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Saneamento

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Saneamento E Água Potável 
Somos parte de um mundo demasiadamente populoso, onde as condições de vida não são iguais para 
todos. A água, por exemplo, deveria ser um bem universal, mas milhares de pessoas ainda passam sede. 
E isso acontece longe ou perto de você. 
Fontes da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgaram que cerca de meio milhão de civis de 
Mossul, no Iraque, sofrem com a escassez de água potável hoje. A cidade foi dominada pelo Estado 
Islâmico (EI) e está entrando em um colapso, já que a população também têm dificuldades para encontrar 
alimento. 
No Brasil, uma pesquisa divulgada pelo Datafolha – em parceria com o Instituto Máquina – informou à falta 
de água para consumo como sendo um dos fatores que mais preocupam os brasileiros. Acredite ou não, 
mais de 30 milhões de pessoas não possuem acesso a água potável no país. 
No mapa abaixo, é possível verificar o risco de escassez de água na América Latina. 
 
 
Outro ponto importante do estudo é que 78% dos habitantes considera a ausência de rede de esgoto como 
sendo o problema principal de infraestrutura. De acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas “48,6% da 
população tem acesso à coleta de esgoto e mais de 100 milhões de brasileiros não têm o serviço”. O 
Instituto aponta também um descaso nas 100 maiores cidades do país: “cerca 3 milhões de pessoas 
despejam esgoto irregularmente, mesmo tendo redes coletoras disponíveis”. 
E se falarmos em escala mundial, existem 2,4 bilhões de pessoas vivendo sem acesso a banheiros. “17% 
das mortes no trabalho são causadas por transmissão de doenças. Isso serve de incentivo para as 
companhias investirem em acesso apropriado a saneamento com o objetivo de evitar perdas globais de 
260 bilhões de dólares por ano”, alerta a ONU. 
Abastecimento de Água 
O abastecimento de água potável consiste na retirada da água de um determinado corpo hídrico para que a 
mesma seja fornecida à população com quantidade e qualidade e compatíveis e suficientes para o 
atendimento de suas necessidades. 
A Lei n° 11.445/2007 conceitua abastecimento de água potável como o conjunto de atividades, 
infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação, até 
as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição. 
Até chegar às torneiras dos consumidores, a água percorre um longo caminho, iniciado na captação. 
Depois de tratada, a água é bombeada até reservatórios para armazenamento, de onde será retirada e 
distribuída ao consumidor. 
 
Durante todo esse processo, deve ser realizado um rígido controle de qualidade por meio de análises 
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laboratoriais para atender aos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.O acesso à água 
é mais do que uma questão de saúde, é um direito humano essencial. 
Lei do Saneamento Básico garante direitos aos usuários de serviços de água e esgoto 
Abastecimento E Tratamento 
Para poder contar com recursos federais na área, municípios devem elaborar Planos Municipais de 
Saneamento Básico 
Os usuários de serviços de água e esgoto têm desde 2007 uma série de direitos assegurados pela Lei do 
Saneamento Básico. A legislação federal prevê a universalização dos serviços de abastecimento de água e 
tratamento da rede de esgoto para garantir a saúde dos brasileiros. 
Além disso, estabelece as regras básicas para o setor ao definir as competências do governo federal, 
estados e prefeituras para serviços de saneamento e água, além de regulamentar a participação de 
empresas privadas no saneamento básico: 
• Governo Federal – Estabelece diretrizes gerais, formula e apoia programas de saneamento em âmbito 
nacional; 
• Estados – Opera e mantém sistemas de saneamento, além de estabelecer as regras tarifárias e de 
subsídios nos sistemas operados pelo estado; 
• Prefeituras – Compete ao município prestar, diretamente ou via concessão a empresas privadas, os 
serviços de saneamento básico, coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários. As prefeituras 
são responsáveis também por elaborar os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), que são os 
estudos financeiros para prestação do serviço, definição das tarifas e outros detalhes. O município que não 
preparar o plano fica impedido de contar com recursos federais disponíveis para os projetos de água e 
esgoto. 
O abastecimento de água é constituído pelas atividades e instalações necessárias ao abastecimento 
público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição. 
Já o esgotamento sanitário contempla as ações de coleta, transporte, tratamento e a disposição final 
adequada dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente. 
As empresas que prestam serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto devem detalhar 
metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade, eficiência e de uso racional da 
água, da energia e de outros recursos naturais. Esses serviços são fiscalizados por diversas agências 
reguladores estaduais. 
Essas agências definem normas sobre qualidade, quantidade e regularidade dos serviços prestados aos 
usuários, alterações de tarifas, organização de sistema para prestadores que atuam em mais de uma 
cidade, dentre outras atribuições. 
Em relação à qualidade da prestação dos serviços, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 
(Sinis) coleta e sistematiza todos os dados a respeito. Assim, permite e facilita o monitoramento e avaliação 
da eficiência dos serviços de saneamento básico prestados no Brasil. Os dados estão disponíveis na 
internet. 
A Lei do Saneamento garante ainda subsídios para quem não consegue arcar com a tarifa básica. Estão 
previstas também regras para o corte dos serviços de saneamento em casos de inadimplência. No entanto, 
hospitais, asilos, escolas, e penitenciárias têm a garantia do fornecimento do serviço. 
As cidades com população superior a 50 mil habitantes contam com a atuação da Secretaria Nacional de 
Saneamento Ambiental (SNSA). Já os municípios com menos de 50 mil habitantes são atendidos com 
recursos não onerosos (que não exigem retorno, apenas contrapartida do Estado), pelo Orçamento Geral 
da União (OGU). 
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O abastecimento de água potável no conceito jurídico de saneamento básico: regime jurídico de 
direito fundamental 
Sumário: 
1.Breve diagnóstico da atual situação do saneamento básico 
2.Conceito de saneamento básico 
3.Direito à água um diálogo com o direito ao saneamento: universalização de acesso à todos 
4. Direito de águas e direito de saneamento: integralidade para a gestão 
5.Conclusão 
Breve diagnóstico da situação atual do saneamento básico: 
A ONU – Organização da Nações Unidas – recentemente, divulgou que, entre a população mundial – 
atualmente 7 bilhões de pessoas –, 6 bilhões têm telefones celulares. No entanto, apenas 4,5 bilhões têm 
acesso a banheiros ou latrinas, o que significa que 2,5 bilhões de pessoas – principalmente em áreas rurais 
– não têm saneamento adequado. Além disso, 1,1 bilhão de pessoas ainda defecam a céu 
aberto. Aproximadamente 2 milhões de crianças menores de 5 anos morrem devido a doenças transmitidas 
pela água contaminada, como a diarreia. A taxa de mortalidade infantil, portanto, é um indicador 
diretamente relacionado com saneamento básico. 
No Brasil, o Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB - mostra o déficit em saneamento básico 
da população brasileira: 37,7% não tem abastecimento de água potável adequado; 53,2%, não tem 
esgotamento sanitário, sendo que, do esgoto coletado, apenas 15% é tratado e 40,4% não tem manejo de 
resíduos. Nesse sentido, Vicente Andreu, diretor-presidente da ANA – Agência Nacional de Águas –, 
declarou em entrevista no 22 de Março de 2013 - Dia Mundial da Água - que “talvez hojeo principal 
problema ambiental do Brasil seja dar o tratamento adequado aos lançamentos de esgoto, principalmente 
os lançamentos de esgoto das principais cidades brasileiras”. A previsão do diretor-presidente é que, até 
2025, mais de 50% dos municípios brasileiros, inclusive São Paulo, terão problema de abastecimento de 
água. 
O saneamento básico, de acordo com a Lei 11.445/2007, é um fator determinante para a melhoria da 
qualidade de vida, para a promoção da saúde, para o combate e a erradicação da pobreza, para o 
desenvolvimento urbano e regional e para a proteção ambiental. A análise dos diagnósticos revela a 
urgência na implementação efetiva dos propósitos da Lei. 
Conceito de saneamento básico 
Saneamento, na linguagem usual, está relacionado apenas com esgoto. O conceito terminológico de 
saneamento, vem do latim sanu, “são”, ato ou efeito de sanear, tornar são, habitável, respirável. 
Para a OMS – Organização Mundial da Saúde –, saneamento é o gerenciamento ou controle de fatores 
físicos que podem exercer efeitos nocivos ao homem prejudicando o seu bem-estar físico, mental e social. 
O conceito legal brasileiro de saneamento básico está instituído no Art. 3º da Lei 11.445/2007 – Política de 
Saneamento –, que estabelece: 
“I – saneamento básico: conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de: 
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias 
ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos 
instrumentos de medição; 
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b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, 
transporte e tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até 
seu lançamento final no meio ambiente; 
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações 
operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo 
originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; 
d) drenagem e manejo de águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações 
operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o 
amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição das águas pluviais drenadas nas áreas 
urbanas;” 
O conceito jurídico de saneamento básico é composto de elementos interdependentes, 
logo, complexo. Segundo Clarissa Ferreira Macedo D`Isep “água é um substância provida de múltiplas 
funções, de manifestações mutantes e propriedades variadas”. As múltiplas formas da água são 
evidenciadas no ciclo hidrológico. O saneamento básico tanto depende do ciclo hidrológico – 
abastecimento de água potável - quanto insere-se nele – esgotamento sanitário, manejo de resíduos e 
manejo de águas pluviais. Tendo como vetor a análise do abastecimento de água potável nesse 
conceito complexo identificam-se, nas palavras de Clarissa Ferreira Macedo D’Isep,o Direito à Água e o 
Direito de Águas. 
Direito à água e direito ao saneamento um diálogo: universalização do acesso de todos à agua 
O direito à agua decorre do direito à vida . A água é essencial à vida, “renunciar ou não ter acesso à agua é 
dispor da própria vida”. A vida tutelada pela Constituição federal brasileira é a vida a digna (art.1º,II e art.5º, 
caput). Entende-se por vida digna aquela que tem proteção à incolumidade física, psíquica, social, 
econômica e ambiental. Deve-se, portanto, ter acesso à água potável. Água potável é “a água para o 
consumo humano, cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de 
potabilidade e não ofereçam riscos à saúde”. Sendo, “ a saúde direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação”, conforme positivado na Constituição Federal brasileira nos Arts. 6º e 196. O índice de 
mortalidade infantil está diretamente relacionado com o saneamento básico, ressaltando-se a relação entre 
saúde e saneamento básico. Visando reforçar a tutela da saúde , o Código Penal tipificou (art.270 e 271) a 
poluição de água potável, porque além da degradação da água é necessário que a água se torne imprópria 
para o consumo ou nociva à saúde. 
O direito à água revela 2 aspectos: materiais – direito subjetivo de acesso à água e instrumentais – direito 
ao objeto água e a instrumentalização do seu acesso – direito ao saneamento. 
No contexto do direito ao saneamento o direito de acesso á agua potável tem o condão de atribuir natureza 
jurídica de direito fundamental ao saneamento básico, o que vincula o Poder Público no dever da sua 
implementação. Além disso, uma das características de direito fundamental é a sua universalidade , isto é, 
todos os seres humanos são titulares desse direito que deve ser respeitado. A manifestação 
da universalidade do direito humano fundamental de direito à água se instrumentaliza na Lei nº 
11.445/2007 como o princípio fundamental de universalização de acesso. Os serviços públicos de 
saneamento básico – abastecimento e água potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos e manejo 
de águas pluviais - devem ser todos prestados com base no princípio fundamental de universalização do 
acesso. A universalização está definida na referida Lei, no Art. 3º, III como: 
“Ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico”. 
Domicílio deve ser entendido no sentido de habitação residencial ou não, porque a própria Lei 11.445/2007, 
no Art. 9º, Parágrafo 1º, equipara os efluentes industriais e os resíduos originários de atividades comerciais, 
industriais e de serviços em quantidade e qualidade similares às dos resíduos domésticos. 
Segundo Luiz Henrique Antunes Alochio: 
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“O serviço de saneamento não é um fim em si mesmo. Ele é um vetor para a obtenção de salubridade 
ambiental, de condições de vidas dignas e outras tantas situações. Se o saneamento fosse um fim em si 
mesmo, bastaria a mera generalidade para colocá-lo à disposição dos usuários. Porém, no caso da 
universalidade, é preciso que o serviço seja efetivamente acessado e usufruídopara que se atinjam os 
objetivos maiores: v.g.,a salubridade ambiental e condições de saúde para os cidadãos, como já referido”. 
Do princípio da universalização do acesso, decorre a adoção de subsídios, que é um instrumento 
econômico de política social que tem como objetivo garantir a universalização do acesso ao saneamento 
básico, especialmente para populações de baixa renda. Conforme Art. 29, Parágrafo 2º, da Lei 
11.445/2007: 
“poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades que não tenham 
capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços”. 
O princípio da universalização de acesso não admite que um usuário não tenha acesso a um dos serviços 
que compõe o saneamento básico, seja pelo fato que sua situação econômica não permite que ele pague 
pelos serviços ou por não existir em determinada região escala de demanda suficiente. A universalidade de 
acesso deve promover a igualdade real e a equidade. De acordo com o Art. 48, I da Lei nº 11.445/2007,
 
a 
política de saneamento básico tem como diretriz: 
 “a prioridade para ações que promovam a equidade social e territorial no acesso ao saneamento”. 
Destaca-se, então, um dos efeitos do princípio da universalização do acesso: a integração social. 
Todos devem ter acesso à agua, entretanto, deve-se ressaltar as características da água a que se tem 
direito. Neste sentido Clarissa Macedo D’Isep: 
“A água a que se tem direito é a água com qualidade– portanto, potável; em quantidade – logo, suficiente à 
sobrevivência humana, prioritária – o que justifica a prioridade do acesso do ser humano, em caso de 
penúria hídrica; gratuita – sendo a água elemento responsável pela vida, pela existência, isto implica no 
seu acesso gratuito, ao menos no que diz respeito ao mínimo necessário para a sobrevivência humana. 
Enfim, há de ser alcançada a dignidade hídrica”. 
A qualificação da água a que se tem direito reflete na qualificação do acesso á água que está determinada 
na Lei nº 11.445/2007 como o princípio da segurança, qualidade e regularidade ( art.2º, XI). O princípio da 
segurançadetermina que a água não ofereça riscos à saúde , isto é, a água deve ser potável. O 
abastecimento deverá ser qualitativamente verificado, cabendo ao Ministério da Saúde definir os 
parâmetros e padrões de potabilidade da água, bem como estabelecer os procedimentos e 
responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo 
humano. O princípio da regularidade deve garantir a continuidade da prestação do serviço, a ininterrupção. 
Quando o abastecimento de água potável não é regular, tanto em frequência, quanto em quantidade, a 
população busca alternativas que nem sempre são seguras podendo colocar em risco à saúde pública. A 
Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei nº 9.433/97 hierarquiza o consumo, estabelecendo que em 
situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano (Art.1º,III). 
Direito de águas e direito de saneamento : integralidade para a gestão 
A água, elemento natural, realiza o seu ciclo hidrológico ou ciclo da água. O ciclo da hidrológico envolve a 
constante mudança de estado físico desse elemento. A água dos mares, oceanos, rios, lagos etc. evapora - 
passa do estado líquido para o estado gasoso - por causa da energia solar. Com o vapor, a água forma as 
nuvens. Quando a condensação aumenta nas nuvens, o vapor-d’agua se precipita sob forma de chuva, 
gelo ou neve. Os processos físicos do ciclo formam um movimento constante que assegura a renovação da 
água. O ciclo dosaneamento básico insere-se no ciclo hidrológico. A água, recurso natural, é captada de 
um manancial e tratada, transformando-se assim em água potável que será distribuída pela rede de 
abastecimento até os domicílios para ser consumida. Depois de utilizada, a água as características físicas, 
químicas e biológicas da água são alteradas são chamadas águas servidas ou esgoto. De acordo com a 
publicação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA - “o esgoto doméstico é aquele que provém 
principalmente de residências, estabelecimentos comerciais, instituições ou quaisquer edificações que 
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dispõem de instalações de banheiros, lavanderia e cozinha. Compõe-se essencialmente de água de banho, 
excretas, papel higiênico, restos de comida, sabão, detergentes e águas de lavagem”.Esse esgoto bruto 
deverá ser coletado e tratado antes de ser lançado no corpo receptor, garantindo a autodepuração do 
corpo hídrico mantendo a sua qualidade. 
O direito de águas busca proteger o ciclo hídrico. Nesse sentido, Clarissa Ferreira Macedo D’Isep: 
“A complexidade do conceito, manifestações e funções da água, evidenciadas no seu ciclo, refletiu o seu 
status, natureza jurídica e regimes jurídicos distintos, ressaltando a sua metamorfose. Daí o seu tratamento 
jurídico diferenciado das nascentes, águas da chuva, águas correntes e não correntes, águas 
subterrâneas, superficiais, litorâneas etc., advindo do fato de água ser, ainda, tratada de forma recortada, 
setorizada e inserida em diferentes normas e ramos jurídicos (direito civil, penal, sanitário, urbanístico etc.). 
Isso revela, quando de sua abordagem jurídica, a necessidade da composição da cartografia hidrojurídica.” 
Os serviços de saneamento básico tanto dependem do ciclo hidrológico (abastecimento de água potável) 
quanto inserem-se no ciclo hidrológico podendo alterá-lo (esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo 
de resíduos e drenagem e manejo de águas pluviais). Para garantir a ocorrência do ciclo hidrológico e 
consequentemente o acesso à água potável é necessária a gestão dos recursos hídricos . Os recursos 
hídricos, entretanto, não integram os serviços de saneamento básico, conforme a Lei 11.445/2010: 
Art.4º , Parágrafo único: “A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de 
saneamento básico, inclusive para a disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita 
à outorga de direito de uso, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, de seus regulamentos e 
das legislações estaduais. 
Quanto ao saneamento básico a Lei nº 9.433/1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos , estabelece 
no Art. 12:” 
Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos: 
 I – derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, 
inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; 
III – lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos e gasosos, tratados ou não, com 
o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; 
[...].” 
A outorga é um dos instrumentos estabelecidos pela referida Lei, Art.11: 
“o regime de outorga de direitos de uso de recursos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e 
qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água”. 
Complementando com as palavras de Paulo Afonso Lemme Machado 
 “ Essa norma legal é vinculante para a ação governamental federal e estadual na outorga dos direitos de 
uso. Os Governos não podem conceder ou autorizar usos que agridam a qualidade e a quantidade das 
águas, assim como não podem agir sem equidade no darem acesso à água”. 
A outorga não é definitiva, o prazo máximo é de 35 anos podendo haver renovação. A outorga também 
poderá ser suspensa total ou parcialmente, em definitivo ou prazo determinado dependendo das 
circunstâncias. 
A gestão dos recursos hídricos deve estar fundamentada no princípio do desenvolvimento sustentável 
positivado na Constituição federal brasileira Art.225 e na Lei nº 9.433/2007 - Política Nacional de Recursos 
Hídricos - , nos Incisos I e II, do Art.2º: 
“São objetivos da Política Nacional dos Recursos Hídricos: 
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I – assegurar à atual e as futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade 
adequados aos respectivos usos; 
II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao 
desenvolvimento sustentável”. 
A gestão dos recursos hídricos deve assegurar o ciclo hidrológico e consequentemente o direito de acesso 
à agua potável, concretizando a dignidade humana. Ao lado do princípio da universalidade de acesso – 
quantidade de pessoas que acessam o saneamento –, está o princípio da integralidade – todos os serviços 
contidos no conceito jurídico de saneamento básico. 
O princípio da integralidade é compreendido como conjunto de todas as atividades e componentes de cada 
um dos diversos serviços de saneamento básico – abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; 
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas – 
propiciando à população o acesso ao saneamento básico na conformidade de suas necessidades e 
maximizando a eficácia das ações e dos resultados. Nesse sentido, Luiz Henrique Antunes Alochio: 
“Devemos esclarecer que a expressão na conformidade de suas necessidades, referida no inciso II do Art. 
2º, não significa uma desculpa para a redução da prestação de serviços; não significa que as necessidades 
sejam medidas nas pessoas dos usuários, não é isso. A medida das necessidades é decorrente dos 
próprios serviços prestados. Se o serviço for “necessário” – ainda que o usuário não o reconheça, ou que 
não possa remunerá-lo –, o princípioda integralidade demandará a sua prestação (efetiva ou potencial = 
colocação à disposição). Quanto à maximização da eficácia das ações e dos resultados, temos a primeira 
justificativa para a gestão regionalizada do saneamento, que será muito citada na legislação.” 
O princípio da integralidade traz como efeito a unidade do conceito complexo de saneamento básico. 
Todos os serviços e atividades do conceito, são partes que se complementam para formar uma unidade. 
Tendo como vetor o abastecimento de água potável, o princípio da integralidade toca cada um dos 
elementos do conceito e tem como um dos resultados a garantia o ciclo hidrológico. 
Conforme citado no início deste artigo, a poluição dos recursos hídricos por esgotos domésticos é um dos 
principais problemas ambientais no país justamente por interferir no ciclo hidrológico comprometendo o 
abastecimento de água potável. Conforme disposto na Lei nº 10.445/2007 o serviço de esgotamento 
sanitário é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais, coleta, transporte, 
tratamento e disposição final adequados, desde as ligações prediais até o seu lançamento no meio 
ambiente. Somente quando todas as atividades do esgotamento sanitário forem realizadas - princípio da 
integralidade - o esgoto não causará poluição preservando ciclo hidrológico. O IBGE – Instituto brasileiro de 
Geografia e Estatística - diferencia nas suas pesquisas o esgotamento – esgoto bruto - do esgotamento 
sanitário – esgoto tratado para não causar poluição e contaminação ambiental. Atualmente no Brasil 47% 
da população brasileira tem coleta de esgoto, entretanto apenas 15% deste esgoto coletado é tratado. Fere 
o princípio da integralidade que o esgoto seja coleta e não seja tratado. 
A limpeza urbana e o manejo de resíduos é outra espécie do saneamento básico, considerado o conjunto 
de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e 
destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas. 
Assim como no esgotamento sanitário, o manejo de resíduos envolve todo o seu ciclo desde a produção 
até a destinação final. A disposição inadequada dos resíduos causa poluição. A decomposição do “lixo” 
gera o chorume ou líquido percolado, que é um líquido escuro e contém alta carga poluidora podendo 
atingir tanto um corpo d’água quando lençóis freáticos subterrâneos, comprometendo o abastecimento de 
agua potável. Em 2 de agosto de 2010, foi promulgada a Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei nº 
12.305. Essa lei mudou o paradigma sobre o “lixo” diferenciando rejeitos de resíduos sólidos. Rejeitos são 
os resíduos que não apresentam outras possibilidades que não a disposição final ambientalmente 
adequada, isto é, a disposição em aterro sanitário. Os resíduos deverão ter uma destinação 
ambientalmente adequada que dependendo das suas características pode ser: a reutilização; a reciclagem; 
a compostagem; a recuperação e aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos 
competentes. 
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O princípio da integralidade deve fundamentar cada uma das atividades da limpeza urbana e manejo de 
resíduos bem como a gestão e o gerenciamento dos resíduos instituídos na Lei nº 12.305/2010, 
maximizando a eficácia das ações e resultados. 
O último serviço que integra o conceito de saneamento básico é a drenagem e o manejo das águas pluviais 
urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de água 
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e 
disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. As água pluviais podem ser consideradas 
sob vários pontos de vista: tanto como um problema de saúde pública – transmissão de doenças durante 
as enchentes, contaminação de água potável – quanto um problema de ameaça à segurança à vida e ao 
patrimônio público e privado de lesão à propriedade – danos causados pelas enchentes nas propriedades. 
Segundo Luiz Henrique Antunes Alochio, a drenagem e o manejo de águas pluviais é o “patinho feio” do 
saneamento por ser, em regra, destituído de conteúdo econômico. O Art. 2º, inciso III, da Lei 11.445/2007, 
estabelece como princípio fundamental: 
“disponibilidade em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e manejo de águas pluviais 
adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado”. 
A disponibilidade em todas as áreas contempla tanto o princípio da universalidade de acesso, quanto 
o princípio da integralidade, pois garante que todo o conjunto de serviços do saneamento básico seja 
realizado e acessado. 
Conclusão 
A Lei 11.445/2007 considera saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações 
operacionais de: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza e manejo de resíduos, e 
drenagem e manejo de águas pluviais. A partir do momento que, por determinação legal, o abastecimento 
de água potável faz parte do conceito de saneamento básico e este deve ser prestado com base nos 
fundamentos dos princípios da universalidade e da integralidade, significa que todos devem ter acesso, à 
todos os serviços contidos no conceito legal de saneamento básico. O abastecimento de água potável traz 
para o conceito de saneamento básico o direito à água e o direito de águas. 
O direito à água é um direito fundamental concretizado no direito ao saneamento como o direito de acesso 
à água potável. O abastecimento de água potável tem o condão de atribuir o regime jurídico de direito 
fundamental ao saneamento básico. Por ser direito fundamental deverá ser vinculado, o Poder Público tem 
o dever de implementá-lo, então o ditado corrente “Saneamento não dá voto, pois manilha e galeria ficam 
debaixo da terra e não aparecem para o eleitor” não pode mais ser admitido porque saneamento básico 
não depende da discricionariedade do Poder Executivo. Além disso, o acesso à água potável deve ser 
universal, todos devem ter acesso. O princípio da universalidade de acesso à água à todos instrumentaliza 
o direito universal à água. 
O princípio da integralidade determina a unidade do conceito de saneamento básico. Todos os serviços são 
partes que se complementam e formam um todo. O direito de águas tem como objetivo garantir o ciclo 
hidrológico. O saneamento básico tanto depende do ciclo hidrológico quanto insere-se neste. O princípio da 
integralidadegarantirá que todos os serviços de saneamento básico sejam realizados tendo como um dos 
resultados a proteção do ciclo hidrológico, viabilizando a água potável, garantida constitucionalmente. 
Saneamento - Esgotamento Sanitário 
O saneamento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o gerenciamento ou controle dos 
fatores físicos que podem exercer efeitos nocivos ao homem, prejudicando seu bem-estar físico, mental e 
social. 
Outra definição é a trazida pela Lei do Saneamento Básico (apelido dado para a Lei Ordinária N.º 11.445 
de 05 de janeiro de 2007 que estabelece as diretrizes básicas nacionais para o saneamento), que o define 
como o “conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:” abastecimento de água 
potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das 
águas pluviais. 
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O saneamento básico está intimamente relacionado ás condições de saúde da população e mais do que 
simplesmente garantir acesso aos serviços, instalações ou estruturas que citam a lei, envolvem, também, 
medidas de educação da população em geral e conservação ambiental. A poluição decorrente das 
condições inadequadas de saneamento ambiental e crescimento urbano desordenado tem comprometido o 
abastecimento de água potável e o sistema de drenagem, criando condições para o desencadeamento de 
agravos à saúde,expondo as populações ao dengue, febre tifóide, hepatite, diarréias, entre outros. 
Sistema de Esgotamento Sanitário 
A Funasa, por meio do Departamento de Engenharia de Saúde Pública, financia a implantação, ampliação 
e/ou melhorias em sistemas de esgotamento sanitário nos municípios com população de até 50.000 
habitantes. 
Esta ação tem como objetivo fomentar a implantação de sistemas de coleta, tratamento e destino final de 
esgotos sanitários visando o controle de doenças e outros agravos, assim como contribuir para a redução 
da morbimortalidade provocada por doenças de veiculação hídrica e para o aumento da expectativa de vida 
e da melhoria na qualidade de vida da população. 
Nesta ação, são financiadas a execução de serviços tais como rede coletora de esgotos, interceptores, 
estação elevatória de esgoto, estação de tratamento de esgoto, emissários, ligações domiciliares, etc. 
Os projetos de esgotamento sanitário deverão seguir as orientações técnicas contidas no manual 
Apresentação de Projetos de Sistemas de Esgotamento Sanitário , disponível na página da Funasa na 
Internet, clique aquipara visualizar. 
Não serão passíveis de financiamento os sistemas de esgotamento sanitário dos municípios que estejam 
sob contrato de prestação de serviço com empresa privada; 
É exigido da entidade pública concessionária do serviço de esgotamento sanitário o aval ao 
empreendimento proposto, mediante documento, e ainda termo de compromisso para operar e manter as 
obras e os serviços implantados; 
Os projetos devem incluir programas que visem a sustentabilidade dos sistemas implantados e contemplem 
os aspectos administrativos, tecnológicos, financeiros e de participação da comunidade; 
A proposta deve contemplar a construção de estação de tratamento de esgoto, salvo se for apresentada a 
documentação técnica que comprove que tais unidades estão construídas e em operação; 
A proposta deve conter documento de licenciamento ambiental ou a sua dispensa, quando for o caso, em 
conformidade com a legislação específica sobre a matéria. 
Os proponentes deverão promover ações de educação em saúde e de mobilização social durante as fases 
de planejamento, implantação e operação das obras e serviços de engenharia como uma estratégia 
integrada para alcançar os indicadores de impacto correspondentes, de modo a estimular o controle social 
e a participação da comunidade beneficiada. 
ESGOTO SANITÁRIO – Coleta, Transporte, Tratamento e Reúso Agrícola 
O esgoto sanitário, segundo definição da norma brasileira NBR 9648 (ABNT, 1986) é o “despejo líquido 
constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária”. Essa 
mesma norma define ainda: 
– esgoto doméstico é o “despejo líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades 
fisiológicas humanas; 
– esgoto industrial é o “despejo líquido resultante dos processos industriais, respeitados os padrões de 
lançamento estabelecidos; 
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– água de infiltração é “toda água proveniente do subsolo, indesejável ao sistema separador e que 
penetra nas canalizações”; 
– contribuição pluvial parasitária é “a parcela do deflúvio superficial inevitavelmente absorvida pela rede 
de esgoto sanitário”. 
Por elas mesmas, essas definições já estabelecem a origem do esgoto sanitário que, dadas tais parcelas, 
pode ser designado simplesmente como esgoto. Apesar das definições acima serem inequívocas, algumas 
considerações podem ser feitas. 
O esgoto doméstico é gerado a partir da água de abastecimento e, portanto, sua medida resulta da 
quantidade de água consumida. Esta é geralmente expressa pela “taxa de consumo per capita”, variável 
segundo hábitos e costumes de cada localidade. 
Tratamento de esgoto sanitário Aeróbio (ETE Aeróbia). 
Finalidade 
Estação para Tratamento do Esgoto Sanitário em indústrias de diversos segmentos e portes, condomínios 
residenciais e comerciais, hotéis, e outros. 
Fabricamos a estação em reatores de PRFV num sistema modular que permite adicionarmos novos 
reatores conforme o aumento da população (moradores, funcionários, hóspedes, etc). 
Utilizamos somente o Processo Aeróbio de Tratamento e assim garantimos, através laudos laboratoriais, 
a eficiência necessária para que água tratada fique apta para descarte do corpo receptor sem emissão de 
odores e gases nocivos. 
Este tipo de Tratamento requer menor área útil instalada pois não utiliza dois tipos diferentes de reatores, o 
processo é todo realizado dentro do mesmo reator que recebe uma programação de trabalho baseada em 
normas ambientais vigentes. 
Nosso grande diferencial hoje é a garantia da eficiência na remoção da DBO e a possibilidade de 
implantação de um Painel de Controle Inteligente (produto opcional). 
O Painel de Controle Inteligente registra todo o histórico de trabalho da ETE, gera relatórios, sinaliza a 
necessidade de alguma manutenção prevenindo assim falha na operação e possibilita 
o Acompanhamento Remoto pela nossa área de assistência técnica. 
Não tenha mais preocupações com o tratamento de esgoto da sua empresa, nós cuidamos de tudo para 
você! 
Vantagens 
 Ausência de odor, gases nocivos e insetos 
 Elevada eficiência na remoção de DBO: Acima de 90% 
 Apta para remoção de Nitrogênio (até 10 mg/l) e Fósforo (até 1 mg/l) 
 Atendimento à legislação brasileira (ABNT NBR 13.969 e CONAMA 430 art.21) 
 Adequação aos planos de gestão ambiental do empreendimento 
 Capacidade de absorção de altas cargas orgânicas e vazões 
 Processo totalmente automatizado 
 Possibilidade de controle remoto do processo 
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 Garantia de 1 ano 
Opcionais: 
 Peneira rotativa (pré tratamento para remoção de sólidos) 
 Sistema para reuso (pós tratamento da ETE que possibilita a reutilização da água tratada) 
 Painel de controle inteligente 
 Serviço de acompanhamento remoto da operação 
O que é um Sistema de Esgotamento Sanitário (SES)? 
Você sabe para onde vai o esgoto depois que ele deixa a sua casa? 
Utilizamos água para grande parte das nossas atividades domésticas, especialmente as que estão 
relacionadas à higiene. Mas quando tomamos banho, lavamos a louça do almoço ou limpamos a calçada, a 
água passa por grandes transformações químicas e não pode ser simplesmente devolvida à natureza sem 
um tratamento adequado. Para garantir que isso não aconteça é que foi criado o Sistema de Esgotamento 
Sanitário (SES). 
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), SES “é o conjunto de condutos, 
instalações e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar somente o esgoto 
sanitário a uma disposição final conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro”. Quando um 
imóvel não está ligado a uma rede desse tipo, descartes indevidos aumentam significativamente, 
comprometendo a saúde e o meio ambiente. 
A preocupação com o destino adequado do esgoto produzido por uma casa deve começar no momento em 
que ela é projetada. Para além da escolha de chuveiros, vasos sanitários e pias, quem constrói também 
precisa pensar em outros aspectos hidrosanitários, como a rede de tubulação interna e de saída. Por fim, é 
fundamental que a residência seja legalmente conectada à rede de esgoto. 
Limpeza Urbana E Manejo De Resíduos Sólidos 
A limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos constituem um conjunto de atividades, infraestruturas e 
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do 
lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas. 
Segundo a atual legislação brasileira, todas as prefeituras têm por obrigação elaborar o Plano Municipal de 
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, que estabelece as diretrizes para limpeza urbana e 
rural, controle e regulação dos aterros sanitários, descarte de materiais industriais, hospitalares, reciclados,entre outros. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída pela Lei nº 12.305/10 e regulamentada pelo Decreto 
nº 7.404/10. Com base nesse marco legal, os municípios devem alcançar a universalização dos serviços e 
manejo de resíduos sólidos, prestados com eficiência e realizados de forma adequada à saúde pública e à 
proteção do meio ambiente. 
Limpeza Urbana E Manejo Dos Resíduos Sólidos 
 
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Caminhão Compactador 
A Lei Federal nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e a Lei Distrital nº 5.418/2014 
instituem os princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão integrada dos resíduos sólidos. 
Existem resíduos sólidos de diferentes tipos e, quanto à origem, podem ser classificados em: resíduos 
sólidos urbanos (domiciliares e de limpeza urbana); comerciais e de prestadores de serviços; de serviços 
públicos de saneamento básico; de serviços de saúde; de serviços de transportes; de mineração; da 
construção civil; agrossilvopastoris; e industriais. 
 
Os serviços públicos de limpeza urbana compreendem os resíduos sólidos urbanos, enquanto os resíduos 
de outras origens devem ser gerenciados pelos próprios geradores, cabendo a estes a responsabilidade 
pela coleta, transporte, tratamento e destinação final adequada, compatível com a natureza dos resíduos. 
Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: 
 Não geração: consiste em técnicas de eficiência em toda a cadeia de produção e de serviços, utilizando 
tecnologias modernas e inovadoras com objetivo de prevenir a geração de resíduos; 
 Redução: associada à mudança do comportamento quanto ao consumo, compreendendo práticas e 
produtos que evitem o uso excessivo de embalagens e que tenham maior durabilidade. Trata-se do 
consumo consciente; 
 Reutilização: consiste no aproveitamento de materiais em sua forma original, para a mesma ou outra 
finalidade, sem alteração de suas características; 
 Reciclagem: consiste na reintrodução dos resíduos no ciclo de produção através de um processo de 
transformação dos materiais com alteração de suas propriedades físicas, químicas e/ou biológicas, com 
vistas à fabricação de novos produtos; 
 Tratamento: consiste no uso de tecnologias apropriadas com o objetivo de reduzir o impacto dos 
resíduos no meio ambiente e para a saúde humana, possibilitando sua reutilização, reciclagem ou até 
mesmo uma disposição final adequada, e; 
 Disposição final ambientalmente adequada: disposição dos rejeitos em aterro sanitário, observando 
normas operacionais específicas para evitar danos à saúde pública e minimizar os impactos ambientais 
adversos. 
Para a adequada gestão dos resíduos, respeitando-se a ordem de prioridade, é essencial o envolvimento 
de todos os geradores de modo a minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, além de 
possibilitar a reciclagem dos resíduos secos com a separação para a coleta seletiva e a compostagem dos 
orgânicos. 
Já resíduos da limpeza pública, decorrentes dos serviços de varrição, capina, podas de árvores, entre 
outros, são de responsabilidade do poder público, e devem ter seu tratamento e destinação final em 
conformidade com a legislação vigente. Todavia, a população também deve fazer sua parte para a 
manutenção da limpeza da cidade. 
Os serviços públicos de limpeza urbana compreendem os resíduos sólidos urbanos, enquanto os resíduos 
de outras origens devem ser gerenciados pelos próprios geradores, cabendo a estes a responsabilidade 
pela coleta, transporte, tratamento e destinação final adequada, compatível com a natureza dos resíduos. 
Existem resíduos sólidos de diferentes tipos e, quanto à origem, podem ser classificados em: resíduos 
sólidos urbanos (domiciliares e de limpeza urbana); comerciais e de prestadores de serviços; de serviços 
públicos de saneamento básico; de serviços de saúde; de serviços de transportes; de mineração; da 
construção civil; agrossilvopastoris; e industriais. 
Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos 
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No Brasil, o Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos é definido por Lei da 
seguinte forma: 
Lei 11.445/207 Art. 7o Para os efeitos desta Lei, o serviço público de limpeza urbana e de manejo de 
resíduos sólidos urbanos é composto pelas seguintes atividades: 
1. de coleta, transbordo e transporte dos resíduos relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 
3o desta Lei; 
2. de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de 
disposição final dos resíduos relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3o desta Lei; 
3. de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços 
pertinentes à limpeza pública urbana. 
O art. 3o define Saneamento Básico em quatro segmentos, sendo a alínea c do inciso I um deles como 
mostrado abaixo: 
Lei 11.445/207 Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
Saneamento Básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de: 
 a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações 
necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e 
respectivos instrumentos de medição; 
 b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de 
coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações 
prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; 
 c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e 
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo 
doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; 
 d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e 
instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção 
para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas 
nas áreas urbanas; 
Na figura abaixo é possível visualizar melhor o conceito de Serviço público de limpeza urbana e de 
manejo de resíduos sólidos de acordo com a Lei 11.445/207 brasileira: 
A legislação federal prevê a universalização dos serviços de abastecimento de água e tratamento da rede 
de esgoto para garantir a saúde dos brasileiros. 
Na figura abaixo é possível visualizar uma Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da empresa pública 
Rhein Main Deponiepark de Flörsheim na Alemanha 
 
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Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Flörsheim na Alemanha 
Além disso, estabelece as regras básicas para o setor ao definir as competências do governo federal, 
estados e prefeituras para serviços de saneamento e água, além de regulamentar a participação de 
empresas privadas no saneamento básico: 
 Governo Federal – Estabelece diretrizes gerais, formula e apóia programas de saneamento em 
âmbito nacional; 
 Estados – Opera e mantém sistemas de saneamento, além de estabelecer as regras tarifárias e de 
subsídios nos sistemas operados pelo estado; 
 Prefeituras – Compete ao município prestar, diretamente ou via concessão a empresas privadas, os 
serviços de saneamento básico, coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários. As 
prefeituras são responsáveis também por elaborar os Planos Municipais de Saneamento Básico 
(PMSB), que são os estudos financeiros para prestação do serviço, definição das tarifas e outros 
detalhes. O município que não preparar o plano fica impedido de contar com recursos federais 
disponíveis para os projetos de água e esgoto. 
O abastecimento de água é constituído pelas atividades e instalações necessáriasao abastecimento 
público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição. 
Já o esgotamento sanitário contempla as ações de coleta, transporte, tratamento e a disposição final 
adequada dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente. 
 
Central de Tratamento de Esgoto da cidade de Hagen na Alemanha com tratamento anual de 27.618.159 
m³/a de esgoto (Fonte Ruherverband Wissen, Werte, Wasser) 
As empresas que prestam serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto devem detalhar 
metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade, eficiência e de uso racional da 
água, da energia e de outros recursos naturais. Esses serviços são fiscalizados por diversas agências 
reguladores estaduais. 
Essas agências definem normas sobre qualidade, quantidade e regularidade dos serviços prestados aos 
usuários, alterações de tarifas, organização de sistema para prestadores que atuam em mais de uma 
cidade, dentre outras atribuições. 
Em relação à qualidade da prestação dos serviços, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 
(Sinis) coleta e sistematiza todos os dados a respeito. Assim, permite e facilita o monitoramento e avaliação 
da eficiência dos serviços de saneamento básico prestados no Brasil. Os dados estão disponíveis na 
internet. 
A Lei do Saneamento garante ainda subsídios para quem não consegue arcar com a tarifa básica. Estão 
previstas também regras para o corte dos serviços de saneamento em casos de inadimplência. No entanto, 
hospitais, asilos, escolas, e penitenciárias têm a garantia do fornecimento do serviço. 
As cidades com população superior a 50 mil habitantes contam com a atuação da Secretaria Nacional de 
Saneamento Ambiental (SNSA). Já os municípios com menos de 50 mil habitantes são atendidos com 
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recursos não onerosos (que não exigem retorno, apenas contrapartida do Estado), pelo Orçamento Geral 
da União – OGU (Portal Brasil). 
Drenagem E Manejo Das Águas Pluviais Urbanas 
É um sistema composto por estruturas e instalações nas vias urbanas destinadas ao escoamento das 
águas das chuvas, tais como: sarjetas,bueiros, galerias, dentre outras. 
Esse sistema canaliza a água de modo a reaproveitar e redirecionar o fluxo para tratamento e disposição 
final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas, principalmente nas localidades em que possam 
ocorrer enxurradas e inundações. 
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas 
 
Boca de Lobo 
O sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas se apresenta como o conjunto de obras, 
equipamentos e serviços projetados para receber o escoamento superficial das águas de chuva que 
caem nas áreas urbanas, fazendo sua coleta nas ruas, estacionamentos e áreas verdes, e 
encaminhando- os aos corpos receptores (córregos, lagos e rios). 
No entanto, essas mesmas águas de chuva (pluviais) podem causar transtornos e até desastres em 
áreas urbanas que possuem problemas de planejamento e falta de infraestrutura. 
Um sistema adequado de drenagem urbana proporciona uma série de benefícios à população e ao meio 
ambiente, prevenindo os danos causados por alagamentos, enchentes, enxurradas, deslizamentos e 
erosões, bem como a contaminação dos recursos hídricos através de lançamentos de esgotos sanitários, 
resíduos sólidos (lixo) e poluição difusa (lavagem superficial das áreas impermeabilizadas das cidades). 
 Microdrenagem: pistas de rolamento, sarjetas, bocas-de-lobo, poços de visita e rede coletora 
(geralmente até 1,00 m de diâmetro); 
 Macrodrengem: tubulações acima de 1,00 m de diâmetro, galerias, canais abertos, dissipadores de 
energia, bacias de retenção e contenção, e; 
 Dispositivos de infiltração, detenção e retenção das águas pluviais: 
reservatórios de qualidade e quantidade, valas e trincheiras de infiltração e pavimentos permeáveis. 
Para manter o sistema em funcionamento, algumas ações simples são essenciais: evitar o 
descarte de lixo nas ruas; não fazer ligações de esgoto na rede pluvial e manter áreas permeáveis 
nos lotes. Com isso, a qualidade dos corpos hídricos melhora, consequentemente elevando a 
qualidade de vida da população. 
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Controle de Vetores/Inseticidas e Larvicidas 
 
O controle de vetores em Saúde Pública engloba uma série de metodologias para limitar ou eliminar 
insetos ou outros artrópodes que transmitem patógenos causadores de doenças. 
O controle vetorial pode ser dividido principalmente em controle biológico, mecânico ou ambiental e 
químico. 
Dengue 
 
Chagas 
 
Malária 
 
Leishmaniose 
 
Você já deve ter ouvido falar em vetores alguma vez. Mas você sabe exatamente do que se trata? 
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Vetores são os insetos ou animais que vivem nas grandes cidades, como pulgas, cupins, formigas, baratas, 
ratos, etc, que transmitem doenças para nós, humanos. 
E, as doenças transmitidas por estes vetores necessitam de um animal ou inseto como intermediários para 
serem passadas para outros animais ou para as pessoas. 
Ou seja, as doenças de vetores não são transmitidas diretamente para nós por meio de bactérias, como as 
gripes e as viroses. Muito pelo contrário, elas são passadas por meio dos próprios animais ou insetos, 
como as pulgas, as baratas, os cupins, os ratos, entre outros. 
Principais doenças transmitidas por vetores urbanos 
As principais doenças transmitidas pelos vetores urbanos atualmente são: 
>> Carrapatos: Lyme, febre maculosa, babésia, erlichiose, entre outras; 
>> Mosquitos: Leishmaniose, dengue, dirofilariose, febre amarela, entre outras; 
>> Pulgas: Dipilidium, micoplasma, etc; 
>> Moscas: Bernes, miíases, etc; 
>> Ratos: Leptospirose, entre outras diversas. 
Infelizmente aqui no Brasil e no restante do mundo, muitas destas doenças transmitidas por vetores, como 
as mencionadas acima, causam a morte e problemas sérios de saúde para muitas pessoas. Estas doenças 
são consideradas problemas sérios de saúde pública. 
No Brasil, a dengue, por exemplo, é um problema considerado amplo, pois já atinge a maioria dos Estados 
e das cidades. Mas existem outras doenças que são consideradas locais, pois atingem somente algumas 
regiões, como é o caso do vírus Oroupoche, que tem bastante incidentes no Pará. 
Clima 
Como você há de perceber, o clima atualmente está mudando consideravelmente. Não temos mais aquela 
frequência de estações do ano regulada, como primavera, verão, outono e inverno. 
Ultimamente um dia pode estar aquele calorão e no outro dia você precisa colocar um agasalho porque a 
temperatura caiu drasticamente. 
E, com essa mudança climática, existe uma preocupação relacionada à incidência de transmissão de 
doenças causadas pelos vetores. 
Pois o ciclo de vida dos vetores está bastante ligado à dinâmica dos ecossistemas onde existem variáveis 
como umidade, temperatura, precipitação e até cobertura do solo. E muitos estudos comprovam que a 
mudança climática apresenta forte influência diretamente ligada à biologia e à ecologia dos vetores. Com 
isso existe um risco maior desses vetores urbanos transmitirem doenças. 
Somente o clima não é um fator que causa toda a transmissão mas ele é um componente importante e que 
deve ser bastante considerável. Pois quando o clima está muito quente ou muito frio pode retardar ou 
acelerar a sobrevivência de muitos insetos que são considerados vetores e, consequentemente, o período 
de incubação de alguns patógenos. 
Controle de vetores 
O controle de vetores é dividido da seguinte forma abaixo: 
1. Controle Biológico de Vetores 
Neste tipo de controle utiliza-se parasitas, predadores naturais ou patógenos para controlarpopulação de 
alguns vetores. 
2. Controle Ambiental de Vetores 
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Neste controle são utilizados métodos que ajudam a eliminar ou reduzir áreas onde os vetoresse 
desenvolvem. É o caso do mosquito Aedes aegipty onde eliminamos toda aquela água parada em pneus, 
vasos de plantas, etc, que servem de criadouros do mosquito. 
Também podem ser utilizados nesse caso barreiras que limitam o contato do humano com o vetor, como é 
o caso de telas em janelas (mosquitos) ou roupas protetoras (ebola). 
3. Controle Químico de Vetores 
Este é um caso bastante utilizado. É o caso do uso de inseticidas para o controle de insetos, como baratas, 
por exemplo. 
É preciso saber que somente uma empresa de controle de pragas e vetores idônea saberá dizer qual é o 
melhor método para cada caso específico. E também essa empresa determinará a quantidade de produtos 
químicos, se for o caso, a ser adotada. 
As medidas de controle de vetores também incluem o manejo, como é o caso de pombos e morcegos. Ou 
seja, são utilizadas técnicas para fazer com que aqueles animais saiam de um certo local. 
Outro ponto que a empresa de controle de pragas e vetores levará em consideração é a forma como cada 
família, condomínio, empresa, comércio ou indústria vive. E, certamente, serão apresentados os melhores 
métodos para cada situação. 
Além disso, para o controle de vetores deve-se levar em conta ações educativas que ajudem as pessoas a 
viverem melhor e evitarem a presença deles, como a forma que elas se alimentam, a forma como é 
eliminado o lixo daquele local, entre outros pontos a serem considerados. 
Controle de Vetores 
O controle vetorial pode ser dividido principalmente em controle biológico, mecânico ou ambiental e 
químico. 
Controle Biológico 
É o uso de parasitas, patógenos ou predadores naturais para o controle de populações do vetor, tais 
como Bacillus thuringiensis istraelensis (BTI) ou peixes que comem as larvas do mosquito como Gambusia 
affinis. 
Controle mecânico ou ambiental 
Utilizam-se métodos que eliminam ou reduzem as áreas onde os vetores se desenvolvem como a remoção 
da água estagnada, a destruição de pneus velhos e latas que servem como criadouros de mosquito. Ou 
podem ser utilizados métodos que limitam o contato homem-vetor como mosquiteiros, telas nas janelas das 
casas ou roupas de proteção. 
Controle Químico 
É o uso de inseticidas para controlar as diferentes fases dos insetos. Para o controle de insetos vetores de 
doenças utilizam-se produtos que são formulados de acordo com a fase e os hábitos do vetor. Os 
inseticidas podem ser classificados como larvicidas, cujo alvo são as fases larvárias, ou adulticidas 
direcionados a controlar os insetos adultos, para o qual se utilizam aplicação residual ou aplicação 
espacial. 
Características do reservatório 
Entende-se por reservatório o hábitat de um agente infeccioso, no qual este vive, cresce e se multiplica. 
Aceita-se que a característica que distingue o reservatório da fonte de infecção diz respeito ao fato de o 
reservatório ser indispensável para a perpetuação do agente, ao passo que a fonte de infecção é a 
responsável eventual pela transmissão. 
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Podem comportar-se como reservatório ou fontes de infecção: 
 o homem 
 os animais 
 o ambiente 
Reservatório humano 
Boa parte das doenças infecciosas tem o homem como reservatório. Entre as doenças de transmissão 
pessoa a pessoa incluem-se o sarampo, as doenças sexualmente transmissíveis, a caxumba, a infecção 
meningocócica e a maioria das doenças respiratórias. Existem dois tipos de reservatório humano: 
 pessoas com doença clinicamente discernível; 
 portadores. 
Portador é o indivíduo que não apresenta sintomas clinicamente reconhecíveis de uma determinada 
doença transmissível ao ser examinado, mas que está albergando e eliminando o agente etiológico 
respectivo. 
Os portadores podem se apresentar na comunidade de diferentes formas, entre elas: 
 Portador ativo convalescente: indivíduo que se comporta como portador durante e após a convalescença 
de uma doença infecciosa. É comum esse tipo de portador entre pessoas acometidas pela febre tifóide e 
difteria. 
 Portador ativo crônico: indivíduo que continua a albergar o agente etiológico muito tempo após a 
convalescença da doença. O momento em que o portador ativo convalescente passa a crônico é 
estabelecido arbitrariamente para cada doença. No caso da febre tifóide, por exemplo, o portador é 
considerado como ativo crônico quando alberga a Salmonella thyphi por mais de um ano após ter estado 
doente. 
 Portador ativo incubado ou precoce: indivíduo que se comporta como portador durante o período de 
incubação de uma doença. 
 Portador passivo: indivíduo que nunca apresentou sintomas de determinada doença transmissível, não os 
está apresentando e não os apresentará no futuro; somente pode ser descoberto por meio de exames 
adequados de laboratório. 
Em termos práticos os portadores, independentemente da sua posição na classificação acima, podem 
comportar-se de forma eficiente ou não, ou seja, participando ou não da cadeia do processo infeccioso, o 
que nos permite classificá-los ainda em: 
 Portador eficiente: aquele que elimina o agente etiológico para o meio exterior ou para o organismo de um 
vetor hematófago, ou que possibilita a infecção de novos hospedeiros. Essa eliminação pode se fazer de 
maneira contínua ou intermitente. 
 Portador ineficiente: aquele que não elimina o agente etiológico para o meio exterior, não representando, 
portanto, um perigo para a comunidade no sentido de disseminar o microrganismo. 
Em saúde pública têm maior importância os portadores do que os casos clínicos, porque, muito 
freqüentemente, a infecção passa despercebida nos primeiros. Os que apresentam realmente importância 
são os portadores eficientes, de modo que na prática o termo portador se refere quase sempre aos 
portadores eficientes. 
Reservatório animal 
As doenças infecciosas que são transmitidas em condições normais de animais para o homem são 
denominadas zoonoses. Via de regra, essas doenças são transmitidas de animal para animal, atingindo o 
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homem só acidentalmente. Como exemplo, poderíamos citar: leptospirose (reservatórios: roedores e 
eqüinos), raiva (reservatórios: várias espécies de mamíferos), doença de Chagas (reservatórios: mamíferos 
silvestres), etc. 
Reservatório ambiental 
As plantas, o solo e a água podem comportar-se como reservatórios para alguns agentes infecciosos. 
Como exemplo, podemos citar: o fungo (Paracoccidioides brasiliensis) responsável pela blastomicose sul-
americana, cujos reservatórios são alguns vegetais ou o solo; a bactéria causadora da doença-dos-
legionários (Legionellae pneumophila) tem a água como reservatório, sendo encontrada com certa 
freqüência em sistemas de aquecimento de água, tais como na água de torres de refrigeração existente em 
sistemas de circulação de ar, umidificadores, etc.; o reservatório do Clostridium botulinum, produtor da 
toxina botulínica, é o solo. 
Ecologia médica: meio ambiente, reservatórios e vetores de doenças 
Veja como as questões ecológicas podem estar diretamente relacionadas à maioria das doenças, inclusive 
o câncer. 
É notória a relação íntima entre o homem e animais de estimação, sobretudo por mamíferos, como cães e 
gatos. O primeiro animal domesticado foi o cão e isso se deu por volta do ano 10.000 a.C., seguido por 
gato, ovelha, cabra, porco, ganso, galinha, gado, cavalo e burro. Em 4.000 a.C., todos esses animais 
conviviam em proximidade ao domicílio humano. Existe uma infinidade de doenças causadas por vírus, 
bactérias, fungos, protozoários e ectoparasitas de origem animal e que podem acometer o homem. 
Inúmeras são as possibilidades de transmissão de doenças ao homem pela ingestão e/ou inalação de 
líquidos orgânicos,excretas, carnes e produtos em geral. A convivência social é crescente quanto ao 
número de animais e ao convívio familiar, principalmente com cães e gatos. O hábito de ter esses animais 
como companhia tornou-se comum. Atualmente, algumas famílias criam seus animais com costumes muito 
próximos aos dos proprietários, o que aumenta o risco de transmissão de doenças, como a leishmaniose 
visceral e a toxoplasmose. 
Um excelente exemplo de como as questões ecológicas estão diretamente relacionadas à transmissão de 
determinadas doenças são as leishmanioses visceral e tegumentar. Inicialmente, a transmissão das 
leishmanioses era estritamente silvestre ou concentrada em pequenas áreas rurais. Porém, as 
transformações ambientais, o desmatamento, os processos migratórios e a crescente urbanização, vêm 
expondo mais o homem ao risco de contrair essas enfermidades. 
A espécie vetora da leishmaniose visceral, o inseto flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, tem ampla 
associação com áreas de cerrados, caatingas e áreas desmatadas. Na região litorânea sul do Estado da 
Bahia, onde ainda se fazem presentes remanescentes de Mata Atlântica, e em áreas cacaueiras, 
a longipalpis não foi encontrada. Aí não ocorre essa forma clínica de leishmaniose. Esse tipo de área 
florestada, após a supressão vegetacional, favorece a adaptação da L. longipalpis, sendo o desmatamento 
um importante fator predisponente para a sua dispersão. Por outro lado, os casos humanos da 
leishmaniose tegumentar predominam em áreas florestadas. Aí existem seus vetores e reservatórios 
específicos, que vivem exclusivamente nesse tipo de ecossistema. Para a leishmaniose visceral, são 
conhecidos mais distintamente seus animais reservatórios, silvestres e domésticos e as espécies vetoras. 
No ambiente urbano, o cão infectado, mesmo quando assintomático, é considerado o principal reservatório 
para a infecção da vetora L. longipalpis. 
 
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Outro excelente exemplo de como as questões ecológicas estão diretamente relacionadas à transmissão 
de determinadas doenças é a doença de Chagas. O protozoário T. cruzi, descrito em 1909, por Carlos 
Chagas, fez, em 2009, cem anos de descoberta. Durante esse século, foram adquiridos inúmeros 
conhecimentos sobre a ecoepidemiologia da doença de Chagas e desse hemoparasita, seus vetores e 
reservatórios. Existem várias maneiras de adquirir a doença e, a principal é a vetorial, transmitida pelas 
fezes dos triatomíneos (barbeiros), seus hospedeiros invertebrados. Predominante no continente 
americano em relação a outras partes do mundo, a doença tem como reservatórios vertebrados uma 
enorme diversidade de mamíferos, incluindo o homem. Alguns pesquisadores chamam a atenção para os 
distintos elementos atinentes à moléstia de Chagas, considerando-a uma “doença ecológica” e às múltiplas 
possibilidades de interação dos diferentes partícipes da enfermidade. Segundo esses autores, o caráter 
marcadamente antropocêntrico e a consideração do ser humano acima ou fora da natureza – “ecologia 
rasa” – contribuem substancialmente para sua perpetuação. 
Ao invadir as matas e produzir o desequilíbrio ecológico no ambiente silvestre, o homem aproximou o T. 
cruzi do ambiente doméstico, surgindo, assim, a doença de Chagas humana. Quanto aos seus hospedeiros 
invertebrados, os triatomíneos da família Reduviidae, é sabido que, dentre cerca de 140 espécies descritas, 
todas são suscetíveis a transmitir a doença entre os animais e o homem. Porém, são aquelas que vivem 
mais próximas do homem (antropófilas) e do seu ambiente domiciliar (domiciliadas) as principais vetoras da 
doença. São exemplos as espécies Triatomainfestans, Panstrongylusmegistus, Triatomabrasiliensis e 
algumas do gênero Rhodnius. As alterações ambientais têm importante influência na emergência e 
reemergência de doenças. O município de Salvador, na Bahia, encontra-se em processo de expansão 
imobiliária, com intenso desmatamento de áreas remanescentes de Mata Atlântica. Isto favorece a 
diminuição das fontes alimentares para os triatomíneos, principais responsáveis pela transmissão da 
doença de Chagas, que acabam por invadir domicílios em busca de abrigo e alimento. Nas áreas 
profundamente perturbadas pelo homem, rompe-se o equilíbrio intra e interespecífico, os mecanismos 
controladores ou estabilizadores das populações deixam de operar, e o incremento e a redução 
demográficos tornam-se imprevisíveis e desordenados. Dessa condição surgem as epizootias e as 
epidemias. No entanto, quando pesquisadores e especialistas detêm conhecimentos no âmbito da ecologia 
médica sobre determinados agentes, hospedeiros, meio ambiente e doenças, existe a possibilidade de 
prever certos acontecimentos. Assim, torna-se mais fácil aplicar medidas preventivas, e o controle é menos 
oneroso aos cofres públicos e à sociedade. 
As infecções ou doenças transmitidas naturalmente entre animais vertebrados e o homem são 
denominadas zoonoses. Somam mais de 150 as doenças mais importantes que afetam o homem e outros 
vertebrados. A respeito desse assunto, as arboviroses (viroses transmitidas por mosquitos) estão entre as 
mais importantes doenças infecciosas emergentes na saúde pública mundial do terceiro milênio. Existem 
cerca de 534 arboviroses catalogadas e transmitidas por mosquitos e carrapatos, das quais 134 são 
causas de morte em humanos. 
O Brasil, mesmo com os avanços nos indicadores socioeconômicos, ainda se apresenta desigual, situação 
fruto de um desenvolvimento historicamente excludente. Para alcançar o desenvolvimento sustentável e 
com qualidade de vida, a melhora dos indicadores de saneamento e de educação deve ser uma prioridade 
para o Brasil, afirmam Carneiro e colaboradores. 
O caráter multifatorial dos problemas de saúde demanda estratégias para reduzir a exposição a fatores de 
risco do meio ambiente. O que se observa atualmente no processo saúde-doença é a separação prática 
entre o meio ambiente e a saúde humana, com os profissionais de saúde e as políticas públicas, em geral, 
limitando-se principalmente ao tratamento e aos cuidados dos doentes, ficando a prevenção em segundo 
plano. São necessárias, portanto, abordagens e atitudes para a promoção de saúde, qualidade de vida e 
prevenção de enfermidades associadas ao meio ambiente, pelos profissionais da saúde. 
Nesse contexto, a ecologia médica se expressa como a ciência que estuda as doenças e seus fatores 
relacionados ao homem, meio ambiente e seus desequilíbrios. Aos profissionais da saúde, como médicos e 
enfermeiros, municiados pelas informações obtidas por meio dos estudos de ecologia médica, seria 
possível recomendar à comunidade e adotar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco e 
das doenças ou outros agravos relacionados à vigilância sanitária e ambiental. 
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O ser humano não está isolado do meio ambiente, mas é parte integrante dele. Sua saúde depende 
exclusivamente dessa relação direta. É preciso difundir conhecimentos e estratégias estudados na ecologia 
médica. Quando a população compreende o processo saúde-doença, ela aceita, utiliza e participa dele de 
forma efetiva e positiva. 
Os conhecimentos interdisciplinares e multissetoriais da ecologia médica são fundamentais no sucesso de 
programas de saúde e na educação médica. Os profissionais da saúde, principalmente de Medicina e 
Enfermagem, devem estar preparados para uma análise crítica dos desafios apresentados nessa área, 
para que sejam agentes de mudanças e profundas transformações no processo saúde, meio ambiente e 
prevenção de doenças humanas, com base nos princípios e reflexões da ecologia médica. 
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