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Peça Prática IV CÍVEL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ...
Processo nº: …...
ANTÔNIO AUGUSTO, já devidamente qualificados nos autos da ação que move em face de MAX TV S.A e Loja de Eletrodomésticos S.A, por intermédio de seu advogado subscrito, vem respeitosa e tempestivamente ante Vossa Excelência apresentar, nos termos do art. 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil, o seu
RECURSO DE APELAÇÃO
visando a modificação da respeitável sentença proferida nestes autos, conforme razões de fato e de direito expostas a seguir.
DO EFEITO DO RECURSO 
Requer à V. Exa que presente o recurso devidamente recebido em seu duplo efeito e devidamente processado, eis que tempestivo e devidamente preparado, encaminhando-se ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local, data e ano.
Advogado.
OAB/ UF
RAZÕES DA APELAÇÃO
Apelante: Antônio Augusto
Apelado(s): Max TV S.A.
Loja de Eletrodomésticos Ltda.
JUÍZO DE ORIGEM: ..ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE …
PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: …….
Egrégio Tribunal;
Colenda Câmara;
Nobres Desembargadores.
I- TEMPESTIVIDADE 
A SENTENÇA FOI PUBLICADA NO DIA … E O PRESENTE RECURSO INTERPOSTO NA DATA…, MOTIVO PELO QUAL NOS DEMONSTRA QUE O PRESENTE RECURSO FOI INTERPOSTO NA DATA CORRETA.
II – DOS FATOS
O apelante da presente ação celebrou a compra de eletrodomésticos com apelada, sendo um deles uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em 20/10/2015.
Após o decurso de trinta dias, a TV que a príncipio, aparentemente funcionava, apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando muitos danos irreparáveis aos aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. 
Diante do defeito oculto do produto, a apelante apresentou reclamação  em 25/11/2015 aos apelados MaxTV S.A.  e Lojas de Eletrodomésticos Ltda.
Ocorre que ambos os apelados da presente ação não se pronunciaram acerca do problema, não oferecendo nenhum amparo ao consumidor, ora apelante.
 Diante da inércia dos apelados,não restou outra alternativa a não ser propor uma ação para reparar os prejuízos causados pelo mau funcionamento do bem. 
Em 10/03/2016, a apelada propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu.
Durante o processo, o magistrado acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida em sede de contestação, pela vendedora da televisão, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. 
 	
Conheceu também a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação.
III – DOS FUNDAMENTOS
A respeitável sentença prolatada pelo juízo a quo merece reforma, conforme será possível verificar pelos fundamentos a seguir expostos. 
III.I DA LEGITIMIDADE PASSIVA
O magistrado se equivocou ao acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida em sede de contestação pela 2a ré, vendedora do produto, excluindo então do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor.
Ocorre que ao contrário do que entendeu na sentença, há inequívoca solidariedade entre a 2a ré, que efetuou a venda do produto, e a 1a ré, fabricante. 
Correta foi a propositura da ação em face de ambos, na qualidade de litisconsortes passivos. 
Vale destacar que a responsabilidade solidária entre os apelados se encontra fundamentada nos Art. 7º,parágrafo único, no Art. 25, § 1º e no art. 18, todos do Código de Defesa do Consumidor, sendo que assevera este último:
“Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o
valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.” (grifo nosso) 
Cabe ressaltar que o termo “fornecedor” constante do art. 3.º do CDC é amplo, de modo que maior número de relações de consumo admitam a aplicação do referido, pois, inclusive por determinação constitucional, importa
mais a presença do consumidor na relação de consumo, e não quem vem a ser a sua contraparte, verbis :
“Art. 3.º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os
entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.”
Se é ampla a abrangência da acepção de “fornecedor”, ampla também é a solidariedade dos partícipes do ciclo
de produção. Ocorre que a oferta e a colocação de produtos e serviços no mercado pressupõem, em regra, a
atuação de mais de um fornecedor, de maneira que o sistema de 
responsabilidade civil objetiva precisa
alcançar todos os que, direta ou indiretamente, atuem na “atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação
de serviços”.
Destaco que o fornecedor de serviços responde independentemente  de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, insto conforme previsto no artigo 14 do cdc. 
 
Neste sentido, a jurisprudência do Tribunal de Justiça vem trazendo sintonia com entendimento abordado: 
"APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RELAÇÃO
DE CONSUMO. DEFEITO DO PRODUTO. 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. DANO MORAL EXISTENTE.1- O art. 3° do CDC considera como fornecedores todos os que participam da cadeia de fornecimento de produtos e de 
serviços, alargando-se a rede de responsabilidade pelos 
danos decorrentes da relação de consumo. 2 - Defeito em refrigerador, produto indispensável ao 
cotidiano. 3- Dano moral configurado.
4-Fixação do valor da verba compensatória que deve ser feita 
de acordo com as circunstâncias de cada conflito de interesses e representar uma compensação razoável pelo 
constrangimento experimentado."
(Apelação nº 0010350-53.2016.8.19.0205,5ª Vara Cível da Regional de Campo Grande)(Grifo nosso)
Com efeito, os apelados  são legitimados a figurar no polo passivo da relação de consumo, pois são participantes que integram a cadeia geradora ou manipuladora de bens e serviços ( causa remota da legitimação passiva), por existência de ato ou fato, omissivo ou comissivo, que coloque em risco ou ofenda um direito do consumidor de
tais bens e serviços.
III.II) DA DECADÊNCIA
O juízo a quo  equivocou-se ao determinar a decadência contando os 90 dias determinados pela apelada, e por isso,  pretende-se pedir o afastamento da decadência.
 O Código de Defesa do Consumidor, configurando causa obstativa da contagem do prazo decadencial assim determina: 
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
    § 2° Obstam a decadência:
        I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; Certo é que a APELANTE da presente ação comprovou nos autos a reclamação, e teve em suma, a resposta negativa aos seus pedidos.  
Além disso, no tocante aos demais pedidos, trata-se de responsabilidade civil por fato do produto, não por vício, haja vista os danos sofridos pelo
autor da ação, a atrair a incidência dos artigos 12 e 27 do CDC, de modo que a pretensão autoral não se submete à decadência, mas ao prazo prescricional
de cinco anos, estipulado no último dos dispositivosora mencionados, em cuja tempestividade é inequívoca, dada a previsão constante no artigo 27, do
CDC, o qual assevera:
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista
na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
Na hipótese, trago à baila o entendimento do ilustre Herman Benjamin: 
"Prepondera uma das órbitas de proteção ao consumidor, qual seja, sua incolumidade em face dos
incidentes que possam lhe atingir o patrimônio, como esclarece a doutrina de Herman Benjamin ao descrever
a “Teoria da Qualidade”, coadjuvada pela “Teoria da Quantidade” (BENJAMIN, Herman. Manual de Direito do
Consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 100 e ss.)".
 IV- PREQUESTIONAMENTO 
Desde já vem o apelante pré-questionar a matéria da decisão que confronta lei federal, seja pela matéria constitucional para eventual recurso aos tribunais superiores 
V– DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, à Vossa(s) Excelência(s) requer seja:
1 - Reformada a sentença anterior, para julgar procedentes os pedidos produzidos na peça vestibular, na hipótese de a causa encontrar-se madura para o
julgamento, segundo o Art. 515, § 3º, do CPC,
2 - Incluso o nome do comerciante no polo passivo, após o reconhecimento de sua legitimidade passiva;
3 - Afastado o acolhimento de decadência, por se tratar de responsabilidade pelo fato do produto;
4 - Intimados os apelados para apresentar contrarrazões;
5 - Determinado o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento do feito.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local, data e ano.
Advogado/OAB

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