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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DE BRUSQUE-SC. PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº XXXXX, expedida pelo Detran, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço eletrônico XXXXXX@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, Brusque/SC, pelo advogado infra-assinado, com endereço profissional na rua XXXXX, Nº XXX, Rio de Janeiro/RJ propor a presente AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURIDICO Em face de JUDITE, brasileira, PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº XXXXX, expedida pelo Detran, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço eletrônico XXXXXX@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, Brusque/SC; JÔNATAS, espanhol, casado, comerciante, portador da carteira de identidade (RNE) nº XXXXX, expedida pelo XXXXXX, inscrito no CPF sob o nº -, com endereço eletrônico XXXXX@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/SC. JULIANA, brasileira, casada, do lar, portadora da carteira de identidade nº XXXXX, expedida pelo XXXXX, inscrita no CPF sob o nº XXXXX, com endereço eletrônico XXXXX@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis/SC, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Inicialmente, requer a V.Exa., seja deferido o benefício da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 1060/50, com alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme atestado de pobreza que instrui a exordial. PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO A parte autora, conforme o documento de identidade anexo, atualmente tem 65 anos de idade. Logo, tem direito ao benefício da prioridade na tramitação de procedimentos judiciais, nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso. DA AUDIÊNCIA DO ART. 334 DO NCPC Informa que tem interesse na audiência do Art. 334 do NCPC. DOS FATOS O autor, em novembro de 2011, a outorgou à primeira ré (JUDITE) uma procuração, constituindo-se em contrato de mandato com poderes especiais e expressos para alienação. Por conseguinte, a mencionada procuração foi revogada pelo autor em 16 de novembro de 2016, sendo certo que o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração. Ademias, sua irmã, a primeira ré foi devidamente notificada no dia 15/12/2016, ou seja, 10 dias antes da alienação. Outrossim, ocorre que mesmo já notificada da revogação do mandato, a ré Judite, no dia 15 de dezembro de 2016, alienou ao segundo e à Terceira ré, seu imóvel de veraneio localizado na Rua Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC, pelo valor de R$ 150.000,00. Contudo, o Autor só teve ciência de tal celebração de contrato de compra e venda no dia 01 de Fevereiro de 2017, quando o foi até seu imóvel e descobriu que este estava ocupado pelo segundo réu e a terceira ré. DO DIREITO A presente ação encontra fulcro entre a lei e o pedido formulado, como podemos observar nos artigos 145 C/C Art. 171, II do CC/02. Assim, o negócio jurídico como no caso em tela é plenamente anulável, pois foi realizado pela sem mandato vigente pela primeira ré e não houve ratificação expressa do autor outorgando poderes a ré. Vale ressaltar que o artigo 682, I do CC/02 dispõe da Extinção do Mandato pela revogação, o que de fato ocorreu em 16 de novembro de 2016. Visto que a ré, foi devidamente notifica no dia 05 de dezembro, mesmo assim agiu de má-fé alienando o bem. Outrossim, o segundo réu e a terceira ré não podem alegar que desconheciam a revogação do mandato, uma vez que foi à notificação do titular do Cartório do 1º Ofício de Notas no qual o documento foi lavrado que lhes deu conhecido no dia 05/12/2016. Com isso, não agiram de boa-fé era dever deles procederem a todas diligências necessárias para atestarem a validade do contrato de compra e venda. Conforme dispõe o Art. 662 do CC, a celebração de negócio jurídico por quem não tenha mandato ou sem poderes suficientes é ineficaz em relação aquele em cujo nome foi praticado. Diante dos fatos apresentados, depreende-se que há razões suficientes para que se declare a anulação do negócio jurídico celebrados pelos réus. DOS PEDIDOS Face ao exposto, requer a V.Exa., o que segue: 1) Deferimento da Gratuidade de Justiça. 2) Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC. 3) A citação dos réus para que compareçam em audiência de autocomposição a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, conforme artigo 344 do NCPC. 4) Que seja julgado procedente o pedido para declarar a anulação do negócio jurídico do imóvel de veraneio. 5) Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu a pagar as despesas processuais e os honorários advocatícios de sucumbência. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admissíveis em direito, em especial a testemunhal, documental, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da justiça. Dá se o valor da causa de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), para todos efeitos legais. Termos em que, Pede e Espera Deferimento Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2020. BISMARCK FRANCISCO DIAS MACHADO OAB/RJ XXX.XX PROCURAÇÃO OUTORGANTE: PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº XXXXX, expedida pelo Detran, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço eletrônico XXXXXX@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, Brusque/SC OUTORGADO(S): BISMARCK FRANCISCO DIAS MACHADO, brasileiro, solteiro, advogado, portador da identidade nº XXXX, inscrito no CPF. Nº XXX, inscrito na OAB/RJ: sob n º XXX.XX, com escritório profissional situado na Rua: Honório, 1986, Del Castilho – Rio de Janeiro/RJ, CEP: 20771-422. Telefone: (21) 99823-8474 e endereço eletrônico: bismarckdias8@gmail.com. PODERES: pelo presente instrumento o outorgante confere ao outorgado amplos poderes para o foro em geral, com cláusula "ad-judicia et extra", em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defendê-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, podendo agir em Juízo ou fora dele, assim como substabelecer esta a outrem, com reservas de iguais poderes, para agir em conjunto ou separadamente com o substabelecido. Rio de Janeiro, 08/10/2020 OUTORGANTE: PAULO OUTORGADO: BISMARCK FRANCISCO DIAS MACHADO
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