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Aula 03 - Resposta à acusação - 26 08 2020

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prática PENAL
Profa. Débora Cerqueira
Mestre em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Pesquisadora do Grupo Asa Branca de Criminologia.
Professora de Direito Penal, Processo Penal e Prática Penal da ESTÁCIO, FICR, AESGA e ESMATRA6. 
Advogada.
COMO IDENTIFICAR A PEÇA?
PONTO 02 - RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
	 	Parte a ser representada	Momento processual	Dados importantes do problema
	Resposta à acusação	Réu	Ação Penal	Já houve oferecimento e recebimento da inicial. Deve ser apresentada após a citação. Verificar a fluência do prazo: 10 dias, a partir do cumprimento do mandado citatório ou do comparecimento ao processo.
Clique para adicionar texto
	Previsão legal	Artigos 396 e 396-A, do Código de Processo Penal
	Prazo	10 dias, a partir da citação (se citado pessoalmente) ou a partir do comparecimento ao processo (se citado por edital)
	Formato da peça	Petição única, dirigida ao juiz da causa.
	Competência/Atribuição	Juízo da causa. Ainda que uma das teses seja a de incompetência do juízo, deve a resposta à acusação ser ofertada àquele no qual a ação foi proposta e tramita. Alega-se a incompetência em sede de preliminar.
	Legitimidade	Trata-se de peça privativa da defesa, que deve ser ofertada pelo acusado, por intermédio do seu defensor.
	Verbo e denominação das partes	No preâmbulo, utilize o verbo “apresentar”. Na redação da petição, empregue “Acusação” (ou ainda “Ministério Público”, no caso de ação penal pública, ou “Querelante”, se for ação penal de iniciativa privada) e “Acusado” ou “Réu” (no caso de ação penal privada, utilizar “Querelado”), para denominar as partes.
	Hipóteses de cabimento	Artigo 396, caput, CPP. A defesa deve apresentar todas as teses que sejam de seu interesse, incluindo matéria preliminar, de mérito e rol de testemunhas, cujo número máximo varia de acordo com o procedimento adotado.
	Conteúdo	A resposta à acusação deve ser dividida em três partes:
Dos fatos;
Do direito; e
Do pedido.
	Pedido genérico	Um dos objetivos principais é alcançar a absolvição sumária, cujas hipóteses estão elencadas no artigo 397, CPP. Também podem ser arguidas nulidades, de acordo com o enunciado proposto.
	Particularidades	É obrigatória a apresentação de resposta à acusação pela defesa, sob pena de nulidade, em razão de cerceamento de defesa. Caso não seja apresentada pelo defensor que patrocina os interesses do acusado, o juiz deve nomear advogado ad hoc.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ...º VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ...
(Crimes de competência da Justiça Federal – art. 109, CF)
Modelo – RESPOSTA À ACUSAÇÃO
					I – DOS FATOS
(Espaço de uma linha)
(Narrar os fatos de acordo com os dados apresentados no problema. Após a narrativa dos fatos, deve ser incluído o seguinte parágrafo):
					A denúncia foi oferecida e posteriormente recebida por este Ilustre Juízo, que determinou a citação e a notificação do acusado para apresentação desta defesa escrita.
(Espaço de duas linhas)
					
					II – DO DIREITO
(Espaço de uma linha)
(Neste tópico podem ser desenvolvidos três blocos de teses: a) preliminarmente; b) do mérito e c) subsidiariamente. Retire do enunciado as teses e faça a inserção de cada uma delas nos respectivos blocos, seguindo as regras mencionadas abaixo. Não é obrigatório o desenvolvimento de todos os blocos. Pode existir, por exemplo, somente matéria preliminar e de mérito. Neste caso não redige o tópico “subsidiariamente”. Tudo dependerá do enunciado).
					A) PRELIMINARMENTE
(Invocar aqui matérias preliminares, tais como nulidade, causas extintivas de punibilidade, dentre outras)
(Fazer destaques jurídicos, citando legislação e súmulas, se houver pertinência)
(Espaço de duas linhas)
					B) DO MÉRITO
(Espaço de uma linha)
(Se houve pedido preliminar anterior, iniciar da seguinte forma)
					Caso Vossa Excelência não acolha a(s) preliminar(es) arguida(s), o que admitimos aqui apelas pelo dever de argumentar, requer-se a apreciação da matéria de mérito, aqui exposta.
(Invocar aqui argumentos que possam ter como consequência a absolvição sumária, prevista no artigo 397, do CPP)
(Fazer destaques jurídicos, citando legislação e súmulas, se houver pertinência)
(Espaço de uma linha)
					C) SUBSIDIARIAMENTE
(Espaço de uma linha)
(Iniciar o tópico do seguinte modo)
					Na remota hipótese de Vossa Excelência rejeitar o pedido formulado no mérito, pede-se o exame das seguintes questões subsidiárias.
(Invocar aqui teses subsidiárias, tais como: a concessão de liberdade provisória, a revogação ou o relaxamento da prisão, dentre outros. Não devem ser feitas considerações relativas ao cálculo da pena, ou ao regime inicial, uma vez que nesta fase não haverá condenação. Se a absolvição sumária for indeferida, o processo segue)
(Fazer destaques jurídicos, citando legislação e súmulas, se houver pertinência)
(Espaço de duas linhas)
					III – DO PEDIDO
(Espaço de uma linha)						
					Ante o exposto, é a presente resposta para requerer o quanto segue:
(Elaborar pedido de modo articulado. O pedido poderá ser dividido em até três blocos: preliminar, mérito e subsidiário. Tudo dependerá do que foi desenvolvido no tópico relativo ao direito. Caso exista apenas matéria de mérito, por exemplo, faça somente o pedido a ele relacionado. Também faça o pedido considerando primeiro o mais amplo e depois os demais)
					
					a) o reconhecimento da nulidade arguida, com fundamento legal no artigo 564, ... (mencionar o inciso referente a nulidade) do Código de Processo Penal;
					b) se este não for o entendimento de Vossa Excelência, requer-se a absolvição sumária do acusado, nos termos do artigo 397, ... (mencionar o inciso referente à absolvição sumária) do Código de Processo Penal;
					c) caso Vossa Excelência entenda por bem não absolver sumariamente o acusado, protesta desde já pela produção de todas as provas em direito admitidas, em especial por (especificar o meio de prova que deseja destacar, se o enunciado prever) e pela inquirição de testemunhas, apresentadas no rol abaixo, em caráter de imprescindibilidade, que deverão ser oportunamente intimadas (desde que mencionadas no enunciado).
(Espaço de uma linha)
					Termos em que,
					pede deferimento.
(Espaço de uma linha)
					Local e Data.
(Espaço de um linha)
					Advogado ...
(Espaço de duas linhas)
					Rol de testemunhas
(OAB 2010-2) A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul recebe notícia crime identificada, imputando a Maria Campos a pratica de crime, eis que mandaria crianças brasileiras para o estrangeiro com documentos falsos. Diante da notícia crime, a autoridade policial instaura inquérito policial e, como primeira providência, representa pela decretação da interceptação das comunicações telefônicas de Maria Campos, “dada a gravidade dos fatos noticiados e a notória dificuldade de apurar crime de tráfico de menores para o exterior por outros meios, pois o modus operandi envolve sempre atos ocultos e exige estrutura organizacional sofisticada, o que indica a existência de uma organização criminosa integrada pela investigada Maria”.
Problema 02
O Ministério Público opina favoravelmente e o juiz defere a medida, limitando-se a adotar, como razão de decidir, “os fundamentos explicitados na representação policial”. No curso do monitoramento, foram identificadas pessoas que contratavam os serviços de Maria Campos para providenciar expedição de passaporte para viabilizar viagens de crianças para o exterior. Foi gravada conversa telefônica de Maria com um funcionário do setor de passaportes da Polícia Federal, Antônio Lopes, em que Maria consultava Antônio sobre os passaportes que ela havia solicitado, se já estavam prontos, e se poderiam ser enviados a ela. A pedido da autoridade policial, o juiz deferiu a interceptação das linhas telefônicas utilizadas por Antônio Lopes, mas nenhum diálogo relevante foi interceptado. O juiz,também com prévia representação da autoridade policial e manifestação favorável do Ministério 
Público, deferiu a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados, tendo sido identificado um depósito de dinheiro em espécie na conta de Antônio, efetuado naquele mesmo ano no valor de R$100.000,00. O monitoramento telefônico foi mantido pelo período de 15 dias, após o que foi deferida medida de busca e apreensão nos endereços de Maria e Antônio. A decisão foi proferida nos seguintes termos: “diante da gravidade dos fatos e da real possibilidade de serem encontrados objetos relevantes para a investigação, defiro requerimento de busca e apreensão nos endereços de Maria (Rua dos Casais, 213) e de Antônio (Rua Castro, 170, apartamento 201)”. No endereço de Maria Campos, foi encontrada apenas uma relação de nomes que, na visão da autoridade policial, seriam clientes que teriam requerido a expedição de passaportes com os nomes de crianças que teriam viajado para o exterior. 
No endereço indicado no mandado de Antônio Lopes, nada foi encontrado. Entretanto, os policiais que cumpriram a ordem judicial perceberam que o apartamento 202 do mesmo prédio também pertencia ao investigado, motivo pelo qual nele ingressaram, encontrando e apreendendo a quantia de cinquenta mil dólares em espécie. Nenhuma outra diligência foi realizada. Relatado o inquérito policial, os autos foram remetidos ao Ministério Público, que ofereceu a denúncia nos seguintes termos: “o Ministério Público vem oferecer denúncia contra Maria Campos e Antônio Lopes, pelos fatos a seguir descritos: Maria Campos, com o auxílio do agente da Polícia Federal Antônio Lopes, expediu diversos passaportes para crianças e adolescentes, sem observância das formalidades legais. Maria tinha finalidade de viabilizar saída dos menores do país. A partir da quantia de dinheiro apreendida na casa de 
Antônio Lopes, bem como o depósito identificado em sua conta bancária, evidente que ele recebia vantagem indevida para efetuar a liberação dos passaportes. Assim agindo, a denunciada Maria Campos está incursa nas penas do artigo 239, § único, da Lei 8.069/1990 (ECA), e nas penas do artigo 333, § único, c/c o artigo 69, ambos do Código Penal. Já o denunciado Antônio Lopes está incurso nas penas do artigo 239, § único, da Lei 8.069/1990 (ECA), e nas penas do artigo 317, §1º, c/c artigo 69, ambos do Código Penal”. O juiz da 15ª Vara Criminal de Porto Alegre/RS recebeu a denúncia, nos seguintes termos: “compulsando os autos, verifico que a prova indiciária suficiente da ocorrência dos fatos descritos na denúncia e do envolvimento dos denunciados. Há justa causa para a ação penal, pelo que recebo a denúncia. Citem-se os réus, na forma da lei”. Antônio foi citado pessoalmente em 27
de Outubro de 2010 (quarta-feira) e o respectivo mandado foi acostado aos autos dia 01 de Novembro de 2010 (segunda-feira). Antônio contratou você como advogado, repassando-lhe nome de pessoas (Carlos de Tal, residente na Rua 1, n. 10, nesta capital; João de Tal, residente na Rua 4, n. 310, nesta capital; Roberta de Tal, residente na Rua 4, n. 310, nesta capital) que prestariam relevantes informações para corroborar com sua versão. Nessa condição, redija a peça processual cabível desenvolvendo TODAS AS TESES DEFENSIVAS que podem ser extraídas do enunciado com indicação de respectivos dispositivos legais. Apresente a peça no último dia do prazo.
debora.cerqueira@estacio.br

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