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Fisiologia da Mastigação e da Deglutição

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FISIOLOGIA 
AULA 2 – SISTEMA DIGESTÓRIO 
Mastigação e Deglutição 
 CONCEITOS GERAIS 
• Fome: Impulso comportamental que gera uma 
sensação, habitualmente gástrica, de necessidade 
de ingestão alimentar. É gerado através de 
grupamento neuronais no hipotálamo, o qual induz 
o sistema límbico, tornando a sensação de fome 
desagradável para que o indivíduo busque 
alimento. 
• Saciedade: Sensação de satisfação pós-prandial, 
resultado do relaxamento do sistema digestório 
após enchimento do estômago e diminuição da 
produção de saliva. 
• Apetite: Qualificação do alimento que se deseja 
inferir. Também chamado de orexia. Está ligado a 
sensação de fome. 
 
 
 
 
 FÊNOMENOS MECÂNICOS 
TRITURAÇÃO 
É fundamental para aumentar a superfície de 
contato das substâncias e elas possam sofrer ação 
das hidrolases posteriormente. A trituração nem 
sempre é bem sucedida, depende do tempo de 
mastigação de cada indivíduo. 
HOMOGENIZAÇÃO 
É a formação de uma única fase pastosa do 
alimento ingerido. Quanto mais homogênea mais fácil 
a propulsão e digestão do alimento. 
 
SOLUBILIZAÇÃO 
É feita pela saliva, a qual transforma o alimento 
sólido em uma solução contínua. 
 
LUBRIFICAÇÃO 
Realizada pela mucina, proporcionando um 
melhor deslizamento do alimento pelo tubo 
digestório. A mucina é uma glicoproteína produzida 
pelas glândulas do tecido digestório. 
 
 TEMPORIZAÇÃO DIGESTIVA 
Cada parte do sistema gastrointestinal possui um 
tempo perfeito para preparação e absorção de 
nutrientes. 
Estas partes são chamadas de estações de 
transformação, cada estação possui um tempo de 
permanência determinado, para que possa ter o 
processamento mecânico e químico adequado, 
respeitando a cinética enzimática das reações 
orgânicas. 
 
 FISIOLOGIA DA MASTIGAÇÃO 
A mastigação reduz o alimento a pequenas 
partículas e as misturam com as secreções das 
glândulas salivares. Ela é dependente de um arco 
sensitivo-motor onde ambos são oriundos do nervo 
trigêmeo. 
Ela ocorre pela oposição de elementos dentários, 
os incisivos e caninos (cortar) e os molares (triturar), e 
com o auxílio dos ossos, músculos e articulações. 
 
REFLEXO MASTIGATÓRIO 
A presença do alimento na cavidade oral e a 
força compressiva dos dentes, gengiva e palato, são 
fatores percebidos pelos receptores periféricos. Eles 
desencadeiam reflexos, que são conduzidos por um 
ramo receptivo sensitivo do nervo trigêmeo, para o 
tronco encefálico. 
O núcleo sensitivo do trigêmeo no tronco 
encefálico detecta o aumento da estimulação táctil 
das estruturas intraorais, e encaminha para os 
neurônios do núcleo motor do trigêmeo, os quais 
inervam os músculos masseter e os pterigoides. 
PAROREXIA, HIPEROREXIA E HIPERFAGIA 
A parorexia é quando o indivíduo apresenta 
desejos de alimentação, é uma perversão do 
sistema alimentar. Também chamado de pica. 
Acontece em grávidas ou quando se têm a 
presença de um parasita. 
A hiperorexia é quando se têm uma ingestão 
alimentar acentuada, mas sem prazer. Pode levar a 
casos de bulimia ou obesidade. 
A hiperfagia é quando temos o aumento do 
catabolismo ou a descompensação metabólica, 
que leva a um grande aumento da ingestão 
alimentar, visando compensar o que está 
desequilibrado. Muito frequente em casos de 
diabetes, por exemplo. 
 
ANOREXIA E ANOREXIA NERVOSA 
A anorexia significa a falta total ou parcial do 
apetite. No caso da anorexia nervosa, os pacientes 
possuem um distúrbio da imagem corporal, eles se 
enxergam obesos. 
É uma patologia psiquiátrica grave, onde o 
indivíduo estimula o vômito compulsório, causando 
redução súbita da calorimetria da dieta e 
dificuldade para retorno da alimentação. 
 
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Eles enviam uma resposta inibindo a atividade 
contrátil dos músculos, fazendo com que ocorra um 
relaxamento da mandíbula e ela distende novamente. 
O aumento da tensão das estruturas tendíneas 
por estiramento do relaxamento muscular, estimula o 
mesmo núcleo sensitivo do trigêmeo no tronco 
encefálico, que em seguida envia uma resposta 
através do ramo motor do trigêmeo causando uma 
nova contração da musculatura mastigatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 FISIOLOGIA DA SECREÇÃO SALIVAR 
A saliva é um líquido que contém eletrólitos e 
solutos orgânicos, secretado pelas glândulas exócrinas 
tubuloacinares, localizadas no crânio. 
Dentre elas temos as glândulas salivares maiores: 
parótidas (serosas), submandibulares (mistas) e 
sublinguais (mistas). Além disso, temos glândulas 
pequenas espelhadas por toda mucosa oral (mucosas). 
Essas glândulas produzem dois tipos de secreções 
proteica, uma serosa, contendo uma α-amilase salivar, 
denominada ptialina, e uma mucosa, contendo uma 
glicoproteína importante para proteção, lubrificação e 
tamponamento do trato gastroentérico, chamada de 
mucina. 
 
 
 
SECREÇÕES SALIVARES 
As células acinares sintetizam e secretam 
proteínas e um fluido com composição eletrolítica 
semelhante à do plasma. Esta secreção é chamada de 
saliva primária. 
Em seguida, a saliva primária é secretada nos 
ductos excretores, onde sofre alteração iônica e passa 
a ser chamada de saliva secundária. Uma bomba de 
sódio-potássio, faz uma troca reabsorvendo Na+ e 
secretando K+, criando uma diferença de concentração 
de cargas elétricas, que induz a reabsorção passiva de 
cloreto (Cl-). 
Também temos a secreção do íon bicarbonato 
(HCO3-) no ducto, parte ativa por meio de uma bomba 
e parte trocando cloreto por bicarbonato. No final, na 
saliva temos uma alta concentração de potássio e 
bicarbonato e uma baixa concentração de sódio e 
cloreto, pois foram reabsorvidos. 
 
AMILASE SALIVAR (PTIALINA) 
A ptialina tem o trabalho de ajudar a digerir o 
bolo alimentar no curto período de tempo até a 
região gástrica, pois lá essa amilase é exposta ao 
suco gástrico e tem sua ação inibida. 
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA 
Parte de um ramo do nervo facial é afetada 
diminuindo o tônus muscular, tornando-o flácido. 
 
DENTES 
Os dentes são constituídos por um canal central 
inervado, chamado de cavidade pulpar. Esse é 
recoberto por um material de tecido vivo, 
denominado dentina. Por fim, na camada mais 
externa temos o esmalte, um material resistente, 
mas suscetível a dano ácido produzido pela placa 
bacteriana. 
 
 
• Dentição permanente: 2 incisivos, 1 canino, 2 
pré-molares e 3 molares. 
• Dentição decídua: 2 incisivos, 1 canino e 3 
molares. 
 
REFLEXO DE SUCÇÃO 
O lactente tem um reflexo primitivo de sucção, 
no qual a estimulação de áreas da gengiva e língua 
desencadeiam a sucção através da musculatura 
labial e do músculo bucinador. 
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
• Masseter: É o principal, faz a elevação e 
protusão da mandíbula e auxilia a mover a 
mandíbula lateralmente. Inervado pelo nervo 
mandibular (ramo do trigêmeo). 
• Temporal: Eleva e retrai a mandíbula, auxilia no 
movimento lateral. Inervado pelo nervo 
mandibular (ramo do trigêmeo). 
• Pterigoide Medial: Faz elevação, protusão e 
deslocamento lateral da mandíbula. Inervado 
pelo nervo mandibular (ramo do trigêmeo). 
• Pterigoide Lateral: Abaixa, faz protusão e 
movimento lateral da mandíbula. Inervado pelo 
nervo mandibular (ramo do trigêmeo). 
 
O reflexo mastigatório pode ser ativado também 
por estímulos dolorosos ou gustativo-olfatórios. 
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A composição iônica da saliva, varia de acordo 
com o fluxo. Quando temos um baixo fluxo de 
secreção, sua composição é hipotônica ao plasma, 
poisse tem mais tempo para as trocas, por isso as 
concentrações de Na+ e Cl- são menores. 
O aumento do fluxo, estimulado pela inervação 
parassimpática, eleva a osmolaridade da saliva, pois 
tem menos tempo para as trocas iônicas acontecerem 
e as concentrações de Na+ e Cl- são maiores. 
 
 
REGULAÇÃO DA SALIVA 
As glândulas salivares possuem inervação 
parassimpática superior e inferior. A superior é 
através do nervo glossofaríngeo e a inferior através do 
nervo facial. 
A estimulação acontece através de estímulos 
tácteis e gustativos, na língua e na região faríngea. 
Com isso, a produção de saliva ocorre pela presença 
de algo na cavidade oral ou pela presença de algum 
sabor. Por exemplo, a presença de alimentos lisos ou 
com sabor ácido. 
Também, podemos ter estímulo ou inibição da 
produção salivar por meio da visão ou do cheiro, 
através da área do apetite, próxima de núcleos 
parassimpáticos no hipotálamo anterior. 
Estímulos gástricos e duodenais como irritação 
e náuseas, podem estimular a produção de saliva. Por 
exemplo, no caso de ingestão de uma substância 
irritativa e que nos cause náuseas, temos o aumento 
da produção de saliva e outras secreções para diluir 
essa substância. 
O sistema nervoso simpático aumenta 
discretamente a salivação, por meio dos gânglios 
cervicais superiores ou pela parede vascular. Afeta 
mais a eliminação proteica do que a fluída, secretando 
uma saliva com gosto amargo pela alta quantidade de 
proteínas. 
 
FUNÇÕES DA SALIVA 
• Facilita a deglutição, lubrificando e 
homogeneizando o bolo alimentar. 
• Facilita os movimentos orais, permitindo a fonação. 
• Serve como solvente para moléculas saporíficas 
(moléculas de sabor), tornando possível a 
identificação delas pelas papilas gustativas. 
• Umidificação e irrigação da cavidade oral, 
removendo partículas alimentares e bactérias. Já 
que, em sua composição apresenta o íon tiocianato 
e proteases, como a lisozima. 
• Presença de imunoglobulina-A secretória, 
conferindo função imunológica. 
• Presença de lactoferrina (função bacteriostática, se 
ligando ao ferro). 
• Presença de proteínas ricas no aminoácido prolina, 
altamente glicolisadas. Protegem o esmalte 
dentário e inativam taninos tóxicos. 
• Neutralização de acides do bolo alimentar e do 
quimo refluído para o esôfago. 
 
 
 
 
 FISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO 
A deglutição é a passagem do bolo alimentar da 
boca para o estômago, através do esôfago. É dividido 
em dois estágios, sendo um voluntário e o outro 
involuntário. 
1. Estágio Voluntário (Fase Oral): Presença do 
alimento na cavidade oral e sua retroprojeção 
para a faringe. Para realizar esse movimento, 
dependemos da musculatura estriada 
esquelética da cavidade oral, a língua. 
2. Estágio Involuntário (Fase Faríngea e 
Esofágica): Estimulação de receptores tácteis na 
região faríngea, para empurrar o bolo alimentar 
pela porção mais caudal do esôfago, com 
posterior relaxamento do esfíncter 
esofagogástrico (cárdia), permitindo que o bolo 
alimentar entre no estômago. 
 
SEQUÊNCIA DA DEGLUTIÇÃO 
A fase oral é voluntária, e se inicia com a ingestão 
do alimento. O bolo alimentar é pressionado pela 
língua, contra o palato, e movimentado em direção à 
orofaringe. 
XEROSTOMIA 
Redução do volume de produção salivar. É um 
sintoma da Síndrome de Sjogren. Pode ser feito o 
uso de um spray, o qual cria uma camada líquida na 
cavidade oral, agindo como uma saliva artificial e 
facilitando a deglutição. 
SIALORRÉIA 
Produção de um volume excessivo de saliva. 
Comum de acontecer na doença de Parkinson ou 
por algum efeito irritativo na cavidade oral, 
podendo causar aumento da produção salivar até 
mesmo durante o sono 
A reabsorção de sódio é importante, pois ele 
conserva a osmolaridade do sangue. Por isso, as 
perdas de sódio são evitadas ao máximo. 
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A fase faríngea é involuntária, e se inicia quando 
o bolo alimentar estimula receptores epiteliais da 
deglutição, especialmente nos pilares tonsilares, e 
seus impulsos passam para o tronco encefálico, 
iniciando uma sequência de eventos, os quais ocorrem 
rapidamente. 
Primeiramente, temos a elevação do palato mole 
em direção a nasofaringe, impedindo a entrada de 
alimento. Em seguida, as pregas palatofaríngeas são 
empurradas medialmente de forma a se aproximarem, 
formando uma fenda, a qual seleciona alimentos 
suficientemente mastigados, regulando o tamanho do 
bolo alimentar que digerimos. 
Após, ele chega na região de encontro do canal 
respiratório e do canal digestório, com isso, temos a 
aproximação das cordas vocais com tração da 
laringe para cima e para frente pelos músculos do 
pescoço. Assim, a epiglote é movimentada para trás, 
na direção da abertura da laringe, e a glote é 
movimentada para cima, impedindo a passagem do 
alimento para traqueia. 
O esfíncter esofágico superior se relaxa, o 
alimento passa e a faringe faz contração criando uma 
onda peristáltica para prosseguimento do bolo 
alimentar. 
A fase esofágica é involuntária, e se inicia quando 
o bolo alimentar chega até o esôfago e ocorre a 
peristalse primária esofagiana. Essa é a continuação 
da onda peristáltica que começa na faringe e percorre 
todo o esôfago, relaxando o esfíncter esofágico 
inferior. 
Ainda temos a peristalse secundária esofagiana, 
quando a primeira onda não é suficiente para 
empurrar o bolo alimentar, a segunda é resultado da 
distensão do próprio esôfago, por circuitos intrínsecos 
mioentéricos e por reflexos dos nervos glossofaríngeo 
(IX) e vago (X). 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESFÍNCTER ESÔFAGO-GÁSTRICO (CÁRDIA) 
É um anel muscular localizado na porção final do 
esôfago, que, em condições normais permanece 
tonicamente contraído, só relaxando quando a onda 
peristáltica desce. 
• Componente Intrínseco: Musculatura circular, 
localizada 3 cm acima da junção. Ela faz a contração 
tônica entre as deglutições. 
• Componente Extrínseco: Construído pelas fibras 
da porção crural do diafragma, as quais abraçam o 
cárdia em sua passagem. O enfraquecimento delas 
pode causar hérnias hiatais e diminui a função do 
esfíncter. 
• Fibras Gástricas Oblíquas: Ao entrar no estômago, 
o alimento empurra uma parte das fibras gástricas 
para cima e veda o retorno do conteúdo gástrico. 
Esse mecanismo mantém o cárdia ocluído. Isso 
também ocorre, quando temos o aumento abrupto 
da pressão intragástrica, como na tosse, inspiração 
profunda ou esforço físico. 
 
Quando os ramos do nervo vago para o 
esôfago são cortados, o plexo nervoso mioentérico 
do esôfago fica excitável o suficiente para causar, 
ondas peristálticas secundárias fortes, mesmo sem 
o suporte dos reflexos vagais. 
Portanto, mesmo depois da paralisia do 
reflexo da deglutição no tronco encefálico, alimento 
introduzido por sonda no esôfago, ainda passa 
rapidamente para o estômago. 
 
INERVAÇÃO DO ESÔFAGO 
Impulsos aferentes se originam do esôfago e 
atingem o centro de deglutição, principalmente 
pelos nervos vago e glossofaríngeo. O centro de 
deglutição fica no tronco encefálico, dele partem os 
nervos motores eferentes para o esôfago, 
inervando a musculatura estriada, via fibras vagais 
somáticas, e a musculatura lisa e seus plexos 
intramurais, via fibras vagais viscerais. 
As fibras eferentes para a faringe e o esôfago se 
originam nos núcleos dos nervos facial, hipoglosso 
e trigêmeo. 
Os pilares faríngeos são inervados pelos nervos 
trigêmeo (V) e glossofaríngeo (IX), o estímulo é 
projetado para o nervo vago (X). 
 
A gravidade também é um fator que auxilia na 
fase de deglutição, ajudando a empurrar o bolo 
alimentar. 
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 INTEGRAÇÃOCLÍNICO-CIRÚGICA 
• Esofagite por cáusticos: Ingestão de soca cáustica. 
A pessoas que sobrevivam a isso, permaneciam 
com a destruição do tecido do esôfago pela 
cicatrização, tendo a diminuição da elasticidade, 
podendo resultar em estenose (redução da luz). 
• Cateterização naso ou oroesofagogástrica: Usada 
para lavagem gástrica ou como via de 
administração de alimentação por pouco tempo. 
 
REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
Disfunção do esfíncter gastroesofágico, 
devido a um distúrbio da regulação neural do 
cárdia. Ele é mantido contraído por uma relação 
colinérgica vagal e relaxa por ação do óxido nítrico 
e do peptídeo intestinal vasoativo, que são 
interneurônios parassimpáticos. 
O tratamento cirúrgico se chama fundoplicação, 
no qual pegam um pedaço de tecido do fundo 
gástrico para reforçar as estruturas próximas do 
esfíncter. 
O refluxo é comum em lactentes, pois eles ainda 
não possuem uma maturação do sistema. 
AEROFAGIA 
Aerofagia é uma condição de deglutição 
excessiva do ar, o qual fica aprisionado no esôfago 
ou no estômago. 
Acontece em situações de alto nível de 
ansiedade, normalmente associada a queixa de 
eructação e gases presentes no tubo digestivo. 
ACALASIA 
Contração exagerada com déficit de 
relaxamento do esfíncter, por baixa liberação de 
fatores humorais inibitórios ou por dilatação 
maciça. 
O tratamento cirúrgico é feito através de 
miotomia (corta parte das fibras), dilatação 
pneumática (passa uma vela por endoscopia) ou 
bloqueio botulínico (injeta toxina botulínica, a qual 
possui um efeito bloqueador da contratilidade 
muscular. 
Engolimos cerca de 600 vezes nas 24 horas, 200 
vezes prandiais, 350 vezes quando não estamos 
comendo e 50 vezes durante o sono.

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