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Casos_clinicos_ idoso

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Caso 1- Gestante Diabética 
 
Resumo do caso 
Gestante diabética de 24 anos de idade, na vigésima semana de gravidez, procura serviço onde é 
diagnosticado que sua doença está descompensada. Informada quanto ao tratamento necessário e 
sobre os riscos para a criança se a glicemia não for adequadamente controlada, recusa o tratamento. 
O profissional de saúde enfrenta o seguinte dilema: tratar compulsoriamente ou respeitar a vontade 
da paciente? 
 
Exposição dos detalhes 
Até o dia em que procurou determinado serviço para pré-natal, na vigésima semana de 
gravidez, paciente diabética não imaginava que sua doença estava descompensada. 
Indicada ao grupo para gestação de risco, é orientada por assistente social e, depois, pelo 
ginecologista e obstetra, a realizar o acompanhamento da doença naquela mesma instituição, 
disponibilizado em departamento específico. No momento da consulta, o profissional de saúde 
explica detalhadamente as implicações de diabetes descompensada durante a gestação, seus sintomas 
e conseqüências para a própria saúde da mulher, bem como o porquê de o controle da glicemia ser 
imprescindível. 
Informa, ainda, quais são os eventuais problemas a que estão arriscados os fetos de diabéticas 
nesta fase de gravidez (a partir da segunda metade), que incluem crescimento fetal excessivo (bebês 
macrossômicos) atraso no amadurecimento de vários órgãos como pulmões e fígado,vculminando 
em risco de morte. 
No entanto, para surpresa do profissional de saúde e dos demais membros da equipe 
presentes, a paciente – que declara ter entendido perfeitamente as explicações – recusa 
terminantemente tratamento, alegando que é adepta de tratamentos “naturalistas”. 
Ainda que tente envolver as pessoas mais próximas da mulher nas tentativas de convencê-la 
ao tratamento (sua mãe e avó, com quem mora) o profissional não obtém sucesso. 
 
Eixo Central 
Limites de autonomia 
Pergunta-base: Até que ponto deve-se respeitar uma decisão autônoma que interfira no bem-estar de 
um terceiro? 
 
Situações que poderão ser levantadas 
- E o pai da criança? Se este fosse presente no processo, poderia interferir nos rumos da decisão 
tomada pelo médico? 
- O paciente psiquiátrico é o único que pode ser submetido aos chamados “tratamentos 
compulsórios?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 2 - Autonomia do Idoso 
 
Resumo 
Homem com 82 anos de idade, lúcido e ativo, procura atendimento, queixando-se de fraqueza e 
fadiga, vômito com sangue e perda de peso não-intencional. Durante exames é detectado câncer de 
estômago em estágio avançado. Filha pede ao profissional de saúde que não informe ao paciente o 
diagnóstico, pois “conhece bem o pai e sabe que a notícia vai apressar a morte dele”. 
 
Exposição dos detalhes 
Há meses homem de 82 anos de idade, totalmente lúcido e ativo, reclama com filha e genro, 
com quem mora, de “desconfortos” que estão atrapalhando sua rotina de anos – que inclui 
alimentação saudável, porém abundante, e longas caminhadas diárias. Segundo explica, já não “conta 
com o mesmo apetite de antes” e, após as refeições, apresenta “queimação e inchaço no abdome”, 
além de certa “canseira”. 
No início, o casal não valoriza as queixas, pois o paciente sempre foi tido como “um pouco 
hipocondríaco” – comportamento piorado em decorrência da idade e pelo fato de o próprio pai haver 
morrido de câncer, “doença terrível”, como sempre garante. 
Os familiares começam a se preocupar, ao notar perda de peso e deterioração progressiva da 
saúde do idoso: a dita canseira se transforma em fadiga crônica e passa a ser freqüente o vômito com 
um pouco de sangue, depois de alimentar-se. 
Acompanhado pela filha, é submetido a consulta com um profissional de saúde – com o qual 
não tivera contato anterior. Endoscopia digestiva alta e outros exames indicam câncer avançado no 
estômago, sem chances de recuperação, conforme informado pelo profissional à filha do paciente, 
quando esta procura saber, por telefone, os resultados dos exames: a quimioterapia poderia até 
auxiliar, mas só por poucos meses. 
A moça implora que a gravidade não seja revelada ao pai, alegando: “o diagnóstico servirá 
apenas para abreviar a vida dele”. Sugere que os sintomas sejam atribuídos a “uma ulcerazinha”. 
O profissional de saúde deve acatar o pedido ou explicar ao paciente seu estado, baseado no 
princípio da Autonomia? Comunicar a um parente o diagnóstico de um paciente, antes de comunicar 
ao mesmo, é atitude eticamente aceitável? 
 
Eixo Central 
Autonomia do paciente idoso 
Pergunta-base: Idoso capaz deve, obrigatoriamente, ser informado sobre diagnóstico de doença 
terminal? 
 
Eixos Secundários 
- Relação profissional–familiares 
- Relação profissional–paciente 
- O direito de não saber 
- Cuidados de final de vida 
- Direitos do profissional 
- Direitos do paciente 
- Direitos do cônjuge e dos filhos 
Situações que poderão ser levantadas 
- A dúvida do profissional se refere especificamente ao caso de paciente idoso? E se um jovem com 
câncer gravíssimo fosse o paciente, e seus pais pedissem para que não fosse revelada a ele sua 
condição? 
- Como determinar os riscos e benefícios de uma revelação do gênero? 
- Caso a opção do profissional fosse fornecer apenas ao paciente o diagnóstico de morte iminente, 
depois do falecimento a família poderia processar o profissional? 
- E se houver conflitos entre os irmãos sobre informar ou não ao pai(mãe) o diagnóstico? 
- Sob o ponto de vista ético, omitir o diagnóstico é o mesmo que mentir?

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