento e capacidade de melhorias ambientais no mundo, como no texto citado, o Brasil é o 
país que mais usa combustível que é renovável como principal fonte energética.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
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2. Investidores estrangeiros têm pautado suas ações em informações sobre as práticas sociais e 
ambientais de empresas brasileiras, porque entendem que investir na responsabilidade social
A) aumenta a produtividade operacional.
B) proporciona visibilidade para os acionistas.
C) representa menor risco nas aplicações.
D) garante lucratividade elevada.
E) traz retorno financeiro no curto prazo.
Comentários: isto porque a empresa que se preocupa com a responsabilidade social e ambiental 
ela provavelmente apresenta um gestão eficiente e eficaz. Assim sendo, gerada maior credibilidade 
para a empresa em outras dimensões.
3. Atualmente, a preocupação com a manutenção e a melhoria da qualidade do meio ambiente 
é constante.
É cada vez maior a atenção dada aos impactos de atividades, produtos e serviços das 
organizações, como também à necessidade de regulamentações que preservem o meio ambiente e, 
consequentemente, a saúde humana. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir.
As organizações, na atualidade, ao adotarem um sistema de gestão ambiental, utilizam práticas 
e métodos administrativos, visando reduzir ao máximo os impactos ambientais de suas atividades, 
produtos ou serviços e, com isso, melhoram a imagem de seu produto no mercado, suas relações 
comerciais e reduzem custos.
Comentários: atualmente a população tem visado mais a melhoria ambiental, pressionando 
cada vez mais as organizações para propor avanços em pesquisas para a melhoria, para reduzir o 
impacto ambiental que a maioria das empresas são causadoras.
EXERCÍCIOS
Responsabilidade Social e Ambiental
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1- Letra A: A letra A está correta porque os itens I, II, III apresentam as principais características da 
primeira revolução industrial, onde houve uma mudança radical no modo de produção de bens e 
mercadorias e que substituiu o trabalho artesanal pelo assalariado entre os séculos XVIII e XIX, 
sendo os seus pioneiros os países europeus, com destaque para a Inglaterra.
A figura também evidencia a poluição atmosférica como consequência o modelo de desenvolvimento 
adotado nesse período
2- Letra A: A letra A está correta devido ao crescimento dos centros urbanos em diversos países 
ocasionou a ampliação em escala jamais vista da acumulação de detritos das mais diversas naturezas. 
Instaurou-se na práticaum problema ambiental, tendo em vista a poluição derivada desses detritos 
nas áreas em que os mesmos passaram a ser descartados. A charge aponta tal situação ao representar 
uma casa sendo soterrada pelo lixo. Os efeitos degradantes do acúmulo de lixo em áreas densamente 
povoadas são muitos, destacando-se, entre os mais recorrentes, a poluição dos ecossistemas fluviais, 
muitas vezes utilizados como escoadouro natural de esgoto doméstico e de escoamento de resíduos 
industriais, além da presença de lixões em áreas contíguas a esses ecossistemas. Frente à gravidade do 
problema, uma solução cada vez mais defendida e praticada é a coleta seletiva do lixo, possibilitadora 
da redução dos detritos por meio do reaproveitamento de materiais recicláveis, como plástico, papel 
e metal, e do uso de alguns perecíveis como insumo orgânico. Entende-se, como apontado na charge, 
que uma solução para o excesso de lixo produzido nas cidades passa pela mudança de hábitos dos 
cidadãos.
3- Letra E: A letra E é a correta devido o processo de industrialização proporcionar o crescimento 
econômico das cidades, então os centros urbanos se tornaram polos de atração da população 
acelerando o processo de urbanização
Gabarito 
Unidade 01
Responsabilidade Social e Ambiental
202
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1- O aluno devera relembrar, como foi mencionado na Unidade, que o Desenvolvimento Sustentável 
e baseado em três pilares: o econômico, o social e o ambiental. Portanto, naturalmente já vai contra 
o modelo capitalista de desenvolvimento, pois este se baseia no lucro sem considerar a exploração 
de recursos naturais e o âmbito social do trabalho.
2- Deve se compreender que, o homem, durante a historia sempre considerou que os recursos naturais 
eram inesgotáveis, portanto não havia critério para extração e exploração dos recursos naturais do 
planeta. Essa visão com o tempo foi sendo desfeita devido aos grandes desastres ambientais que 
ocorreram e proposto o modelo de desenvolvimento sustentável.
3- O aluno poderá mencionar atitudes como: Consertar torneiras que estiverem pingando pois elas 
podem desperdiçar até 45 litros de água por dia; Instalar torneiras com aerador – “peneirinhas” ou 
“telinhas”
– na saída da água. Assim você utiliza menos água; Em vez de usar mangueira para limpar jardins, 
calçadas, passeios e quintais, use uma vassoura.
Gabarito 
Unidade 02
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
203
Gabarito 
Unidade 03
1- Letra B: A letra B é a correta, pois foi na década de 70 que iniciou –se as preocupações com o meio 
ambiente em escala mundial. Isso culminou na primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (Conferência de Estocolmo em 1972)
2- Letra D: A letra D é a correta devido à preocupação com o modelo de desenvolvimento econômico 
adotado por diversos países, onde não se considerou a finitude dos recursos naturais e os impactos 
ambientais gerados por esse modelo de desenvolvimento. A primeira preocupação com o meio 
ambiente surge a partir da 2ª Guerra Mundial devido ao lançamento das bombas atômicas no Japão, a 
aceleração do processo de industrial e o aumento do consumo, concomitante a esses eventos, diversos 
acidentes como o naufrágio do petroleiro Torrey Canyon na França, contaminação de mercúrio no mar 
do Japão, dentre outros acidentes.
3- Letra C: A letra C é a correta porque o “efeito estufa” é um fenômeno natural da Terra, porém 
intensificou-se ao longo dos anos por causa do acúmulo de CO2 na atmosfera devido da queima dos 
combustíveis fósseis (Carvão e Petróleo). A ampliação desse fenômeno é conhecido por Aquecimento 
Global, onde gera diversas consequências para o Planeta, tais como, derretimento das calotas polares, 
elevação dos níveis dos oceanos, alterações climáticas e dentre outros.
Responsabilidade Social e Ambiental
204
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1- (a) Correta. O aquecimento global, segundo o ponto de vista da maior parte dos cientistas, é 
um fenômeno provocado pelo aumento da concentração atmosférica de gases que potencializam 
o efeito estufa natural. Esses gases têm origem antrópica - ou seja, derivam da ação do homem 
sobre o meio ambiente -, sendo os meios de transporte modernos os responsáveis por significativa 
parcela dessas emissões, em proporções diferenciadas, conforme pode ser observado no segundo 
gráfico. Uma vez que cerca de quatro quintos das emissões provêm do transporte rodoviário, a opção 
da União Europeia por ampliar a extensão dessa rede contribui para o agravamento do problema 
ambiental em questão. *Questão comentada pela Sub-Reitoria de Graduação da UERJ, 2009.
2- (b) Correto. A extração predatória de árvores, como o mogno, jacarandá e outras reduz a 
biodiversidade das regiões onde vivem esses vegetais. Não se sabe o espectro do impacto ecológico 
que pode ser causado pela destruição da bioflora brasileira e mundial. *Questão comentada pelo Prof. 
Paulo Roberto (2015).
3- (d) Correta. A qualidade da água comprometida por cargas poluidoras, como resíduos domésticos 
e industriais, e utilização da água para a irrigação revelam que a região III encontra-se em processo 
de avançada degradação ambiental devido à ausência ou pouco tratamento de esgoto. *Questão 
comentada pelo Prof. Paulo Roberto (2015).
Gabarito 
Unidade 04
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
205
Gabarito
Unidade 05
1– O livro foi considerado marco histórico pois a bióloga americana Rachel Carson denunciou, através 
da publicação Primavera Silenciosa, 1962, como o Dicloro-Difenil-Tricoroetano (DDT) causa danos à 
saúde e ao ambiente. Até então, não havia regras para o lançamento dessas substancias na natureza.
2– Letra (c) correto. Nesta questão você poderá falar sobre os acidentes comentados em Unidade, 
suas causas, consequências para o ambiente e saúde humana.
3– O objetivo principal do encontro era introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um modelo 
de crescimento econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico. Os principais 
documentos elaborados a partir desse evento foi a Carta da Terra e a Agenda 21.
Responsabilidade Social e Ambiental
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1- Letra D
Comentários: A Lei 6938 de 1981 que institui a política nacional de meio ambiente trouxe dez princípios 
para o desenvolvimento de ações de responsabilidade social e ambiental de toda a sociedade. Os 
itens apresentado na questão corresponde a parte dos princípios definidos pela Lei.
2- Como um conjunto articulado de órgãos, entidades e práticas da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios, dos Munícipios e de fundações instituídas pelo poder Público, responsáveis 
pela proteção e melhoria de qualidade ambiental, visando atingir os objetivos traçados pela Lei sobre 
a Política Nacional do Meio Ambiente.
Comentários: O SISNAMA é um sistema que congrega órgãos públicos das esferas federal, estadual e 
municipal, incluindo o Distrito Federal, da seguinte maneira:
- O Conselho de Governo é o órgão superior do SISNAMA e o responsável por assessorar o Presidente 
da República na formulação de diretrizes para a Política Nacional de Meio Ambiente;
- CONAMA, ou Conselho Nacional de Meio Ambiente, é o órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA 
que estabelece parâmetros federais (normas, resoluções e padrões) a serem obedecidos pelos Estados.
- Ministério do Meio Ambiente (MMA) é o órgão responsável pelo planejamento, coordenação , 
controle e supervisão da Política Nacional de Meio Ambiente.
- Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é o órgão 
executor, responsável por formular, coordenar, fiscalizar, executar e fazer executar a Política Nacional 
de Meio Ambiente sob os auspícios do MMA.
- Os Órgãos Seccionais são as entidades de cada Estado da Federação responsáveis por executar 
programas e projetos de controle e fiscalização das atividadespotencialmente poluidoras.
- E, por fim, os órgãos locais, ou municipais, que são os responsáveis por atividades de controle e 
fiscalização das atividades potencialmente poluidoras.
3- ERRADO. Cadastro Técnico Federal é administrado pelo IBAMA e não pelo CONAMA como afirma 
o item.
Gabarito 
Unidade 06
Responsabilidade Social e Ambiental
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Gabarito 
Unidade 06
Comentários: Vejam o art. 17, I e II da Lei 6.938/81. Fica instituído, sob a administração do Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA: I – Cadastro Técnico Federal 
de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para registro obrigatório de pessoas físicas ou 
jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria 
e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva 
ou potencialmente poluidoras;
II – Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos 
Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades 
potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos 
e subprodutos da fauna e flora.
Responsabilidade Social e Ambiental
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1- (c) Correto. O princípio do poluidor-pagador parte da premissa de que os recursos naturais são 
escassos e de que seu uso irracional acarreta em sua redução e/ou degradação e, portanto, a legislação 
garante que os custos da poluição advinda dos impactos ou danos gerados por atividades efetivas ou 
potencialmente poluentes devem ser arcados pelo empreendimento que lhe deu causa.
2- (b) Correto. Pois as condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou 
jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados (art. 225, §3º, da CF/88). *Questão comentadas pelo Profº Leonardo Estrella.
3- (b) Correto. Quando o empreendimento estiver localizado em unidades de conservação do domínio 
da União, a competência para licenciamento pertence ao órgão da mesma instancia de quem o 
administra, sendo neste caso do Instituto Chico Mendes – ICMBio e IBAMA, em caráter supletivo.
Gabarito 
Unidade 07
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
209
Gabarito 
Unidade 08
1- Letra C: A letra C é a correta porque em 1977 ocorreu a Conferência Intergovernamental de educação 
Ambiental em Tbilisi, capital da Geórgia. A parti desse encontro saíram às definições, os objetivos, os 
princípios e as estratégias para a educação ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo.
2- Letra B: A letra B é a correta devido a ISO 14000 estabelecer critérios para a implantação da gestão 
ambiental e promove as práticas sustentáveis dentro das empresas.
3- Letra C: A letra C é a correta devido a Política Nacional de educação Ambiental prevê que a 
educação ambiental deve abordar todos os níveis da educação.
Responsabilidade Social e Ambiental
210
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1- Letra D
Comentários: preocupação com o meio ambiente ganhou força a partir da segunda metade do século 
XX, não no início.
2- Letra D
Comentários: A primeira atividade a ser realizada para buscar o entendimento de qualquer problema 
ou situação é o levantamento de dados e informações.
3- Letra D
Comentários: A rotatividade de talento é exatamente o que as ações de responsabilidade social 
interna buscam evitar.
Gabarito 
Unidade 09
Responsabilidade Social e Ambiental
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211
Gabarito 
Unidade 10
1- A ISO 14001:2004 foi desenvolvida com o objetivo de criar o equilíbrio entre a manutenção da 
rentabilidade e a redução do impacto ambiental com o comprometimento de toda a organização. Ela 
define o SGA como a estrutura organizacional, responsabilidade, praticas, procedimentos, processos e 
recursos para implementação e manutenção da gestão ambiental.
2- As normas da série ABNT NBR ISO 14001 fornece as organizações ferramentas de gerenciamento 
para controle de seus aspectos ambientais e para a melhoria de seu desempenho ambiental.
3- Nesta questão, o aluno devera se atentar que a norma oferece diretrizes para todos os tipos 
de organização referente aos conceitos, termos, definições, histórico, tendências, características, 
princípios, práticas, os temas centrais, comunicação de compromissos, desempenho e outras 
informações referentes a responsabilidade social.
Responsabilidade Social e Ambiental
212
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1- Letra B
Comentários: As organizações do terceiro setor são denominadas de não governamentais e sem fins 
lucrativos, sendo assim elas não pode ser responsável pela dinamização do mercado de trabalho, 
controla as demandas governamentais por serviços, gerencia o desenvolvimento da esfera estatal, 
pelas ações governamentais na área social e ambiental.
2- Letra B
Comentários: dentre as opções a única que não apresenta fins lucrativos e a opção associação.
3- Letra A
4- ERRADO.
Comentários: São as OS que são criadas com a finalidade de assumir a responsabilidade pela execução 
de serviços públicos, com vistas à extinção de órgãos ou entidades da Administração, num processo 
de “enxugamento” da máquina estatal. Além disso, as OSCIPs – assim como as OS – não podem ter 
fins lucrativos
Gabarito 
Unidade 11
Responsabilidade Social e Ambiental
CEAD
213
Gabarito 
Unidade 12
1- CERTO, atualmente as empresas estão investindo e financiando cada vez mais projetos e programas 
sociais. As finanças sociais despontam atualmente como o caminho para viabilizar projetos de impacto 
social efetivo no país, com iniciativas que possam ser mensuradas, replicadas e expandidas.
2- Letra D
Comentários: quando uma empresa ela implanta melhorias a ética dela é compartilhar o avanço que 
ela fez, os benefícios que a mesma proporcionou, para que as outras empresas se inspirem para fazer 
o mesmo, assim melhorando todo os mercado.
3- Letra C
Comentários: os projetos sociais não são simples de serem elaborados, precisam de todo um estudo, 
de estrutura para que possa dar certo, principalmente dentro do assunto ao qual será aplicado, se terá 
um impacto na sociedade, se haverá melhorias ou não, entre outros.
Responsabilidade Social e Ambiental
214
CEAD
1- Letra A
Comentários: boas práticas ambientais é o tema principal da questão, pois ela permite abranger o 
conhecimento e capacidade de melhorias ambientais no mundo, como no texto citado, o Brasil é o 
país que mais usa combustível que é renovável como principal fonte energética.
2- Letra C
Comentários: isto porque a empresa que se preocupa com a responsabilidade social e ambiental ela 
provavelmente apresenta um gestão eficiente e eficaz. Assim sendo, gerada maior credibilidade para 
a empresa em outras dimensões.
3- As organizações, na atualidade, ao adotarem um sistema de gestão ambiental, utilizam práticas 
e métodos administrativos, visando reduzir ao máximo os impactos ambientais de suas atividades, 
produtos ou serviços e, com isso, melhoram a imagem de seu produto no mercado, suas relações 
comerciais e reduzem custos.
Comentários: atualmente a população tem visado mais a melhoria ambiental, pressionando cada 
vez mais as organizações para propor avanços em pesquisas para a melhoria, para reduzir o impacto 
ambiental que a maioria das empresas são causadoras.
Gabarito 
Unidade 13

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