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Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Fisiologia do Sistema
Digestório
@analuizaalima_
Princípios gerais da função gastrointestinal
Motilidade e Controle Neural
Digestão e Absorção
Neurológicas
Endócrinas 
Imunológicas
Preferência Alimentar
Células musculares lisas se comunicam através de junções comunicantes, com baixa resistência à
movimentação de íons
Dessa forma, os sinais elétricos, que desencadeiam as contrações musculares, podem passar
prontamente de uma fibra para a seguinte em cada feixe
Quando um potencial de ação é disparado em qualquer ponto na massa muscular, ele, em geral se
propaga em todas as direções no músculo.
A distância que deve percorrer depende da excitabilidade do músculo; às vezes, ele é interrompido
depois de apenas alguns poucos milímetros e, outras vezes, percorre muitos centímetros ou, até
mesmo, toda a extensão do trato intestinal.
O Músculo Liso Gastrointestinal 
Funciona como um Sincício
No trato gastrointestinal ocorrem tipos de movimentos:
(1) movimentos propulsivos ou peristálticos, que fazem com que o alimento percorra o trato
com velocidade apropriada para que ocorram a digestão e a absorção. Plexo
mioentérico
(2) movimentos de mistura, que mantêm os conteúdos intestinais bem misturados todo o
tempo.
Acoplamento ou desacoplamento elétrico de redes 
das células de Cajal
Tipos Funcionais de Movimentos no 
Trato Gastrointestinal
3) Complexo motor migratório (barriga roncando) – caráter peristáltico de maneira ininterrupta
~ 90 minutos – estômago até o íleo terminal
Associado ao período de jejum – só para com a alimentação
Limpar o tubo digestivo
Eliminar elementos que não foram digeridos
Impede a colonização de bactérias do cólon no íleo terminal
Transporte de bactérias para o intestino grosso
Tipos Funcionais de Movimentos no 
Trato Gastrointestinal
Atividade Elétrica do Músculo Liso 
Gastrointestinal
O músculo liso do trato gastrointestinal é excitado por atividade elétrica
intrínseca, contínua e lenta, nas membranas das fibras musculares.
Essa atividade consiste em dois tipos básicos de ondas elétricas:
(1) ondas lentas
(2) potenciais em ponta
Ondas Lentas
Essas ondas, não são potenciais de ação.
São variações lentas e ondulantes do
potencial de repouso da membrana.
Não se conhece, exatamente, a causa das
ondas lentas
Parecem ser causadas por interações
complexas entre as células do músculo liso e
células especializadas, denominadas células
intersticiais de Cajal
Atuam como marca-passos elétricos das
células do músculo liso.
Todas as regiões menos o esôfago
Ondas Lentas
Essas ondas, não são potenciais de ação.
São variações lentas e ondulantes do
potencial de repouso da membrana.
Não se conhece, exatamente, a causa das
ondas lentas
Parecem ser causadas por interações
complexas entre as células do músculo liso e
células especializadas, denominadas células
intersticiais de Cajal
Atuam como marca-passos elétricos das
células do músculo liso.
As ondas lentas geralmente não causam,
por si sós, contração muscular. Mas
basicamente, estimulam o disparo
intermitente de potenciais em ponta e
estes, de fato, provocam a contração
muscular.
Associadas à entrada de SÓDIO
Ondas Lentas
Essas ondas, não são potenciais de ação.
São variações lentas e ondulantes do
potencial de repouso da membrana.
Não se conhece, exatamente, a causa das
ondas lentas
Parecem ser causadas por interações
complexas entre as células do músculo liso e
células especializadas, denominadas células
intersticiais de Cajal
Atuam como marca-passos elétricos das
células do músculo liso.
As ondas lentas geralmente não causam,
por si sós, contração muscular. Mas
basicamente, estimulam o disparo
intermitente de potenciais em ponta e
estes, de fato, provocam a contração
muscular.
Associadas à entrada de SÓDIO
Potenciais em Ponta
Os potenciais em ponta são verdadeiros potenciais de ação.
Ocorrem, automaticamente, quando o potencial de repouso
da membrana do músculo liso gastrointestinal fica mais
positivo do que cerca de -40 milivolts
O potencial de repouso normal da membrana, nas fibras do
músculo liso do intestino, é entre -50 e -60 milivolts
Toda vez que os picos das ondas lentas ficam,
temporariamente, mais positivos do que -40 milivolts,
surgem os potenciais em ponta, superpostos a esses picos.
Os potenciais em ponta, no músculo gastrointestinal, têm
duração 10 a 40 vezes maior que os potenciais de ação nas
grandes fibras nervosas.
Neurônios
Rápida entrada de íons sódio, pelos canais de sódio
Nas fibras do músculo liso gastrointestinal 
Canais para cálcio-sódio
Mudanças na Voltagem do Potencial de Repouso 
da Membrana
Os fatores que despolarizam a membrana
(1) Estiramento do músculo
(2) Estimulação pela acetilcolina, liberada a partir das terminações dos nervos
parassimpáticos
(3) Estimulação por diversos hormônios gastrointestinais específicos.
Fatores que hiperpolarizam a membrana
(1) Efeito da norepinefrina ou da epinefrina, na membrana da fibra
(2) Estimulação dos nervos simpáticos que secretam, principalmente, norepinefrina em seus
terminais.
Sistema Nervoso Entérico
Controla função do trato
gastrointestinal, pâncreas, vesícula
biliar
Plexo mioentérico: motilidade
Plexo sub-mucoso: transporte de íons
e água, secreção e fluxo sanguíneo
Relativamente independente do SNC
100 milhões de neurônios
Sistema Nervoso Entérico
Plexo mioentérico: motilidade
Aumento da contração tônica, da parede
intestinal
Aumento da intensidade das contrações
rítmicas
Ligeiro aumento no ritmo da contração
Aumento na velocidade de condução das ondas
excitatórias, ao longo da parede do intestino,
causando o movimento mais rápido das ondas
peristálticas intestinais
Alguns neurônios inibitórios também
Somático
Autônomo Visceral
Simpático
Parassimpático
Entérico
Controle voluntário
dos movimentos e
das sensações
Sistema Nervoso Autônomo
Ativado principalmente por centros localizados na
medula espinhal, tronco cerebral e hipotálamo
Córtex límbico pode transmitir sinais para os
centros inferiores, e isso pode influenciar o
controle autônomo
Uma das características mais acentuadas do
sistema nervoso autônomo é a rapidez e a
intensidade com que ele pode alterar as funções
viscerais
Medula
Walter Cannon
(1871 – 1945)
Simpático
Sistema 
Imunológico
Microbiota
Estresse
Altera comportamentos
SNA 
HPA
?
?
Microbiota
390 trilhões de microrganismos
300-1000 espécies
•Degradação de compostos alimentares (fibras,
aminoácidos…)
•Síntese de vitaminas do grupo B e da vitamina K.
•Proteção contra a colonização do tubo digestivo pelos
micróbios patogénicos.
•Fisiologia intestinal e metabólica.
•Desenvolvimento e maturação do sistema imunitário.
•Produção de substâncias ativas no cérebro
SNC emite sinais que controlam o sistema
gastrointestinal, como motilidade, permeabilidade e
secreção, assim pode alterar a composição da
microbiota.
A microbiota por sua vez, através de estímulos
endócrinos, imunológicos ou neurais pode alterar o
SNC.
Como estudar microbiota??
Animais GF são mais sensíveis a 
eventos estressores
BALB / c exibem comportamento mais tímido e ansioso
em comparação com outras linhagens, como Swiss.
Alteração da microbiota inverte esse comportamento
O primeiro centro 
dedicado ao transplante de 
microbiota fecal no país 
fica no Hospital das 
Clínicas da UFMG
Graduada em Ciências Biológicas – UFOP
Mestre em Fisiologia – UFMG
Doutoranda em Fisiologia – UFMG
Pós Graduanda em Análises Clínicas
Neurocientista
analuizaalreis@gmail.com
@analuizaalima_
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Professora 
Ana Luiza de Araujo Lima Reis 
Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Fisiologia do Sistema
Digestório
@analuizaalima_
Fases Cefálica, Oral e Esofágica da
Resposta Integrada à Refeição
Fase cefálica
30% da secreção das glândulas
Faseoral
NUTRIENTES
Hipoglosso (IX)
Facial (VII) NTS
Trigêmio (V)
Txtura – pastoso, líquido...
NTS – sobre VTA, Nac, AMY, 
HPP... PALADAR
Hipotálamo – ganho energético
NUTRIENTES
Hipoglosso (IX)
Facial (VII) NTS
Trigêmio (V)
Txtura – pastoso, líquido...
NTS – sobre VTA, Nac, AMY, 
HPP... PALADAR
Hipotálamo – ganho energético
PREFERÊNCIA ALIMENTAR
Tomada de decisão
Seleção 
+ sinais do intestino
Fome muda a percepção dos botões gustativos
As glândulas salivares são ativadas antes 
mesmo do inicio da refeição
Visão Olfato
Audição
Parassimpático
Ativação de regiões cerebrais
superiores como sistema límbico,
hipotálamo e córtex
Ativação do núcleo motor do
vago no tronco cerebral
Funções da Saliva
• Início da digestão de amido e lipídeos
• Lubrificação e umidificação do alimento para a deglutição
• Solubilização para o paladar*
• Limpeza da boca
• Antibacteriana – lisozima
• Neutralização do refluxo das secreções gástricas no esôfago (pH 7.0)
• FONAÇÃO – Secreção aquosa x viscosa (outros primatas)
• PREFERÊNCIA ALIMENTAR
5% da saliva
Mucosa
Anticorpos
60% da saliva
Mucosa e Serosa - Mista
Enzimas (amilase) 
eletrólitos e proteínas de 
defesa
30% da saliva
Serosa
Rica em enzimas 
(amilase) e eletrólitos
95% da saliva
5% Glândulas de von Ebner (lígua)
Retículo 
endoplasmático Capilar
Fibra 
nervosa Golgi
Grânulos
secretóriosMembrana 
basal
Mitocôndria
Ribossomos
Células Secretoras
Retículo 
endoplasmático Capilar
Fibra 
nervosa Golgi
Grânulos
secretóriosMembrana 
basal
Mitocôndria
Ribossomos
Células Secretoras Estrutura da Glândula
Regulação da Secreção Salivar
Náusea 
Reflexos do estômago
Estímulo por centro superiores
Suprimento Sanguíneo
Vasodilatação
• Parassimpático
• Calicreína – cliva a2-globulina
para formar a bradicinina
Vasoconstrição
• Simpático
Alterações na produção de saliva
Sialorreia
As células acinares e células dos ductos das glândulas
salivares respondem a agonistas colinérgicos e
adrenérgicos
AMPc Secreção rica em Amilase
Ca++ Secreção volumosa
Baixa [Amilase]
Escopolamina e Atropina
Pilocarpina
Xerostomia 
Glândula Salivar
Ach
NE
Composição da Saliva
Água
Eletrólitos
Enzimas digestivas
• Amilase e Lipase lingual *
Agentes antibacterianos
• Lisozima, Lactoferrina e Íons
Tiocianato
IgA secretora
Mucina
Fluido hipotônico
Modulada por sinalização neuroendócrina
(composição – NÃO o fluxo)
Secretina aumenta bicarbonato na secreção
salivar
Fase oral
- Incisivos: dentes situados na parte da frente da boca
e que servem para cortar os alimentos.
- Caninos: possuem formato agudo e pontiagudo e
servem para rasgar os alimentos.
- Pré-molares e molares: possuem a função de triturar
os alimentos e localizam-se no fundo da boca.
Fase oral
A boca é importante para a quebra
mecânica do alimento e para o início da
digestão
Preferência alimentar
A mastigação subdivide e mistura o
alimento com as enzimas amilase salivar e
lipase lingual e com a glicoproteína
mucina, que lubrifica o alimento para a
mastigação e deglutição.
MASTIGAÇÃO
Abertura e fechamento da mandíbula
Secreção salivar
Movimentos de mistura
Coordenação de diferentes músculos
Fase oral - Mastigação
Mecanoreceptores
Pressão do alimento sobre os receptores
Aumenta com a boca fechada
Reduz com a boca aberta
- Regula o ato de mastigação
Reflexo de abrir e fechar
Mastigar fazendo outra coisa
Feijão com uma pedrinha
Fase oral
Mecanoreceptores
Pressão do alimento sobre os receptores
Aumenta com a boca fechada
Reduz com a boca aberta
- Regula o ato de mastigação
Deglutição
Iniciada voluntariamente, mas em seguida fica quase
totalmente sob o controle reflexo.
Reflexo da deglutição: sequência rigidamente ordenada de
eventos, que levam o alimento da boca para a faringe e de lá
para o estômago.
Inibe a respiração e impede a entrada do alimento na traqueia
durante a deglutição. INIBE reflexo de náusea.
A via aferente do reflexo da deglutição começa quando os
receptores de estiramento, são estimulados. Impulsos
sensoriais desses receptores são transmitidos para uma área
no bulbo e na ponte inferior, chamada centro da deglutição.
Os impulsos motores passam do centro da deglutição para a
musculatura da faringe e do esôfago superior, via vários
nervos cranianos e para o restante do esôfago por neurônios
motores vagais.
A fase voluntária da deglutição é iniciada quando
a ponta da língua separa um bolo da massa de
alimento na boca.
Primeiro, a ponta da língua, depois as partes
posteriores da língua pressionam contra o palato
duro. A ação da língua move o bolo para cima e,
então, para trás da boca.
O bolo é forçado para a faringe, que estimula
receptores de tato, que iniciam o reflexo da
deglutição.
Fase faríngea (1 segundo)
(1) O palato mole é puxado para cima e as dobras
palatofaríngeas movimentam-se, esses movimentos
evitam o refluxo do alimento para a nasofaringe e abrem
uma estreita passagem pela qual o alimento se move para
a faringe;
(2) As cordas vocais se aproximam e a laringe é movida para
trás e para cima, contra a epiglote; essas ações evitam
que o alimento entre na traqueia e ajuda a abrir o
esfíncter esofágico superior (EES);
(3) O EES se relaxa para receber o bolo alimentar;
(4) Os músculos constritores superiores da faringe se
contraem fortemente para forçar o bolo profundamente
na faringe. É iniciada uma onda peristáltica com a
contração dos músculos constritores superiores
faríngeos, e a onda se move em direção ao esôfago. Essa
onda força o bolo de comida através do EES relaxado.
https://www.youtube.com/watch?v=hoHbJlyuUo8
Fase esofágica
O esôfago, o EES e o EEI executam
duas funções principais:
Impulsionam o alimento da boca para o
estômago
Os esfíncteres protegem as vias aéreas,
durante a deglutição, e protegem o
esôfago das secreções gástricas ácidas
Inibe neurônios da sede - transitório
A sede só passa mesmo quando ocorre
mudança de osmolaridade no duodeno.
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) 
O ácido ativará as fibras de dor e resultará em 
desconforto e dor
Graduada em Ciências Biológicas – UFOP
Mestre em Fisiologia – UFMG
Doutoranda em Fisiologia – UFMG
Pós Graduanda em Análises Clínicas
Neurocientista
analuizaalreis@gmail.com
@analuizaalima_
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Professora 
Ana Luiza de Araujo Lima Reis 
Ana Luiza de Araujo Lima Reis, MSc
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Fisiologia do Sistema
Digestório
@analuizaalima_
Fase Gástrica da Resposta 
Integrada à Refeição
Secreção Gástrica - Suco gástrico
A mucosa gástrica tem dois tipos importantes de glândulas tubulares:
Glândulas gástricas ou oxínticas - Secretam ácido clorídrico, pepsinogênio,
fator intrínseco e muco
Localizadas nas superfícies internas do corpo e do fundo do estômago,
constituindo 80% do estômago proximal
Glândulas pilóricas - Secretam, principalmente, muco para proteger a mucosa
pilórica do ácido gástrico. Também secretam o hormônio gastrina.
Localizadas na porção antral do estômago, que corresponde aos 20% distais
do estômago.
Secreção Gástrica - Suco gástrico
Glândulas gástricas ou oxínticas
(1) Células mucosas, que secretam, basicamente, muco
(2) Células principais (pepticas), que secretam grandes
quantidades de pepsinogênio (pepsina)
(3) Células parietais (oxínticas), que secretam ácido clorídrico e
fator intrínseco.
Acloridria e anemia
Secreção Gástrica - Suco gástrico
Glândulas pilóricas
Semelhantes às glândulas gástricas, mas contêm poucas células
principais e quase nenhuma célula parietal.
Contêm, essencialmente, células mucosas. Essas células
secretam pequena quantidade de pepsinogênio e de muco que
auxilia na lubrificação e na proteção da parede gástrica da
digestão pelas enzimas gástricas.
Glândulas pilóricas também liberam o hormônio gastrina, que
tem papel no controle da secreção gástrica (célula G)
Secreção Gástrica - Suco gástrico
Pepsinogênio - Pepsina
Principalconstituinte orgânico
Proteaes secretadas pelas células principais
Quanto menos o pH mais rápida a conversão
Atividade proteolítica maior em pH 3 ou menor
No duodeno as pepsinas são inativadas devido ao pH
Secreção Gástrica - Suco gástrico
H+
Conversão do pepsinogênio inativo (a principal enzima do estômago) em pepsinas, que
iniciam a digestão proteica, no estômago.
Importantes para impedir a invasão e a colonização do intestino por bactérias e outros
patógenos que podem ter sido ingeridos com o alimento.
H+ é secretado através da membrana plasmática apical das células parietais, pela 
bomba de prótons H+,K+-ATPase
Secreção Gástrica - Suco gástrico
Secreção Gástrica - Suco gástrico
HCO3– e muco
Importante para proteção da mucosa gástrica contra o ambiente luminal acídico e
péptico.
Fator intrínseco
Única secreção essencial
Necessário para a absorção da vitamina B12 (Cobalamina – Eritropoiese, metabolismo
de aa e ácidos nucleicos)
Regulação da secreção gástrica
Células tipo-enterocromafim
Digestão no estômago
Alguma digestão de carboidratos, mediada por amilase, ocorre no
estômago. A amilase é sensível ao pH e é inativada no pH baixo; no
entanto, parte da amilase é ativa, mesmo no ambiente ácido do estômago.
A digestão de lipídios também começa no estômago. Os padrões de
mistura da motilidade gástrica resultam na formação de emulsão de
lipídios e a lipase gástrica adere à superfície das gotas lipídicas na
emulsão e gera ácidos graxos livres e monoglicerídeos, dos triglicerídeos
da dieta.
Proteção da mucosa gástrica
O muco e o HCO3– protegem a superfície do
estômago dos efeitos do H+ e das pepsinas.
O gel de muco protetor que se forma na
superfície luminal do estômago e as secreções
alcalinas retidas nele constituem a barreira
mucosa gástrica que impede a lesão da mucosa
pelo conteúdo gástrico.
O muco permite que o pH das células epiteliais
seja mantido, aproximadamente, neutro apesar
do pH luminal, em torno de 2.
Úlcera gástrica
O rompimento do revestimento GI atingindo a muscular
da mucosa e as estruturas mais profundas é chamada
úlcera.
Falha no balanceamento entre os mecanismos protetores
da mucosa e os fatores agressivos que a podem romper
O álcool, o fumo e a cafeína - fatores de risco para
úlceras
O H. pylori é bactéria - fator que pode levar à gastrite, à
formação de úlceras e, nos humanos, ao carcinoma
gástrico.
O H. pylori existe no estômago porque secreta a enzima
uréase, conversora da uréia em NH3, que é usado no
tamponamento do H+
Motilidade gástrica
Estímulos mecânicos e químicos desencadeiam o 
reflexo vagal
Estimula o SN Parassimpático e o SN Entérico
Esvaziamento
O esvaziamento do estômago é promovido por
intensas contrações peristálticas no antro gástrico.
Ao mesmo tempo, o esvaziamento é reduzido por
graus variados de resistência à passagem do quimo
pelo piloro.
A velocidade/intensidade com que o estômago se
esvazia é regulada por sinais tanto do estômago como
do duodeno. Entretanto, os sinais do duodeno são
bem mais potentes, controlando o esvaziamento do
quimo para o duodeno com intensidade não superior à
que o quimo pode ser digerido e absorvido no
intestino delgado.
Efeito do Volume Alimentar Gástrico no Esvaziamento
Volume de alimentos maior promove maior esvaziamento gástrico.
A dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais que
acentuam, bastante, a atividade da bomba pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro.
Efeito do Hormônio Gastrina sobre o Esvaziamento Gástrico
Efeitos potentes sobre a secreção de suco gástrico muito ácido pelas glândulas
gástricas.
A gastrina tem ainda, efeitos estimulantes brandos a moderados sobre as funções
motoras do corpo do estômago.
Parece intensificar a atividade da bomba pilórica.
Efeito Inibitório dos Reflexos Nervosos Enterogástricos de Origem 
Duodenal
(1) Diretamente do duodeno para o estômago pelo sistema nervoso entérico da parede intestinal
(2) Pelos nervos extrínsecos que vão aos gânglios simpáticos pré-vertebrais e, então, retornam
pelas fibras nervosas simpáticas inibidoras que inervam o estômago
(3) Pelos nervos vagos que vão ao tronco encefálico, onde inibem os sinais excitatórios normais,
transmitidos ao estômago pelos ramos eferentes dos vagos.
Inibem fortemente as contrações propulsivas da “bomba pilórica” e 
aumentam o tônus do esfíncter pilórico
O feedback hormonal do duodeno inibe o esvaziamento gástrico 
Gorduras e do hormônio colecistocinina (CCK) inibem o esvaziamento 
gástrico
Graduada em Ciências Biológicas – UFOP
Mestre em Fisiologia – UFMG
Doutoranda em Fisiologia – UFMG
Pós Graduanda em Análises Clínicas
Neurocientista
analuizaalreis@gmail.com
@analuizaalima_
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Ana Luiza de Araujo Lima Reis 
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Fisiologia do Sistema
Digestório
@analuizaalima_
Fase do Intestino Delgado da Resposta
Integrada à Refeição
O intestino delgado é a parte crítica do trato intestinal para absorção de nutrientes.
Nesse local, o alimento é misturado a diversas secreções que permitem sua digestão e
absorção, e as funções de motilidade servem para garantir a mistura adequada e a
exposição do conteúdo intestinal (quilo) à superfície de absorção.
5 – 6 metros
Duodeno
Jejuno
Íleo
Duodeno
Parte mais próxima ao estômago
~25cm
Regula o esvaziamento gástrico
Células liberam CCK
- Regula o esvaziamento gástrico
- Contração da vesícula biliar
- Secreção pancreática
- Controla o esfíncter de Oddi
Jejuno
~2/5
Íleo
~3/5
Transição não muito evidente
• Glândula mista
Exócrina (ácinos) – Suco pancreático
Endócrina (Ilhotas de Langherans) 
Pâncreas
Os produtos secretórios das células acinares
pancreáticas são, em grande parte, pré
sintetizados e estocados em grânulos que se
agrupam ao longo do polo apical das células
acinares
Secreção pancreática
1.Acetilcolina, liberada pelas terminações do nervo vago
parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o
sistema nervoso entérico
2.Colecistocinina, secretada pela mucosa duodenal e do
jejuno superior, quando o alimento entra no intestino
delgado
3.Secretina, também secretada pelas mucosas duodenal
e jejunal, quando alimentos muito ácidos entram no
intestino delgado
Secreção pancreática
Vesícula biliar
• Bile
Produzida pelo fígado
Armazenada na vesícula
Digestão e absorção de lipídeos
Emulsifica gorduras
Constituintes: Ácidos biliares
Bilirrubina
Colesterol
Vesícula biliar
Diminui a tensão superficial das gotas de gordura e permite
que a agitação no trato intestinal as quebre em partículas
diminutas, o que é denominado função emulsificante ou
detergente dos sais biliares. Assim, podem ser atacadas pelas
lipases secretadas no suco pancreático
Ajudam a absorção dos produtos finais da digestão das
gordura através da membrana mucosa intestinal.
Sem a presença dos sais biliares no trato intestinal, até 40%
das gorduras ingeridas são perdidas nas fezes, e a pessoa,
muitas vezes, desenvolve déficit metabólico em decorrência
da perda desse nutriente.
Existem dois tipos de cálculos biliares.
•Cálculos biliares de colesterol: este é o tipo
mais comum de cálculo biliar, que muitas vezes
aparece na cor amarela. Estes cálculos biliares
são compostos principalmente de colesterol não
dissolvido, mas podem conter outros
componentes
•Cálculos biliares pigmentados. Estas pedras
costumam ser marrons ou pretas e se formam
quando a bile contém muita bilirrubina, um
composto produzido no momento em que o
corpo quebra as hemácias do sangue
Digestão de lipídeos
Estágio inicial - Emulsificação
Formação de micelas
Intolerância à lactose
A intolerância à lactose é causada pela insuficiência
da enzima lactase no intestino delgado.
Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal, diarreia, cãimbras,
gases, inchaço abdominal, náusea e vômito. Os sintomas aparecem
entre 30 minutos a 2 horas apósa ingestão dos derivados do leite,
que contém lactose
Secreção e absorção de água e eletrólitos
O intestino delgado transfere grandes volumes
de fluido para dentro e para fora do lúmen,
diariamente, para facilitar a digestão e a
absorção dos nutrientes, impulsionados pelo
transporte ativo de íons e de outros eletrólitos.
Absorve ativamente, sódio, e a diferença de
potencial elétrico gerada, pela absorção do
sódio, promove absorção de cloreto.
Secreta bicarbonato
Fase Colônica da Resposta 
Integrada à Refeição
~1,5m
As funções primárias do intestino grosso são
a de digerir e de absorver os componentes da
refeição, que não podem ser digeridos ou
absorvidos
Reabsorver o fluido remanescente, que foi
utilizado durante o movimento da refeição ao
longo do trato gastrointestinal, e armazenar
os produtos que sobraram da refeição, até
que possam ser convenientemente eliminados
do corpo.
Sinais que regulam a função colônica
Reflexos de estiramento
Sistema nervoso entérico e parassimpático (Acetilcolina)
Reflexo gastrocólico – Estômago sinaliza a motilidade do intestino grosso
Secreção de muco
A mucosa do intestino grosso, como a do
intestino delgado, tem alta capacidade de
absorver, ativamente, sódio, e a diferença de
potencial elétrico gerada, pela absorção do
sódio, promove absorção de cloreto.
A absorção de íons sódio e cloreto cria um
gradiente osmótico, através da mucosa do
intestino grosso, o que, por sua vez, leva à
absorção de água.
Defecação
Reflexo de defecação
O enchimento do reto causa relaxamento
do esfíncter anal interno via liberação do
polipeptídeo intestinal vasoativo e
geração de óxido nítrico
Terminações nervosas sensoriais na
mucosa anal gera reflexos que iniciam a
atividade apropriada do esfíncter
externo para reter o conteúdo retal ou
permitir a sua expulsão voluntária
Graduada em Ciências Biológicas – UFOP
Mestre em Fisiologia – UFMG
Doutoranda em Fisiologia – UFMG
Pós Graduanda em Análises Clínicas
Neurocientista
analuizaalreis@gmail.com
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O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Professora 
Ana Luiza de Araujo Lima Reis

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