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Aula 06 – PROPRIEDADES MECÂNICAS Química Geral e Ciências dos Materiais Prof. Dr. William Viana Links úteis O material da disciplina será disponibilizado no google drive: http://bit.ly/professorwilliamunifacs 3 Bibliografia 4 Material de apoio http://cienciadosmateriais.org/ https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/materiais_2016.html 6 Propriedades Mecânicas OBS: Antes de realizar a prática no laboratório revisar essa aula e assistir o vídeo. https://www.youtube.com/watch?v=tkp-Vk2OW9E 6 7 PROPRIEDADES MECÂNICAS O QUE VAMOS APRENDER… • Tensão e deformação: O que são e porque são utilizados no lugar de carga e alongamento • Comportamento Elástico: Quando as cargas são pequenas quanta deformação ocorre? Quais materiais se deformam menos? Materiais Cerâmicos: O que os materiais cerâmicos têm de diferentes em termos de propriedades mecânicas dos metálicos? • Comportamento Plástico: Em que ponto as discordâncias causam deformação permanente? Quais materiais são mais resistentes às deformações permanentes? • Resistência e ductilidade: O que são e como medi-las 7 5 Os ensaios mecânicos dos materiais são procedimentos padronizados que compreendem testes, cálculos, gráficos e consultas a tabelas, tudo isso em conformidade com normas técnicas. Realizar um ensaio consiste em submeter um objeto já fabricado, ou um material que vai ser processado industrialmente, a situações que simulam os esforços que eles vão sofrer nas condições reais de uso, chegando a limites extremos de solicitação. A análise de tensões e deformações não tem valor nenhum se não se conhecer as propriedades mecânicas do material que a peça será construída; As propriedades mecânicas definem o comportamento de um material quando sujeito a esforços mecânicos. Análise de tensão vs. Propriedades Mecânicas Resistência a tração, compressão e cisalhamento Fadiga Módulo de elasticidade – medida de rigidez na região elástica Ductibilidade – grande deformação na zona de escoamento Fragilidade – pequena deformação na zona de escoamento Elasticidade – capacidade de deformar e voltar a forma original Resiliência – capacidade de suportar grandes cargas dentro da zona elástica Plasticidade – capacidade de deformar e manter a forma Tenacidade – capacidade do material absorver energia sem ruptura Dureza - resistência a penetração Massa especifica (Densidade) 6 Propriedades Mecânicas mais Comuns 10 Tensão em Engenharia Tração Compressão Cisalhamento Torção Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 10 INTRODUÇÃO Conceito de tensão e Deformação. Tensões: tração, compressão, cisalhamento e torção; Deformações: elásticas e plásticas. TENSÃO Grandeza que representa a relação da força interna no corpo deformável pela área em que atua; As tensões se desenvolvem entre as partículas de um corpo são consequências do esforços internos desenvolvidos; Esforços são elementos vetoriais (módulo, direção e sentido) a tensão também é vetorial : INTRODUÇÃO Conceito de tensão e Deformação. Tensão de engenharia: Deformação de engenharia: DEFORMAÇÃO Deformação é alteração da forma que sofre um corpo submetido a solicitações , devido ao movimentos das partículas que o constituem; Relação entre o alargamento (e comprimento (L) da peça; Tendência dos corpos de voltarem a forma original devido a força de atração entre as partículas. : 15 Elástico significa reversível Deformação Elástica 1. Início 2. Carga pequena 3. Descarga F d ligações “esticadas” volta ao estado inicial F d Linear Não linear 15 16 Plástico significa permanente! Deformação Plástica (metais) 1. Início 2. Carga grande 3. Descarga planos ainda deslocados F d elástica + plástica ligações esticam e planos deslizam d plástica F d linear elástico linear elástico d plástico 16 Limite de resistência à tração Limite de resistência de escoamento Módulo de Tenacidade Módulo de Ductilidade Módulo de Elasticidade e Resiliência Quais propriedades ???? DEFORMAÇÕES ELÁSTICA Módulo de Elasticidade (E) Principais características: Quanto maior o módulo, mais rígido será o material ou menor será a deformação elástica; O módulo do aço (≈ 200 GPa) é cerca de 3 vezes maior que o correspondente para as ligas de alumínio (≈ 70 GPa), ou seja, quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica resultante. O módulo de elasticidade corresponde a rigidez ou uma resistência do material à deformação elástica. O módulo de elasticidade está ligado diretamente com as forças das ligações interatômicas. 24 Cada átomo do cristal vibra em torno de uma posição de equilíbrio, característica do tipo de rede cristalina do metal, sendo seu núcleo atraído pelas eletrosferas dos átomos vizinhos e repelido pelos núcleos dos mesmos, como se estivessem em um poço de energia. Sob a ação de esforços externos, os átomos tendem a se deslocar de sua posição de equilíbrio. A deformação plástica envolve a quebra de um número limitado de ligações atômicas pelo movimento de discordâncias. VER MAIS SOBRE DISCORDÂNCIAS Depois de removidos os esforços, continua a existir um deslocamento diferenciado de uma parte do corpo em relação a outra, ou seja, o corpo não recupera sua forma original. VER DESLOCAMENTO EM LINHA. A deformação plástica é resultante do mecanismo de formação de defeitos cristalinos (discordâncias e maclas), permanecendo constante o parâmetro de rede. Logo, a deformação plástica ocorre com o volume constante. 21 Exemplo Solução: como o regime é elástico, a deformação depende da tensão de acordo com a Lei de Hooke. O alongamento, ∆l. está relacionado com o comprimento inicial, lo, de acordo com: Combinando essas duas expressões temos: Um pedaço de cobre, originalmente com 3,0 metros de comprimento é tracionado com uma tensão de 275 MPa. Se a sua deformação é inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? 21 22 Combinando essas duas expressões temos: O valor de E para o cobre é de 110 GPa, obtido de tabelas; podemos calcular: Exemplo 22 DEFORMAÇÕES ELÁSTICA COEFICIENTE DE POISSON Representa a relação entre as deformações lateral e longitudinal na faixa de elasticidade. EXEMPLO Uma carga de tração de 15,707kN é aplicada sobre um corpo de prova cilíndrico feito em aço, com diâmetro de 10mm, coeficiente de Poisson de 0,3 e E =207 GPa. A) Se o comprimento original do corpo de prova for de 50 mm, quanto ele irá aumentar em comprimento? E o diâmetro ? EXEMPLO Um corpo de prova cilíndrico de alumínio com diâmetro de 19 mm e comprimento de 20 mm é deformado elasticamente em tração com uma força de 48800N. Sabendo que o módulo de elasticidade é 69 GPa, e o coeficiente de Poisson é 0,33, determine: a) A quantidade segundo o qual este corpo irá se alongar na direção da tensão aplicada b) A variação do corpo de prova ( o diâmetro irá aumentar ou diminuir?). DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Para a maioria dos metais metálicos, o regime de deformação elástica persiste apenas até deformações de aproximadamente 0,5%; 27 • Ensaio de tração simples: A baixas temperaturas T < Tfusão/3 Deformação Plástica eP Deformação plástica Tensão s deformação e Inicialmente elástico Elástico+Plástico a grandes tensões Deformação permanente (plástica) após a remoção da carga 27 28 • Tensão alémda qual se percebe deformação plástica permanente Limite de escoamento, se tensão s deformação e s e quando ep = 0,002 e p = 0,002 28 DE UMA PERSPECTIVA ATÔMICA, A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA CORRESPONDE A QUE ?? COMO É O MECANISMO DA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS MATERIAIS CRISTALINOS ?? PROPRIEDADES EM TRAÇÃO ENSAIO DE TRAÇÃO AS TENSÕES SÃO UNIFORMES ATÉ UMA CARGA MÁXIMA ENSAIO DE TRAÇÃO VÍDEO E 37 Resistência à tração ou limite de resistência à tração • Máximo valor da tensão no ensaio de tração. strain deformação tensão LRT • Metais: ocorre quando começa a formação do pescoço • Cerâmicas: ocorre quando começa a propagação das trincas • Polímeros: ocorre quando o arcabouço está alinhado e prestes a quebrar 37 DUCTILIDADE Representa a medida do grau de deformação plástica que foi suportado até a fratura. Pequena deformação plástica ao romper: frágil Grande deformação plástica ao romper: dúctil Comprimento útil DUCTILIDADE POR QUE ESSA PROPRIEDADE É IMPORTANTE ??. INDICA O GRAU AO QUAL UMA ESTRUTURA IRÁ SE DEFORMAR PLASTICAMENTE ANTES DA FRATURA INDICA O GRAU DE DEFORMAÇÃO QUE É PERMITIDO DURANTE AS OPERAÇÕES DE FABRICAÇÃO 41 • Deformação plástica no momento da ruptura, % Al • Obs: %RA e %Al são frequentemente relacionados -- Razão: deslizamento de planos não altera o volume dos materiais. -- %RA > %Al ocorre se aparecem vazios internos no pescoço Ductilidade (frágil de %Al<5%) (dúctil se %Al>5% deformação, e tensão, s pequeno %Al grande Adaptado da Fig. 6.13, Callister 6ed. • Outra medida de ductilidade: 41 Nem sempre a tensão de ruptura é a tensão máxima que pode ser aplicada RESILIÊNCIA É a capacidade de uma material em absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. Unidade (J/m³) = Pa 46 Resiliência É a capacidade de um material absorver energia antes de entrar em deformação plástica Módulo de resiliência: Substituindo: Mostra-se que: Molas: materiais com alta limite de escoamento o baixo módulo de elasticidade: 46 TENACIDADE Representa uma medida da habilidade de um material em absorver energia e se deformar plasticamente antes de fraturar até a ruptura. Pode ser medida pela área sob a curva “tensão x deformação” até o ponto de ruptura. 49 • Energia necessária para fraturar um material Tenacidade tensão, s deformação, e baixa tenacidade (polímeros) baixa tenacidade (cerâmicas) alta tenacidade (metais) De uma forma geral é medida pela área sobre a curva t x d 49 50 Endurecimento (encruamento) • Aumento de se devido a uma deformação plástica endurecimento s s e 0 s e 1 e grande pequeno descarga re carga 50 EXEMPLO 150 0,0024 285 370 0,005 0,165 55 Dureza Resistência de um material a deformação localizada (ao risco, ao atrito) Origem: escala de Mohr, minerais, escolha arbitrária, risco Hoje: máquinas, padronização, força, indentador Ensaio mais utilizado: simples, rápido, sem corpo de prova especial, barato, não-destrutivo, permite estimativa de outras propriedades mecânicas 55 56 • Resistência à indentação permanente • Dureza elevada significa: -- resistência à deformação plástica ou a trincamento sob compressão -- boa resistência ao desgaste por atrito. Dureza e.g., esfera 10mm força conhecida (1 to 1000g) Medida da impressão (mossa) após remoção da carga d D indentação pequena significa alta dureza dureza aumentando latões ligas Al aços usináveis resist. limas ferram. corte aços nitretados diamante maioria plásticos Adaptado da Fig. 6.18, Callister 6ed. 56 57 Equipamento Padronização Brinell Vickers Knoop Rockwell Rockwell superficial 57 58 Escalas de dureza 58 59 Comparação entre as escalas de dureza 59 60 Relação dureza x limite de resistência à tração Por exemplo, para os aços: 60 61 • Tensão e deformação: medidas, independentes do tamanho, de carga e de deformação. • Comportamento elástico: comportamento reversível, que comumente mostra uma relação linear entre a tensão e a deformação; para minimizar deformação, usar material com elevado módulo de elasticidade (E ou G). • Comportamento plástico: comportamento que resulta em deformação permanente quanto a tensão uniaxial atinge sy. • Tenacidade: energia/volume necessária para quebrar um material. • Ductilidade: deformação plástica até ocorrência da fratura. Resumo • Dureza: resistência à indentação, relacionada ao limite de escoamento e à resistência ao desgaste pelo atrito. 61 OBRIGADO !! e s E = o o o l l l l li D = - = e E l l E l l E o o s e s = D \ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ D = × = E l l E l l E o o s e s = D \ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ D = × = 100 % x L L L Al o o f - = 100 % x A A A RA o f o - = L o L f A o A f e s × = E ò × = e d U r e e s 0 E E U e e e e r 2 2 1 2 1 s s e s = = = e s e e HB MPa LRT × = 45 , 3 ) (
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