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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DA SAÚDE COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
Resenha Crítica de Caso 
Sara Alves Marques de Freitas
Trabalho da disciplina:
Logística Avançada (Supply Chain Management)
 	 Tutor (a): 
Horizonte/ CE
2020
 (
4
)
ZARA: MODA RAPIDA
Referência: GHEMAWAT, P. NUENO, J.l, ZARA: moda rápida. Harvard Business School. Dezembro de 2006.
O presente estudo de caso inicia-se com a ambientação do mercado de moda possuindo como personagem principal a Inditex, dona de varias redes varejistas do setor de vestuário. Empresa de origem Espanhola pertencente à Amancio Ortega, que teve seu inicio no mundo da moda atuando como Office boy no setor de vestuário. A Inditex apresentava no começo da década um lucro liquido de 340 milhões de euros sobre receita tendo uma caminhada lucrativa.
A cadeia global de vestuário era visto como exemplo de teste controlado pelo comprador, onde os lucros advindos de pesquisas, vendas, marketings traziam aos varejistas e outros profissionais atuassem como corretores estratégicos de conexão entre exterior e mercado. 
Os principais intermediários transfronteiriços eram as empresas de comercio exterior que faziam a ponte dos fluxos físicos entre os países exportadores e os importadores. A maior empresa dessa atividade era a Li & Fung de Hong Kong atuando em mais de 30 países. A montagem de uma peça completa poderia ser o resultado da junção de varias outras partes oriundas de diversos países e por fim o produto final enviado aos Estados Unidos e colocados nas lojas varejistas. 
Os varejistas possuíam um papel importante na formatação das importações, sendo estas no formato direto responsável por metade de todas as importações do mercado de vestuário na Europa Ocidental, sendo considerados como propulsores de crescimento do comercio. A força das redes varejistas era perceptível, nos Estados Unidos nos anos 90 havia cinco redes que movimentavam e controlavam cerca de mais da metade das vendas de vestuário.
Embora o mercado de moda estivesse em ascensão, não havia homogeneidade nela. A moda mudava a todo instante e cada vez mais os clientes estavam atrás de informações e novas tendências. Alem disso, os mercados variava de acordo com o local, em questões de tributos, preferências dos clientes, valores e crenças. Uma pesquisa divulgada pela McKinsey identificou cinco fatores que ajudam na expansão dos varejistas: escolher um valor específico, ao invés de concorrer com toda a cadeia de valores; enfatizar parcerias; investir em marcas; minimizar investimentos e arbitrar diferenças internacionais do fator preço.
A Inditex concorria com os varejistas locais, contudo os analistas indicavam que os três concorrentes de peso que a empresa possuía eram a Gap, a H&M e a Benetton. A Gap com sede em São Francisco tinha a produção internacionalizada e a expansão internacional começou em 1987. Já a H&M fundada na Suécia em 1947, terceirizava toda a sua produção, a internacionalização começou antes 1990, com uma abordagem focalizada um país por vez. E por ultimo a Benetton, fundada na Itália em 1965, com ênfase em tricôs.
A sede da Inditex ficava na Galícia, local com tradição da época da Renascença, onde os galegos eram alfaiates e na região tinha milhares de pequenas oficinas de roupas. A Zara era a maior das seis redes comandadas pela Inditex. Cada uma das redes era independente e responsável por estratégia, design de produtos entre outros detalhes. 
A maior e mais internacionalizada das redes era a Zara,que no final do ano 2001 já tinha uma lista de 507 lojas em países por todo o mundo. Vista como a principal propulsora do crescimento do grupo a rede começou a internacionalização nos anos de 1990. Os estilistas da Zara faziam um monitoramento constante das preferências dos clientes e faziam encomendas a fornecedores internos e externos. A produção era realizada em pequenos lotes e enviada duas vezes na semana para as lojas. 
Quanto ao design havia três linhas – para mulheres, homens e crianças onde tinha uma equipe criativa com estilistas, especialistas em sourcing e pessoal de desenvolvimento de produtos. Duas coleções eram criadas e lançadas ao longo do ano. A adaptação as tendências e as diferenças entre os mercados eram mais evolutivo, dependente de informações frequentes. A equipe de design também era responsável por monitorar as preferências dos clientes.
Cada uma das redes da Inditex tinha seu próprio sistema de distribuição centralizado. O sistema da Zara era no centro de Arteixo. O centro funcionava com metade da capacidade, mas ocorriam surtos de demandas no começo das duas estações de vendas onde tinham que ser contratados mais funcionários para suprir as demandas. 
Com relação ao varejo o objetivo da Zara era oferecer variedades de peças e acessórios de estilo envolvendo bolsas, sapatos, echarpes, bijuterias por preços baixos em lojas sofisticadas em locais nobres. As políticas de merchandising enfatizavam linhas de produtos amplas e de transformação rápida, com conteúdos relativamente de alta moda e qualidade física razoável onde se vestiam poucas vezes. Os preços deveriam ser mais baixos do que os dos concorrentes. A atração principal da Zara tinha fonte o frescor de suas ofertas com rápida rotação do estoque, da criação da sessão de escassez, ambiente atrativo e divulgação boca a boca.
 A expansão internacional começou através da inauguração da loja no Porto, em Portugal. Um padrão de expansão na Inditex era abrir uma Zara como carro-chefe e depois a partir do andamento desta adicionar outras lojas. Era comum a procura por países semelhantes ao mercado espanhol. Havia três maneiras de entrar em um novo mercado: franquias, parcerias e lojas próprias.
Por fim, podemos concluir que a ação adotada pela Inditex no gerenciamento dos seus negócios através da rede Zara, segue de fato sendo viável, com retornos de resultados interessantes, mantendo a marca em continua expansão a nível global.

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