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Revisão TOP TEMAS - Discursivas Dinâmicas da urbanização e da população nos espaços mundo e Brasil QUESTÃO 1 Mundo – cidades globais e megacidades (início do século XXI) As megacidades, com mais de 10 milhões de habitantes e situadas principalmente nos países subdesenvolvidos, são ricas em contrastes: modernidade e arcaísmo, riqueza e pobreza. a) Comente a afirmação: “Nem todas as cidades globais são megacidades e nem todas as megacidades são cidades globais.” b) Explique uma consequência socioeconômica do crescimento acelerado das megacidades nos países pobres. Justifique sua resposta. Leia com atenção ao texto a seguir e responda as questões 2 e 3: O déficit habitacional [...] Entra ano e sai ano, a faxineira Aurelina sonha em comprar sua casa própria. – Mas não tenho dinheiro para entrada e nem para parcela muito alta – conta ela, que ganha R$ 700 mensais e paga R$ 150 de aluguel em uma casa que divide com a filha, a irmã e dois cunhados no município de Osasco, região metropolitana de São Paulo. Pela primeira vez em 15 anos, o déficit habitacional caiu 9,5%, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas encomendado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon SP). Apesar da queda, o déficit no país ainda é grave: quase 7,2 milhões de residências são necessárias para eliminar as habitações precárias ou divididas por várias famílias, como é o caso de Aurelina. [...] – Infelizmente, as classes mais baixas não foram contempladas com o avanço habitacional – explica Sergio Watanabe, presidente do Sinduscon, entidade que encomendou o estudo. Watanabe destaca que os domícilios inadequados são residências improvisadas, como favelas e cortiços, com condições precárias de moradia. – As famílias com renda de até cinco salários mínimos representam 93% do déficit – diz. Watanabe comenta que participou das reuniões para criar o Plano Nacional de Habitação, que sugerem diretrizes para o governo criar políticas de moradia. – Além de oferecer oportunidades para essas famílias, o plano manteria o nível de atividade da construção civil, que hoje representa 2,180 milhões de postos de trabalho – ressalta. Para o arquiteto e urbanista do Instituto Pólis, Kazuo Nakano, construir novos imóveis não é a única solução. – É preciso ter iniciativas de reciclagem de prédios antigos em regiões centrais das grandes cidades e aproveitar pequenos terrenos no perímetro urbano: ao invés de fazer apenas grandes construções em áreas maiores, é interessante construir pequenos prédios e casas nestes locais – diz. De acordo com o especialista, grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, têm muitos prédios abandonados em regiões centrais. – O comércio avança e cria ‘desertos’ nas cidades, as pessoas deixam de morar e o local fica desabitado à noite – ressalta. Além dessas medidas, Nakano sugere também a criação de linha de crédito para pessoas como Aurelina. O arquiteto alerta que uma linha de crédito isolada não basta: é fundamental ainda criar um fundo garantidor para as famílias que fiquem inadimplentes. – Estas pessoas estão na linha de risco de não assumir os compromissos para não criar uma bolha imobiliária como nos Estados Unidos, que deram crédito para quem não podia pagar – afirma. Agência Brasil. Disponível em: <http://jbonline.terra.com.br/ extra/2008/12/27/e271216764.html>. Acesso em: 18 out. 2009. QUESTÃO 2 Por que o arquiteto e urbanista do Instituto Pólis, Kazuo Nakano, afirma que “construir novos imóveis não é a única solução”? QUESTÃO 3 a) Em que medida o texto relaciona a questão da moradia no Brasil à desigualdade social? b) Comente a questão dos direitos do cidadão, com base no problema do déficit habitacional. QUESTÃO 4 Leia o texto a seguir. As cidades cresceram muito, concentrando milhões de pessoas que se encontram em busca de sobrevivência. Hoje, no mundo, a população urbana supera a população rural. As megacidades alcançam cifras impensáveis. A população de Tóquio em 2007 era superior a trinta e cinco milhões de habitantes. São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as maiores cidades do mundo. SILVA, José Borzacchiello. Megacidades. "O Povo". 17/08/2008, p. 5. O rápido crescimento das cidades amplia a necessidade de estabelecer conceitos que definam de forma clara os fenômenos urbanos, assim como de desenvolver teorias que expliquem e/ou orientem a prevenção de problemas decorrentes desse crescimento. As questões abaixo versam sobre os fenômenos urbanos, a forma como a urbanização se processa no mundo e as consequências da urbanização. a) Defina - Sítio urbano: - Função urbana: - Rede urbana: - Conurbação: b) Apresente duas características do processo de urbanização em cidades de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. QUESTÃO 5 População mundial: já somos 7 bilhões A população mundial pode chegar à marca dos 9 bilhões até 2045. Estados Unidos - Um grupo de recém-nascidos em 1º de setembro de 2010 descansa no Hospital Winnie Palmer, em Orlando, a segunda maternidade mais movimentada do país. Ao longo do ano de 2011 a revista NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL vai discutir os desafios do crescimento da população mundial, que está prestes a atingir a marca de 7 bilhões de habitantes. Assista atentamente ao vídeo presente no site da revista: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-130/videos/populacao-mundial-7-bilhoes- 615493.shtml Teremos até o final de 2011, 7 bilhões de habitantes no planeta. Desse total mais de 5,0 bilhões vivem em nações subdesenvolvidas. Apesar da existência de organizações transnacionais destinadas a resolver o drama da pobreza, só aumenta a disparidade entre o mundo rico e o mundo pobre. As questões a seguir versam sobre a população mundial, sua distribuição, suas características e seus problemas. a) Cite quatro dos dez países mais populosos do mundo. b) Cite três consequências da desigualdade socioeconômica presente entre os povos. c) Aponte dois fatores que contribuem para o aumento da expectativa de vida que ocorre mesmo em muitos países ou regiões de acentuada pobreza. QUESTÃO 6 Na Europa, o apogeu da transição demográfica ocorreu no século XIX, quando o crescimento populacional atingiu seu ponto máximo: entre 1,0 % e 1,5% ao ano. Essas taxas foram resultantes da queda generalizada da mortalidade no continente. a) Apresente dois fatores que contribuíram para a redução da mortalidade na Europa no período de seu apogeu da transição demográfica. Nas últimas décadas do século XIX, as taxas de natalidade também caem na maioria das regiões da Europa, indicando o início de um processo de estabilização demográfica que iria se completar no século XX. Um dos elementos que determinou a redução da natalidade nesse momento foi queda significativa da mortalidade infantil. b) Explique como a diminuição da mortalidade infantil contribuiu para a queda nas taxas de natalidade. QUESTÃO 7 Observe o gráfico a seguir e responda: Nos últimos anos, verifica-se um crescimento da população idosa no Brasil. O gráfico do IBGE faz uma projeção para a população de 80 anos ou mais nos próximos anos. Se o perfil da população brasileira seguir a tendência indicada, aponte duas políticas públicas para a melhoria das condições de vida para atender à demanda indicada. Leia o texto a seguir e responda as questões 8 e 9: Na África subsaariana, na América Latina, no Oriente Médio e em partes da Ásia, a urbanização com baixa taxa de crescimento econômico é claramente herança de uma conjuntura política global - a crise da dívida externa do final da década de 1970 e a subseqüente reestruturação das economias do Terceiro Mundo pelo FMI nos anos 1980. O crescimento da população urbana, apesar do baixo crescimento econômico, é a face extrema do que alguns pesquisadores rotularam de "superurbanização".(Adaptado de Mike Davis, Planeta de favelas: a involução urbana e o proletariado informal. In: Emir Sader (org.). "Contragolpes: seleção de artigos da New Left Review". São Paulo: Boitempo, 2006, p.195.) QUESTÃO 8 O que se entende por "superurbanização"? QUESTÃO 9 Um dos resultados da superurbanização é o desenvolvimento de megacidades com mais de 8 milhões de habitantes e de hipercidades com mais de 20 milhões de habitantes, muitas delas localizadas na Ásia. Aponte e justifique as razões para essa forte urbanização recente em países asiáticos. QUESTÃO 10 O gráfico a seguir demonstra o percentual, por região, de crianças que exercem alguma atividade econômica. Com base nas informações do gráfico, elabore um pequeno texto, relacionando o uso da mão-de-obra infantil às atividades exercidas e apontando uma conseqüência desse trabalho para a criança. GABARITO 1) – a) As cidades globais não tem necessariamente um número superior a 10 milhões de habitantes, pois não é o grande contingente populacional que as define, mas suas qualidades em termos de conexões à economia globalizada, sua infraestrutura em telecomunicações e transportes, suas atividades econômicas, a presença de sedes de grandes grupos empresariais, de grandes centros financeiros. Por outro lado, há grandes cidades, com mais de 10 milhões de habitantes, que não tem as qualidades anteriormente mencionadas. b) Exclusão social. Na medida em que as cidades se desenvolvem aumenta a necessidade de maior qualificação da mão-de-obra. A falta ou a má qualificação da população ativa exclui os trabalhadores do mercado de trabalho. 2) - Porque é preciso reciclar prédios antigos e abandonados em regiões centrais das grandes cidades e aproveitar pequenos terrenos no perímetro urbano, ao invés de fazer apenas grandes construções em áreas maiores. Ele destaca ainda que seria “interessante construir pequenos prédios e casas nestes locais”. 3) - a) O texto afirma que pessoas têm dificuldades para arcar com aluguéis ou com as prestações do finan- ciamento da casa própria. As pessoas de baixa renda são as mais afetadas pela falta de moradia adequada. b) O direito a moradia digna é fundamental quando consideramos os direitos dos cidadãos e, na realidade brasileira, essa necessidade básica é negada a parcela expressiva da população. 4) - a) O local onde uma cidade foi construída é o chamado sítio urbano, que pode ser uma planície (ex.: Manaus, Paris), um planalto (ex.: Brasília, Madri), uma montanha (ex.: Campos de Jordão), entre outros. A função urbana diz respeito à característica principal pela qual uma cidade é conhecida. Existem cidades religiosas (ex.: Aparecida - SP); industriais (ex.: Volta Redonda - RJ); administrativas (ex.: Brasília - DF); militares (ex.: Resende - RJ) e turísticas (ex.: Fortaleza - CE). As cidades, de uma maneira geral, não vivem isoladas. Elas estabelecem um sistema de relações que envolvem um fluxo de pessoas, de mercadorias, serviços e informações. A esse sistema chamamos rede urbana. A rede urbana brasileira tem como principal característica as disparidades regionais, pois, enquanto ela é bem articulada no Sudeste, o mesmo não ocorre nas regiões Norte e Centro- Oeste. Conurbação é a superposição ou o encontro de duas ou mais cidades próximas em razão de seu crescimento. Pode ocorrer entre cidades do mesmo tamanho ou de tamanhos diferentes. São exemplos: Juazeiro (BA) e Petrolina (PE); Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha (CE). b) Nos países desenvolvidos, diferentemente dos países subdesenvolvidos, a urbanização ocorreu de forma mais lenta e integrada com a área rural, iniciando-se na Revolução Industrial e seguindo até os dias de hoje. Alguns fatores contribuíram para esse processo, entre eles a atração exercida pelas cidades (indústria, emprego, melhores salários, condições de saúde e educação) e a mecanização agrícola, que expulsou trabalhadores das áreas rurais. No caso dos países subdesenvolvidos, no geral, o processo de urbanização intensificou-se após a Segunda Guerra Mundial e não foi uniforme. Alguns países industrializaram-se; outros permaneceram predominantemente agrários e com uma população rural bastante expressiva. Tanto os países desenvolvidos como os subdesenvolvidos passam por problemas como trânsito complicado, poluição visual e auditiva, poluição do ar, do solo e das águas e violência. 5) - a) China (1.285,0 habitantes), Índia (1.025,1 habitantes), Estados Unidos (285,9 habitantes), Indonésia (214,8 habitantes), Brasil (169,6 habitantes), Paquistão (145,0 habitantes), Federação Russa (144,7 habitantes), Bangladesh (140,4 habitantes), Japão (127,3 habitantes), Nigéria (116,9 habitantes). b) Movimentos migratórios, de populações dos países mais pobres para os mais desenvolvidos em busca de melhores condições de vida; existência de políticas assistencialistas nacionais e internacionais ("bolsa escola" no Brasil; programas da UNICEF, do Banco Mundial etc.), xenofobia; dependência econômica; empréstimos e financiamentos a juros altos dos países ricos para os países pobres, entre outras conseqüências. c) melhoria nas condições médico-sanitárias, urbanização, expansão de redes de saneameno básico, vacinação da população, melhoria das aposentadorias e de outras formas de renda familiar. 6) - a) Dentre os fatores, podemos citar: eliminação da fome e da escassez de alimentos em virtude da modernização da agricultura; os novos hábitos de higiene pessoal; a implantação de uma rede de serviços de saúde pública; os avanços no campo da medicina etc. b) A mortalidade infantil influenciou de forma decisiva o comportamento reprodutivo, já que as pessoas tendem a ter menos filhos quando aumentam as chances de as crianças sobreviverem até a idade adulta. 7) - Ampliação de políticas de saúde pública voltadas à geriatria; subsídios para produção e distribuição de remédios; aumento do número de espaços de ocupação e lazer para os idosos; reforma na previdência; ampliação de políticas públicas de saúde preventiva; adequação das estruturas das cidades ao idoso (tempo nos sinais de trânsito, ruas, degraus, escadas, corrimãos); mercado de consumo adequado às necessidades dos idosos. 8) - É um termo empregado para designar a expansão urbana desordenada com inchaço urbano. 9) - A forte urbanização recente principalmente de países do Sul da Ásia, associa-se à atual modernização de sua economia e sua industrialização, que alterou significativamente suas estruturas agrárias que deixaram de ser orientadas ao alto consumo, demandando menos mão-de-obra, intensificando o êxodo rural; a introdução de melhoramentos no saneamento básico e na assistência médico-hospitalar reduziram rapidamente a mortalidade, com a modesta queda nos índices de natalidade, com aumento do crescimento vegetativo urbano. 2) - É recomendável abordar o trabalho infantil, nas diferentes Regiões, na agropecuária (em propriedades familiares, cortadores de cana, beneficiamento do sisal...), no meio urbano (empilhadores de tijolos em olarias...), na exploração de recursos (carvoarias...) com conseqüente queda do rendimento escolar ou impedimento ao estudo e condições de saúde (tarefas penosas e/ou insalubres).
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