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2_Conj._Extra_2020_-_Prova_I_-_Resolucao_Comentada

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SIMULADO ENEM 2020 - VOLUME 2 - PROVA I
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
WHO multi-country survey reveals widespread public 
misunderstanding about antibiotic resistance
As World Health Organization (WHO) ramps up its fight 
against antibiotic resistance, a new multi-country survey 
shows people are confused about this major threat to public 
health and do not understand how to prevent it from growing.
Antibiotic resistance happens when bacteria change and 
become resistant to the antibiotics used to treat the infections 
they cause. Overuse and misuse of antibiotics increase the 
development of resistant bacteria, and this survey points 
out some of the practices, gaps in understanding and 
misconceptions which contribute to this phenomenon.
Almost two thirds (64%) of some 10,000 people who 
were surveyed across 12 countries say they know antibiotic 
resistance is an issue that could affect them and their families, 
but how it affects them and what they can do to address 
it are not well understood. For example, 64% of respondents 
believe antibiotics can be used to treat colds and flu, despite 
the fact that antibiotics have no impact on viruses. Close 
to one third (32%) of people surveyed believe they should 
stop taking antibiotics when they feel better, rather than 
completing the prescribed course of treatment.
Disponível em: <http://www.who.int>. 
Acesso em: 25 fev. 2016 (Adaptação).
A Organização Mundial da Saúde utiliza seu portal eletrônico 
para divulgar ações e informações úteis de saúde pública. 
Uma pesquisa divulgada pela Organização revelou que a 
resistência bacteriana é agravada pelo(a)
A. 	 ingestão de antibióticos próprios para o tratamento de 
gripe e resfriado.
B. 	 aumento dos casos de diagnósticos incorretos nos 
doze países pesquisados.
C. 	 aparecimento de um vírus cujas características se 
assemelham às de uma bactéria.
D. 	 desconfiança da comunidade médica nos 
medicamentos antibióticos existentes.
E. 	 desconhecimento da população acerca do uso racional 
de medicamentos.
Alternativa E 
Resolução: Segundo o texto, o que agrava o problema 
da resistência bacteriana é o uso exagerado e indevido 
dos antibióticos, associado a práticas incorretas e falta de 
conhecimento sobre o assunto, conforme indica este trecho 
do segundo parágrafo: “Overuse and misuse of antibiotics 
increase the development of resistant bacteria, and this survey 
points out some of the practices, gaps in understanding and 
misconceptions which contribute to this phenomenon”. Assim, 
está correta a alternativa E. A alternativa A está incorreta 
porque, segundo o texto, antibióticos são inúteis para tratar 
gripes e resfriados, portanto não há antibióticos próprios para 
tratar essas doenças. A pesquisa foi, de fato, realizada em 
KLJZ
12 países, conforme indica a alternativa B, mas não é dito 
que houve aumento no número de diagnósticos errados. 
Não há menção no texto ao surgimento de um novo vírus, 
nem é dito que a comunidade médica desconfia dos atuais 
antibióticos, invalidando, assim, as alternativas C e D.
QUESTÃO 02 
In both democracies and dictatorships, it is getting 
harder to speak up
Seeing something that the government claims is good 
and pointing out why it is bad is an essential function 
of journalism. Indeed, it is one of democracy’s most crucial 
safeguards. President Donald Trump, a right-wing politician, 
cannot censor the media in America, but his words contribute 
to a global climate of disdain for independent journalism. 
Authoritarians elsewhere often cite Mr. Trump, calling critical 
reporting “fake news” and critical journalists “enemies of the 
people”.
The notion that certain views should be silenced 
is popular on the left, too. In Britain and America students 
shout down speakers they consider racist or transphobic, 
and Twitter users demand the ban of anyone who violates 
an expanding list of taboos. Many western radicals argue 
that if they think something is offensive, no one should be 
allowed to say it.
Authoritarians elsewhere agree. What counts as 
offensive is subjective. Rwanda’s government interprets 
almost any criticism of itself as support for another genocide. 
In India proposed new rules would require digital platforms to 
block all unlawful content – a tough task given that it is illegal 
in India to promote disharmony “based on religion, race, place 
of birth, residence, language, caste or community”.
Disponível em: <https://www.economist.com/>. 
Acesso em: 15 ago. 2019. [Fragmento adaptado]
A liberdade de expressão é uma das questões centrais nos 
debates públicos atualmente. Ao abordar esse assunto no 
texto, o autor afirma que a censura à liberdade de opinião
A. 	 apresenta os índices mais alarmantes na Índia.
B. 	 precisa ser debatida com os jornalistas e a sociedade.
C. 	 é defendida por pessoas de posturas políticas diversas.
D. 	 dificulta o combate aos crimes de ódio nas redes 
sociais.
E. 	 causa a demissão de jornalistas que criticam os 
poderosos.
Alternativa C 
Resolução: No primeiro parágrafo do texto, é dito que o 
presidente Donald Trump, um representante da ala direita 
da política, é frequentemente citado por pessoas autoritárias 
em todo o mundo quando usa termos como “notícias falsas” 
e “inimigos do povo” para se referir ao jornalismo e aos 
jornalistas que criticam suas posturas e atitudes, na tentativa 
de silenciá-los. No segundo parágrafo, o autor afirma 
que a noção de que certos pontos de vista deveriam ser 
silenciados também é uma ideia que permeia a ala esquerda 
da política, mostrando que a censura à liberdade de opinião / 
expressão é algo defendido por pessoas que adotam 
posturas políticas tanto voltadas para a direita quanto para 
a esquerda. Logo, está correta a alternativa C.
PEW9
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Disponível em: <https://www.glasbergen.com/>. 
Acesso em: 06 nov. 2019.
A adolescência é uma fase de muitas mudanças que podem 
interferir na relação entre pais e filhos. No cartum, a crítica 
está no fato de os pais
A. 	 criarem expectativas contrárias aos sonhos do filho.
B. 	 tratarem o filho de maneira incompatível com a sua 
idade.
C. 	 envergonharem o filho com suas exigências 
despropositadas.
D. 	 confundirem o filho sobre a sua idade e 
responsabilidades.
E. 	 ignorarem os desejos do filho por estarem cada vez 
mais ausentes.
Alternativa B 
Resolução: Uma possível tradução para o texto do cartum 
é: “Minha mãe ainda me trata como se eu fosse um bebê e 
meu pai vive me dizendo para eu agir como homem. Sempre 
levo comigo uma cópia da minha certidão de nascimento, 
caso esqueça minha verdadeira idade.” Assim, é possível 
concluir que os pais tratam o filho adolescente de forma 
incompatível com sua idade, pois, ora o tratam como criança, 
subestimando suas capacidades, ora exigem demais dele, 
esperando que se comporte como se já fosse adulto. Logo, 
está correta a alternativa B.
QUESTÃO 04 
We need plastic reduction policies before it’s too late
Letters to the Editor 
November 3, 2019 at 8:32 p.m. GMT-3
Improving recycling infrastructure, as referenced in the 
Oct. 27 editorial “From sea to plastic sea,” unfortunately will 
not solve the oceanplastics problem.
Looking to recycling to address the plastics crisis is like 
trying to mop water from an overflowing bathtub while the faucet 
is still running. It’s wishful thinking. Only 9 percent of 
plastic waste ever generated has been recycled, and 
with plastic production rates projected to quadruple 
between 2014 and 2050, we’ll never effect large-scale 
change by relying on recycling, no matter how skilled 
we become at it. The first order of business must be to 
turn off the faucet. Instead, the industry plans to open 
it up even more.
Z7DW
RBJR
Consumers won’t be able to choose their way out of plastic 
until companies offer plastic-free choices. The plastic waste 
flooding our oceans will continue to increase until companies 
reduce the single-use plastic they are flooding into the market. 
We need strong policies that hold companies accountable for 
the crisis they’ve created by requiring that they reduce their 
production of this everlasting pollutant. We need more than 
wishful thinking. We need strong source reduction policies 
before it’s too late.
(Andrew Sharpless, Washington)
Disponível em: <https://www.washingtonpost.com>. Acesso em: 06 
nov. 2019.
De acordo com o autor do texto, melhorar a infraestrutura de 
reciclagem é insuficiente para combater a poluição causada 
por plásticos nos oceanos porque o(a)
A. 	 conhecimento técnico para produzir plástico sustentável 
ainda é limitado.
B. 	 indústria se recusa a arcar com o alto custo da produção 
de plástico reciclável.
C. 	 consumidor foge de sua responsabilidade em relação 
ao destino correto do plástico.
D. 	 plástico permanecerá no meio ambiente ainda por um 
longo tempo até se decompor.
E. 	 produção de plástico é muito maior do que a indústria 
da reciclagem consegue reciclar.
Alternativa E 
Resolução: De acordo com o texto, melhorar a infraestrutura 
de reciclagem é insuficiente para combater a poluição 
causada por plásticos nos oceanos porque a produção desse 
material tende a aumentar muito mais do que a indústria 
da reciclagem é capaz de processar. Até hoje, apenas 9% 
do plástico produzido foi reciclado. Como espera-se que 
a produção desse material quadruplique até 2050, contar 
apenas com a reciclagem não será o suficiente para resolver 
o problema da poluição nos oceanos: “Only 9 percent of 
plastic waste ever generated has been recycled, and with 
plastic production rates projected to quadruple between 2014 
and 2050, we’ll never effect large-scale change by relying 
on recycling, no matter how skilled we become at it”. Logo, 
está correta a alternativa E.
QUESTÃO 05 
Being depressed in the “world’s happiest country”
The small, northerly nation, with a population of just 5.5 
million people, has historically been stereotyped as having 
a melancholic mentality linked to its long, dark winters – it 
isn’t a place where you regularly see outpourings of joy or 
other positive emotions. Yet, like its Scandinavian neighbours, 
Finland satisfies many requirements that typically influence 
subjective well-being around the world.
But many experts argue that this image of Finland as a 
happy nation glosses over ongoing challenges when it comes 
to mental health – especially when it comes to young people. 
Some believe it may even be making it harder for Finns 
to recognise and acknowledge depressive symptoms and 
seek treatment.
JFPM
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Suicide rates in Finland are half what they were in the 
1990s and have reduced across all age groups – a shift which 
has been linked to a nationwide suicide prevention campaign 
when things were at their worst, alongside improved treatment 
for depression. But they remain well above the European 
average.
Meanwhile in a culture where privacy is valued, overt 
displays of emotions are rare and even small talk is typically kept 
to a minimum, acknowledging and discussing depression can 
remain a challenge for some Finns with the illness.
SAVAGE, M. Disponível em: <https://www.bbc.com/>. Acesso em: 03 
out. 2019. [Fragmento adaptado]
A relação entre os termos “mental health”, “acknowledge” 
e “challenge”, no texto, refere-se ao fato de os finlandeses 
demonstrarem
A. 	 recusa em aceitar o título de país mais feliz do mundo.
B. 	 despreparo para lidar com maiores índices de suicídio.
C. 	 hesitação em aprender com outras nações 
escandinavas.
D. 	 resistência em admitir que sofrem problemas de saúde 
mental.
E. 	 dificuldade para ampliar o tratamento de quadros 
depressivos.
Alternativa D 
Resolução: A relação dos termos “well-being”, “acknowledge” 
e “challenge”, no texto, refere-se à resistência dos finlandeses 
em admitir que sofrem problemas de saúde mental, conforme 
indica a alternativa D. “Well-being” significa “bem-estar”. 
“Acknowledge” significa “admitir, reconhecer” e, no texto, 
expressa a resistência dos finlandeses em reconhecer 
sintomas de depressão e buscar tratamento (“making it harder 
for Finns to recognise and acknowledge depressive symptoms 
and seek treatment” / “acknowledging and discussing 
depression can remain a challenge for some Finns with the 
illness”). Já “challenge” significa “desafio” e, no texto, refere-se 
ao desafio que é para os finlandeses enfrentar os problemas 
de saúde mental, especialmente a depressão (“ongoing 
challenges when it comes to mental health” / “discussing 
depression can remain a challenge for some Finns with 
the illness”).
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
QUINO. Toda Mafalda. Buenos Aires: Ediciones de la Flor, 2004.
A tirinha aborda um tema presente nas relações familiares, 
caracterizado, nos pais, pelo(a) 
A. 	 aflição, pois querem proporcionar uma educação de 
qualidade à filha. 
B. 	 preocupação, devido à adaptação da criança ao 
ambiente escolar.
C. 	 decepção, por perceberem que a filha não mais 
depende deles.
D. 	 receio, em função do primeiro dia de aula da menina. 
E. 	 sensação de velhice, relacionada ao crescimento da 
criança. 
Alternativa E 
Resolução: A alternativa E está correta, pois, no último 
quadro da tira, os pais de Mafalda enxergam-se como 
idosos pelo fato de a filha ir, pela primeira vez, à escola. 
A alternativa A está incorreta, pois a feição dos pais no último 
quadro não se relaciona com a qualidade da educação que 
querem proporcionar à filha, mas com o fato de perceberem 
que ela já vai à escola, o que implica que a menina cresceu e 
eles estão, consequentemente, envelhecendo. A alternativa B 
está incorreta, pois não há nenhuma menção relativa à 
adaptação da filha ao ambiente escolar na tirinha. As feições 
dos pais no último quadro relacionam-se a uma constatação 
de que o tempo de suas vidas está passando muito depressa. 
A alternativa C está incorreta, pois, embora a ida à escola 
represente uma surpresa para os pais, a independência 
da garota não os decepciona, mas apenas os faz sentir-se 
envelhecidos. A alternativa D está incorreta, pois na tirinha 
não se menciona nenhuma informação especificamente 
relacionada ao primeiro dia de aula da menina. Os aspectos 
físicos dos pais, no último quadrinho, indicam a sensação 
de passagem rápida de tempo (e de envelhecimento) que o 
fato de a filha ir à escola escancara.
T969
QUESTÃO 02 
Disponível em: <http://www.cdnqn.gov.ar/>. Acesso em: 25 out. 2019. 
A campanha realizada na cidade de Neuquén, na Patagônia 
Argentina, objetiva arrecadar
A. 	 luvas e cachecóis para acampamento no inverno. 
B. 	 móveis e utensílios para as equipes da campanha. 
C. 	 casacos e mantas para os cidadãos mais necessitados. 
D. 	 mantimentos para crianças e adultos vítimas do frio. 
E. 	 artigos de higiene e limpeza para moradores de rua da 
cidade.
Alternativa C 
Resolução: A alternativa C está correta, pois o cartaz divulga 
uma campanha que promove a arrecadaçãode roupas 
para necessitados em função do frio que atinge a região de 
Neuquén, Argentina, no inverno. O seguinte trecho presente 
no cartaz justifica tal afirmação: “Recibiremos donaciones 
de ropa de abrigo para niños y adultos, frazadas, mantas 
y acolchados para repartir junto a ONGs y Asociaciones 
Sociales de nuestra ciudad”. A alternativa A está incorreta, 
pois, embora luvas e cachecóis sejam peças de roupa 
utilizadas no inverno, a campanha não arrecada as doações 
para que se faça um acampamento. A alternativa B está 
incorreta, pois não se visa a arrecadação de móveis e 
utensílios. Além disso, as arrecadações não se destinam 
aos membros das equipes da campanha, mas às vítimas 
do frio. A alternativa D está incorreta, pois a campanha não 
objetiva arrecadar mantimentos para vítimas do frio em 
Neuquén. A alternativa E está incorreta, pois a campanha 
não objetiva arrecadar artigos de higiene e limpeza, mas 
vestuário e roupas de cama para as pessoas que sofrem 
com o frio na região.
LDC4
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Todavía nos quedan casi dos meses para sentarnos 
en nuestra butaca del cine y poder disfrutar de Star Wars 
episodio IX, El ascenso de Skywalker, la película que cerrará 
tanto la Trilogía de las Secuelas como la Saga Skywalker. 
Por su parte, los cómics de Star Wars están profundizando 
en diferentes tramas de los personajes principales de 
la Trilogía de las Secuelas, así como rellenando agujeros 
que fueron dejados en las películas como es el caso de 
la relación entre Leia y Rey o el entrenamiento de Kylo Ren 
bajo la tutela del Líder Supremo Snoke. De hecho, con Kylo 
nos vamos a quedar, ya que su serie de cómics de Star 
Wars: El ascenso de Kylo Ren nos mostrará al joven Ben 
Solo luchando codo con codo junto a Luke Skywalker contra 
los... ¡Caballeros de Ren!
CAZALLAS, J. Disponível em: <https://www.hobbyconsolas.com>. 
Acesso em: 25 out. 2019. [Fragmento]
No contexto do artigo, a expressão “codo con codo”, 
relacionada aos personagens Ben Solo e Luke Skywalker, 
caracteriza o(a)
A. 	 enfrentamento em uma batalha.
B. 	 parceria em um combate. 
C. 	 vivência familiar conturbada. 
D. 	 revelação de que são grandes inimigos. 
E. 	 mudança na narrativa decorrente de sua amizade. 
Alternativa B 
Resolução: A alternativa B está correta, pois essa expressão, 
em espanhol, tem o sentido de estar “lado a lado”, “junto”, 
“perto”, ou seja, os personagens lutarão do mesmo lado 
na batalha. As explicações nas demais alternativas não 
correspondem à expressão destacada do texto.
QUESTÃO 04 
Los tonos tendencia del verano 
Te contamos los tonos que más se usarán esta 
temporada para que tu maquillaje y uñas estén a la moda. 
Pasteles 
Tanto el rosa, el lila, como el celeste pastel son colores 
que marcan tendencia. Transmiten calma y serenidad, 
ideales para aquellas que buscan expresar su carácter 
tranquilo. Además, aportan un toque femenino y delicado 
a tus manos. 
Coral 
El coral es un color que dice: ¡Llegó el verano! Se trata 
de un tono vibrante y energético que, por un lado, llama la 
atención y, por otro, muestra lo arriesgada que podés ser. 
Por supuesto, existen variantes ya que algunos son más 
eléctricos, cercanos al naranja, y otros más suaves, con 
tonalidad más rosada. […] 
Azul marino 
El azul está relacionado al mar y por eso, es uno de los 
más elegidos durante el verano. Además, combina con todo 
y deja ver un lado sofisticado. Es ideal para llevarlo con las 
uñas cortas para darle un toque sobrio a tus manos. 
7VØ6
CSUY
Cítricos 
Sin duda los colores cítricos son tendencia. El verde, 
amarillo y naranja hacen que lleves la calidez en tus manos. 
Son tonos divertidos y llamativos para esos momentos más 
casuales y quedan perfectos en pieles bronceadas. […] 
Disponível em: <http://bellezaxunproposito.com.ar>. 
Acesso em: 11 mar. 2016. 
A cada estação, novas tendências de cores surgem no 
mundo da moda e influenciam roupas, calçados, bolsas, 
maquiagem e unhas. De acordo com o texto, 
A. 	 os tons de coral podem transmitir calma e serenidade. 
B. 	 o lilás é um tom vibrante e energético, que chama a 
atenção.
C. 	 o azul-marinho deve ser evitado no verão por ser uma 
cor bastante sóbria. 
D. 	 as cores pastel são recomendadas por serem bastante 
chamativas.
E. 	 os tons cítricos são chamativos e combinam com peles 
bronzeadas. 
Alternativa E 
Resolução: A alternativa correta é a E, pois, de acordo 
com o texto, as cores cítricas são divertidas, chamativas e 
ficam perfeitas em peles bronzeadas. A alternativa A está 
incorreta porque os tons de coral, diferentemente do que 
está registrado na alternativa, são vibrantes e energéticos. 
A alternativa B está incorreta porque o lilás transmite calma 
e serenidade. A alternativa C está incorreta porque o texto 
não menciona que o tom azul-marinho deve ser evitado, 
mas sim que é um dos tons mais escolhidos durante o verão, 
uma vez que está relacionado ao mar. A alternativa D está 
incorreta porque os tons pastel são considerados femininos 
e delicados.
QUESTÃO 05 
Piececitos
Piececitos de niño,
azulosos de frío,
¡cómo os ven y no os cubren,
Dios mío!
¡Piececitos heridos
por los guijarros todos,
ultrajados de nieves
y lodos!
El hombre ciego ignora
que por donde pasáis,
una flor de luz viva
dejáis; [...]
MISTRAL, G. Disponível em: <https://www.culturagenial.com/>. 
Acesso em: 23 out. 2019. [Fragmento]
O poema “Piececitos”, de Gabriela Mistral, trata de uma 
preocupação social contemporânea relativa
A. 	 às deficiências físicas dos adultos.
B. 	 à exploração da mão de obra infantil.
C. 	 à violência familiar nas grandes metrópoles.
D. 	 à problemática dos menores abandonados nas ruas. 
E. 	 à precariedade das moradias onde vivem as crianças. 
9TNP
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa D 
Resolução: A alternativa D está correta, pois, por meio 
da referência aos pezinhos das crianças, retoma-se, 
metonimicamente, o modo como são tratadas: com 
indiferença e desdém, como informam os trechos “Piececitos 
de niño, / azulosos de frío, / ¡cómo os ven y no os cubren, / 
Dios mío!” e “El hombre ciego ignora / que por donde pasáis”. 
A alternativa A está incorreta, pois o poema, apesar de usar 
o termo “ciego” na última estrofe, não o faz denotativamente, 
ou seja, não aborda as deficiências físicas dos adultos. 
O termo é usado de modo conotativo, visando abordar o 
comportamento dos adultos em relação às crianças que 
vivem nas ruas. A alternativa B está incorreta, pois não 
se aborda a questão do trabalho infantil nesse poema. 
A alternativa C está incorreta, pois, embora as condições em 
que vivem as crianças nas ruas possam ter sido originadas 
em um problema familiar anterior, não se aborda essa 
questão no poema. A alternativa E está incorreta, pois, 
apesar de abordar a questão da precariedade da vida de 
muitas crianças, não se mencionam especificamente as 
condições de suas moradias, apenas o fato de que elas são 
tratadas com desdém pelos adultos nas ruas.
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Uma rede social é definida como um conjunto de dois 
elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós 
da rede) e suas conexões (interações ou laços sociais). 
Uma rede, assim, é uma metáfora para observar os padrões 
de conexão de um grupo social, a partir das conexões 
estabelecidas entre os diversos atores. A abordagem da rede 
tem, assim, seu foco na estrutura social, onde não é possível 
isolar os atores sociais nem suas conexões. 
RECUERO, R. Redes sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. 
(Coleção Cibercultura).
Na abordagem proposta pela autora, as redes sociais são 
influenciadas pelo(a)
A. 	 busca por um comportamento singular no campo das 
relações humanas.
B. 	 aproximação entre sociedade e instituições 
relacionadas aos indivíduos. 
C. 	 emprego que os sujeitos dão aos meios decomunicação digitais. 
D. 	 comportamento dos atores e suas interações na 
sociedade.
E. 	 extensão de atores e conexões interpessoais à 
sociedade. 
Alternativa D
Resolução: O fragmento aponta que uma rede social é 
construída por atores e suas conexões sociais, dessa forma, 
essa rede tende a ser influenciada pelo comportamento dos 
participantes e suas interações. Assim, a alternativa D está 
correta. A alternativa A está incorreta, pois não há menção, 
no texto, a uma busca por singularidade. A alternativa B 
está incorreta, pois a abordagem não define a aproximação 
da sociedade com instituições como influência para as 
redes sociais. O texto aborda as redes sociais, porém sem 
delimitá-las unicamente aos meios de comunicação digitais, 
por isso a alternativa C está incorreta. A alternativa E está 
incorreta, pois os atores definidos no texto são os indivíduos, 
instituições, ou seja, participantes da sociedade, portanto 
não há como ocorrer uma extensão deles para algo do qual 
eles já fazem parte.
QUESTÃO 07 
TEXTO I
HUBERT. Folha de S.Paulo, 21 fev. 2018.
1XTJ
T1ZE
TEXTO II
Intervenção federal no Rio é aprovada 
e valerá até dezembro
Decreto de intervenção concede comando das 
forças de segurança e trava votações de PECs 
no Congresso Nacional.
GARCIA, A. R7, 20 fev. 2018. Disponível em: 
<https://noticias.r7.com/>. Acesso em: 07 nov. 2019.
A imagem do Cristo Redentor tal, como se vê na charge, foi 
motivada pelo(a)
A. 	 desejo dos cariocas de proteção militar.
B. 	 intervenção das Forças Armadas no Rio.
C. 	 exaltação dos cariocas às Forças Armadas.
D. 	 atitude de submissão dos cariocas ao Exército.
E. 	 comemoração da atuação do Exército no Rio.
Alternativa B
Resolução: Considerando o texto I e o que é solicitado na 
questão, verifica-se que o que motivou a elaboração da 
charge foi a intervenção das Forças Armadas no Rio de 
Janeiro, por isso a alternativa B está correta. As alternativas 
A e C estão incorretas, pois os textos não abordam opiniões 
da população da cidade, os cariocas. Portanto, não se 
pode afirmar que eles desejavam um reforço militar nem 
que exaltavam as Forças Armadas. O Cristo Redentor é 
um símbolo que representa o Rio de Janeiro, por isso um 
sentido possível para a charge seria o de submissão da 
cidade ao Exército, porém o que é solicitado é o que motivou 
a criação da imagem, e não a mensagem transmitida, o que 
faz com que a alternativa D seja incorreta. A alternativa E 
está incorreta, pois não se pode depreender que haja uma 
comemoração pela atuação do Exército.
QUESTÃO 08 
Segundo o especialista em marketing digital, Diego 
Brito, CEO da agência General Marketing: “O jogo mudou! 
Seja na política ou em nosso dia a dia, as redes sociais se 
tornaram a mídia de maior impacto e consequentemente 
a que possui uma maior eficiência para vender produtos, 
ideias e até mesmo presidentes da República. Não tem mais 
essa de que Facebook não funciona para a minha empresa. 
Se a sua empresa não está no Facebook, é ela que não está 
funcionando direito”. 
DINO. 62% da população brasileira está ativa nas redes sociais. 
Exame, 19 out. 2018. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/>. 
Acesso em: 24 set. 2019. [Fragmento]
No fragmento, a tese defendida pelo especialista citado é a 
de que as redes sociais
A. 	 reforçam o caráter socioeconômico e cultural inerente 
ao ambiente digital. 
B. 	 auxiliam na divulgação de produtos com objetivo de 
promover estilos de vida.
C. 	 subtraem valor cultural dos produtos e ideias 
anunciados pelo marketing digital. 
D. 	 impactam os sujeitos envolvidos na comunicação e no 
processo de compra e venda. 
3VG1
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
E. 	 influenciam a adoção de comportamentos mais 
conscientes na decisão de compra. 
Alternativa D
Resolução: O texto aponta que as redes sociais são, 
atualmente, responsáveis por grandes impactos na vida dos 
indivíduos, com grande capacidade de venda e influenciando 
até mesmo na escolha de presidentes. Por isso, a alternativa 
D está correta. A alternativa A está incorreta, pois não é 
inerente ao ambiente digital um caráter socioeconômico e 
cultural. A alternativa B está incorreta porque o texto não 
afirma que a divulgação de produtos tenha como objetivo 
promover determinados estilos de vida. A alternativa C está 
incorreta, visto que o especialista defende que as redes 
sociais não subtraem, mas agregam valor cultural aos 
produtos, o que se verifica em sua afirmação de que uma 
empresa que não está no Facebook não está funcionando 
direito. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois o que se 
pode entender pelo trecho em análise é que as redes sociais 
são um instrumento para aumento da oferta de consumo, 
ou seja, não há um intuito de influenciar comportamentos 
mais conscientes.
QUESTÃO 09 
O Velho Chico de águas corridas, antes navegáveis, 
completa 518 anos de descoberta nesta sexta-feira. É um 
senhor doente. 
Imponente, é um paciente grave. O excesso de terra 
e sedimentos diminuem o seu volume. Bancos de areia 
obstruem suas artérias e o tornam não mais navegável 
em vários trechos. O principal sintoma da morte de um 
rio é quando o mar invade as suas águas. Na foz, em 
Brejo Grande (SE), isso já ocorre. Lá, o São Francisco 
não tem mais força para entrar no Oceano Atlântico. O rio 
agoniza pela falta de cuidado dos homens. O diagnóstico: 
revitalização urgente. O remédio: desobstruir suas artérias. 
ALENCAR, O. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. 
Acesso em: 06 out. 2019. [Fragmento]
Para justificar seu ponto de vista, o autor usa a personificação 
como um recurso discursivo, por meio do qual 
A. 	 caracteriza o Rio São Francisco como um paciente 
doente, que precisa de cuidados imediatos.
B. 	 fornece informações de extrema importância sobre a 
recuperação do rio e de seus afluentes. 
C. 	 cita responsáveis pelo grave estado ambiental em que 
o Rio São Francisco se encontra.
D. 	 indica a importância do rio para as populações 
ribeirinhas e para o continente em geral.
E. 	 sugere alguns cuidados e ações que podem ser 
tomadas para evitar a morte do rio. 
Alternativa A
Resolução: A alternativa A está correta, pois a figura de 
linguagem da personificação é utilizada pelo autor para 
apresentar o Rio São Francisco como um paciente doente, que 
precisa de cuidados médicos. Termos como “senhor doente”, 
“paciente grave”, “desobstruir suas artérias” e “o rio agoniza” 
são usados para demonstrar o estado grave em que o rio se 
encontra, buscando sensibilizar o leitor para essa situação. 
PD44
As alternativas B e E estão incorretas porque o autor 
menciona que o rio precisa se recuperar, mas sem 
informações aprofundadas e sem especificar como isso 
pode ser feito. A alternativa C está incorreta, pois o autor não 
cita os responsáveis diretos pela situação em que o rio se 
encontra, apenas menciona que ele está morrendo pela falta 
de cuidados dos homens, fator que não está relacionado à 
estratégia de personificação. Já a alternativa D está incorreta 
porque, apesar de a importância do Rio São Francisco ser 
amplamente conhecida, não há citação sobre esse assunto 
no trecho em questão.
QUESTÃO 10 
MOGI GUAÇU. Prefeitura Municipal. Secretaria de Promoção Social.
Muitas campanhas publicitárias chamam a atenção da 
sociedade para problemas sociais. No caso do texto anterior, 
seu objetivo comunicativo é
A. 	 mobilizar a população para o combate a toda forma de 
violência infantil. 
B. 	 alertar os agressores sexuais de que seus atos são 
considerados crimes. 
C. 	 evidenciar que essa prática abusiva pode atingir 
crianças e adolescentes.
D. 	 instruir as vítimas de abuso sexual a buscarem ajuda 
por meio da denúncia.
E. 	 conscientizar as pessoas da necessidade de denúncia 
do abuso sexual infantil. 
Alternativa E
Resolução: A alternativa E está correta, pois a campanha 
publicitária aborda a questão do abuso sexual contra crianças 
e adolescentes, buscando promovera conscientização 
sobre essa problemática e incentivar a denúncia por meio 
dos canais de comunicação informados. A alternativa A 
está incorreta, pois a campanha visa à conscientização 
especificamente sobre o abuso sexual infantil, não abordando 
outras formas de violência contra crianças e adolescentes. 
A alternativa B está incorreta porque a campanha não é 
dirigida aos agressores, mas às pessoas que sabem da 
ocorrência dos abusos e podem atuar na denúncia, evitando 
serem cúmplices dessa prática. A alternativa C está incorreta, 
pois o fato de a prática abusiva poder atingir crianças e 
adolescentes é reforçado na campanha, mas não é seu 
objetivo principal, pois espera-se que as pessoas já tenham 
conhecimento dessa ocorrência e que, agora, denunciem. 
A alternativa D está incorreta, pois não é objetivo da 
campanha se dirigir às vítimas dos crimes, mas sim às 
pessoas que podem atuar na denúncia, o que é reforçado 
pelo imperativo negativo “Não seja cúmplice”, dirigindo-se 
ao interlocutor. 
4S4K
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 11 
Muitos especialistas acreditam que a galera consegue 
deixar o “internetês” só no mundo virtual. “Os jovens não 
confundem, não. Eles sabem que essa linguagem econômica 
só é adequada para os ambientes digitais”, diz a linguista 
Maria Irma Hadler Coudry, da Universidade Estadual de 
Campinas (Unicamp-SP).
“O que pode acontecer é surgir uma outra variedade, 
como o internetês, mas a língua culta e essas variedades 
vão continuar convivendo”, diz Maria Irma. 
Disponível em: <https://super.abril.com.br/>. Acesso em: 04 ago. 2019. 
[Fragmento]
Em relação ao chamado “internetês”, o texto defende que 
esse tipo de linguagem
A. 	 auxilia as comunicações virtuais.
B. 	 insere o indivíduo no meio digital.
C. 	 integra falantes jovens à sociedade. 
D. 	 valoriza outras variedades linguísticas. 
E. 	 atende a um contexto de comunicação. 
Alternativa E
Resolução: O texto aborda a questão do internetês e 
aponta que, diferentemente do temor que há na sociedade, 
os jovens não irão confundir os tipos de linguagem e seus 
usos, pois esses neologismos atendem ao contexto virtual 
de comunicação. Assim, a alternativa E está correta. 
A alternativa A está incorreta, pois o foco do texto não é 
em relação ao internetês auxiliar nas relações virtuais. 
A alternativa B está incorreta, pois a linguagem da Internet 
não insere o indivíduo no meio digital, pois ela é utilizada 
por aqueles que já estão ali inseridos. A alternativa C está 
incorreta porque esse tipo de linguagem não integra o jovem 
à sociedade, pois, como afirma o texto, o uso ocorre apenas 
no ambiente virtual. A alternativa D está incorreta, pois o 
fragmento em questão delimita-se a abordar a questão do 
uso do internetês, sem apresentar consequências que ele 
pode gerar, apontando apenas que essas variadas formas 
de linguagem continuarão a conviver.
QUESTÃO 12 
QUINO. Toda Mafalda. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010. 420 p.
Na organização gramatical da tirinha, o autor empregou um 
pronome demonstrativo, cujo uso no texto é justificado, de 
acordo com a norma-padrão, por 
A. 	 indicar que o objeto a que a personagem se refere está 
próximo a ela.
B. 	 evidenciar que a personagem se refere ao mundo real, 
o planeta Terra.
C. 	 funcionar como elemento coesivo que retoma um 
termo já exposto.
9LGT
JFXH
D. 	 inferir que há mais de um mundo, e aquele é apenas 
um modelo.
E. 	 sugerir que o mundo reduzido é belo, mas o original 
não.
Alternativa A
Resolução: Entre os usos possíveis do pronome 
demonstrativo “este” há o uso para indicar algo que está 
próximo de quem fala, assim, a alternativa A está correta, 
pois, nesse caso, ele é usado para indicar o objeto ao 
qual Mafalda se refere (o globo) e que está próximo a ela. 
A alternativa B está incorreta, pois a personagem não se 
refere ao mundo real, mas ao modelo reduzido, para o 
qual aponta com seu dedo indicador. A alternativa C está 
incorreta, pois, apesar de um dos usos do pronome “este” 
ser o de retomar algo dito anteriormente, considerando sua 
utilização logo na primeira fala, não se verifica a retomada 
de qualquer elemento anterior. A alternativa D está incorreta 
porque não é possível inferir, pela fala de Mafalda, que 
existe mais de um mundo, até mesmo porque ela não fala 
de “um dos mundos”, mas sim “este é o mundo”, indicando 
uma única existência. Por fim, a alternativa E está incorreta, 
pois a garota sugere sim, em sua fala, que apenas o modelo 
reduzido é carregado de beleza, enquanto o modelo original é 
um desastre. Contudo, considerando o solicitado na questão, 
relativo à norma-padrão, o pronome demonstrativo não é 
responsável por essa inferência de sentido. 
QUESTÃO 13 
Alegria, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir
O que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se irmanam
Ali onde teu doce voo se detém.
Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
Uma única em todo o mundo.
Mas aquele que falhou nisso
Que fique chorando sozinho!
Alegrias bebem todos os seres
No seio da Natureza [...]
SCHILLER, F. Ode à alegria (Ode an die Freude). 
Disponível em: <https://repositorioaberto.uab.pt/>. 
Acesso em: 08 nov. 2019. [Fragmento]
Nos versos de Friedrich von Schiller, famosos por serem 
parte da “Sinfonia n. 9” de Beethoven, a voz lírica exalta, 
como temática, 
A. 	 as fantasias do amor.
B. 	 as convenções sociais.
BJ4C
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
C. 	 a força da fé na figura divina.
D. 	 a comunhão com a natureza.
E. 	 a fraternidade entre os humanos.
Alternativa E
Resolução: Trata-se de um poema de tom elevado e solene, 
construído originalmente para ser elogioso. O fragmento 
analisado foi extraído da “Ode à alegria”, composição do 
autor Friedrich von Schiller. A voz lírica do fragmento aponta 
para a importância de cativarmos uns aos outros em busca 
da amizade que unificará a humanidade. Desse modo, 
a alternativa E está correta. A alternativa A está incorreta, pois 
o amor aparece no texto como uma das possibilidades para a 
união, tal qual a amizade. A alternativa B está incorreta, pois 
as convenções sociais são antagonizadas pelo eu lírico, visto 
que foram elas as responsáveis pela separação dos homens. 
A alternativa C está incorreta, pois, no poema, a alegria é 
elevada ao posto divino, não havendo menção à fé religiosa. 
Finalmente, a alternativa D está incorreta, pois a natureza é 
vista como a provedora de alegria para todos os seres, de 
modo a reforçar as semelhanças entre os indivíduos. 
QUESTÃO 14 
Faça uma coisa. Passe uma semana sem ouvir uma 
música, sem assistir uma novela, sem ir ao teatro, sem ler 
um livro, ver um filme, olhar para uma escultura, ou para 
um quadro. Fique um tempo sem dançar, sem recitar uma 
poesia e me diga o que resta da sua vida. Talvez assim você 
entenda qual é o valor da arte no seu dia a dia e o valor de 
um artista na formação da sociedade.
SANTA CRUZ, T. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/>. 
Acesso em: 11 nov. 2019. [Fragmento]
O texto propõe uma reflexão crítica que parte do ponto de 
vista de que a profissão do artista
A. 	 influencia o desejo de ascensão social nas pessoas.
B. 	 aproveita-se de benefícios proporcionados pela 
publicidade.
C. 	 provoca mudanças nos valores sociais do sujeito que 
a exerce.
D. 	 contribui para a sensibilização das pessoas a valores 
humanos. 
E. 	 resulta do apelo mercadológico por carreiras mais 
simples e fáceis.
Alternativa D
Resolução: O texto em questão aborda a arte e a 
importância dos artistas para a vida das pessoas, levando 
o leitor a uma reflexão sobre como as manifestações 
artísticas estão inseridas na rotina de todos os indivíduos. 
Dessa forma, a alternativa D está correta,pois é possível 
entender que o artista contribui para o bom proveito da 
vida. A alternativa A está incorreta, pois não há menção 
no texto sobre a busca por ascensão social. A alternativa 
B está incorreta, pois o autor não aborda a relação dos 
artistas e os benefícios advindos de sua vida pública. 
A alternativa C está incorreta porque o fragmento mostra 
a importância da arte e dos artistas, mas não aborda sua 
capacidade de gerar mudança de valores nos indivíduos. 
3NA6
A alternativa E está incorreta, pois não se verifica citação 
a questões mercadológicas que envolvem as profissões 
artísticas.
QUESTÃO 15 
Era uma vez dois pobres lenhadores, que voltavam 
para casa através de um grande pinheiral. Era inverno, 
e a noite estava extremamente fria. A neve jazia espessa no 
solo e sobre os galhos das árvores: a geada fazia estalar os 
tenros ramos por onde eles passavam; e quando chegaram 
à Cachoeira da Montanha, viram-na suspensa, imóvel no ar, 
pois o Rei Gelo a beijara.
O frio era tamanho que nem mesmo os animais e os 
pássaros sabiam como se arranjar. 
– Ufa! – rosnou o lobo, ao passar vacilante, pelo mato, 
com a cauda entre as pernas. – Este tempo é terrivelmente 
monstruoso. Por que o governo não toma alguma 
providência? 
– Piu, piu, piu! – pipilaram os pintarroxos verdes. – 
A velha terra está morta, e cobriram-na com sua mortalha 
branca. 
– A terra vai se casar, e este é o seu vestido de noiva – 
murmuraram as rolas entre si. Seus pezinhos cor-de-rosa 
estavam inteiramente gelados pela neve, mas elas achavam 
que deveriam dar à situação uma nota romântica. 
WILDE, O. O menino e a estrela. In: Contos e novelas de Oscar Wilde. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 143.
A expressão que abre o conto marca, na cultura eurocêntrica, 
o modo de construção temporal de muitos gêneros narrativos. 
No fragmento do autor irlandês Oscar Wilde, o tempo é 
apresentado como momento impreciso, vinculando-se 
a uma representação
A. 	 fantástica e transgressora dos contos populares.
B. 	 mágica e longínqua da paisagem e dos animais.
C. 	 objetiva e moralizante das relações pessoais.
D. 	 inverossímil e infantilizada da natureza.
E. 	 bem-humorada e irônica da vida rural.
Alternativa B
Resolução: A expressão “Era uma vez”, que abre o conto 
de Oscar Wilde, marca a imprecisão do tempo da narrativa, 
vinculando-se a uma representação mágica e longínqua da 
paisagem e das personagens. Corrobora essa ideia o trecho 
em que é informado que o Rei Gelo beijou a cachoeira, 
mencionando uma personagem de característica fantástica. 
Igualmente, o fato de os animais falarem também marca 
essa representação mágica do conto. Está correta, assim, 
a alternativa B. Improcede a alternativa A, pois, na narrativa, 
não há uma representação transgressora dos contos 
populares. Do mesmo modo, a alternativa C não procede, 
pois não se verifica no conto uma representação moralizante 
ou mesmo objetiva das relações pessoais. Ainda, no conto, 
não há uma representação inverossímil ou infantilizada da 
natureza, tampouco bem-humorada e irônica da vida rural, 
estando incorretas as alternativas D e E. 
HPG6
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 16 
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada, nada aconteceu
Apenas seguirei como encantado, ao lado teu
BUARQUE, Chico. Disponível em: <http://www.chicobuarque.com.br>. 
Acesso em: 23 ago. 2011.
Os textos artísticos podem fazer uso da licença poética, 
que consiste na permissão para extrapolar as normas da 
Gramática Normativa. No trecho da canção apresentada, 
há uso de licença poética em relação
A. 	 à repetição do termo “nada”.
B. 	 ao termo “onde”.
C. 	 ao pronome “teu” (2ª pessoa do singular).
D. 	 ao adjetivo “encantado”.
E. 	 a um dos advérbios “talvez” / “apenas”.
Alternativa B
Resolução: Considerando o solicitado na questão, 
analisando o poema pelas normas gramaticais, a alternativa 
B está correta, pois o pronome relativo “onde” deve ser 
empregado apenas quando o antecedente a que se refere 
indica lugar físico. No caso do texto, “onde” retoma “um 
tempo de delicadeza”, que sugere ideia de tempo. Portanto, 
segundo a norma-padrão, os relativos adequados seriam 
“em que” ou “quando”. A alternativa A está incorreta, pois a 
repetição do termo “nada” não configura como erro gramatical 
utilizado como licença poética, sendo, na verdade, uma figura 
de linguagem. A alternativa C está incorreta, pois não há 
desvio de norma da Gramática Normativa na utilização de 
“teu”, o qual, inclusive, está de acordo com a utilização de 
“te” no primeiro verso. Já a alternativa D está incorreta, pois 
“encantado” foi utilizado em seu sentido denotativo, ou seja, 
o eu lírico está mesmo encantado, enfeitiçado pela pessoa 
amada. A alternativa E está incorreta porque os advérbios 
foram usados de acordo com a Gramática Normativa, não 
ocorrendo licença poética.
QUESTÃO 17 
TEXTO I
Tinha vinte anos e pelo menos vinte escolhas diante 
de si, por isso sorriu ao divisar aquela jovem na sacada de 
um apartamento no prédio mais próximo. Ela vestia branco 
e tinha os cabelos soltos, como se fosse um milagre. Cabelos 
compridos, grossos e escuros, ondulados demais. Não podia 
ser diferente: era a Garota de branco. A Sinfonia em branco 
de Whistler. A poesia da visão. 
LISBOA, A. Sinfonia em branco. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2013. p. 42.
SWQA
EEEC
TEXTO II
WHISTLER, J. A. A garota branca. 
Óleo sobre tela, 215 × 108 cm. 1862. 
A referência ao quadro de Whistler no fragmento de Adriana 
Lisboa dialoga com a percepção artística do pintor, pois 
remete à produção de sentidos que ocorre pela
A. 	 religiosidade que permeia a arte.
B. 	 compreensão da intenção do artista.
C. 	 intertextualidade entre música e pintura.
D. 	 evocação de sentimentos a partir da forma.
E. 	 relação entre o elemento humano e arquitetônico.
Alternativa D
Resolução: Na obra de Adriana Lisboa, a garota de branco 
é como uma “poesia da visão” para o jovem que a admira, 
fazendo-o lembrar-se imediatamente da obra de Whistler. 
Conforme se pode observar no texto II, a “poesia da visão” 
conversa com os ideais estéticos de Whistler, para quem 
a arte deve apelar diretamente aos olhos, valorizando a 
forma. Logo, a alternativa D está correta. Na obra de Lisboa, 
a garota de branco aparece tal qual um milagre para a 
personagem, que não consegue acreditar em sua beleza. 
Esse milagre, no entanto, se relaciona à personificação de 
uma obra por ele conhecida, não fazendo menção à religião 
presente nas artes. Portanto, a alternativa A está incorreta. 
O ideal artístico de Whistler renega a necessidade de contextos 
para a obra de arte, dando espaço para seu efeito quando 
recebida por um público, logo a alternativa B está incorreta. 
A intertextualidade entre música e pintura está presente na 
obra de Whistler, mas não encontra eco na intertextualidade 
de Lisboa, cujo foco é a poesia advinda da forma. Desse 
modo, a alternativa C está incorreta. O selvagem e o 
urbano que aparecem nas obras de Whistler e Lisboa, 
respectivamente, estão opostos à pureza do branco. 
No entanto, a estética de Whistler se pauta no efeito da forma 
aos olhos de quem vê, estando a alternativa E, portanto, 
incorreta.
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 18 
TEXTO I
À primeira vista, o microconto pode ser compreendido como 
sinal dos novíssimos tempos: ele dialoga com novas formas 
de representação – imediatas, objetivas, fragmentárias – 
que favorecem a economia de tempo dos leitores, habituados 
à leitura diagonal, em lugar da orientação linear.
CHAUVIN, J. P. Reflexão sobre o microconto. Jornal da USP, 
27 jun. 2016. Disponível em: <https://jornal.usp.br/>. 
Acesso em: 08 nov. 2019. [Fragmento]
TEXTO II
Fui me confessar ao mar. O que ele disse? Nada.
TELLES, L. F. In: FREIRE, M. (Org.) Os Cem Menores Contos 
Brasileirosdo Século. 3. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008.
A partir da relação entre os textos I e II, em que um define 
o gênero textual a que pertence o outro, a passagem do 
tempo, na narrativa do microconto, 
A. 	 revela-se pelos agentes dos verbos. 
B. 	 está marcada pelos verbos no passado.
C. 	 evidencia-se pela quantidade de verbos.
D. 	 explicita-se pelo curso ordenado de frases. 
E. 	 está assinalada pela ambiguidade de “Nada”. 
Alternativa D
Resolução: Ao analisar o microconto de Lygia Fagundes 
Telles sob a definição desse gênero por Jean Paul 
Chauvin, observa-se que o tempo da narrativa, econômico, 
fragmentário, se evidencia pela ordenação sequencial 
das frases. Logo, a alternativa correta é D. A alternativa A 
está incorreta, pois os agentes dos verbos evidenciam as 
personagens do microconto. A alternativa B está incorreta, 
pois os verbos no passado marcam que o tempo da 
narrativa é diferente do tempo narrado, mas não explicitam 
a passagem do tempo dentro da própria narrativa. 
A alternativa C está incorreta, pois a quantidade de verbos, 
dois (ou três, devido à ambiguidade de “nada”), não explicita 
a passagem temporal cronológica dos fatos, mas, sim, 
evidenciam a economia típica do gênero. A alternativa E 
está incorreta, pois a ambiguidade da palavra “Nada” afeta 
a semântica construída pelo microconto – já que pode 
indicar o imperativo para a execução do verbo “nadar” ou 
o pronome indefinido –, não relacionando com a marcação 
da passagem de tempo. Essa ambiguidade evidencia o tom 
humorístico do texto.
QUESTÃO 19 
O coração delator
Sorri – pois o que tinha a temer? Dei as boas-vindas 
aos senhores. O grito, disse, fora meu, num sonho. O velho, 
mencionei, estava fora, no campo. Acompanhei minhas 
visitas por toda a casa. Incentivei-os a procurar – procurar 
bem. Levei-os, por fim, ao quarto dele. Mostrei-lhes seus 
tesouros, seguro, imperturbável. No entusiasmo de minha 
confiança, levei cadeiras para o quarto e convidei-os para 
ali descansarem de seus afazeres, enquanto eu mesmo, 
na louca audácia de um triunfo perfeito, instalei minha 
própria cadeira exatamente no ponto sob o qual repousava 
o cadáver da vítima.
POE, Edgar Allan. Disponível em: <http://oficinaideiaseideais.blogspot.
com.br/2008/09/discurso-direto-indireto-e-indireto.html>. 
Acesso em: 04 jun. 2013.
7IK7
ZMQ1
Em uma narrativa, o narrador incorpora no ato de narrar 
as vozes que compõem a história contada, encenando 
diálogos, reflexões e remissões a outros personagens. Para 
tanto, utiliza-se de procedimentos de representação que 
podem ser sintetizados em três: discurso direto, indireto ou 
indireto livre. 
No fragmento do conto de Edgar Allan Poe, nota-se o uso 
de discurso
A. 	 direto, uma vez que se utilizam travessões e falas 
explícitas das personagens que são interrogadas pelo 
narrador.
B. 	 indireto livre, pois ocorre a fusão tanto do discurso direto 
quanto do indireto, respectivamente comprovados pelo 
uso de travessões e elocução.
C. 	 indireto, já que não ocorre diálogo explícito e as cenas 
e atitudes das personagens são descritas pelo próprio 
narrador.
D. 	 indireto livre, pois se apresenta um fluxo de consciência 
do narrador, o qual se confunde com as falas de outras 
personagens.
E. 	 direto, porque, além do uso de travessões, o narrador 
expressa explicitamente seus sentimentos e atitudes 
com adjetivos e verbos de ação.
Alternativa C
Resolução: O fragmento em questão apresenta um narrador-
-personagem, que descreve as cenas e os diálogos, porém 
sem utilizar marcações explícitas das falas, sendo, portanto, 
um discurso indireto. Dessa forma, a alternativa C está 
correta. A alternativa A está incorreta, pois não há no trecho 
travessões e falas explícitas de personagens. O discurso 
indireto livre define-se pela fusão das falas e pensamentos 
das personagens à voz do narrador, não havendo marcas, 
como travessões. Assim, a alternativa B está incorreta, bem 
como a alternativa D, visto que o trecho não apresenta fluxo 
de consciência do narrador nem características desse tipo 
de discurso. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois no 
texto não ocorre a utilização de travessões, característica 
do discurso direto.
QUESTÃO 20 
Um instante, senhor
É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha e 
um rico entrar no reino dos céus do que cancelar a TV a cabo. 
Sei o que digo: perdi uma tarde no telefone até a atendente 
Carla aceitar o fim de nossa relação – não sem antes levar-me 
à beira da loucura com as infinitas artimanhas que deve ter 
aprendido em gincanas Tropa de Elite de Vendas e outras 
aberrações oriundas do fascinante mundo do RH.
A guerrilheira Carla nem perdia o rebolado. Pedia um 
instantinho, me deixava ouvindo aquela música new age de 
videogame e, cinco minutos depois, como se nada tivesse 
acontecido, oferecia-me o “Combo Deluxe” pelo preço do 
“Combo Master”, o “Combo Master” pelo preço do “Combo 
Comfort – mais a família Cineblix!, senhor Antonio, é um 
excelente negócio!”.
PRATA, A. Disponível em: <https://blogdoantonioprata.blogspot.com/>. 
Acesso em: 28 set. 2019. [Fragmento]
8G7P
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
No texto, ao modificar um provérbio, o cronista tem como 
objetivo
A. 	 comparar uma citação bíblica com a dificuldade de se 
cancelar a TV a cabo.
B. 	 defender a persistência de atendentes diante dos 
pedidos de cancelamento.
C. 	 hiperbolizar o comportamento de usuários no 
cancelamento da TV a cabo.
D. 	 hierarquizar as dificuldades de cancelar um dos 
combos de serviço.
E. 	 relativizar os obstáculos para se cancelar o serviço de 
TV a cabo.
Alternativa A
Resolução: A crônica em questão busca mostrar, com 
humor, uma situação vivida por muitas pessoas. Com a 
quebra da expectativa relacionada à citação bíblica que 
inicia o texto, o cronista buscou demonstrar a dificuldade 
que os usuários têm para cancelar a TV a cabo, afirmando 
ser mais difícil do que as situações presentes no provérbio. 
Assim, a alternativa A está correta. A alternativa B está 
incorreta, pois o texto critica a insistência dos atendentes, 
e não defende. A alternativa C está incorreta, pois não há uma 
hipérbole em relação ao comportamento dos usuários, mas, 
sim, em relação à situação. A alternativa D está incorreta, 
pois o objetivo não é hierarquizar, mas apenas apresentar as 
dificuldades para se conseguir o cancelamento. Além disso, 
esses problemas também não são relativizados, portanto 
a alternativa E está incorreta.
QUESTÃO 21 
Era uma rua comprida, com muros altos, amarelos. Seu 
coração batia de medo, ela procurava inutilmente reconhecer 
os arredores, enquanto a vida que descobrira continuava a 
pulsar e um vento mais morno e mais misterioso rodeava-lhe 
o rosto. Ficou parada olhando o muro. Enfim pôde localizar-se. 
Andando um pouco mais ao longo de uma sebe, atravessou 
os portões do Jardim Botânico.
Andava pesadamente pela alameda central, entre os 
coqueiros. Não havia ninguém no Jardim. Depositou os 
embrulhos na terra, sentou-se no banco de um atalho e ali 
ficou muito tempo.
A vastidão parecia acalmá-la, o silêncio regulava sua 
respiração. Ela adormecia dentro de si.
LISPECTOR, C. Amor. In: ______. Laços de Família. 
Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
No conto de Clarice Lispector, o espaço apresenta importante 
função, porque
A. 	 associa-se ao enredo narrado.
B. 	 favorece o discurso indireto livre. 
C. 	 reflete as emoções da personagem.
D. 	 evidencia as marcas do tempo narrativo.
E. 	 transparece análise geopolítica da obra. 
D9KZ
Alternativa C
Resolução: O espaço, no trecho de “Amor”, de Clarice 
Lispector, torna-se extremamente importante, pois reflete 
as emoções da personagem, por exemplo, assim como 
as paredes, amarelas, ela se acovarda; a inexistência de 
pessoas no Jardim Botânico, espaço carioca sempre tão 
cheio de pessoas, reflete a solidão sentida pela moça. Logo, 
a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois 
o enredoconstitui-se pelo espaço, não se associa a este. 
A alternativa B está incorreta, pois não há discurso indireto 
livre no trecho. A alternativa D está incorreta, pois o tempo 
da narrativa, como as emoções da personagem, se reflete no 
espaço – fica vazio e parado. A alternativa E está incorreta, 
pois o espaço não garante uma análise geopolítica, fora 
as referências relativas à personagem, deve-se considerar 
apenas sua apresentação enquanto localização.
QUESTÃO 22 
Disponível em: <http://www.towbar.com.br/>. Acesso em: 10 jun. 2019. 
Nesse cartaz, o uso da imagem do operador de trânsito com 
uma placa sinalizadora na mão, associado ao texto verbal, 
tem o objetivo de
A. 	 chamar a atenção do público-alvo por meio do símbolo 
para o conteúdo da campanha.
B. 	 simbolizar a mudança de comportamento do interlocutor 
após a campanha.
C. 	 reforçar a argumentação criada pela campanha para 
seus interlocutores.
D. 	 explicitar o assunto da campanha por meio de símbolos 
referentes.
E. 	 incentivar o público-alvo a consumir produtos 
específicos. 
Alternativa A
Resolução: A imagem utilizada na campanha, do agente 
com uma placa de sinalização, a qual tem o formato da 
placa de trânsito de parada obrigatória, busca chamar 
a atenção do público-alvo, que são os motoristas, para 
o tema abordado, que é a conscientização para evitar 
acidentes. Assim, a alternativa A está correta. A alternativa 
B está incorreta, pois a utilização da imagem não se 
relaciona a um comportamento que já mudou. A alternativa 
C está incorreta, pois o objetivo do uso da imagem não 
é reforçar a argumentação, mas chamar a atenção. 
U6P8
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa D está incorreta, pois os símbolos utilizados 
não explicitam o assunto, apesar de se relacionarem a 
ele. A alternativa E está incorreta, pois não há referência a 
consumo de produtos, visto se tratar de uma campanha de 
conscientização, e não de incentivo à compra.
QUESTÃO 23 
Não é a primeira vez que me surpreendo com a utilização 
da Primeira Página da Folha para um brutal destaque a 
algo não apropriado (foto da modelo que acusa Neymar de 
estupro, 8/6). Lamentável a excessiva exploração de fofocas 
dessa natureza. Por outro lado, parabenizo o jornal pelo 
projeto Dias Melhores, que merece, sim, destaque. Fatos 
positivos trazem inspiração e esperança ao povo. 
SIMÕES, A. C. Painel do Leitor. Disponível em: 
<https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 10 jun. 2019. 
Nesse texto, do tipo dissertativo-argumentativo, contido na 
seção Painel do Leitor, a presença da opinião sobre uma 
publicação jornalística se destaca pelo uso de
A. 	 caracterização do jornal onde foi publicado.
B. 	 vulgarização para referenciar os jornalistas.
C. 	 indicação da circunstância temporal de sua divulgação.
D. 	 conexão lógica entre a notícia e o ponto de vista do 
autor.
E. 	 retomada da notícia dada pela mídia onde está 
publicado.
Alternativa A
Resolução: O texto apresentado é a opinião de um leitor 
publicada no próprio jornal ao qual ele se direciona. Seu 
posicionamento é marcado pelas escolhas lexicais, que 
demonstram sua avaliação acerca dos assuntos e do jornal, 
como “brutal”, “não apropriado”, “Lamentável”. Dessa forma, 
a alternativa A está correta. A alternativa B está incorreta, 
pois não há presença de palavras inapropriadas que se 
refiram aos jornalistas. A alternativa C está incorreta, pois 
a indicação do tempo da publicação não é o que garante 
a presença de opinião. A alternativa D está incorreta, pois 
a existência de uma conexão lógica não indica que há um 
posicionamento. Por fim, a alternativa E está incorreta porque 
o fato de retomar a notícia garante entendimento sobre a 
que o leitor se refere, porém não é o que marca a presença 
de sua opinião.
QUESTÃO 24 
PACO – Você arranhou meu sapato. (Molha o dedo na 
boca e passa no sapato.) Meu pisante é legal pra chuchu. 
(Examina o sapato.) Você não acha bacana?
TONHO – Onde você roubou?
PACO – Roubou o quê?
TONHO – O sapato.
PACO – Não roubei.
TONHO – Não mente.
PACO – Não sou ladrão.
TONHO – Você não me engana.
MAW3
EE2Y
TONHO – Onde conseguiu, então?
PACO – Trabalhando.
TONHO – Pensa que sou trouxa?
PACO – Parece. (Ri.)
TONHO – Idiota. (Paco ri.)
TONHO – Nós dois trabalhamos no mesmo serviço. 
Vivemos de biscate no mercado. Eu sou muito mais esperto 
e trabalho muito mais do que você. E nunca consegui mais 
do que o suficiente pra comer mal e dormir nesta espelunca. 
Como então você conseguiu comprar esse sapato?
PACO – Eu não comprei.
TONHO – Então roubou.
PACO – Ganhei.
MARCOS, P. Dois perdidos numa noite suja. 
Disponível em: <https://www.ufsj.edu.br/>. 
Acesso em: 28 set. 2019. [Fragmento]
A peça de Plínio Marcos, escrita em 1966, traz uma forte 
crítica à sociedade e às ideias vigentes na época. No excerto, 
essas características se evidenciam por meio do(a)
A. 	 preconceito de Tonho, ao acusar Paco de furto.
B. 	 fascínio dos amigos, ao contemplarem o tênis de luxo.
C. 	 desesperança de Tonho, ao relatar a rotina de sua vida.
D. 	 agressividade de Paco, ao contestar Tonho pelo 
ataque.
E. 	 rivalidade entre as personagens, ao disputarem o 
objeto de consumo.
Alternativa A
Resolução: O excerto do texto dramático traz uma discussão 
de duas personagens em torno da forma como uma delas 
(Paco) conseguira seu par de tênis. Entende-se pelo trecho 
que as duas personagens pertencem ao setor mais pobre 
da sociedade. A partir da acusação de Tonho de que Paco 
teria roubado o sapato, o que se revela é uma crítica ao 
preconceito de classe daquela época, mas que ainda perdura 
atualmente, que pode ser traduzido pela ideia defendida 
por Tonho: sendo o amigo pobre como ele, a única forma 
de ele ter tido acesso é pelo furto. Por isso, a alternativa A 
está correta. A alternativa B está incorreta, pois não há no 
texto referência a um fascínio pelo sapato por parte das 
personagens. A alternativa C está incorreta, pois o relato 
de Tonho sobre sua vida não reforça a crítica do texto aos 
valores da sociedade. A alternativa D está incorreta, pois 
não se pode afirmar que há agressividade na fala de Paco. 
A alternativa E está incorreta porque as personagens não 
disputam o objeto, apenas discutem sobre sua procedência.
QUESTÃO 25 
No país das masmorras
Chegamos ao núcleo da questão. No estado atual das 
prisões brasileiras, é tão bárbaro prender quem tem 16 anos 
quanto quem tem 18 ou mais. Todos sabemos disso. O país 
não tem moral para exigir respeito à lei, quando não tem 
moral para dizer: isto é uma prisão, você perderá a liberdade 
e aprenderá um ofício; trate de se recuperar.
ØA9U
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Quem pede leis mais rigorosas, simplesmente usa um 
eufemismo: queria que todo criminoso fosse fuzilado. 
COELHO, Marcelo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
colunas/marcelocoelho/1263968-no-pais-das-masmorras.shtml>. 
Acesso em: 04 jun. 2013.
No fragmento anterior, a referência a uma conhecida figura 
de linguagem cria o efeito de sentido de 
A. 	 atenuação da crítica àqueles que defendem penas 
mais rigorosas no país.
B. 	 minimização do impacto de um possível 
recrudescimento da lei.
C. 	 relativização dos problemas existentes nas prisões 
brasileiras.
D. 	 evidência do radicalismo de medidas que visam a 
endurecer as leis.
E. 	 estabelecimento de uma oposição entre presídios e 
campos de fuzilamento.
Alternativa D
Resolução: A figura de linguagem citada é o eufemismo, que 
se caracteriza pela busca por minimizar ou suavizar algo. 
O autor afirma que as pessoas utilizam essa figura para não 
dizer aquilo que realmente gostariam, mostrando, assim, que 
a busca por leis mais rígidas é uma medida radical. Portanto, 
a alternativa D está correta. A alternativa A está incorreta, pois 
não há atenuação das críticas, na verdade, o autor indica que 
o eufemismo ocorre na fala das pessoas. A alternativaB está 
incorreta, pois o texto não aborda os impactos que as leis 
mais duras poderiam causar. A alternativa C está incorreta 
porque o que se pode entender no texto é que os problemas 
das prisões são grandes, não havendo relativização sobre 
esse assunto. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois 
o autor não busca diferenciar os presídios dos campos de 
fuzilamento. Ele cita o “fuzilar” para afirmar que esse é o 
real desejo dos indivíduos que pedem leis mais rigorosas.
QUESTÃO 26 
A seta e o alvo
Eu falo de amor à vida, você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso, você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto e você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta... É a seta no alvo, mas o alvo na certa não te 
espera. 
Eu olho pro infinito e você de óculos escuros.
Eu digo te amo e você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era.
Eu grito por liberdade, você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade e você se preocupa em não se 
machucar.
Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro e você se satisfaz com metade.
ZI3B
Sempre a meta de uma seta no alvo, mas o alvo na certa 
não te espera.
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada.
Quando se parte rumo ao nada.
MOSKA, Paulinho. A seta e o alvo. Disponível em: <http://letras.mus.
br/zeca-baleiro/1244924/>. Acesso em: 04 jun. 2013.
Na construção da canção anterior, o compositor optou 
por criar, ao longo da composição, oposições implícitas e 
explícitas.
O verso transcrito a seguir que pode ser apontado como 
exemplo de oposição implícita é:
A. 	 “Eu falo de amor à vida, você de medo da morte.”
B. 	 “Eu ando num labirinto e você numa estrada em linha 
reta.”
C. 	 “Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na 
terra.”
D. 	 “Eu quero saber a verdade e você se preocupa em não 
se machucar.”
E. 	 “Eu me ofereço inteiro e você se satisfaz com metade.”
Alternativa D
Resolução: Considerando o solicitado no enunciado, 
verifica-se que em “Eu quero saber a verdade e você se 
preocupa em não se machucar” a oposição está subjetiva, 
pois pode-se entender que, ao não querer se machucar, 
a pessoa a quem se dirige a canção prefere mentiras que 
lhe garantem segurança. Assim, a alternativa D está correta. 
Analisando as proposições das demais alternativas, todas 
apresentam uma oposição explícita: em A, “vida” se opõe a 
“morte”; em B, “labirinto” se opõe a “estrada em linha reta”; 
em C, “espaço” é oposto de “terra”; e em E, “inteiro” é oposto 
de “metade”. Dessa forma, todas essas estão incorretas. 
QUESTÃO 27 
VERISSIMO, L. F. As cobras em: se Deus existe que eu seja atingido 
por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997.
O humor da tira decorre da reação de uma das cobras ao 
uso de pronome pessoal reto. A falha na comunicação entre 
as personagens acontece devido à falta de
A. 	 atenção ao processo comunicativo por parte dos 
interlocutores.
B. 	 compreensão de “nós” para referir-se a emissor e 
receptor. 
C. 	 entendimento sobre “vocês” na situação comunicativa. 
D. 	 interpretação do tom interrogativo do emissor. 
E. 	 conhecimento acerca do uso de pronomes.
RM96
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa B
Resolução: O humor da tirinha de Luis Fernando Verissimo 
reside no questionamento, por uma das cobras à outra, que 
não compreendeu a utilização do pronome “nós”, primeira 
pessoa do plural, para referir-se a ambas, uma vez que 
apenas elas estavam presentes na cena. Logo, está correta 
a alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois não é 
a falta de atenção que faz com que o pronome “nós” não 
tenha correspondência com as duas personagens, mas a 
ironia da interlocutora, o que leva à quebra de expectativa. 
A alternativa C está incorreta, pois “vocês” é usado para 
questionar quem seriam os sujeitos do discurso “nós”, 
sendo o efeito da quebra de expectativa. A alternativa D está 
incorreta, pois o tom interrogativo foi compreendido – tanto 
que houve uma pergunta como resposta, na qual reside a 
quebra de expectativa. A alternativa E está incorreta, pois 
os pronomes são usados de forma adequada, no entanto, 
o ruído sobre a quem ele se refere é que gera o humor. 
QUESTÃO 28 
BAHIA. Governo do Estado.
Essa campanha busca conscientizar a sociedade sobre 
a gravidade de atos racistas. Para tal, emprega como 
estratégia visual a
A. 	 emissão do projétil em vez de palavras.
B. 	 fonte maiúscula em letra manuscrita.
C. 	 expressão brava do indivíduo.
D. 	 tonalidade escura da imagem.
E. 	 mão com o punho cerrado.
Alternativa A
Resolução: O enunciado pede que seja apontada a 
estratégia utilizada para demonstrar a gravidade do racismo, 
o que é feito ao se utilizar o projétil saindo da boca do homem, 
mostrando, dessa forma, que, assim como uma bala pode 
causar ferimentos e até matar, as atitudes racistas também 
são perigosas. Logo, a alternativa A está correta. A alternativa 
B está incorreta, pois a fonte maiúscula busca chamar a 
atenção, mas não é o que se relaciona às ações racistas. 
A alternativa C está incorreta, pois apenas a expressão brava 
do indivíduo não se relaciona ao texto verbal, que afirma que o 
racismo mata. A alternativa D está incorreta, pois o tom escuro 
da campanha não faz referência à gravidade do racismo. 
KQF1
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois o homem com 
o punho cerrado na imagem é Nelson Mandela, que foi um 
importante representante na busca dos negros por direitos.
QUESTÃO 29 
A moça tecelã
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol 
chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se 
ao tear.
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da 
luz, que ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá 
fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora 
a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as 
pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios 
cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra 
trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em 
pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha 
cumprimentá-la à janela.
COLASANTI, M. In: GODOY, J. (Org.) Contos brasileiros 
contemporâneos. São Paulo: Moderna, 1991 (Adaptação).
O conto se refere reiteradamente à “moça tecelã”. 
No entanto, para evitar a repetição excessiva dessa 
expressão, utiliza-se, como estratégia coesiva, 
A. 	 os encadeamentos sequenciais entre os fatos narrados.
B. 	 as expressões circunstanciais de tempo e lugar.
C. 	 as conjunções indicativas de adição e condição.
D. 	 as omissões dos agentes das ações verbais. 
E. 	 os sinônimos referentes a essa locução.
Alternativa D
Resolução: O enunciado solicita a identificação do recurso 
utilizado no texto para evitar repetições, que se faz necessário 
ao conto por se referir muitas vezes ao mesmo termo 
(moça tecelã). Assim, verifica-se que há a omissão dos 
agentes verbais, ficando a referência ao sujeito implícita na 
conjugação dos verbos. Por isso, a alternativa correta é a D. 
A alternativa A está incorreta, pois o encadeamento dos fatos 
garante a coesão do texto, porém não é o recurso que evita a 
repetição. A alternativa B está incorreta, pois as expressões 
de tempo e lugar garantem a marcação de tempo e espaço da 
narrativa, mas não é o que substitui o uso de “moça tecelã”. 
A alternativa C está incorreta, pois as conjunções são o que 
garantem a progressão textual e a linearidade da narrativa, 
porém não é o recurso utilizado para evitar o uso excessivo da 
expressão em questão. Já a alternativa E está incorreta porque 
são poucas as ocorrências de sinônimos (apenas duas), o que 
demonstra que não foi esse recurso o escolhido pela autora.
TKWO
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINOQUESTÃO 30 
TEXTO I
Disponível em: <https://www.inca.gov.br/>. Acesso em: 03 out. 2019.
TEXTO II
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 
150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada 
(cerca de 20 minutos por dia) ou, pelo menos, 75 minutos 
de atividade física de maior intensidade por semana (cerca 
de 10 minutos por dia). 
Para se ter uma ideia, a Pesquisa Nacional de Saúde 
(PNS) mostrou que um a cada dois adultos não pratica 
o nível de atividade física recomendado pela OMS. 
Disponível em: <http://www.saude.gov.br/>. Acesso em: 03 out. 2019. 
[Fragmento]
Os textos I e II propõem uma reflexão sobre a importância 
da atividade física, apresentando uma abordagem 
A. 	 etária, mostrando como a idade influencia na prática 
de exercícios.
B. 	 funcional, constatando doenças curadas pela ação de 
exercícios. 
C. 	 estética, evidenciando o corpo magro como finalidade 
dos exercícios.
D. 	 capitalista, indicando a ausência de tempo como causa 
da falta de exercícios. 
E. 	 médica, apontando práticas físicas e suas 
consequências positivas.
Alternativa E
Resolução: Os dois textos da questão apresentam dados e 
informações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial 
da Saúde, demonstrando ser baseados em recomendações 
médicas. Assim, a alternativa E está correta. A alternativa 
A está incorreta, pois não há, nos textos, direcionamento 
que relacione a idade à prática de atividades físicas. 
LO3J Já a alternativa B está incorreta, pois não são apresentados 
casos em que doenças foram curadas. Os dados abordam 
como o exercício físico pode prevenir alguns males. 
A alternativa C está incorreta porque o emagrecimento 
estético não é um ponto apresentado no texto. Por fim, 
a alternativa D está incorreta, pois os textos também não 
abordam o capitalismo e sua consequência na disponibilidade 
de tempo das pessoas para se exercitarem.
QUESTÃO 31 
Sinha Vitória provava o caldo na quenga de coco. 
E Fabiano se aperreava por causa dela, dos filhos e da 
cachorra Baleia, que era como uma pessoa da família, sabida 
como gente. Naquela viagem arrastada, em tempo de seca 
braba, quando estavam todos morrendo de fome, a cadelinha 
tinha trazido para eles um preá. Ia envelhecendo, coitada. 
O galo batia as asas, os bichos bodejavam no chiqueiro, 
os chocalhos das vacas tiniam.
Se não fosse isso ... An! em que estava pensando? 
Meteu os olhos pela grade da rua. Chi! que pretume! 
O lampião da esquina se apagara, provavelmente o homem 
da escada só botara nele meio quarteirão de querosene. 
RAMOS, G. Vidas secas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1953. 
[Fragmento]
No trecho da obra de Graciliano Ramos, entre as escolhas 
estruturais feitas para construir a narrativa, está o tipo de 
discurso. A opção do autor pelo discurso indireto livre tem 
como efeito de sentido 
A. 	 destacar a voz da personagem, fundindo-a à do 
narrador onisciente.
B. 	 descrever o pensamento da personagem, associando-o 
ao do narrador onisciente. 
C. 	 intensificar a onisciência do narrador, aliando-a com 
emoções e pensamentos da personagem. 
D. 	 moralizar a personagem, repreendendo seu 
pensamento por meio da voz do narrador onisciente. 
E. 	 alterar o ritmo do texto, alternando pensamentos e 
falas das personagens com as do narrador onisciente. 
Alternativa C
Resolução: O discurso indireto livre caracteriza-se pela 
junção da voz do narrador às falas das personagens. 
No trecho em questão, verifica-se que esse tipo de discurso 
garante que a onisciência do narrador seja intensificada, 
com uma mistura da voz narrativa e os pensamentos e 
emoções da personagem. Assim, a alternativa C está correta. 
A alternativa A está incorreta, pois o discurso indireto livre 
não destaca a voz da personagem, o que ocorre quando 
se utiliza o discurso direto. A alternativa B está incorreta, 
pois a descrição de pensamentos de personagens é 
possível também nos demais tipos de discurso, não sendo 
específica do indireto livre. A alternativa D está incorreta, 
pois não há, no trecho, repreensão ou julgamento do 
narrador em relação aos pensamentos da personagem. 
Já a alternativa E está incorreta porque no tipo de discurso 
do trecho não há alteração do ritmo do texto, mas, sim, uma 
maior fluidez, visto que o leitor não tem a interrupção da 
leitura pela marcação de alternância de vozes.
VHK7
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 32 
TEXTO I
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
MORAES, V. Antologia poética. Rio de Janeiro: A Noite, 1954. 
TEXTO II
A cidade de Hiroshima foi bombardeada pelos Estados 
Unidos em 6 de agosto de 1945. Três dias depois, um ataque 
nuclear também atingiria Nagasaki. Estas imagens históricas 
mostram o que sobrou das duas cidades, uma lembrança em 
preto e branco de um evento que deixou marcas profundas 
de dor na humanidade, e é considerado um dos marcos do 
final da Segunda Guerra Mundial.
Disponível em: <https://www.nationalgeographicbrasil.com/>. 
Acesso em: 08 nov. 2019. [Fragmento]
O principal recurso expressivo usado pelo texto I e que 
também serve para a construção imagética da situação 
descrita pelo texto II é a
A. 	 atribuição do caráter humano à natureza durante a 
Segunda Guerra. 
B. 	 comparação entre antes e depois do ataque 
estadunidense.
C. 	 oposição entre Japão e Estados Unidos na Segunda 
Guerra. 
D. 	 transformação do instrumento de destruição em objeto 
de reflexão. 
E. 	 intensificação do sentimento de medo existente à 
época.
Alternativa D
Resolução: A alternativa D está correta, pois, no primeiro 
texto, a abordagem sobre a bomba atômica e suas 
consequências ocorre por meio de linguagem figurada, 
levando à reflexão. No segundo texto, também é possível 
perceber uma linguagem que busca envolver o leitor em um 
lado mais emotivo por meio de figuras de linguagem, como 
em “lembrança em preto e branco” e em “marcas profundas 
de dor”, o que leva a refletir sobre aquele momento vivido 
pela humanidade. A alternativa A está incorreta, pois não é 
NLQ1 atribuído caráter humano à natureza, mas, sim, são utilizadas 
metáforas para abordar as pessoas atingidas e os males 
que sofreram. A alternativa B está incorreta, pois não há 
comparação presente em nenhum dos textos. A alternativa 
C está incorreta, pois não é abordada a oposição entre os 
países envolvidos na situação retratada. A alternativa E está 
incorreta, pois não se verifica uma intensificação do medo à 
época, mas são apresentadas as consequências advindas 
da explosão. 
QUESTÃO 33 
Na verdade, a vaca, senhores, foi solenemente para 
o brejo. A luta hoje é evitar que ela morra afogada. Se isto 
acontecer, em bom português, já era. Por isso, seria muito bom 
que os responsáveis pelo setor elétrico parassem de fazer 
bobagens e sandices e tivessem o mínimo de bom senso. 
BICALHO, R. Disponível em: <https://www.ocafezinho.com/>. 
Acesso em: 20 abr. 2019. [Fragmento adaptado]
Esse texto, um artigo de opinião, apresenta uma crítica aos 
responsáveis pelo setor elétrico apoiada no uso do dito 
popular “A vaca foi pro brejo”. A conexão entre esse ditado 
e o restante do texto se evidencia por meio de
A. 	 sua atualização a uma nova circunstância pelo uso da 
expressão “Na verdade” e pela possibilidade expressa 
pelo verbo “seria”. 
B. 	 uma comparação entre provérbio e uma nova situação, 
explicitada pela expressão “Na verdade” e pela locução 
conjuntiva “Por isso”. 
C. 	 sua aplicação a um novo contexto pelo uso dos 
pronomes “ela” e “isto”, da conjunção “Se” e locução 
conjuntiva “Por isso”.
D. 	 uma descrição sobre brejo e vaca, contextualizada com 
o uso dos pronomes “ela” e “isto” e das conjunções 
“Se” e

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