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Florestan Fernandes

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Florestan Fernandes 
Quem foi Florestan?
 Filho de empregada doméstica, Florestan nunca conheceu o pai. Viveu em cortiços no bairro de imigrantes italianos do Bixiga, e começou a trabalhar aos 6 anos de idade como engraxate. Depois, ainda foi garçom. Em 1941, ingressou no curso de Ciências Sociais da USP, Em seu doutorado pela instituição, seguindo o mestrado apresentado na Escola Livre de Sociologia e Política, investigou os indígenas Tupinambá. Em 1945, iniciou sua carreira como professor assistente na disciplina Sociologia
O que fez Florestan? 
 Autor de mais de 50 livros, entre eles "Fundamentos empíricos da explicação sociológica" (1959) e "O que é revolução?" (1981), inaugurou uma tradição teórica na sociologia, observando a realidade brasileira "a partir de baixo", isto é, a partir da perspectiva do oprimido (e não do opressor).
Algumas obras do autor: 
1 - O que é Revolução,1981 :
“A palavra revolução tem sido empregada de modo a provocar confusões. Por exemplo, quando se fala de “revolução institucional”, com referência ao golpe de Estado de 1964. É patente que aí se pretendia acobertar o que ocorreu de fato, o uso da violência militar para impedir a continuidade da revolução democrática (a palavra correta seria contra-revolução: mas quais são os contrarevolucionários que gostam de se ver na própria pele?). Além disso, a palavra “revolução” encontra empregos correntes para designar alterações contínuas ou súbitas que ocorrem na natureza ou na cultura (coisas que devemos deixar de lado e que os dicionários registram satisfatoriamente). No essencial, porém, há pouca confusão quanto ao seu significado central: mesmo na linguagem de senso comum, sabe-se que a pa lavra se aplica para designar mudanças drásticas e violentas da estrutura da sociedade. Daí o contraste freqüente de “mudança gradual” e “mudança revolucionária” que sublinha o teor da revolução como uma mudança que “mexe nas estruturas”, que subverte a ordem social imperante na sociedade.
 2- Mudanças sociais no Brasil,1960;
Segundo Florestan o que levou as elites a controlarem as mudanças foi o fato de a sociedade brasileira ter herdado os padrões coloniais que condicionaram a formação a formação dos círculos sociais no Brasil, que se chocam quando a questão é a mudança. A princípio as coisas não se alteram, pois os valores e interesses que regem as mudanças são conservantistas. Mas houveram processos econômicos, políticos e sociais que aceleraram a desagregação do antigo regime e provocaram mudanças na composição da camada social dominante, porém manteve-se as relações de interesses e valores patriarcais. Para Florestan as modificações têm que ser graduais e manter alguns princípios tradicionais que vão se adaptar e consolidar uma nova ordem social, do contrário há prejuízo para a coletividade.
    No Brasil a democracia era controlada pelas escolhas das minorias e não pela coletividade, para por fim a isso é preciso que se consolide a ordem social democrática. Para Florestan a democracia social irá neutralizar o forte poder das elites, e as classes populares terão suas idéias levadas a sério. Assim, diminuirá o desequilíbrio que havia no processo de mudança social, valorizando as necessidades da coletividade. Essa relação que se vê entre populares e elite dominante é derivada do surgimento da idéia de sociedade global, de globalização, igualdade, segurança e coletividade.
3- Poder e contrapoder na América Latina
rata-se de uma das suas obras mais comprometidas com a revolução e com o socialismo, buscando explicitar a formação histórica da América Latina, seus dilemas, impasses e, fundamentalmente, as tarefas que competem às classes trabalhadoras na sua luta para realizar as verdadeiras rupturas com as condições históricas atuais.
Calcado na teoria social desenvolvida por K. Marx (e F. Engels) e em seu vasto acúmulo teórico no campo da sociologia, Florestan analisa fenômenos políticos como o fascismo, as guerrilhas e o desenvolvimento do capitalismo – e as características que ele assume – na América Latina.
Como é próprio da sua sociologia crítica e militante, sua análise teórica leva em conta os sujeitos e as classes sociais em luta, ou seja, não é apenas um exercício intelectual desvinculado da realidade, mas uma rigorosa análise da sociedade com vistas a contribuir para o fortalecimento da organização dos “de baixo” numa perspectiva de superação da ordem capitalista.
CONCLUSÃO : Florestan foi um intelectual total, que desdobrou diversos tentáculos na intersecção de atividades acadêmicas e ações políticas, articulando rigor teórico e observando a realidade da sociedade civil, Florestan entendeu a questão da raça nas relações sociais do Brasil e levou essas discussões aos diversos espaços por onde passou.
REFERENCIAS: 
 - Veja mais em https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/07/22/quem-foi-florestan-fernandes-sociologo-que-inspira-academicos-ate-hoje.htm?cmpid=copiaecola
https://boni.wordpress.com/2019/03/28/o-que-e-revolucao-florestan-fernandes-1981/ 
https://sites.google.com/site/antoniuscampus/resumo-reflexoes-sobre-a-mudanca-social-no-brasil-florestan-fernandes

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