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SOLOS Aula 1 - Introdução Definição O solo é definido como a coleção de corpos naturais ocorrendo na superfície da terra, contendo matéria viva e suportando ou sendo capaz de suportar plantas. Os fatores de formação do solo, simplesmente denominados de intemperismo, incluem também as forças físicas que resultam na desintegração das rochas, as reações químicas que alteram a composição das rochas e dos minerais, e as forças biológicas que resultam em uma intensificação das forças físicas e químicas. Definição Os fatores de formação do solo são: O material original, o clima, a atividade biológica dos organismos vivos, a topografia e o tempo. Material de original: Tem uma influência passiva nessa formação. O clima representado pela chuva e temperatura, influi principalmente na distribuição variada dos elementos solúveis e na velocidade das reações quiímicas. Definição Microorganismos no solo: decompor-lhe os restos vegetais. Topografia ou relevo: influi pelo movimento da água Tempo: a formação do solo depende do espaço de tempo de todos os fatores. Formação do solo Solo O solo, contudo, pode ser visto sobre diferentes óticas. Para um agrônomo, solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida vegetal. Para um engenheiro, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou material de construção . A composição do solo A proporção de cada um dos componentes do solo pode variar de um solo para outro. E podem variar sazonalmente com períodos de maior ou menor precipitação. Em termos médios podem ser encontrados na seguinte proporção: 45% de elementos minerais; 25% de ar; 25% de água; 5% de matéria orgânica. A composição do solo O solo é a camada mais superficial da crosta e é composto por sais minerais dissolvidos na água intersticial e seres vivos e rochas em decomposição Há muita variação de terreno a terreno dos elementos do solo, mas basicamente existem quatro camadas principais: A primeira camada é rica em húmus, detritos de origem orgânica. Essa camada é chamada de camada fértil. Ela é a melhor para o plantio, e é nessa camada que as plantas encontram alguns sais minerais e água para se desenvolver. A composição do solo A outra camada é a camada dos sais minerais. Ela é dividida em três partes: A primeira parte é a do calcário. Corresponde á 7 a 10% dessa camada. A segunda parte é a da argila. Corresponde a 20 a 30% dessa camada. A última parte é a da areia. Esta camada é muito permeável e existem espaços entre as partículas da areia, permitindo que entre ar e água com mais facilidade. Esta parte corresponde a 60 a 70% da camada. A composição do solo A terceira camada é a das rochas parcialmente decompostas. Depois de se decomporem totalmente, pela ação da erosão e agentes geológicos, essas rochas podem virar sedimentos. A quarta camada é a de rochas que estão inicialmente começando a se decompor. Essas rochas podem ser chamadas de rocha matriz. Horizonte e Perfil Uma características comum de todos os solos é o desenvolvimento em diferentes camadas aproximadamente horizontais denominadas horizontes. Um seção vertical do solo, expondo- as, é denominada perfil. Horizonte e Perfil Basicamente um perfil de solo apresenta os horizontes: O - O horizonte orgânico do solo e bastante escuro A - Horizonte superficial, com bastante interferência do clima e da biomassa. É o horizonte de maior mistura mineral com húmus. E - Horizonte eluvial, ou seja, de exportação de material, geralmente argilas e pequenos minerais. Por isso são geralmente mais claros que demais horizontes. Horizonte e Perfil B - Horizonte de maior concentração de argilas, minerais oriundos de horizontes superiores (e, às vezes, de solos adjacentes). É o solo com coloração mais forte, agregação e desenvolvimento. C - Porção de mistura de solo pouco denso com rochas pouco alteradas da rocha mãe. Equivale aproximadamente ao conceito de saprólito. R ou D - Rocha matriz não alterada. De difícil acesso em campo. Tipos de solo Solos arenosos São aqueles que tem a sua maioria dos grãos de tamanho entre 2mm e 0,075mm, formado principalmente por cristais de quartzo e oxido de ferro no caso de solos de regiões tropicais. Plantas e microorganismos vivem com mais dificuldade, devido à pouca umidade. Também possui argila e outros compostos em menor percentagem. Mas como tem boa aeração não retém água. Esse solo é permeável, Também é conhecido com neossolo. Os grãos de areia são maiores e tem mais espaço entre si facilitando a passagem da água. Tipos de solo Solos argilosos Não são tão arejados, mas armazenam mais água. São menos permeáveis, a água vai passando mais lentamente, ficando, então armazenada. Alguns solos brasileiros, mesmo tendo muita argila, apresentam grande permeabilidade. Formam pequenos grãos semelhantes ao pó-de-café, isso lhe dá um similar ao arenoso. Chamado de argilossolo. Os grão de argila são menores e bem próximos uns dos outros, dificultando a passagem da água. Tipos de solo Solos siltosos Com grande quantidade de silte, geralmente são muito erosíveis. O silte não se agrega como a argila e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves. Tipos de solo Solo humífero (agricultura) Esse solo apresenta uma quantidade maior de húmus em relação aos outros. É um solo geralmente fértil, ou seja, um solo onde os vegetais encontram melhores condições para se desenvolverem. Possui cerca de 10% de húmus em relação ao total de partículas sólidas. A presença de húmus dá uma coloração, em geral, escura, contribui para sua capacidade de reter água e sais minerais e aumenta sua porosidade e aeração. Os grãos são de tamanhos variados e diversificados; a passagem da água ocorre de acordo com o tipo de grão. Tipos de solo Solo calcário A quantidade de calcário nesse tipo de solo é maior que em outros solos. Desse tipo de solo é retirado um pó branco ou amarelado, que pode ser utilizado na fertilização dos solos destinados à agricultura e à pecuária. Esse solo também fornece a matéria-prima para a fabricação de cal e do cimento. Classificação Granulométrica FRAÇÃO DIÂMETRO (mm) Pedra Maior que 20 Cascalho Entre 20 e 2 Areia Entre 2 a 0.02 Silte Entre 0.02 e 0.002 Classificação Brasileira de Solos Os conceitos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA foram baseados não só no sistema de classificação de solos de BALDWING, KELLOG & THORP de 1938, modificado por THORP em 1949, como também no sistema de classificação da FAO. Em 1999, a EMBRAPA publicou a primeira edição, depois revisada e ampliada em 2006. Classificação Brasileira de Solos 14 opções Cor Química Classificação Brasileira de Solos Organossolo. Solo com horizonte hístico com espessuras de 40cm ou mais. Gleissolo. Solos com horizonte glei (subsuperficial acizentado, influenciado pela água) dentre os 50cm primeiros centímetros superficiais Plintossolo. Solo com horizonte plíntico ( plintita, ou laterita ). Planossolo. Solos com horizonte B plânico (B textural, com mudança abrupta), abaixo do horizonte eluvial e superficial Espodossolo. Horizonte B espódico, abaixo do horizonte eluvial e superficial. Latossolo. Solos com horizonte B muito intemperizados e com boa distribuição de argila em todo perfil. Classificação Brasileira de Solos Nitossolo. Solo com horizonte B nítico (com cerosidade) e argilas 1:1 Argissolo. Solo com horizonte B textural e argilas 1:1. Chernossolo. Solo com A chernozêmico (rico em matéria orgânica, teores de cálcio) de espessura mínima de 10 cm. Luvissolo. Solo com B textural rico em cátions básicos, com argilas 2:1 Cambissolo. Solos com B incipientes (pouco expressivo), sem A chernozêmico. Vertissolo. Horizonte vértico (com argilas 2:1 e rachaduras) Neossolo. Solos novos, sem horizonte B, e bastante influência da rocha matriz.
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