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Sociologia Contemporânea (UniFatecie)

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Prévia do material em texto

SOCIOLOGIA 
CONTEMPORÂNEA
Professor Me. Jorge Alberto de Figueiredo
 REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
 DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
 DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Geani Andrea Linde Colauto 
 DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
 DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel 
 SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho 
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Caroline da Silva Marques
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Kauê Berto
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO André Dudatt
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
 DE VÍDEO Carlos Eduardo da Silva
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos 
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 
 
 FICHA CATALOGRÁFICA
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
F475s Figueiredo, Jorge Alberto de
 Sociologia contemporânea / Jorge Alberto de Figueiredo.
 Paranavaí: EduFatecie, 2023.
 88 p.: il. Color.
1. Sociologia. 2. Sociologia – História. 3. Movimentos sociais.
 I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a
 Distância. III. Título. 
 
 
 CDD: 23. ed. 301
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
3
AUTOR
Professor Mestre Jorge Alberto de Figueiredo
 
 ● Graduado em História pela Universidade Paranaense-UNIPAR (2001).
 ● Graduado em Estudos Sociais pela Faculdade Estadual de Educação Ciências 
e Letras de Paranavaí (1992) atualmente UNESPAR (Universidade Estadual 
do Paraná).
 ● Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá -UEM- (2006).
 ● Atuou como Docente na UNESPAR - Campus Paranavaí (2010-2012).
 ● Atuou como Docente no Curso de Urbanismo e Arquitetura na UNIPAR-
Universidade Paranaense, Campus de Paranavaí.
 ● Atuou como Supervisor do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à 
Docência (PIBID-CAPES) UNESPAR - Campus-Paranavaí.
 ● Docente na Secretaria de Educação do Estado do Paraná nas Séries Finais do 
Ensino Fundamental.
 ● Produtor de Materiais Didáticos e vídeos Aulas (UNIPAR, VG Consultoria)
 ● Palestrante sobre: Educação e Cidadania, Ética, Política, Sociedade e 
Democracia, Educação, Liberdade, e Igualdade.
 ● Psicanalista.
Ampla experiência na área educacional com atuação docente no Ensino Funda-
mental Anos Finais, Ensino Médio, Ensino Superior e Pós-Graduação. Palestrante. 
 CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/6431299440510394 
http://lattes.cnpq.br/6431299440510394 
4
Seja muito bem-vindo (a)!
Prezado (a) aluno (a), é uma honra ter você conosco para aprendermos juntos! 
Vivemos em constante aprendizagem, aquisições necessárias para que nosso conhe-
cimento se amplie e possamos ter estratégias para mudar o que for preciso ao nosso 
redor, sempre de forma ativa e consciente. Ter a disciplina Sociologia Contemporânea, na 
ementa do curso, enfatiza justamente a necessidade de compreendermos a sociedade, 
estabelecendo metas e focos diante das transformações sociais, tendo como parâmetro 
o que pretendemos para nós, individuo da sociedade tão diversificada e enquanto coleti-
vidade pensando no bem comum. 
Na unidade I, vamos conhecer sobre o contexto histórico sociológico que norteia os 
acontecimentos mais significativos que marcaram a conceituação da Sociologia, o entendi-
mento sobre as teorias clássicas, são cruciais, para que possamos analisar cada momento 
com a visão da época, mas traçando paralelos com as fundamentações contemporâneas, 
utilizaremos como base referencial os teóricos clássicos: Karl Marx, retratando a incoerên-
cia social, Émile Durkheim que sintetiza sobre conexão social e Max Weber que expõe o 
princípio da racionalização social. 
Já na unidade II, você irá saber mais sobre os movimentos e participação social, as 
mudanças sociais, econômicas, culturais e religiosas, influenciaram de maneira impactante 
para os movimentos que buscam seus direitos e muitos seu reconhecimento, as minorias 
sociais lutam contra a violência seja psicológica ou física e muitos caminhos para se sen-
tirem reconhecidos e a criminalidade. Quando temos conhecimento sobre estas vertentes 
oriundas do sistema capitalista, sabemos nos posicionar de forma crítica e construtiva, sem 
impor nosso pré-conceito. 
Sequencialmente, na unidade III, falaremos sobre a história e fundamentos dos 
direitos humanos, seus mitos e suas verdades, pois, quando falamos de grupos que bus-
cam seus direitos, entendemos que se faz necessário conhecer quais são nossos direitos, 
e quais instituições nos alicerçam quando precisamos, como ajudar o outro. Estudar sobre 
os direitos humanos no Brasil e compreender se avançamos ou retrocedemos nessas con-
quistas em busca garantir nossos direitos e preservar nossa dignidade. Faremos também 
uma análise reflexiva dos direitos humanos no cenário mundial. 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
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Em nossa unidade IV, vamos concluir essa temática com o estudo sobre a defini-
ção, objetivos e características da sociologia contemporânea, apresentando os sociólogos 
atuais e suas tematizações, interligando a contemporaneidade à tecnologia da informação, 
e vislumbrar como a sociologia é presente em nosso contexto diário, assim todo conheci-
mento adquirido é útil para aprimorarmos profissionalmente e intelectualmente. 
Aproveito para reforçar o convite a vocês, para juntos percorrermos esta jornada de 
conhecimento e multiplicá-los na prática sobre os assuntos abordados em nosso material. 
Esperamos contribuir significativamente para seu crescimento pessoal e profissional. 
Muito obrigado (a) e bom estudos!
SUMÁRIO
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Plano de Estudos
• Contexto Histórico Sociológico;
• Teorias Sociológicas Clássicas: Karl Marx, 
 Incoerência Social;
• Émile Durkheim: Conexão Social;
• Max Weber: Racionalização Social.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a historicidade 
 da Sociologia;
• Compreender as principais teorias Clássicas 
 da Sociologia;
• Estabelecer bases teóricas sobre a Sociologia 
 fundamentando: Karl Marx, Émile Durkheim 
 e Max Weber. 
1UNIDADEUNIDADECONTEXTOCONTEXTOHISTÓRICOHISTÓRICOSOCIOLÓGICOSOCIOLÓGICO Professor Me. Jorge Alberto de Figueiredo
8
INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
Quando estudamos, é sempre preciso mergulhar na origem, no contexto histórico, 
assim vamos iniciar nossos estudos...
O conceito da sociologia não surgiu sem uma devida explicação, nada surge 
sem base explicativa, podemos não ter conhecimento sobre, mas a ciência busca essas 
teorias. A sociologia faz parte das ciências humanas, que visa compreender o comporta-
mento humano, meio a sociedade, ou seja, estuda os indivíduos de forma singular e em 
grupos diversificados.
Para compreender todo esse processo histórico, as bases de estudos são os 
precursores desta teoria que iremos denominar de clássicos, focaremos em três grandes 
nomes. A forma de pensar diferenciada é que enriquece a teorização da pesquisa e o 
respeito entre as discrepâncias fundamentais para a produção de novas hipóteses.
Karl Marx nos faz compreender sobre a incoerência social, quando evidencia o 
capitalismo e suas implicações para as massas, que devido a Revolução Industrial e a 
demanda de mão-de-obra estavam preocupados em aumentar os números de filhos para 
obtenção de mais dinheiro, pensando em uma qualidade de vida melhor para família.
Émile Durkheim o primeiro a criar uma metodologia sociológica, e destacar a pri-
mazia da conexão social que evidencia a diferença desta com outras áreas de estudo, tudo 
baseado em pesquisas em fatos sociais, que já estudava a forma em que os indivíduos 
agiam em seus grupos e as implicações destes comportamentos na humanidade.
 Max Weber, em suas premissas, o sociólogo precisava compreender o motivo 
que desencadeiam as ações sociais, encontrar as causas, refletir sobre os efeitos e di-
recionar possíveis direcionamentos para solucionar ou amenizar tais ações, a base das 
reações de um grupo estava consolidado pelos valores, crenças e mudanças e que o 
indivíduo tinha liberdade e capacidade para agir em prol de mudanças, o que sintetizava 
como racionalização social.
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 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICOTÓPICO
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
Tudo tem uma razão para existir. Não há acaso, sociologicamente falando. Hoje 
temos muitas facilidades e conforto, sempre foi assim? Sabemos que toda a evolução, 
foram pautadas em transformações, veja, há em média quatro milhões de anos, o Homo 
Habilis alcançou a postura vertical. Essa alteração, possibilitou que os membros anteriores, 
ocasionando consequências boas e ruins para os hominídeos. Mas vamos destacar a posi-
ção corporal das fêmeas, pois os filhotes começaram a nascer de forma prematura e assim 
houve uma necessidade maior de cuidado por parte das mães.
Entretanto essa fragilidade passou a ser predominante para atentar-se a neces-
sidade de formação de grupos coesos, permanecendo mais tempos juntos, tornando um 
aprendizado enriquecido pelas experiências da coletividade, sendo necessário manter a 
organização do grupo, foram então se instituindo regras, normas e padrões. Partindo deste 
princípio você irá observar de fato analisou como esse elemento realmente foi crucial para 
a espécie humana? Os alimentos antes que só eram comidos cru, passaram a ser cozidos, 
melhorando como o ser humano foi adquirindo a capacidade de transformar a si mesma e 
todos ao seu redor, por meio das necessidades. Você já observou que mudamos apenas 
quando algo nos tira da zona de conforto?
Você já deve ter lido ou obtido alguma informação sobre o poder após o desco-
brimento do fogo para a vida em sociedade. Mas não apenas o sabor, mas facilitando o 
processo digestivo. Nas cavernas úmidas e frias, a iluminação e o aquecimento foram proe-
minentes, o que propiciava melhoria do sono, mantendo uma qualidade nestes momentos 
e afugentando os animais ferozes e peçonhentos. A elaboração dos instrumentos de caça 
e pesca, tornando-os resistentes e mais eficientes. O fogo fez de forma significativa alterar 
as questões demográficas e sociais na vida de nossos ancestrais. De acordo com o autor:
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 10
Ressalta que a ingestão de alimentos cozidos e com maior variedade pro-
porcionou maior resistência a doenças e, consequentemente, contribuiu para 
o aumento populacional. Além disso, o convívio e volta das fogueiras teria 
fortalecido o sentimento de união entre os elementos do grupo, contribuindo 
para o desenvolvimento da própria linguagem (PINTO, 2012, p. 24).
A denominação Sociologia ante ao contexto mencionado, não existia, mas com-
preenda que a concepção de coletividade, agrupamento de pessoas, se constituía, assim 
retomo em afirmar que nada acontece por um acaso, as origens, a explicativas estão imbuí-
das no contexto histórico de nossa existência. Com a Sociologia não foi diferente, com as 
evoluções sociais constantes e paralelamente o comportamento dos indivíduos era crucial 
pensar em como estudar essas transformações, além de traçar metas para mudar e/ou 
aprimorar o que fosse necessário.
Você percebe que quanto mais a sociedade se transforma, se modifica, mais neces-
sidade há de compreender estas questões, buscando as motivações para as mudanças? 
Isso, porque por intermédio de toda mudança existe os pontos que favorecem a todos, 
mas também singularidades, que em muitas vezes ocasiona conflitos. A sociologia surge 
com este objetivo, estudar as transformações com a intencionalidade de por meios dos 
estudos, apontar caminhos seguros para todos. Assim, a ciência deveria conceber por meio 
de suas verdades, como a sociedade deveria proceder, introjetando por meio de pesquisas, 
o passado, o presente e o futuro de todos.
Vários fatores contribuíram para que destacar a praticidade da Sociologia, desta-
cando as revoluções políticas, culturais e sociais, que tiveram grande influência para que 
houvesse o entendimento de cada momento histórico. É importante quando lemos algo 
histórico, que consigamos dar, significância de acordo com a época vivida. Podemos exem-
plificar pelas nossas vivências. Quantas situações você vivenciou que achou que não teria 
solução? E hoje se pega a pensar que se vivenciasse aquele momento, com a maturidade 
que tem na atualidade, faria diferente. Fica explícito que agimos de acordo com nosso 
conhecimento do momento. Isso chama-se crescimento intelectual.
Para cada momento histórico, os comportamentos se diferenciavam, assim 
pensamentos, grupos distintos eram formados, sejam eles de acordocom a fé religiosa, 
ideias políticas e sociais, o que estudaremos de forma mais contextualizada na unidade 
II. Pessoas com singularidades que se unem, com intuito de torna-se mais forte coletiva-
mente, garantindo seus direitos e conhecimento na participação efetiva no meio social. A 
Revolução Industrial e a Revolução na Ciência, caminham atreladas à constante busca 
da modernidade, mas impulsionou de forma inconsequente a desigualdade social visível 
nos dias atuais. O Iluminismo contribuiu para que as revoluções se concretizassem, pois, 
consistia na fé e crença no progresso da sociedade, origina-se os operários e a fé deixa 
espaço para a racionalidade.
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 11
Assim, se há operários, a política aponta a burguesia e o sistema capitalista, toda 
riqueza vinha dos trabalhos das fábricas, exploração do trabalho, tema atual em nossas 
realidades. O termo sociologia foi utilizado pela primeira vez em meados de 1798-1857, por 
Auguste Comte que tinha em mente que seria uma ciência para estudar a sociedade e dar 
direções, com apoio de outras áreas do conhecimento. Comte contribuiu para o conheci-
mento originando o positivismo. Comte afirma que:
 [...] o espírito positivo leva sempre a estabelecer exata harmonia elementar 
entre as ideias de existência e as ideias de movimento, donde resulta mais 
especialmente, no que respeita aos corpos vivos, a correlação permanente 
das ideias de organização com as ideias de vida e, em seguida, graças a uma 
última especialização peculiar ao organismo social, a solidariedade contínua 
das ideias de ordem com as ideias de progresso. Para a nova filosofia, a 
ordem constitui sem cessar a condição fundamental do progresso e, recipro-
camente, o progresso vem a ser a meta necessária da ordem; como no me-
canismo animal, o equilíbrio e a progressão são mutuamente indispensáveis, 
a título de fundamento ou destinação (COMTE, 1978, p. 69).
A Revolução Industrial e a Revolução Francesa, ocasionaram muita instabilidade 
econômica e mudanças sociais que são consideradas, fatores relevantes para as concep-
ções de Auguste Comte sobre sociologia. Convido a você para relembrar estes fatos tão 
significativos. Houve por volta do século XVIII, um momento de grandes transformações que 
trouxeram consequências positivas e negativas para a humanidade, a produções deixavam 
de manuais, sendo substituídas pelas máquinas.
Explorando demasiadamente os recursos naturais, bem como os trabalhadores, 
denominados operários. Tudo teve início quando a máquina a vapor foi desenvolvida, que 
deu vida aos maquinários da época, como o aproveitamento do vapor da água que era 
aquecida pelo carvão e produzia energia para as inovações que a Ciência já desenvolvia.
Não existe uma data correta que marque a Revolução Industrial, devido há muitas 
distorções, então prefiro estabelecer que esse momento foi denotado pelo desenvolvimento 
tecnológico que possibilitou a mudança no estilo de vida, do pensar e do agir de toda a 
humanidade. Quando falamos de mudança na forma de pensar e agir, destaco que essa 
premissa deve ser constante, pois, aprendemos cada dia, não temos nossas certezas man-
tidas para sempre, pois, não existe verdade absoluta para todo o sempre.
 Os burgueses tinham o intuito sempre de obtenção de lucros, mercado têxtil trouxe 
máquinas que teciam fios com grande rapidez, depois o dinheiro em abundância, começou 
a ser investido para produção de estradas de ferro, surge locomotivas, estradas de ferros, 
sempre com o objetivo de expansão nas rotas de vendas, agilizando no transporte como 
também na quantidade. A burguesia enriqueceu não apenas pela quantidade de produtos 
vendidos, mas pela mão-de-obra barata. O enriquecimento de poucos, ainda faz parte de 
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 12
nossa realidade, entretanto, houve mudanças que garantem nossos direitos, o que nos falta 
é compreender sobre eles, na Unidade III, falaremos sobre o impacto e as consequências 
dos direitos humanos no contexto da sociologia.
Antes do processo industrial, todo o trabalho era manual, que definia em lentidão e 
poucas quantidades e consequentemente pouco lucro. Com a mão-de-obra em demasia, 
com as máquinas, continua a necessidade de operários, mas em menor número, talvez 
assim o conceito desemprego tenha sido empregado. Neste período não havia nenhu-
ma constituição que defendesse os empregados em relação a salários, direitos, o que 
atualmente temos proteção dos direitos trabalhistas, para alcançarmos o que temos, foi 
necessário todo esse processo social.
O sistema capitalista consiste em um sistema produtivo, mas sempre com vínculo 
particular, sem divisão de lucro, objetivando acumular o capital. O rico cada vez mais rico e 
o pobre cada vez mais pobre. Esse sistema proporciona o incentivo a ciências e áreas afins 
para que compreenda a sociedade e alavanque novas tecnologias, mas em contrapartida 
escancara a divisão de classes. Em se tratando de ciência a Sociologia, como uma obra his-
tórica, encontra-se em constante transformação em virtude da concepção do conhecimento. 
Segundo Robert Merton os pensadores requerem releituras para que suas bases 
teórico-metodológicas continuem atualizadas com o passar do tempo fazendo com que suas 
ideias avancem sob o aspecto de novas análises. Em Sociologia temos alguns sociólogos 
considerados clássicos. Dentre eles apontamos, o francês Émile Durkheim (1858-1917), 
o alemão Max Weber (1864-1920) e, por último, o cientista econômico alemão Karl Marx 
(1818-1883), dentre outros.
Esses clássicos são de grande importância para o estudo da Sociologia pois descre-
vem a realidade social e nos mostra os movimentos e conflitos, suas causas e consequên-
cias em uma sociedade contemporânea ainda ligada ao passado. Esses autores europeus 
estudaram a sociedade europeia no contexto em que viviam tentando compreender as 
crises sociais presente no sistema capitalista. É importante ressaltar que cada um desses 
pensadores olharam os problemas sociais do seu ponto de vista, mas tendo a mesma 
preocupação para saná-los. 
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 2 TEORIAS SOCIOLÓGICAS CLÁSSICAS: KARL MARX E INCOERÊNCIA SOCIALTÓPICO
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
Natural da cidade de Tréveris na região da Renânia na antiga Prússia, Karl Marx 
nasceu no dia 05 de maio de 1818 conhecido em todo mundo como Filósofo, Historiador, 
Jornalista e Economista conforme defende algumas linhas de pensamento. Destaca-se e 
pelos seus estudos da ideologia Socialista da qual a sua reputação é muito conhecida e 
discutida. Em virtude das dificuldades sociais de sua época, emigrou para Inglaterra insta-
lando-se na cidade de Londres onde se casou e constituiu a sua família.
Adepto e defensor do Socialismo científico Marx desenvolvem suas teorias econô-
micas após exaustiva análise do sistema capitalista e do trabalho. Escreveu vários livros 
durante sua vida, destacando-se “O Manifesto do Comunista” (1848) e “O Capital” (1867–
1894), considerada um dos estudos mais complexos e dinâmicos sobre o capitalismo.
Antes de sua ida para a Inglaterra Marx estudou nas universidades de Bonn e 
Berlim, na universidade as ideias hegelianas. Para seus sustentos e terminar seus estudos 
trabalhou no jornal Zeitung,um ambiente tido como radical na época com sua sede na 
cidade de Colônia. Foi neste ambiente em que Marx começou a desenvolver a teoria da 
concepção materialista da história. Perseguido pelos que eram contra suas ideias muda-se 
para a França estabelecendo-se em Paris em 1843, trabalhando em outros jornais radicais 
onde conheceu Friedrich Engel, uma amizade que durou até o seu falecimento.
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 14
 Em 1949 sofrendo novas perseguições, agora pelo governo da França na pessoa 
de Guizot, Marx é expulso da França exilando-se em Londres. Em Londres deu continui-
dade em seus estudos e na elaboração de suas teorias econômicas e sociais. Fez cam-
panhas para a divulgação do Socialismo tornando-se uma das figuras mais significativas e 
emblemáticas no campo dos estudos sociológicos, fundando Associação Internacional dos 
Trabalhadores.
No contexto da sociedade capitalista moderna na metade do século XIX, o pen-
samento filosófico-política de Marx expõe várias grandezas e a Sociologia, desde o início 
do século XX, aproximou-se deste conhecimento, agrupando ao seu referencial teórico 
um conjugado de concepções explicativas do fato social. A menção ao conjunto nos diz 
respeito às teorias serem opiniões inter-relacionadas, compatíveis, de mútua-explicação 
que, ao prover explicações sobre a realidade, apresentam a marca da metodologia que os 
move. Mas para Marx: 
Na fase superior da sociedade comunista, quando tiver desaparecido a es-
cravidão dos indivíduos à divisão do trabalho, e, com ela, a oposição entre 
o trabalho intelectual e o trabalho manual; quando o trabalho não for so-
mente um meio de vida, mas a primeira necessidade vital; quando, com o 
desenvolvimento dos indivíduos em todos os aspectos, crescerem também 
as forças produtivas e jorrarem abundantemente os mananciais da riqueza 
coletiva, só então poder-se-á ultrapassar totalmente o estreito horizonte do 
direito burguês, e a sociedade poderá escrever em seu estandarte: de cada 
um, segundo a sua capacidade; a cada um segundo as suas necessidades 
(MARX, 1975, p. 16).
 A contribuição de Marx nesse sentido e de grande importância, mesmo nos tempos 
contemporâneos, pois refere-se ao fato da Sociologia aceitar o metodologia dialética do 
materialismo histórico, com a formação e a explicação da gênese, conciliação e dinâmica 
da sociedade capitalista exposta na grande obra O Capital (1885-1905), que só foi publica-
da para acesso ao público após seu falecimento.
A dialética de Marx faz uma análise minuciosa do processo histórico, influenciando 
o pensamento filosófico de Hegel (1770-1831) juntamente com a colaboração de seu amigo 
Engels (1820-1895). Marx busca, a partir da crítica do contexto social de sua época, aclarar 
a história das sociedades com base no processo de produção econômico-material. Ou 
seja, afirma que a realidade social é avaliada como uma soma concreta na abordagem 
metodológica do materialismo histórico, cujo termo não é atribuição de Marx. Assim o 
pensador descreve que:
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 15
 A maioria de seus membros era, naturalmente, operários e representantes 
reconhecidos da classe operária. A Comuna não seria um organismo parla-
mentar, mas uma corporação de trabalho, executiva e legislativa ao mesmo 
tempo. Em vez de continuar sendo um instrumento do governo central, a 
política foi despojada imediatamente de seus atributos políticos e convertida 
em instrumento da Comuna, responsável ante ela e revogável a qualquer mo-
mento. O mesmo se fez com os funcionários dos demais ramos da adminis-
tração. Desde os membros da Comuna para baixo, todos os que desempe-
nhavam cargos públicos deviam desempenhá-los com salários de operários 
[...] os cargos públicos deixaram de ser propriedade privada dos testas de 
ferro do governo central (MARX, 1975, p. 507-508).
 Enfrentando dificuldades financeiras críticas daquelas que não concordavam com 
sua tese Marx com um empenho dialético distingue a presença da ideologia no processo 
de averiguação e faz da sua teoria uma constituição de categorias conceituais que possam 
conter a revelação mais simples. Em sua obra Contribuição à Crítica da Economia Política 
(1859), Marx no capítulo Método da Economia Política explana que a categoria população, 
como criada na obra do filósofo escocês Adam Smith (1723-1790), para chegar à riqueza 
das nações, oculta trabalho humano, a mais simples das camadas, também desenvolve 
teorias sobre o processo de acumulação e o valor do trabalho, conhecido como mais-valia. 
Seus pensamentos estavam além de seu tempo, o trabalho humano é o único meio de 
produção capaz de acrescentar valor aos bens produzidos, uma vez que os outros são 
elementos materiais de produção, a terra, o ar, as ferramentas, as máquinas, o dinheiro, os 
equipamentos, e a infraestrutura.
Natural da cidade de Tréveris na região da Renânia na antiga Prússia, Karl Marx 
nasceu no dia 05 de maio de 1818 conhecido em todo mundo como Filósofo, Historiador, 
Jornalista e Economista conforme defende algumas linhas de pensamento. Destaca-se e 
pelos seus estudos da ideologia Socialista da qual a sua reputação é muito conhecida e 
discutida. Em virtude das dificuldades sociais de sua época, emigrou para Inglaterra insta-
lando-se na cidade de Londres onde se casou e constituiu a sua família.
Adepto e defensor do Socialismo científico Marx desenvolvem suas teorias econô-
micas após exaustiva análise do sistema capitalista e do trabalho. Escreveu vários livros 
durante sua vida, destacando-se “O Manifesto do Comunista” (1848) e “O Capital” (1867–
1894), considerada um dos estudos mais complexos e dinâmicos sobre o capitalismo.
Antes de sua ida para a Inglaterra Marx estudou nas universidades de Bonn e 
Berlim, na universidade as ideias hegelianas. Para seus sustentos e terminar seus estudos 
trabalhou no jornal Zeitung, um ambiente tido como radical na época com sua sede na 
cidade de Colônia. Foi neste ambiente em que Marx começou a desenvolver a teoria da 
concepção materialista da história. Perseguido pelos que eram contra suas ideias muda-se 
para a França estabelecendo-se em Paris em 1843, trabalhando em outros jornais radicais 
onde conheceu Friedrich Engel, uma amizade que durou até o seu falecimento.
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 16
 Em 1949 sofrendo novas perseguições, agora pelo governo da França na pessoa de 
Guizot, Marx é expulso da França exilando-se em Londres. Em Londres deu continuidade em 
seus estudos e na elaboração de suas teorias econômicas e sociais. Fez campanhas para 
a divulgação do Socialismo tornando-se uma das figuras mais significativas e emblemáticas 
no campo dos estudos sociológicos, fundando Associação Internacional dos Trabalhadores.
No contexto da sociedade capitalista moderna na metade do século XIX, o pen-
samento filosófico-política de Marx expõe várias grandezas e a Sociologia, desde o início 
do século XX, aproximou-se deste conhecimento, agrupando ao seu referencial teórico 
um conjugado de concepções explicativas do fato social. A menção ao conjunto nos diz 
respeito às teorias serem opiniões inter-relacionadas, compatíveis, de mútua-explicação 
que, ao prover explicações sobre a realidade, apresentam a marca da metodologia que os 
move. Mas para Marx: 
Na fase superior da sociedade comunista, quando tiver desaparecido a es-
cravidão dos indivíduos à divisão do trabalho, e, com ela, a oposição entre 
o trabalho intelectual e o trabalho manual; quando o trabalho não for so-
mente um meio de vida, mas a primeira necessidade vital; quando, com o 
desenvolvimento dos indivíduos em todos os aspectos, crescerem também 
as forças produtivas e jorrarem abundantemente os mananciais da riqueza 
coletiva, só então poder-se-á ultrapassar totalmente o estreito horizonte do 
direito burguês, e a sociedade poderá escrever em seu estandarte: de cada 
um, segundo a sua capacidade; a cada um segundo as suasnecessidades 
(MARX, 1975, p. 16).
 A contribuição de Marx nesse sentido e de grande importância, mesmo nos tem-
pos contemporâneos, pois refere-se ao fato da Sociologia aceitar o metodologia dialética 
do materialismo histórico, com a formação e a explicação da gênese, conciliação e dinâ-
mica da sociedade capitalista exposta na grande obra O Capital (1885-1905), que só foi 
publicada para acesso ao público após seu falecimento.
A dialética de Marx faz uma análise minuciosa do processo histórico, influenciando 
o pensamento filosófico de Hegel (1770-1831) juntamente com a colaboração de seu amigo 
Engels (1820-1895). Marx busca, a partir da crítica do contexto social de sua época, aclarar 
a história das sociedades com base no processo de produção econômico-material. Ou seja, 
afirma que a realidade social é avaliada como uma soma concreta na abordagem meto-
dológica do materialismo histórico, cujo termo não é atribuição de Marx. Assim o pensador 
descreve que:
A maioria de seus membros era, naturalmente, operários e representantes re-
conhecidos da classe operária. A Comuna não seria um organismo parlamen-
tar, mas uma corporação de trabalho, executiva e legislativa ao mesmo tem-
po. Em vez de continuar sendo um instrumento do governo central, a política 
foi despojada imediatamente de seus atributos políticos e convertida em ins-
trumento da Comuna, responsável ante ela e revogável a qualquer momento. 
O mesmo se fez com os funcionários dos demais ramos da administração. 
Desde os membros da Comuna para baixo, todos os que desempenhavam 
cargos públicos deviam desempenhá-los com salários de operários [...] os 
cargos públicos deixaram de ser propriedade privada dos testas de ferro do 
governo central (MARX, 1975, p. 507-508).
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 17
 Enfrentando dificuldades financeiras críticas daquelas que não concordavam com 
sua tese Marx com um empenho dialético distingue a presença da ideologia no processo 
de averiguação e faz da sua teoria uma constituição de categorias conceituais que possam 
conter a revelação mais simples. Em sua obra Contribuição à Crítica da Economia Política 
(1859), Marx no capítulo Método da Economia Política explana que a categoria população, 
como criada na obra do filósofo escocês Adam Smith (1723-1790), para chegar à riqueza 
das nações, oculta trabalho humano, a mais simples das camadas, também desenvolve 
teorias sobre o processo de acumulação e o valor do trabalho, conhecido como mais-valia. 
Seus pensamentos estavam além de seu tempo, o trabalho humano é o único meio de 
produção capaz de acrescentar valor aos bens produzidos, uma vez que os outros são 
elementos materiais de produção, a terra, o ar, as ferramentas, as máquinas, o dinheiro, os 
equipamentos, e a infraestrutura.
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 3 ÉMILE DURKHEIM: CONEXÃO SOCIALTÓPICO
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
David Émile Durkheim é natural de Épinal, na França, nasceu em 15 de abril de 
1858, em uma família tradicional de sacerdotes judaicos (rabinos). Foi estudante do Liceu 
Louis-Le-Grand e na Escola Normal Superior de Paris, instituições consideradas clássicas. 
Essa formação foi crítica de Durkheim que segundo ele essas escolas tinham muita formação 
literária e pouca formação científica.
Durkheim estudou Direito, Economia e Filosofia. Foi discípulo de Herbert Spencer 
em seus estudos de Ciências da Natureza e Biologia. Spencer teve grande influência nos 
estudos de Durkheim principalmente em suas matérias em afinidade aos modelos biológi-
cos de aplicação sociológica. Fez experimentos no campo da Psicologia no Laboratório de 
Psicologia Experimental, de Wilhelm Wundt.
Esses estudos variados levaram Durkheim a procurar modelos biológicos e sociais 
próximos e também a ter um olhar diferenciado para a Antropologia. Essa união de fatores 
procedeu a formulação da teoria dos fatos sociais, que assegura a preferência do juízo 
de fatos gerais que baliza as sociedades (como leis), os quais seriam maiores e mais 
facilmente explicáveis que as questões individuais psicológicas.
 A maior ambição do pensador na época era instituir um campo de estudos 
das Ciências Sociais totalmente independente, que não dependesse das esferas de outras 
ciências, como a Biologia e a Psicologia, e não estar amarrado aos modelos demasiada-
mente abstratos da Filosofia que Auguste Comte tinha deixado ao trabalho sociológico.
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 19
Durkheim adota por pressuposição que a sociedade é governada por leis e uma 
ciência que dela se alargue deve chegar à formulação de amplas generalizações que a 
esclareçam. Assim, sugere a teoria da coesão ou da solidariedade social, evidenciando 
que o princípio da integração decorre da sociedade, cujo funcionamento aproxima-se à 
estabilidade. Para o autor, “as representações, as emoções e as tendências coletivas não 
têm como causas geradoras certos estados de consciência individual, mas as condições 
em que se encontra o corpo social em seu conjunto” (DURKHEIM, 2001, p. 67).
O sistema social, na sua compreensão, é ordenado em comparação com o or-
ganismo vivo que conclui ser saudável a sociedade quando ocorre coerência entre suas 
partes, ou patológica, se qualquer convulsão lhe retirar o equilíbrio. Assim sugere a teoria 
da coesão ou da solidariedade social ou mesmo uma desordem (disnomia) nas normas 
do seu funcionamento.
 A concepção de Durkheim da realidade social é, portanto, orgânica e funcionalista: 
cada uma das partes, identificadas com as instituições sociais ou os indivíduos, aprova uma 
função, cumpre uma obrigação específica que responde pela saúde de um todo.
Todos os fatos sociais são eleitos como elemento por excelência da ciência socio-
lógica; assim Durkheim (2008, p. 67) determina como “toda maneira de agir, fixa ou não, 
suscetível de exercer sobre o indivíduo uma repressão exterior; que é comum na expansão 
de uma sociedade dada, apresentando uma vivência própria, livre das revelações indivi-
duais que possa ter”. Como afirma, “o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à 
média dos membros de uma mesma sociedade forma um sistema determinado, que tem 
vida própria; podemos chamá-lo de ‘consciência coletiva’.” (DURKHEIM, 2008, p. 50).
Aconselha ao investigante notar as particularidades gerais dos fatos sociais: a) a 
coercitividade, apregoa na pressão ou coerção que exercem sobre os indivíduos, acomo-
dando-se aos tradições sociais, por exemplo; b) a generalidade, apreendida na regularidade 
dos acontecimentos coletivos encontrados em sociedades de todos os períodos e pode ser 
explicada pelas relações de parentesco; um fato social é natural por estar presente na ex-
tensão de uma sociedade; c) a exterioridade dos fatos sociais achar-se no seu bem-estar, 
em afinidade aos acontecimentos de natureza psíquica.
Na pesquisa que Durkheim realizou para escrever o livro O suicídio, Durkheim cul-
tiva as direções do seu método sociológico, calhando tipos de suicídio (egoísta, altruísta, 
anômico) e ordenando leis da coesão social, como quando a avalia alta no caso de suicídio 
altruísta, no qual indivíduos tocam fogo às roupas em protesto e justificação de grandes 
causas sociais. Para entender as evidências dos fatos sociais com rigor científico, coloca 
regras para a investigação sociológica, basicamente: apartar as pré-noções e tratar os fatos 
sociais como lances. 
UNIDADE 1CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 20
Para Durkheim (2001), coisa é tudo aquilo que exige um empenho do espírito, do 
intelecto, para apreendê-la, como assevera, em 1897, no preâmbulo à segunda edição de 
“As regras do método sociológico” logo não é apenas o fator externo dos fenômenos que 
importa. Com esse processo metodológico estão embutidas como premissas: a realidade 
social que é arrumada por uma regularidade de acontecimentos que podem ser notados, 
explicados e classificados pelo cientista.
 A ciência constitui uma reprodução teórica dessa realidade; o sujeito cognoscente 
deve conservar-se neutro no processo de conhecimento; a intenção do conhecimento é 
chegar à objetividade científica, ou seja, uma ciência aberta de conjecturas, de ideologias; 
a Sociologia dispõe de caráter normativo, adequada de ordenar a realidade social, seja 
formando uma taxonomia científica dos fatos, seja pela probabilidade de prevê-los.
Durkheim regula pelo postulado da primazia das sociedades simples em relação 
às complexas, cria a teoria da solidariedade. No primeiro instante de aparelhamento da 
vida social sedentária, os ajuntamentos humanos são reconhecidos como sociedades de 
solidariedade mecânica, porque nesse grupo os indivíduos e grupos são intercambiáveis, 
pouco se distinguem e a relação é obtida pela existência dessa similaridade entre eles.
 Nessa primeira sociedade, ocorre um fenômeno que Durkheim (2000) designou 
consciência coletiva, no sentido de preservar os costumes e tradições comuns que preen-
chem o governo sobre as consciências individuais. Durkheim distingue nas sociedades 
modernas a vivência da solidariedade orgânica, pela ocorrência dos indivíduos e grupos 
serem diferentes e desenvolverem relações de interdependência para viver. Nomeia essa 
complexidade das relações sociais com a sociedade industrial, onde a separação do traba-
lho social desempenha o papel de controle e avaliza a integração. 
Ou seja, a divisão do trabalho determina a solidariedade orgânica porque cria en-
tre os homens um aparelho de direitos e deveres, um estado de atrelamento do indivíduo 
em relação à sociedade, tornando-se o alicerce da ordem moral. Durkheim entendia a 
Sociologia como uma ciência das instituições, desde o seu surgimento e funcionamento, 
onde tem por missão restaurar uma moral que readquiriu à Sociologia exigências do 
espírito científico da ocasião. 
Em uma visão otimista da história Durkheim depositava a necessidade de consen-
so social, e enxergava na educação uma criação integradora por mostrar para as novas 
gerações as qualidades essenciais para a sobrevivência da sociedade, habituando-se 
ao sistema de normas morais, como escreve em sua obra “Educação e Sociologia”. Ao 
findar do século XIX, juntamente com o pensador Marcel Mauss, Durkheim trabalha nas 
representações primitivas, um estudo que resultará a obra “Algumas formas primitivas de 
classificação (1901)”, onde apressa a ideia de representação coletiva aumentada em “As 
formas elementares da vida religiosa (1912)”. 
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 4 MAX WEBER: RACIONALIZAÇÃO SOCIALTÓPICO
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
Maximilian Karl Emil Weber, natural da cidade de Munique, Alemanha, nasceu 
em 21 de abril de 1864. Em sua formação acadêmica foi jurista e economista, também é 
considerado como intelectual e fundador da Sociologia. Seu irmão Alfred Weber, também 
era conhecido por dedicar seus estudos à Sociologia, talvez daí a sua paixão pelo estudo 
sociológico. Teve como sua biógrafa a sua esposa Marianne Weber. Sua aluna que estu-
dava na Universidade Alemão e que também fazia parte do movimento feminista da época.
Weber é acatado como um dos fundadores da sociologia moderna, mas seus es-
critos também são discutidos nas Ciências Econômicas, Filosofia, Direito, Ciência Política 
bem como em Administração. Graduou-se na Universidade Humboldt de Berlim, e, depois, 
trabalhou nas Universidades de Freiburg de Heidelberg, de Viena. Era uma pessoa muito 
conhecida e bem quista na sociedade Alemã da época, foi consultor do lado alemão na 
confecção do Tratado de Versalhes (1919) e fez parte da comissão encarregada de redigir 
a Constituição da República de Weimar. A maioria de seus estudos foi alocado para o 
capitalismo e do chamado procedimento de racionalização e desencantamento do mundo. 
Mas suas análises também deram frutos importantes no campo da economia.
Dentre as suas obras destacam-se: “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, 
dando início às suas ponderações sobre a sociologia da religião. Vivendo em um mesmo 
contexto social de Durkheim, Max Weber, com formado em Direito, História e Filosofia, age 
inteligentemente na sociedade alemã do final do século XIX e nos anos iniciais do século XX. 
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 22
Compreende a Sociologia como a ciência que pretende explicar a ação social, com 
seus desenvolvimentos e efeitos. Com essa sugestão, determina a fundamentação básica do 
que titulou método compreensivo, partindo da visão de ação social e de compreensão. No 
entendimento do autor: 
Em todos os lugares - à exceção dos pequenos cantões rurais em que os de-
tentores do poder são periodicamente eleitos - a empresa política se põe, ne-
cessariamente como empresa de interesses. Quer isso dizer que um número 
relativamente restrito de homens interessados pela vida política e desejosos 
de participar do poder aliciam seguidores, apresentam-se como candidato ou 
apresentam a candidatura de protegidos seus, reúnem os meios financeiros 
necessários e se põem à caça de sufrágios. Sem essa organização, não há 
como estruturar praticamente as eleições em grupos políticos amplos. Equi-
valem essas palavras a afirmar que, na prática, os cidadãos dividem-se em 
elementos politicamente ativos e em elementos politicamente passivos (WE-
BER, 2011, p. 103-104).
 Com um raciocínio mais flexível do que parece apresenta em seus escritos Weber 
se utiliza da história e, ao detalhar com muita maestria suas pesquisas, ele nos apresenta 
uma ampla explanação da cultura ocidental, pela visão da formação e da expansão do 
capitalismo no mundo. Os seus conceitos sociológicos que está formulado em sua obra 
“Economia e sociedade (1922)” resume o seu zelo sobre o assunto nos livros que a prece-
deram, especialmente na obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904- 1905)” 
e na obra “A ética econômica das religiões universais (1915)”. 
Duas conferências publicadas em 1919 merecem a atenção dos cientistas sociais e 
Weber possui duas importantes obras para o entendimento de seu pensamento sociológico 
“O ofício e a vocação do cientista e o ofício e a vocação do político” e “Ensaio sobre o 
sentido da neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas”. Quando se 
lê Weber nota-se o cuidado metodológico que ele teve para garantir cientificamente todo 
o cuidado como investigador. Não se preocupa em alcançar a objetividade científica pela 
desobrigação do pesquisador e deixa transparente o papel da subjetividade na produção 
do conhecimento. Para Weber (2004), o sujeito cognoscente é parte do processo de con-
cepção da realidade, ou seja, compreender é o mesmo que segurar o sentido de uma ação 
social. Busca nesse sentido a ênfase dos fenômenos estudados,ainda que não estejam 
presentes na ação.
 Assim, entender o sentido da ação resulta em chegar a acepção que o sujei-
to, ou os sujeitos da ação atribuem a ela, orientando-se pelo comportamento 
de outros. Observa-se que, Weber amplia um recurso metodológico chamado 
“construção de tipos ideais”, ou seja, os conceitos que organiza para explicar 
a realidade aplicam-se, para um dado período histórico, à situação investi-
gada. Sociologia (no sentido aqui entendido desta palavra empregada com 
tantos significados diversos) significa: uma ciência que pretende compreen-
der interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu 
curso e em seus efeitos (WEBER, 2000, p. 03).
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 23
 Weber constrói alguns tipos ideias da sociedade como burocracia, dominação, e 
capitalismo ocidental, que diz importância à capacidade do cientista capturar o conjugado 
de valores de uma época, de uma cultura, e entender o que é expressivo para uma socie-
dade no seu tempo. Todos os tipos ideais construídos por Weber – como “ética protestante” 
e “espírito do capitalismo”, com os quais avalia a conexão de sentido ou a afinidade entre a 
conduta moral rígida do próprio do ethos da cultura religiosa calvinista do século XVIII, e as 
técnicas racionais que caracterizam a ação do capitalismo no ocidente – domam os tipos 
básicos de ação social que são quatro: ação social racional com semelhança a fins; ação 
social racional com semelhança a valores; ação social afetiva e ação social tradicional.
Para o autor, o sujeito da ação (indivíduo, grupo social, instituição) guia-se em 
relação à conduta de outros (indivíduos, grupos, instituições), seja agindo sabidamente 
conduzido por fins (objetivos sólidos mesmo não explícitos) ou sendo guiado por valores 
(morais, culturais, religiosos); ou aceitando-se conduzir por sentimentos (medo, cólera, 
inveja), ou ainda norteando a sua ação pela tradição (traços culturais de condutas coletivas 
que conservam a experiência do grupo). Os tipos ideais de ação social não são de caráter 
excludentes e se exibem de forma concomitante.
Segundo ele, a realidade é infinita e a finita mente humana é capaz de perceber 
dessa realidade apenas uma pequena parcela. Essa concepção Werbeniana de realidade é 
acompanhada de muita responsabilidade sobre os ombros do cientista, o qual estes devem 
coordenar intelectualmente e uma das formas para execução e fazer a construção de tipos 
ideais, no sentido de ideias, não de padrões. A grandeza histórica do fato social é valorizado 
como um leque de probabilidades, de escolhas subjetivas, pertencendo ao pesquisador, na 
construção conceitual da Sociologia, anunciar o que é singular nos fenômenos históricos, 
algo que lhes é parecido. Dessa maneira, chega-se à racionalidade atualizada no capita-
lismo ocidental como presença histórica cuja ação é preponderantemente racional com 
afinidade a fins e a valores.
Na obra de Weber surge a racionalidade como início organizativo no âmbito da 
sociedade moderna que o faz perfilhar no processo de secularização a expressão da ra-
cionalização social. É de Weber a declaração “desencantamento do mundo”, no sentido de 
que o progresso técnico obedece a uma lógica que lhe foge o controle, a ponto da conduta 
racional vir a se tornar irracional com o processo histórico. 
No domínio da realidade política, o tributo de Weber sobre o fenômeno da domi-
nação – seja racional, tradicional ou carismática, como tipos ideais puros – coloca lucidez 
na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao abordar o poder nas condições da 
ação humana preparada à obediência no confronto com os dominadores que pretendem 
apreender o poder legítimo.
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 24
A ambição de legitimação da Sociologia dos dominadores, ou seja, o seu reco-
nhecimento e aceitação sociais são mais apreciados por Weber que o próprio exercício da 
dominação. Assim Weber identifica, que no procedimento de racionalização o fenômeno 
burocrático e este como um sistema de administração e organização que se alarga a uma 
racionalização total em termos de eficácia, esse poder burocrático e impessoal seria o 
peculiar Estado moderno.
 
O nome do pensador francês Auguste Comte (1798-1857) está indissociavelmente ligado ao positivismo, 
corrente filosófica que ele fundou com o objetivo de reorganizar o conhecimento humano e que teve grande 
influência no Brasil. Comte também é considerado o grande sistematizador da sociologia. Seus argumentos 
favoreciam o planejamento social, que para ele reverteria no bem estar do indivíduo.
 
Fonte: FERRARI, Márcio. Auguste Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo. 2008. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/186/auguste-comte-pensador-frances-pai-positivismo#. Acesso em: 
17 ago. 2021.
https://novaescola.org.br/conteudo/186/auguste-comte-pensador-frances-pai-positivismo#
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO 25
Quanto mais o meio social se amplia, menos o desenvolvimento das divergências privadas é contido. Mas, 
entre as divergências, existem aquelas que são específicas de cada indivíduo, de cada membro da família, 
elas mesmas tornam-se sempre mais numerosas e mais importantes à medida que o campo das relações 
sociais se torna mais vasto. Ali, então, onde elas encontram uma resistência débil, é inevitável que elas se 
provenham de fora, se acentuem, se consolidem, e como elas são o âmago da personalidade individual, 
esta vai necessariamente se desenvolver. Cada qual, com o passar do tempo, assume mais sua fisionomia 
própria, sua maneira pessoal de sentir e pensar.
 
Fonte: DURKHEIM, E. De la división del trabajo social. Tradução de David Maldavsky. Buenos Aires: Schapire, 1967.
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
Estar em sociedade é, de fato, conviver com as diversidades às quais ela denota. 
Desde os primórdios de nossa existência, todas as transformações, as mudanças que 
ocorreram não foram rápidas, pois, todo processo é moroso. A constituição da sociedade, 
necessitou que estudos compreendessem, toda essa dinâmica, tão complexa, derivada 
pelas grandes diferenças humanas entrelaçada a condições sociais, econômicas, culturais 
e tantos outros setores.
Esta amplitude, trouxe conhecimentos que muito são fundamentais até dias atuais 
para a compreensão deste contexto global. Porém, essa magnitude também trouxe caos em 
meio a uma sociedade, que buscava romper padrões, em busca de melhorar seu contexto 
diário. A sociologia tem esse objetivo, estudar a sociedade, suas demandas positivas e ne-
gativas e buscar caminhos para amenizar, sanar ou aprimorar, por intermédio de estratégias.
A proposta Sociológica não é ditar regras ou padrões de comportamento. E sim, 
compreender as problematizações do passado, sua construção, tendo como visibilidade os 
contextos históricos. Grandes estudiosos buscaram estudar e compreender a sociedade, 
cada qual contribuindo de forma significativa, destacamos nesta unidade Karl Marx, Émile 
Durkheim e Max Weber. Falamos também de Augustus Comte.
Karl Marx, defende em suas teorias a classe operária, defende a revolução para 
que os operários busquem seus direitos, e não sejam oprimidos pela classe burguesa. 
Destaca os conflitos entre as classes sempre uma objetivando ter poder sobre a outra. E 
sintetiza que a união dos trabalhadores é capaz de mudar a sociedade. Ideias muito atuais 
embora escritas a tanto tempo.
Émile Durkheim tem ênfase em seus estudos sobre a instituição social, caracterizado 
pela consciência coletiva e individual. Priorizando que por intermédio da consciência coletiva, 
dentro da sociedade é que prevalece, ou seja, quando os indivíduos são atuantes na socie-
dade, mobilizam frente aos enfrentamentos necessários em prol da coletividade. Superando 
o senso coletivo, característico de uma sociedade que não busca crescimento intelectual.
Max Weber criou métodossignificativos para análise da sociologia enquanto ciên-
cia, demonstrando a praticidade em estudar para compreender como as organizações se 
estruturam, como o indivíduo se relaciona sobre o meio, pois a sociedade é conduzida por 
“ações sociais”. 
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LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
SILVA, Ítalo Ramon Carvalho et al. Emile Durkheim: Vida, Obra e sua Contribuição 
para a Sociologia. Anais VIII Fórum Internacional de Pedagogia - FIPED... Campina Grande: 
Realize Editora, 2016. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/25245 . 
Acesso em: 13 set. 2021 
 
Resumo: O presente texto tem por objetivo analisar, a partir da obra “As regras do 
método sociológico” de Émile Durkheim, a especificidade do objeto de estudo da Sociologia 
por meio do fato social. Como estratégia metodológica fez-se uma análise qualitativa da 
obra em questão. Nesse sentido, em um primeiro momento, apresenta-se uma revisão de 
literatura acerca da vida e obra do autor, com a finalidade de perceber suas convicções 
filosóficas, políticas e sociais. Em um segundo momento analisa-se a contribuição de 
Durkheim para o entendimento do objeto de estudo da Sociologia a partir de seu conceito e 
das características do fato social. Conclui-se que, para Durkheim, a Sociologia compreende 
a ciência que analisa as particularidades da sociedade através da observação sistemática 
dos fatos sociais. Assim, os fatos sociais têm existência própria, externa aos indivíduos e 
que no interior de qualquer grupo ou sociedade existem formas padronizadas de conduta e 
pensamento baseadas na soma destas categorias.
https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/25245
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MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 CONTEXTO HISTÓRICO SOCIOLÓGICO
LIVRO
Título: Sociologia
Autor: GIDDENS, Anthony.
Editora: Penso.
Sinopse: De uma forma objetiva o autor esmiúça os últimos 
acontecimentos globais, destacando sempre a aplicabilidade 
da sociologia, evidenciando de forma coesa como a sociedade 
e a sociologia se entrelaçam. E nos envolve didaticamente com 
as explicações sobre as teorias clássicas tão relevantes para 
situarmos no contexto histórico. 
FILME / VÍDEO
Título: Tempos Modernos
Ano: 1936.
Sinopse: O filme símbolo da sociologia, retrata diversa as situa-
ções sociais contraditórias comparando a uma vida urbana e 
moderna, de uma forma cômica Chaplin evidencia, problemas 
graves da época como alienação no processo de produção (me-
canização), exploração do trabalhador, consumismo, marginali-
zação entre outros problemáticos que fazem parte do contexto 
sociológico.
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Plano de Estudos
• Movimentos e participação social;
• Minorias sociais, violência e criminalidade;
• Desigualdades e confrontos;
• Conhecimento e crítica.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar movimentos e participação social;
• Caracterizar das minorias sociais, tipos de 
 violência e criminalidade;
• Estabelecer causas para a desigualdades e confrontos;
• Enfatizar a importância do conhecimento e crítica.
2UNIDADEUNIDADEMOVIMENTOSMOVIMENTOSSOCIAISSOCIAIS Professor Me. Jorge Alberto de Figueiredo
3030
INTRODUÇÃO
Quantas vezes nos pegamos reclamando de algo que tenha acontecido em nossa 
rua, nosso bairro, em nossa cidade ou até mesmo em nosso país. Damos opinião, de como 
o fato ou situação poderia ter sido resolvido. Estar dentro de casa opinando é muito fácil, 
o não querer se envolver diante de tantas situações conflitantes em nosso contexto social, 
nos impossibilita de crescermos no coletivo. E toda busca individualizada pouca força há.
Quando falamos de movimentos e participação social, é sobre isso que queremos enfa-
tizar, muitas vezes a luta por direitos, por liberdade, não é minha de forma direta, mas fazemos 
parte da sociedade e devemos opinar. Faz-se importante dizer que, essas ações devem ser 
sempre pautadas sem violência e muito diálogo e democrático, buscando a consolidação dos 
direitos já garantidos, além dos quais surgem conforme as transformações sociais.
Atualmente a minoria social vem tornando possível por intermédio de movimentos 
sociais, fundamentar sua identidade, quais, quando não subsidiada pelo Estado, sua carên-
cia protetiva, se desencadeiam violência e/ou criminalidade. Quando não há o acolhimento 
familiar, a rua, a droga, a prostituição, o crime, são ferramentas para a sobrevivência. Tor-
nando a sociedade o caos social que nos encontramos.
O próprio sistema capitalista divide as classes sociais e impõe padrões, esta 
imposição acarreta desigualdades e confrontos. A desigualdade é evidente, entretanto 
uma das preocupações é do comodismo sobre a situação, com afirmativas: “isso nunca 
irá mudar”, “sempre foi assim”, “quem nasceu pobre, morre pobre”. O confronto nem 
sempre é visível, sendo ele articulado por meio das mídias, de comportamentos o que o 
torna mais doloroso e opressor.
Apenas com conhecimento é que podemos agir de maneira a amenizar ou sanar 
esses embates sociais, pois, assim, podemos nos posicionar de forma inteligência, com 
argumentações plausíveis e significativas. Tecendo críticas construtivas, participar dos 
movimentos sociais em busca da consolidação de nossos direitos exige de cada um de nós 
uma postura de ouvir, antes de qualquer coisa e agir após uma opinião constituída.
 
INTRODUÇÃO
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS
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Você se lembra da época de faculdade em que o “movimento estudantil”, reivindica-
va sobre nossos direitos de estudante? Então esse é um exemplo de como os movimentos 
sociais fazem parte de nosso contexto. Se analisarmos o histórico do Brasil e do Mundo, 
veremos quantas ações tão importantes resultaram de forma positiva, garantindo direitos a 
todos. A participação e o envolvimento do povo são fundamentais para caracterizar que o 
assunto é de interesse coletivo.
Movimento social é representada quando a sociedade civil, que é composta por 
organizações e instituições voluntárias, ou seja, não são empresas nem fazem parte do 
regime governamental. pessoas com objetivos únicos que se aliam em busca da conquista 
do bem coletivo, por intermédio da organização, buscam mudanças no contexto social, 
intermediando reflexões políticas. Geralmente os temas discutidos são motivos de conflitos 
políticos ou desencadeiam interesses pessoas e coletivos. Essa luta de classe era defen-
dida por Marx:
Desde o ponto de vista da Sociologia, foium dos mais importantes criadores 
de um projeto de transformação radical da estrutura social, projeto este de 
superação das condições de opressão de classe. Para a realização deste 
projeto, além do amadurecimento das condições estruturais propícias, exige-
-se também uma práxis revolucionária das classes exploradas (SCHERER-
-WARREN, 1984, p. 35 apud PICOLOTTO, 2007, p. 157).
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS
 1 MOVIMENTOS E PARTICIPAÇÃO SOCIALTÓPICO
31
Existem diversos grupos com objetivos próprios, os mesmos se unem e de forma 
específica lutam pelos seus ideais, com o intuito de alterações que viabilizem melhorias 
para suas categorias pertencentes. O que trazem de singular entre todas são as necessida-
des de garantir seus direitos. No mundo temos movimento sociais, feministas, movimento 
negro, estudantil, trabalhista, ambientalista, LGBTQIA +. No Brasil os movimentos do MST 
(Movimento dos Trabalhadores sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores sem teto) 
já tiveram grande atuação. E o movimento em defesa indígena e dos negros. De acordo 
com Bobbio, Matteucci e Pasquino (1998, p. 787):
 Comportamentos coletivos e Movimentos sociais se distinguem pelo grau e 
pelo tipo de mudança que pretendem provocar no sistema, e pelos valores e 
níveis de integração que lhes são intrínsecos.
 Os movimentos sociais têm a premissa de ser organizada e pacífica, sempre na 
busca da sociedade conhecer o que está sendo reivindicado, não se restringindo apenas 
a informações, mas aquisição de conhecimento sobre, até para que possa opinar sobre. 
Mas nem todo movimento tem essa característica, há os que disseminam o ódio, chegando 
em algumas vezes desfecho inconcebível, de agressões físicas e a polícia ter que intervir. 
Assim, afirma Touraine (1994, p. 254): “(...) um movimento social é o espaço de um ator 
coletivo para se apossar dos “valores”, das orientações culturais de uma sociedade, opon-
do-se à ação de um adversário ao qual está ligado por relações de poder”. 
Os movimentos sociais são necessários pois tem o objetivo de corrigir as injustiças 
e desigualdades sociais, que sempre atinge as minorias. Entretanto é prudente entender-
mos que os movimentos não são atuais, embora alguns temas sejam. O movimento negro 
já existe desde o tempo da escravidão, porém, como ainda existe muito a ser reivindicado 
perdura até dias atuais. Mas temos movimentos mais recentes como LGBTQIA+, que por 
meio de suas lutas conseguiram a legalização da adoção homoafetiva e a legalização da 
união civil homoafetiva.
Esses tipos de manifestações fazem parte de nossa historicidade brasileira, claro 
que com denominação diferente, mas com objetivos de mudanças como a revolta arma-
da, movimento contra o presidente Floriano Peixoto, Revolução Federalista, Guerra dos 
Canudos, Revolta da Vacina, revolta dos Marinheiros, Revolta de Juazeiro, Guerra dos 
Contestado, Diretas Já, Caras Pintadas. Entretanto, o primeiro movimento social brasileiro 
sem dúvida alguma foi a Campanha Abolicionista. Destacamos ponto culminante de cada 
movimento mencionado: 
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS 32
 ● Revolta Armada: combatia o autoritarismo;
 ● Revolução federalista: lutava pela descentralização do poder;
 ● Guerra dos Canudos: descentralização do centro de resistência dos que 
queriam a república;
 ● Revolta da Vacina: insatisfação com o serviço público, e da obrigatoriedade na 
vacinação contra a varíola;
 ● Revolta dos Marinheiros: uma das principais razões era a insatisfação dos 
marinheiros com os castigos físicos como punição;
 ● Revolta do Juazeiro; Revolta de caráter religioso; poder centralizador em grupos 
oligárquicos;
 ● Guerra dos Contestado: Insatisfação política e social da população, conflito por terras;
 ● Diretas Já: Retomada de eleições diretas para presidência do Brasil (durante a 
ditadura militar);
 ● Caras Pintadas: Movimento Estudantil, reivindicando o impeachment do 
presidente do Brasil Fernando Collor de Melo.
 
O que você percebe de singularidade entre todos esses movimentos? Exato a bus-
ca de direitos, independente de qual esfera social, econômica, cultural, religiosa. É possível 
denotar que o poder está centralizado sempre nas mãos de alguns que usam sempre ao seu 
favor, exercendo autoritarismo, impondo o medo, objetivando seus propósitos. Atualmente 
deparamos nos noticiários, situações que denotam a necessidade de os movimentos so-
ciais reivindicarem seus direitos, muitos deles estão estabelecidos na Constituição Federal, 
mas não são de fato aplicados. O povo brasileiro precisa lutar pelos seus direitos de forma 
coletiva. A alienação é que proporciona o mal fadado caos brasileiro, que se reflete na 
saúde, educação, saneamento básico e tantas outras necessidades humanas.
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS 33
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Você já ouviu falar sobre esses termos: minoria social, violência e criminalidade? 
Tenho certeza que sim, mas compreende a definição de cada um deles? Em todos os mo-
mentos que buscamos conhecer algo, mesmo que seja algo que ouvimos rotineiramente, 
compreender a sua contextualidade é necessário. Os grupos minoritários têm como des-
vantagem ser dependente ou sempre estar em desvantagem em relação ao grupo maior. 
Entender esse viés capitalista nos faz visualizar como reforçamos de forma automática 
estas minorias tão frágeis politicamente.
Minoria Social, de acordo com que argumentamos em ciências sociais, um grupo 
da população que de alguma forma é marginalizada, seja por suas condições econômicas, 
sociais, culturais, físicos ou religiosos, ou seja, excluída da sociedade, são grupos que se 
apresentam em desvantagem e como consequência sofre preconceito e discriminação. 
O Brasil é repleto de grupos minoritários que denotam um grande contrassenso, pois a 
Constituição Federal determina.
Esse grupo são excluídos pelo pré-conceito instituído por uma sociedade que 
demonstra ser individualista. Os pertencentes à minoria podem ser por questões ligadas a 
condições financeiras que direciona a qual classe social pertence, pela religião qual pro-
fessa sua fé, sabendo que o Brasil possui uma diversidade social imensa o que expande 
a quantidade de preceitos religiosos, pela cultura qual está ligada que afirma muitas vezes 
de qual etnia faz parte, quanto às necessidades especiais quais indivíduos apresentam, a 
condições de orientações sexuais são razões preconceituosas de exclusão, não tendo seus 
direitos básicos garantidos.
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS
TÓPICO
 MINORIAS SOCIAIS,
 VIOLÊNCIA E
 CRIMINALIDADE 2
34
É muito importante salientar que as vezes pode o grupo pode ser maior de pessoas, 
em questões populacionais, entretanto menos favorecido em questões de envolvimento 
social e consequentemente economicamente mais lesado. Muitas são as causas possíveis 
para tal fato, umas delas a falta de conhecimento. Informação todos temos (que são aque-
las que chegam de vários meios de comunicação), mas a capacidade de filtrar todas estas 
informações e transformar em conhecimento seria uma problemática social.
O que concretiza um grupo minoritário é o controle que o grupo majoritário tem 
sobre ele, o que independe da quantidade de pessoas pertencentes a essa minoria. Ainda 
sim as minorias sociais, mulheres, negros, povos indígenas,deficientes, homossexuais, 
travestis e transgêneros entre outros, são capazes de articular e participar de movimentos 
sociais com intuito de ser ativo perante as decisões políticas o que se difere quando falamos 
de grupos vulneráveis que apenas recorrem a aceitação social.
O ato em si da exclusão, do preconceito já simboliza a violência, que pode ser defi-
nida como” ação ou efeito de empregar a força física ou intimidação moral contra alguém’’. 
Mas entende-se que a omissão também é uma violência, pois, tudo o que prejudica o 
bem-estar, a integridade, afetando fisicamente, psicologicamente o direito à liberdade que 
propicia o desenvolvimento de outras pessoas é assim denominada. Você acredita que não 
nascemos preconceituosos, ou nos tornamos?
Vejamos que as crianças em sua inocência brincam, socializam com os demais 
colegas independentes de etnia, ou qualquer outro fator que possa ser discriminatório. 
Mas o comportamento dos pais ou familiares favorecem para que se tornem pessoas com 
a conduta de excluir. A violência pode se apresentar de uma ou mais maneiras, pois ela 
se apresenta de forma física, psicológica, moral, sexual, econômica e social e pode ser 
disseminada para uma pessoa ou um grupo. Qualquer tipo de violência é crime. 
Você tem percebido como as pessoas estão cada vez mais irritadas? Podemos 
exemplificar tais fatos, no trânsito, por motivos simples, ultrapassou apenas o buzinar como 
forma de protesto, mas agressões verbais muitas chegando a vias de fato e em alguns casos 
(infelizmente não raros homicídios), o mesmo se espelha quando se apresenta o contexto 
político. Em um momento em que precisamos discutir sobre a política, para traçar planos, 
metas para um Brasil menos desigual, as pessoas são intolerantes umas com as outras.
A violência configura-se como um dispositivo de controle aberto e contínuo, 
ou seja, a relação social caracterizada pelo uso real ou virtual da coerção, 
que impede o reconhecimento do outro, pessoa, classe, gênero ou raça, me-
diante o uso da força ou da coerção, provocando algum tipo de dano, configu-
rando o oposto das possibilidades da sociedade democrática contemporânea 
(SANTOS, 1996, p. 34).
 
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS 35
A intolerância tem sua consequência nefasta na vida do outro, pois afeta suas 
estruturas emocionais, reduzindo sua autoestima desencadeando crises de ansiedade, 
síndrome do pânico, depressão, isolamento social (fobias), doenças essas tão atuais. De 
acordo com a Revista Veja, a ansiedade atinge 260 milhões de pessoas, o Brasil é o país 
que possui o maior número de pessoas ansiosas, 9,3%, de acordo com a OMS (Organização 
Mundial da Saúde). Isso demonstra a fragilidade causada pelas minorias, entretanto vale 
ressaltar que estas doenças não são restritas apenas a elas, porém, são as que possuem 
mais vulnerabilidade para adquiri-las.
Existe de acordo com o Código Penal Brasileiro, vários tipos de crimes sendo eles: 
contra a pessoa, o patrimônio, propriedade imaterial, organização do trabalho, sentimento 
religiosos e contra o respeito aos mortos, dignidade sexual, a família, incolumidade pública, 
paz pública, fé pública e administração pública. De acordo com a lei nº 7.746, de 05 de 
janeiro de 1989 passou a vigorar no Artº 5: 
 1º Serão punidos, na forma da Lei, os crimes de discriminação ou precon-
ceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Artº 20 praticar, 
induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor etnia, religião 
ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa (BRASIL, 
2005, online).
Para cada situação existe Leis diferenciadas, assim como para cada julgamento 
uma sentença singular, assim como outros órgãos se posicionam a fim de amenizar ou 
sanar como OMS (Organização Mundial da Saúde), ONU (Organizações entre outros. 
Podemos denunciar crimes, mesmo sem ter efetiva certeza (com indícios), cabendo aos 
órgãos competentes o processo de investigação, seja por meio de denúncia, MP (Ministério 
Público,) delegacias, defensorias públicas, sindicatos.
É fundamental entendermos que violência e criminalidade são atos distintos. Já 
sabendo como se caracteriza a violência, vamos entender melhor sobre a criminalidade. 
Pois esse é um conjunto de infrações (atos ilegais). Os altos índices de criminalidade vêm 
aumentando o caos social, qual estamos inseridos, a intolerância nos mostra como matar 
tem sido uma ação frequente para eliminar o que não aceita. Como um caso recente 
do congolês Moise Kabagambe no Rio de Janeiro, na orla da Barra da Tijuca que foi 
assassinado (espancamento) no dia 24/01/2022, que foi agredido com aproximadamente 
30 pauladas (taco de beisebol). O que o congolês pedia era apenas para pagarem pelos 
seus dias trabalhados.
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS 36
A violência é definida como o uso intencional da força ou do poder, real ou em 
ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma 
comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, 
dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (KRUG et al., 
2002, p. 89).
 A criminalidade neste contexto pode ser vista de duas formas. Primeiramente as 
mortes bárbaras que são cometidas para com a minoria e que muitas vezes ficam sem 
solução. Ou indivíduos dos grupos menores para se defender, ou até mesmo se sustentar 
buscam adentrar o crime, como forma de proteção para si e seus familiares. Cabe mencio-
nar que outro fator que prepondera a crescente estatística de envolvimento com o crime é 
o desemprego. Pois não se encaixam no perfil qual as empresas precisam, lembrando dos 
grupos minoritários que falamos, mas para garantir a sobrevivência, buscam oportunidades 
nas “ruas”, quais os abraçam, viciam (não apenas referindo a drogas) e escravizam. 
UNIDADE 2 MOVIMENTOS SOCIAIS 37
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Se olharmos ao nosso redor, desde as mais belas criações vistas na natureza, 
nada é igual. Cada qual com sua beleza, características próprias. Você já encontrou alguém 
com o mesmo nome que o seu? Provavelmente que sim. Alguns dados podem até ser igual 
ao seu, idade, gênero, mas nenhum indivíduo é semelhante ao outro em sua totalidade. 
Assim se aplica da mesma maneira quando fazemos a análise de forma social. 
A desigualdade social, advém das diferenças que visualmente são evidentes. 
Quantas vezes você se deparou com alguém próximo, ou até mesmo vendo pelas redes 
sociais, pessoas que compraram algo que você tanto sonha, em um piscar de olhos a 
pessoas compra até em quantidades e nós levamos anos para adquirir e muitas vezes até 
caiu de moda, quando podemos alcançar essa oportunidade. Isso denota a desigualdade 
social, as diferenças de acordo com os padrões de vida que diferencia nosso acesso a 
coisas simples que deveriam ser condições básicas para todos.
Essa discrepância social é notória quando tentamos ter acesso a saúde, moradia, 
educação, trabalhos, ganhos salariais, transporte. Se analisarmos o viés político no Brasil, 
desde seus primordes, fica explicito que sempre a exploração esteve presente, podemos 
citar fatos históricos, como a escravidão dos negros e revolução industrial. Atualmente 
conseguimos entender que a administração dos recursos públicos, configuram uma engre-

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