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Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc @EquipeMySete @JessicaJulioti Fisiologia do Sistema Digestório @analuizaalima_ Princípios gerais da função gastrointestinal Motilidade e Controle Neural Digestão e Absorção Neurológicas Endócrinas Imunológicas Preferência Alimentar Células musculares lisas se comunicam através de junções comunicantes, com baixa resistência à movimentação de íons Dessa forma, os sinais elétricos, que desencadeiam as contrações musculares, podem passar prontamente de uma fibra para a seguinte em cada feixe Quando um potencial de ação é disparado em qualquer ponto na massa muscular, ele, em geral se propaga em todas as direções no músculo. A distância que deve percorrer depende da excitabilidade do músculo; às vezes, ele é interrompido depois de apenas alguns poucos milímetros e, outras vezes, percorre muitos centímetros ou, até mesmo, toda a extensão do trato intestinal. O Músculo Liso Gastrointestinal Funciona como um Sincício No trato gastrointestinal ocorrem tipos de movimentos: (1) movimentos propulsivos ou peristálticos, que fazem com que o alimento percorra o trato com velocidade apropriada para que ocorram a digestão e a absorção. Plexo mioentérico (2) movimentos de mistura, que mantêm os conteúdos intestinais bem misturados todo o tempo. Acoplamento ou desacoplamento elétrico de redes das células de Cajal Tipos Funcionais de Movimentos no Trato Gastrointestinal 3) Complexo motor migratório (barriga roncando) – caráter peristáltico de maneira ininterrupta ~ 90 minutos – estômago até o íleo terminal Associado ao período de jejum – só para com a alimentação Limpar o tubo digestivo Eliminar elementos que não foram digeridos Impede a colonização de bactérias do cólon no íleo terminal Transporte de bactérias para o intestino grosso Tipos Funcionais de Movimentos no Trato Gastrointestinal Atividade Elétrica do Músculo Liso Gastrointestinal O músculo liso do trato gastrointestinal é excitado por atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta, nas membranas das fibras musculares. Essa atividade consiste em dois tipos básicos de ondas elétricas: (1) ondas lentas (2) potenciais em ponta Ondas Lentas Essas ondas, não são potenciais de ação. São variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana. Não se conhece, exatamente, a causa das ondas lentas Parecem ser causadas por interações complexas entre as células do músculo liso e células especializadas, denominadas células intersticiais de Cajal Atuam como marca-passos elétricos das células do músculo liso. Todas as regiões menos o esôfago Ondas Lentas Essas ondas, não são potenciais de ação. São variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana. Não se conhece, exatamente, a causa das ondas lentas Parecem ser causadas por interações complexas entre as células do músculo liso e células especializadas, denominadas células intersticiais de Cajal Atuam como marca-passos elétricos das células do músculo liso. As ondas lentas geralmente não causam, por si sós, contração muscular. Mas basicamente, estimulam o disparo intermitente de potenciais em ponta e estes, de fato, provocam a contração muscular. Associadas à entrada de SÓDIO Ondas Lentas Essas ondas, não são potenciais de ação. São variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana. Não se conhece, exatamente, a causa das ondas lentas Parecem ser causadas por interações complexas entre as células do músculo liso e células especializadas, denominadas células intersticiais de Cajal Atuam como marca-passos elétricos das células do músculo liso. As ondas lentas geralmente não causam, por si sós, contração muscular. Mas basicamente, estimulam o disparo intermitente de potenciais em ponta e estes, de fato, provocam a contração muscular. Associadas à entrada de SÓDIO Potenciais em Ponta Os potenciais em ponta são verdadeiros potenciais de ação. Ocorrem, automaticamente, quando o potencial de repouso da membrana do músculo liso gastrointestinal fica mais positivo do que cerca de -40 milivolts O potencial de repouso normal da membrana, nas fibras do músculo liso do intestino, é entre -50 e -60 milivolts Toda vez que os picos das ondas lentas ficam, temporariamente, mais positivos do que -40 milivolts, surgem os potenciais em ponta, superpostos a esses picos. Os potenciais em ponta, no músculo gastrointestinal, têm duração 10 a 40 vezes maior que os potenciais de ação nas grandes fibras nervosas. Neurônios Rápida entrada de íons sódio, pelos canais de sódio Nas fibras do músculo liso gastrointestinal Canais para cálcio-sódio Mudanças na Voltagem do Potencial de Repouso da Membrana Os fatores que despolarizam a membrana (1) Estiramento do músculo (2) Estimulação pela acetilcolina, liberada a partir das terminações dos nervos parassimpáticos (3) Estimulação por diversos hormônios gastrointestinais específicos. Fatores que hiperpolarizam a membrana (1) Efeito da norepinefrina ou da epinefrina, na membrana da fibra (2) Estimulação dos nervos simpáticos que secretam, principalmente, norepinefrina em seus terminais. Sistema Nervoso Entérico Controla função do trato gastrointestinal, pâncreas, vesícula biliar Plexo mioentérico: motilidade Plexo sub-mucoso: transporte de íons e água, secreção e fluxo sanguíneo Relativamente independente do SNC 100 milhões de neurônios Sistema Nervoso Entérico Plexo mioentérico: motilidade Aumento da contração tônica, da parede intestinal Aumento da intensidade das contrações rítmicas Ligeiro aumento no ritmo da contração Aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias, ao longo da parede do intestino, causando o movimento mais rápido das ondas peristálticas intestinais Alguns neurônios inibitórios também Somático Autônomo Visceral Simpático Parassimpático Entérico Controle voluntário dos movimentos e das sensações Sistema Nervoso Autônomo Ativado principalmente por centros localizados na medula espinhal, tronco cerebral e hipotálamo Córtex límbico pode transmitir sinais para os centros inferiores, e isso pode influenciar o controle autônomo Uma das características mais acentuadas do sistema nervoso autônomo é a rapidez e a intensidade com que ele pode alterar as funções viscerais Medula Walter Cannon (1871 – 1945) Simpático Sistema Imunológico Microbiota Estresse Altera comportamentos SNA HPA ? ? Microbiota 390 trilhões de microrganismos 300-1000 espécies •Degradação de compostos alimentares (fibras, aminoácidos…) •Síntese de vitaminas do grupo B e da vitamina K. •Proteção contra a colonização do tubo digestivo pelos micróbios patogénicos. •Fisiologia intestinal e metabólica. •Desenvolvimento e maturação do sistema imunitário. •Produção de substâncias ativas no cérebro SNC emite sinais que controlam o sistema gastrointestinal, como motilidade, permeabilidade e secreção, assim pode alterar a composição da microbiota. A microbiota por sua vez, através de estímulos endócrinos, imunológicos ou neurais pode alterar o SNC. Como estudar microbiota?? Animais GF são mais sensíveis a eventos estressores BALB / c exibem comportamento mais tímido e ansioso em comparação com outras linhagens, como Swiss. Alteração da microbiota inverte esse comportamento O primeiro centro dedicado ao transplante de microbiota fecal no país fica no Hospital das Clínicas da UFMG Graduada em Ciências Biológicas – UFOP Mestre em Fisiologia – UFMG Doutoranda em Fisiologia – UFMG Pós Graduanda em Análises Clínicas Neurocientista analuizaalreis@gmail.com @analuizaalima_ O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Professora Ana Luiza de Araujo Lima Reis Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc @EquipeMySete @JessicaJulioti Fisiologia do Sistema Digestório @analuizaalima_ Fases Cefálica, Oral e Esofágica da Resposta Integrada à Refeição Fase cefálica 30% da secreção das glândulas Faseoral NUTRIENTES Hipoglosso (IX) Facial (VII) NTS Trigêmio (V) Txtura – pastoso, líquido... NTS – sobre VTA, Nac, AMY, HPP... PALADAR Hipotálamo – ganho energético NUTRIENTES Hipoglosso (IX) Facial (VII) NTS Trigêmio (V) Txtura – pastoso, líquido... NTS – sobre VTA, Nac, AMY, HPP... PALADAR Hipotálamo – ganho energético PREFERÊNCIA ALIMENTAR Tomada de decisão Seleção + sinais do intestino Fome muda a percepção dos botões gustativos As glândulas salivares são ativadas antes mesmo do inicio da refeição Visão Olfato Audição Parassimpático Ativação de regiões cerebrais superiores como sistema límbico, hipotálamo e córtex Ativação do núcleo motor do vago no tronco cerebral Funções da Saliva • Início da digestão de amido e lipídeos • Lubrificação e umidificação do alimento para a deglutição • Solubilização para o paladar* • Limpeza da boca • Antibacteriana – lisozima • Neutralização do refluxo das secreções gástricas no esôfago (pH 7.0) • FONAÇÃO – Secreção aquosa x viscosa (outros primatas) • PREFERÊNCIA ALIMENTAR 5% da saliva Mucosa Anticorpos 60% da saliva Mucosa e Serosa - Mista Enzimas (amilase) eletrólitos e proteínas de defesa 30% da saliva Serosa Rica em enzimas (amilase) e eletrólitos 95% da saliva 5% Glândulas de von Ebner (lígua) Retículo endoplasmático Capilar Fibra nervosa Golgi Grânulos secretóriosMembrana basal Mitocôndria Ribossomos Células Secretoras Retículo endoplasmático Capilar Fibra nervosa Golgi Grânulos secretóriosMembrana basal Mitocôndria Ribossomos Células Secretoras Estrutura da Glândula Regulação da Secreção Salivar Náusea Reflexos do estômago Estímulo por centro superiores Suprimento Sanguíneo Vasodilatação • Parassimpático • Calicreína – cliva a2-globulina para formar a bradicinina Vasoconstrição • Simpático Alterações na produção de saliva Sialorreia As células acinares e células dos ductos das glândulas salivares respondem a agonistas colinérgicos e adrenérgicos AMPc Secreção rica em Amilase Ca++ Secreção volumosa Baixa [Amilase] Escopolamina e Atropina Pilocarpina Xerostomia Glândula Salivar Ach NE Composição da Saliva Água Eletrólitos Enzimas digestivas • Amilase e Lipase lingual * Agentes antibacterianos • Lisozima, Lactoferrina e Íons Tiocianato IgA secretora Mucina Fluido hipotônico Modulada por sinalização neuroendócrina (composição – NÃO o fluxo) Secretina aumenta bicarbonato na secreção salivar Fase oral - Incisivos: dentes situados na parte da frente da boca e que servem para cortar os alimentos. - Caninos: possuem formato agudo e pontiagudo e servem para rasgar os alimentos. - Pré-molares e molares: possuem a função de triturar os alimentos e localizam-se no fundo da boca. Fase oral A boca é importante para a quebra mecânica do alimento e para o início da digestão Preferência alimentar A mastigação subdivide e mistura o alimento com as enzimas amilase salivar e lipase lingual e com a glicoproteína mucina, que lubrifica o alimento para a mastigação e deglutição. MASTIGAÇÃO Abertura e fechamento da mandíbula Secreção salivar Movimentos de mistura Coordenação de diferentes músculos Fase oral - Mastigação Mecanoreceptores Pressão do alimento sobre os receptores Aumenta com a boca fechada Reduz com a boca aberta - Regula o ato de mastigação Reflexo de abrir e fechar Mastigar fazendo outra coisa Feijão com uma pedrinha Fase oral Mecanoreceptores Pressão do alimento sobre os receptores Aumenta com a boca fechada Reduz com a boca aberta - Regula o ato de mastigação Deglutição Iniciada voluntariamente, mas em seguida fica quase totalmente sob o controle reflexo. Reflexo da deglutição: sequência rigidamente ordenada de eventos, que levam o alimento da boca para a faringe e de lá para o estômago. Inibe a respiração e impede a entrada do alimento na traqueia durante a deglutição. INIBE reflexo de náusea. A via aferente do reflexo da deglutição começa quando os receptores de estiramento, são estimulados. Impulsos sensoriais desses receptores são transmitidos para uma área no bulbo e na ponte inferior, chamada centro da deglutição. Os impulsos motores passam do centro da deglutição para a musculatura da faringe e do esôfago superior, via vários nervos cranianos e para o restante do esôfago por neurônios motores vagais. A fase voluntária da deglutição é iniciada quando a ponta da língua separa um bolo da massa de alimento na boca. Primeiro, a ponta da língua, depois as partes posteriores da língua pressionam contra o palato duro. A ação da língua move o bolo para cima e, então, para trás da boca. O bolo é forçado para a faringe, que estimula receptores de tato, que iniciam o reflexo da deglutição. Fase faríngea (1 segundo) (1) O palato mole é puxado para cima e as dobras palatofaríngeas movimentam-se, esses movimentos evitam o refluxo do alimento para a nasofaringe e abrem uma estreita passagem pela qual o alimento se move para a faringe; (2) As cordas vocais se aproximam e a laringe é movida para trás e para cima, contra a epiglote; essas ações evitam que o alimento entre na traqueia e ajuda a abrir o esfíncter esofágico superior (EES); (3) O EES se relaxa para receber o bolo alimentar; (4) Os músculos constritores superiores da faringe se contraem fortemente para forçar o bolo profundamente na faringe. É iniciada uma onda peristáltica com a contração dos músculos constritores superiores faríngeos, e a onda se move em direção ao esôfago. Essa onda força o bolo de comida através do EES relaxado. https://www.youtube.com/watch?v=hoHbJlyuUo8 Fase esofágica O esôfago, o EES e o EEI executam duas funções principais: Impulsionam o alimento da boca para o estômago Os esfíncteres protegem as vias aéreas, durante a deglutição, e protegem o esôfago das secreções gástricas ácidas Inibe neurônios da sede - transitório A sede só passa mesmo quando ocorre mudança de osmolaridade no duodeno. A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) O ácido ativará as fibras de dor e resultará em desconforto e dor Graduada em Ciências Biológicas – UFOP Mestre em Fisiologia – UFMG Doutoranda em Fisiologia – UFMG Pós Graduanda em Análises Clínicas Neurocientista analuizaalreis@gmail.com @analuizaalima_ O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Professora Ana Luiza de Araujo Lima Reis Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc @EquipeMySete @JessicaJulioti Fisiologia do Sistema Digestório @analuizaalima_ Fase Gástrica da Resposta Integrada à Refeição Secreção Gástrica - Suco gástrico A mucosa gástrica tem dois tipos importantes de glândulas tubulares: Glândulas gástricas ou oxínticas - Secretam ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco Localizadas nas superfícies internas do corpo e do fundo do estômago, constituindo 80% do estômago proximal Glândulas pilóricas - Secretam, principalmente, muco para proteger a mucosa pilórica do ácido gástrico. Também secretam o hormônio gastrina. Localizadas na porção antral do estômago, que corresponde aos 20% distais do estômago. Secreção Gástrica - Suco gástrico Glândulas gástricas ou oxínticas (1) Células mucosas, que secretam, basicamente, muco (2) Células principais (pepticas), que secretam grandes quantidades de pepsinogênio (pepsina) (3) Células parietais (oxínticas), que secretam ácido clorídrico e fator intrínseco. Acloridria e anemia Secreção Gástrica - Suco gástrico Glândulas pilóricas Semelhantes às glândulas gástricas, mas contêm poucas células principais e quase nenhuma célula parietal. Contêm, essencialmente, células mucosas. Essas células secretam pequena quantidade de pepsinogênio e de muco que auxilia na lubrificação e na proteção da parede gástrica da digestão pelas enzimas gástricas. Glândulas pilóricas também liberam o hormônio gastrina, que tem papel no controle da secreção gástrica (célula G) Secreção Gástrica - Suco gástrico Pepsinogênio - Pepsina Principalconstituinte orgânico Proteaes secretadas pelas células principais Quanto menos o pH mais rápida a conversão Atividade proteolítica maior em pH 3 ou menor No duodeno as pepsinas são inativadas devido ao pH Secreção Gástrica - Suco gástrico H+ Conversão do pepsinogênio inativo (a principal enzima do estômago) em pepsinas, que iniciam a digestão proteica, no estômago. Importantes para impedir a invasão e a colonização do intestino por bactérias e outros patógenos que podem ter sido ingeridos com o alimento. H+ é secretado através da membrana plasmática apical das células parietais, pela bomba de prótons H+,K+-ATPase Secreção Gástrica - Suco gástrico Secreção Gástrica - Suco gástrico HCO3– e muco Importante para proteção da mucosa gástrica contra o ambiente luminal acídico e péptico. Fator intrínseco Única secreção essencial Necessário para a absorção da vitamina B12 (Cobalamina – Eritropoiese, metabolismo de aa e ácidos nucleicos) Regulação da secreção gástrica Células tipo-enterocromafim Digestão no estômago Alguma digestão de carboidratos, mediada por amilase, ocorre no estômago. A amilase é sensível ao pH e é inativada no pH baixo; no entanto, parte da amilase é ativa, mesmo no ambiente ácido do estômago. A digestão de lipídios também começa no estômago. Os padrões de mistura da motilidade gástrica resultam na formação de emulsão de lipídios e a lipase gástrica adere à superfície das gotas lipídicas na emulsão e gera ácidos graxos livres e monoglicerídeos, dos triglicerídeos da dieta. Proteção da mucosa gástrica O muco e o HCO3– protegem a superfície do estômago dos efeitos do H+ e das pepsinas. O gel de muco protetor que se forma na superfície luminal do estômago e as secreções alcalinas retidas nele constituem a barreira mucosa gástrica que impede a lesão da mucosa pelo conteúdo gástrico. O muco permite que o pH das células epiteliais seja mantido, aproximadamente, neutro apesar do pH luminal, em torno de 2. Úlcera gástrica O rompimento do revestimento GI atingindo a muscular da mucosa e as estruturas mais profundas é chamada úlcera. Falha no balanceamento entre os mecanismos protetores da mucosa e os fatores agressivos que a podem romper O álcool, o fumo e a cafeína - fatores de risco para úlceras O H. pylori é bactéria - fator que pode levar à gastrite, à formação de úlceras e, nos humanos, ao carcinoma gástrico. O H. pylori existe no estômago porque secreta a enzima uréase, conversora da uréia em NH3, que é usado no tamponamento do H+ Motilidade gástrica Estímulos mecânicos e químicos desencadeiam o reflexo vagal Estimula o SN Parassimpático e o SN Entérico Esvaziamento O esvaziamento do estômago é promovido por intensas contrações peristálticas no antro gástrico. Ao mesmo tempo, o esvaziamento é reduzido por graus variados de resistência à passagem do quimo pelo piloro. A velocidade/intensidade com que o estômago se esvazia é regulada por sinais tanto do estômago como do duodeno. Entretanto, os sinais do duodeno são bem mais potentes, controlando o esvaziamento do quimo para o duodeno com intensidade não superior à que o quimo pode ser digerido e absorvido no intestino delgado. Efeito do Volume Alimentar Gástrico no Esvaziamento Volume de alimentos maior promove maior esvaziamento gástrico. A dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais que acentuam, bastante, a atividade da bomba pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro. Efeito do Hormônio Gastrina sobre o Esvaziamento Gástrico Efeitos potentes sobre a secreção de suco gástrico muito ácido pelas glândulas gástricas. A gastrina tem ainda, efeitos estimulantes brandos a moderados sobre as funções motoras do corpo do estômago. Parece intensificar a atividade da bomba pilórica. Efeito Inibitório dos Reflexos Nervosos Enterogástricos de Origem Duodenal (1) Diretamente do duodeno para o estômago pelo sistema nervoso entérico da parede intestinal (2) Pelos nervos extrínsecos que vão aos gânglios simpáticos pré-vertebrais e, então, retornam pelas fibras nervosas simpáticas inibidoras que inervam o estômago (3) Pelos nervos vagos que vão ao tronco encefálico, onde inibem os sinais excitatórios normais, transmitidos ao estômago pelos ramos eferentes dos vagos. Inibem fortemente as contrações propulsivas da “bomba pilórica” e aumentam o tônus do esfíncter pilórico O feedback hormonal do duodeno inibe o esvaziamento gástrico Gorduras e do hormônio colecistocinina (CCK) inibem o esvaziamento gástrico Graduada em Ciências Biológicas – UFOP Mestre em Fisiologia – UFMG Doutoranda em Fisiologia – UFMG Pós Graduanda em Análises Clínicas Neurocientista analuizaalreis@gmail.com @analuizaalima_ O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Professora Ana Luiza de Araujo Lima Reis Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc @EquipeMySete @JessicaJulioti Fisiologia do Sistema Digestório @analuizaalima_ Fase do Intestino Delgado da Resposta Integrada à Refeição O intestino delgado é a parte crítica do trato intestinal para absorção de nutrientes. Nesse local, o alimento é misturado a diversas secreções que permitem sua digestão e absorção, e as funções de motilidade servem para garantir a mistura adequada e a exposição do conteúdo intestinal (quilo) à superfície de absorção. 5 – 6 metros Duodeno Jejuno Íleo Duodeno Parte mais próxima ao estômago ~25cm Regula o esvaziamento gástrico Células liberam CCK - Regula o esvaziamento gástrico - Contração da vesícula biliar - Secreção pancreática - Controla o esfíncter de Oddi Jejuno ~2/5 Íleo ~3/5 Transição não muito evidente • Glândula mista Exócrina (ácinos) – Suco pancreático Endócrina (Ilhotas de Langherans) Pâncreas Os produtos secretórios das células acinares pancreáticas são, em grande parte, pré sintetizados e estocados em grânulos que se agrupam ao longo do polo apical das células acinares Secreção pancreática 1.Acetilcolina, liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o sistema nervoso entérico 2.Colecistocinina, secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior, quando o alimento entra no intestino delgado 3.Secretina, também secretada pelas mucosas duodenal e jejunal, quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado Secreção pancreática Vesícula biliar • Bile Produzida pelo fígado Armazenada na vesícula Digestão e absorção de lipídeos Emulsifica gorduras Constituintes: Ácidos biliares Bilirrubina Colesterol Vesícula biliar Diminui a tensão superficial das gotas de gordura e permite que a agitação no trato intestinal as quebre em partículas diminutas, o que é denominado função emulsificante ou detergente dos sais biliares. Assim, podem ser atacadas pelas lipases secretadas no suco pancreático Ajudam a absorção dos produtos finais da digestão das gordura através da membrana mucosa intestinal. Sem a presença dos sais biliares no trato intestinal, até 40% das gorduras ingeridas são perdidas nas fezes, e a pessoa, muitas vezes, desenvolve déficit metabólico em decorrência da perda desse nutriente. Existem dois tipos de cálculos biliares. •Cálculos biliares de colesterol: este é o tipo mais comum de cálculo biliar, que muitas vezes aparece na cor amarela. Estes cálculos biliares são compostos principalmente de colesterol não dissolvido, mas podem conter outros componentes •Cálculos biliares pigmentados. Estas pedras costumam ser marrons ou pretas e se formam quando a bile contém muita bilirrubina, um composto produzido no momento em que o corpo quebra as hemácias do sangue Digestão de lipídeos Estágio inicial - Emulsificação Formação de micelas Intolerância à lactose A intolerância à lactose é causada pela insuficiência da enzima lactase no intestino delgado. Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal, diarreia, cãimbras, gases, inchaço abdominal, náusea e vômito. Os sintomas aparecem entre 30 minutos a 2 horas apósa ingestão dos derivados do leite, que contém lactose Secreção e absorção de água e eletrólitos O intestino delgado transfere grandes volumes de fluido para dentro e para fora do lúmen, diariamente, para facilitar a digestão e a absorção dos nutrientes, impulsionados pelo transporte ativo de íons e de outros eletrólitos. Absorve ativamente, sódio, e a diferença de potencial elétrico gerada, pela absorção do sódio, promove absorção de cloreto. Secreta bicarbonato Fase Colônica da Resposta Integrada à Refeição ~1,5m As funções primárias do intestino grosso são a de digerir e de absorver os componentes da refeição, que não podem ser digeridos ou absorvidos Reabsorver o fluido remanescente, que foi utilizado durante o movimento da refeição ao longo do trato gastrointestinal, e armazenar os produtos que sobraram da refeição, até que possam ser convenientemente eliminados do corpo. Sinais que regulam a função colônica Reflexos de estiramento Sistema nervoso entérico e parassimpático (Acetilcolina) Reflexo gastrocólico – Estômago sinaliza a motilidade do intestino grosso Secreção de muco A mucosa do intestino grosso, como a do intestino delgado, tem alta capacidade de absorver, ativamente, sódio, e a diferença de potencial elétrico gerada, pela absorção do sódio, promove absorção de cloreto. A absorção de íons sódio e cloreto cria um gradiente osmótico, através da mucosa do intestino grosso, o que, por sua vez, leva à absorção de água. Defecação Reflexo de defecação O enchimento do reto causa relaxamento do esfíncter anal interno via liberação do polipeptídeo intestinal vasoativo e geração de óxido nítrico Terminações nervosas sensoriais na mucosa anal gera reflexos que iniciam a atividade apropriada do esfíncter externo para reter o conteúdo retal ou permitir a sua expulsão voluntária Graduada em Ciências Biológicas – UFOP Mestre em Fisiologia – UFMG Doutoranda em Fisiologia – UFMG Pós Graduanda em Análises Clínicas Neurocientista analuizaalreis@gmail.com @analuizaalima_ O conteúdo desse curso foi oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a Professora Ana Luiza de Araujo Lima Reis