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Nome do aluno: Greyce Kelly Carvalho Araújo Matrícula: 201602693111 Disciplina: Direito Financeiro e Tributário II (manhã - turma 1001) Professora: Daniela Juliano Caso Concreto - AV1 (Valor: 2 pontos) “A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a investimento público urgente e de relevante interesse nacional, instituiu, por meio da Lei Ordinária nº 1.234, publicada em 01 de janeiro de 2014, empréstimo compulsório. O fato gerador do citado empréstimo compulsório é a propriedade de imóveis rurais e o tributo somente será devido de maio a dezembro de 2014. Caio, proprietário de imóvel rural situado no Estado X, após receber a notificação do lançamento do crédito tributário referente ao empréstimo compulsório dos meses de maio a dezembro de 2014, realiza o pagamento do tributo cobrado. Posteriormente, tendo em vista notícias veiculadas a respeito da possibilidade desse pagamento ter sido indevido, Caio decide procurá-lo(a) com o objetivo de obter a restituição dos valores pagos indevidamente”. Pergunta-se: A) Qual a medida judicial adequada para reaver em pecúnia os pagamentos efetuados? R= Diante do caso em tela, a medida judicial adequeda é a Ação de Repetição de Indébito ( art.165, inciso I do CTN), visto que Caio pretende recuperar os valores do empréstimo compulsório que foram pagos indevidamente. Como não há mais lançamentos, uma vez que os meses de maio a dezembro de 2014 foi o período a ser pago o empréstimo, logo, a ação supracitada pretende restituir todos os valores pagos por Caio. B) Quais os principais argumentos de defesa a serem utilizados na construção de referida ação? Cite doutrina e jurisprudência sobre o tema. R= Nota-se que a União no caso concreto em tela, instituiu o empréstimo compulsório por lei ordinária caracterizando a inconstitucionalidade, uma vez que o certo seria por lei complementar como afirma o artigo 148, caput da Constituição Federal. Outrossim, o empréstimo compulsório alusivo a investimento público que tem natureza urgente e relevante interesse nacional, financeiro posterior ao da publicação da lei em conformidade com o artigo 148, inciso II C/C o artigo 150, inciso III, ”b” da CF. Segue o julgado do Tribunal de Justiça do RS: ‘APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE REPETIÇÃO INDÉBITO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CABIMENTO. A cobrança indevida implica no dever de restituir os valores recebidos indevidamente. A repetição é devida na forma simples independente da comprovação de erro, enquanto a repetição em dobro requisita prova de má-fé. Precedentes do e. STJ. - Circunstâncias dos autos em que ausente prova de má-fé impõe-se a forma simples. DANO MORAL. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. O lançamento não autorizado na folha de pagamento constitui conduta ilícita que para ensejar reparação moral exige prova da lesão, pois não se trata de dano mora in re ipsa. -Circunstância dos autos em que se impõe decotar a condenação. SUCUMBÊNCIA. Sucumbência redimensionada. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70071026389, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 24/11/2016). “ Com propriedade, Leandro Paulsen diz: “Efetuado pagamento indevido, surge o direito ao ressarcimento. Isso porque, em matéria tributária, ninguém age por liberalidade, mas estritamente por força de lei, sendo que o pagamento indevido implica enriquecimento sem causa do suposto credor em detrimento do suposto devedor.” (PAULSEN, Leandro, 2012, p. 210).
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