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Teorias Demográficas

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Licensed to gabriel - gsjtovick@gmail.com
Olá caro aluno(a), é com enorme prazer e satisfação que venho através deste material, lhe proporcionar um
pouco mais de conhecimento sobre a disciplina de Geografia para o concurso da PM-PR. Espero que este, seja
um instrumento de luz em sua vida e em sua preparação. Não tenho o objetivo de fazer o melhor material, mais
sim, aquele que venha te ajudar em sua jornada como luz, caso venha a obter alguma dificuldade em tal
matéria. Muito obrigado por conficar em meu trabalho. Deus te abençoe grandemente.
Ass: Prof. Thiago Araújo 
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População e estruturação socioespacial em múltiplas escalas 
(Paraná, Brasil, Mundo)
Teorias e conceitos básicos em demografia e políticas demográficas
Olá, vamos entender como cada um dos assuntos acima podem ser abordados de forma geral no
concurso. O título remonta uma estrutura que o aluno deverá separar no momento do estudo.
Exemplo:
• Teorias;
• Conceitos básicos;
• Políticas demográficas.
Cada um dos itens ao lado deverá ser tratado de forma
isolada e de fácil entendimento, pois, tal assunto,
apresenta uma tamanha abrangência.
Teorias demográficas
Teorias demográficas são instrumentos de análise do comportamento, dinâmica e funcionamento da
organização da população humana em sociedade. Tais teorias podem ser chamadas também de TEORIAS
DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO.
Podemos observar algumas teorias que abordam o conhecimento sobre o crescimento da sociedade
em geral através dos tempos.
São elas:
•Malthusianismo;
•Teoria reformista ou marxista;
•Teoria neomalthusiana;
•Transição demográfica;
A relação entre o número de pessoas e a quantidade de recursos disponíveis para alimentá-las e
satisfazer o seu nível de consumo sempre foi motivo de grande preocupação.
Iremos estudar através de características cada uma das teorias.
Teoria Malthusiana
A Teoria Malthusiana, ou Malthusianismo, foi elaborada por Thomas Robert Malthus no ano de 1798
e defendia que a população cresceria em ritmo acelerado, superando a oferta de alimentos, o que resultaria
em problemas como a fome e a miséria. Malthus – pastor da Igreja Anglicana e professor de História
Moderna – escreveu uma das mais importantes obras sobre o crescimento demográfico: Ensaio sobre o
Princípio da População.
Em sua obra Ensaio sobre o Princípio da População, Malthus deixou evidente seu pessimismo quanto
ao desenvolvimento humano. Ele acreditava que a pobreza fazia parte do destino da humanidade,
baseado na premissa de que a população possuía potencial de crescimento ilimitado, ao contrário da
produção de alimentos.
Malthus concluiu que, se o crescimento populacional não fosse contido, a população cresceria
segundo uma progressão geométrica (2,4,8,16,32), e a produção de alimentos cresceria segundo
uma progressão aritmética (2,4,6,8,10,12). Malthus considerava que a população dobraria a cada 25
anos.
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https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/progressao-geometrica-pg.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/progressao-aritmetica.htm
Se a teoria se confirmasse e houvesse esse descompasso entre o aumento da população e a falta de
alimentos, o resultado seria uma população mundial faminta, vivendo em situação de miséria, o que
causaria uma desestruturação na vida social. Portanto, o aumento da população seria a causa, e a miséria,
a consequência
Para conter o ritmo acelerado do crescimento populacional, Malthus, pautado na sua formação
religiosa, acreditava na necessidade de um controle de natalidade, que chamou de “controle moral”. Esse
controle não deveria ser feito pelo uso de métodos contraceptivos, mas pela abstinência sexual ou
adiamento de casamentos. Vale ressaltar que esse controle foi sugerido apenas para a população mais
pobre. Segundo ele, era necessário forçar a população mais carente a diminuir o número de filhos.
Teoria reformista ou marxista
Os reformistas foram os principais críticos à Teoria Neomalthusiana.
As ideias desses pensadores seguiam caminho oposto às ideias de Malthus. Para os reformistas, o
aumento das taxas de natalidade era resultado do subdesenvolvimento, e não a causa. De acordo
com essa teoria, a pobreza existia porque havia deficit na educação, saúde e saneamento básico. Se o
acesso às políticas públicas para a educação e atendimento médico fossem eficazes, o controle do
crescimento populacional seria possível.
Teoria Neomalthusiana
A Teoria Neomalthusiana foi desenvolvida no início do século 20 e baseou-se no Malthusianismo. Os
neomalthusianos demonstravam receio em relação ao crescimento acelerado da população nos países
desenvolvidos, visto que, para eles, esse crescimento causaria impacto direto na renda per capita do
país. Isso acarretaria problemas socioeconômicos, miséria e falta de emprego. Acreditavam também
que esses países deveriam investir em educação, saúde e também no controle da natalidade. Diferente da
Teoria Malthusiana, a Teoria Neomalthusiana era a favor do uso de anticoncepcionais. Os
neomalthusianos apresentavam ideias alarmistas, afirmando que, se o crescimento populacional não fosse
contido, os recursos naturais na Terra seriam esgotados.
Transição demográfica
A transição demográfica é uma premissa
social elaborada pelo demógrafo estadunidense
Frank Notestein, na primeira metade do século
XX, para refutar, por meio de números e dados,
a teoria populacional malthusiana, que
afirmava que o crescimento demográfico
ocorria em ritmo exponencial.
Na concepção da transição demográfica,
verifica-se que, na verdade, existe uma tendência
em que as populações de diferentes lugares
crescem conforme ciclos que se intensificam e
depois se reduzem sob as mais diversas razões.
A teoria da transição demográfica afirma que
não existe um processo único e constante
de explosão demográfica ou crescimento
populacional muito elevado. Quando esse
fenômeno ocorre, postula-se que a tendência por
parte dos diversos lugares é que haja uma
posterior estabilização, sobretudo pelas sucessivas
modificações nas taxas de natalidade e
mortalidade. O principal efeito da transição
demográfica, nesse sentido, seria o processo
de envelhecimento populacional.
A transição demográfica desenvolveu-se em 4 
estagios ou fases.
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Conceitos básicos em demografia
A Demografia é o estudo das populações e suas dinâmicas.
A Geografia da População, por sua vez, corresponde ao estudo dessas dinâmicas e suas relações com o
espaço geográfico, onde as populações são vistas como agentes e produtos das relações sociais,
econômicas, naturais e culturais que compõem o meio.
Dessa forma, para melhor compreender os temas dessas áreas do conhecimento, é necessária a
compreensão de alguns conceitos demográficos, que são fundamentais para a correta assimilação dos
conteúdos recorrentes, como a população de um país, a densidade demográfica de outro, as formas
e teorias de crescimento populacional, entre outros exemplos. A seguir, os principais termos e suas
definições mais usuais:
População absoluta: é o número total de pessoas que habitam um determinado lugar.
População relativa ou densidade demográfica: é o número de pessoas que habitam um lugar por
unidade de medida de área. Por exemplo: a população de uma região é de 12 hab/km², o que significa
que, em média, existem doze habitantes para cada quilômetro quadrado dentro da referida região.
Superpopulação ou superpovoamento: é quando o número de pessoas é muito grande em relação às
condições estruturais e econômicas de um país. Um país com elevada população absoluta ou com uma
densidade demográfica acentuada não necessariamente é superpovoado, a exemplo de muitos países
europeus. Bangladesh, por exemplo, representa um país superpovoado, pois boa parte de sua população
sofre com as carências econômicas e sociais.
Taxa de fecundidade: é uma média que indica o número de filhos por mulherem idade de ser mãe
(entre 15 e 49 anos).
Taxa de natalidade: é o número de nascidos vivos em uma determinada localidade ao longo de um ano.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos anuais em uma determinada localidade em relação à
população absoluta.
Taxa de mortalidade infantil: número de óbitos infantis envolvendo crianças com menos de um ano
idade em relação ao número total de nascidos vivos ao longo de um ano.
Taxa de crescimento vegetativo ou natural: é a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade,
representando o quanto uma população aumentou sem considerar a entrada de migrantes.
Saldo migratório: é a diferença entre os migrantes (pessoas de outras localidades que passaram a residir
no local em questão) e o número de imigrantes (pessoas que mudaram para outros lugares).
Crescimento absoluto ou demográfico: é o crescimento total da população, resultante da soma entre
crescimento vegetativo e o saldo migratório.
População Economicamente Ativa: para o IBGE, é o número de pessoas que possuem alguma atividade
remunerada (ou doméstica não remunerada) ou que não possuem ocupação, mas que estão à procura de
tal. Não envolve crianças e idosos.
Esperança ou Expectativa de Vida: é um cálculo estatístico que diz a média de idade máxima em que
vive a população. A expectativa de vida ao nascer representa o tempo esperado de vida restante à
população nascida em um determinado ano.
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https://alunosonline.uol.com.br/geografia/teorias-demograficas.html
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/expectativa-vida.html
Políticas demográficas
Os governos tendem a definir políticas demográficas sempre que o número de habitantes é inferior ou
superior àquele que consideram mais conveniente para a organização da vida sócio-económica dos
respetivos países
. Desde há muito que diferentes concepções têm vindo a ser defendidas pelos vários teóricos. No
entanto, de um modo geral, podem considerar-se como divididas em dois grandes tipos.
POLÍTICAS NATALISTAS
Surgiram, num passado recente, quando os governos pretenderam aumentar o número de habitantes
para assim criarem tensões com os estados vizinhos .Tal foi o caso da Alemanha, da Itália e do Japão
antes da II Grande Guerra.
Após o último conflito mundial a necessidade de reconstrução nacional levou países como a França a
tomar medidas favoráveis ao aumento da natalidade.
Países como a Rússia e a Austrália estimulam fortes natalidades a fim de conseguirem a mão-de-obra
necessária à colonização de vastas áreas do interior dos seus territórios.
APLICAÇÃO DE POLÍTICAS NATALISTAS
Muitos países industrializados, principalmente da Europa, procuram resolver ou pelo menos, minimizar
o problema da estagnação ou mesmo o retrocesso da população, com a consequente perda de vitalidade
demográfica, perseguindo uma política natalista mediante a implementação de medidas de incentivo à
natalidade.
Entre essas medidas contam-se a atribuição de compensações e prémios monetários a
famílias numerosas, aumentos substanciais dos abonos de família, dilatação das férias de parto,
acompanhamento eficaz e gratuito das mulheres durante a gravidez, concessão de maiores facilidades de
crédito à habitação aos casais com dois ou mais filhos, criação de infantários públicos e creches,
escolaridade gratuita, subsídios de material escolar aos alunos, pelo menos durante o período
de escolaridade obrigatória, etc.
Mas apesar de tais medidas de incentivo, os resultados têm sido pouco animadores, pelo que o
quadro geral pouco se tem alterado. De resto, a maioria dos especialistas em demografia é de opinião
que é muito difícil influir na altitude dos casais quanto ao ter (ou não ter) filhos.
UM MUNDO ENVELHECIDO
O problema resultante do excesso populacional dos países em desenvolvimento não se
coloca diretamente nos países do mundo desenvolvido.
Diferentes factores fazem com que os países industrializados, como os da Europa, América do Norte
ou Japão, apresentem taxas de crescimentomuito baixas ou mesmo nulas, como os casos de Luxemburgo,
Bélgica, Dinamarca ou Áustria.
No entanto, esta situação também cria problemas sociais e económicos específicos, especialmente
em função de um progressivo envelhecimento da população.
Nestas sociedades a população idosa é muitas vezes considerada um "fardo" dispendioso, por
não serem produtivos mas sim consumidores. Ao mesmo tempo uma diminuta percentagem da
população jovem pode comprometer o futuro, relativamente ao esperado normal desenvolvimento.
Assim, muitos governos de países com taxas de crescimento muito baixas ou nulas, têm
tomado decisões políticas na tentativa de alterar as tendências atuais.
POLÍTICAS ANTINATALISTAS
São postas em prática nos países onde se considera que o aumento da população pode contribuir para
uma diminuição acentuada do nível de vida, ou mesmo pôr em causa a sobrevivência, pelo menos, de
parte da população.
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As políticas antinatalistas têm a sua base teórica na obra do pastor protestante Thomas R. Malthus,
Essay on the Principie of Population as it affects the future improvement of Society, publicada em 1798.
Malthus defendia o princípio de que a população cresce em progressão geométrica enquanto que os
recursos crescem em progressão aritmética. Daqui concluía que o menor crescimento dos recursos daria
origem a fomes, epidemias e até guerras, isto é, aumento da mortalidade seria inevitável.
CONTROLAR UMA DEMOGRAFIA GALOPANTE
Apesar do ligeiro decréscimo no ritmo do aumento demográfico destes últimos anos, existem ainda
países que enfrentam sérios problemas visto ser difícil obter o desenvolvimento quando as carências
alimentares das populações em excesso não estão garantidas.
Daí, que muitos governos de países em desenvolvimento com excesso populacional e com taxas de
natalidade elevadas tentem impor certas decisões políticas, com o objetivo de reduzir o número médio de
nascimentos. Dentro destas políticas demográficas antinatalistas destacam-se diferentes tipos de
decisões, que podem ter maior ou menor aceitação por parte das populações, tais como:
Subsídios dados a casais com um só filho;
• Agravamento de impostos ou anulação de regalias sociais a casais com muitos filhos;
• Campanhas para que os casamentos sejam tardios;
• Divulgação generalizada de processos do planeamento familiar;
• Distribuição gratuita de contraceptivos;
• Legalização da interrupção voluntária da gravidez;
• Incentivos para a generalização da esterilização feminina e masculina, em casais que tenham já um ou
dois filhos;
• Processos de racionamento alimentar que prejudicam as famílias numerosas.
Todos os países em desenvolvimento cujos governos implementam polí ticas antinatalistas sofrem
alterações no campo social e económico.
No campo social, o alargamento da escolaridade, a alteração do estatuto e do papel da mulher e
a oferta de empregos aos jovens permitem o crescimento económico, a que se segue a diminuição da
fecundidade.
POLÍTICAS ANTINATALISTAS: TRAVAR A NATALIDADE
Muitos países em vias de desenvolvimento desenvolveram políticas antinatalistas como forma
de retardar o crescimento demográfico e de permitir um crescimento económico mais acelerado.
Governos africanos e asiáticos levaram a cabo campanhas gigantescas no sentido de diminuir as famílias,
quer através da publicidade, quer através da divulgação de práticas de contraceção ou, mesmo, de
esterilização das populações masculina e feminina.
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Questões
1. “O crescimento sem precedentes da população
mundial nos últimos 50 anos, até alcançar 7 bilhões de
pessoas neste ano, reavivou as preocupações sobre a
chegada de uma grande crise demográfica.
David Lam, economista da Universidade de Michigan,
explicou nesta sexta-feira que, apesar do crescimento
da população, o planeta foi capaz de produzir
alimentos suficientes para reduzir as crises de fome e
a pobreza. No entanto, aindahá preocupações sobre
uma possível crise demográfica no planeta, disse ele
em discurso para especialistas em uma associação
sobre estudos da população nos Estados Unidos […]”.
Último Segundo, 02 nov. 2011. Disponível em: 
<http://ultimosegundo.ig.com.br>. Adaptado.
A teoria demográfica que se preocupa em apontar o
desequilíbrio negativo entre o crescimento
demográfico e a produção de alimentos é a:
a) reformista
b) desenvolvimentista
c) malthusiana
d) explosão demográfica
e) agrodemográfica
2. “[...] Agora começa a ganhar fôlego no meio
acadêmico a escola dos neomalthusianos. Eles acham
que a armadilha agora é gente demais vivendo num
meio ambiente degradado demais. Em 2050, prevê-se,
seremos 9,2 bilhões de pessoas – ou 2,5 bilhões a
mais do que hoje”.
Revista Veja, ed. 2062, maio de 2008. Adaptado.
Os neomalthusianos, mencionados pelo texto, temem
o rápido crescimento populacional frente à
capacidade da sociedade e do planeta em lidar com
esse crescimento, da mesma forma que pensava
Thomas Malthus. No entanto, diferentemente do
malthusianismo clássico, o neomalthusianismo:
a) impede que qualquer tipo de controle populacional
seja implementado pelo Estado em termos de
políticas públicas.
b) defende a difusão de métodos contraceptivos,
planejamento familiar e outras medidas de redução da
natalidade.
c) apregoa o retorno do crescimento das taxas da
mortalidade como mal necessário frente à explosão
demográfica.
d) considera a necessidade de se impor um controle
da moral da população, em que os casais só devem
procriar se tiverem condições financeiras.
e) afirma que a única saída para a explosão
demográfica é a migração em massa das regiões
povoadas para áreas desabitadas.
3. “A transição demográfica é um dos fenômenos
estruturais que ameaçam os Estados Sociais desde a
segunda metade do século passado. Embora se cuide
de um fenômeno universal, recebendo o influxo das
condições históricas dos diferentes países e regiões,
ele se manifesta de formas não lineares e
assimétricas. Há uma tendência de ocorrer de forma
diferente nos países desenvolvidos, nos países em
desenvolvimento e no chamado terceiro mundo”.
.A teoria da transição demográfica citada pelo trecho
acima diz respeito:
a) ao quadro efêmero do crescimento demográfico
b) ao combate às políticas de controle de natalidade
c) ao crescimento não previsível da população
mundial
d) aos processos de expansão demográfica e
migração internacional
e) à correlação entre força de trabalho disponível e a
demanda necessária
4."Os países ricos, em função de sua renda mais
elevada e consequente nível de consumo, são
responsáveis por mais da metade do aumento da
utilização de recursos naturais. A população dos
países mais pobres do mundo paga,
proporcionalmente, o preço mais elevado pela
poluição e degradação das terras, das florestas, dos
rios e dos oceanos, que constituem o seu sustento.
Uma criança que nascer hoje em Nova lorque, Paris
ou Londres vai consumir, gastar e poluir mais
durante a sua vida do que 50 crianças em um país
'em desenvolvimento'."
Baseando-se nos princípios explicativos das teorias
demográficas, o texto acima:
a) Concorda com a teoria Reformista, que atribui ao
excesso populacional a causa da miséria no mundo,
constituindo uma ameaça aos recursos naturais
necessários à sobrevivência humana.
b) Comprova a teoria Neomalthusiana, que defende
a necessidade de controlar a natalidade nos países
pobres para que eles possam atingir os níveis de
desenvolvimento e consumo dos países ricos.
c) Nega a teoria Malthusiana, que defende a
elevação do padrão de vida e de consumo nos países
pobres, entendendo a fecundidade como uma
variável independente a ser controlada.
d) Nega a teoria Neomalthusiana, que identifica uma
população numerosa como principal causa do
desemprego, pobreza e esgotamento dos recursos
naturais.
e) Comprova a teoria Malthusiana, que associa
crescimento populacional e esgotamento dos
recursos naturais, defendendo a necessidade de
reformas socioeconômicas para preservá-los.
1.C 2.B 3.A 4. D
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Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares.
O termo estrutura demográfica é a forma mais concreta de compreender as diferentes bases
estatísticas da população em geral, formando um estudo sistemáticos entre os dados do IBGE e as
políticas públicas de cada Estado no território brasileiro ou qualquer território abordado.
A estrutura da população é representada em forma de pirâmide, que é classificada em base larga da
pirâmide, corpo afunilado da pirâmide e o ápice da pirâmide.
A base larga da pirâmide corresponde ao número de jovens de um país, são considerados jovens os
indivíduos com faixa etária entre 0 e 19 anos, representando aproximadamente 40% da população
brasileira. O corpo afunilado da pirâmide corresponde às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos,
representando cerca de 51% da população. O ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade
superior a 59 anos, correspondendo a 9% da população.
ÁPICE
CORPO
BASE
Devemos atentar para a questão e como ela relata os
parâmetros da pirâmide, formando questionamentos que
podem identificar aspectos relacionados a leitura de cada
item da figura.
A população brasileira está estruturada de acordo com os setores de atividades econômicas, ou seja,
onde o brasileiro está ganhando seu sustento. Hoje, cerca de 50% das pessoas compõem o PEA
(População economicamente ativa), que representa as pessoas que trabalham ou estão à procura de
trabalho, e 32% formam a população inativa, pessoas que não estudam, não trabalham e não estão à
procura, ou ainda não possuem idade compatível.
A população está dividida segundo seus rendimentos ou renda, nesse contexto, verifica-se um alto
grau de desigualdade, provocada pela concentração da renda, própria de países capitalistas, que é
caracterizada pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria vive em condições
extremamente excludentes.
A demografia é a área do conhecimento que se
preocupa em estudar o comportamento, as
transformações e a dinâmica geral da população,
utilizando-se principalmente de elementos estatísticos e
pesquisas qualitativas. Esse ramo do saber em muito se
aproxima à Geografia da População, que, da mesma
forma, também se preocupa com as dinâmicas
populacionais, enfatizando as questões sociais
relacionadas ao espaço geográfico.
NÃO PODEMOS ESQUECER DA DEFINIÇÃO DO
TERMO DEMOGRAFIA, QUE REMETE AOS LAÇOS
DE CADA SOCIEDADE, FORMANDO UM DADO
ESTATÍSTICO QUE OFERECE OS PRINCIPAIS
PROBLEMAS QUE A POPULAÇÃO EM SEU FAOTR
PRIMORDIAL OFERECE.
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Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares.
Vamos compreender como o ocorre a distribuição da
população brasileira.
Conforme dados do Censo Demográfico de 2010,
realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a população total do Brasil é de 190.755.799
habitantes. Esse elevado contingente populacional coloca
o país entre os mais populosos do mundo. O Brasil ocupa
hoje o quinto lugar dentre os mais populosos, sendo
superado somente pela China (1,3 bilhão), Índia (1,1
bilhão), Estados Unidos (314 milhões) e Indonésia (229
milhões).
Os dados estatíticos de 2010
formam um conteúdo de
base, fomentado no censo
demográfico de 2010,
podendo ser atualizado ainda
no final deste ano (2020).
Cuidado nos estudos, dados
atualizados podem cair em
prova, mais em termos de
informação e não de
questionamentos.
A populaçãobrasileira está irregularmente distribuída no território, pois há regiões densamente
povoadas e outras com baixa densidade demográfica.
A população brasileira estabelece-se de forma concentrada na Região Sudeste, com 80.364.410
habitantes; o Nordeste abriga 53.081.950 habitantes; e o Sul acolhe cerca de 27,3 milhões. As regiões
menos povoadas são: a Região Norte, com 15.864.454, e o Centro-Oeste, com pouco mais de 14 milhões
de habitantes.
A irregularidade na distribuição da população fica evidente quando alguns dados populacionais de
regiões ou estados são analisados.
Somente o estado de São Paulo concentra cerca de 41,2 milhões de habitantes, sendo superior ao
contingente populacional das regiões Centro-Oeste e Norte juntas.
A população brasileira está distribuída em um extenso território, com 8,5 milhões de quilômetros
quadrados. Em virtude disso, a população relativa é modesta, com cerca de 22,4 hab./km². O dado
apresentado classifica o país como pouco povoado, apesar de ser populoso diante do número da
população absoluta.
Observe que a estrutura demográfica do
Brasil está distribuida de maneira irregular,
concentrando sua população em regiões
próximas ao litoral.
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Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares.
O Novos arranjos familiares –
O conceito de família é extremamente dinâmico. A família patriarcal, convencional, hierarquizada,
patrimonialista, composta por homem e mulher unidos pelo casamento e cuidando de seus descendentes
(família nuclear/matrimonial) vem sofrendo, ao longo dos anos, intensas transformações.
A vastidão de transformações políticas, sociais, econômicas e especialmente culturais produziram
reflexos nas relações jurídico-familiares. Os atuais contornos da família estão desafiando outra
conceituação: novos arranjos familiares, os quais podem ser conceituados de: famílias recompostas,
monoparentais, anaparentais, homoafetivas, eudemonista.
A família monoparental é aquela constituída por uma pessoa, independente de sexo, que se encontra
sem companheiro, porém vive com um ou mais filhos (pode ocorrer do fim do casamento, da viuvez,
adoção e solteiros).
Por sua vez, família reconstituída, também chamada de família recomposta ou pluriparental, é aquela
estrutura familiar originada do casamento ou união estável de um casal, na qual um ou ambos de seus
membros têm um ou vários filhos de relações anteriores e surge então a chance de formação de uma
nova família.
A família homoafetiva é aquela composta por pessoas do mesmo sexo, a qual recebe plena proteção
estatal: alimentos, sucessão, adoção, exercício do poder familiar, curatela, uso do nome do companheiro e
impenhorabilidade do bem de família.
A já disseminada união estável, definida como aquela formada por um homem e uma mulher, livre de
formalidades legais do casamento, com o animus de conviverem e constituir família.
Também, poder-se-ia citar a anaparental que é a convivência de pessoas, parentes (irmãos, tio e sobrinho)
ou sem vínculos parentais que, convivem por algum motivo, possuindo rotina e com afinidades sociais,
econômicas ou outra qualquer, que os aproximam.
Por fim, temos a família eudemonista que pode ter qualquer uma das formatações acima elencadas,
mas ao observar sua constituição, nota-se que em seus indivíduos existe pouco apego a regras sociais
que formulam as famílias mais tradicionais, religião, moral ou política.
A família deixa de ser o núcleo econômico e de reprodução para ser o espaço do afeto e do amor,
surgiram novas e várias representações sociais para ela. As relações familiares são funcionalizadas em
razão da dignidade de cada partícipe, as pessoas passaram a viver em um a sociedade mais tolerante e
com mais liberdade, buscam realizar o sonho de serem felizes sem se sentirem premiadas a ficarem
inseridas em estruturas preestabelecidas e engessadoras.
Em outras palavras, atualmente está ocorrendo uma verdadeira democratização dos sentimentos, em que
o respeito mútuo e a liberdade individual vêm sendo preservados.
Hoje prevalece e deve prevalecer o afeto à conveniência, a busca da felicidade, a supremacia do amor, e
da solidariedade. Em face disso, dar-se ensejo a composição do novo conceito de família, usando-se no
plural, e não de um modelo monolítico contido no termo singular.
Portanto, cada um deve procurar o seu modelo da família, sem qualquer receio, que o direito lhe dá
amparo, respeitando e convivendo harmonicamente com o do outro.
Prof. Diana Câmara
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Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos deslocamentos 
populacionais.
Vamos iniciar nosso estudos sobre esta temática entendendo o que seria o termo migração, pois, a
movimentação social é uma forma migratória de deslocamento.
Migração é o deslocamento
populacional pelo espaço geográfico, de
forma temporária ou permanente, que
desde o início da humanidade têm
contribuído para a sobrevivência do ser
humano. O homem quem migra o faz por
alguma razão e, muitas vezes, a
sobrevivência de um determinado grupo
social depende de seu deslocamento pelo
espaço, como, por exemplo, durante a pré-
história, quando os primeiros seres
humanos migravam em busca de alimento.
Motivos dos altos fluxos migratórios>
Dentre as principais razões para a migração estão as de
origem:
Econômica: quando o migrante sai em busca de melhores
qualidades de vida, empregos, salários, muito comum em
países ou regiões subdesenvolvidas.
Cultural e religiosa: no caso de grupos sociais que migram
para o local com o qual identifica, como os muçulmanos que
migram para Meca a fim de facilitar a prática de sua religião.
Políticas: ocorre com bastante frequência durante crises
políticas, guerras, ditaduras, nas quais vários contingentes
políticos migram, de forma livre ou forçada, para evitar os
problemas de seu país. Exemplo disso, atualmente, são os
refugiados sírios que deixam seu país para fugir de uma
guerra civil que já dura quase 3 anos e contabiliza mais de
130 mil mortos.
Naturais: muito comum em lugares com a ocorrência de
desastres ambientais, secas, frio intenso, calor excessivo etc.
No decorrer da história da humanidade, os grandes fluxos migratórios internacionais, ou seja, as
principais direções de migração, ocorreram, principalmente, por razões econômicas, mas nem sempre
se deslocaram para o mesmo sentido. Para se ter uma ideia, entre o século XVI até as primeiras
décadas do século XX, o principal movimento migratório internacional ocorria da Europa para as outras
regiões do globo, já que os países europeus foram os grandes responsáveis pela colonização da
América, África e Ásia.
No decorrer do século XX, o fluxo migratório passou a ser muito maior no sentido contrário, saindo
dos países subdesenvolvidos para os países desenvolvidos da Europa e, principalmente, para os
Estados Unidos e Canadá, que têm recebido muitos migrantes de várias partes do mundo, até mesmo
da Europa, ou então de países mais pobres para países vizinhos que possuem economias mais estáveis,
nesse caso os migrantes aproveitam que a entrada nesses países é facilitada por possuírem menos
barreiras burocráticas e migram em busca de melhores condições de vida.
Os fluxos migratórios ocorrem por todo o planeta. Devemos estudar cada área das migrações,
dividindo sua influenência geral sobre cada região afetada pela mesma.
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Estrutura demográfica,distribuição da população e novos arranjos familiares. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos deslocamentos 
populacionais.
Vamos iniciar nosso estudos sobre esta temática entendendo o que seria o termo migração, pois, a
movimentação social é uma forma migratória de deslocamento.
Essa mudança, no fluxo migratório, inicialmente foi bem recebida pelos países desenvolvidos, já que
com o grande desenvolvimento econômico e industrial eles necessitavam de mão de obra barata que se
sujeitasse a exercer tarefas mais pesadas, mas com o passar do tempo houve uma intensa mecanização
no processo produtivo, diminuindo a necessidade de trabalhadores desqualificados. Com isso, muitos
imigrantes perderam os seus empregos e passaram a contribuir para o aumento dos problemas sociais
(desemprego, miséria, violência etc). Para tentar controlar a entrada de migrantes, e os problemas
ocasionados pela grande reserva de trabalhadores desqualificados, vários países do mundo (países da
Europa Ocidental, Estados Unidos, Canadá e outros) endureceram suas políticas relacionadas à migração,
mas essas medidas não se mostraram eficazes, pois se tornou crescente o número de migrantes que
entram nesses países ilegalmente e, por não possuírem visto, não podem trabalhar em trabalhos formais.
Outros desafios provocados pelas migrações que os países desenvolvidos precisam lidar é o
preconceito e a intolerância que parte de sua população possui em relação aos migrantes, já que por
serem culpabilizados pelos problemas sociais e ainda possuírem hábitos e manifestações culturais
distintas, muitas vezes são alvo de atitudes de preconceito ou intolerância.
De acordo com um relatório da ONU*, nos primeiros 15 anos do século XXI houve um aumento de
41% no número de migrantes no mundo, que chegou a aproximadamente 244 milhões, desses, cerca de
um terço (76 milhões) vivem na Europa, 75 milhões na Ásia, continente que mais recebeu migrantes
nesses últimos 15 anos, e 54 milhões na América do Norte. Considerando apenas o país com maior
número de migrantes, os Estados Unidos lideram com 47 milhões de migrantes, seguido por Alemanha e
Rússia, que possuem 12 milhões cada; Arábia Saudita com 10 milhões; Reino Unido com quase 9 milhões
e Emirados Árabes Unidos com 8 milhões. Demonstrando, assim, que pelo menos nessas primeiras
décadas do século XXI os fluxos migratórios para os países desenvolvidos ou países subdesenvolvidos
com economias mais dinâmicas se manteve.
REDES DE MIGRAÇÃO
O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores: em consequência
de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas ou culturais, causas relacionadas a
estudos em busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros. O principal motivo para esses
fluxos migratórios internacionais é o econômico, no qual as pessoas deixam seu país de origem visando à
obtenção de emprego e melhores perspectivas de vida em outras nações.
Conforme relatório de desenvolvimento humano de 2009, realizado pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD), aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países
de origem, o equivalente a 3% da população mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem
em países ricos e industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação econômica oriunda de
alguns países desenvolvidos, estima-se que em 2010, 60% das migrações ocorram entre países em
desenvolvimento.
Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados, entre eles estão:
Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. Os Estados Unidos possuem o
maior número de imigrantes internacionais – dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país. A
migração internacional promove uma série de problemas socioeconômicos. Em face das medidas tomadas
pela maioria dos países desenvolvidos no intento de restringir a entrada de imigrantes, o tráfico destes
tem se intensificado bastante. No entanto, esses mesmos países adotam ações seletivas, permitindo a
entrada de profissionais qualificados e provocando a ―fuga de cérebros‖ dos países em
desenvolvimento, ou seja, pessoas com aptidões técnicas e dotadas de conhecimentos são bem-vindas.
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deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
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Outra consequência é o fortalecimento da discriminação atribuída aos imigrantes internacionais,
processo denominado ―xenofobia.
Abaixo segui os fluxos migratórios por países no mundo inteiro.
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populacionais.
Vamos entender como ocorrem tais deslocamentos no Brasil. Em nossas aulas online, podemos
observar como os deslocamentos ocorrem no mundo.
A partir da década de 1980, o comportamento da mobilidade espacial da população sofreu
importantes transformações nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, surgiram novos
eixos de deslocamentos envolvendo expressivos contingentes populacionais, onde se destacam:
1. a inversão nas correntes principais nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro,
2. a redução da atratividade migratória exercida pelo estado de São Paulo,
3. o aumento da retenção de população na região Nordeste,
4. os novos eixos de deslocamentos populacionais em direção às cidades médias no interior do país,
5. o aumento da importância dos deslocamentos pendulares (para trabalhar e/ou estudar),
6. o esgotamento da expansão da fronteira agrícola e a migração de retorno para o Paraná.
Esses e outros aspectos são abordados na publicação do IBGE, “Deslocamentos Populacionais no
Brasil”, coletânea de estudos sobre mobilidade populacional que abrange o debate teórico atual em
torno desse tema e faz análise dos movimentos migratórios inter-regionais e interestaduais no Brasil
entre 1995 e 2000 (com dados do Censo 2000) e nos períodos 1999/2004 e 2004/2009 (a partir de
informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD).
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deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
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Vamos entender como ocorrem tais deslocamentos no Brasil. Em nossas aulas online, podemos
observar como os deslocamentos ocorrem no mundo.
Os estados em que a migração de retorno foi mais expressiva em 2009 foram Rio Grande do Sul
(23,98%), Paraná (23,44%), Minas Gerais (21,62%), Sergipe (21,52%), Pernambuco (23,61%), Paraíba
(20,95%) e Rio Grande do Norte (21,14%).
Na região Norte, Amazonas, Roraima e Pará mudaram sua classificação quanto à capacidade de
absorção migratória. O Amazonas passou de área de rotatividade para baixa absorção migratória entre
2004 e 2009, período em que mais de 40% dos seus imigrantes eram oriundos do Pará. Esse estado
deixou de ser área de baixa atração e passou a ter baixa evasão populacional, tendo o Maranhão como
seu principal destino. O estado de Roraima, que em 2000 era oúnico que apresentava um indicador de
forte absorção migratória, passou a ter média absorção em 2004 e rotatividade migratória em 2009. O que
sinaliza uma tendência de redução no volume de pessoas e, possivelmente, dos fluxos migratórios que se
destinam a esse estado.
No Nordeste, os estados do Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba experimentaram um
arrefecimento em sua capacidade de absorver população. Áreas antes consideradas de rotatividade
migratória, como Piauí e Alagoas, se tornaram áreas de baixa e média evasão migratória, respectivamente;
e os estados do Rio Grande do Norte e Paraíba reduziram sua capacidade de absorver população. Bahia e
Maranhão continuaram como regiões expulsoras de população, embora com índice classificado como de
baixa evasão migratória. Sergipe, Pernambuco e Ceará foram classificados como áreas de rotatividade
migratória.
Os estados da região Sudeste caracterizam-se por serem regiões de rotatividade migratória, sendo que
o Espírito Santo passou a atrair população classificando-se como uma área de média absorção migratória
e o Rio de Janeiro, antes de baixa evasão, tornou-se área de rotatividade migratória, embora tendo
apresentado saldo negativo.
Na região Sul, o Paraná passou de um pequeno saldo negativo para positivo, porém não alterando sua
classificação quanto à capacidade de absorção migratória, que continuou como área de rotatividade,
sendo São Paulo e Santa Catarina as maiores contribuições de imigrantes para o Paraná. Santa Catarina
continuou com uma região de baixa absorção, com mais de 80% dos imigrantes oriundos de São Paulo,
Paraná e Rio Grande do Sul. Já esta Unidade da Federação passou de baixa evasão para rotatividade
migratória, tendo com Santa Catarina as trocas mais significativas.
No Centro-Oeste o que chamou mais atenção foi:
a mudança do Distrito Federal de área de baixa evasão populacional em 2004, época em que a população
se expandiu ocupando os municípios goianos localizados no entorno da capital, para área de rotatividade
migratória em 2009, com a redução desses deslocamentos;
o estado de Goiás caracterizou-se por receber grandes quantidades de migrantes de vários estados, além
do Distrito Federal, podem-se citar Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Maranhão, sendo
classificado como área de média absorção migratória.
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foram áreas consideradas de rotatividade migratória, tendo sido o
Mato Grosso no quinquênio 1999-2004 considerado de média absorção migratória.
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Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos 
deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 
População, meio ambiente e riscos ambientais
Para compreendermos como ocorre tal relação, iremos correlacionar o meio ambiente com as ações
que o homem exerce sobre a natureza, em um conteúdo que conhecemos como: SOCIEDADE X
NATUREZA.
Os seres humanos, desde tempos pré-históricos, atuam no sentido de transformar o meio natural em
que vivem. Inicialmente, todos os povos do mundo eram nômades, ou seja, deslocavam-se de um local
para outro, buscando por alimentos e por locais de moradia e sustento. Com o tempo, foram
desenvolvidas técnicas para cultivo de vegetais e frutos, além da adoção de procedimentos de
confinamento e criação de animais. Com isso, desenvolveram-se a agricultura e a pecuária, o que permitiu
que os grupos humanos pudessem fixar-se em determinados locais, formando as primeiras civilizações.
Com o passar dos séculos, essas sociedades desenvolveram técnicas cada vez mais avançadas para
garantir não só as necessidades de suas populações, mas também o seu poder e domínio sobre outras
áreas. Dessa forma, tais técnicas tornaram-se realmente complexas, mas sem deixarem de lado a premissa
mais básica desde o surgimento dos primeiros povoados: a necessidade de utilização e transformação da
natureza.
Por esse motivo, dizemos que o espaço geográfico – o campo das atividades humanas – é sempre
produzido e transformado pela sociedade. Assim, percebemos que existe um vínculo entre natureza e
ação humana, ou seja, entre o espaço natural e o espaço geográfico. Como exemplo dessa ação, temos as
matérias-primas extraídas do meio ambiente ou a remoção de matas e florestas para o cultivo de
alimentos ou matérias-primas empregadas na produção de mercadorias. A extração de minérios também
pode ser considerada um exemplo da forma como o ser humano transforma o ambiente em que vive.
Mas essa relação é sempre tranquila e
harmoniosa? Não. Muitas vezes os seres humanos
exploram além da conta a natureza, provocando
profundas alterações sobre o meio natural. Quando
áreas inteiras de florestas são devastadas ou
quando rios são profundamente poluídos, observa-
se o impacto da sociedade sobre a natureza.
A consequência de tal processo é vista por meio
de efeitos diversos, como os processos erosivos
que afetam áreas de rios, lagos ou até campos de
atividade agrícola, a perda de recursos hídricos ou
até eventuais alterações climáticas proporcionadas
pela perda de áreas naturais ou pela grande
emissão de gases tóxicos na atmosfera. Por
isso, registra-se também o impacto da natureza
sobre a sociedade.
No campo dessas ideias, vários movimentos sociais e grupos ativistas surgiram com o objetivo de
combater e diminuir os efeitos da ação das sociedades sobre o meio ambiente. Atualmente, em tempos
de capitalismo e globalização, tais efeitos são gradativamente mais intensos, o que proporciona
preocupações generalizadas com questões como o agravamento do efeito estufa, o aquecimento
global, a poluição e os problemas ambientais das cidades, entre outros tipos de impactos ambientais.
Portanto, mais do que simplesmente consumir a totalidade dos recursos naturais e agredir a
natureza de forma frenética, a humanidade precisa desenvolver técnicas sustentáveis de melhor
aproveitamento desses recursos. Falar em sustentabilidade é falar em garantir a preservação dos
recursos naturais para as próximas gerações, o que se tornou um grande desafio para todas as
sociedades do mundo contemporâneo.
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Transformações das relações de trabalho e economia informal 
Transformações das relações de trabalho 
As relações de trabalho são os vínculos que se estabelecem no âmbito do trabalho. De uma forma
geral, fazem referência às relações entre o trabalho/a mão-de-obra (que presta o trabalhador) e o capital
(pago pela entidade empregadora) no âmbito do processo de produção.
Nas sociedades modernas, as relações de trabalho são reguladas por meio de um contrato de trabalho,
que estipula os direitos e as obrigações de ambas as partes. Por exemplo, o contrato laboral prevê uma
cláusula de proteção no emprego, segundo a qual o trabalhador (ou assalariado) tem direito a auferir uma
indenização caso seja despedido sem causa justa.
O conceito de relações de trabalho surgiu na Alemanha nazista durante o movimento intitulado de
“Contratualismo Intervencionista”. Tal movimento ajudou na conquista do direito do profissional de
negociar com o seu empregador as condições de trabalho.
Com isso, os profissionais também podiam escolher para quem e quando ofereceriam os seus serviços.
Essa foi uma das primeiras e grandes conquistas para a consolidação das relações de trabalho.
Ainda, no que diz respeito as relações de trabalho, temos a questão de recorrência de atividade e do
quanto o profissional permanece na empresa. Aqui confunde-se ela com a relação de emprego.
Essa última diz respeito a um profissional que possui vínculo empregatício com uma empresa, por
exemplo, uma relação de emprego seria a relação entre um operador de máquinas e uma empresa de
construção, onde ele trabalharia 8 horas por dia durante 5 dias, por exemplo. Estando ele dependente do
seu empregador.
Já uma relação de trabalhoseria, por exemplo, um designer que trabalha para uma empresa fazendo
todo o conceito visual da empresa, porém por meio de um contrato e não possuindo um vínculo
empregatício com essa empresa.
Vale frisar que uma relação de trabalho pode tanto acontecer entre um profissional e uma empresa,
quando também entre duas empresas, por exemplo.
Mas ela também diz respeito a relação entre um profissional e uma pessoa comum, por exemplo:
quando alguém contrata um eletricista que trabalhe por conta própria para realizar um serviço em sua
residência. Ou seja, nesse caso, basta apenas existir a contratação de um serviço para que haja uma
relação de trabalho.
Economia informal
A economia informal envolve negócios que não são rastreáveis ​​e, portanto, não tributáveis. Podemos
também chamar isso de mercado informal. Negociações econômicas informais não fazem parte
do PIB oficial do país (Produto Interno Bruto).
Exemplos de economia informal:
• Vendedores ambulantes
• Feirantes
• Lavadores de carros
• Manicures
Economia informal envolve as atividades que estão à margem da formalidade, sem firma registrada,
sem emitir notas fiscais, sem empregados registrados e sem contribuir com impostos ao governo.
Globalmente, existem vários tipos de economia informal, que vão desde vendedores ambulantes,
advogados, manicures e professores, até mesmo a grandes mercados informais como a pirataria de obras
audiovideofónicas, tráfico de drogas, mercado da prostituição e da venda de armamentos ilegais.
Desta forma, pode definir-se economia informal como tudo que é produzido pelo setor primário,
secundário ou terciário sem conhecimento do governo
As principais causas da informalidade são: o excesso de burocracia estatal;
o elevado número de impostos cobrados pelos governos, em seus três níveis;
a legislação trabalhista, que trata as micros e pequenas empresas de forma
igual às médias e grandes; as restrições ao capital estrangeiro, que geram
um maior índice de desempregados; e os monopólios estatais e as reservas
de mercado, que causam desequilíbrios na livre concorrência e na lei da
oferta e da procura, restringindo o mercado forma
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Diversidade étnica e cultural da população 
Vamos compreender a temática observando a definição de cada uma das bases.
Diversidade étnica
Diversidade cultural
Diversidade étnica é a união de vários povos numa mesma sociedade. Etnia é
um grupo de indivíduos que possuem afinidades de origem, história, idioma
religião e cultura, independente do país em que se encontrem.
A diversidade cultural são os múltiplos elementos que representam
particularmente as diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a
religião, os costumes, a organização familiar, a política, entre outros, que
reúnem as características próprias de um grupo humano em um determinado
território.
Diversidade significa variedade, pluralidade, diferença. É um substantivo
feminino que caracteriza tudo que é diverso, que tem multiplicidade.
Diversidade é a reunião de tudo aquilo que apresenta múltiplos aspectos e
que se diferenciam entre si, ex.: diversidade cultural, diversidade biológica,
diversidade étnica, linguística, religiosa etc.
O Brasil é um país com grande diversidade étnica, sua população é
composta essencialmente por três principais grupos étnicos: o indígena, o
branco e o negro. Os indígenas constituem a população nativa do país, os
portugueses foram os povos colonizadores da nação e os negros africanos
foram trazidos para o trabalho escravo.
Esse contexto proporcionou a miscigenação dos habitantes do Brasil,
caracterizados como mulato (branco + negro); caboclo ou mameluco (branco
+ índio); cafuzo (índio + negro). Com o prosseguimento da miscigenação,
originaram-se os inúmeros tipos que hoje compõem a nossa população.
A composição étnica dos brasileiros é um conteúdo muito importante,
passível de uma atenção especial por parte do educador ao aplicá-lo em sala
de aula. Mostre aos alunos a diversidade étnica da população nacional e como
esse fator contribuiu para a nossa identidade cultural; demonstre aspectos
culturais presentes em nossas vidas, originários dos indígenas, portugueses,
africanos, além dos outros imigrantes europeus, árabes e asiáticos.
No objetivo de promover a reflexão dos estudantes, pergunte sobre a
origem étnica de seus familiares, demonstrando a ampla mistura étnica que há
em nossa nação. É sempre importante ressaltar que nos estados brasileiros não
há homogeneidade étnica, e sim, a predominância de vários grupos. A
distribuição dos principais grupos étnicos pelo território nacional é uma
consequência do povoamento das regiões do país.
A região Sul teve os europeus como principais povos ocupantes do
território; na Amazônia, predominam os descendentes indígenas; os afro-
descendentes são maioria no Nordeste brasileiro. No entanto, existe grande
diversidade mesmo entre essas regiões, pois além de ter ocorrido a
miscigenação nesses locais, há um grande fluxo migratório entre essas partes
do Brasil.
Após uma abordagem histórica da formação da população brasileira,
solicite aos alunos um trabalho em grupo (até 4 pessoas) contendo os
principais grupos étnicos do Brasil, sua distribuição no território nacional e
suas contribuições culturais e econômicas para a nação.
Proponha a construção de um painel composto por diferentes grupos
étnicos, e por fim, realize um debate em sala de aula entre os alunos,
destacando a heterogeneidade dos habitantes do Brasil e o processo histórico
que proporcionou essa grande miscigenação.
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Geografia das diferenças: questões de gênero, sexualidade e étnico-raciais
DOCUMENTO PÚBLICO – EM ANEXO
Espacialidades e identidades territoriais
DOCUMENTO PÚBLICO – EM ANEXO
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