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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIENCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA FISICA EXPERIMENTAL IV – 7027 DIFRAÇÃO E INTERFÊRENCIA ACADÊMICOS: RA: André Portela Castro 110045 Rayres Luis Mitsuki Kadooka 108167 Turma: Professor: Turma 01-Engenharia de Alimentos Igor Barbosa Catellani MARINGÁ/2019 1. INTRODUÇÃO A luz solar é composta por todas as cores do espectro visível, como pode ser observado em um arco íris, onde diferentes comprimentos de onda sofrem desvios diferentes ao atravessar as gotas, esse fenômeno é chamado de refração. Já as cores observadas em um filme, como uma bolha de sabão, ou uma mancha de óleo, são formadas por um fenômeno chamado interferência, o qual é capaz de reforçar ou suprimir determinados comprimentos de onda. A difração pode ser observada quando a luz passa por uma fenda, e ao emergir desta, sofre um espalhamento. No entanto, quando ocorre isto com uma luz monocromática, ou laser, é formado uma figura de interferência, ou difração, na qual observa-se um máximo central, o qual é largo e mais intenso, e vários máximos laterais, e entre esses máximos têm-se os mínimos. 2. OBJETIVOS ● Estudar a difração produzida por fenda simples; ● Estudar a difração produzida por fendas duplas; ● Distinguir interferência e difração, no espectro da intensidade da luz, relativa à experiência de Young; ● Determinar o comprimento de onda de luz do Laser. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 DIFRAÇÃO POR FENDA SIMPLES Considerando duas ondas eletromagnéticas, de fontes diferentes, mas com a mesma amplitude (E0) a mesma frequência angular (ω) percorrendo caminhos diferentes (r1 e r2) e se superpõem no mesmo ponto (P), conforme a Figura 1. As ondas representadas na Figura 1 são descritas pelas seguintes equações: (1) (2) Onde φ é a diferença de fase entre as ondas k = 2π/λ, ou seja, o número de ondas. Conforme o princípio da superposição de ondas, no ponto P ocorre a soma das duas ondas diferentes, desta forma, ao somar as Equações (1) e (2) obtém-se: - ) (3) Considerando que o ponto P está no infinito, ou seja, seu tamanho é muito maior que o da fenda, tem-se que r1 ≈ r2 ≈ r. Deste modo a Equação (3) torna-se: )cos( ( 4) Fazendo: (5) Que é a amplitude da onda resultante, têm-se: (6) Na Equação 5 nota-se que Eφ depende da diferença de fase entre as ondas, ou seja, de r1 e r2, com as equações 1 e 2, tem-se que: ) = 0 Em (7) observa-se que os mínimos ocorrem quando =π, desta forma: (8) Onde “a”, é a largura da fenda e θ é um valor muito pequeno, sendo assim, para determinar a distância entre dois mínimos de ordem m, têm-se a seguinte equação: (9) 3.2 INTERFERÊNCIA POR FENDA DUPLA A experiência de Young consiste em um feixe de luz que passa através de duas fendas, de largura “a”, separadas por uma distância d, conforme o apresentado na figura 2. Onde, a luz ao passar pelas fendas, formam duas frentes de ondas. A análise do resultado dessa superposição, no anteparo, é realizada separando-se os efeitos da interferência e da difração. A interferência é o efeito resultante da superposição das ondas com origem nas fendas duplas caracterizada pelo afastamento “d”entre as duas fendas. E a difração é o efeito resultante do fato de cada onda passar por uma fenda de largura “a”. Para localizar-se os mínimos de intensidade, deve-se atentar ao fato, de que um mínimo ocorre quando as ondas chegam no ponto P em oposição de fase, deste modo tem-se: (10) Sabendo que isto ocorre devido à uma diferença no caminho percorrido pelo feixe de luz: (11) Ou, ) (12) Analisando as equações (8) e (12), nota-se que a difração está relacionada com a largura a da fenda, enquanto a interferência está relacionada com a distância d entre as fendas. Da Figura 2, observa-se que: (13) Jogando (13) em (12): (14) Para a distância entre dois mínimos a Equação 14 torna-se: (15) 4. DADOS OBTIDOS 4.1 DADOS OBTIDOS PARA A DIFRAÇÃO POR FENDA SIMPLES Na Tabela 1 estão apresentados os dados obtidos experimentalmente para a difração de luz por fenda simples. Tabela 1: Valores obtidos experimentalmente para a difração por fenda simples. D (distância do anteparo a fenda) = (1,23 ± 0,05 ) m A1 = 0,16 mm A2 = 0,08 mm A3 = 0,04 mm A4 = 0,02 mm m Δym (m) λ (nm) m Δy (m) m Δy (m) m Δy (m) ±1 0,0012 640 ±1 0,0013 ±1 0,0034 ±1 0,0069 ±2 0,0023 613 ±2 0,0026 ±2 0,0063 ±2 - ±3 0,0033 587 ±3 0,0053 ±3 0,0096 ±3 - ±4 0,0043 573 ±4 0,0069 ±4 - ±4 - ±5 0,0054 576 ±5 0,0086 ±5 - ±5 - Na literatura o valor esperado para o comprimento de onda de um laser vermelho é de cerca de 650nm. 4.2 DADOS OBTIDOS PARA A DIFRAÇÃO DE UM FIO DE CABELO Na Tabela 2 estão apresentados os dados obtidos para a difração por um fio de cabelo. Isolando a variável a na Equação 9 e utilizando o valor médio de a, tem-se que o diâmetro do fio de cabelo é de 106 μm. Tabela 2: Valores obtidos experimentalmente para a difração de um fio de cabelo. FIO DE CABELO D (distância do anteparo ao fio de cabelo) = (1,62 ± 0,05 ) m m Δy1 (m) m Δy2 (m) m Δy3 (m) m Δy4 (m) m Δy5 (m) m Δy6 (m) m Δy7 (m) ±1 0,0004 ±2 0,0025 ±3 0,0049 ±4 0,0075 ±5 0,0099 ±6 0,0123 ±7 0,0149 4.3 DADOS OBTIDOS PARA A INTERFERÊNCIA POR FENDA DUPLA Na Tabela 3 estão apresentados os dados obtidos para a interferência provocada por fendas duplas, para diferentes valores de largura de fenda, bem como também para diferentes valores de distância entre as fendas. Tabela 3: Valores obtidos experimentalmente para a difração por fenda Dupla D (distância do anteparo a fenda) = ( 1,81 ± 0,05 ) m a = 0,08 mm a = 0,04mm L1 = 0,25 mm L2 = 0,50 mm L1 = 0,25 mm L2 = 0,50 mm Δx1 = 0,084m Δx2 =0,039 m Δx3 = 0,094m Δx4 = 0,022m N1 = 16 N2 = 15 N3= 18 N4 = 8 ΔS1 = 0,525m ΔS2 = 0,260m ΔS3 = 0,522m ΔS4 =0,275 m λ 1 = 725,1nm λ 2 = 718,2nm λ 3 = 720,9nm λ 4 = 759,9nm A partir dos dados dos comprimentos de onda presentes na Tabela 3 e fazendo uma média deles, encontrou-se λn com um valor de 731,025nm, o qual possui um desvio de 12%, o qual se deve ao fato de nele estarem somados todos os erros do experimento (tanto do operador quanto do equipamento). Considerando a equação (15), nota-se queao aumentar a distância entre as fendas, diminui-se o valor de ΔS, pois são inversamente proporcionais, na Tabela 3 percebe-se que ao dobrar a distância entre as fendas, o valor de ΔS diminui mais da metade. Já ao manter a distância entre as fendas constantes e variar a sua largura a variação que ocorre é quase desprezível, já que a equação (15) não considera a largura das fendas. Na Parte de difração por fenda simples a quantidade de máximos e mínimos é menor do que a observada na parte B, isto se deve ao fato de observar-se apenas o efeito da difração do feixe de luz ao passar por uma fenda, e na parte da interferência por fenda dupla observa-se o efeito da difração, quanto da interferência ao passar um feixe de luz por duas fendas, e deste modo aumentou a quantidade de máximos e mínimos. 5. CONCLUSÃO Por fim pode se afirmar que os experimentos realizados foram de caráter satisfatório, visto que, foram atingidos os objetivos de estudar a difração produzida por fendas simples e as interferências por fendas duplas, distinguir os efeitos de interferência e difração no espectro da intensidade da luz e determinar o comprimento da luz laser. E mesmo com os baixos erros experimentais a prática ainda mostrou grande qualidade e esses ainda puderam ser justificados. REFERÊNCIAS [1] A.S. Iramina, A.M. Neto, F.Sato, G.S.Dias, W.R.Weinand. “Atividades para fixação de aprendizados dos experimentos de física experimental IV”. 2017, Maringá. Pág 27-32. [2] Wilson R. Weinand, Ester A. Mateus, Irineu Hibler, “Circuitos Série Sob Tensão Alternada e Otica”.2011, Maringá Pág 61-68.
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