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Resenha Crítica_cap 5 e 6 SAPIENS CARLACANFILD(1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DOS GUARARAPES 
 
 
 
 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
CARLA CANFILD 201900120 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO 01 DE TEORIA E HISTÓRIA DA 
ARQUITETURA E URBANISMO 
Da Antiguidade ao Século XVIII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JABOATÃO DOS GUARARAPES 
2020 
Carla Canfild 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DOS CAPÍTULOS 5 E 6 DO LIVRO 
SAPIENS - UMA BREVE HISTÓRIA DA HUMANIDADE 
A Revolução Agrícola 
 
 
 
Resenha crítica apresentada à disciplina de 
Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo da 
Antiguidade ao Século XVIII, ministrada pela 
professora Marília Cavalcanti para fins de 
avaliação parcial no Curso de Arquitetura e 
Urbanismo da UNIFG – Centro Universitário dos 
Guararapes. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
JABOATÃO DOS GUARARAPES 
2020 
RESENHA CRÍTICA 
HARARI, Yuval Noah. Sapiens - uma breve história da humanidade. Tradução 
de Janaína Marcoantonio. 1. Ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.p. 84-123. 
Yuval Noah Harari, historiador, doutor em História pela Universidade de Oxford 
e especializado em história mundial, leciona história na Universidade Hebraica de 
Jerusalém. É autor do best-seller internacional Sapiens - uma breve história da 
humanidade e também de Homo Deus - uma breve história do amanhã. Seu último 
lançamento é 21 Lições para o Século 21. 
O autor discursa sobre a evolução do homo através de suas espécies 
enfatizando as grandes revoluções da história da humanidade: a revolução cognitiva 
70 mil anos atrás; a revolução agrícola entre 10 e 12 mil anos atrás; a revolução 
científica 500 anos atrás. 
Nesta crítica vamos nos ater aos capítulos 5 e 6 do livro e especificamente a 
revolução agrícola, os efeitos que causou na espécie e que nos fez refletir hoje sobre 
nossa conduta social. 
No capítulo 5 o autor desafia a curiosidade do leitor já no título: "A maior fraude 
da história". O sucesso da evolução o homo de diferentes espécies vivia de forma 
sustentável, nômade, coletando grãos e frutos silvestres, restos de caçada de outros 
predadores e da caça de pequenos animais. Em dado momento percebeu que poderia 
manipular a produção de sementes e a criação dos animais que outrora caçava. Esse 
empreendimento custou observação acurada e perspicaz, um conjunto de 
conhecimentos acumulados, juntados como lego as peças que formaram um conjunto 
coeso, aprendeu a domesticar sua caça e a detê-la junto consigo. Assim como 
começou a cultivar a terra para que produzisse o mantimento do seu grupo. Esse 
cultivo da terra demandava quase todo o tempo que o homo tinha: limpar o solo; tirar 
as pedras; carregar água; espalhar as sementes; arrancar as ervas daninhas etc. Esse 
processo começou por volta de 9500 a 8500 a.C. quando os caçadores-coletores 
iniciaram o processo que os transformaram em agropecuaristas. Nossos ancestrais 
coletavam e caçavam inúmeras espécies, mas poucas de fato foram passíveis de 
domesticação. A evolução da espécie deu-se na técnica de conseguir provisão de 
alimento, mas não na inteligência propriamente dita, razão pela qual o título deste 
capítulo nos instiga. A vida dos produtores rurais não sofreu um salto qualitativo com 
o advento da agricultura. O homem se ufana por se julgar sábio, mas as suas ações 
efetivamente não corroboram que tenha ganhado sabedoria, à medida que se tenha 
colocado preso na sua ambição de acumular e ter sempre mais a acumular. 
O autor afirma que o homem nunca domesticou as espécies que cultiva, mas 
estas sim, domesticaram o homem, fazendo-o trabalhar, se encurvar e se cansar para 
obter a segurança de celeiros cheios. Sobre o ponto de vista evolutivo quem tem maior 
sucesso? O homem que vivia de forma nômade circulando pelos pagos do mundo 
coletando o que comer e caçando; ou o trigo que domesticou o homem não se 
rendendo a qualquer pedaço de chão para produção, não desabrochando em meio a 
terras áridas e cheias de intempéries e plantas daninhas? O trigo exigiu do homem 
achar um ambiente propício e trabalhar o campo para frutificar nele a sua semente. O 
trigo se exibia aos vermes e insetos e aos outros animais, e o homem precisou 
trabalhar mais e cercar essa plantação cada vez mais de cuidados. O trigo não 
produzia bem sem um incentivo maior e o homem precisou buscar adubo para 
depositar na terra. De um lugar de comodidade quando era simples coletor o homem 
evoluiu (?) para o cansaço e a sobrecarga dos trabalhos do campo. "Como o trigo 
convenceu o homo sapiens a trocar uma vida boa por uma existência miserável?" O 
homem se encheu de dores, cansaço, e em troca de teve uma pobre dieta longe da 
diversidade de quando era um simples catador daquilo que a natureza ofertava de 
forma despretensiosa para ele, a diversidade da dieta do caçador coletor conferia 
maior resistência física e era saudável para os indivíduos. O trigo não dava segurança 
econômica e nem contra a violência dos outros seres humanos. Isso poderia 
desencadear a fome e a morte dos agricultores. Se a chuva e a água faltassem a 
produção se perderia. O homem defendia os seus campos com a própria vida se 
necessário. A violência do homem contra o homem foi controlada com as 
aglomerações dos grupos sociais, a formação das cidades, reinos e estados. O 
insumo do trigo viabilizou o crescimento da massa de homo sapiens de forma 
progressiva, apesar da perda nutricional dos indivíduos. No tempo dos coletores, 8500 
a.C., em determinada área havia suplementos coletáveis para grupos estimados em 
cem homos. Quando esse território cedeu lugar à agricultura o mesmo espaço com 
plantio do trigo nutria, ou melhor, subnutria uma aldeia grande de cerca de mil 
pessoas. O sucesso evolutivo é medido pelo quantitativo de cópias do seu DNA. Assim 
mil cópias é um valor superior a 100 cópias mesmo que com perda de qualidade 
nutricional e de vida. Mais indivíduos vivos com condições piores. Por isso o autor 
afirma: "A revolução agrícola foi uma armadilha" Essa revolução não se deu de um dia 
para o outro, houve um processo de prosperidade onde os recursos naturais eram 
abundantes. Havia um controle populacional natural e o trigo não era o único 
componente da dieta dos coletores. Houve um aquecimento global há cerca de 18 mil 
anos onde chuvas foram freqüentes e favoráveis ao desenvolvimento do trigo. Com a 
colheita e transporte os grãos caíram no chão e brotaram. Houve um implemento 
quase acidental da produção de trigo e outros cereais. Num período à frente os 
indivíduos começaram a programar o cultivo, separando uma parte dos grãos para 
semear. Quando os homens se fixaram à terra suas mulheres passaram a ter mais 
filhos. Uma em cada três das crianças que nasciam morria antes dos seus 20 anos. E 
esses agricultores continuaram a fazer mais e mais filhos. 
As decisões 
A ganância do ser humano não data de hoje. Com afinco o homem trabalhou 
mais, sempre visando uma colheita maior e com mais excedente da necessidade do 
seu grupo. O plano era para melhorar a vida, mas a produção exacerbada de filhos 
exigiu produção agrícola cada vez mais farta, fazendo o homo sapiens girar a roda 
viciante do ter mais para suprir o que já tem. O processo foi lento e provavelmente o 
homem não conseguiu fazer a autocrítica. Não trocou uma atividade estressante pela 
coletoria enquanto o contingente permitisse. Quando se deu conta estava preso à 
necessidade de produção para manter seus agregados, escravizado no seu modus 
vivendi. "Os luxos tendem a se tornar necessidades e gerar novas obrigações." Os 
nossos luxos cotidianos, nossos eletrodomésticos, nasceram sobre o pretexto de nos 
aliviar as cargas do serviço em casa e de nos liberar mais tempo. Na prática, 
desenfreamos os nossos afazeres numa corrida maluca da vida moderna e o que não 
temos é tempo nas 24 horas do dia para cumprir toda agenda que desejamos. "A 
revolução agrícola foi um erro de cálculo?" É plausíveljá que o homo sapiens tem no 
seu cerne, no seu DNA, a inclinação ao erro, afinal, errar é humano! O erro é uma 
marca do homem a corrupção individual que se vê nas massas hoje prova isso, sem 
muito esforço. Tanto é assim que acumular bens de consumo fez o homo sapiens 
trocar uma situação boa, coletoria e caça, para se alimentar, por uma situação 
degradante da sua integridade e saúde com a agricultura. 
Os pecuaristas da Vanguarda 
Os caçadores começaram a selecionar sua caça perceberam que podiam 
também arrebanhar animais e estimular a procriação através da triagem dos melhores 
indivíduos mais mansos (os mais agressivos eram sacrificados primeiro). O rebanho 
passou a gozar de proteção contra as bestas feras. Também se especula que ao 
prender a caça para a engorda, se achou a possibilidade de se ter diversos indivíduos 
juntos presos. Talvez o início de um rebanho. Ovelhas, galinhas, porcos e bois 
forneciam alimentos, peles para roupas, além de transporte e força motriz para tarefas 
do campo, que foram partilhados pelos humanos com os animais. Os humanos se 
espalharam no mundo e os seus rebanhos também. Do ponto de vista evolutivo esses 
rebanhos alcançaram o topo do sucesso. Ledo engano, pois o custo desse sucesso é 
muito sofrimento dos animais. Os rebanhos domésticos são privados de uma 
expectativa de vida natural, pois já quando alcança o tamanho adulto vão para o abate. 
É triste a forma como o homo sapiens a despeito de honrar o seu próprio bolso, usa 
de crueldade sem precedentes com os bichinhos. A pretexto de produzir leite para 
consumo humano uma vaca quando tem um filhote é separada dele e o bezerro não 
tem disponível para si a produção do leite da mãe. Entre tantas outras atrocidades que 
se que faz na pecuária, na produção de animais para o abate. 
No capítulo seis, intitulado “Construindo Pirâmides”, é perceptível que a 
revolução agrícola se tornou um caminho sem volta, o homem está fadado ao egoísmo 
e a segregação. Junto com o advento da agricultura veio o boom populacional. Um 
evento sustenta o outro, numa simbiose comportamental. Quando coletores os 
homens viviam em grandes territórios e esse era o conceito de lar: o céu aberto, os 
campos a perder de vista com todo o aparato natural de rios, montes, florestas entre 
outras coisas. Quando o homem se fixou na terra e trabalhou os seus plantios, 
descansava na estrutura diminuta de poucas dezenas de metros: a sua casa. Dentro 
da revolução agrícola houve outra revolução: a relação do homem com o seu lar que 
antes era um vasto território e agora estava reduzido a estrutura que o segregava em 
grupos menores dentro da comunidade. Assim nasceu a nossa arquitetura. O homem 
se ensimesmou. O bando se modificou. O rastro do homem por onde passava ficou 
em extremo relevante. O agricultor mudava a cena da terra de forma substancial e até 
hoje de forma dinâmica não deixamos de modificar o nosso meio. O homem agricultor 
foi adensando para si as coisas que plantava na sua propriedade que os deixava cada 
vez mais fixado, preso nela e infinitamente menos nômade. O homem abriu mão de 
ser da natureza toda para ter um pedaço de chão para chamar de seu. 
A Chegada do Futuro 
Diferente dos coletores-caçadores que se ocupavam do aqui e agora os 
agricultores começaram a se preocupar com tempos vindouros. Planejavam seus 
plantios, suas colheitas e o seu futuro e este se tornou o assunto em questão: o futuro. 
Tempo de plantar, as chuvas necessárias, tempo de colher, e as variáveis intrínsecas 
desse negócio. O pastor precisava produzir pasto para manter o rebanho.O agricultor 
ficava à mercê das intempéries naturais. Era preciso antecipar tais fatos e se precaver 
com soluções que mantivessem a sua vida. O homo começou a acumular reservas 
para quando a agricultura não correspondesse com uma boa safra. Com agricultura e 
suas instabilidades nasceu o estresse do homem produtor, sobre ter ou não o 
necessário para nutrir o seu grupo. Esse estresse encurtou a vida do homem. A 
sofisticação do homem engendrava alternativas às intempéries que passava na terra. 
O estresse humano é o pai dos sistemas políticos e sociais que temos hoje. Todo o 
trabalho empreendido para a segurança alimentar do seu grupo não garantiu a essa 
espécie qualidade de vida, mas subsistência. O excedente da terra garantiu o sustento 
das classes de elites que subjugavam o homem do campo, confiscando a sua 
produção. O autor diz que a história é o que algumas poucas pessoas fizeram 
enquanto todas as outras estavam arando campos e carregando baldes de água. 
Uma ordem imaginada 
O excesso da produção agrícola aliado ao sistema de transportes fomentou os 
agrupamentos dos humanos em vilarejos, cidades e reinos e o comércio foi a liga 
dessa receita. Apesar da abundância de oferta de alimentos o homem social não 
consegue viver em paz, então guerras e conflitos foram as respostas do coração do 
homem à sua infinita insatisfação. A evolução humana materialmente falando é visível, 
mas o íntimo desse homem não está preparado para cooperar em/com a massa. 
Os mitos e as redes de cooperação em massa 
A influência de uns homens sobre os outros se deu na criação de histórias que 
submetiam os homens aos seus contadores dessas histórias. Redes de manipulação 
em nome de divindades eram cercas psicológicas que cercavam a vida de grandes 
populações. A história dos impérios através dos tempos relata esse relacionamento 
de opressão e exploração.Os camponeses sustentavam com seu trabalho o rei, o 
cobrador de impostos, os ociosos que vivem nos palácios e todo sistema que o oprime. 
Essa rede de cooperação nada mais foi do que ordem imaginada orquestrada por 
crenças e mitos partilhados. Exemplo de mito partilhado através da história: o Código 
de Hamurabi. Exemplo de mito partilhado hoje: a Declaração de Independência dos 
Estados Unidos. As ordens naturais são estáveis como a lei da gravidade, porque 
crendo ou não nessa lei ela funciona 24 horas por dia. Uma ordem imaginada que 
depende de mitos tem a existência intrinsecamente atrelada à crença de quem as 
defendem e seguem. O homem indivíduo e o homem social: as realidades imaginadas 
são a base que agrega todos os humanos. O homem é insignificante, segundo o autor, 
mas ele desenvolveu uma teoria ficcional onde prende os seus pares nela. Somos 
contadores das histórias que acreditamos. O sapiens quando se fixou na terra e a 
cultivou, cavou a cova da sua tranqüilidade. Quando era um simples coletor-caçador 
ele não se preocupava com o dia de amanhã.

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